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Prefeitura de Campo Grande-MS

Auditor Fiscal da Receita Municipal

1. Código Tributário Municipal / Lei n.1466/73. .................................................................... 1


2. Código Tributário Municipal / Alteração Lei Complementar n.59/03 ............................... 32
3. Apuração Lançamento e Arrecadação ISSQN Cartórios, Registradores e similares / Lei
Complementar nº 126/08 ........................................................................................................ 81
4. Regime Tributário Diferenciado EPP, ME e MEI / Lei Complementar n.142/09 .............. 83
5. Lei de incentivo-PRODES / Lei Complementar n.29/99 ................................................. 96
6. ITBI / Lei n. 2.592/89. ..................................................................................................... 99
7.Código Administrativo de processo fiscal / Lei Complementar n.02/92 ......................... 104
8. Estatuto do Servidor / Lei Complementar n.190/11 ...................................................... 115
9. Código de Polícia Administrativa /Lei n.2.909/92 ......................................................... 170
10.Lei Federal de aplicação local: a. Mei: Lei Complementar 128/2008 b. Simples Nacional:
Lei Complementar 123/2006 ................................................................................................ 209
c. Resolução 140/2018 CGSN ......................................................................................... 209
d. ITR: Lei 9393/1996. ..................................................................................................... 272

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1. Código Tributário Municipal / Lei n.1466/73.

Lei nº 1466 DE 26/10/19731

Institui o Código Tributário do Município de Campo Grande.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE:

Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte lei:

PARTE GERAL

TÍTULO I - DOS TRIBUTOS EM GERAL


CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO

Art. 1º Este Código dispõe sobre os fatos geradores, a incidência, alíquota, o lançamento, a cobrança
e a fiscalização dos tributos municipais e estabelece normas de Direito Fiscal a eles pertinentes.

Art. 2º O código tributário Municipal é subordinado:


I - à Constituição da República Federativa do Brasil;
II - ao Código Tributário Nacional, instituído pela lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 e demais Leis
Federais complementares e estatutárias de normas gerais de Direito Tributário;
III - às resoluções do Senado Federal;
IV - à legislação estadual nos limites de sua competência.

Art. 3º Integram o sistema tributário do Município:


I - os impostos:
a - sobre a propriedade predial e territorial urbana;
b - sobre serviço de qualquer natureza;
II - as taxas:
a - decorrentes das atividades do poder de polícia do Município;
b - decorrentes de atos relativos à utilização efetiva ou potencial dos serviços públicos municipais,
específicos e divisíveis;
III - a contribuição de melhoria.

CAPÍTULO II - DA LEGISLAÇÃO FISCAL

Art. 4º Para efeito de tributação, os valores fixos correspondentes a tributos, a multas, a parâmetros
para fixação de multas ou a limites de faixas de tributação, serão expressos por meio de múltiplos e
submúltiplos de uma unidade fiscal denominada "Unidade de valor Fiscal de Campo Grande, designada,
na legislação sob a forma abreviada de UFIC". (Redação dada ao caput pela Lei nº 2.823, de 29.07.1991,
DOM Campo Grande de 31.07.1991)
Parágrafo único. A UFIC já fixada no mês de junho do corrente ano, em Cr$ 3.493,58 (três mil,
quatrocentos e noventa e três cruzeiros e cinquenta e oito centavos), passará a ser atualizada,
mensalmente, a partir de 1º de julho do corrente ano pela variação do INPC/IBGE do mês anterior ao
pagamento, e, no caso da sua extinção, alteração, ou não divulgação em tempo hábil considerar-se-á o
IGP/FGV ou outro índice a eles equivalentes. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.823, de
29.07.1991, DOM Campo Grande de 31.07.1991)
§ 2º (Suprimido pela Lei nº 2.637, de 08.08.1989, DOM Campo Grande de 09.08.1989)

Art. 5º Nenhum tributo será exigido ou alterado, nem qualquer pessoa considerada como contribuinte
ou responsável pelo cumprimento da obrigação tributária, senão em virtude deste Código ou de Lei
subsequente.

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https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=173639

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Parágrafo único. A lei fiscal entra em vigor na data da sua publicação, salvo disposições que criem ou
majorem os tributos, definam novas hipóteses de incidência, extingam ou reduzam isenções, as quais
entrarão em vigor a 1º de janeiro do ano seguinte.

Art. 6º A legislação tributária municipal compreende as leis, os decretos e as normas complementares


que versem, no todo ou em parte, sobre tributos de competência municipal e relações jurídicas a elas
pertinentes.
§ 1º São normas complementares das leis e dos decretos:
I - as portarias, circulares, instruções, avisos, ordens de serviço e outros atos normativos expedidos
pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que o Município celebre com a administração direta ou indireta da União, do Estado
ou dos Municípios.
§ 2º A observância das normas referidas no parágrafo anterior exclui a imposição de penalidades, a
cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do Tributo.

Art. 7º A lei tributária tem aplicação em todo o território do Município e estabelece a relação jurídico-
tributária, no momento em que tiver lugar o ato ou fato tributável, salvo disposições em contrário.

CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL

Art. 8º Todas as funções referentes a cadastramento, lançamento, cobrança, recolhimento e


fiscalização de tributos municipais, aplicação de sanções por infração da disposição deste Código, bem
como as medidas de prevenção e repressão às fraudes, serão exercidas pelos órgãos fazendários e
repartições a eles subordinadas, segundo as atribuições constantes da lei de organização dos serviços
administrativos e do respectivo regulamento.

Art. 9º Os órgãos e servidores incumbidos da cobrança e fiscalização dos tributos, sem prejuízo do
rigor e vigilância indispensáveis ao bom desempenho de suas atividades, darão assistência técnica aos
contribuintes, prestando-lhes esclarecimentos sobre a interpretação e observância da legislação fiscal.
§ 1º Aos contribuintes é facultado reclamar essa assistência aos órgãos responsáveis.
§ 2º As medidas repressivas só serão tomadas contra os contribuintes infratores que, dolosamente ou
por descaso, lesarem ou tentarem lesar o Fisco.

Art. 10. As declarações, registros e formulários que deverão ser preenchidos obrigatoriamente pelos
contribuintes, para efeito de cadastramento, fiscalização, lançamento e recolhimento de tributos,
obedecerão a modelos fixados pelos órgãos fazendários e serão adquiridos nas empresas gráficas e
estabelecimentos comerciais do município e, quando for o caso, fornecidos pela Prefeitura.

Art. 11. São autoridades fiscais, para efeitos deste Código, as que têm jurisdição e competência
definidas em leis e regulamentos.

CAPÍTULO IV - DO DOMICÍLIO FISCAL

Art. 12. Considera-se domicílio fiscal do contribuinte ou responsável por obrigação tributária:
I - tratando-se de pessoa física, o lugar onde habitualmente reside, e, não sendo este conhecido, o
lugar onde se encontre a sede principal de suas atividades ou negócios;

II - tratando-se de pessoa jurídica de direito privado, o local de qualquer de seus estabelecimentos;


III - tratando-se de pessoa jurídica de direito público, o local da sede de qualquer de suas repartições
administrativas.

CAPÍTULO V - DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ACESSÓRIAS

Art. 13. Os contribuintes, ou quaisquer responsáveis por tributos, facilitarão, por todos os meios a seu
alcance, o lançamento, a fiscalização e a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando
especialmente obrigados a:

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I - apresentar declarações e guias e a escriturar, em livros próprios, os fatos geradores de obrigação
tributária, segundo as normas deste Código e dos regulamentos fiscais;
II - comunicar à Fazenda Municipal, dentro de 15 (quinze) dias, contados a partir da ocorrência,
qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;
III - conservar e apresentar ao Fisco, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se
refira a operações ou situações que constituam fato gerador de obrigação tributária ou que sirva como
comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais;
IV - prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos
que, a juízo do Fisco, se refiram a fato gerador de obrigação tributária.
Parágrafo único. Mesmo no caso de isenção, ficam os beneficiários sujeitos ao cumprimento do
disposto neste artigo.

Art. 14. O Fisco poderá requisitar a terceiros, e estes ficam obrigados a fornecer-lhe todas as
informações e dados referentes a fatos geradores de obrigação tributária, para os quais tenham
contribuído ou que devem conhecer, salvo quando, por força de lei, estejam obrigados a guardar sigilo
em relação a esses fatos.
§ 1º As informações obtidas por força deste artigo tem caráter sigiloso e só poderão ser utilizadas em
defesa dos interesses fiscais da União, do Estado e deste Município.
§ 2º Constitui falta grave, punível nos termos do Estatuto dos Funcionários Municipais, a divulgação
de informações obtidas no exame de contas ou documentos exibidos.

CAPÍTULO VI - DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Art. 15. Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei pode atribuir, de modo expresso, a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

RESPONSABILIDADE DOS SUCESSOR

Art. 16. O disposto neste capítulo aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição à data dos autos nela referidos e aos constituídos posteriormente
aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

Art. 17. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil
ou a posse de bens imóveis e bem assim os relativos a taxas pelas prestações de serviços referentes a
tais bens ou à contribuição de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo
quando conste do título à prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta publica, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo
preço.

Art. 18. São pessoalmente responsáveis:


I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Art. 19. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de
outra ou em outra, é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu
espólio, sob a mesma razão social ou sob firma individual.

Art. 20. A pessoa natural ou jurídica do direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar na respectiva exploração,
sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividades;

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II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de 6 (seis)
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria
ou profissão.

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

Art. 21. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervirem ou pelas comissões de que
forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos pelos filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivãs e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre atos praticados
por eles ou perante eles, em razão de seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidade, às de caráter
moratório.

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

Art. 22. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes às obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

CAPÍTULO VII - DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Art. 23. O crédito tributário nasce quando ocorre o fato gerador, previsto em lei tributária.

Art. 24. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade, não afetam a obrigação
tributária que lhe deu origem.

Art. 25. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica, ou extingue, ou tem a sua
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos neste Código, fora dos quais não podem ser
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, e sua efetivação ou as respectivas
garantias.

CAPÍTULO VIII - DO LANÇAMENIO

Art. 26. Lançamento é o procedimento privativo da autoridade administrativa municipal, destinado a


constituir o crédito tributário mediante a verificação da ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, a determinação da matéria tributável, o cálculo do montante do tributo devido, a
identificação do sujeito passivo e, sendo o caso, a proposição da aplicação da penalidade cabível.

Art. 27. O ato do lançamento é vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional,
ressalvadas as hipóteses de exclusão ou suspensão de crédito tributário, previstas neste Código.

Art. 28. O lançamento reporta-se à data em que haja surgido a obrigação tributária principal e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente ao nascimento da obrigação, haja
instituído novos critérios de apuração da base de cálculo, estabelecido novos métodos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas ou outorgado maiores garantias e
privilégios à Fazenda Municipal, exceto, no último caso, para atribuir responsabilidade tributária a
terceiros.

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§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde
que a lei tributária respectiva fixe expressamente a data em que o fato gerador deva ser considerado para
efeito de lançamento.

Art. 29. Os atos formais, relativos ao lançamento dos tributos, ficarão a cargo do órgão fazendário
competente.
Parágrafo único. A omissão ou erro de lançamento não exime o contribuinte do cumprimento da
obrigação fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita.

Art. 30. O lançamento efetuar-se-á com base nos dados constantes do Cadastro Fiscal e nas
declarações apresentadas pelos contribuintes, na forma a nas épocas estabelecidas neste Código e em
regulamento.
Parágrafo único. As declarações deverão conter todos os elementos e dados necessários ao
conhecimento do fato gerador das obrigações tributárias e à verificação do montante do crédito tributário
correspondente.

Art. 31. Far-se-á o lançamento de ofício, com base nos elementos disponíveis:
I - quando o contribuinte ou responsável não houver prestado declaração, ou a mesma apresente-se
inexata, por serem falsos ou errôneos os fatos consignados.
II - quando, tendo prestado declaração, o contribuinte ou responsável deixar de atender,
satisfatoriamente, no prazo e na forma legais, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
administrativa.
II - a declaração ou comunicação fora do prazo legal, para efeito de lançamento, não desobriga o
contribuinte do pagamento das multas e juros moratórios.

Art. 32. Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações
apresentadas pelos contribuintes e responsáveis e de determinar, com precisão, a natureza e o montante
dos créditos tributários, a Fazenda Municipal poderá:
I - exigir, a qualquer tempo, a exibição de livro e comprovantes dos atos e operações que possam
constituir fato gerador de obrigação tributária;
II - fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde se exercem as atividades sujeitas a obrigações
tributárias ou nos bens ou serviços que constituem matéria tributável.
III - exigir informações e comunicações escritas ou verbais;
IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer às repartições da fazenda Municipal;
V - requisitar o auxílio da força Pública ou requerer ordem judicial quando indispensável à realização
de diligências, inclusive inspeções necessárias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como
dos objetos e livros dos contribuintes e responsáveis.
Parágrafo único. Nos casos a que se refere o item V deste artigo, os funcionários lavrarão termo da
diligência, do qual constarão especificadamente os elementos examinados.

Art. 33. O lançamento e suas alterações serão comunicados aos contribuintes mediante notificação
direta, feita por meio de aviso, ou, quando impossível, por falta de elementos, através de edital publicado
no órgão oficial do Município ou em jornal local de grande circulação, em 3 (três) edições consecutivas.

Art. 34. Far-se-á revisão de lançamento sempre que se verificar erro na fixação da base tributária,
ainda que os elementos indutivos dessa fixação hajam sido apurados diretamente pelo Fisco.

Art. 35. Os lançamentos efetuados de ofício, ou decorrentes de arbitramento só poderão ser revistos
m face da superveniência de prova irrecusável que modifique a base de cálculo utilizada no lançamento
anterior.

Art. 36. É facultado aos propostos da fiscalização o arbitramento de bases tributárias quando ocorrer
sonegação, cujo montante não se possa conhecer exatamente ou quando a atividade exercida pelo
contribuinte recomende esta medida, sempre a critério do Fisco.

Art. 37. O Município poderá instituir livros e registros obrigatórios de tributos municipais, a fim de apurar
os seus fatos geradores e bases de cálculo.

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Art. 38. Independentemente do controle de que trata o artigo anterior, poderá ser adotada a apuração
ou verificação diária no próprio local de atividade, durante determinado período, quando houver dúvida
sobre a exatidão do que for declarado para efeito dos tributos de competência do Município.

CAPÍTULO IX - DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Seção I - Disposições Gerais

Art. 39. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I - a moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e recursos nos termos da Lei Tributária Municipal;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal, cujo credito seja suspenso, ou delas consequentes.

Seção II - Da Moratória

Art. 40. A moratória somente poderá ser concedida:


I - em caráter geral:
a) pelo Município;
b) pela União, quanto a tributos de competência do Município, quanto aos tributos de competência
federal e as obrigações de caráter privado.
II - em caráter individual, por despacho do Prefeito, desde que autorizada por lei nas condições do
inciso anterior.
Parágrafo único. A lei concessiva da moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade
a determinada área do Município ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

Art. 41. A lei que concede moratória em caráter geral ou autoriza a concessão em caráter individual,
especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
I - o prazo de duração do favor:
II - as condições de concessão do favor em caráter individual:
III - sendo o caso:
a) os tributos a que se aplica:
b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o item I, podendo
atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa para cada caso de concessão em caráter
individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado, no caso de concessão em caráter
individual.

Art. 42. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente
constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado
àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita os casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo
ou de terceiros em benefício daquele.

Art. 43. A concessão de moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada de
ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não
cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido
de juros de mora:
I - com imposição de penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro
em benefício daquele;
II - Sem imposição de penalidade, nos demais casos.
Parágrafo único. No caso do item I, deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e
sua revogação não se computa para efeito da prescrição de direito à cobrança do crédito; no caso do item
II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

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CAPÍTULO X - DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Seção I - Disposições Gerais

Art. 44. Extinguem o crédito tributário:


I - o pagamento:
II - a compensação;
III - a transação;
IV - a remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto neste Código;
VIII - a consignação em pagamento, julgada procedente;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que
não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - decisão judicial passada em julgado.
XI - dação em pagamento. (Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 335 DE 05/11/2018).

Seção II - Das Demais Modalidades de Extinção

Art. 45. Mediante lei, nas condições e sob as garantias que estipular ou cuja estipulação em cada caso
atribuir à autoridade administrativa, pode ser autorizada a compensação, a transação o a concessão da
remissão.
§ 1º A autorização de compensação alcança créditos tributários líquidos e certos, vencidos e
vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Municipal.
§ 2º Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a Lei determinará a apuração do seu montante, não
podendo porém cominar redução maior que a correspondente aos juros de 1% (um por cento) ao mês
pelo tempo que decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.

Art. 46. A celebração de transação far-se-á mediante concessões mútuas, que importe em terminação
do litígio e consequente extinção do crédito tributário.
Parágrafo único. O disposto no presente artigo, será regulado em lei especial, que estabeleça as
condições de transação e determine a autoridade competente para celebrá-la em cada caso.

Art. 47. A concessão da remissão total ou parcial deve atender:


I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - à consideração de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - as condições peculiares a determinadas áreas do território do Município.
§ 1º A remissão não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se apure que o
beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer às condições, não cumpria ou deixou de cumprir os
requisitos para sua concessão, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora.
§ 2º O Prefeito é a autoridade competente para autorizar a remissão de que trata este artigo, em cada
caso e através de despacho fundamentado.

CAPÍTULO XI - DA COBRANÇA E DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS

Art. 48. A cobrança dos tributos far-se-á:


I - por iniciativa do sujeito passivo;
II - por procedimento fiscal;
III - mediante ação executiva.
§ 1º A cobrança por intrtaln a do sujeito passivo far-se-á pela forma e nos prazos estabelecidos neste
Código, nas leis e nos regulamentos fiscais.
§ 2º Aos créditos fiscais do Município, aplicam-se as normas de correção monetária de tributos e
penalidades devidas ao Fisco Municipal, nos termos da legislação federal aplicável.

Art. 49. Nenhum recolhimento de tributo será efetuado sem que se expeça o documento hábil.

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Art. 50. Nos casos de expedição fraudulenta de documentos a que se refere o artigo anterior,
responderão, civil, criminal e administrativamente, os servidores que os houverem subscrito ou fornecido.

Art. 51. Pela cobrança menor do tributo, responde, perante a Fazenda Municipal, solidariamente, o
servidor culpado, cabendo-lhe direito regressivo contra o contribuinte.

Art. 52. Não se procederá contra o contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo com decisão
administrativa ou judicial transitada em julgado, mesmo que, posteriormente, venha a ser modificada a
jurisprudência.

Art. 53. O Executivo poderá contratar com estabelecimentos de crédito com sede, agência ou escritório
no Município, o recebimento de tributos, segundo normas especiais baixadas para esse fim.

CAPÍTULO XII - DA RESTITUIÇÃO

Art. 54. O contribuinte tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial
do tributo, seja qual for a modalidade de seu pagamento, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face deste
Código, ou da natureza ou das circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - erro na identificação do contribuinte, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante
do tributo, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

Art. 55. A restituição total ou parcial de tributos abrangerá também, na mesma proporção, os juros de
mora e as penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal, que não devam
reputar prejudicada pela causa assecuratória da restituição.

Art. 56. O direito de pleitear restituição extigue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:
I - nas hipóteses dos itens I e II do art. 54º, da data da extinção do crédito tributário;
II - na hipótese do item III do art. 54º da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou
passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão
condenatória.
§ 1º Prescreve em 2 (dois) anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.
§ 2º O prazo de prescrição de que trata o § anterior é interrompido pelo início da ação judicial,
recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante
da Fazenda Municipal.

Art. 57. Quando se tratar de tributos e multas indevidamente arrecadados, por motivo de erro cometido
pelo Fisco ou pelo contribuinte, regularmente apurado, a restituição será feita de ofício, mediante
determinação de autoridade competente em representação formulada pelo órgão fazendário e
devidamente processada.

Art. 58. O pedido de restituição será indeferido se o requerente criar qualquer obstáculo ao exame de
sua escrita ou de documentos, quando isso se torne necessário à verificação da procedência da medida,
a juízo da administração.

Art. 59. Os processos de restituição serão obrigatoriamente informados, antes de receberem despacho
pela repartição que houver arrecadado os tributos e as multas reclamados total ou parcialmente.

CAPÍTULO XIII - DA PRESCRIÇÃO

Art. 60. O direito de proceder ao lançamento de tributos, prescreve em 5 (cinco) anos contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O decurso do prazo estabelecido neste artigo interrompe-se pela notificação ao
contribuinte de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento ou a sua revisão começando
de novo a correr da data em que se operou a notificação.

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Art. 61. As dívidas provenientes de tributos prescrevem e 5 (cinco) anos, a contar do término do
exercício dentro do qual aqueles se tornarem devidos.

Art. 62. Interrompe-se a prescrição da dívida fiscal:


I - por qualquer intimação ou notificação feita ao contribuinte, por repartição ou funcionário fiscal, para
pagar a dívida;
II - pela concessão de prazos especiais para esse fim;
III - pelo despacho que ordenou a citação judicial do responsável para efetuar o pagamento;
IV - pela apresentação do documento comprobatório da dívida, em juízo de inventário ou concurso de
credores.

Art. 63. Cessa em 5 (cinco) anos o poder de aplicar ou cobrar multas por infração a este Código.

CAPÍTULO XIV - DAS IMUNIDADES E ISENÇÕES

Art. 64. É vedado ao Município cobrar impostos sobre:


I - o patrimônio, a renda ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros
Municípios;
II - templos de qualquer culto;
III - o patrimônio, a renda ou os serviços de partidos políticos e de instituições de educação ou de
assistência social, observados os requisitos fixados no Código Tributário Nacional.
IV - o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel destinado à sua impressão;
V - o tráfego intermunicipal de qualquer natureza, quando representarem limitações ao mesmo.
§ 1º O disposto no item I deste artigo é extensivo às autarquias, tão somente no que se refere ao
patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, mas
não se estende aos serviços públicos concedidos, nem exonera o promitente comprador da obrigação de
pagar imposto que incidir sobre imóvel objeto de promessa de compra e venda.
§ 2º No caso de serviços públicos concedidos pela União, aplica-se o disposto neste artigo quando a
isenção geral for por ela instituída, por meio de lei especial, tendo em vista o interesse comum.
§ 3º A imunidade tributária do bens imóveis dos templos se restringe àqueles destinados ao exercício
do culto.
§ 4º As instituições de educação e assistência social somente gozarão de imunidade mencionada no
item III, deste artigo, quando se tratar de sociedades civis legalmente constituídas e sem fins lucrativos.

Art. 65. Nenhum tributo incidirá sobre:


I - atos ou títulos referentes à vida funcional dos servidores municipais;
II - conferências científicas ou literárias e exposições de arte;
III - atividades de pequeno rendimento, exercidas individualmente, por conta própria, e destinadas,
exclusivamente, ao sustento de quem as exerce ou de sua família.
Parágrafo único. Consideram-se atividades de pequeno rendimento para os efeitos do item III, deste
artigo, aquelas cujo movimento econômico, em cada mês, não exceda a 3 (três) "UFIC".

Art. 66. A concessão de isenções ou favores fiscais apoiar-se-á sempre em razões de ordem pública
ou de interesse do Município, não podendo ter caráter pessoal e dependerá de lei aprovada por 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara de Vereadores.
§ 1º A lei que concedera isenção especificará as condições e requisitos exigidos, o prazo de sua
duração e os tributos a que se aplica.
§ 2º Entende-se como favor pessoal não permitido, a concessão em lei de isenção de tributos a
determinada pessoa física ou jurídica.
§ 3º As isenções estão condicionadas à renovação anual e deverão ser requeridas no mês de janeiro
de cada ano e serão reconhecidas por ato do Prefeito.

Art. 67. Verificada, a qualquer tempo, a inobservância das formalidades exigidas para a concessão ou
o desaparecimento das condições que a motivaram, será a isenção obrigatoriamente cancelada.

Art. 68. As imunidades e isenções não abrangem as taxas e a contribuição de melhoria, salvo as
exceções expressamente estabelecidas neste Código.

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CAPÍTULO XV - DA DÍVIDA ATIVA

Art. 69. Constitui dívida ativa do Município, a proveniente de impostos, taxas, contribuição de melhoria
e multas de qualquer natureza regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. Para todos os efeitos legais considera-se como inscrita a dívida registrada em livros
especiais na repartição competente da Prefeitura.

Art. 70. Encerrado o exercício financeiro, a repartição competente providenciará, imediatamente, à


inscrição dos débitos fiscais, por contribuinte.
Parágrafo único. Independentemente, porém, do término do exercício financeiro, os débitos fiscais não
pagos em tempo hábil, poderão ser inscritos no livro próprio da Divida Ativa Municipal.

Art. 71. (Revogado pela Lei Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)

Art. 72. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticada pela autoridade competente, indicará,
obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo o caso, os dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou residência de um ou de outros;
II - a origem e a natureza de crédito fiscal, mencionando a lei tributária respectiva;
III - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
IV - a data em que foi inscrita;
V - o número do processo administrativo de que se origina o crédito fiscal, sendo o caso.
Parágrafo único. A certidão, devidamente autenticada, conterá além dos requisitos deste artigo, a
indicação do livro e da folha de inscrição.

Art. 73. Serão cancelados, mediante despacho do Prefeito, os débitos fiscais:


I - legalmente prescritos;
II - de contribuintes que hajam falecido sem deixar bens que exprimam valor.
Parágrafo único. O cancelamento será determinado de ofício ou a requerimento de pessoa
interessada, desde que fiquem comprovadas a morte do devedor e a inexistência de bens, ouvidos os
órgãos fazendários e jurídicos da Prefeitura.

Art. 74. As dívidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou consequentes, serão reunidas em
um só processo.

Art. 75. O recebimento de débitos fiscais constantes de certidões já encaminhadas para cobrança
executiva, será feito exclusivamente à vista de guia própria, expedida pelos escrivões, com visto do órgão
jurídico da Prefeitura, incumbido da cobrança judicial da dívida.

Art. 76. As guias de que trata o artigo anterior, serão datadas e assinadas pelo emitente e conterão:
I - o nome do devedor e seu endereço;
II - o número da inscrição da dívida;
III - a importância total do débito e o exercício ou período a que se refere;
IV - a multa, os juros de mora e a correção monetária a que estiver sujeito o débito;
V - as custas judiciais.

Art. 77. Ressalvados os casos de autorização legislativa, não se efetuará o recebimento de débitos
fiscais inscritos na dívida ativa com dispensa da multa, dos juros de mora e da correção monetária.
§ 1º Verificada, a qualquer tempo, a inobservância do disposto neste artigo, é o funcionário responsável
obrigado, além da pena disciplinar a que estiver sujeito, a recolher aos cofres do Município o valor da
multa, dos juros de mora, e da correção monetária que houver dispensado.
§ 2º O disposto no § anterior se aplica, também, ao servidor que reduzir graciosa, ilegal o
irregularmente, o montante de qualquer débito fiscal inscrito na dívida ativa, com ou sem autorização
superior.

Art. 78. É solidariamente responsável com o servidor, quanto à reposição das quantias relativas à
redução, à multa e aos juros de mora e à correção monetária mencionados no artigo anterior, a autoridade

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superior que autorizar ou determinar aquelas concessões, salvo se o fizer em cumprimento de mandado
judicial.

Art. 79. Ajuizada a ação executiva fiscal, cessará a competência do órgão fazendário para agir ou
decidir quanto e ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informações solicitadas pelo órgão
encarregado da execução e pelas autoridades judiciárias.

Art. 80. O Poder Executivo poderá contratar, com firmas especializadas ou advogados estabelecidos
no Município, a cobrança da dívida ativa municipal.
Parágrafo único. VETADO

Art. 81. Os procedimentos relativos à inscrição, cobrança e baixa da dívida ativa serão fixados pelo
Poder Executivo, obedecidas as prescrições deste Código.

CAPÍTULO XVI - DAS PENALIDADES

Seção I - Disposições Gerais

Art. 82. Sem prejuízo das disposições relativas a infrações e penas constantes de outras leis e códigos
municipais, as infrações a este Código serão punidas com as seguintes penas:
I - multa;
II - proibição de transacionar com as repartições municipais;
III - sujeição a regime especial de fiscalização;
IV - suspensão ou cancelamento de isenção de tributos.
Parágrafo único. Dispensar-se-á o pagamento das multas previstas neste Capítulo ao contribuinte que
voluntariamente regularizar obrigações acessórias ou denunciar seu débito, recolhendo-o de imediato
com os demais acréscimos legais. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 2.373, de 23.12.1986, DOM
Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)

Art. 83. A aplicação da penalidade de qualquer natureza, de caráter civil criminal ou administrativo e o
seu cumprimento em caso algum dispensa o pagamento do tributo devido e das multas, da correção
monetária e dos juros de mora.

Art. 84. Não se procederá contra servidor ou contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo
com interpretação fiscal, constante de decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que,
posteriormente, venha a ser modificada essa interpretação.

Art. 85. A omissão do pagamento de tributo e a fraude fiscal serão apuradas mediante representação,
notificação fiscal ou auto de infração, nos termos da lei.
§ 1º Dar-se-á por comprovada a fraude fiscal, quando o contribuinte não dispuser de elementos
convincentes, em razão dos quais se possa admitir a involuntária omissão do pagamento.
§ 2º Em qualquer caso, considerar-se-á como fraude a reincidência na omissão de que trata este artigo.

Art. 86. A co-autoria e a cumplicidade nas infrações ou tentativa de infração aos dispositivos deste
Código, implicam os que a praticaram em responderem solidariamente com os autores pelo pagamento
do tributo devido, ficando sujeitos às mesmas penas fiscais impostas a este.

Art. 87. Apurada a responsabilidade de diversas pessoas, não vinculadas por co-autoria ou
cumplicidade, impor-se-á a cada uma delas a pena relativa à infração que houver cometido.

Art. 88. A aplicação de multa não prejudicará a ação criminal que, no caso, couber.

Seção II - Das Multas

Art. 89. Todas as multas estipuladas neste Código serão obrigatoriamente arrecadadas com o Tributo,
se este for devido.

