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Autores:
Luciane Wambier1
Marina Zaparoli Beretta2
Patricia Audibert Nader3
Patricia Martins Valente4
Reginaldo Lourenço Pierrotti Júnior 5
1
Graduanda do 5.º ano do Curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina – UEL – ,
participante do Projeto de Pesquisa coordenado pela Prof.ª Dra. Valkíria Aparecida Lopes Ferraro:
“A Nova Sistemática Contratual: o Princípio da Boa Fé como Requisito Fundamental na Liberdade
de Contratar, o Dirigismo Contratual e a Influência do Código de Defesa do Consumidor nos
Contratos Bilaterais”.
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Graduanda do 5.º ano do Curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina – UEL – ,
participante do Projeto de Pesquisa coordenado pela Prof.ª Dra. Valkíria Aparecida Lopes Ferraro:
“A Nova Sistemática Contratual: o Princípio da Boa Fé como Requisito Fundamental na Liberdade
de Contratar, o Dirigismo Contratual e a Influência do Código de Defesa do Consumidor nos
Contratos Bilaterais”.
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Graduanda do 5.º ano do Curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina – UEL – ,
participante do Projeto de Pesquisa coordenado pela Prof.ª Dra. Valkíria Aparecida Lopes Ferraro:
“A Nova Sistemática Contratual: o Princípio da Boa Fé como Requisito Fundamental na Liberdade
de Contratar, o Dirigismo Contratual e a Influência do Código de Defesa do Consumidor nos
Contratos Bilaterais”.
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Graduanda do 5.º ano do Curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina – UEL – ,
participante do Projeto de Pesquisa coordenado pela Prof.ª Dra. Valkíria Aparecida Lopes Ferraro:
“A Nova Sistemática Contratual: o Princípio da Boa Fé como Requisito Fundamental na Liberdade
de Contratar, o Dirigismo Contratual e a Influência do Código de Defesa do Consumidor nos
Contratos Bilaterais”.
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Graduando do 5.º ano do Curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina – UEL – ,
participante do Projeto de Pesquisa coordenado pela Prof.ª Dra. Valkíria Aparecida Lopes Ferraro:
“A Nova Sistemática Contratual: o Princípio da Boa Fé como Requisito Fundamental na Liberdade
de Contratar, o Dirigismo Contratual e a Influência do Código de Defesa do Consumidor nos
Contratos Bilaterais”.
2
1 INTRODUÇÃO
de circulação de riquezas.
e o Princípio da Imprevisão.
contratos.6
subjetiva.
sua boa-fé subjetiva. Sendo assim, esta pode ser considerada como a convicção de
6
FRANCO, Ana Carolina de Cássia. A boa-fé objetiva e seus reflexos na relação de consumo.
Disponível em: <http://www.procon.go.gov.br/artigodoutrinario/artigo_dout_99_1.htm>. Acesso em:
20 out. 2005.
7
VENOSA, Sílvio de Salvo. A boa-fé contratual no novo Código Civil. Disponível em:
<http://www.societario.com.br/demarest/svboafe.html>. Acesso em: 20 out. 2005.
4
deve ser analisado não sob o aspecto psicológico particular do indivíduo, mas sob
concreto.
8
MARTINS-COSTA apud. FRANCO, Ana Carolina de Cássia. A boa-fé objetiva e seus reflexos na
relação de consumo. Disponível em:
<http://www.procon.go.gov.br/artigodoutrinario/artigo_dout_99_1.htm>. Acesso em: 20 out. 2005.
9
Ibid.
5
não se admite o abuso sobre eventual ausência de igualdade real entre as partes,
razoavelmente esperados.
limites de probidade, razão e ética pelas partes integrantes de uma relação jurídica
ou de um negócio jurídico.
pois é analisando o agir das partes que se identifica a presença de tal instituto.
Para traduzir o interesse social de segurança das relações jurídicas, diz-se, como
está expresso no Código Civil alemão, que as partes devem agir com lealdade e
confiança recíprocas. Em síntese, devem proceder com boa-fé. Indo mais adiante,
ambas as partes subordina-se a regras que visam a impedir que uma dificulte a ação
da outra.
6
jurídica das relações privadas e que pode ser traduzida em três termos: lealdade,
confiança e colaboração.
objetiva, pois “uma boa atuação presume ou relaciona-se com uma boa intenção.
Portanto, toda vez que há previsão de boa-fé objetiva, também está prevista a
expressa à boa-fé objetiva, entendida como cláusula geral, é a mais aclamada pelos
atuais civilistas.
genérico e abstrato que devem ser preenchidas pelo juiz no caso concreto.
10
TARTUCE, Flávio. A Função Social dos Contratos. São Paulo: Método, 2005. p. 168.
7
para decidir.”11
são normas jurídicas que trazem para o plano concreto aquilo que está representado
diapasão, o juiz deve buscar a intenção das partes, consoante comando inserto no
diretriz.
pacta sunt servanda perde sua força, uma vez que o escrito no contrato deixa de ser
lei entre as partes, abrindo espaço para que o julgador o interprete da melhor
comentado, afirma que nele já está consagrada a boa-fé objetiva como cláusula
geral, apresentando como justificativa o fato de que boa-fé objetiva é composta pela
boa-fé subjetiva (boa intenção) e probidade, mesmo que nele a expressão boa-fé
apareça isoladamente.
acordo com os princípios de boa-fé e probidade, que, como já exposto, podem ser
traduzidos em agir com colaboração mútua, lealdade, razão, ética, conforme os bons
12
Ibid., p. 381.