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Art. 90. As infrações cometidas contra as normas relativas aos tributos previstos neste Código, quando
não estabelecidas em capítulo próprio e quando apuradas através de ação fiscal, sujeitam o infrator às
seguintes penalidades:
I - Infrações relacionadas com o recolhimento do imposto:
a) multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido e não pago, ou pago a menor, pelo
prestador do serviço ou responsável, no prazo regulamentar;
b) multa de 200% (duzentos por cento) do valor do imposto aos que não recolherem ou recolherem a
menor o imposto retido do prestador de serviços, no prazo regulamentar;
II - Infrações relacionadas com a inscrição e alterações cadastrais:
a) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que, iniciarem suas atividades sem se
inscreverem no Cadastro de Atividades Econômicas deste Município;
b) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que deixarem de proceder a alteração de
dados cadastrais, paralisação ou encerramento de suas atividades, no prazo de 15 (quinze) dias após a
ocorrência do fato;
c) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que, convocados pela Administração para
promover o recadastramento ou para prestar qualquer declaração ou informação, deixarem de atender a
exigência no prazo determinado.
III - Infrações relacionadas com os documentos fiscais:
a) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), por mês ou fração de mês, aos que utilizarem
livros fiscais sem a devida autenticação ou em desacordo com as normas regulamentares;
b) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de escriturar os livros fiscais
no prazo de 10 (dez) dias;
c) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), por nota fiscal ou livro, aos que escriturarem
livros fiscais ou emitirem notas fiscais, por sistema mecanizado ou de processamento de dados, sem
prévia autorização.
d) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que, após a confecção das notas fiscais
autorizadas, deixarem de retornar ao órgão fiscal competente para que se proceda a sua conferência e
liberação para uso;
e) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de fazer, no prazo de 15
(quinze) dias, contados da data da ocorrência do fato, a necessária comunicação ao órgão fiscal
competente da inutilização ou extravio de livros e notas fiscais, por livro ou nota fiscal;
f) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que, estando inscritos e obrigados à
escrituração de documentos fiscais, funcionarem sem possuir quaisquer dos livros ou notas fiscais
previstos na legislação, inclusive para filiais, depósitos ou outros estabelecimentos dependentes, por mês
ou fração de mês;
g) multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) quando os documentos fiscais não forem encontrados na
empresa ou se encontrarem em local não habilitado para retê-los;
h) multa de 200% (duzentos por cento) do imposto incidente, aos que utilizarem notas fiscais em
desacordo com as normas regulamentares ou após decorrido o prazo regulamentar de utilização;
i) multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), aos que imprimirem, para si ou para terceiros, documento
fiscal de serviços sem prévia autorização, sem prejuízo da ação penal cabível;
j) multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), aos que utilizarem um ou mais documento fiscal sem prévia
autorização, ou com numeração e/ou série em duplicidade;
k) multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor do imposto devido aos que, em proveito
próprio ou de terceiros, se utilizarem de um ou mais documento falso ou contendo informação falsa, para
produção de qualquer efeito fiscal, sem prejuízo da ação penal cabível;
l) multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto incidente aos que receberem
notas fiscais com data de validade vencida;
m) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais) aos que emitirem nota fiscal de serviço de série
diversa da prevista para a operação, por cada documento;
n) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de emitir a nota fiscal de
serviço correspondente à natureza da prestação de serviço realizada, por cada nota, ainda que isenta ou
não tributada, independentemente de ter efetuado o pagamento do imposto;
o) multa equivalente a 200% (duzentos por cento) sobre o valor do imposto incidente sobre as notas
fiscais, emitidas ou recebidas, e não declaradas ou se declaradas com informações errôneas, na
Declaração Mensal de Serviços, alcançando, inclusive, aqueles que não apresentarem a Declaração,
respeitado o valor mínimo de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais);
p) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), por mês ou fração de mês, aos que deixarem
de apresentar no prazo regulamentar, a declaração de ausência de movimento tributável;

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IV - Infrações relacionadas com a responsabilidade tributária:
a) multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto incidente, às pessoas jurídicas elencadas
como Responsável Tributário pela não retenção do imposto do prestador de serviço, independentemente
do recolhimento do imposto pelo contribuinte.
V - Infrações relacionadas com a ação-fiscal:
a) multa pelo não atendimento de intimação para apresentação de documentos fiscais, contábeis e
comerciais, dentro do prazo concedido pela autoridade fiscal:
1. na primeira intimação: R$ 500,00 (quinhentos reais);
2. na segunda intimação e nas demais: R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais).
b) multa de R$ 1.000,00 (mil reais) aos que embaraçarem, ilidirem ou impedirem de qualquer forma a
ação fiscal, ou ainda, sonegarem documentos para a apuração do preço dos serviços ou da fixação da
estimativa.
VI - Infrações para as quais não haja penalidade específica prevista neste Código: multa de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais). (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM
Campo Grande de 10.06.2002)

Seção III - Da Multa de Mora

Art. 91. (Revogado pela Lei nº 3.096, de 14.11.1994, Ed. de 14.11.1994)

Seção IV - Da Proibição de Transacionar com as Repartições Municipais

Art. 92. Os contribuintes que estiverem em débito de tributos, multas, dívida ativa e de outra natureza,
não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de
concorrência, convite ou tomada de preços, celebrar contratos, ou termos de qualquer espécie ou, ainda,
transacionar, a qualquer título, com a administração do Município.

Seção V - Da Sujeição a Regime Especial de Fiscalização

Art. 93. O contribuinte que houver cometido infração punida às disposições deste Código e em outras
leis e regulamentos municipais poderá ser submetido a regime especial de fiscalização.
Parágrafo único. O regime especial de fiscalização de que trata este artigo será definido em
regulamento.

Seção VI - Da Suspensão ou Cancelamento de Isenções

Art. 94. Todas as pessoas físicas ou jurídicas que, gozando da isenção de tributos municipais,
infringirem disposições deste Código, ficarão privadas, por um ano, desse benefício e, no caso de
reincidência, dele privado definitivamente.
Parágrafo único. As penas previstas neste artigo serão aplicadas em face de representação nesse
sentido, devidamente comprovada, feita em processo próprio, depois de aberta defesa ao interessado,
nos prazos legais.

Seção VII - Das Penalidades Funcionais

Art. 95. Serão punidos com multa equivalente a 15 (quinze) dias de respectivo vencimento ou
remuneração;
I - os funcionários que se negarem e prestar assistência ao contribuinte, quando por este solicitada na
forma deste Código;
II - os agentes fiscais que, por negligência ou má fé, lavrarem autos sem obediência aos requisitos
legais, de forma a lhes acarretar nulidade.

Art. 96. As multas serão impostas pelo Prefeito, mediante representação de autoridade fazendária
competente, se de outro modo não dispuser o Estatuto dos Funcionários Municipais.

Art. 97. O pagamento de multa decorrente de processo fiscal se tomará exigível depois de transitada
em julgado a decisão que a impôs.

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Seção VIII - Do Parcelamento de Débitos

Art. 98. É permitida a concessão de parcelamento de débito fiscal, em até 12 (doze) parcelas, mediante
requerimento do interessado, não se excluindo, em caso algum, o pagamento de multas, acréscimos
moratórios e correção monetária, quando for o caso, não permitida capitalização, excluídos os débitos já
ajuizados. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 1.898, de 14.07.1.980, Ed. de 14.07.1.980)
§ 1º O valor mínimo de cada parcela será de 1 (uma) UFIC. (Antigo parágrafo 2º renumerado e com
redação dada pela Lei nº 3.096, de 14.11.1994, Ed. de 14.11.1994)
§ 2º A falta de pagamento de duas parcelas sucessivas, no prazo previsto, suspenderá o parcelamento,
acarretando o vencimento das parcelas restantes. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 3.096, de
14.11.1994, Ed. de 14.11.1994)
§ 3º É vedado o reparcelamento de um mesmo débito. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 3.096, de
14.11.1994, Ed. de 14.11.1994)

TÍTULO II - DO PROCESSO FISCAL


CAPÍTULO I - DAS MEDIDAS PRELIMINARES E INCIDENTES
Seção I - Dos Termos de Fiscalização

Art. 99. A autoridade ou o funcionário fiscal que presidir ou proceder a exames e diligências, fará ou
lavrará, sob sua assinatura, termo circunstanciado do que apurar, do qual constarão, além do mais que
possa interessar, as datas iniciais e finais do período fiscalizado e a relação dos livros e documentos
examinados.
§ 1º O termo será lavrado no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalização ou a constatação
da infração, ainda que aí não resida o fiscalizado ou infrator e poderá ser datilografado ou impresso em
relação às palavras rituais devendo os claros ser preenchidos a mão e inutilizadas as entrelinhas em
branco.
§ 2º Ao fiscalizado ou infrator dar-se-á cópia do termo, autenticada pela autoridade, contra recibo no
original.
§ 3º A recusa do recibo, que será declarada pela autoridade, não aproveita ao fiscalizado ou infrator,
nem o prejudica.
§ 4º Os dispositivos do § anterior são aplicáveis, extensivamente, aos fiscalizados e infratores
analfabetos, ou impossibilitados de assinar o documento de fiscalização ou infração, mediante declaração
da autoridade fiscal ressalvadas as hipóteses dos incapazes, definidos pela lei civil.

Seção II - Da Apreensão de Bens e Documentos

Art. 100. Poderão ser apreendidas as coisas móveis, inclusive mercadorias e documentos, existentes
em estabelecimento comercial, industrial, agrícola ou profissional, do contribuinte responsável, ou de
terceiros, ou em outros lugares ou em trânsito, que constituam prova material de infração tributária,
estabelecida neste Código, em lei ou regulamento.
Parágrafo único. Havendo prova ou fundada suspeita de que as coisas se encontram em residência
particular ou lugar utilizado como moradia, serão promovidas a busca e apreensão judiciais, sem prejuízo
das medidas necessárias para evitar a remoção clandestina.

Art. 101. Da apreensão lavrar-se-á termo próprio, com os elementos do auto de infração, observando-
se, no que couber, o disposto no art. 106 deste Código.
Parágrafo único. O termo de apreensão conterá a descrição das coisas ou dos documentos
apreendidos, a indicação do lugar onde ficaram depositados e a assinatura do depositário, o a qual será
designado pelo autuante, podendo a designação recair no próprio detentor, se for idôneo, a juízo do
autuante.

Seção III - Da Representação

Art. 102. Qualquer pessoa pode representar contra toda ação ou omissão contrária à disposição deste
Código ou de outras leis e regulamentos fiscais.

Art. 103. Recebida a representação, a autoridade competente providenciará imediatamente as


diligências para verificar a respectiva veracidade e, conforme couber, autuará o infrator ou arquivará a
representação.

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CAPÍTULO II - DOS ATOS INICIAIS

Seção I - Da Notificação Fiscal - Auto de Infração e Apreensão

Art. 104. Verificada a omissão do pagamento do tributo ou qualquer infração de dispositivo legal ou
regulamentar, será expedida contra o infrator Notificação Fiscal, para que no prazo de 30 (trinta) dias
contados da data da lavratura, regularize a situação.
§ 1º Esgotado o prazo de que trata este artigo, sem que o infrator tenha regularizado a situação perante
a repartição fiscal competente, a Notificação Fiscal será automaticamente convertida em Auto de Infração,
organizando-se o competente processo fiscal.
§ 2º Considera-se convencido do débito fiscal o contribuinte que pagar o tributo no prazo referido no
"caput" deste artigo, assumindo caráter de transação não cabendo mais recurso ou defesa para a mesma.

Art. 105. A Notificação Fiscal - Auto de Infração e Apreensão obedecerá a modelo a ser fixado em ato
normativo do Poder Executivo.

Art. 106. A Notificação Fiscal - Auto de Infração e Apreensão, lavrado com precisão e clareza, sem
entrelinhas, emendas ou rasuras, deverá:
I - mencionar o local, dia e hora da lavratura;
II - conter o nome do infrator e das testemunhas se houver;
III - descrever o fato que constitui a infração e as circunstâncias pertinentes, indicar o dispositivo legal
ou regulamentar violado e fazer referência ao termo de fiscalização em que se consignou a infração,
quando for o caso;
IV - conter a intimação ao infrator para pagar os tributos e multas devidas ou apresentar defesa e prova
nos prazos previstos.
Parágrafo único. As omissões ou incorreções do auto não acarretarão nulidade, quando do processo
constarem elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator, podendo a critério da
autoridade fiscal, ser lavrado Termo Aditivo.

Art. 107. A assinatura não constitui formalidade essencial à validade do auto, não implica em confissão,
nem a recusa agravará a pena.
Parágrafo único. Se o infrator, ou quem o represente, não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-
á menção dessa circunstância.

Art. 108. Da lavratura do auto sairá intimado o infrator:


I - pessoalmente, sempre que possível, mediante entrega de cópia do auto ao autuado, seu
representante ou preposto, contra recibo datado no original;
II - por carta, acompanhada de cópia do auto, com aviso de recebimento (AR) datado e firmado pelo
destinatário ou alguém do seu domicílio;
III - por edital, com prazo de 30 (trinta) dias, se desconhecido o domicílio fiscal do infrator.

Art. 109. A intimação presume-se feita:


I - quando pessoal, na data do recibo;
II - quando por carta, na data do recibo de volta, e se for esta omitida, 15 (quinze) dias após a entrega
da carta no correio com AR;
III - quando por edital, no termo do prazo, contado este na data da afixação ou da publicação.

Art. 110. As intimações subsequentes à inicial, quando necessárias, far-se-ão pessoalmente, caso em
que serão certificadas no processo e por carta ou edital, conforme as circunstâncias, observado o disposto
nos arts. 108 e 109 deste Código.

Seção II - Das Reclamações contra Lançamentos

Art. 111. O contribuinte que não concordar com lançamento poderá reclamar no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da publicação no órgão oficial, da afixação do edital ou do recebimento do aviso.

Art. 112. A reclamação contra lançamento far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos.

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Art. 113. É cabível a reclamação por parte de qualquer pessoa contra a omissão ou exclusão do
lançamento.

Art. 114. A reclamação contra lançamento terá efeito suspensivo da cobrança dos tributos lançados.

CAPÍTULO III - DA DEFESA

Art. 115. O autuado apresentará defesa no prazo de 30 (trinta) dias, contidos da data do recebimento
da intimação.
§ 1º Findo o prazo constante deste artigo, sem que o autuado apresente defesa, será considerado
revel.
§ 2º O Termo de Revelia impedirá recurso para julgamento singular de primeira instância.

Art. 116. A defesa do autuado será apresentada por petição à repartição por onde correr o processo,
contra recibo.
Parágrafo único. Apresentada a defesa, terá o autuante o prazo de 10 (dez) dias para impugná-la, o
que fará na forma do artigo seguinte.

Art. 117. Na defesa, o autuado alegará toda a matéria que entender útil, indicará e requererá as provas
que pretenda produzir, juntará logo as que constarem de documentos e sendo o caso, arrolará
testemunhas, até o máximo de 3 (três).

Art. 118. Nos processos iniciados mediante reclamação contra lançamento, será dada vista a
funcionário da repartição competente para aquela operação a fim de apresentar a defesa, no prazo de 10
(dez) dias, contados da data em que receber o processo.

Art. 119. Findos os prazos previstos nos arts. 115 e 116, parágrafo único desta lei, poderá a autoridade
de primeira instância, se entender necessário, baixar o processo para novas diligências, no prazo de 20
(vinte) dias, inclusive determinar lavratura de "Termo Aditivo", se for o caso.
§ 1º Findo o prazo previsto neste artigo, o processo será presente à autoridade de primeira instância,
que o julgará e proferirá despacho decisório, impondo as penalidades cabíveis.
§ 2º A autoridade não fica adstrita às alegações das partes, devendo julgar de acordo com sua
convicção, em face das provas produzidas no processo.

CAPÍTULO IV - DA DECISÃO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA E RECURSOS

Art. 120. A decisão, redigida com simplicidade e clareza concluirá pela procedência ou improcedência
do auto de infração ou da reclamação contra lançamento, definindo expressamente os seus efeitos, num
e noutro caso.
§ 1º Sendo a decisão de primeira instância favorável ao fisco municipal, será extraído, contra o
autuado, Portaria de Intimação, ficando marcado o prazo do 30 (trinta) dias, contados do "ciente", para
pagamento do débito.
§ 2º Durante o prazo mencionado no § 1º deste artigo, será facultado ao autuado, dentro de 15 (quinze)
dias corridos, interpor pedido de reconsideração ao Secretário de Finanças ou dentro de 30 (trinta) dias
corridos, recurso dirigido à Junta de Recursos Fiscais.
§ 3º Os recursos interpostos, depois de esgotado o prazo do § anterior, serão encaminhados
obrigatoriamente a Junta Recursos Fiscais que delas poderá conhecer, excepcionalmente, observado,
sempre, o contido nos arts. 121 e 123 desta Lei.
§ 4º No caso mencionado no § 2º deste artigo, subindo o recurso à apreciação do Secretário de
Finanças, a requerimento do interessado, sendo seu despacho contrário ao fisco municipal, deverá o
referido Secretário recorrer de ofício, à autoridade de segunda instância (Junta de Recursos Fiscais) no
prazo de 10 (dez) dias, desde que, o montante em litígio seja superior a 10 (dez) "UFIC".
§ 5º Sendo a decisão de primeira instância contrária ao fisco municipal, deverá a autoridade recorrer,
de ofício, no prazo de 10 (dez) dias, ao Secretário de Finanças, desde que, o montante exigido seja
superior a 5 (cinco) "UFIC".
§ 6º No caso do § 5º deste artigo, qualquer que seja a decisão do Secretário de Finanças, não o
obrigará a recorrer à Junta de Recursos Fiscais, cabendo todavia, este direito ao autuado no prazo de 10
(dez) dias, observadas as exigências contidas nos arts. 121 e 122.

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§ 7º Findo o prazo mencionado no § 1º deste artigo e não tendo sido tomadas as medidas previstas
no § 2º, nem a parte requerendo o previsto no § 6º deste artigo, será expedido memorando de Cobrança
Amigável, sendo aguardado, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do "ciente", o comparecimento do
autuado para liquidação do débito.
§ 8º Findo o prazo mencionado no § 7º deste artigo, sem que haja sido liquidado o débito, será extraído
Nota de Débito para envio à Dívida Ativa.
§ 9º Em qualquer fase do julgamento em primeira instância, poderá o Prefeito, nos casos que julgar
conveniente, avocar processos fiscais, reformando, inclusive, despachos proferidos pelas autoridades
que lhe são subordinadas.

CAPÍTULO V - DA GARANTIA DE INSTÂNCIA

Art. 121. Nenhum recurso voluntário interposto pelo autuado ou reclamante será encaminhado à Junta
de Recursos Fiscais, sem o prévio depósito das quantias exigidas, extinguindo-se o direito do recorrente
que não efetuar o depósito no prazo legal.
Parágrafo único. São dispensados de depósito os servidores públicos que recorrerem de multas
impostas com fundamento no art. 95 deste Código.

Art. 122. Quando a importância total do litígio exceder de 12 (doze) "UFIC", se permitirá a prestação
de fiança para interposição do recurso voluntário, requerido no prazo a que se refere o § 2º do art. 120
deste Código.
§ 1º A fiança prestar-se-á mediante indicação de fiador idôneo a juízo da administração, ou pela caução
de títulos da dívida pública.
§ 2º Ficará anexado ao processo o requerimento que indicar fiador, com a expressa aquiescência
deste, e, se for casado, também de sua mulher, sob pena de indeferimento.
§ 3º Aliança mediante caução for-se-á no valor dos tributos e multas exigidos e pela cotação dos títulos
ou mercado, devendo o recorrente declarar no requerimento que obriga efetuar o pagamento do
remanescente da dívida, no prazo de 8 (oito) dias, contados da notificação, se o produto da venda dos
títulos não for suficiente para a liquidação do débito.

Art. 123. Julgado inidôneo o fiador, poderá o recorrente, depois de intimado e dentro do prazo igual ao
que restava quando protocolado o requerimento de prestação de fiança, oferecer outro fiador, indicando
os elementos comprovantes da idoneidade do mesmo.
Parágrafo único. Não se admitirá como fiador o sócio solidário, quotista ou comanditário da firma
recorrente, nem o devedor da Fazenda Municipal.

Art. 124. Recusados dois fiadores, será o recorrente intimado a efetuar o depósito, dentro de 5(cinco)
dias, ou de prazo igual ao que lhe restava quando protocolado o segundo requerimento de prestação de
fiança, se este prazo for maior.

TÍTULO III - DO CADASTRO FISCAL

CAPÍTULO I - DAS ESPÉCIES DE CADASTRO

Art. 125. O Cadastro Fiscal da Prefeitura, compreende:


I - O Cadastro Imobiliário;
II - O Cadastro de Atividades Econômicas.
§ 1º O Cadastro Imobiliário compreende:
a - os terrenos vagos existentes nas áreas urbanas, urbanizáveis ou de expansão urbana do Município;
b - os terrenos edificados ou que vierem a ser edificados nas áreas urbanas, urbanizáveis ou de
expansão urbana do Município.
§ 2º O Cadastro de Atividades Econômicas, compreende os estabelecimentos de produção, inclusive
agropecuários, de indústria e comércio, habituais e lucrativos, as empresas ou profissionais autônomos,
com ou sem estabelecimento fixo, prestadores de serviços sujeitos à tributação municipal, as sociedades
civis e fundações, bem como os que exercem o comércio eventual de ambulantes.

Art. 126. Todos os proprietários ou possuidores, a qualquer título, de imóveis mencionados no § 1º do


artigo anterior, bem como todas as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, no território do Município
de Campo Grande, qualquer atividade econômica legalmente permitida, de natureza civil ou comercial,

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mesmo sem finalidade lucrativa, referidas no § 2º do artigo anterior, estão sujeitos à inscrição obrigatória
no Cadastro Fiscal da Prefeitura.

Art. 127. O Poder Executivo poderá celebrar convênios com a União e o Estado, visando a utilizar os
dados e os elementos cadastrais disponíveis.

Art. 128. A Prefeitura, poderá, quando necessário, instituir outras modalidades acessórias de cadastros
a fim de atender à organização fazendária dos tributos de sua competência.

CAPÍTULO II - DA INSCRIÇÃO NO CADASTRO IMOBILIÁRIO

Art. 129. Todos os imóveis, inclusive os que gozarem de imunidade ou de isenção, situados nas áreas
urbanas, urbanizáveis ou de expansão urbana do Município, deverão ser inscritos no Cadastro Imobiliário
da Prefeitura, de acordo com a Legislação Municipal.
§ 1º A inscrição de que trata este artigo, será da responsabilidade:
a - do proprietário ou seu representante legal, devidamente averbada;
b - dos condôminos, em se tratando de condomínio;
c - do compromissário comprador, nos casos de compromisso de compra e venda, inscrito no Registro
de Imóveis;
d - do inventariante, síndico ou liquidante, quando se tratar de imóvel pertencente a espólio, massa
falida ou sociedade em liquidação.
§ 2º A inscrição far-se-á em formulário próprio, aprovado pela Prefeitura, no qual o contribuinte ou seu
representante, declarará, sob sua exclusiva responsabilidade e sem prejuízo de outros elementos que
venham a exigir-se em regulamento:
I - tratando-se de imóvel não construído:
a - nome e qualificação;
b - nome do procurador ou representante legal;
c - local do imóvel e denominação do bairro, vila, loteamento ou logradouro em que esteja situado;
d - área e dimensão do terreno, bem como as confrontações;
e - valor venal;
f - dados do título de aquisição da propriedade ou do domínio útil;
g - qualidade em que a posse é exercida;
h - endereço para entrega do aviso;
i - localização do imóvel, segundo esboço ou "croquis" que anexará;
j - certidão de quitação do imóvel.
II - tratando-se de imóvel construído:
a - nome e qualificação;
b - número da inscrição anterior;
c - localização anterior;
d - área do terreno e da construção, por pavimentos, área total da edificação, inclusive pequenas
construções;
e - valor venal do imóvel;
f - aluguel efetivo anual;
g - dados do título de aquisição da propriedade ou do domínio útil;
h - qualidade em que a posse é exercida;
i - certidão de quitação do imóvel.

Art. 130. A inscrição deverá ser feita dentro de 30 (trinta) dias, contados:
I - para os imóveis não construídos:
a - convocação por edital, que vier a ser feita pela Prefeitura, por zonas ou setores fiscais, parcial ou
englobadamente;
b - da aquisição que importe em desmembramento do imóvel ou em constituição de parte ideal.
c - da alteração da forma do lote, por medida judicial ou por acessão, como definida na lei civil;
d - da demolição ou do perecimento da edificação existente no imóvel.
II - para os imóveis construídos:
a - da convocação por edital, que vier a ser feita pela Prefeitura, por zonas ou setores fiscais, parcial
ou englobadamente;
b - da conclusão da edificação;
c - da aquisição que importe em desdobramento do imóvel ou em constituição de parte ideal.

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Art. 131. Serão objeto de uma única inscrição, obrigatoriamente acompanhada de planta, as glebas
brutas, desprovidas de melhoramentos, cuja utilização dependa de obras de urbanização.

Art. 132. A inscrição de que trata esta

Seção é - obrigatória, estendendo-se aos imóveis já inscritos ou sujeitos a inscrição por lei
anterior.

Art. 133. Deverão ser comunicados ao Cadastro Imobiliário da Prefeitura, em formulário próprio
aprovado por esta, dentro de 30 (trinta) dias contados da respectiva ocorrência;
I - as transcrições, no Registro de imóveis de títulos e de aquisição de terrenos, mediante averbação;
II - as promessas de venda e compra de terrenos inscritas no Registro de Imóveis e a cessão de direitos
destas;
III - as aquisições de imóveis construídos;
IV - as reformas, ampliações ou modificações de uso de imóveis construídos;
V - outros fatos ou circunstâncias que possam afetar a incidência ou o cálculo do imposto.
§ 1º As comunicações serão promovidas: as do item I, pelos respectivos adquirentes; as do item II,
pelos respectivos promitentes compradores ou cessionários e as dos demais itens, pelo sujeito passivo.
§ 2º A obrigação prevista no item I estende-se, no caso de áreas, arruadas ou loteadas em curso de
venda, ao vendedor e ao cedente dos direitos relativos à promessa de venda e compra.

Art. 134. Para o efeitos deste imposto, consideram-se sonegados à inscrição os imóveis não inscritos
no prazo e formo regulares e aqueles cujos formulários de inscrição apresentem falsidade, má fé ou dolo
quanto a qualquer elemento de declaração obrigatória.
Parágrafo único. Nos casos mencionados neste artigo, a inscrição será de Ofício, através dos dados
contidos no Auto de Infração e demais elementos ao alcance da repartição.

Art. 135. Para complementar a inscrição no Cadastro Imobiliário, dos imóveis urbanos, são os
responsáveis mencionados no § 1º do art. 129 obrigados a fornecer os elementos solicitados pelo órgão
competente.
Parágrafo único. As informações solicitadas serão fornecidas no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
solicitação, sob pena de multa prevista neste Código para os faltosos.

Art. 136. Em caso de litígio sobre o domínio do imóvel, a ficha de inscrição mencionará tal
circunstância, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores do imóvel, a natureza do feito, o juízo
e o cartório por onde ocorrer a ação.
Parágrafo único. Incluem-se também na situação prevista neste artigo o espólio, a massa falida e as
sociedades em liquidação.

Art. 137. Os responsáveis por loteamento ficam obrigados a fornecer, até o dia 5 (cinco) de cada mês,
ao órgão fazendário competente, relação dos lotes que no mês anterior tenham sido alienados ou cujo
contrato de compra e venda tenha sido rescindido, mencionando o nome do comprador e o endereço, os
números do quarteirão e do lote e o valor, o número de inscrição, livro e folhas do registro competente,
juntamente com a certidão de quitação dos imóveis alterados, a fim de ser feita a anotação no Cadastro
Imobiliário.

Art. 138. A concessão de "habite-se" à edificação nova ou a aceitação de obras em edificação,


reconstruída ou reformada, só se completará com a remessa do processo respectivo à repartição
fazendária competente e a certidão desta de que foi atualizada a respectiva inscrição no Cadastro
Imobiliário, devendo o requerente já estar inscrito neste Cadastro.

CAPÍTULO III - DA INSCRIÇÃO NO CADASTRO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS

Art. 139. A inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas, será feita pelos contribuintes
mencionados no § 2º do art. 125, mediante preenchimento e entrada de formulário próprio na repartição
competente da Prefeitura, na forma e prazos que o regulamento determinar.

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Art. 140. A inscrição deverá ser permanentemente atualizada, ficando o responsável obrigado a
comunicar à repartição competente, dentro de 15 (quinze) dias. a contar da data em que ocorrerem,
alterações que se verificarem em qualquer das características estabelecidas em regulamento.
Parágrafo único. No caso de venda ou transferência do estabelecimento, sem a observância do
disposto neste artigo, o adquirente ou sucessor será responsável pelos débitos e multas do contribuinte
inscrito.

Art. 141. A cessação temporária ou definitiva das atividades do estabelecimento será comunicada à
Prefeitura dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a fim de ser anotada no Cadastro Fiscal.
Parágrafo único. A anotação no Cadastro será feita após a verificação da veracidade da comunicação,
sem prejuízo de quaisquer débitos de tributos pelo exercício de atividade ou negócios de produção,
indústria, comércio ou prestação de serviços.

Art. 142. Para os efeitos deste capítulo considera-se estabelecimento o local, fixo ou não, de exercício
de qualquer atividade produtiva, industrial, comercial ou similar e de prestação de serviços, em caráter
permanente ou eventual, ainda que no interior de residência, desde que a atividade não seja caracterizada
como de prestação de serviços exercida em caráter individual.

PARTE ESPECIAL
TÍTULO IV - DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
CAPÍTULO I - DA INCIDÊNCIA, ISENÇÕES E REDUÇÕES

(Redação do artigo dada pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):

Art. 143. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou acessão física como definido na
lei civil, construído ou não, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Considera-se ocorrido o fato gerador do IPTU:
I - no primeiro dia do mês de janeiro de cada exercício;
II - no primeiro dia do mês subsequente ao que ocorrer:
a) construção ou modificação de edificação que implique alteração do valor venal do imóvel,
constatada por meio de ação fiscal, recadastramento ou atualização dos dados cadastrais, nos termos do
art. 149, VIII do CTN c/c art. 34 da Lei nº 1.466/1973 (CTM);
b) desdobro ou remembramento de lote que resulte em constituição de novo terreno, sem construção
ou sobre o qual haja edificação incorporada constatada por meio de ação fiscal, recadastramento ou
atualização dos dados cadastrais, nos termos do art. 149, VIII do CTN c/c art. 34 da Lei nº 1.466/1973
(CTM);
c) instituição de condomínio edilício em planos horizontais ou em planos verticais.
§ 2º Ocorrida qualquer das hipóteses previstas no inciso II do § 1º deste artigo:
I - caso as alterações no imóvel não resultem em desdobro ou remembramento do imóvel, o eventual
acréscimo de imposto, com relação ao lançamento que considerou a situação anterior do imóvel, será
cobrado proporcionalmente ao número de meses ainda restantes do exercício;
II - caso as alterações no imóvel resultem em desdobro ou remembramento do bem:
a) serão efetuados lançamentos do imposto referentes aos novos imóveis, de forma proporcional ao
número de meses ainda restantes do exercício; e
b) os eventuais lançamentos de imposto referentes à situação anterior passarão a ser proporcionais
ao número de meses já decorridos desde o seu respectivo fato gerador até o novo fato gerador.
§ 3º Para efeito de contagem do número de meses restantes do exercício, a que se refere o § 2º deste
artigo, será incluído o mês da ocorrência do novo fato gerador a que se refere o inciso II do § 1º deste
artigo.
§ 4º A ocorrência do novo fato gerador referido no inciso II do § 1º deste artigo implica na constituição
de crédito tributário complementar, com direito à eventual abatimento, quando for o caso, no lançamento
do imposto do exercício seguinte, nos termos do art. 23 da Lei Complementar nº 17/1997, na forma
estabelecida em regulamento específico.
§ 5º Para os efeitos deste imposto, considera-se construído todo imóvel no qual exista edificação que
possa servir para habitação ou para o exercício de qualquer atividade.
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):

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Art. 143-A. A mudança de tributação de predial para territorial ou de territorial para predial, somente
prevalecerá, para efeito de cobrança do respectivo imposto, a partir do momento em que for constatada
pelo fisco, o evento causador da alteração.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput deste artigo o órgão competente da Administração
procederá de ofício a alteração dos dados cadastrais e a autoridade competente expedirá Notificação de
Lançamento, cientificando o sujeito passivo que procedeu a constituição complementar do imposto
respectivo, em virtude da constatação de alteração nos elementos e dados que serviram de base para o
lançamento anterior.

Art. 144. Para os efeitos deste imposto entende-se por zona urbana, as áreas urbanas, urbanizáveis
ou de expansão urbana e os loteamentos para fins urbanos localizados na área rural destinados à
habitação, à indústria ou ao comércio, conforme determinações do Código Tributário Nacional e legislação
municipal específica.
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):

Art. 144-B. O contribuinte do Imposto Predial e Territorial Urbano é o proprietário do imóvel, o titular de
seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.
§ 1º O imposto será lançado e considerado devido, a critério da repartição competente:
I - por quem exerça a posse direta do imóvel, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos
possuidores indiretos;
II - por qualquer dos possuidores indiretos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos demais e
do possuidor direto.
§ 2º Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto o titular do domínio pleno, o justo
possuidor, o titular de direito de usufruto, uso ou habitação, os promitentes compradores imitidos na
posse, os cessionários, os posseiros, os comodatários e os ocupantes a qualquer título do imóvel, ainda
que pertencente a qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, isenta do imposto ou
imune.
§ 3º O espólio é responsável pelo pagamento do imposto incidente sobre os imóveis que pertenciam
ao "de cujus".
§ 4º O proprietário do imóvel ou o titular de seu domínio útil é solidariamente responsável pelo
pagamento do IPTU devido pelo titular do usufruto, uso ou habitação.
§ 5º O promitente vendedor é solidariamente responsável pelo pagamento do IPTU devido pelo
compromissário comprador decorrente de contrato de compra e venda não registrada.

Art. 145. São imunes do imposto predial e territorial urbano: (Redação dada pela Lei nº 2.786, de
27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
I - Os imóveis pertencentes à União, o Estado e o Município, desde que vinculado as suas finalidades
essenciais ou delas decorrentes, excetuando os relacionamentos com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou que haja contraprestação
ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário". (Redação dada ao inciso pela Lei nº 2.786, de
27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
II - Os imóveis pertencentes aos partidos políticos, às suas fundações, às entidades sindicais dos
trabalhadores, ás instituições de educação, e assistências social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei, e desde que relacionados com as finalidades essenciais destas entidades. (Redação
dada ao inciso pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
III - os templos de qualquer culto; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 17, de
24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
IV - (Suprimido pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
V - (Suprimido pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
§ 1º As imunidades previstas nos incisos I, II, III, deverão ser requeridas à Secretaria Municipal de
Finanças. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
§ 2º Não havendo alteração física nos imóveis e nem mudança de sua titularidade, as imunidades
serão renovadas de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, devendo ser requeridas à Secretaria Municipal de
Finanças. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
§ 3º Sempre que uma entidade religiosa, legalmente constituída, construir um templo em seu imóvel,
a mesma para gozar da imunidade dever requererá requerer a mesma até 60 (sessenta) dias após o
"habite-se", fazendo depois a renovação conforme disposto nos parágrafos anteriores. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
§ 4º (Suprimido pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)

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§ 5º (Suprimido pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)
§ 6º (Suprimido pela Lei nº 2.786, de 27.12.1990, Ed. de 27.12.1990)

Art. 146. O imposto predial e territorial urbano constitui ônus real e acompanha o imóvel cm todos os
casos de transmissão da propriedade ou de direitos reais a ela relativos.

Art. 147. Para a lavratura da escritura pública, e inscrição de contratos ou promessas de compra e
venda relativa a bem imóvel é obrigatória a apresentação de certidão negativa de tributos sobre a
propriedade, fornecida pelo órgão competente da Prefeitura.

CAPÍTULO II - DA ALIQUOTA E DA BASE DE CÁLCULO

Art. 148. Os Impostos Predial e Territorial serão cobrados na base de:


I - 1% (um por cento) do valor venal dos imóveis edificados;
II - 1% (um por cento) do valor venal dos imóveis não edificados e localizados em logradouros públicos
que não possuam nenhum dos melhoramentos ou serviços abaixo indicados:
a) Pavimentação e meio-fio;
b) Abastecimento de água;
c) Sistema de esgoto sanitário;
d) Rede de energia Elétrica.
III - 1,5% (um e meio por cento) do valor venal dos imóveis não edificados e localizadas em logradouros
públicos que possuam 1 (um) melhoramento ou serviço dentre os enumerados no item II.
IV - 2,5 (dois e meio por cento) do valor venal dos imóveis não edificados e localizados em logradouros
públicos que possuam 2 (dois) melhoramentos ou serviços dentre os enumerados no item II.
V - 3,5 (três e meio por cento) do valor venal dos imóveis não edificados e localizados em logradouros
públicos que possuam 3 (três) ou mais melhoramentos ou serviços dentre os numerados no item II.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.155, de 17.10.1983, Ed. de 17.10.1983)
Parágrafo único. No caso de imóvel edificado em desacordo com as normas estabelecidas pela
legislação urbanística, será aplicada a alíquota de 3,5% (três e meio por cento), que cessará no exercício
seguinte ao de sua regularização. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 2.431, de 23.11.1987, Ed. de
23.11.1987)

Art. 148-A. O Município, através de Lei específica, procederá a aplicação do IPTU - Imposto Predial e
Territorial Urbano Progressivo no Tempo, mediante a majoração de alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos
consecutivos, em conformidade com o disposto no art. 182, § 4º, inciso lI, da Constituição Federal e na
Lei Federal nº 10.257, de 10.07.2001. (NR) (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 128, de
09.12.2008, DOM Campo Grande de 10.12.2008)

Art. 149. O valor venal dos imóveis será apurado com base nos dados existentes no Cadastro Fiscal
Imobiliário, levando-se em conta o valor do terreno, em se tratando de imóvel não construído e do valor
do terreno acrescido do valor da construção, em se tratando de imóvel construído.
§ 1º O valor venal do terreno será obtido através dos dados constantes da Planta de Valores Unitários
de Terrenos, na qual se levarão em conta, para avaliação, o seguintes elementos:
I - o índice médio de valorização correspondente à zona em que estiver situado o terreno;
II - o preço do terreno nas últimas transações de compra e venda realizadas nas zonas respectivas,
segundo o mercado imobiliário local;
III - a forma, as dimensões, a localização, os acidentes geográficos e outras características do terreno;
IV - os serviços públicos e os melhoramentos urbanos existentes nos logradouros;
V - quaisquer outros dados informativos obtidos pelas repartições competentes.
§ 2º O valor venal da construção será calculado através da Tabela de Preços de Construções, levando-
se em conta os seguintes fatores:
I - padrão ou tipo de construção;
II - a área construída;
III - o valor unitário do m2 da construção.
§ 3º A planta de Valores Unitários de Terrenos, bem como qualquer outra tabela que concorra para a
fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, poderão ser
atualizadas anualmente por Decreto do Executivo.
§ 4º (Revogado pela Lei nº 2.356, de 01.12.1986, Ed. de 01.12.1986)

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Art. 150. O mínimo do imposto predial urbano será de 0,48 (quarenta e oito centésimo) "UFIC" e do
imposto territorial urbano será de 0,24 (vinte e quatro centésimos) "UFIC".
Parágrafo único. O disposto no presente artigo não se aplica aos impostos predial e territorial nos
distritos de Anhanduí e Rochedinho, onde os mínimos serão de 0,20 (vinte centésimos) "UFIC" e 0,10
(dez centésimos) "UFIC" respectivamente.

CAPÍTULO III - DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO

Art. 151. O lançamento do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana poderá ser feito em
conjunto com os demais tributos, tomando-se por base as informações do cadastro imobiliário. (Redação
dada ao caput pela Lei Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
Parágrafo único. Os tributos de que trata o caput deste artigo serão lançados em Unidade Fiscal de
Referência - UFIR, tomando-se por base, para efeito de conversão, o valor da UFIR do mês do respectivo
lançamento e, para fins de quitação, reconvertida em moeda corrente pelo valor da UFIR vigente na data
do pagamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo
Grande de 30.12.1997)

Art. 152. Far-se-á o lançamento no nome sob o qual estiver inscrito o imóvel no Cadastro Fiscal
Imobiliário.
§ 1º No caso de condomínio d e terreno não edificado, figurará o lançamento em nome de todos os
condôminos.
§ 2º Os apartamentos, unidades ou dependências com economias autônomas serão lançados um a
um, em nome dos proprietários condôminos.
§ 3º Quando o imóvel estiver sujeito a inventário, far-se-á o lançamento em nome do espólio e, feita a
partilha, será transferido para o nome dos sucessores; para esse fim os herdeiros são obrigados a
promover a transferência perante o órgão fazendário competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a
contar da data do julgamento da partilha ou da adjudicação.
§ 4º Os imóveis pertencentes a espólio, cujo inventário esteja sobrestado, serão lançados em nome
do mesmo, que responderá pelo tributo até que, julgado o inventário, se façam as necessárias
modificações.
§ 5º O lançamento de imóvel pertencente às massas falidas ou sociedades em liquidação, será feito
em nome das mesmas, mas os avisos ou notificações serão enviados aos seus representantes legais,
anotando-se os nomes e endereços nos registros.
§ 6º No caso de imóvel objeto de compromisso de compra e venda, o lançamento será feito em nome
do promitente vendedor ou do compromissário comprador, se em nome deste estiver inscrito no Registro
competente.

Art. 153. O lançamento e o recolhimento do imposto serão efetuados na época e pela forma
estabelecida em regulamento.
§ 1º O pagamento do imposto não confere a quem o fizer, presunção de título legítimo à propriedade,
ao domínio útil ou a posse do imóvel. (Redação do parágrafo dada pela Lei Complementar Nº 251 DE
24/11/2014).
§ 2º (Revogado pela Lei nº 2.977, de 17.08.1993 - Ed. de 17.08.1993, com efeitos a partir de
01.09.1993)
§ 3º (Revogado pela Lei nº 2.977, de 17.08.1993 - Ed. de 17.08.1993, com efeitos a partir de
01.09.1993)
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):

Art. 153-A. Considera-se regularmente notificado do lançamento do imposto, o contribuinte, pela


remessa da conta de pagamento pelos Correios ou por quem esteja regularmente autorizado, no próprio
local do imóvel ou no endereço por ele indicado, constante no cadastro imobiliário do Município.
§ 1º Observado o disposto na legislação tributária, o Fisco poderá recusar o domicílio indicado pelo
contribuinte do imposto, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação.
§ 2º A notificação, pelo Correio ou por quem esteja regularmente autorizada, será precedida da
publicação de Edital de Notificação de Lançamento, publicada no Diário Oficial de Campo Grande -
DIOGRANDE, e divulgada em outros meios de comunicação social existente no Município, com inferência
à data de postagem, considerada a entrega aos Correios ou quem esteja autorizado ao mesmo mister,
aludindo-se, ainda, sobre prazos, número de parcelas e datas de vencimentos.

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§ 3º Para todos os efeitos legais, presume-se efetuada a notificação do lançamento 30 (trinta) dias
depois de transcorrida a data da postagem, definida no § 2º, deste artigo, ocasião em que a notificação
resultará efetuada.
§ 4º A presunção referida no § 3º, deste artigo, poderá ser elidida pela comunicação do não
recebimento da notificação, em comparecimento espontâneo do contribuinte ou seu representante legal
na Central de Atendimento ao Cidadão, até a data do vencimento, ocasião em que será notificado, em
conformidade com o respectivo lançamento.

Art. 154. Constituem infrações às normas deste imposto, passíveis de multa:


I - de valor igual ao do imposto, a falta de inscrição do imóvel dentro dos prazos estabelecidos, assim
como falsidade, má fé, ou dolo no preenchimento dos formulários de inscrição;
II - de 2 (duas) a 10 (dez) vezes o valor anual do imposto a recusa ao fornecimento de informações
solicitadas para levantamento ou atualização cadastral;
III - de meia voz o valor do imposto, nos casos de inobservância dos prazos das comunicações a que
se refere o art. 133 a partir do exercício em que deveria ter sido feita a comunicação;
IV - de 1/4 (um quarto) do valor do imposto para os pagamentos efetuados até 90 (noventa) dias após
o prazo do vencimento de cada uma das cotas ou do total e de 1/2 (um meio) do valor do imposto, para
os pagamentos efetuados após 90 (noventa) dias do prazo de vencimento de cada uma das cotas ou do
total.
Parágrafo único. As multas previstas neste artigo serão aplicadas por exercício, até o limite de 5 (cinco)
exercícios anteriores àquele em que se apurar a infração, contados a partir do exercício de 1974, não
desobrigando o contribuinte de mora e correção monetária.

TÍTULO V - DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA


CAPÍTULO I - DA INCIDÊNCIA

Arts. 155. ao 158: Revogados pela Lei Complementar 59 de 2003.

CAPÍTULO II - IMUNIDADE, NÃO INCIDÊNCIA E ISENÇÃO

Art. 159. Não são contribuintes do imposto:


I - os assalariados, como tais definidos pelas leis trabalhistas e pelos contratos de relação de emprego,
singulares e coletivos, tácitos ou expressos, de prestação de trabalhos e terceiros.
II - os diretores de sociedades anônimas, por ações e de economia mista, bem como outros tipos de
sociedades civis e comerciais, mesmo quando não sejam sócios, quotistas, acionistas ou participantes;
III - os servidores públicos federais, estaduais, municipais e autárquicos, inclusive os inativos,
amparados pelas respectivas legislações que os definam nessa situação ou condição;
IV - os trabalhadores avulsos.
§ 1º São isentos do Imposto Sobre Serviços: (Redação dada pela Lei nº 2.373, de 23.12.1986, DOM
Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
I - os clubes sociais e recreativos, excluídas as receitas de vendas de ingresso, inclusive convites ou
mesas; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande de
10.06.2002)
II - as federações desportivas, associações desportivas e clubes desportivos; (Redação dada ao inciso
pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande de 10.06.2002)
III - (Revogado pela Lei nº 2.977, de 17.08.1993 - Ed. de 17.08.1993, com efeitos a partir de
01.09.1993)
IV - os espetáculos circenses e quermesses; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 47,
de 07.06.2002, DOM Campo Grande de 10.06.2002)
V - as apresentações teatrais, os concertos de músicas clássicas, as exibições de dança e os shows
de grupos artísticos, que possuam Certificado de Artista do Mato Grosso do Sul, fornecido pela
FUNCESP; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande
de 10.06.2002)
VI - as exposições agropecuárias, excluídas as vendas de ingressos ou convites; (Redação dada ao
inciso pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande de 10.06.2002)
VII - as exposições culturais, excluídas as vendas de ingressos ou convites; (Redação dada ao inciso
pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande de 10.06.2002)
VIII - os estagiários; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM
Campo Grande de 10.06.2002)

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IX - os profissionais de nível médio e os de nível superior, registrados nos respectivos Conselhos, que
promoverem a sua primeira inscrição junto ao Cadastro Econômico, no primeiro exercício financeiro após
a colação de grau, recebendo o benefício fiscal para o exercício da inscrição e nos dois anos
subsequentes; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande
de 10.06.2002)
X - a execução de obras de construção civil, destinada a residência própria, quando a construção
atender as disposições do art. 191 da Lei nº 1.866, de 26 de dezembro de 1979 e do Decreto nº 7.897,
de 16 de agosto de 1999. (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo
Grande de 10.06.2002)
§ 2º (Revogado pela Lei nº 2.649, de 16.10.1989, DOM Campo Grande de 17.10.1989)
§ 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 47, de 07.06.2002, DOM Campo Grande de 10.06.2002)

CAPÍTULO III - SUJEITO PASSIVO

Arts. 160. ao 190: Revogados pela Lei Complementar 59 de 2003.

TÍTULO VI - DAS TAXAS


CAPÍTULO I - DA INCIDÊNCIA E DAS ISENÇÕES

Art. 191. Pelo exercício regular do poder de polícia ou em razão da utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição pela Prefeitura,
serão cobradas, pelo Município, as seguintes taxas:
I - de licença;
II - de expediente;
III - de serviços diversos;
IV - de serviços urbanos;

Art. 192. São isentos do pagamento da Taxa de Serviços Urbanos: (Redação dada pela Lei nº 2.372,
de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
I - O imóvel que se constitua em única propriedade do contribuinte, utilizado exclusivamente como sua
residência e cujo valor venal não ultrapasse a 10.000 (dez mil) UFIR; (Redação dada ao inciso pela Lei
Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
II - Os imóveis reconhecidos em Lei como de interesse histórico, cultural e ecológico; (Inciso
acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir
de 01.01.1987)
III - Os imóveis localizados em logradouros não servidos por serviços de limpeza e iluminação pública;
(Inciso acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos
a partir de 01.01.1987)
IV - Os Imóveis próprios da União, do Estado e do Município quando utilizados exclusivamente a seu
serviço e as sedes de entidades Sindicais, Associações Classistas e de moradores, os Centros
Comunitários, os Templos de qualquer culto e o imóvel residencial dos Expedicionários Brasileiros
portadores de Diploma de Medalha de Campanha ou sua viúva que através da Associação da FEB
fornecerá a relação dos beneficiados. (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 48, de
29.11.2002, DOM Campo Grande de 05.12.2002, com efeitos a partir de 01.01.2002)
§ 1º Os requerimentos de que trata o § 3º do art. 3º da lei nº 2.356, de 01.12.86, servirão, também
como pedido de isenção de pagamento da Taxa de Serviços Urbanos de que trata o inciso I deste artigo;
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com
efeitos a partir de 01.01.1987)
§ 2º As isenções só produzirão efeitos a partir do exercício seguinte ao do requerimento; (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir
de 01.01.1987)
§ 3º O contribuinte que for promitente comprador ou cessionário de imóvel nas condições previstas no
inciso I, deste artigo, comprovada a promessa de aquisição ou a cessão por quaisquer meio regular,
gozando também de isenção prevista, desde que averbado seu título no Cadastro Municipal. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir
de 01.01.1987)

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CAPÍTULO II - DAS TAXAS DE LICENÇA
Seção I - Disposições Gerais

Art. 193. As taxas de licença têm como fato gerador o poder de polícia do Município na outorga de
permissão para o exercício de atividades ou para a prática de atos dependentes por sua natureza, de
prévia autorização pelas autoridades municipais.

Art. 194. As taxas de licença são exigidas para:


I - localização, funcionamento ou renovação de estabelecimentos ou atividades de produção, comércio,
indústria ou prestação de serviços, na jurisdição do Município;
II - funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços em horários
especiais;
III - exercício, na jurisdição do Município de comércio eventual ou ambulante;
IV - aprovação e execução de obras, instalações e urbanização de áreas particulares;
V - publicidade;
VI - ocupação de áreas em vias e logradouros públicos.

Seção II - Da Taxa de Licença para Localização, Funcionamento ou Renovação de


Estabelecimentos ou Atividades de Produção, Comércio, Indústria e Prestação de Serviços

Art. 195. Nenhum estabelecimento de produção, comércio, indústria ou prestação de serviços de


qualquer natureza poderá se instalar ou iniciar suas atividades no Município sem prévia licença para
localização outorgada pela Prefeitura e sem que hajam seus responsáveis efetuado o pagamento da taxa
devida.
Parágrafo único. As atividades cujo exercício dependem de autorização de competência exclusiva da
União ou do Estado, não estão isentas da taxa de que trata este artigo.

Art. 196. O pagamento da taxa de localização será devido por ocasião da abertura ou instalação do
estabelecimento ou cada vez que se verificar mudança do ramo de atividade. (Revogado pela Lei nº
2.684, de 21.12.1989, DOM Campo Grande de 26.12.1989, com efeitos a partir de 12.01.1990)
Parágrafo único. A taxa será cobrada de acordo com a Tabela nº 2, anexa a este Código.

Art. 197. Os pedidos de inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas da Prefeitura, feitos através
de formulário próprio, só serão deferidos mediante o prévio pagamento da taxa.

Art. 198. A licença para localização e instalação inicial é concedida mediante despacho, expedindo-se
o alvará respectivo, o qual será conservado, permanentemente, em lugar visível pelo contribuinte,
juntamente com a guia de pagamento da taxa respectiva.

Art. 199. A taxa de licença de que trata esta Seção será arrecadada antecipadamente, cabendo ao
contribuinte a iniciativa de renovação da referida licença.

Art. 200. As inscrições regularmente requeridas pagarão a taxa de que trata esta seção, de uma única
vez, antecipadamente a sua inscrição no Cadastro de Atividade Econômica, vedada sua cobrança nos
exercícios seguintes. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de
29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)

Parágrafo único. O período de validade da licença constará da guia de pagamento deste tributo."

Art. 201. Aos que não observarem a exigência do art. 198 deste Código será aplicada a multa de 1
(uma) "UFIC".
Parágrafo único. Para as demais infrações serão aplicadas, no que couber, as multas previstas no art.
90 deste Código.

Seção III - Da Taxa de Licença para Funcionamento em Horário Especial

Art. 202. Poderá ser concedida licença para funcionamento de determinados estabelecimentos
comerciais, industriais e de prestação de serviços fora do horário normal de abertura e fechamento,
mediante o pagamento de uma taxa de licença especial.

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Parágrafo único. As licenças especiais de que trata o presente artigo somente poderão ser concedidas
nos termos do art. 137 da Lei nº 1.096, de 4 de dezembro de 1967. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Legislativa nº 87, de 24.05.1974, Ed. de 29.05.1974)

Art. 203. A taxa de licença para funcionamento dos estabelecimentos em horário especial será cobrada
por mês ou ano, da acordo com a Tabela nº 3, anexa a este Código.

Art. 204. É obrigatória a fixação, junto do alvará de localização, em local visível e acessível à
fiscalização, do comprovante de pagamento da taxa de licença para funcionamento em horário especial
em que conste claramente esse período, sob pena das sanções previstas neste Código.

Art. 205. As infrações ao disposto nesta Seção, aplicar-se-ão, no que couber, as multas previstas no
art. 90 deste Código.

Seção IV - Da Taxa de Licença para o Exercício do Comércio Eventual ou Ambulante

Art. 206. A taxa de licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante será arrecadada por
ano, ou mês, sempre a título precário.
§ 1º Considera-se comércio eventual o que é exercido em determinadas épocas do ano especialmente
por ocasião de festejos ou comemorações, em locais autorizados pela Prefeitura.
§ 2º É considerado, também, como comércio eventual o que é exercido em instalações removíveis
colocadas nas vias ou logradouros públicos, como balcões, barracas, veículos, mesas, tabuleiros e
semelhantes.
§ 3º Comércio ambulante é o exercido individualmente sem estabelecimento, instalação ou localização
fixa.
§ 4º O fotógrafo profissional ou firma especializada no ramo não é considerado como eventual.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 1.520, de 01.10.1974, Ed. de 01.10.1974)

Art. 207. A taxa de que trata esta Seção será cobrada de acordo com a Tabela nº 4, anexa a este
Código e na conformidade do respectivo regulamento.

Art. 208. O pagamento da taxa da licença para o exercício de comércio eventual, nas vias e logradouros
públicos, não dispensa a cobrança da taxa de ocupação de solo.

Art. 209. É obrigatória a inscrição, na repartição competente, dos comerciantes eventuais e


ambulantes, antes do início da atividade, mediante o preenchimento de formulário próprio, conforme
modelo estabelecido pela Prefeitura.
§ 1º Preenchidas as formalidades constantes da legislação municipal, será fornecido ao sujeito
passivo, cartão de inscrição, sendo este documento pessoal e intransferível.
§ 2º O documento mencionado neste artigo, bem como a guia de pagamento da licença deverão estar
sempre em poder do sujeito passivo, para exibição aos encarregados da fiscalização, quando solicitados.
§ 3º Não se inclui na exigência deste artigo os comerciantes com estabelecimento fixo que, por ocasião
de festejos ou comemorações, explorem o comércio eventual ou ambulante.
§ 4º A inscrição será permanentemente atualizada por iniciativa do comerciante eventual ou ambulante,
sempre que houver qualquer modificação nas características iniciais da atividade por ele exercida.

Art. 210. São isentos da taxa de licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante:
I - os cegos e mutilados que exercerem comércio ou indústria em escala ínfima;
II - os vendedores ambulantes de livros, jornais e revistas;
III - os engraxates ambulantes;
IV - os pequenos vendedores ambulantes de doces, frutas e outros comestíveis.
Parágrafo único. A isenção não abrangerá os vendedores ambulantes de firmas ou empresas.

Art. 211. Os comerciantes ambulantes ou eventuais que forem encontrados sem o cartão de inscrição
e a prova de quitação da taxa terão apreendidos os objetos e gêneros de seu comércio que serão levados
ao Depósito, até que sejam pagas a licença devida, a multa no valor de 1 (uma) "UFIC" e as multas de
mora previstas no art. 91 deste Código, contados a partir da data da apreensão, e as despesas com a
remoção.

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§ 1º Os objetos e gêneros apreendidos serão levados à praça, após decorridos 30 (trinta) dias da data
da apreensão, se não satisfeitos os pagamentos a que se refere o artigo.
§ 2º A multa referida no artigo, se paga dentro de 10 (dez) dias, contados da data da lavratura da
Notificação Fiscal, sofrerá desconto de 40% (quarenta por cento).
§ 3º Os objetos e gêneros aprendidos que apresentarem começo de decomposição serão inutilizados.

Art. 212. As infrações ao disposto nesta Seção, aplicar-se-ão, no que couber, as multas previstas no
art. 90 deste Código.

Seção V - Da Taxa de Licença para Aprovação e Execução de Obras, Instalações e Urbanização


de Áreas Particulares

Art. 213. A taxa de licença para aprovação e execução de obras, instalações e urbanização de áreas
particulares, é devida em todos os casos de construção, reconstrução, reforma ou demolição de prédios,
bem como nas instalações elétricas e mecânicas ou qualquer outra obra, da zona urbana do Município e
pela permissão outorgada pela Prefeitura, para a urbanização de terrenos particulares, segundo a
legislação específica.

Art. 214. Nenhuma construção, reconstrução, reforma com acréscimo, demolição, obra e instalações
de qualquer natureza ou Urbanização dos terrenos particulares poderá ser iniciada sem prévio pedido de
licença à Prefeitura e pagamento da taxa devida.

Art. 215. A taxa de que trata esta Secção será cobrada de conformidade com a Tabela nº 5 anexa a
este Código.

Art. 216. Pelas infrações às disposições desta Seção, abaixo enumeradas, ficam estabelecidas as
seguintes multas:
I - por início de obra sem o prévio pagamento da taxa de licença, 2 (duas) "UFIC";
II - por prosseguimento de obra embargada, por dia 0,5 (cinco décimos) "UFIC";
III - (Revogado pela Lei nº 3.096, de 14.11.1994, Ed. de 14.11.1994)
IV - por falta de comunicação para efeito de "habite-se" ou "visto de conclusão", 1 (uma) "UFIC".
V - por abertura de arruamentos clandestinos, multa de 2 (duas) "UFIC" por infração cometida, além
da multa diária de 4 (quatro) "UFIC", devida da intimação até ter sido sanada a irregularidade.
VI - por ocupação do passeio além do tapume, após recebimento da intimação, multa de 0,5 (cinco
décimos) "UFIC" por dia;
VII - aos que danificarem pavimentação ou outro tipo ele revestimento das vias e logradouros público,
ficam sujeitos a multa do 5 (cinco) "UFIC" e ainda, responsáveis pela indenização do custo dos serviços
necessários à recuperação dos danos causados;
VIII - por outras infrações, no que couber, aplicar-se-ão as multas previstas no art. 90 deste Código.

Seção VI - Da Taxa de Licença para Publicidade

Art. 217. A exploração ou utilização de meios de publicidade nas vias e logradouros públicos do
município bem como nos lugares de acesso ao público, fica sujeita à prévia licença da Prefeitura, e
quando for o caso, ao pagamento da taxa devida.

Art. 218. Incluem-se, na obrigatoriedade do artigo anterior:


I - os cartazes, letreiros, programas, quadros, painéis, placas, anúncios e mostruários, fixos ou
volantes, luminosos ou não, afixados, distribuídos ou pintados em paredes, postes, veículos ou calçadas.
(Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 32, de 24.05.2000 - DOM Campo Grande de
26.05.2000)
II - a propaganda falada, em lugares públicos por meio de amplificadores de voz, alto-falantes e
propagandistas;
III - e demais formas e meios de anúncio, publicidade e propaganda.
Parágrafo único. Compreende-se neste artigo os anúncios colocados em lugares de acesso ao público,
ainda que mediante cobrança de ingresso, assim como os que forem de qualquer forma, visíveis da via
pública.

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Art. 219. São solidariamente responsáveis pelo pagamento da taxa de licença para publicidade e
observância das disposições desta Seção, todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou
indiretamente, a publicidade venha a beneficiar, desde que a tenha autorizado. (Redação dada ao artigo
pela Lei Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)

Art. 220. Sempre que a licença depender de requerimento, este deverá ser instruído com a descrição
da posição, da situação, das cores dos dizeres, das alegorias e de outras características do meio de
publicidade de acordo com as instruções e regulamentos respectivos.
Parágrafo único. Quando o local em que se pretender colocar o anúncio não for de propriedade do
requerente, deverá este juntar ao requerimento a autorização do proprietário.

Art. 221. Ficam os anunciantes obrigados a colocar nos painéis sujeitos à taxa, um número de
identificação fornecido pela repartição competente.

Art. 222. Os anúncios devem ser escritos em boa e pura linguagem, ficando, por isso, sujeitos à revisão
da repartição competente.

Art. 223. A taxa de licença para publicidade é cobrada segundo o período fixado para a publicidade e
de conformidade com a Tabela nº 6, anexa a este Código.
§ 1º Ficam sujeitos ao acréscimo de 10% (dez por cento) da taxa, os anúncios de qualquer natureza
referentes a bebidas alcoólicas e fumo, bem como os redigidos em língua estrangeira.
§ 2º A taxa será paga adiantadamente, por ocasião da outorga da licença.
§ 3º A transferência de anúncios para local diverso do licenciado deverá ser precedida de prévia
comunicação à repartição municipal competente, sob pena de serem considerados como novos.
§ 4º As licenças anuais serão válidas para o exercício em que forem concedidas, desprezados os
trimestres já decorridos, desde que o sujeito passivo apresente ao fisco, documentos comprobatórios da
data correta da afixação da publicidade. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 17, de
24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
§ 5º O período de validade das licenças constará da guia de pagamento do tributo, recolhida por
antecipação.

Art. 224. São isentos da taxa de licença para publicidade: (Redação dada pela Lei Complementar nº
32, de 24.05.2000, DOM Campo Grande de 26.05.2000)
I - os cartazes ou letreiros destinados a fins patrióticos, religiosos ou eleitorais;
II - as tabuletas indicativas de sítios, granjas ou fazendas bem como as de rumo ou direção de estradas;
III - os dísticos ou denominações de estabelecimentos comerciais e industriais, apostos nas paredes
e vitrinas internas e externas; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 32, de 24.05.2000,
DOM Campo Grande de 26.05.2000)
IV - os anúncios publicados em jornais, revistas, ou catálogos e os irradiados em estações de rádio-
difusão e televisão;
V - as placas indicativas de oferta de emprego afixadas no estabelecimento do empregador, desde
que sem legenda, dístico ou desenho de valor publicitário; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar
nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
VI - as placas de profissionais liberais, autônomos ou assemelhados, até 0,30 m2, quando colocadas
nos respectivos estabelecimentos e contiverem, tão somente, o nome, profissão e o número da inscrição
profissional; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de
30.12.1997)
VII - painéis ou tabuletas exigidos e conforme as indicações e as dimensões recomendadas por
legislação própria, afixadas no local da obra e durante a sua execução; (Inciso acrescentado pela Lei
Complementar nº 17, de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)
VIII - os nomes, siglas, dísticos, logotipos e breves mensagens publicitárias identificativas de empresas
que, nas condições legais, se responsabilizem, gratuitamente, pela colocação e manutenção nas vias e
logradouros públicos, de cestos de lixo, plantio e proteção de árvores, ou ainda pela conservação, sem
ônus para o Município, de parques, praças e jardins. (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 17,
de 24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)

Art. 225. A publicidade efetuada sem licença sujeitará o infrator a multa de 300 (trezentas) UFIR,
independentemente da taxa devida. (Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº 17, de
24.12.1997, DOM Campo Grande de 30.12.1997)

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Parágrafo único. As demais infrações ao disposto nesta Seção, aplicam-se, no que couber, as multas
previstas no art. 90 deste Código.

Seção VII - Da Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas Vias e Logradouros Públicos

Art. 226. Entende-se por ocupação do solo aquela feita mediante instalação provisória de balcão,
barraca, mesa, tabuleiro, quiosque, aparelho e qualquer outro móvel ou utensílio, depósitos de materiais
para fins comerciais ou de prestação de serviços e estacionamento privativo de veículos, em locais
permitidos.

Art. 227. Sem prejuízo do tributo e multa devidos, a Prefeitura apreenderá e removerá para os seus
depósitos qualquer objeto ou mercadoria deixados em locais (não permitidos, ou colocados em vias e
logradouros públicos, sem o pagamento da taxa de que trata esta Seção, na forma do que estabelece o
art. 211 deste Código.