9
Superior da Justiça Federal no sentido de que o art. 422 do Código Civil não
inviabiliza a aplicação, pelo julgador, do princípio da boa-fé nas fases pré e pós-
contratual.
da livre iniciativa.”13
13
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. v. VI – Contratos, t. 1: Teoria Geral. São
Paulo: Saraiva, 2005, p.39.
14
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003. p.
22-24.
10
Nesse momento, verifica-se o arbítrio de decidir, pois é nessa fase em que se reflete
nasce a escolha da pessoa com quem fazê-lo, assim como o negócio a efetuar.
Enfim, uma vez concluído o contrato, este passa a ser fonte formal
poderá pleitear em juízo que a outra parte cumpra o que foi previamente
pela autonomia das partes, será protegido a partir do momento em que se assegura
a sua execução.
ânimo, uma vontade de contrair o negócio, que passará a tomar forma com a
não determinado contrato e de poder escolher a pessoa com quem deseja contratar.
particular que firmaram passa a ter uma força obrigatória sobre eles.
seja o da força obrigatória dos contratos. Por este segundo princípio, entende-se
que o contrato faz lei entre as partes, vinculando-as. Uma vez celebrado o contrato,
imperativos.
estariam livres para contratar, tendo apenas que observar o princípio do pacta sunt
advento da Nova Ordem Mundial, novas idéias passaram a fazer parte do contexto
sócio-jurídico.
a ganhar força, se fazendo sentir nos sistemas jurídicos. Normas de ordem pública e
de interesse social formaram a mais nobre justificativa para que o Estado passasse
não é absoluto, pois, como não consegue refletir a realidade social em sua
a ordem pública são aquelas que o legislador estabelece como base na estrutura
Direito do Trabalho.
“Dirigismo Contratual” e, conforme ensina Caio Mário da Silva Pereira 15, atinge três
em benefício dos interesses coletivos, seja por questões de ordem pública, seja com
também nomes como Pacta Sunt Servanda, princípio da Força Vinculante dos
nascer os contratos17.
16
GAGLIANO, op. cit., p. 42.
17
MARQUES, Cláudia Lima apud GOMES, Sidney Campos. Algumas restrições ao princípio da força
obrigatória dos contratos no compromisso de compra e venda de imóvel. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=566>. Acesso em: 09 fev. 2006.
15
os contratantes, força obrigatória.” 19 Por este motivo é tão difundido o brocardo que
for prescrita ou não-defesa em lei, e a vontade das partes for real 20, ou seja, a
de a parte inadimplente responder com seu patrimônio pelo prejuízo que a outra
sofrer.
18
MARQUESI, Roberto Wagner. Os princípios do contrato na nova ordem civil. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5996>. Acesso em: 09 fev. 2006.
19
GOMES, Orlando apud GOMES, Sidney Campos. Algumas restrições ao princípio da força
obrigatória dos contratos no compromisso de compra e venda de imóvel. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=566>. Acesso em: 09 fev. 2006.
20
Arts. 104 e seguintes do Código Civil.
21
Art. 393, parágrafo único do Código Civil.
16
ou vício de vontade.
terceiros.
fará por vontade própria e não por obrigação legal, tendo em vista a vigência do
Direito Privado.
22
MARQUESI, op. cit.
18
apuração de culpa) por atos que não decorreram diretamente de suas próprias
produção. Da mesma forma, o Código Civil, em seus arts. 932 e seguintes, fixa
determina que o contrato só obriga aqueles que tomaram parte em sua formação,
não prejudicando nem aproveitando a terceiros, tendo em vista que ninguém pode
se tornar devedor ou credor sem sua plena aquiescência. Não obstante, para
social.
supra mencionado “ajuste”: rebus sic stantibus, sendo que a mesma tem por
fato por um homem médio, vez que a previsibilidade se reduz na possibilidade de ter
do qual, extrai-se:
23
PEREIRA, op. cit., p. 325.
21
sem ferir a autonomia da vontade, alterando somente o que não está cingido à
manifestação volitiva.
prestações pactuadas como o caso fortuito e força maior. Aquele indica um fato do
surgimento de leis como a Failliot (França, 1918) a qual autorizava a resolução dos
alienígenas, como se verifica pelo art. 1.467 do Código Civil italiano; art. 269 do
Código das Obrigações polonês; art. 1.198 do Código argentino; art. 437 do Código
22
Possui a cláusula rebus sic stantibus, por sua vez, no que respeita
Ainda, em seu artigo 480 o atual Código Civil exige como condição
à sua formação o qual cause desequilíbrio, ou qualquer outra situação que impeça o
3 CONCLUSÃO
eficácia obrigacional.
considera a boa-fé objetiva como cláusula geral dos contratos e, portanto, para se
dispõe que o contrato apenas obriga as partes que o constituíram. Contudo, com o
a eles relacionadas.
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – Teoria das Obrigações
Contratuais e Extracontraruais. vol 3. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
NERY JR., Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 3.
ed., Ed. Revista dos Tribunais, 2005.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 3. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2003.
TARTUCE, Flávio. A Função Social dos Contratos. São Paulo: Método, 2005.
WALD, Arnoldo. Obrigações e contratos. 12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1995.
ZUNINO NETO, Nelson. Pacta sunt servanda x rebus sic stantibus: uma breve
abordagem. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=641>.
Acesso em: 12 fev. 2006.