Art. 228. A taxa é lançada no nome do sujeito passivo e arrecadada antecipadamente no ato da outorga
da permissão mensal ou anual, de conformidade com a Tabela nº 7, anexa a este Código.
Parágrafo único. Às demais infrações, ao disposto nesta Seção, aplicar-se-ão, no que couber, as
multas previstas no art. 90 deste Código.

CAPÍTULO III - DA TAXA DE EXPEDIENTE

Art. 229. A taxa de expediente é devida pela apresentação de petição e documentos às repartições da
Prefeitura, para apreciação e despacho pelas autoridades municipais.

Art. 230. A taxa de que trata este capítulo e devida pelo peticionário ou por quem tiver interesse direto
n ato do governo municipal, e será cobrada de acordo com a Tabela nº 8, anexa a este Código.

Art. 231. A cobrança da taxa será prévia, devendo o comprovante do seu pagamento ser anexado ao
pedido ou requerimento, por ocasião em que for protocolado.

Art. 232. Ficam isentos do pagamento da taxa de expediente o requerimento de qualquer natureza,
baixas diversas, registros de ferro de gado, certidão relativas aos servidores municipais, ao serviço de
alistamento militar, para fina eleitorais e atestado de pobreza. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.372,
de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)

Art. 233. O servidor municipal que aceitar a entrada de documentos ou papéis passíveis da cobrança
desta taxa, sem o comprovante do pagamento do tributo ou pago com insuficiência responderá pelo
recolhimento da taxa ou pela diferença paga a menor.

CAPÍTULO IV - DAS TAXAS DE SERVIÇOS DIVERSOS

Art. 234. Pela prestação dos serviços de matrícula e vacinação de cães, de apreensão e depósito de
bens móveis, animais e mercadorias, de cemitério, inclusive quanto as concessões, o abate de gado e a
extinção de formigueiros, os serviços referentes à Inspetoria de Trânsito, será cobrada a taxa de que trata
este Capítulo.

Art. 235. A arrecadação das taxas de que trata este Capítulo será prévia ou no ato da prestação do
serviço, segundo as condições previstas em regulamento ou instruções e de acordo com a Tabela nº 9,
anexa a este Código.

Art. 236. O abate de gado destinado ao consumo público, só será permitido mediante licença da
Prefeitura, precedida da inspeção sanitária feita nas condições previstas nas posturas municipais.

Art. 237. A exigência da taxa não atinge o abate de gado em charqueadas, frigoríficos ou outros
estabelecimentos semelhantes, fiscalizados pelo serviço federal competente, salvo quanto ao gado cuja
carne fresca se destinar ao consumo local, ficando o abate, neste caso, sujeito ao tributo.

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Art. 238. A arrecadação da taxa de abate de gado será feita por antecipação, no ato da solicitação da
respectiva licença.

Art. 239. Fica sujeito à multa de l (uma) "UFIC" por cabeça, abatida, quem abater gado fora de
Matadouro Municipal sem prévia licença da Prefeitura e pagamento das taxas devidas.
Parágrafo único. Para as demais infrações ao disposto neste Capítulo, aplicar-se-ão, no que couber,
as multas previstas no art. 90 deste Código.

CAPÍTULO V - DA TAXA DE SERVIÇOS URBANOS

(Revogado pela Lei Complementar Nº 308 DE 28/11/2017):

Art. 240. As taxas de Serviços Urbanos tem como fato gerador a utilização efetiva ou potencial dos
serviços específicos e divisíveis prestados ao Contribuinte ou postos à sua disposição pelos proprietários,
titulares ou possuidores, à qualquer título, de propriedades localizadas em logradouros públicos situados
no perímetro urbano do Município, beneficiadas por esses serviços. (Redação dada ao caput pela Lei nº
2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
§ 1º As Taxas de Serviços Urbanos serão cobradas pela prestação dos seguintes serviços:
I - Limpeza Pública;
(Revogado pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):
II - Iluminação Pública. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo
Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
§ 2º No caso de condomínio, o valor da taxa será devido pelos condôminos; (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de
01.01.1987)
§ 3º A taxa definida neste artigo incidirá sobre cada uma das economias autônomas, beneficiadas
pelos referidos serviços; (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo
Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
§ 4º O cálculo da taxa de limpeza pública será em função da área edificada do imóvel, ou em função
da testada do terreno não edificado e corresponderá à aplicação dos valores mencionados nas Tabelas
10 e 11, da Lei nº 1.466, de 26 de outubro de 1973, cuja atualização será feita com base na Lei nº 3.829,
de 14 de dezembro de 2000. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 170, de
28.12.2010, DOM Campo Grande de 29.12.2010)
(Revogado pela Lei Complementar Nº 251 DE 24/11/2014):
§ 5º A base de cálculo da taxa de iluminação pública, será em função da testada do imóvel não
edificado e corresponderá à aplicação do valor da UFIC, pelo coeficiente da Tabela 11 anexo a esta Lei;
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com
efeitos a partir de 01.01.1987)

§ 6º As taxas poderão ser lançadas e arrecadadas juntamente com o imposto predial ou territorial
urbano, ou ainda separadamente, a partir da efetiva prestação do serviço. (Parágrafo acrescentado pela
Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos a partir de 01.01.1987)
(Revogado pela Lei Complementar Nº 308 DE 28/11/2017):

Art. 241. (Revogado pela Lei nº 2.372, de 23.12.1986, DOM Campo Grande de 29.12.1986, com efeitos
a partir de 01.01.1987)
(Revogado pela Lei Complementar Nº 308 DE 28/11/2017):

Art. 242. As infrações ao disposto neste Capítulo aplicar-se-ão, no que couber, as multas previstas no
art. 90 deste Código, bem como as penalidades previstas no Capítulo referente ao Imposto Predial e
Territorial Urbano.

TÍTULO VII - DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Art. 243. A contribuição de Melhoria poderá ser cobrada pelo Município para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

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Art. 244. O Executivo Municipal, com base em critérios de oportunidade e conveniência e observadas
as normas lixadas na legislação federal específica, determinará, em cada caso, mediante Decreto, a obras
que deverão ser custeadas, no todo ou em parte, pela contribuição de melhoria.

TÍTULO VIII - DO LAUDÊMIO

Art. 245. A taxa de laudêmio de que se beneficia a Prefeitura será cobrada com base na legislação
específica que regula a matéria.

TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 246. Fica o Poder Executivo autorizado a:


I - conceder remissão aos créditos tributários de valor total do fato gerador até Cr$ 60,00 (sessenta
cruzeiros), inclusive, cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31 de dezembro de 1972;
II - instituir gratificação por produtividade ao corpo de fiscalização tributária da Prefeitura até o limite
máximo de 100% (cem por cento), dos vencimentos do beneficiado.

Art. 247. VETADO.


Parágrafo único. VETADO.

Art. 243. Fica o Poder Executivo autorizado a receber por dação em pagamento do imposto territorial
em atraso, até o exercício de 1973, nos Distritos de Anhandui e Rochedinho, de proprietário de mais de
10 (dez) lotes naqueles Distritos.
§ 1º As despesas de escritura e outras decorrentes do acerto de que trata o presente artigo, correrão
por conta do proprietário.
§ 2º O valor de cada lote de terreno para o acerto de que trata o presente artigo será o constante do
Cadastro Imobiliário da Prefeitura Municipal, não se incluindo no cálculo da dívida do proprietário as
multas, juros e mora.
§ 3º O prazo para que os proprietários em débito com o imposto territorial nos distritos de Anhandui e
Rochedinho requeiram o beneficio de que trata este artigo é de 1 (hum) ano a contar da vigência desta
Lei.
§ 4º A dívida de que trata o presente artigo somente será cancelada após a lavratura da escritura dos
lotes em nome da Prefeitura Municipal.

Art. 249. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, observado o disposto no parágrafo único
do seu art. 5º, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Campo Grande, 26 de outubro de 1973.

LEVY DIAS

Anexos
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=173639

2. Código Tributário Municipal / Alteração Lei Complementar n.59/03

Lei Complementar Nº 59 DE 02/10/20032

Altera dispositivos da Lei nº 1.466, de 26 de outubro de 1973 e dá outras providências.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, ANDRÉ PUCCINELLI, Prefeito Municipal de Campo
Grande/MS, sanciono a seguinte Lei Complementar:

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https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=173536

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TÍTULO I - DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN)
CAPÍTULO I - DA INCIDÊNCIA, NÃO INCIDÊNCIA, DA ISENÇÃO E DA IMUNIDADE
SEÇÃO I - Da Incidência

Art. 1º O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISSQN de competência dos Municípios, incide
sobre a prestação dos serviços de qualquer natureza, exceto aqueles compreendidos no art. 155, II, da
Constituição Federal, ainda que esses serviços não se constituam como atividade preponderante do
prestador.
Parágrafo único. Estão compreendidos na incidência do ISSQN os serviços constantes na Lista de
Serviços constante do Anexo I desta lei.

Art. 2º Para efeito de incidência do ISSQN, consideram-se tributáveis os serviços prestados


decorrentes do fornecimento de trabalho, com ou sem utilização de máquinas, ferramentas, veículos,
equipamentos, instalações ou insumos, a usuários e consumidores finais, ressalvadas as exceções
contidas na Lista de Serviços constante no Anexo I desta lei.

Art. 3º O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza incide inclusive:


I - os serviços prestados mediante utilização de bens públicos e os serviços públicos explorados
economicamente, mediante autorização, permissão ou concessão, com pagamento de tarifas, preços ou
pedágio pelo usuário final do serviço;
§ 1º Gozará de redução parcial de alíquota do ISSQN, a concessionária que explora economicamente
a rodovia BR 163, com praça de pedágio localizada no Distrito de Anhanduí, Município de Campo Grande-
MS, sendo que passará a incidir sobre a atividade realizada, a alíquota indicada na Tabela I do Anexo
Único desta Lei Complementar. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 274 DE 12/02/2016).
§ 2º A redução de que trata o parágrafo primeiro se dará em contrapartida a isenção total ao pagamento
da tarifa de pedágio aos condutores que residam ou exerçam atividade profissional no Distrito de
Anhanduí, bem como às empresas de transporte público urbano de passageiros do município de Campo
Grande. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 274 DE 12/02/2016).
§ 3º Para se beneficiar da isenção na praça de cobrança de pedágio do Distrito de Anhanduí, o usuário
deverá ter seu veículo credenciado pelo poder concedente e pelo concessionário, periodicamente.
(Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 274 DE 12/02/2016).
§ 4º Os procedimentos aplicáveis ao credenciamento a que se refere o parágrafo anterior serão fixados
em regulamento elaborado pelo poder concedente da redução parcial da alíquota do tributo. (Parágrafo
acrescentado pela Lei Complementar Nº 274 DE 12/02/2016).
II - os serviços públicos delegados, exercidos em caráter privado e remunerado por preço, tarifas ou
emolumentos;
III - os serviços provenientes do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do
País;
IV - os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja
feito por residente no exterior.
§ 1º Os serviços referidos no inciso III independem dos objetivos visados quando de sua contratação
vierem a se concretizar.
§ 2º Os serviços referidos no inciso IV são aqueles cuja expectativa de utilidade ocorra, no todo ou em
parte, no território nacional.
§ 3º Ocorrendo a prestação, por pessoa física ou jurídica, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço
de qualquer natureza não compreendido no art. 155, II, da Constituição Federal, definidos na lista de
serviço, nasce à obrigação fiscal para o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza,
independentemente:
I - da validade, da invalidade, da nulidade, anulabilidade, da anulação do ato, efetivamente praticado;
II - da legalidade, da ilegalidade, da moralidade, da imoralidade, da licitude e da ilicitude da natureza
do objeto do ato jurídico ou malogro de seus efeitos. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar
nº 126, de 09.12.2008, DOM Campo Grande de 10.12.2008, com efeitos a partir de 01.01.2009)

Art. 4º Na incidência do ISSQN, incluem-se as mercadorias fornecidas em decorrência da prestação


do respectivo serviço, excetuados os casos expressamente ressalvados na Lista de Serviços constante
no Anexo I desta lei.

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Art. 5º O contribuinte que prestar, em caráter permanente ou eventual, mais de um dos serviços
relacionados na Lista de Serviços constante do Anexo I desta lei, fica sujeito ao imposto que incidir sobre
cada um deles, inclusive quando se tratar de profissional autônomo.
Parágrafo único. No caso em que o contribuinte prestar mais de um serviço e dentre eles constar
serviço isento ou que permita deduções, a escrita fiscal deve conter o registro das prestações de forma
separada, sob pena de o imposto ser cobrado sobre o total da receita.

Art. 6º A incidência do Imposto Sobre Qualquer Natureza - lSSQN, independe:


I - de constar expressamente elencada na Lista de Serviço, todas as espécies de serviços a serem
prestados, bastando que nela conste os gêneros, do qual permite extrair e desdobrar todas as espécies
relacionadas com os serviços descritos nos subitens da lista de serviços, que dada a sua natureza
apresentam traços comuns pertencentes a uma das classes, categorias ou gêneros nela previsto;
II - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, relativas às
atividades, sem prejuízo das cominações cabíveis;
III - da existência de estabelecimento fixo, em caráter permanente ou eventual;
IV - do resultado financeiro obtido;
V - da denominação ou do nome dado ao serviço prestado.
Parágrafo único. Para efeito de enquadramento na lista de serviço, quando diversos serviços
concorrerem para a execução de um principal, o objeto da contratação, todos serão considerados como
parte integrante deste. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 126, de 09.12.2008, DOM
Campo Grande de 10.12.2008, com efeitos a partir de 01.01.2009)

Art. 7º Para fins de enquadramento na Lista de Serviços, de que trata o artigo anterior desta Lei
Complementar:
I - considera-se a natureza do serviço prestado, sendo irrelevante o nome dado pelo contribuinte
prestador;
II - considera-se a essência do serviço prestado, ainda que o nome dado ao serviço não esteja previsto
expressamente na lista de serviço. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 126, de
09.12.2008, DOM Campo Grande de 10.12.2008, com efeitos a partir de 01.01.2009)

SUBSEÇÃO I - Do Momento da Incidência

Art. 8º Considera-se ocorrido o fato gerador do ISSQN quando consumada a atividade em que consiste
a prestação do serviço, ou, no caso de serviço de construção civil, onde a execução seja continuada, na
data de cada medição mensal.
Parágrafo único. Considera-se devido o imposto dentro de cada mês, a partir da ocorrência do fato
gerador, independentemente do resultado financeiro obtido com a prestação do serviço.

SEÇÃO II - Da Não-Incidência

Art. 9º A não-incidência corresponde a um fato ou uma situação que ficou fora do alcance da norma
tributária.
Parágrafo único. A não-incidência pode decorrer da imunidade ou isenção.

Art. 10. O ISSQN não incide sobre:


I - as exportações de serviços para o exterior do País;
II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e
membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-
gerentes e dos gerentes-delegados;
III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários,
o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições
financeiras;
IV - as obras de construção civil executada em regime de mutirão, quando houver comunicação
expressa no ato da abertura do processo de aprovação do projeto de construção.
§ 1º Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no País, cujo resultado aqui
se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior;
§ 2º Na hipótese de que trata o inciso IV deste artigo, o requerente deverá indicar as pessoas que
executarão voluntariamente, a obra, juntando cópia de documentos pessoais, endereços, profissão,
declaração firmada pelos mesmos, não se admitindo a participação de pessoas jurídicas;

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§ 3º A obra executada no regime de mutirão será acompanhada e fiscalizada pelo setor competente,
no que se refere à efetiva comprovação da não incidência do ISSQN;
§ 4º Em decorrência do acompanhamento e fiscalização de que trata o parágrafo anterior, constatada,
na execução da obra, a presença de pessoas não relacionadas no parágrafo segundo deste artigo, ficará
a execução da edificação sujeita a incidência do ISSQN;
§ 5º O imposto de que trata o parágrafo anterior incidirá também:
a) quando se tratar de obra concluída, sem que tenha havido a prévia comunicação de se tratar de
regime de mutirão;
b) quando se tratar de obra iniciada sem o respectivo Alvará de Licença de Construção.

SEÇÃO III - Da Isenção

(Revogado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017):

Art. 11. A isenção é a dispensa do pagamento do tributo, mediante lei do ente tributante.

(Revogado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017):

Art. 12. São isentos do ISSQN:


I - os clubes sociais e recreativos, excluídas as receitas de vendas de ingresso, inclusive convites ou
mesas;
II - as federações desportivas, associações desportivas e clubes desportivos;
III - as associações de classe, excluídas as receitas de venda de ingressos, convites, mesas, locação
de estandes e equipamentos em geral;
IV - os espetáculos circenses e quermesses;
V - as apresentações teatrais, os concertos de músicas clássicas, as exibições de dança e os shows
de grupos artísticos, que possuam Certificado de Artista do Mato Grosso do Sul, fornecido pela
FUNCESP;
VI - as exposições agropecuárias, excluídas as vendas de ingressos ou convites;
VII - as exposições culturais, excluídas as vendas de ingressos ou convites;
VIII - os estagiários;
IX - os profissionais de nível médio e os de nível superior, registrados nos respectivos Conselhos, que
promoverem a sua primeira inscrição junto ao Cadastro Econômico, no primeiro exercício financeiro após
a colação de grau, recebendo o benefício fiscal para o exercício da inscrição e nos dois anos
subsequentes;
X - a execução de obras de construção civil, destinada a residência própria, quando a construção
atender as disposições do art. 191 da Lei nº 1.866, de 26 de dezembro de 1979 e do Decreto nº 7.897,
de 16 de agosto de 1999;
XI - os condutores de automóveis de aluguel taxistas e os de motocicletas de aluguel mototaxistas.
(Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 265 DE 14/07/2015).
XII - as construções sede, de entidades filantrópicas, assistenciais, religiosas e comunitárias, com área
de até 80 metros quadrados, que forem construídas por mutirão, desde que observado os termos desta
lei, para o enquadramento no regime de mutirão;
XIII - as prestações de serviços de construção de imóveis destinados a atender o Programa de
Arrendamento Residencial - PAR, nos termos da Lei Complementar nº 30, de 13 de dezembro de 1999,
edificadas através do programa de arrendamento - PAR, observado o disposto na Emenda Constitucional
nº 37, de 12.06.2002;
XIV - as pessoas jurídicas beneficiadas pelos incentivos fiscais, concedidos pela Lei Complementar nº
29, de 25 de outubro de 1999, observado o disposto na Emenda Constitucional nº 37, de 12.06.2002.
XV - a prestação de serviços de transporte coletivo urbano de passageiros por ônibus no município.
(Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 297 DE 30/03/2017, efeitos a partir de abril de 2017
até 30 de setembro de 2017).
Parágrafo único. A isenção de que trata o inciso XV deste artigo será integralmente repassada ao
preço da tarifa, devendo ser comprovada pela planilha de estruturação tarifária autorizada pela Agência
de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande. (Redação do parágrafo dada pela Lei
Complementar Nº 297 DE 30/03/2017).

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SEÇÃO IV - Da Imunidade Tributária

Art. 13. A Imunidade tributária consiste na limitação constitucional ao poder de tributar, restringindo o
exercício da competência tributária.

SUBSEÇÃO I - Imunidade Recíproca

Art. 14. São imunes à tributação por meio de impostos, nos termos do que dispõe a alínea a, VI, art.
150, e seu § 2º, da Constituição Federal, o patrimônio, renda ou serviços:
I - das pessoas políticas de direito público interno, uns dos outros, enquanto desempenham suas
funções estatais típicas propriamente ditas, ou quando exercem atividades econômicas correspondentes
à prestação de serviços públicos, sem contrapartida ou pagamento de preços ou tarifas pelo beneficiário;
II - das autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, tão-somente no que se
refere ao patrimônio, à renda, e aos serviços, desde que vinculados às suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes;
III - das empresas públicas e as sociedades de economia mista, do ente tributante quando delegatárias
de serviços públicos ou aquela encarregada das diretrizes da Política Social, habitacional e urbana do
Município.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de
direito público interno a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos.
§ 3º A imunidade de que trata este artigo não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis e
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel, nos termos do que dispõe o § 3º, inciso VI, art. 150 da Carta Magna.
§ 4º O disposto no inciso I deste artigo, não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento
tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere a tributos de sua competência.

SUBSEÇÃO II - Das Demais Imunidades

Art. 15. São igualmente imunes à tributação por meio de impostos:


I - templos de qualquer culto;
II - patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
III - livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

SUBSEÇÃO III - Templo de qualquer culto

Art. 16. São imunes os Templos de qualquer culto, conforme estipula o art. 150, inciso VI, b, da
Constituição Federal, desde que atendidos os requisitos de lei, estabelecidos no art. 14, do Código
Tributário Nacional.
Parágrafo único. A imunidade compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados
com as finalidades essenciais dos templos de qualquer culto, nos termos do que dispõe o § 4º, inciso VI,
do art. 150 da Constituição Federal.

Art. 17. Consideram-se templos não apenas os edifícios destinados à celebração pública dos ritos
religiosos, mas também os seus anexos, nestes compreendidos os locais que tornam possível o culto ou
dele decorrem.
Parágrafo único. Para efeito da imunidade a que se refere este artigo, os anexos dos templos não
podem ser empregados em fins econômicos, ainda que os rendimentos obtidos, revertam em benefício
do culto, tais como:
a) alugueres de imóveis;
b) locação de salão de festa da paróquia;
c) venda de objetos sacros;
d) exploração comercial de estacionamentos e,
e) outros rendimentos.

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SUBSEÇÃO IV - Dos Partidos Políticos e suas Fundações

Art. 18. São imunes os Partidos políticos e suas fundações, conforme estabelece o art. 150, inciso VI,
c, da Constituição Federal, desde que atendidos os requisitos de lei, estabelecidos no art. 14 do Código
Tributário Nacional.
Parágrafo único. A imunidade de que trata esta subseção compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços relacionados com as finalidades essenciais dos partidos políticos e suas fundações,
apontadas nos respectivos estatutos ou atos constitutivos, nos termos do que dispõe o § 4º do art. 150,
da Constituição Federal.

Art. 19. Considera-se partido político as pessoas jurídicas de direito privado organizadas por indivíduos
que congregam as mesmas ideologias políticas e sociais, visando assegurar a autenticidade do regime
representativo democrático.
Parágrafo único. A imunidade de que trata esta subseção somente alcança os partidos políticos
regularmente constituídos, estes considerados aqueles cujos estatutos estejam registrados, ainda que
provisoriamente, junto ao Tribunal Superior Eleitora.

Art. 20. As fundações mantidas pelos partidos políticos, também são imunes a impostos, desde que
preencham os requisitos estabelecidos no art. 14 do Código Tributário Nacional.

SUBSEÇÃO V - Das Entidades Sindicais dos Trabalhadores

Art. 21. São imunes a impostos as entidades sindicais dos trabalhadores, conforme estipula o art. 150,
inciso VI, c, da Constituição Federal, desde que atendidos os requisitos de lei, estabelecidos no art. 14,
do Código Tributário Nacional.
Parágrafo único. A imunidade de que trata esta subseção compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades sindicais dos trabalhadores,
apontadas nos respectivos estatutos ou atos constitutivos, nos termos do que dispõe o § 4º do art. 150,
da Constituição Federal.

Art. 22. Considera-se entidade sindical aquela sociedade ou grupo que dirige as atividades de uma
classe de trabalhadores.

Art. 23. A Imunidade de que trata esta subseção alcança as associações, federações, confederações
e centrais sindicais.

SUBSEÇÃO VI - Das Instituições de Educação

Art. 24. São imunes a impostos as instituições de educação, sem fins lucrativos, conforme dispõe o
art. 150, inciso VI, c, da Constituição Federal, desde que atendidos os requisitos de lei, estabelecidos no
art. 14, do Código Tributário Nacional.
Parágrafo único. A imunidade de que trata esta subseção compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços relacionados, de modo direto, com as finalidades essenciais da instituição de educação,
sem fins lucrativos, apontadas nos respectivos estatutos ou atos constitutivos, nos termos do que dispõe
o § 4º do art. 150, da Constituição Federal.

Art. 25. Considera-se instituição de educação, sem finalidade lucrativa, aquela que desempenha a
atividade típica do Estado de educar, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania, e sua qualificação para o trabalho, nos termos do que dispõe o art. 205 da
Constituição Federal.

SUBSEÇÃO VII - Das Instituições de Assistência Social

Art. 26. São imunes a impostos as instituições de assistência social, sem fins lucrativos, nos termos do
que dispõe o art. 150, inciso VI, c, da Constituição Federal, desde que atendidos os requisitos de lei,
estabelecidos no art. 14, do Código Tributário Nacional.
Parágrafo único. A imunidade de que trata esta subseção compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços relacionados, de modo direto, com as finalidades essenciais da instituição de assistência

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social, sem fins lucrativos, apontadas nos respectivos estatutos ou atos constitutivos, nos termos do que
dispõe o § 4º do art. 150, da Constituição Federal.

Art. 27. Considera-se instituição de assistência social, sem finalidade lucrativa, aquela que se constitui
com finalidade de auxiliar o Estado em seu fim institucional de prestar a quem dela necessitar, a proteção
à família, maternidade, infância, à adolescência, velhice; a promoção da integração ao mercado de
trabalho; a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária, nos termos do que dispõe o art. 203 da Constituição Federal.

SUBSEÇÃO VIII - Dos Livros, Jornais e Periódicos e do Papel Destinado a sua Impressão

Art. 28. São imunes a impostos os livros, jornais e periódicos e o papel destinado a sua impressão,
nos termos do que dispõe o art. 150, inciso VI, d, da Constituição Federal.

SEÇÃO IV - Dos Requisitos de Lei

Art. 29. Os requisitos da lei, a que se refere o disposto contido na alínea c, VI, art. 150 da Constituição
Federal, e no inciso II do art. 15 desta Lei Complementar, são aqueles dispostos no art. 14, do Código
Tributário Nacional, quais sejam:
I - não distribuírem qualquer parcelas de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capaz
de assegurar sua exatidão.
§ 1º Os requisitos acima mencionados devem ser observados pelos partidos políticos e suas
fundações, pelas entidades sindicais dos trabalhadores, pelas instituições de educação e de assistência
social.
§ 2º A hipótese do inciso I, deste artigo, refere-se à ausência de fins lucrativos, exige tanto a não
distribuição de qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas renda, a titulo de lucro, ou participação no
resultado, reinvestindo na própria entidade dos resultados econômicos positivos obtidos.
§ 3º A ausência de fins lucrativos não significa gratuidade obrigatória na prestação do serviço a que se
refere esta subseção, ficando caracterizada pelo não favorecimento a interesses privados.
§ 4º Na hipótese do Inciso II, deste artigo, é vedada a remessa de quaisquer recursos ao exterior
mesmo que a entidade auxilie financeiramente outras empresas congêneres no exterior. (NR) (Redação
dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007,
com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 5º A hipótese de que trata o inciso III, deste artigo, refere-se a dever instrumental tributário, que deve
ser cumprido pela entidade interessada, pois, fornece ao Fisco os instrumentos aptos à averiguação do
cumprimento dos requisitos anteriormente mencionados, sob pena de não poder usufruir da imunidade.

Art. 30. Os requisitos estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 14 do Código Tributário Nacional, dão
plena eficácia e total aplicabilidade ao art. 150, inciso VI, alínea c da Constituição Federal.
Parágrafo único. Para usufruir a imunidade de que trata esse Capitulo, e necessário além dos requisitos
legais indicados no art. 14 do CTN, o cumprimento das obrigações acessórias instituídas pelo Município
relativo as suas atividades. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 31. O disposto no inciso IV, do art. 150, da Constituição Federal, não exclui a atribuição, por lei,
às entidades nele referidas da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, bem
como não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações
tributárias por terceiros.
Parágrafo único. O descumprimento do dispositivo acima, poderá sujeitar a entidade infratora, a
pagamento de multa.

Art. 32. Apenas a comprovação do descumprimento dos requisitos enumerados no art. 14 do Código
Tributário Nacional, ensejará na suspensão da imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição
Federal.

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CAPÍTULO II - DA SUJEIÇÃO PASSIVA
SEÇÃO I - Disposição Geral

Art. 33. Aplicam-se complementarmente as normas sobre sujeição passiva previstas na Lei Federal nº
5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).

SUBSEÇÃO I - Dos Contribuintes

Art. 34. Contribuinte do ISSQN é o prestador do serviço.

Art. 35. Prestador do serviço é a empresa ou o profissional autônomo.


Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, entende-se por:
I - empresa:
a) a pessoa jurídica de direito privado, independentemente da natureza jurídica informada em seus
atos constitutivos, tais coma: sociedades civis ou comerciais, inclusive as não personificadas, em comum,
em conta de participação; sociedade personificada, simples, em nome coletivo, em comandita simples,
as limitadas, em comanditas por ações, anônimas, cooperativas, coligadas, e as instituições financeiras
e de créditos, as associações, as fundações e as entidades paraestatais, como as empresas publicas, as
sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos, sociedade uni ou pluriprofissional, entre
outras, inclusive a sociedade de fato e a irregular, que exerça atividade econômica de prestação de
serviços; (NR) (Redação dada à alínea pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
b) a firma individual que exerça atividade econômica de prestação de serviços;
c) o empreendimento instituído para prestar serviços com interesse econômico;
d) o condomínio que prestem serviços a terceiros;
Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:
e) empresa individual de responsabilidade limitada;
f) sociedade simples;
g) sociedade de profissional liberal ou sociedade uniprofissional;
h) sociedade empresária ou pluriprofissional.
II - por profissional autônomo, aquele que sem vínculo empregatício, desenvolve atividade econômica
de prestação de serviço, constante na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar.
§ 1º Considera-se profissional autônomo, todo aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vínculo
empregatício, sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, com o auxílio de, no máximo, dois
empregados que não possuam a mesma habilitação profissional do empregador.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos profissionais autônomos que:
I - prestem serviços alheios ao exercício da profissão para a qual sejam habilitados;
II - utilizem mais de 2 (dois) empregados, a qualquer título, na execução direta ou indireta dos serviços
por ele prestados;
III - que não comprovem a sua inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas da Prefeitura.
§ 4º Considera-se empresa individual de responsabilidade limitada, aquela constituída por uma única
pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem)
vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 5º Considera-se sociedade simples a sociedade civil, personificada e não empresária, constituída,
para a exploração de atividade de prestação de serviços, habitualmente e por conta própria, de natureza
intelectual, de natureza cientifica literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou
colaboradores nos serviços profissionais e técnicos remunerados, e que não constitui elemento de
empresa, cujos atos constitutivos devem ser registrados no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
§ 6º Considera-se sociedade de profissional liberal ou uniprofissional, aquela sociedade civil ou
sociedade simples, não empresarial e de responsabilidade pessoal dos sócios, que explora a atividade
de prestação de serviço decorrente de atividade de natureza intelectual ou científica, constituída por
profissionais liberais de uma mesma categoria de profissionais, com registros a um mesmo Conselho
Profissional.
§ 7º Considera-se sociedade empresária ou pluriprofissional, aquela sociedade constituída para a
exploração de atividades comerciais específicas, assim entendidas as sociedades por ações,
cooperativas, limitadas, ou a ela equiparadas, inclusive as sociedades civis limitadas (as “S/C Ltda”) e por
sociedades simples Ltda (as “SS Ltda”), e que tem por objeto o exercício de atividade empresarial sujeita
à inscrição no Registro Público de Empresa Mercantil e na Junta Comercial

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CAPÍTULO III - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SEÇÃO I - Disposição Geral

Art. 36. Aplicam-se complementarmente as normas sobre responsabilidade tributária previstas na Lei
Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).

Subseção I - Dos Responsáveis Tributários

Art. 37. São responsáveis tributários pela retenção na fonte, pela declaração e pelo pagamento do
Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN ao Município, as pessoas jurídicas de direito
publico e de direito privado, a serem elencadas em regulamento, que contratarem e se utilizarem de
serviços de pessoa física ou jurídica, estabelecidas ou não no Município de Campo Grande-MS. (Redação
dada ao caput pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com
efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 1º Entende-se coma pessoa jurídica de direito público, órgãos da administração direta e indireta da
União, Estados, Municípios, assim como, suas Autarquias, Fundações, Permissionárias ou
Concessionárias de Serviços Públicos, Empresas Públicas, e as demais entidades de caráter público
criadas por Lei. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 2º Entende-se coma pessoa jurídica de direito privado as associações, as sociedades civis ou
comerciais, inclusive as não personificadas, tais como, em comum, em conta de participação; sociedade
personificada, tais como, simples, em nome coletivo, em comandita simples, as limitadas, em comanditas
por ações, anônimas, cooperativas, coligadas, e as instituições financeiras e de créditos; as fundações,
e as entidades paraestatais, como as empresas publicas, as sociedades de economia mista, os partidos
políticos, as organizações religiosas, as organizações não governamentais, sociedade uni ou
pluriprofissional, entre outras. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 3º Os responsáveis tributários, inclusive as pessoas jurídicas imunes, isentas e não tributáveis,
tomadora ou intermediaria dos serviços constantes da Lista de Serviços desta Lei Complementar, estão
obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa, juros e demais acréscimos legais,
independentemente de ter sido efetuado sua retenção na fonte. (Redação dada ao parágrafo pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
§ 4º Em se tratando de pessoas jurídicas de direito privado, inclusive as Fundações Privadas e as
Organizações Não Governamentais, a retenção deverá se efetivar no ato da ocorrência do fato gerador
da prestação de serviço, fazendo-se o recolhimento aos cofres da Fazenda Publica Municipal, em
Documento de Arrecadação Municipal - DAM, no respectivo código de receita, na forma e no prazo
estabelecidos em regulamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 5º Em se tratando de órgãos da administração direta e indireta da União, Estados, Municípios, assim
como, suas Autarquias, Fundações, Concessionária de Serviços Públicos e Empresas Publicas, a
retenção deverá ocorrer no ato do pagamento da prestação de serviço, fazendo-se o recolhimento aos
cofres do Município, em Documento de Arrecadação Municipal - DAM, no respectivo código de receita,
na forma e no prazo estabelecidos em regulamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar
nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 6º O valor do imposto a ser retido pelo responsável tributário será calculado com aplicação da
alíquota especifica para o tipo de serviço estabelecido na Tabela I, constante do Anexo 11, da lei
Complementar nº 59/2003. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 7º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 8º Os responsáveis tributários a que se refere este artigo, fornecerão ao prestador de serviço, no ato
do recebimento da nota fiscal de serviço, Recibo de Retenção na Fonte do valor do imposto retido, gerado
pelo Sistema de Declaração Mensal de Serviço - DMS, que só terá validade, se contiver a assinatura,
carimbo do responsável tributário e o comprovante de recolhimento do imposto pelo tomador do serviço.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 9º A responsabilidade do que trata este artigo, será considerada satisfeita mediante pagamento do
imposto. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

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§ 10. (Suprimido pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007,
com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 11. (Suprimido pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007,
com efeitos a partir de 01.01.2008)
(Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008):

Art. 38. Sem prejuízo do disposto no art. 37, desta Lei Complementar, são responsáveis tributários:
(Redação do caput dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
I - o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior do País; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
II - a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos
subitens 3.04, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.17, 11.02, 17.05 e 17.09 da Lista de Serviços
anexo I, desta Lei Complementar; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda que imune ou isenta, na hipótese
prevista no § 4º do art. 52 desta Lei Complementar. (Inciso acrescentado pela Lei Complementar Nº 305
DE 03/10/2017).
Parágrafo único. Entende-se como intermediário aquele que não seja o usuário final do serviço, mas
atue como primeiro contratante deste e o preste, no todo ou em parte, em seu próprio nome, a um terceiro,
usuário final ou não, aplicando-se a responsabilidade ao credito tributário correspondente a prestação ao
terceiro.

Art. 39. Nas hipóteses desta seção, cabe ao responsável reter na fonte o valor correspondente ao
imposto devido e recolhê-lo no prazo regulamentar, mesmo que o serviço ou sua prestação tenha iniciado
no exterior do País.
§ 1º A falta de retenção não exime o responsável de efetuar o recolhimento do imposto devido,
acrescido, quando for o caso, de multa, juros e atualização monetária, nos termos da lei.
§ 2º Quando o prestador de serviço for profissional autônomo e, estando obrigado, não for inscrito no
Cadastro de Contribuintes ou, quando inscrito, não apresentar o Alvará do exercício, o imposto deve ser
retido na fonte.

Subseção II - Dos Responsáveis Solidários

Art. 40. O titular de estabelecimento em que estejam instaladas máquinas e aparelhos pertencentes a
terceiros é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto referente à exploração destes
equipamentos.
Parágrafo único. A solidariedade de que trata este artigo estende-se à multa, aos juros e à correção
monetária, quando cabíveis.

Art. 41. É responsável, solidariamente com o prestador do serviço, o proprietário da obra em relação
aos serviços de construção civil que lhe forem prestados sem a documentação fiscal correspondente, ou
sem a prova de pagamento do ISSQN.

Art. 42. São, também, responsáveis pelo pagamento do ISSQN, solidariamente com o contribuinte ou
com a pessoa que o substitua:
I - os que efetuarem pagamentos a prestadores de serviços não cadastrados no Município;
II - o contratante ou tomador de serviço, nos casos de recebimento de serviços prestados sem a
emissão de documentos fiscais ou mediante a emissão de documento fiscal inidôneo;
III - a pessoa que tenha interesse comum na situação da qual se origine a obrigação principal;
IV - o fabricante do equipamento ou o credenciado que prestem assistência técnica em máquinas,
aparelhos e equipamentos destinados a emissão, escrituração e controle de documentos fiscais, bem
como o fabricante do software, quando a irregularidade por eles cometida concorrer para a omissão total
ou parcial de valores fiscais e, consequentemente, para a falta ou diminuição do valor do imposto devido;
V - o estabelecimento gráfico que imprima documentos sem a devida autorização de impressão ou em
desacordo com a legislação tributária, relativamente ao dano causado ao erário público pela utilização de
tais documentos;
VI - os proprietários de imóveis, pelo imposto incidente sobre os serviços contidos nos itens e subitens
3.02; 9.02; 12; 12.01; 12.02; 12.03; 12.04; 12.05; 12.06; 12.07; 12.08; 12.09; 12.10; 12.11; 12.13; 12.14;

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12.15; 12.16; e 12.17; 17.12 da Lista de Serviços, Anexo I, desta Lei Complementar, prestado por terceiros
em locais de sua propriedade, quando não apresentarem o Alvará para a realização do evento;
VII - os proprietários de imóveis ou os contratantes de obras e serviços, se não identificarem os
construtores ou os empreiteiros de construção, reforma, reparação ou acréscimo desses bens, pelos
impostos devidos pelos construtores ou empreiteiros;
VIII - todos os que, mediante conluio, contribuírem para a evasão do Imposto devido;
IX - o tabelião ou o substituto, devidamente nomeado, que antes da lavratura da escritura deixar de
exigir certidões fiscais em relação aos imóveis urbanos, bem como a prova de pagamento relativa aos
tributos que incidam sobre o bem imóvel, eventualmente devidos ou, exigindo-a deixar de consignar na
escritura o numero da certidão, a data da emissão, o prazo de validade, a descrição do imóvel e sua
inscrição municipal, nos termos do que dispõe os incisos VII e X, do art. 555, da Lei Estadual nº 7.433,
de 18 de dezembro de 1985, ou quando o adquirente, no ato da lavratura, dispensar a apresentação das
certidões fiscais, referidas no inciso VII, o tabelião deverá fazer constar, a necessária e obrigatória
menção expressa na escritura de que o adquirente dispensa a apresentação das certidões fiscais, que
neste caso, responderá, nos termos da lei, pelo pagamento de todos os débitos fiscais incidentes sobre
o imóvel, assumindo, desde já, a responsabilidade pela quitação de eventuais débitos;
X - os que permitirem em imóveis de sua propriedade exploração de atividade tributável sem estar o
prestador de serviço inscrito em atividade econômica deste Município.
§ 1º Nas hipóteses referidas no inciso IX, a simples menção no translado de que foi apresentada a
Certidão Negativa de débitos fornecida pela PMCG, sem que tenha sido inserido, na escritura,
expressamente, o número da CND, a data de expedição, o prazo de validade, a identificação do imóvel e
sua inscrição perante o cadastro imobiliário, é insuficiente para exclui a responsabilidade solidária do
tabelião, comprovado a existência de débitos pendente sobre o imóvel transacionado.
§ 2º No caso de apresentação de Certidão Positiva de Débito, não basta a simples menção, é
imprescindível inserir também, nas escrituras, a declaração expressa de que o adquirente tem pleno
conhecimento dos débitos incidentes sobre o imóvel transacionado, e está assumindo, nos termos da lei,
a responsabilidade pela quitação de todos os débitos incidentes sobre o bem adquirido.
§ 3º O imposto incidente sobre os serviços a que se referem os incisos VI e VII deste artigo, será
lançado na inscrição imobiliária do imóvel do responsável solidário.

Art. 43. A solidariedade prevista nesta subseção não comporta benefício de ordem, salvo se o
contribuinte ou a pessoa que o substitua oferecer garantias de bens suficientes para a liquidação integral
do crédito tributário.

Art. 44. Salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tem os seguintes efeitos:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada, pessoalmente a
um deles, subsistindo, neste caso, a solidariedade, quanto aos demais, pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

Art. 45. O prestador de serviço é solidário pelo imposto devido, não retido e não recolhido pelos
responsáveis tributários.

SUBSEÇÃO III - Da Responsabilidade Pessoal

Art. 46. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes à obrigação tributária
resultante de atos praticados com excesso de poder ou infração de lei, contrato social ou estatuto:
I - os diretores, administradores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - as pessoas referidas na responsabilidade de terceiros.

Art. 47. São responsáveis, pessoalmente, pelo pagamento do ISSQN:


I - a pessoa jurídica que resulte de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra, pelo
débito fiscal até a data do ato, pela pessoa jurídica fusionada, transformada ou incorporada;
II - o sócio remanescente ou o seu espólio, pelo débito fiscal da pessoa jurídica extinta, caso continue
a respectiva atividade sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual;
III - o espólio, pelo débito fiscal do de cujus até a data da abertura da sucessão;

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IV - integralmente, até a data do ato, a pessoa natural ou jurídica que adquira de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continue a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, pelo débito do fundo ou
do estabelecimento adquirido, na hipótese em que o alienante cesse a exploração do comércio ou da
indústria ou a atividade;
V - subsidiariamente com o alienante, até a data do ato, a pessoa natural ou jurídica que adquira de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continue a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
em relação ao fundo ou estabelecimento adquirido e no caso em que o alienante prossiga na exploração
ou inicie, dentro de seis meses contados da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro
ramo de comércio, indústria ou profissão.

Art. 48. O titular do estabelecimento é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações,


principais e acessórias que esta lei atribui ao estabelecimento.
§ 1º Cada estabelecimento do mesmo titular, ainda que simples depósito, é considerado autônomo
para efeito de manutenção e escrituração de livros e documentos fiscais e para recolhimento do imposto
relativo aos serviços nele prestados.
§ 2º Todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto para efeito de
responder a empresa pelos débitos, acréscimos e multas referentes a qualquer deles.

SUBSEÇÃO IV - Responsabilidade de Terceiros

Art. 49. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliões, escrivães e demais serventuários de ofício pelos tributos devidos pelos atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades às de caráter
moratório.

SUBSEÇÃO V - Responsabilidade por Infração

Art. 50. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do
ato.

Art. 51. A responsabilidade de que trata o artigo anterior, é pessoal ao agente:


I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas
no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem
expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cujas definições o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) dos terceiros responsabilizados legalmente, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.

CAPÍTULO III
SEÇÃO I - Do Local da Prestação do Serviço

Art. 52. O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou,
na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos

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I a XXIII, quando o imposto será devido no local: (Redação do caput dada pela Lei Complementar Nº 305
DE 03/10/2017).
I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde
ele estiver domiciliado, na hipótese do art. 7º desta Lei Complementar;
II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos
no subitem 3.04 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.17 contidos na Lista
de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 contido na Lista de Serviço, Anexo
I desta Lei Complementar;
V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.05 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e
destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem
7.09 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis,
chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10
contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.11 na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei
Complementar;
X - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem,
colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres
indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios;
(Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
XI - da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.15 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
XII - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 contido na Lista de
Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
XIII - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01
contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
XIV - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no
caso dos serviços descritos no subitem 11.02, contido na Lista de Serviços, anexo I, desta Lei
Complementar; (Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
XV - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços
descritos no subitem 11.04 contido na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar;
XVI - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços
descritos nos subitens do item 12, contido na Lista de Serviço, Anexo I da Lei Complementar nº 59, de 2
de outubro de 2003. (NR) (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
XVII - do município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo item
16, da Lista de Serviços, anexo I, desta Lei Complementar; (Redação do inciso dada pela Lei
Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
XVIII - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele
estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 contido na Lista de Serviço, Anexo
l desta Lei Complementar;
XIX - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e
administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.09 contido na Lista de Serviço, Anexo I
desta Lei Complementar;
XX - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços
descritos nos subitens 20.02 e 20.03 contidos na Lista de Serviço, Anexo I desta Lei Complementar.
XXI - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09, contido na Lista de Serviços,
anexo I, desta Lei Complementar; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
XXII - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras de
cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01, contido na Lista de Serviços, anexo I,
desta

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XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04 e 15.09, contido na Lista de Serviços,
anexo I, desta Lei Complementar; (Inciso acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 1º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.03 da Lista de Serviço, Anexo I desta Lei
Complementar, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo
território haja extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza,
objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado
ou não.
§ 2º No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da Lista de Serviço, Anexo I desta Lei
Complementar, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo
território haja extensão de rodovia explorada.
§ 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do ISSQN no local do estabelecimento prestador, quando se
tratar de serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem 20.01
da Lista de Serviços, Anexo I desta lei.
§ 4º Na hipótese de descumprimento do disposto no caput ou no § 1º, ambos do art. 75-A desta Lei
Complementar, o imposto será devido no local do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço
ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 5º No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do imposto é devido ao
Município declarado como domicílio tributário da pessoa jurídica ou física tomadora do serviço, conforme
informação prestada por este. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 6º No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e débito, descritos no
subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das operações efetivadas deverão ser registrados
no local do domicílio do tomador do serviço. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE
03/10/2017).

Art. 53. Considera-se estabelecimento prestador:


I - o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou
temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as
denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou
contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas;
II - o local, construído ou não, onde forem prestados os serviços de diversões públicas, inclusive os de
natureza itinerante.
§ 1º A existência de estabelecimento prestador é indicada pela presença de um ou mais dos seguintes
elementos:
I - manutenção de pessoal, material, máquinas, instrumentos e equipamentos necessários à execução
dos serviços;
II - estrutura organizacional ou administrativa;
III - inscrição em órgão público para o exercício de atividade econômica ou dela decorrente;
IV - indicação como domicílio fiscal para efeito de outros tributos;
V - permanência ou ânimo de permanecer no local, para exploração econômica de atividade de
prestação de serviços, exteriorizada por meio da indicação do endereço em impressos, formulários ou
correspondência, contrato de locação do imóvel, propaganda ou publicidade, ou em contas de telefone,
de fornecimento de energia elétrica, água ou gás, em nome do prestador, seu representante ou preposto.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, a circunstância de o serviço, por sua natureza, ser executado, habitual
ou eventualmente, fora do estabelecimento, não o descaracteriza como estabelecimento prestador.

Art. 54. Cada estabelecimento do mesmo sujeito passivo é considerado autônomo para efeito de
manutenção e escrituração de livros e documentos fiscais e para o recolhimento do ISSQN, relativo aos
serviços nele prestados, ainda que simples depósito.
§ 1º O titular do estabelecimento é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações principais e
acessórias que esta lei atribuir ao estabelecimento.
§ 2º Todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto para efeito de
responder a empresa pelos débitos, acrescidos e multas referentes a qualquer deles.

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SEÇÃO II - Da Base de Cálculo

Art. 55. A base de cálculo do ISSQN é o preço do serviço.


§ 1º Considera-se preço do serviço a receita bruta a ele correspondente, nesta compreendido tudo o
que for devido, recebido ou não, em consequência da sua prestação, a ele se incorporando os valores
acrescidos e os encargos de qualquer natureza, ainda que de responsabilidade de terceiros.
§ 2º O preço do serviço expresso em moeda estrangeira deve ser convertido em moeda nacional pela
taxa de câmbio vigente na data da prestação de serviço.
§ 3º Não são dedutíveis do preço do serviço os descontos e abatimentos condicionais, como tais
entendidos os condicionados a eventos futuros e incertos.
§ 4º Na falta do preço do serviço, ou não sendo ele desde logo conhecido, a base de cálculo é o preço
corrente na praça para serviço idêntico ou similar.
§ 5º Na hipótese de cálculo efetuado na forma do parágrafo anterior, qualquer diferença de preço que
venha a ser efetivamente apurada fica sujeita à exigência do ISSQN sobre o respectivo montante.
§ 6º Não existindo preço corrente na praça, a base de cálculo será fixada pela autoridade fiscal,
levando-se em consideração os elementos conhecidos ou apurados, ou a estimativa do respectivo preço
feita com base no proveito, na utilização ou na colocação do objeto da prestação do serviço.
§ 7º O valor mínimo para efeito de base de cálculo pode ser fixado em pauta de referência fiscal,
expedida pela autoridade competente responsável pela fiscalização da incidência do tributo, com base
em preços corrente na praça.
§ 8º No caso em que a contraprestação seja feita mediante a prestação de outro serviço ou mediante
o fornecimento de mercadoria, sem ajuste de preço, a base de cálculo do ISSQN é o preço corrente na
praça.

Art. 55-A. Quando se tratar de serviços prestados por sociedades organizadas sob a forma de
cooperativa, nos termos da legislação especifica, considera-se como receita tributável para efeito da
incidência do ISSQN, a totalidade da receita auferida pela cooperativa excluindo-se aquelas
correspondentes: (Redação do caput dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
I - aos valores repassados para os seus cooperados, decorrentes dos serviços por eles prestados;
(Redação do inciso dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
II - aos dispêndios pagos pelos serviços contratados pela cooperativa e que estejam diretamente
vinculados a sua atividade fim, utilizados exclusivamente pelos cooperados para atenderem os usuários
dos serviços contratados, bem como os resultantes dos acordos celebrados pelas cooperativas
singulares, federações, centrais e confederações para a efetiva prestação dos serviços. (Redação do
inciso dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 1º Considera-se receita total de ingressos a receita bruta auferida pela cooperativa.
§ 2º A receita tributável, após as deduções previstas no caput deste artigo, não poderá ser inferior a
17% (dezessete por cento) do total das receitas dos ingressos auferidas pelas cooperativas, mesmo que
as referidas deduções ultrapassem este limite, considerando as características das cooperativas se
enquadrarem como intermediárias dos serviços. (Redação do parágrafo dada pela Lei Complementar Nº
305 DE 03/10/2017).
§ 3º Quaisquer outros valores relativos aos próprios custos, incorridos na prestação dos serviços, não
serão dedutíveis.
§ 4º Os dispêndios de que trata o inciso II deste artigo, são os valores repassados aos seus
credenciados para a prática de ato cooperativo auxiliar, a título de renumeração pela prestação de serviço.
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 140, de 14.07.2009, DOM Campo Grande de 15.07.2009,
Rep. DOM Campo Grande de 22.07.2009)
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 140, de 14.07.2009, DOM Campo Grande de
15.07.2009, Rep. DOM Campo Grande de 22.07.2009):

Art. 55-B. São requisitos essenciais para apuração da receita tributável de que se trata esta Lei
Complementar: (Redação do caput dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
I - estar à sociedade cooperativa regularmente constituída na forma da legislação específica;
II - não ficar caracterizada fraude à legislação em vigor, inclusive a trabalhista mediante a dissimulação
em relação de emprego entre a cooperativa e os seus cooperados;
III - no caso do inciso I do art. 55-A desta Lei Complementar, comprovar a cooperativa o recolhimento
do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN de competência do Município de Campo
Grande, cujo sujeito passivo seja o cooperado, relativo à competência imediatamente anterior ao mês de
repasse;

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IV - no caso do inciso II do art. 55-A desta Lei Complementar, efetuar a cooperativa a retenção na fonte
do valor do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN, devido ao Município de Campo Grande
pelo prestador de serviço e o seu recolhimento.
§ 1º Em não havendo a comprovação a que se referem os incisos III e IV deste artigo, não será
considerado, para efeito de apuração da receita tributável, as deduções permitidas no caput do art. 55-A
desta lei Complementar. (Redação do parágrafo dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 2º Quando os serviços prestados pela cooperativa possuir abrangência que extrapole o limite
territorial deste Município, os serviços prestados por terceiros serão dedutíveis se a receita relativa aos
usuários daqueles serviços for tributável em Campo Grande.
§ 3º As deduções da receita tributável deverão ser comprovadas por meio de documento fiscais
emitidos contra a cooperativa e devidamente registrada na escrita contábil e fiscal. (Redação do parágrafo
dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 4º Sobre a receita tributável será aplicado à alíquota correspondente aos serviços prestados por
sociedades organizadas sob a forma de cooperativas. (Redação do parágrafo dada pela Lei
Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).

Art. 55-C. Os efeitos, para as deduções previstas na base de cálculo do Imposto Sobre Serviço
instituído pelo art. 1º desta Lei Complementar, retroagem até 1º de janeiro de 2002. (Artigo acrescentado
pela Lei Complementar nº 140, de 14.07.2009, DOM Campo Grande de 15.07.2009, Rep. DOM Campo
Grande de 22.07.2009)

Art. 55-D. Os valores vencidos e apurados em auto de infração deverão ser calculados de acordo com
a sistemática desta Lei Complementar, podendo ser pago nas condições previstas na Lei Complementar
nº 129, de 9 de dezembro de 2008. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 140, de 14.07.2009,
DOM Campo Grande de 15.07.2009, Rep. DOM Campo Grande de 22.07.2009)

Art. 55-E. Os contribuintes que gozem dos benefícios desta Lei Complementar, obrigatoriamente,
deverão renunciar qualquer procedimento judicial ou administrativo que tenha por objeto a discussão da
tributação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN, devido por suas operações
tributáveis. (NR) (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 140, de 14.07.2009, DOM Campo
Grande de 15.07.2009, Rep. DOM Campo Grande de 22.07.2009)

Art. 56. Quando os serviços descritos pelo subitem 3.03 da Lista de Serviços, Anexo I desta Lei
Complementar forem prestados no território de mais de um Município, a base de cálculo será proporcional
conforme o caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabo de
qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes em cada Município.

Art. 57. Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN
o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de
Serviços, Anexo I desta Lei Complementar, desde que comprovadamente lançado em livro próprio
definido em Regulamento.
§ 1º O valor dos materiais e o destino dos mesmos, a ser considerado na dedução do preço do serviço,
e o constante dos documentos fiscais de aquisição devidamente escriturado em livro próprio, conforme
dispõe o regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 2º A dedução dos materiais mencionada no caput deste artigo somente poderá ser feita quando os
materiais se incorporarem diretamente a obra, perdendo sua identidade física no ato da incorporação.
(Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 3º A exclusão dos materiais da base de cálculo prevista no caput deste artigo. quando não
comprovado o seu valor, ou quando a documentação comprobatória apresentada não merecer fé, poderá
a dedução dos materiais ser estimada em ate 40% (quarenta por cento), do valor total da Nota Fiscal de
Serviços. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande
de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 4º Aplica-se a regra contida neste artigo, ainda que o valor do imposto tenha sido retido pelo
responsável tributário. (NR) (Antigo parágrafo único renomeado e com redação dada pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)

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Art. 58. Na atividade de construção civil de edificação, o ISSQN incidente sobre a operação, terá como
base de cálculo os valores da mão de obra para construção civil, segundo o tipo e a categoria da
edificação, por metro quadrado, de acordo com a tabela a ser instituída por decreto do Poder executivo.
(Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
Parágrafo único. Na hipótese contida no caput deste artigo, somente se aplica quando não for possível
identificar a construtora responsável pela edificação, ou quando a obra não for realizada por construtora
cadastrada neste Município.

Art. 59. O lançamento do ISSQN estimado incidente sobre a construção civil de edificações, em se
tratando de pessoas físicas, cadastradas ou não, e/ou pessoas jurídicas não cadastradas no Município,
se dará antecipadamente à conclusão da obra, pela autoridade competente, após a aprovação do Projeto
de Construção, e anteriormente à liberação do Alvará de Construção.
§ 1º O recolhimento do imposto de que trata o caput, deste artigo é de responsabilidade do proprietário
da obra, devendo ser efetuado antes da liberação do Alvará de Construção.
§ 2º Na conclusão da obra, havendo divergência entre o projeto aprovado e a construção executada,
a diferença do ISSQN antecipadamente lançado e recolhido, deverá ser exigida do proprietário do imóvel,
mediante lançamento de ofício pela autoridade competente, antes da liberação da Carta de Habite-se.

Art. 60. Em se tratando de pessoas jurídicas cadastradas no Município, o Imposto incidente sobre a
Construção Civil de Edificações, será calculado com base no movimento econômico tributável, apurado
mensalmente e recolhido no mês subsequente à execução do serviço.
§ 1º Quando se tratar de serviços especificados no item 7 da Lista de Serviços, constante do Anexo I,
da Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003, deverá ser requerido ao Município o Licença de
Início da Obra a ser executada, conforme dispuser em regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
§ 2º Quando da conclusão da obra de que trata o parágrafo anterior, será expedido pela Secretaria
Municipal da Receita, Certidão de Quitação dos Tributos Municipais - CQTM, após a devida homologação
pelo Auditor Fiscal da Receita Municipal. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 3º O tomador do serviço deverá exigir do prestador de serviço, a certidão de quitação de que trata o
parágrafo anterior deste artigo, quando da conclusão da obra de construção civil, inclusive os serviços
auxiliares e complementares. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 61. A liberação da Carta de Habite-se se dará após a conclusão da obra e desde que, o lançamento
do ISSQN incidente sobre os serviços prestados pelas pessoas físicas ou jurídicas de que tratam os arts.
59 e 60, tenha sido devidamente homologado pela autoridade fazendária competente.
§ 1º Caso haja divergência entre o projeto aprovado e a construção executada, a diferença do ISSQN
deverá ser lançada de acordo com os arts. 26 e 31, da Lei nº 1.466/1973 e recolhida antes da liberação
da Carta de Habite-se.
§ 2º A liberação da Carta de Habite-se ocorrerá após a efetiva comprovação do recolhimento do ISSQN
ou, havendo parcelamento do imposto, após a sua quitação.
§ 3º A Liberação do Alvará de Construção ou da Carta de Habite-se somente serão liberados, se não
existir débitos incidentes sobre o imóvel em questão.

Art. 62. Nos serviços contratados por administração, a base de cálculo do ISSQN compreende os
honorários, os dispêndios com mão-de-obra e encargos sociais, as despesas gerais de administração e
outras, realizadas direta ou indiretamente pelo prestador.

Art. 63. A base de cálculo do ISSQN incidente sobre os serviços de demolição, será calculado com
base no valor constante da Tabela a ser instituída por ato do Poder Executivo cujo o valor será multiplicado
pelo total da área demolida.
Parágrafo único. O valor constante da Tabela de que trata o caput deste artigo, será atualizada
anualmente, pelo IPCA-E ou outro índice oficial que melhor represente o custo da construção civil, por
ato do Poder Executivo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

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Art. 64. Os contratos de construção firmados antes do habite-se entre incorporador que acumule essa
qualidade com a de construtor e os adquirentes de frações ideais de terreno, a base de cálculo do ISSQN
será o preço das cotas de construção deduzido proporcionalmente do valor dos materiais aplicados.

Art. 65. Nos casos de serviços prestados na atividade de agenciamento, organização, promoção,
intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e
congêneres, na apuração da base de cálculo do ISSQN, não poderão ser excluídos do preço contratado
os valores relativos as passagens aéreas, terrestres e marítimas, e os de hospedagem dos viajantes e
excursionistas.
Parágrafo único. Quando se tratar de intermediação de venda de passagens, a base de cálculo do
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN será o valor da comissão percebida pela agencia.
(Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:

Art. 65-A - São consideradas empresas de factoring as que explorem as atividades de prestação
contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
cobrança e administração de contas a pagar e a receber para pessoa jurídica e compre direitos creditórios
de empresas resultantes de suas vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços.
Parágrafo único. Excluem-se do caput deste artigo as empresas que explorem atividades privativas de
instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Art. 65-B - A base de cálculo compreende as comissões cobradas pela intermediação, corretagem e
agenciamento de contratos de factoring e o preço dos serviços citados no artigo anterior, excluindo-se a
receita proveniente de compras de direitos creditórios.

Art. 65-C - Consideram-se Instituições Financeiras e congêneres:


I - os bancos comerciais, múltiplos, de investimento e de desenvolvimento;
II - as caixas econômicas;
III - as sociedades de crédito, financiamento e investimento;
IV - as sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo;
V - as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e câmbio;
VI - as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
VII - os fundos de investimento;
VIII - as administradoras de consórcio;
IX - as agências de fomento ou de desenvolvimento.

Art. 65-D - A base de cálculo do Imposto Sobre Serviços sobre as atividades exercidas pelas
instituições financeiras e congêneres é a soma das receitas decorrentes de todos os serviços prestados,
constantes no item 15 da Lista de Serviço anexa a Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003.
§ 1º Não serão incluídos na base de cálculo dos serviços de que trata este artigo, os valores cobrados
a título de despesas com porte de correio, telex e tele processamentos necessários à prestação de
serviços.
§ 2º As sociedades de créditos, investimentos e financiamento terão o imposto calculado sobre os
seguintes serviços:
I - cobrança de créditos ou de obrigações de qualquer natureza;
II - custódia de valores;
III - comissão sobre o agenciamento e intermediação da captação direta e indireta de recursos oriundos
de incentivos fiscais;
IV - serviços de planejamento ou assessoramento financeiro;
V - taxa de distribuição sobre a administração de fundos;
VI - taxa de cadastro;
VII - administração de clube de investimento;
VIII - outros serviços não especificados.
§ 3º As entidades a que se refere o parágrafo precedente devem exigir de seus agentes autônomos,
para o exercício de suas atividades, a inscrição no Cadastro Fiscal de Atividades Econômicas do
Município, sob pena de serem consideradas responsáveis pelo pagamento do imposto por eles devido.

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§ 4º A captação direta de recursos oriundos de incentivos fiscais, entendida como a desenvolvida pela
própria entidade administradora (bancos de investimentos, sociedades de créditos e financiamentos e
sociedades corretoras), fica excluída da base de cálculo dos serviços prestados pelas entidades referidas
no parágrafo anterior.
§ 5º As sociedades de crédito, investimento e financiamento ficam liberadas da emissão de notas
fiscais de serviços e da escrituração do livro de Registro de Serviços Prestados.
§ 6º Aqueles que se dedicam ao agenciamento de transporte intermunicipal, sem frota própria, terão
como receita tributável, a diferença entre o preço recebido e o preço efetivamente pago á transportadora.

Art. 65-E - A base de cálculo do Imposto Sobre Serviços sobre as atividades exercidas pelas empresas
de administração de cartões de crédito, bem como, pelas instituições financeiras e congêneres que
administrem cartões de crédito, é a soma das receitas decorrentes de todos os serviços prestados,
constante no item 10.01 da Lista de Serviço anexa a Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003,
sem prejuízo do disposto no artigo anterior, tais como:
I - taxa de inscrição do usuário;
II - taxa de renovação do cartão de crédito;
III - taxa de reemissão de cartão de crédito;
IV - taxa de filiação de estabelecimento;
V - omissões recebidas dos estabelecimentos filiados (lojistas associados), a título de intermediação;
VI - taxa de serviços “cash”;
VII - taxa de alterações contratuais;
VIII - taxa de manutenção periódica;
IX - taxa de validação eletrônica da senha do cliente;
X - taxa de proteção contra perda ou furto;
XI - taxa de expediente;
XII - outras congêneres.

Art. 65-F - A base de cálculo do Imposto Sobre Serviços sobre as atividades exercidas pelas
sociedades de Arrendamento Mercantil “Leasing”, bem como pelas instituições financeiras e congêneres
que operem com o arrendamento mercantil, é a soma das receitas decorrentes de todos os serviços
prestados constantes no item 15.09 da Lista de Serviço anexa a Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro
de 2003, sem prejuízo do disposto anteriormente nos Art. 65-D e 65-E também deste regulamento, tais
como:
- contraprestação de arrendamento cobrada da arrendatária (taxa de arrendamento ou aluguel);
II - taxa de abertura de crédito;
III - taxa de compromisso ou adiantamento;
IV - taxa de administração, de intermediação e de assistência técnica.

Art. 65-G - A base de cálculo do imposto sobre os serviços de administração de imóveis e de


condomínios em geral é a soma das receitas decorrentes de:
I - taxa de administração;
II - comissões em geral;
III - honorários decorrentes de assessoria administrativa, contábil e jurídica, assistência a reuniões de
condomínios e similares;
IV - taxas de elaboração de fichas cadastrais;
V - taxa de expediente;
VI - outras receitas congêneres.

Art. 65-H - Fica estimado em 40% (quarenta por cento) o percentual mínimo como base de cálculo
pela prestação de serviços de manutenção de equipamento, assistência técnica, suporte técnicos e
congêneres, para todos os contratos mistos que envolvam locação de bem móvel e também englobam
prestação de serviços que não individualizar o valor da prestação de serviços.

Art. 66. Nos casos dos serviços prestados por empresas de propaganda e publicidade, as despesas
com produção externa e veículos de divulgação devidamente comprovadas em nome do cliente aos
cuidados da agência não serão considerados para efeito de incidência do ISSQN. (Redação do caput
dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
§ 1º Na hipótese de que trata o caput, o imposto incidirá sobre os serviços de intermediação abaixo:
(Redação dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).

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I - o preço dos serviços próprios de concepção, redação, produção, planejamento de campanha ou
sistema de publicidade, elaboração de desenho e textos e demais trabalhos publicitários e sua divulgação
por qualquer meio; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 126, de 09.12.2008, DOM Campo
Grande de 10.12.2008, com efeitos a partir de 01.01.2009)
II - o valor das comissões ou dos honorários relativos à veiculação em geral, realizados em nome dos
clientes aos cuidados da agência; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 126, de 09.12.2008,
DOM Campo Grande de 10.12.2008, com efeitos a partir de 01.01.2009)
III - O valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre o preço dos serviços relacionados no
inciso I deste artigo, quando executado por terceiros, realizada em nome da agência; (Redação dada ao
inciso pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a
partir de 01.01.2008)
IV - O valor das comissões ou honorários cobrados sobre a aquisição de bens ou contratação de
serviços, realizada em nome da agência; (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
V - o preço dos serviços próprios de pesquisa de mercado, promoção de vendas, relações públicas e
outros ligados às suas atividades;
VI - O valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre reembolso de despesas decorrentes de
pesquisas de mercado, promoção de vendas, relações públicas, viagens, estadas, representação, e
outros dispêndios realizados em nome da agência. (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº
108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 2º Os valores relativos aos serviços de terceiros realizados por empresas inscritas ou não no
Município, poderão ser deduzidos da base de cálculo, desde que comprovada a retenção e o recolhimento
do ISSQN no Município de Campo Grande. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº
108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 67. Nos casos em que o serviço for prestado sob a forma de trabalho pessoal pelo profissional
autônomo, constantes da Lista de Serviços - Anexo I desta lei, o imposto devido será calculado de acordo
com o movimento econômico tributável, correspondente ao valor do serviço prestado, aplicada a alíquota
discriminada na Tabela I, constante do Anexo II, desta Lei Complementar.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos profissionais autônomos que:
I - prestem serviços alheios ao exercício da profissão para a qual sejam habilitados;
II - utilizem mais de dois empregados, a qualquer título, na execução direta ou indireta dos serviços
por ele prestados;
III - tenham, a seu serviço, empregado da mesma qualificação profissional;
IV - não comprovem a sua inscrição no Cadastro de Contribuintes.
§ 2º Caso as condições previstas no parágrafo anterior não sejam atendidas, aplica-se a alíquota de
5% (cinco por cento) prevista para os demais prestadores de serviços.

Art. 68. Na prestação dos serviços de recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-
obra, ou ainda, fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados
ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço, a base de cálculo do
imposto é o preço bruto do serviço, nele compreendido os rendimentos auferidos pelos trabalhadores, os
encargos legais, os tributos e as despesas gerais de administração dentre outras, realizadas direta ou
indiretamente pelo prestador.

Art. 69. O Município poderá instituir livros e registros obrigatórios de tributos municipais, a fim de apurar
os seus fatos geradores e bases de cálculo.

Art. 70. Independentemente do controle de que trata o artigo anterior, poderá ser adotada a apuração
ou verificação diária no próprio local de atividade, durante determinado período, quando houver dúvida
sobre e exatidão do que for declarado para efeito dos tributos de competência do Município.

SEÇÃO III - Do Arbitramento

Art. 71. Sempre que sejam omissos ou não mereçam fé a declaração ou o esclarecimento prestado,
ou o documento expedido pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso
de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial, a autoridade competente, mediante
processo regular, deve arbitrar a base de cálculo do imposto.

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Art. 72. A base de cálculo, também deverá ser arbitrada nas seguintes hipóteses:
I - o contribuinte ou o responsável, após regularmente intimado, recusar-se a exibir à fiscalização os
elementos necessários à comprovação para a apuração das operações realizadas;
II - quando os livros e documentos fiscais exibidos pelo sujeito passivo não merecerem fé;
III - não prestar o sujeito passivo depois de intimado, os esclarecimentos necessários para uma regular
fiscalização;
IV - prática comprovada de subfaturamento;
V - serviços prestados sem a determinação do preço, ou a título de cortesia;
VI - flagrante insuficiência do imposto pago em face do volume dos serviços prestados, ou houver
fundada suspeita de que os documentos fiscais não refletem o preço real dos serviços, ou quando o
declarado for notoriamente inferior ao corrente na praça;
VII - o contribuinte não possuir livros ou documentos fiscais, exigidos pela legislação do ISSQN;
VIII - no caso de extravio das notas fiscais, não sendo possível a apuração da base de cálculo por
outros meios;
IX - quando o sujeito passivo não estiver inscrito na repartição fiscal competente.
Parágrafo único. O arbitramento referir-se-á exclusivamente aos fatos ocorrido no período em que se
verificarem os pressupostos mencionados, nos incisos deste artigo.

Art. 73. A base de cálculo será arbitrada, levando-se em consideração os seguintes elementos:
I - o valor das matérias-primas, dos materiais secundários e de quaisquer outros materiais aplicados
ou consumidos na prestação dos serviços;
II - as despesas com salários e pró-labore;
III - as despesas com aluguel, condomínio, água, luz e comunicação;
IV - as despesas com tributos e demais encargos;
V - os pagamentos dos impostos efetuados pelos mesmos ou por outros contribuintes da mesma
atividade, em condições semelhantes;
VI - as peculiaridades inerentes à atividade exercida;
VII - preço decorrente dos serviços oferecidos a época, a que se referir a apuração;
VIII - fatos os aspectos que exteriorizem a situação econômico-financeira do sujeito passivo.

Art. 74. No arbitramento:


I - deve ser enunciado em demonstrativo que especifique os elementos e critérios adotados;
II - não obsta a cominação das penalidades estabelecidas nesta Lei.
§ 1º A autoridade fiscal responsável pelo arbitramento em qualquer das hipóteses previstas, deverá
apresentar relatório circunstanciado sobre o motivo do arbitramento e os valores utilizados na sua fixação
da base de cálculo, constante inclusive do auto de infração.
§ 2º Os elementos utilizados como critério para a fixação da base de cálculo arbitrada, deverão ser
documentados e farão parte integrante do auto de infração.
§ 3º No caso de estabelecimento que represente, sem faturamento, empresa de mesmo titular, sediada
fora do município, a base de cálculo compreenderá o valor de todas as despesas necessárias a
manutenção do mesmo, acrescida de 35%.

SEÇÃO IV - Da Alíquota

Art. 75. As alíquotas do ISSQN são aquelas constantes no Anexo II desta Lei Complementar.
(Artigo acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017):

Art. 75-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento).
§ 1º O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou
financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob
qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da
aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens
7.02, 7.05 e 16.01, da lista anexa a esta Lei Complementar.
§ 2º É nula a lei ou o ato Municipal ou Distrital que não respeitar as disposições relativas à alíquota
mínima previstas neste artigo no caso de serviço prestado a tomador ou intermediário localizado em
Município diverso daquele onde está localizado o prestador do serviço.
§ 3º A nulidade a que se refere o § 2º deste artigo gera, para o prestador do serviço, perante o Município
ou Distrito que não respeitar as disposições deste artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula.

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SEÇÃO V - Da Estimativa, do ISSQN Fácil e do Regime Especial
SUBSEÇÃO I - Da Estimativa

Art. 76. O enquadramento do contribuinte no regime de estimativa pode, a critério da autoridade


competente, ser feito individualmente, por categoria de contribuintes ou grupos de atividades econômicas.
§ 1º A autoridade referida no caput deste artigo pode, a qualquer tempo, suspender a aplicação do
sistema previsto nesta seção de modo individual ou de forma geral.
§ 2º O prazo de duração do regime de estimativa deve ser fixado no ato que determinar a sua aplicação.
§ 3º Para os contribuintes de que trata este artigo, os valores fixados por estimativa constituirão
lançamento de ofício do imposto.

Art. 77. O valor do imposto de que trata essa seção, será fixado a partir de uma base de cálculo
estimada, quando:
I - se tratar de atividade exercida em caráter provisório, assim considerada aquela cujo exercício seja
de natureza temporária e esteja vinculada a fatores ou acontecimentos ocasionais ou excepcionais;
II - se tratar de atividade ou grupo de atividades cuja espécie, modalidade ou volume de serviços
aconselhem tratamento fiscal específico;
III - o contribuinte não tiver condições de emitir documentos fiscais ou deixar de cumprir com
regularidade as obrigações acessórias previstas na legislação;
IV - a arrecadação proveniente de determinada categoria de contribuintes ou grupo de atividade
econômica não seja compatível com o respectivo potencial econômico ou com o desempenho fiscal
esperado.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso I deste artigo, o imposto deverá ser recolhido antecipadamente
e não poderá o contribuinte realizar suas atividades sem efetuar o pagamento devido, sob pena de
interdição do local, independentemente de qualquer formalidade.

Art. 78. A autoridade competente, para a fixação do valor do ISSQN por estimativa, levará em
consideração, os seguintes elementos:
I - o tempo de duração e a natureza específica do acontecimento ou da atividade;
II - o preço corrente do serviço;
III - o volume das receitas em período anteriores e sua projeção para os períodos seguintes, podendo
observar outros contribuintes de idêntica atividade;
IV - a localização do estabelecimento;
V - a média das despesas operacionais dos 6 (seis) últimos meses, acrescida de um percentual de
35% (trinta e cinco por cento) correspondente a uma margem de lucro presumida.
VI - as peculiaridades do serviço prestado pelo contribuinte, durante o período considerado para
cálculo da estimativa.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos III e IV do artigo anterior, a fixação do ISSQN por estimativa
pode ser feita levando-se em consideração os seguintes elementos:
I - o valor das matérias-primas, dos materiais secundários e de quaisquer outros materiais aplicados
ou consumidos na prestação dos serviços;
II - as despesas com salários e pró-labore;
III - as despesas com aluguel, condomínio, água, luz e comunicação;
IV - as despesas com tributos e demais encargos.

Art. 79. O valor do imposto estimado, de que trata o caput do artigo anterior, será expresso em moeda
corrente.
§ 1º O valor obtido com base nos elementos descritos no artigo anterior, será considerado como o
valor mínimo do imposto a ser recolhido pelo prestador estimado.
§ 2º Na hipótese de cálculo efetuado na forma descrita no parágrafo anterior, qualquer diferença no
valor do ISSQN que venha a ser efetivamente apurada acarretará a exigibilidade do imposto sobre o
respectivo montante.

Art. 80. O regime de estimativa valerá pelo prazo de 12 (doze) meses, prorrogável por uma única vez,
por igual período, independentemente, de manifestação formal da autoridade competente.
§ 1º O prazo de que trata o caput deste artigo, deve ser fixado no ato que determinar a sua aplicação.
§ 2º Findo o período limite, previsto no caput deste artigo, a autoridade competente deverá, através de
manifestação formal, notificar se o contribuinte permanecerá ou não em regime de estimativa.

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§ 3º A critério do Fisco poderão ser revistos, a qualquer tempo, os valores estimados para determinado
período e, se for o caso, reajustados através de novo Termo de Estimativa.
§ 4º Na hipótese de cálculo efetuado na forma do parágrafo anterior, qualquer diferença no valor do
ISSQN que venha a ser efetivamente apurada acarretará a exigibilidade do imposto sobre o respectivo
montante.

Art. 81. Os contribuintes sujeitos ao regime de estimativa deverão cumprir todas as obrigações de
natureza acessórias.

Art. 82. O contribuinte abrangido pelo regime de estimativa será cientificado através de Termo de
Estimativa, expedido pela autoridade fiscal competente, no qual constará o período alcançado e o valor
fixado.

Art. 83. Do lançamento do valor estimado cabe pedido de revisão, dirigido a autoridade competente,
no prazo de 15 (quinze) dias contados da ciência do Termo de Estimativa.
§ 1º O pedido de revisão deverá conter, obrigatoriamente, as razões de fato e de direito, bem como o
valor que o contribuinte reputar justo, os elementos para a sua aferição, fazendo, inclusive, a juntada dos
documentos comprobatórios das suas alegações.
§ 2º Somente serão aceitos como prova os valores regularmente escriturados em documentos fiscais
exigidos por esta Lei.
§ 3º O pedido de revisão não terá efeito suspensivo e se houver alteração do valor, a diferença será
compensada nos pagamentos seguintes ou, se for o caso, restituída.
§ 4º A autoridade competente para analisar o pedido de revisão de que trata este artigo será o Chefe
da Divisão de Fiscalização.
§ 5º O pedido de revisão deve ser examinado e o lançamento revisado, quando couber, no prazo
máximo de quinze dias e da decisão deve ser o contribuinte pessoalmente notificado.

Subseção II - Regime de Estimativa Especial - ISSQN Fácil

Art. 84. Quando se tratar de contribuinte de rudimentar organização, o Fisco poderá através de ato
administrativo formal, enquadrá-lo em regime de estimativa especial - ISSQN FÁCIL, desobrigando-o do
cumprimento das obrigações acessórias.
§ 1º Para os contribuintes de que trata este artigo, os valores fixados por estimativa constituirão
lançamento de ofício do imposto.
§ 2º O regime de estimativa especial vigorará por exercício financeiro, sendo renovado após
manifestação expressa da autoridade competente.
§ 3º Nos casos de que trata este artigo, o recolhimento do imposto será realizado mensalmente através
do Documento de Arrecadação Municipal - DAM, emitido pelo Fisco.
§ 4º Os valores não recolhidos dentro do prazo estabelecido, serão inscritos em dívida ativa.
§ 5º Caso haja necessidade, o contribuinte em regime de estimativa especial poderá solicitar Nota
Fiscal Avulsa.

SUBSEÇÃO III - Do Regime Especial

Art. 85. Em casos especiais e tendo em vista facilitar o cumprimento das obrigações fiscais pelos
contribuintes, a requerimento do sujeito passivo, a autoridade competente poderá, mediante despacho
fundamentado e em processo regular permitir a adoção de regime especial, tanto para pagamento do
tributo, como para emissão de documentos e escrituração de livros fiscais.

Art. 86. Quando o sujeito passivo deixar, reiteradamente, de cumprir as obrigações fiscais, a autoridade
fiscal poderá impor-lhe regime especial para cumprimento dessas obrigações.
§ 1º O regime especial previsto neste artigo constará das normas que forem necessárias para compelir
o sujeito passivo à observância da legislação municipal.
§ 2º O despacho que conceder regime especial esclarecerá quais as normas especiais a serem
observadas pelo sujeito passivo, advertindo ainda que o regime poderá ser, a qualquer tempo e a critério
do Fisco, alterado ou suspenso, quando não forem cumpridas as normas anteriormente concedidas.

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CAPÍTULO IV - CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I - Do Lançamento
SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais

Art. 87. Aplicam-se, complementarmente, as normas gerais de direito tributário previstas no Código
Tributário Nacional, relativo a Constituição do Crédito Tributário.
Parágrafo único. O lançamento é ato administrativo vinculado e obrigatório, privativo da autoridade
competente, para constituição do crédito tributário, sob pena de responsabilidade funcional.

Art. 88. Lançamento é o procedimento privativo da autoridade administrativa municipal, destinado a


constituir o crédito tributário mediante a verificação da ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, a determinação da matéria tributável, o cálculo do montante do tributo devido, a
identificação do sujeito passivo e, sendo o caso, a proposição da aplicação da penalidade cabível.

Art. 89. O ato do lançamento é vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional.

Art. 90. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela Lei
então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente a ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes
de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
exceto no último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde
que a lei tributária respectiva fixe expressamente a data em que o fato gerador deva ser considerado para
efeito de lançamento.

Art. 91. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa.

Art. 92. O lançamento e suas alterações serão comunicados aos contribuintes mediante notificação
direta, feita por meio de aviso, ou, quando impossível, por falta de elementos, através de edital publicado
no órgão oficial do Município ou em jornal local de grande circulação.

Art. 93. Far-se-á revisão de lançamento sempre que se verificar erro na fixação da base tributária,
ainda que os elementos indutivos dessa fixação hajam sido apurados diretamente pelo Fisco.
§ 1º A revisão do lançamento somente pode ser iniciada ou revista na esfera administrativa se o débito
não estiver ajuizado e enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
§ 2º Ajuizada a ação executiva fiscal, cessará a competência do órgão fazendário para agir ou decidir
quanto ao débito ajuizado, cumprindo-lhe, entretanto, prestar apenas as informações solicitadas pelo
órgão responsável pela execução fiscal ou pela autoridade judiciária.

Art. 94. Os lançamentos efetuados de ofício, ou decorrentes de arbitramento só poderão ser revistos
em face da superveniência de prova irrecusável que modifique a base de cálculo utilizada no lançamento
anterior.

Art. 95. É facultado aos prepostos da fiscalização o arbitramento de bases tributárias quando ocorrer
sonegação, cujo montante não se possa conhecer exatamente ou quando a atividade exercida pelo
contribuinte recomende esta medida, sempre a critério do Fisco.

Art. 96. Os atos formais, relativos ao lançamento dos tributos, ficarão a cargo do órgão fazendário
competente.
Parágrafo único. A omissão ou erro de lançamento não exime o contribuinte do cumprimento da
obrigação fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita.

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Subseção II - Dos procedimentos fiscais (Subseção acrescentada pela Lei Complementar nº 143,
de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)

Art. 96-A. Os procedimentos fiscais, que tem por finalidade verificar o cumprimento das obrigações
tributárias, junto ao sujeito passivo, são das seguintes espécies:
I - Monitoramento Fiscal;
II - Auditoria Fiscal.
§ 1º O Monitoramento Fiscal tem a finalidade:
I - Orientar o sujeito passivo, no tocante ao cumprimento das suas obrigações tributárias;
II - Realizar cobranças diversas;
III - Coletar informações e documentos de terceiros destinados a subsidiar procedimento de auditoria
fiscal;
IV - Obter informações ou elementos de interesse da administração tributária, inclusive para instrução
processual.
§ 2º A instauração de procedimento de Monitoramento Fiscal não suspenderá a espontaneidade do
sujeito passivo, podendo o mesmo, no curso do procedimento, realizar denúncia espontânea de infrações
à legislação tributária, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido atualizado e dos
juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pelo auditor fiscal, quando o montante do tributo
dependa de apuração.
§ 3º O procedimento de auditoria fiscal objetiva à verificação do cumprimento das obrigações
tributárias, por parte do sujeito passivo, podendo resultar em constituição de crédito tributário com, se for
o caso, aplicação de penalidades.
§ 4º O início do procedimento de auditoria fiscal excluirá a espontaneidade do sujeito passivo em
relação aos atos e fatos relacionados com o tributo, o seu objetivo e as competências especificadas no
documento de instauração do procedimento e, independente de intimação, as dos demais envolvidos nas
infrações verificadas. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)

Art. 96-B. O auditor fiscal designado para realizar procedimento de auditoria fiscal lavrará os termos
necessários para que se documente o início e o término do procedimento, conforme definido em
regulamento. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande
de 30.11.2009)

Art. 96-C. A formalização da constituição de crédito tributário será realizada por Auto de Infração ou
por Notificação de Lançamento.
§ 1º O Auto de Infração será utilizado para a realização de lançamentos tributários, nos casos de
ocorrência de infração a legislação tributária, com a aplicação das penalidades cabíveis.
§ 2º A Notificação de Lançamento é o instrumento pelo qual se dá ciência ao sujeito passivo da
constituição de crédito tributário que será atualizado monetariamente e acrescido de juros e multa de
mora.
§ 3º A cobrança administrativa de créditos tributários poderá ser realizada por meio de aviso de
cobrança. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de
30.11.2009)

Art. 96-D. A forma da lavratura, o modelo e os dados que devem constar no Auto de Infração e na
Notificação de Lançamento serão estabelecidos em regulamento. (NR) (Artigo acrescentado pela Lei
Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)

SEÇÃO II - Das Modalidades de Lançamento

Art. 97. O lançamento do ISSQN pode ser:


I - de ofício:
a) efetuado com base em documentos ou em declarações apresentadas pelo sujeito passivo ou ainda,
com base na emissão de nota fiscal eletrônica ou em banco de dados digitais mantidos pela repartição
competente. (Redação dada à alínea pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande
de 30.11.2009)
b) mediante ação fiscal.
c) mediante valores fixados em portaria de estimativa; (Alínea acrescentada pela Lei Complementar nº
108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

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d) mediante preço mínimo de pauta; (Alínea acrescentada pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
II - por declaração (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
III - por homologação (Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 1º O valor do ISSQN informado pelo sujeito passivo nos termos da alínea "a" do inciso I e do inciso
II deste artigo ou por outros previstos na legislação tributária, não pago ou pago a menor, constitui
confissão de dívida. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM
Campo Grande de 30.11.2009)
§ 2º O ISSQN confessado na forma do § 1º deste artigo será objeto de notificação de lançamento e do
aviso de cobrança para recolhimento do crédito tributário, atualizado monetariamente e acrescido de
juros, no prazo previsto em regulamento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 143, de
27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 3º Findo o prazo do § 2º deste artigo sem o recolhimento do imposto, o crédito constituído será
acrescido de multa de mora. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009,
DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 4º O imposto confessado e a constituição do crédito tributário de que trata este artigo não implica em
homologação dos lançamentos efetuados. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de
27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 5º O preço mínimo de pauta poderá ser fixado, a critério da Secretaria Municipal da Receita e será
utilizado para efeito de apuração da base de cálculo do ISSQN para determinadas atividades,
considerando a movimentação econômica e as características do serviço, conforme dispuser em
regulamento. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)

Art. 98. O lançamento do ISSQN deve ser feito de ofício nos casos em que:
I - a sua exigência seja feita:
a) por estimativa, observado o disposto nos arts. 76 a 86;
b) mediante arbitramento, observado o disposto nos arts. 71 a 74;
c) em relação a situações que não se enquadrem nas hipóteses deste artigo e do artigo anterior, com
base em declaração prestada pelo sujeito passivo, sujeita à revisão pela autoridade fiscal, ou em
elementos obtidos pela referida autoridade.
II - estando o sujeito passivo obrigado a realizar a atividade tendente ao lançamento e a antecipar o
pagamento do ISSQN não o fizer no prazo estabelecido e antes da verificação fiscal.

Art. 99. Far-se-á o lançamento de ofício, com base nos elementos disponíveis quando:
I - o contribuinte e/ou responsável não houver prestado declaração mensal de serviços - DMS, ou a
mesma apresentar-se inexata por serem falsos ou errôneos os fatos consignados; ou mesmo por serem
omissa;
II - tendo prestado declaração o contribuinte ou responsável deixar de atender, satisfatoriamente, no
prazo e na forma legal, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade competente;
III - a declaração ou comunicação fora do prazo, para efeito de lançamento, não desobriga o sujeito
passivo do pagamento da multa e juros moratórios.

Art. 100. Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações
apresentadas pelos contribuintes e responsáveis, e de determinar, com precisão, a natureza e o montante
dos créditos tributários, a autoridade competente poderá:
I - exigir, a qualquer tempo, a exibição de livros e comprovantes dos atos e operações que possam
constituir fato gerador do imposto sobre serviço de qualquer natureza;
II - fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde se exercem as atividades sujeitas a obrigações
tributárias ou nos bens ou serviços que constituem matéria tributária;
III - exigir informações e comunicações escritas ou verbais;
IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer à repartição competente;
V - requisitar o auxílio de força policial ou requerer ordem judicial quando indispensável à realização
de diligências e inspeções nos estabelecimentos, inclusive, quando se tratar de busca e apreensão de
livros, registros e documentos fiscais dos contribuintes ou responsáveis para levantamento e perícias,
quando necessárias.

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Parágrafo único. Nos casos a que se refere o item V deste artigo, a autoridade competente lavrará
termo de diligência e de fiscalização, do qual constarão especificamente todos os elementos examinados.

Art. 101. Nos casos de lançamento por homologação, cabe ao sujeito passivo realizar a atividade
tendente ao lançamento, compreendendo:
I - apurar o montante do imposto devido e antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, devendo inclusive apresentar dentro do prazo legal as obrigações acessórias, relativas as
Declarações Mensais de Serviços, na forma exigida pela repartição competente;
II - nos casos em que o responsável pelo seu recolhimento seja o tomador do serviço, não obrigado à
emissão de documentos e à escrituração de livros fiscais, o preenchimento de formulários aprovados pelo
Poder Executivo contendo, no mínimo, a identificação do sujeito passivo e do prestador do serviço, a
descrição do serviço recebido, o preço do serviço, a data do recebimento do serviço e o valor do ISSQN,
bem como a sua entrega à repartição fiscal, no prazo estabelecido em Regulamento;
III - nos demais casos, a emissão de documentos fiscais e o registro nos livros fiscais apropriados,
permitido o uso de meio magnético, bem como outros procedimentos previstos nesta Lei e no seu
Regulamento, relativamente aos serviços prestados.

Art. 102. Fica atribuído ao sujeito passivo, nos casos de incidência do Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza, o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade competente.
§ 1º O pagamento antecipado, nos termos deste artigo, extingue o crédito, sob condição resolutória de
ulterior homologação do lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticado pelo
sujeito passivo ou por terceiros, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade ou sua graduação.
§ 4º Considera-se efetuado a homologação do ato de lançamento do ISSQN no momento em que a
autoridade competente, tomando conhecimento da atividade exercida pelo sujeito passivo, pratica o ato
homologatório da declaração do sujeito passivo da obrigação tributária, expressamente a homologa.
§ 5º O prazo para a homologação é de cinco anos contado da ocorrência do fato gerador.
§ 6º Expirado o prazo de que trata o parágrafo anterior sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologada a atividade realizada pelo sujeito passivo, operado o lançamento
e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Art. 103. No lançamento por homologação, à obrigação tributária é previamente constituída pelo
próprio contribuinte quando este apurou o valor do imposto devido e informou ao Fisco, através da
Declaração Mensal de Serviço, ao efetuá-lo, nos termos da Lei, reconhecendo e admite o débito.
§ 1º O Imposto apurado e declarado ao Fisco pelo sujeito passivo equivale a uma confissão prévia do
débito, que se não for pago no prazo regulamentar, poderá ser imediatamente exigível.
§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)

SEÇÃO III - Do Recolhimento do Imposto

Art. 104. O sujeito passivo deve recolher o ISSQN correspondente aos serviços prestados em cada
mês, nas formas e nos prazos definidos em Regulamento.
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 4º (Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)

Art. 105. Nos casos de lançamento por homologação, o recolhimento do ISSQN:


I - deve ser feito, pelo sujeito passivo, independentemente de prévio exame pela autoridade fiscal;
II - extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de ulterior homologação, pela autoridade
fiscal.

Art. 106. Ao recolhimento do ISSQN são aplicáveis as seguintes regras:


I - deve ser realizado em dinheiro;
II - somente pode ser utilizado cheque de emissão do próprio sujeito passivo e no valor do respectivo
crédito tributário, cuja extinção somente ocorrerá com o resgate do cheque pelo sacado;
III - deve ser individualizado em relação a cada estabelecimento do sujeito passivo;

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IV - a quitação no documento deve ser feita mediante a identificação do Banco ou repartição
arrecadadora, acrescida da autenticação mecânica que informe a data, a importância paga e os números
da operação e da máquina autenticadora.
§ 1º Na hipótese do inciso II, não ocorrendo o resgate pelo sacado:
I - o valor do crédito não extinto pode ser exigido independentemente da lavratura de auto de infração
ou de intimação ou notificação fiscal, inscrevendo-se em Dívida Ativa o débito não liquidado até o décimo
dia seguinte ao da devolução do cheque;
II - as providências prescritas no inciso anterior devem ser tomadas sem prejuízo da aplicação das
penalidades e dos acréscimos legais, da abertura do inquérito policial e da instauração da ação penal
cabível.
§ 2º A critério do Poder Executivo, o recolhimento do ISSQN pode ser efetuado também por meio de
transferência eletrônica a crédito do Tesouro Municipal.

Art. 107. O não-recolhimento do ISSQN no prazo regulamentar enseja:


I - a sujeição à ação fiscalizatória;
II - a cobrança de juros moratórios de um por cento ao mês, devido a partir do dia imediato ao do seu
vencimento, calculado sobre o valor monetariamente atualizado, contando-se como mês completo
qualquer fração dele, seja qual for o motivo determinante da falta de recolhimento do tributo;
III - a aplicação da penalidade específica;
IV - a sua atualização monetária.

Art. 108. O ISSQN retido na fonte deve ser recolhido em nome de quem, na condição de responsável,
procedeu à retenção. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM
Campo Grande de 30.11.2009)

Art. 109. O responsável tributário deverá recolher o ISSQN retido de terceiro nos prazos e condições
estabelecidos em regulamento.
§ 1º Em se tratando de pessoas jurídicas de direito privado, a retenção deverá se efetivar no ato da
ocorrência do fato gerador da prestação de serviço.
§ 2º Em se tratando de órgãos da administração direta e indireta da União, Estados, Municípios, assim
como, suas Autarquias, Fundações e Empresas Públicas, a retenção deverá ocorrer no ato do pagamento
da prestação de serviço.

Art. 110. No caso de recolhimento do ISSQN efetuado por iniciativa do sujeito passivo, sem lançamento
prévio pela repartição fiscal competente, fora do prazo legal, sem o recolhimento concomitante dos juros
de mora e acréscimos legais, essa parte acessória do crédito tributário passará a constituir débito
autônomo sujeito aos acréscimos legais.

Art. 111. Em se tratando de contribuinte que desenvolva as atividades previstas nos subitens 7.02 e
7.05 da Lista de Serviços, Anexo I desta Lei Complementar, deverá ser considerado, para o cálculo do
imposto, quando da retenção do ISSQN pelo responsável tributário, o valor total da prestação de serviço
deduzido o valor do material aplicado.

Art. 112. Na emissão da Nota Fiscal de prestação de serviço de que trata o art. 57 da Lei Complementar
nº 59/2003, quando o contribuinte desenvolver as atividades previstas no item 7 da lista de serviços
constante do anexo I desta Lei Complementar, relativo a empreitada global, deverá ser considerado pelo
responsável tributário, para fins de cálculo do imposto, os seguintes critérios:
I - o valor da mão-de-obra não poderá ser inferior a 40% (quarenta por canto) do valor bruto da nota
fiscal de prestação de serviço, a título de estimativa para fins de retenção, ficando sujeito a posterior
homologação;
II - o valor da mão-de-obra corresponderá ao valor total da nota fiscal de prestação de serviços, quando
se tratar de serviço de terraplenagem, recuperação e manutenção de logradouros e estradas sem
pavimento;
III - o valor total da nota fiscal de prestação de serviços, quando não houver discriminação do serviço
ou da mão-de-obra na referida nota fiscal. (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 108, de
21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

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Art. 113. É facultado ao Executivo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade, adotar outra
forma de recolhimento, determinando que este se faça antecipadamente, operação por operação, ou por
estimativa, em relação aos serviços de cada mês.
§ 1º No regime de recolhimento por antecipação nenhuma nota, fatura ou documento poderá ser
emitido sem que haja suficiente previsão de verba.
Parágrafo único. A norma estatuída no caput aplica-se a emissão de bilhetes de ingresso para diversão
pública.

TÍTULO II - DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 114. As obrigações tributárias acessórias decorrem das disposições desta Lei e das normas que
a complementam, tendo por objeto as prestações, positivas ou negativas, nelas previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização do ISSQN (CTN, art. 113, § 2º).
Parágrafo único. A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária (CTN, art. 113, § 3º).

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma desta Lei e das
normas que a complementam, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal (CTN, art. 115).

Art. 116. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituem o
seu objeto (CTN, art. 122).

Art. 117. As pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou responsáveis, inclusive as imunes ou isentas,
e que participem direta ou indiretamente do fato previsto na norma de incidência tributária, fica obrigadas
ao cumprimento das obrigações acessórias previstas nesta dei e nas normas que a complementam.

Art. 118. Os contribuintes, ou quaisquer responsáveis por tributos facilitarão, por todos os meios a seu
alcance, o lançamento, a fiscalização e a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando
especialmente obrigados a:
I - apresentar declarações e guias e a escriturar, em livros próprios e definidos pelo município, os fatos
geradores de obrigações tributaria segundo as normas especificadas no Código Tributário do Município,
Leis Complementares e as demais legislações suplementares. (Redação dada ao inciso pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
II - comunicar à Fazenda Municipal, dentro de 15 (quinze) dias, contados a partir da ocorrência,
qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;
III - conservar e apresentar ao Fisco, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se
refira a operações ou situações que constituam fato gerador de obrigação tributária ou que sirva como
comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais;
IV - prestar, sempre que solicitadas pelas autoridades competentes, informações e esclarecimentos
que, a juízo do Fisco, se refiram a fato gerador de obrigação tributária.
V - afixarem nos seus estabelecimentos, em local visível ao público, placa com informação da
obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal de Serviços, em modelo a ser definido em regulamento. (NR)
(Inciso acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
Parágrafo único. Mesmo no caso de isenção ou imunidade, ficam os beneficiários sujeitos ao
cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 119. O Fisco poderá requisitar a terceiros, e estes ficam obrigados a fornecer-lhe todas as
informações e dados referentes a fatos geradores de obrigação tributária, para os quais tenham
contribuído ou que devem conhecer, salvo quando, por força de lei, estejam obrigados a guardar sigilo
em relação a esses fatos.
§ 1º Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as
informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliões, escrivões e demais serventuários de oficio;
II - os bancos, Caixa Econômicas e demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;

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VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.
§ 2º A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre
os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar sigilo em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão, exceto os de requisição regular da autoridade judiciária no interesse da
justiça.
§ 3º As informações individualizadas sobre serviços prestados a terceiros, necessárias a comprovação
dos fatos geradores citados no item 15 e seus subitens, contidos na Lista de Serviços, Anexo I, desta Lei
Complementar, serão fornecidas pelas instituições financeiras na forma prescrita no parágrafo anterior.
§ 4º As informações obtidas por força deste artigo têm caráter sigiloso e só poderão ser utilizadas em
defesa dos interesses fiscais da União, do Estado e deste Município.
§ 5º Constitui falta grave, punível nos termos do Estatuto do Servidor Municipal, a divulgação de
informações obtidas no exame de contas ou documentos exibidos.

CAPÍTULO II - DA DECLARAÇÃO MENSAL DE SERVIÇOS - DMS

Art. 120. Todas as pessoas jurídicas de direito público e privado, os órgãos e entidades da
administração pública direta e indireta de quaisquer dos poderes da União, dos Estados e dos Municípios,
estabelecidas em Campo Grande, são obrigadas a entregar ao fisco municipal a Declaração Mensal de
Serviços - DMS com informações fiscais relativas à prestação de serviços e aos serviços intermediados
e/ou tomados. (Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)
§ 1º As pessoas equiparadas à pessoa jurídica são também obrigadas a cumprir o disposto no caput
deste artigo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)
§ 2º A imunidade, a isenção ou o regime diferenciado para o pagamento do imposto não afastam a
obrigatoriedade de cumprimento do disposto no caput deste artigo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei
Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 3º O regulamento estabelecerá os dados a serem informados, os prazos e a forma de entrega das
informações, dispondo, ainda, sobre os casos de dispensa do cumprimento da obrigação acessória
estabelecida neste artigo. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 143, de
27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 4º (Revogado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007,
com efeitos a partir de 01.01.2008)
Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:

Art. 120-A - A Administração Tributária poderá exigir das administradoras de cartões de crédito ou
débito e dos estabelecimentos similares, declaração com as informações relativas as operações de
cartões de crédito ou débito em estabelecimentos credenciados, prestadores de serviços, localizados no
Município de Campo Grande.
§ 1º As administradoras de cartões de crédito ou débito e os estabelecimentos similares são obrigados
a prestar na forma e nos prazos estabelecidos em regulamentos, as informações sobre as operações
efetuadas com cartões de crédito ou débito, compreendendo os montantes globais por estabelecimento
prestador credenciado, ficando proibida a identificação do tomador de serviço, salvo por decisão judicial,
quando se tratar de pessoas físicas.
§ 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se administradora de cartões de crédito ou
débito e os estabelecimentos similares, em relação aos estabelecimentos prestadores credenciados, a
pessoa jurídica responsável pela administração da rede de estabelecimentos, bem assim pela captura e
transmissão das transações dos cartões de crédito ou débito.
§ 3º Caberá ao regulamento disciplinar a forma, os prazos e demais condições necessárias ao
cumprimento da obrigação de que trata este artigo.

Art. 121. As administradoras de cartões de crédito, de cartões de débito em conta corrente, as


empresas prestadoras de serviços operacionais relacionados àquelas administradoras, bem como todas
as demais instituições financeiras congêneres, independentemente do fato de estarem ou não sediadas
no Município, ficam obrigadas a informar às autoridades ficais da Administração Tributária Municipal,
observado o disposto no art. 6º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, todos os dados,
valores, números de contas, códigos e identificação das respectivas agências bancárias, bem como todos

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os detalhes acerca das operações financeiras e de quaisquer outros negócios jurídicos celebrados por
prestadores de serviços cujos pagamentos sejam realizados por meio de seus sistemas de crédito, débito
ou similares, na forma, no prazo e nas condições previstas em regulamento. (Redação do artigo dada
pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).

CAPÍTULO III
SEÇÃO I - Do Cadastro de Contribuintes

Art. 122. O Cadastro de Contribuintes do Município, destina-se ao registro centralizado e sistematizado


de todas as pessoas físicas e jurídicas de direito público ou privado, com ou sem estabelecimento fixo,
que sejam sujeito passivo da obrigação tributária instituída pelo Município, relacionadas com a
industrialização, a comercialização de bens e a prestação de serviço, inclusive condomínios, os órgãos,
empresas e entidades da Administração Pública Direta e Indireta de quaisquer dos poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº
108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 1º O Poder Executivo pode:
I - estabelecer que pessoas ou estabelecimentos sujeitos ao recolhimento de taxa por período devam
inscrever-se no Cadastro de Contribuintes, ainda que não obrigados ao cumprimento das obrigações
tributárias relativas ao ISSQN;
II - instituir cadastros específicos para o controle fiscal em relação às pessoas ou aos estabelecimentos
sujeitos ao recolhimento de taxa por período;
III - adotar, para efeito de controle fiscal, codificação de atividade econômica de âmbito nacional que
venha a ser instituída. (Antigo parágrafo único renomeado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 2º O Cadastro de que trata este artigo, conterá dados e informações que identifiquem, localizem e
classifiquem as pessoas segundo a sua natureza jurídica, atividade econômica e regime de recolhimento
de tributos. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande
de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 122-A. Institui no âmbito do Município de Campo Grande-MS, o Cadastro Temporário, impondo a
obrigatoriedade de cadastramento de empresas prestadoras de serviços - pessoa jurídica - estabelecidas
em outros municípios, quando estas prestarem serviços a tomadores - pessoa jurídica - aqui estabelecida.
§ 1º A inscrição que trata este artigo, não será objeto de qualquer ônus, especialmente de taxas ou
preços públicos.
§ 2º O indeferimento do pedido de inscrição, qualquer que seja o seu fundamento, poderá ser objeto
de recurso, no prazo máxima de 15 (quinze) dias contados da data do pedido.
§ 3º Considerar-se-á liminarmente inscrito no Cadastro Temporário o sujeito passivo, quando,
passados 30 (trinta) dias da data em que for requerida a inscrição, não houver decisão definitiva a respeito
da matéria.
§ 4º O tomador do serviço deverá exigir do prestador de serviço a devida inscrição no Cadastro
temporário do município. (Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

SEÇÃO II - Da Inscrição Municipal


Subseção I - Disposições Gerais

Art. 123. A pessoa física ou jurídica, ainda que alcançada pela imunidade ou isenção, fica obrigada a
se inscrever no Cadastro de Contribuintes, perante a repartição competente, antes do início de sua
atividade. (NR) (Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 1º Possuindo a pessoa mais de um estabelecimento autônomo no Município, a inscrição deve ser
feita de forma individualizada em relação a cada estabelecimento.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, consideram-se estabelecimentos autônomos:
I - os pertencentes a diferentes pessoas físicas ou jurídicas, ainda que localizados no mesmo endereço
e com idênticas atividades econômicas;
II - os pertencentes à mesma pessoa física ou jurídica que funcionem em locais diversos.
§ 3º Não se consideram locais diversos os pavimentos de uma mesma edificação ou duas ou mais
edificações que se comuniquem internamente.

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Art. 124. A inscrição deve ser requerida pelo contribuinte ou seu representante legal, mediante a
utilização de formulário próprio, no qual conterá no mínimo, as informações necessárias:
I - à identificação do contribuinte, dos representantes legais e do responsável-técnico incumbido dos
serviços fisco-contábeis;
II - à localização do estabelecimento;
III - à especificação da atividade econômica.
§ 1º A declaração constante do formulário próprio, no qual o sujeito passivo declarará, sob sua
exclusiva responsabilidade, na forma, prazo e condições regulamentares, todos os elementos exigidos
pela legislação municipal.
§ 2º Como complemento dos dados para inscrição o sujeito passivo é obrigado a anexar ao formulário
todos os elementos e documentação exigida pela legislação municipal e a fornecer, por escrito ou
verbalmente, a critério do Fisco, quaisquer informações que lhe forem solicitadas.

Art. 125. A inscrição não deve ser concedida nos casos em que o requerente, seus sócios ou dirigentes
estiverem vinculados a outras empresas com situação cadastral ou com obrigação tributaria, principal ou
acessória, irregulares.
Parágrafo único. Cientificado das irregularidades, e não cumprindo as exigências no prazo 15 (quinze)
dias contado do ciente, o pedido de inscrição será indeferido e arquivado. (NR) (Redação dada ao artigo
pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir
de 01.01.2008)

Art. 126. É vedado a qualquer servidor autorizar o uso da inscrição reservada ao contribuinte ou
informar o seu número, antes da vistoria do Fisco e do deferimento final do pedido.

Art. 127. Constatada qualquer irregularidade relativa à pessoa ou ao estabelecimento do contribuinte,


o processo relativo ao pedido de inscrição deve ter o seu andamento suspenso até que a falta seja
sanada.

Art. 128. Para cada estabelecimento deve ser determinado um número específico de inscrição
cadastral, cuja titularidade é intransferível, cabendo a repartição competente o fornecimento do respectivo
comprovante.

Art. 129. A inscrição será obrigatoriamente renovada, no prazo fixado em regulamento, sempre que
ocorrer qualquer modificação nas declarações constantes do formulário.

Art. 130. A transferência, a venda e o encerramento de atividades, serão comunicados no prazo


regulamentar, à repartição competente, para efeito do cancelamento da inscrição.
Parágrafo único. Sempre que o comprovante da inscrição for encontrado com outra pessoa que não o
titular ou representante habilitado, ou quando ocorrer suspeita ou prova da sua falsificação, adulteração
ou uso indevido, deve ser apreendido pelas autoridades competentes, respondendo o titular pelos danos
resultantes do evento.

Art. 131. Feita a inscrição, a repartição fornecerá ao sujeito passivo, um cartão numerado.
Parágrafo único. O número de inscrição será impresso nas guias ou nos documentos de arrecadação
e em quaisquer petições, impugnações ou recursos administrativos, bem como constará em todos os
documentos fiscais emitidos pelo sujeito passivo, independentemente de outros elementos exigidos pelo
regulamento.

Art. 132. A inscrição de que trata esta seção, deverá ser permanentemente atualizada, ficando o
contribuinte obrigado a comunicar a repartição competente, no prazo de quinze dias contados do evento,
a alteração dos dados relativos à pessoa ou ao estabelecimento, anteriormente fornecidos.
Parágrafo único. No caso de venda ou transferência do estabelecimento, sem a observância do
disposto neste artigo o adquirente ou sucessor será responsável pelos débitos ou multas do contribuinte
inscrito.

Art. 133. Para identificação do contribuinte, poderá o Executivo adotar o número. de inscrição previsto
no Cadastra Pessoa Física - CPF e no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - C.N.P.J. ou na forma
que o regulamento determinar. (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

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SUBSEÇÃO II - Do Cancelamento da Inscrição

Art. 134. A inscrição será:


I - suspensa:
a) quando mediante ação fiscal, ficar provado que o contribuinte não exerce suas atividades no
endereço cadastrado;
b) quando se tratando de baixa de inscrição, o contribuinte possuir débitos;
II - cancelada:
a) quando O contribuinte inscrito tiver seus atos constitutivos baixados de ofício pela Lei Federal nº
8.934, de 30 de novembro de 1994.
b) quando o contribuinte deixar de exercer suas atividades par um período de dois anos consecutivos,
sem informar a repartição competente os fatos que motivaram a paralisação temporária do
estabelecimento;
c) quando o contribuinte tiver a sua inscrição suspensa por um período igual ou superior a dois anos.
(NR) (Redação dada ao artigo pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de
26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 135. Compete a repartição competente, após notificar o contribuinte via edital, proceder ao
cancelamento da inscrição municipal.
Parágrafo único. A inscrição cancelada não pode ser reativada, nem o número reutilizado, mesmo a
requerimento do contribuinte.

Art. 136. O cancelamento de ofício da inscrição, não exonera o contribuinte de pagamento dos tributos
devidos e nem de qualquer responsabilidade tributária.

SUBSEÇÃO III - Da Baixa da Inscrição

Art. 137. Sempre que o contribuinte encerrar as suas atividades, fica obrigado a requerer a baixa
respectiva.
Parágrafo único. A baixa deve ser requerida na repartição competente, no prazo de quinze dias
contados do encerramento da atividade do estabelecimento.

Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:

Art. 137-A - Ao paralisar ou encerrar suas atividades como autônomo, o profissional é obrigado a
requerer a baixa de sua inscrição no Cadastro Fiscal de Atividade Econômica do Município da Secretaria
Municipal da Receita, mediante requerimento devidamente protocolizado, instruído com os seguintes
documentos:
I - Cartão de Inscrição Municipal;
II - requerimento de solicitação de baixa/ ou de paralisação de atividade do ISS assinado pelo titular;
III - prova de habilitação do signatário do requerimento;
IV - procuração com firma reconhecida, caso o requerimento não tenha sido assinado pelo titular, mas
pelo gerente ou diretor, acompanhando do documento de identidade do outorgado (original ou cópia
autenticada);
V - Certidão Negativa de Débitos Tributários relativa à sua inscrição econômica como autônomo, e
cópias dos comprovantes de pagamentos dos impostos e taxas de fiscalização, localização e
funcionamento dos últimos 5 (cinco) anos, se for o caso.
§ 1º No ato da entrega do requerimento, o contribuinte recebe um protocolo com data e hora agendado
para retornar ao Plantão Fiscal, munido dos livros e documentos necessários ao exame e concessão da
Baixa/Paralisação.
§ 2º O não comparecimento do contribuinte no dia e hora pré-agendado, torna sem efeito o protocolo
anterior, sendo necessário novo requerimento.
§ 3º No caso de paralisação temporária e de baixa de inscrição, o imposto será devido até o mês da
solicitação, desde que não ocorra fato gerador após a protocolização do requerente.

Art. 138. Juntamente com o pedido de baixa da inscrição, o contribuinte deve apresentar todos os
documentos fiscais exigidos por esta Lei ou pelas normas que a complementam, incluídos os talonários
de Notas Fiscais não utilizadas e o cartão de inscrição em seu poder, relativamente ao ano do pedido e
aos cinco anos anteriores a ele, ou indicar o local onde se encontram à disposição do Fisco.

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Parágrafo único. O local a que se refere o caput deste artigo não pode situar-se fora do perímetro
urbano do Município.

Art. 139. A baixa definitiva da inscrição somente será efetivada inexistindo débitos.

SEÇÃO III - Da Paralisação Temporária da Atividade

Art. 140. A cessação temporária ou definitiva das atividades dos estabelecimentos será comunicada a
repartição competente dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a fim de ser anotada no Cadastro Fiscal.
Parágrafo único. A anotação no Cadastro Fiscal será feita após a comprovação da veracidade da
comunicação, sem prejuízos das penalidades cabíveis e de quaisquer débitos de tributos pelo exercício
de atividade ou negócios de produção, indústria, comércio ou prestação de serviços.

CAPÍTULO III - DOS LIVROS E DOCUMENTOS FISCAIS


SEÇÃO I - Das Disposições Gerais

Art. 141. Os documentos fiscais e livros das escritas fiscal e comercial são de exibição obrigatória ao
Fisco e devem ser conservados:
I - pelo prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte ao da ocorrência do fato
gerador;
II - pelo mesmo prazo do inciso anterior, contado da data em que se tornar definitiva a decisão que
houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, observado o disposto no inciso
seguinte;
III - até a data da solução definitiva do litígio, sempre que os documentos ou os livros tenham servido
de base para a exigência fiscal impugnada.

SEÇÃO I - Dos Livros e Documentos Fiscais

Art. 142. O sujeito passivo do ISSQN fica obrigado, relativamente a cada um de seus estabelecimentos:
I - emitir documentos fiscais, relativamente aos serviços que prestarem, ainda que beneficiados pela
isenção ou não alcançados pela incidência do ISSQN;
II - manter livros fiscais destinados ao registro das prestações de serviços realizadas, ainda que
beneficiadas pela isenção ou não alcançadas pela incidência do ISSQN.
Parágrafo único. A escritura de livros fiscais não poderá atrasar-se por prazo superior a 10 (dez) dias.

Art. 143. Cada estabelecimento do mesmo contribuinte é considerado autônomo para efeito da
manutenção de livros e documentos fiscais relativos à prestação de serviços por ele efetuada.

Art. 144. Os livros fiscais não poderão ser retirados do estabelecimento sob pretexto algum, a não ser
nos casos expressamente previstos, presumindo-se retirado o livro que não for exibido ao Fisco, quando
solicitado.
§ 1º Os livros e demais documentos fiscais poderão ser retirados para escrituração em escritório de
contabilidade, desde que este esteja devidamente habilitado, através de instrumento de procuração, em
que conste, expressamente, que o titular do escritório poderá representar o contribuinte perante o fisco
municipal, inclusive, recebendo notificação/intimação.
§ 2º Os agentes fiscais arrecadarão, mediante termo, todos os livros fiscais encontrados fora do
estabelecimento e os devolverão ao sujeito passivo, após a lavratura do auto de infração cabível.
§ 3º O titular do escritório de contabilidade deverá informar ao Fisco que está habilitado a representar
o contribuinte, nos termos do parágrafo anterior e ao deixar de representá-lo, a informação deverá ser
prestada com antecedência de no mínimo 10 (dez) dias.

Art. 145. Cabe ao Poder Executivo, mediante regulamento estabelecer os modelos de documentos e
livros fiscais, bem como a forma e os prazos em que os mesmos devam ser emitidos ou escriturados.
§ 1º O regulamento de que trata o caput deste artigo, poderá inclusive, dispor sobre a dispensa ou a
obrigatoriedade de manutenção de determinados livros, tendo em vista a natureza dos serviços ou o ramo
de atividade dos estabelecimentos.
§ 2º Os modelos de documentos fiscais para a escrituração da prestação de serviço devem ser
estabelecidos de forma que contenham campos específicos para a indicação do preço do serviço ou do

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valor utilizado como base de cálculo, do valor do imposto correspondente e do valor total cobrado do
tomador do serviço.
§ 3º Nos documentos fiscais relativos a escrituração da prestação de serviço, o contribuinte ou
estabelecimento deve indicar, separadamente:
I - o preço do serviço ou o valor utilizado como base de cálculo;
II - o valor do imposto correspondente;
III - o valor total cobrado do tomador do serviço.
§ 4º No caso em que o ISSQN deva ser retido e recolhido pelo tomador do serviço, cabe também ao
Poder Executivo estabelecer os modelos de livros, documentos fiscais ou declarações a serem
escriturados ou emitidos no interesse da arrecadação e da fiscalização.
§ 5º Nos documentos fiscais referentes a prestações beneficiadas pela isenção ou não alcançadas
pela incidência, deve ser indicado o dispositivo legal que prevê a exoneração tributária.

Art. 146. Os livros fiscais e comerciais são de exibição obrigatória ao Fisco, devendo ser conservados,
por quem deles tiver feito uso, durante o prazo de 5 (cinco) anos, contados do encerramento.
§ 1º Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais
excludentes ou limitativas do direito de examinar documentos, papéis, arquivos, inclusive magnéticos ou
eletrônicos, livros ou outros documentos e efeitos comerciais ou fiscais, estabelecimentos, depósitos e
dependências, cofres, mercadorias, veículos e demais meios de transportes, dos comerciantes,
industriais ou produtores e dos contribuintes e responsáveis definidos em Lei, e nem os exime da
obrigação de exibi-los ao Fisco quando solicitado, nos termos do que dispõe o art. 195 do Código
Tributário Nacional.
§ 2º Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles
efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das
operações a que se refiram.
§ 3º No caso de recusa, a fiscalização poderá lacrar os móveis ou depósitos, onde possivelmente
estejam os documentos, livros e arquivos, inclusive magnéticos ou eletrônicos, lavrando termo desse
procedimento do qual deixará cópia ao recusante, solicitando de imediato à autoridade administrativa a
que estiver subordinado, providências para que se faça a exibição judicial.

Art. 147. Por ocasião da prestação de serviço deverá ser emitida nota fiscal, com as indicações,
utilização e autenticação determinadas em regulamento.

Art. 148. A impressão de Documentos Fiscais só poderá ser efetuada mediante prévia autorização da
repartição municipal competente, atendidas as normas fixadas em regulamento.
§ 1º Ao contribuinte que estiver irregular com as suas obrigações tributarias, principal e acessória, não
será autorizada a impressão de Nota Fiscal, sendo-Ihe disponibilizada a Nota Fiscal Temporária de que
trata o art. 150 da Lei Complementar 59, de 2 de outubro de 2003. (Parágrafo acrescentado pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
§ 2º Os estabelecimentos gráficos que realizarem impressão de Documentos Fiscais ficam obrigados
a manter livro apropriado para registro das impressões que houver realizado na forma prescrita pelo Poder
Executivo. (NR) (Antigo parágrafo único renomeado e com redação dada pela Lei Complementar nº 108,
de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 149. O regulamento poderá dispensar a emissão de Documentos Fiscais para estabelecimentos
que utilizem sistemas de controle do seu movimento diário baseado em máquinas registradoras que
expeçam cupons numerados seguidamente para cada operação e disponham de totalizadores.
§ 1º A autoridade fiscal poderá estabelecer a exigência de autenticação das fitas e de lacração dos
totalizadores e somadores.
§ 2º O contribuinte deverá possuir, obrigatoriamente, talão de Nota Fiscal de prestação de serviço,
para uso eventual nos impedimentos ocasionais da máquina registradora.

Art. 150. O Poder Executivo pode estabelecer que:


I - em substituição à emissão de documentos fiscais manuscritamente ou por processo mecânico ou
datilográfico, em equipamento que não utilize arquivo magnético ou equivalente, o contribuinte, para a
emissão desses documentos, utilize máquinas ou equipamentos que emitam, sem prejuízo para o
controle e a segurança fiscal, cupons numerados sequencialmente para cada prestação e disponham de
totalizadores;

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II - nos casos em que o estabelecimento, pela natureza de sua atividade, esteja obrigado à emissão
de notas fiscais, nos termos da legislação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS) e admitido na legislação tributária estadual, as prestações de serviços sujeitas ao
ISSQN sejam documentadas mediante a utilização de formulário de nota fiscal a que o estabelecimento
esteja obrigado a emitir em decorrência da sua atividade sujeita ao. ICMS, desde que o referido formulário
contenha campos apropriados para os dados relativos à prestação de serviço;
III - a emissão de documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais sejam realizadas por sistema
eletrônico de processamento de dados;
IV - a escrituração de livros ou a emissão de documentos fiscais, tendo em vista a natureza do serviço
e o ramo de atividade do contribuinte, sejam dispensadas;
V - Em casos especiais e par conveniência da administração, poderá ser concedido as pessoas físicas
ou jurídicas prestadoras de serviços Notas Fiscais Avulsas ou Temporária conforme modelos a serem
definidos em regulamento. (Redação dada ao inciso pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM
Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
§ 1º A Nota Fiscal Avulsa, prevista no inciso V deste artigo, somente será liberada as pessoas físicas
ou empresas não cadastradas e não estabelecidas no município, mediante o recolhimento do ISSQN
incidente sobre a operação tributável; (Antigo parágrafo único renomeado e com redação dada pela Lei
Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
§ 2º A Nota Fiscal Temporária de que trata o inciso V, deste artigo, será concedida ao contribuinte
irregular com sua obrigação principal ou acessória, mediante o recolhimento do ISSQN incidente sobre a
operação tributável. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo
Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)

Art. 151. Os contribuintes do ISSQN e os responsáveis pela sua retenção e recolhimento ficam
obrigados a cumprir todas obrigações acessórias que tenham por objeto prestações positivas ou
negativas previstas na legislação tributária.

Art. 152. Constituem instrumentos auxiliares dos livros e documentos fiscais os livros contábeis em
geral ou quaisquer outros livros ou documentos exigidos pelos Poderes Públicos, bem como outros
papéis, ainda que pertençam a terceiros.

Art. 153. Sem prejuízo do arbitramento do montante tributável e da imposição de multa, sempre que
houver o extravio de documentos fiscais, deve o contribuinte comunicar o fato à repartição fiscal, juntando
comprovante de publicação da ocorrência no órgão da imprensa oficial ou em jornal de grande circulação
no Município.

Art. 154. Considera-se documento fiscal inidôneo, para os efeitos desta Lei, sem prejuízo de outras
hipóteses, aquele que:
I - não seja o exigido para documentar a prestação dos serviços;
II - embora revestido das formalidades legais, tenha sido utilizado para fraude comprovada;
III - contenha declarações inexatas, esteja preenchido de forma ilegível ou apresente emendas ou
rasuras que lhe prejudiquem a clareza;
IV - não guarde as exigências ou requisitos previstos nesta Lei ou nas normas que a complementam;
V - tenha sido emitido após o cancelamento da inscrição municipal.

Art. 155. A autoridade competente, atendendo às peculiaridades da atividade exercida pelo contribuinte
e aos interesses da Fazenda Municipal, pode autorizar:
I - a adoção de modelos especiais de livros e documentos fiscais;
II - a emissão, em regime especial, de Nota Fiscal de Serviços;
III - a escrituração, em regime especial, dos livros fiscais;
IV - a dispensa da escrituração de livros e notas fiscais.

Art. 156. Os contabilistas respondem solidariamente com os contribuintes, pelo descumprimento de


obrigação tributária decorrente de qualquer falsidade de documentos que assinarem ou de irregularidades
de escrituração que praticarem, com a finalidade de fraudar a Fazenda Pública Municipal.

TÍTULO III - DAS INFRAÇÕES, DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA E DAS PENALIDADES

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CAPÍTULO I - DAS INFRAÇÕES

Art. 157. Constitui infração toda ação ou omissão voluntária ou involuntária, que importe na
inobservância, por parte de pessoa física ou jurídica, de norma estabelecida nesta Lei ou nos atos
administrativos de caráter normativo destinados a complementá-la.
§ 1º Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, todos os que, de qualquer forma, concorram
para sua prática ou dela se beneficiem.
§ 2º Salvo disposição em contrário, a responsabilidade por infração independe da intenção do agente
ou do responsável e da efetividade, natureza ou extensão dos efeitos do ato, nos termos do que dispõe
o art. 136 do Código Tributário Nacional.

Art. 158. As infrações ou penalidades decorrentes da não-observância de dispositivos da legislação


tributária devem ser interpretadas de maneira mais favorável ao infrator, em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão de seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável ou à sua graduação.

CAPÍTULO II - DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Art. 159. A responsabilidade por infração a legislação tributária, é excluída pela denúncia espontânea
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido atualizado, dos juros de mora, ou do
cumprimento integral da obrigação acessória.
Parágrafo único. Não será cominada penalidade ao sujeito passivo que antes de qualquer
procedimento fiscal, sanar irregularidades decorrentes de obrigação tributária de natureza principal ou
acessória.

Art. 160. A denúncia espontânea deve ser feita observando-se os procedimentos previstos na lei que
dispõe sobre os processos e procedimentos administrativos fiscais.

Art. 161. Exclui a espontaneidade da iniciativa do infrator:


I - a ciência de termo de início do procedimento de auditoria fiscal; (Redação dada ao inciso pela Lei
Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
II - a apreensão, mediante termo próprio, de documentes ou livros, ou a intimação, por escrito, para a
sua apresentação;
III - a apresentação de documentos ou informações, somente após a adoção, pelo Fisco, de medidas
coercitivas tendentes a frustrar a evasão fiscal.
§ 1º O início do procedimento fiscal alcança todos aqueles que estejam envolvidos nas infrações
apuradas pela ação fiscal.
§ 2º Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início do procedimento de auditoria
fiscal. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)

CAPÍTULO III - DAS PENALIDADES


SEÇÃO I - Disposições Gerais

Art. 162. Sem prejuízo das disposições relativas a infrações e penalidades constantes de outras leis,
os infratores devem ser punidos com as seguintes penas:
I - multas;
II - proibição de transacionar com as repartições municipais;
III - sujeição a regimes especiais de controle e fiscalização;
IV - suspensão ou cancelamento de isenção de tributo.

Art. 163. A aplicação da penalidade de qualquer natureza, de caráter civil, criminal ou administrativo e
o seu cumprimento, em caso algum dispensa o pagamento do tributo devido, da atualização monetária,
dos juros de mora e das multas devidas.

Art. 164. O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes da
infração, nem do cumprimento das exigências legais e regulamentares que a tiverem determinado.

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Art. 165. Não se deve proceder contra servidor e contribuinte que tenham agido ou pago tributo de
acordo com a interpretação fiscal constante em decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que
posteriormente tenha sido modificada a interpretarão.

Art. 166. A omissão do pagamento de tributo e a fraude fiscal serão apuradas mediante representação,
notificação fiscal ou auto de infração, nos termos da lei.
§ 1º Dar-se-á por comprovada a fraude fiscal, quando o contribuinte não dispuser de elementos
convincentes, em razão dos quais se possa admitir a involuntária omissão do pagamento.
§ 2º Em qualquer caso, considerar-se-á como fraude a reincidência na omissão de que trata este artigo.

Art. 167. A co-autoria e a cumplicidade nas infrações ou tentativa de infração aos dispositivos desta
Lei Complementar, implicam os que praticarem em responderem solidariamente com os autores pelo
pagamento do tributo devido, ficando sujeitos às mesmas penas fiscais impostas a este.

Art. 168. Apurada a responsabilidade de diversas pessoas, não vinculadas por co-autoria ou
cumplicidade, impor-se-á a cada uma delas a pena relativa à infração que houver cometido.

Art. 169. O contribuinte que repetidamente incidir em infração a esta Lei pode ser submetido a regime
especial de controle e fiscalização, observado o disposto no art. 173.

Seção I - Das Multas

Art. 170. Todas as multas estipuladas nesta Lei Complementar serão obrigatoriamente arrecadadas
com o Tributo, se este for devido.
§ 1º O ISSQN não pago ou pago a menor na data do seu vencimento, fica sujeito à:
I - multa de mora, no caso de imposto confessado nos termos da alínea "a" do inciso I e do inciso II do
art. 97, desta Lei Complementar, apurada mediante notificação de lançamento;
II - multa apurada mediante auditoria fiscal; (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143,
de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 2º A multa de mora será aplicada no percentual de 0,33% (trinta e três décimos percentuais) ao dia
até o limite máximo de 10% (dez por cento) sobre o valor do imposto devido nos termos do inciso I do
parágrafo anterior, a partir do primeiro dia subsequente ao seu vencimento. (NR) (Parágrafo acrescentado
pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)

Art. 171. As infrações cometidas contra as normas tributárias relativas ao Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISSQN, previstas nesta Lei Complementar, quando não estabelecidas em Capítulo
próprio e quando apuradas em procedimento pelo auditor fiscal, sujeitam o infrator às seguintes
penalidades: (Redação dada ao caput pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo
Grande de 30.11.2009)
I - Infrações relacionadas com o recolhimento do imposto:
a) multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto devido e não pago, ou pago a menor, pelo
prestador do serviço ou responsável, no prazo regulamentar;
b) multa de 200% (duzentos por cento) do valor do imposto aos que não recolherem ou recolherem a
menor o imposto retido do prestador de serviços, no prazo regulamentar;
II - Infrações relacionadas com a inscrição e alterações cadastrais:
a) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que, iniciarem suas atividades sem se
inscreverem no Cadastro de Atividades Econômicas deste Município;
b) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que deixarem de proceder a alteração de
dados cadastrais, paralisação ou encerramento de suas atividades, no prazo de 15 (quinze) dias após a
ocorrência do fato;
c) multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) aos que, convocados pela Administração para
promover o recadastramento ou para prestar qualquer declaração ou informação, deixarem de atender a
exigência no prazo determinado.
III - Infrações relacionadas com os documentos fiscais:
a) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), por mês ou fração de mês, aos que utilizarem
livros fiscais sem a devida autenticação ou em desacordo com as normas regulamentares;
b) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de escriturar os livros fiscais
no prazo de 10 (dez) dias;

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c) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), por nota fiscal ou livro, aos que escriturarem
livros fiscais ou emitirem notas fiscais, por sistema mecanizado ou de processamento de dados, sem
prévia autorização;
d) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que, após a confecção das notas fiscais
autorizadas, deixarem de retornar ao órgão fiscal competente para que se proceda a sua conferência e
liberação para uso;
e) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de fazer, no prazo de 15
(quinze) dias, contados da data da ocorrência do fato, a necessária comunicação ao órgão fiscal
competente da inutilização ou extravio de livros e notas fiscais, por livro ou nota fiscal;
f) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que, estando inscritos e obrigados à
escrituração de documentos fiscais, funcionarem sem possuir quaisquer dos livros ou notas fiscais
previstos na legislação, inclusive para filiais, depósitos ou outros estabelecimentos dependentes, por mês
ou fração de mês;
g) multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) quando os documentos fiscais não forem encontrados na
empresa ou se encontrarem em local não habilitado para retê-los;
h) multa de 200% (duzentos por cento) do imposto incidente, aos que utilizarem notas fiscais em
desacordo com as normas regulamentares ou após decorrido o prazo regulamentar de utilização;
i) multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), aos que imprimirem, para si ou para terceiros, documento
fiscal de serviços sem prévia autorização, sem prejuízo da ação penal cabível;
j) multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), aos que utilizarem um ou mais documento fiscal sem prévia
autorização, ou com numeração e/ou série em duplicidade;
k) multa equivalente a 200% (duzentos por cento) do valor do imposto devido aos que, em proveito
próprio ou de terceiros, se utilizarem de um ou mais documento falso ou contendo informação falsa, para
produção de qualquer efeito fiscal, sem prejuízo da ação penal cabível;
l) multa equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto incidente aos que receberem
notas fiscais com data de validade vencida;
m) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais) aos que emitirem nota fiscal de serviço de série
diversa da prevista para a operação, por cada documento;
n) multa de R$ 175,00 (cento e setenta e cinco reais), aos que deixarem de emitir a nota fiscal de
serviço correspondente à natureza da prestação de serviço realizada, por cada nota, ainda que isenta ou
não tributada, independentemente de ter efetuado o pagamento do imposto;
o) Multa equivalente a 200% (duzentos por cento) sobre o valor do imposto incidente sobre as notas
fiscais, emitidas ou recebidas, omitidas ou declaradas com informações incorretas na Declaração Mensal
de Serviços, respeitado o valor mínimo de R$ 250,10 (duzentos e cinquenta reais e dez centavos).
(Redação dada à alínea pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de
30.11.2009)
p) multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês que deixar de efetuar a entrega das informações
previstas no artigo 121, desta Lei Complementar; (Redação da alínea dada pela Lei Complementar Nº
305 DE 03/10/2017).
q) Multa de 100% (cem por cento) sobre o valor do imposto, aos que deixarem de exigir, após a
conclusão da obra, Certidão de Quitação dos Débitos - CQD, referente a contratação de serviços de
construção civil, elétrica, hidráulica e de engenharia consultiva, quando se tratar de empreitada global
envolvendo material e mão de obra. (Alínea acrescentada pela Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007,
DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de 01.01.2008)
r) Multa de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), aos que não exigirem do prestador de serviço a
devida inscrição no Cadastro Temporário de que trata esta Lei Complementar. (Alínea acrescentada pela
Lei Complementar nº 108, de 21.12.2007, DOM Campo Grande de 26.12.2007, com efeitos a partir de
01.01.2008)
s) multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) aos que deixarem de afixar, em local visível, a placa com
informação de obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal de Serviços. (Alínea acrescentada pela Lei
Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
IV - Infrações relacionadas com a responsabilidade tributária:
a) multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto incidente, às pessoas jurídicas elencadas
como Responsável Tributário pela não retenção do imposto do prestador de serviço, independentemente
do recolhimento do imposto pelo contribuinte.
V - Infrações relacionadas com a ação fiscal:
a) multa pelo não atendimento de intimação para apresentação de documentos fiscais, contábeis e
comerciais, dentro do prazo concedido pela autoridade fiscal:
1. na primeira intimação: R$ 500,00 (quinhentos reais);

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2. na segunda intimação e nas demais: R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais).
b) multa de R$ 1.000,00 (mil reais) aos que embaraçarem, ilidirem ou impedirem de qualquer forma a
ação fiscal, ou ainda, sonegarem documentos para a apuração do preço dos serviços ou da fixação da
estimativa.
VI - Infrações para as quais não haja penalidade específica prevista neste Código: multa de R$ 350,00
(trezentos e cinquenta reais).
§ 1º A multa prevista no inciso I, alínea "a" deste artigo terá a seguinte redução:
I - 80% (oitenta por cento) da multa por infração se o pagamento for efetuado à vista no prazo de até
cinco dias da ciência do Auto de Infração;
II - 60% (sessenta por cento) da multa por infração se o pagamento for efetuado à vista no prazo de
quinze dias da ciência do Auto de Infração; (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de
27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 2º No caso de reincidência de infração, o contribuinte será submetido a regime especial de
fiscalização previsto no art. 86 desta Lei Complementar. (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar
nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de 30.11.2009)
§ 3º Caracteriza-se a reincidência pela violação da mesma norma tributária, pelo mesmo infrator,
dentro do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data em que se considerar definitivo o lançamento anterior.
(NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei Complementar nº 143, de 27.11.2009, DOM Campo Grande de
30.11.2009)

SEÇÃO II - Da Proibição de Transacionar com as Repartições Municipais

Art. 172. Os contribuintes que estiverem em débito com a Fazenda Pública, relativo ao pagamento de
tributos, juros de mora, multas, e demais acréscimos legais, inscritos ou não em dívida ativa, enquanto
não quitar ou regularizar sua situação com a Fazenda Municipal, não poderão receber quaisquer quantias
ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de concorrência, convite ou tomada de preços,
celebrar contratos, ou termos de qualquer espécie ou ainda, transacionar, a qualquer título, com a
administração do Município.

SEÇÃO III - Da Sujeição ao Regime Especial Controle e Fiscalização

Art. 173. O contribuinte que houver cometido infração punida às disposições deste Código e em outras
leis e regulamentos municipais, poderá ser submetido a regime especial de fiscalização.
Parágrafo único. O regime especial de fiscalização de que trata este artigo será definido em
regulamento.

SEÇÃO IV - Da Suspensão ou Cancelamento de Isenções

Art. 174. Todas as pessoas físicas ou jurídicas que, gozando de isenção de tributos municipais,
infringirem disposições deste Código, ficarão privadas, por um ano, desse benefício e, no caso de
reincidência, dele privado definitivamente.
Parágrafo único. As penas previstas neste artigo serão aplicadas em face de representação nesse
sentido, devidamente comprovada, feita em processo próprio, depois de aberta defesa ao interessado,
nos prazos legais.

TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 175. Na instituição, cobrança e arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza -
ISSQN, previstas nesta Lei Complementar, aplicam-se, complementarmente, as normas gerais de direito
tributário previstas no Código Tributário Nacional e a Lei nº 1.466, de 23 de outubro de 1973, Código
Tributário Municipal.

Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:

Art. 175-A - Não caberá lançamento de multa por infração de ofício na constituição do crédito tributário
destinada a prevenir a decadência, relativo a tributos de competência do Município de Campo Grande,
cuja exigibilidade houver sido suspensa na forma do inciso IV do art. 151, da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966.

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§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, aos casos em que a suspensão da exigibilidade
do débito tenha ocorrido antes do início de qualquer procedimento de ofício a ele relativo.
§ 2º A não-incidência da multa por infração de ofício nos casos de interposição de ação judicial
favorecida com os provimentos liminares referidos no caput deste artigo, bem como nos casos de
depósitos do montante integral do imposto, somente interrompe a incidência da multa de mora, desde a
concessão da tutela de emergência ou do deferimento do depósito, até 30 (trinta) dias contados da
publicação do trânsito em julgado da decisão que considerar devido o imposto na forma pretendida pela
Fazenda Municipal.
§ 3º O lançamento fiscal procedido nos termos deste artigo ficará sujeito ao regime disciplinado nesta
Lei Complementar, aplicando a alíquota correspondente constante do Anexo I da Lei Complementar n 59,
de 3 de Outubro de 2003 sobre faturamento econômico da sociedade, que é o preço do serviço

Art. 176. Fica autorizado o Prefeito a atualizar a lista de serviços a que se refere o artigo anterior
sempre que a mesma seja alterada por parte da legislação federal pertinente.

Art. 177. Os valores contidos nesta Lei Complementar serão atualizados de acordo com os critérios
estabelecidos na Lei nº 3.829, de 14 de dezembro de 2000.

Art. 178. O Poder Executivo, através da Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças pode
celebrar convênios com estabelecimentos bancários e financeiros visando facilitar o pagamento de
tributos através de agências situadas no território do Município ou fora dele.

Art. 179. Para manutenção dos serviços de arrecadação, fiscalização, registro, controle relativos aos
tributos de sua competência ou em relação aos quais tenha participação, o Município pode celebrar
convênios com o Estado, se assim interessar às duas partes.

Art. 180. Ficam incorporadas de imediato à legislação tributária municipal todas e quaisquer normas
gerais de direito tributário que venham a ser editadas.

Art. 181. Os prazos marcados nesta Lei e no seu Regulamento contam-se em dias corridos, excluindo-
se o dia de início e incluindo-se o de vencimento.
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam e vencem em dia de expediente normal.

Art. 182. O disposto no art. 20 da Lei Complementar nº 47, de 7 de junho de 2002, que convalidou as
normas contidas no Decreto nº 7.457, de 23 de maio de 1997 com as alterações contidas no Decreto nº
7.631, de 6 de abril de 1998, permanece vigente para todos os efeitos legais.

Art. 183. A atualização monetária e o cálculo do juro, do início de sua incidência até a data da vigência
desta Lei, relativamente aos débitos cujos fatos geradores tenham ocorrido anteriormente à referida
vigência, devem ser efetuados mediante a observância das regras então vigentes.

Art. 184. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário, especialmente os arts. 155 a 158, 160 a 190, da Lei nº 1.466, de 26 de outubro
de 1973 e Legislações Suplementares, o art. 1º da Lei Complementar nº 9, de 29 de maio de 1996, com
a nova redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 11, de 16 de maio de 1997, arts. 9º, 11, 13 a
17, da Lei Complementar nº 47, de 7 de junho de 2002, Lei Complementar nº 49, de 12 de dezembro de
2002.

CAMPO GRANDE/MS, 2 DE OUTUBRO DE 2003.

ANDRÉ PUCCINELLI

Prefeito Municipal

(Redação do anexo dada pela Lei Complementar Nº 108 DE 21/12/2007):

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ANEXO I

Lista de Serviço anexa a Lei Complementar

1. Serviços de informática e congêneres.


1.01. Analise e desenvolvimento de sistemas.
1.02. Programação.
1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas
eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres. (Redação dada
pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos, independentemente
da arquitetura construtiva da máquina em que o programa será executado, incluindo tablets, smartphones
e congêneres. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
1.05. Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação.
1.06. Assessoria e consultoria em informática.
1.07.0. Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas
de computação e bancos de dados.
1.08. Planejamento, confecção, manutenção e atualização de paginas eletrônicas.
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio
da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos
pelas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei Federal nº 12.485, de 12 de
setembro de 2011, sujeita ao ICMS). (Acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).

2. Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.


2.01. Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.

3. Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.


3.01. Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.
3.02. Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras
esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e
congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.
3.03. Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado
ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.
3.04. Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de usa temporário.

4. Serviços de saúde, assistência medica e congêneres.


4.01. Medicina e biomedicina.
4.02. Análises clínicas, patologia, eletricidade medica, radioterapia, quimioterapia, ultra-sonografia,
ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres.
4.03. Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros,
ambulatórios e congêneres.
4.04. Instrumentação cirúrgica.
4.05. Acupuntura.
4.06. Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.
4.07. Serviços farmacêuticos.
4.08. Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.
4.09. Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental.
4.10. Nutrição.
4.11. Obstetrícia.
4.12. Odontologia.
4.13. Ortóptica.
4.14. Próteses sob encomenda.
4.15. Psicanálise.
4.16. Psicologia.
4.17. Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres.
4.18. Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
4.19. Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres.
4.20. Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie.
4.21. Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres.

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4.22. Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência medica,
hospitalar, odontológica e congêneres.
4.23. Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados,
credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do rio.

5. Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.


5.01. Medicina veterinária e zootecnia.
5.02. Hospitais, clinicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na área veterinária.
5.03. Laboratórios de análise na área veterinária.
5.04. Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.
5.05 Bancos de sangue e de órgãos e congêneres.
5.06. Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie.
5.07. Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres.
5.08. Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e congêneres.
5.09. Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

6. Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres.


6.01. Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres.
6.02. Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.
6.03. Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres.
6.04. Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas.
6.05. Centros de emagrecimento, spa e congêneres.
6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres. (Acrescentado pela Lei Complementar Nº 305
DE 03/10/2017).

7. Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção,


limpeza, melo ambiente, saneamento e congêneres.
7.01. Engenharia, agronomia, agrimensura. arquitetura, geologia, urbanismo. paisagismo e
congêneres.
7.02. Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,
hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços,
escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo
prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.03. Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros,
relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos
executivos para trabalhos de engenharia.
7.04. Demolição.
7.05. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, partos e congêneres (exceto
o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos
serviços, que fica sujeito ao ICMS).
7.06. Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede,
vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço.
7.07. Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres.
7.08. Calafetação.
7.09. Varrição, coleta, remoção. incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de
lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.
7.10. Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,
piscinas, parques, jardins e congêneres.
7.11. Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de arvores.
7.12. Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos.
7.13. Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização
e congêneres.
7.14 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem,
colheita, corte e descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e dos serviços congêneres
indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas, para quaisquer fins e por quaisquer
meios. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
7.15. Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.

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7.16. Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baias, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres.
7.17. Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo.
7.18. Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos
topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres.
7.19. Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem,
pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás
natural e de outros recursos minerais
7.20. Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.

8. Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e


avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.
8.01. Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior.
8.02. Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional; avaliação de conhecimentos de
qualquer natureza.

9. Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.


9.01. Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-hotéis,
hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres;
ocupação por temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído
no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).
9.02. Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo,
passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres.
9.03. Guias de turismo.

10. Serviços de intermediação e congêneres.


10.01. Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de
planos de saúde e de planos de previdência privada.
10.02. Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos
quaisquer.
10.03. Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou
literária.
10.04. Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing),
de franquia (franchising) e de faturização (factoring).
10.05. Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens moveis ou imóveis, não abrangidos em
outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por
quaisquer meios.
10.06. Agenciamento marítimo.
10.07. Agenciamento de noticias.
10.08. Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por
quaisquer meios.
10.09. Representação de qualquer natureza, inclusive comercial.
10.10. Distribuição de bens de terceiros.

11. Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres.


11.01. Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações.
11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens, pessoas e semoventes. (Redação dada pela
Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
11.03. Escolta, inclusive de veículos e cargas.
11.04. Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie.

12. Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.


12.01. Espetáculos teatrais.
12.02. Exibições cinematográficas.
12.03. Espetáculos circenses.
12.04. Programas de auditório.
12.05. Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.
12.06. Boates, taxi-dancing e congêneres.
12.07. Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.

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12.08. Feiras, exposições, congressos e congêneres.
12.09. Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.
12.10. Corridas e competições de animais.
12.11. Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do
espectador.
12.12. Execução de musica.
12.13. Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevistas, shows,
ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.
12.14. Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão par qualquer
processo.
12.15. Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.
12.16. Exibição de filmes, entrevistas, musicais. espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas,
competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres.
12.17. Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza.

13. Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia.


13.01. Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres.
13.02. Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução, trucagem e
congêneres.
13.03. Reprografia, microfilmagem e digitalização
13.04 - Composição gráfica, inclusive confecção de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria,
zincografia, litografia e fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de comercialização ou
industrialização, ainda que incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de
posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais
técnicos e de instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 305
DE 03/10/2017).

14. Serviços relativos a bens de terceiros.


14.01. Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem,
manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de
qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
14.02. Assistência técnica.
14.03. Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao
ICMS).
14.04. Recauchutagem ou regeneração de pneus.
14.05 - Restauração, recondicionamento, acondiciona-mento, pintura, beneficiamento, lavagem,
secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, plastificação, costura, acabamento,
polimento e congêneres de objetos quaisquer. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 305 DE
03/10/2017).
14.06. Instalação e montagem de aparelhos, maquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial,
prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.
14.07. Colocação de molduras e congêneres.
14.08. Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres.
14.09. Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento.
14.10. Tinturaria e lavanderia.
14.11. Tapeçaria e reforma de estofamentos em gera!.
14.12. Funilaria e lanternagem.
14.13. Carpintaria e serralheria.
14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e içamento. (Acrescentado pela Lei Complementar Nº 305
DE 03/10/2017).

15. Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, Inclusive aqueles prestados por instituições
financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.
15.01. Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres,
de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.
15.02. Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e
caderneta de poupança, no País e no exterior, bem coma a manutenção das referidas contas ativas e
inativas.

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15.03. Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de
atendimento e de bens e equipamentos em geral.
15.04. Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de
capacidade financeira e congêneres.
15.05. Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou
exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos CCF ou em quaisquer outros bancos
cadastrais.
15.06. Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono
de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agencia ou com a
administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento
fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia.
15.07. Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou
processo, inclusive por telefone, facsímile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive
vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e
demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo.
15.08. Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de
crédito; estudo, analise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou
contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para
quaisquer fins.
15.09. Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações,
substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados
ao arrendamento mercantil (leasing).
15.10. Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos
quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados
por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança,
recebimento ou pagamento; emissão de carnes, fichas de compensação, impressos e documentos em
geral.
15.11. Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos,
reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados.
15.12. Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários.
15.13. Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação,
cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de credito; cobrança
ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento,
transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de credito de importação, exportação e
garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio.
15.14. Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de
crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.
15.15. Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a dep6sito, inclusive
depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais
eletrônicos e de atendimento.
15.16. Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de pagamento,
ordens de credito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados a transferência de
valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.
15.17. Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer,
avulso ou por talão.
15.18. Serviços relacionados a credito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, analise
técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e
reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário.

16. Serviços de transporte de natureza municipal.


16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de
passageiros. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
16.02 - Outros serviços de transporte de natureza municipal. (Acrescentado pela Lei Complementar Nº
305 DE 03/10/2017).

17. Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres.


17.01. Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista; analise,
exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza,
inclusive cadastro e similares.

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17.02. Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação,
edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres.
17.03. Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa.
17.04. Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra.
17.05. Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou
trabalhadores, avulsos ou porários, contratados pelo prestador de serviço.
17.06. Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou
sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.
17.07. Franquia (franchising).
17.08. Perícias, laudos, exames técnicos e analises técnicas.
17.09. Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres.
17.10. Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que
fica sujeito ao ICMS).
17.11. Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.
17.12. Leilão e congêneres.
17.13. Advocacia.
17.14. Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica.
17.15. Auditoria.
17.16. Analise de Organização e Métodos.
17.17. Atuaria e cálculos técnicos de qualquer natureza.
17.18. Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.
17.19. Consultoria e assessoria econômica ou financeira.
17.20. Estatística.
17.21. Cobrança em geral.
17.22. Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro, seleção, gerenciamento de
informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de
faturização (factoring).
17.23. Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres.
17.24 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer
meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de
sons e imagens de recepção livre e gratuita). (Acrescentado pela Lei Complementar Nº 305 DE
03/10/2017).

18. Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; Inspeção e avaliação de


riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.
18.01. Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de
riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerencia de riscos seguráveis e congêneres.

19. Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules
ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e
congêneres.
19.01. Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules
ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e
congêneres.

20. Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e


metroviários.
20.01. Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque
de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia,
armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de
apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferencia, logística e
congêneres.
20.02. Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem
de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços
acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres.
20.03. Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros,
mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres.

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21. Serviços de registros públicos, cartórios e notariais.
21.01. Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

22. Serviços de exploração de rodovia.


22.01. Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários,
envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de
capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços
definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

23. Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.


23.01. Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

24. Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e
congêneres.
24.01. Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e
congêneres.

25. Serviços funerários.


25.01. Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela; transporte do
corpo cadavérico; fornecimento de flores, comas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito;
fornecimento de véu, essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou
restauração de cadáveres.
25.02 - Translado intramunicipal e cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos. (Redação
dada pela Lei Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).
25.02. Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos.
25.03. Planos ou convênio funerários.
25.04. Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.
25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para sepultamento. (Acrescentado pela Lei
Complementar Nº 305 DE 03/10/2017).

26. Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou


valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.
26.01. Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou
valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.

27. Serviços de assistência social.


27.01. Serviços de assistência social.

28. Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.


28.01. Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

29. Serviços da biblioteconomia.


29.01. Serviços de biblioteconomia.

30. Serviços de biologia, biotecnologia e química.


30.01. Serviços de biologia. biotecnologia e química.

31. Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e


congêneres.
31.01. Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica. telecomunicações e
congêneres.

32. Serviços de desenhos técnicos.


32.01. Serviços de desenhos técnicos.

33. Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres.


33.01. Serviços de desembaraço aduaneiro. comissários, despachantes e congêneres.

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34. Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.
34.01 - Serviços de investigações particulares. detetives e congêneres.

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.


35.01. Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

36. Serviços de meteorologia.


36.01 - Serviços de meteorologia.

37. Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.


37.01. Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38. Serviços de museologia.


38.01. Serviços de museologia.

39. Serviços de ourivesaria e lapidação.


39.01. Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço).

40. Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.


40.01. Obras de arte sob encomenda.

ANEXO II
(Redação dada pela Lei Complementar Nº 274 DE 12/02/2016):

TABELA I

TABELA II

VALOR DA MÃO-DE-OBRA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL, SEGUNDO TIPO E CATEGORIA DA


EDIFICAÇÃO, EXPRESSO EM REAL

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3. Apuração Lançamento e Arrecadação ISSQN Cartórios, Registradores e
similares / Lei Complementar nº 126/08

Lei Complementar nº 126 de 09/12/20083

Estabelece normas regulamentadoras para apuração, lançamento e arrecadação de Impostos Sobre


Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, devidos pelos serviços prestados pelos registradores, escrivães,
tabeliães, notários ou similares, altera a redação do art. 66, da Lei Complementar nº 59/2003, modificado
pela Lei Complementar nº 108/2007 e dá outras providências.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, NELSON TRAD FILHO, Prefeito Municipal de
Campo Grande/MS, sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, devido na prestação de serviços de
registradores, escrivães, tabeliães, notários ou similares, será calculado tomando como base o valor dos
serviços prestados relativos aos atos notariais e de registros praticados.
§ 1º A base de cálculo compreende os valores recebidos de encargos ou similares dos serviços
prestados pelos registradores, escrivães, tabeliães, notários ou similares, aos usuários do serviço,
deduzindo-se os valores destinados ao estado ou outras entidades públicas por força de lei.
§ 2º Incluem-se na base de cálculo os valores devidos pelos usuários por serviços adicionados, tais
como reprografia, encadernação, digitalização, entre outros, quando prestados conjuntamente com os
serviços previstos no caput deste artigo.
§ 3º Incorporam-se à base de cálculo do imposto, os valores recebidos pela compensação de atos
gratuitos ou de complementação de receita mínima de serventia.

Art. 2º O montante do imposto apurado nos termos do artigo anterior não integra a base de cálculo,
devendo ser acrescido ao valor do preço do serviço.
§ 1º Os registradores, escrivães, tabeliães, notários ou similares deverão destacar, na respectiva nota
de emolumentos dos serviços prestados, o valor relativo ao imposto devido, calculado sobre o total dos
emolumentos de que trata os §§ 1º e 2º do artigo anterior, acrescido deste.
§ 2º O valor do imposto destacado na forma do parágrafo anterior não integra o preço do serviço.

Art. 3º Ficam obrigados os contribuintes e responsáveis pelo pagamento do imposto a:


I - manter livro caixa com escrituração regular e atualizada;
II - emitir documento eletrônico fiscal, cupom fiscal ou equivalente, de modo a permitir o controle
atualizado;
III - livro de apuração do imposto ou declaração eletrônica da apuração do imposto.
Parágrafo único. O descumprimento das obrigações previstas no caput importará no pagamento de
multa calculada no montante equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto não recolhido,
bem como representação fiscal para fins penais.

Art. 4º Altera a redação do art. 3º acrescentando os incisos l, II, III e os §§ 1º, 2º e 3º, da Lei
Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003, que passam a vigorar com a seguinte redação:

3
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=173523. Acesso em 25.03.2019 às 10hr03min

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"Art. 3º O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza incide inclusive:
I - os serviços prestados mediante utilização de bens públicos e os serviços públicos explorados
economicamente, mediante autorização, permissão ou concessão, com pagamento de tarifas, preços ou
pedágio pelo usuário final do serviço;
II - os serviços públicos delegados, exercidos em caráter privado e remunerado por preço, tarifas ou
emolumentos;
III - os serviços provenientes do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do
País;
IV - os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja
feito por residente no exterior.
§ 1º Os serviços referidos no inciso III independem dos objetivos visados quando de sua contratação
vierem a se concretizar.
§ 2º Os serviços referidos no inciso IV são aqueles cuja expectativa de utilidade ocorra, no todo ou em
parte, no território nacional.
§ 3º Ocorrendo a prestação, por pessoa física ou jurídica, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço
de qualquer natureza não compreendido no art. 155, II, da Constituição Federal, definidos na lista de
serviço, nasce à obrigação fiscal para o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza,
independentemente:
I - da validade, da invalidade, da nulidade, anulabilidade, da anulação do ato, efetivamente praticado;
II - da legalidade, da ilegalidade, da moralidade, da imoralidade, da licitude e da ilicitude da natureza
do objeto do ato jurídico ou malogro de seus efeitos." (NR)

Art. 5º Altera os incisos I ao V, do art. 6º da Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003, que
passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 6º A incidência do Imposto Sobre Qualquer Natureza - lSSQN, independe:

I - de constar expressamente elencada na Lista de Serviço, todas as espécies de serviços a serem


prestados, bastando que nela conste os gêneros, do qual permite extrair e desdobrar todas as espécies
relacionadas com os serviços descritos nos subitens da lista de serviços, que dada a sua natureza
apresentam traços comuns pertencentes a uma das classes, categorias ou gêneros nela previsto;
II - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, relativas às
atividades, sem prejuízo das cominações cabíveis;
III - da existência de estabelecimento fixo, em caráter permanente ou eventual;
IV - do resultado financeiro obtido;
V - da denominação ou do nome dado ao serviço prestado.
Parágrafo único. Para efeito de enquadramento na lista de serviço, quando diversos serviços
concorrerem para a execução de um principal, o objeto da contratação, todos serão considerados como
parte integrante deste." (NR)

Art. 6º Altera a redação do art. 7º, da Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003, acrescentando
os incisos I e II, que passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 7º Para fins de enquadramento na Lista de Serviços, de que trata o artigo anterior desta Lei
Complementar:
I - considera-se a natureza do serviço prestado, sendo irrelevante o nome dado pelo contribuinte
prestador;
II - considera-se a essência do serviço prestado, ainda que o nome dado ao serviço não esteja previsto
expressamente na lista de serviço." (NR)

Art. 7º Altera a redação do art. 66, da Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro da 2003, modificada
pela Lei Complementar nº 108, de 21 de dezembro de 2007, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 66. Nos casos de serviços prestados por empresas de propaganda e publicidade, as despesas
com produção externa e veículos de divulgação devidamente comprovadas em nome do cliente e aos
cuidados da agência, devem ser excluídas da base de cálculo do ISSQN.
§ 1º Na hipótese de que trata o parágrafo anterior, a base de cálculo corresponderá:

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I - o preço dos serviços próprios de concepção, redação, produção, planejamento de campanha ou
sistema de publicidade, elaboração de desenho e textos e demais trabalhos publicitários e sua divulgação
por qualquer meio;
II - o valor das comissões ou dos honorários relativos à veiculação em geral, realizados em nome dos
clientes aos cuidados da agência;
III - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre o preço dos serviços relacionados no
inciso I deste artigo, quando executado por terceiros, realizados em nome dos clientes aos cuidados da
agência;
IV - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre a aquisição de bens ou contratação de
serviços, realizados em nome dos clientes aos cuidados da agência;
V - o preço dos serviços próprios de pesquisa de mercado, promoção de vendas, relações públicas,
comunicação social e outros ligados às suas atividades;
VI - o valor das comissões ou dos honorários cobrados sobre reembolso de despesas decorrentes de
pesquisas de mercado, promoção de vendas, relações públicas, viagens, estadas, representação e outros
dispêndios realizados em nome dos clientes aos cuidados da agência.
§ 2º Os valores relativos aos serviços de terceiros realizados por empresas inscritas ou não no
Município poderão ser deduzidos da base de cálculo, quando contratados pela agência, relativamente à
conta de cada cliente, desde que devidamente identificado.
§ 3º As empresas de que trata este artigo ficarão responsáveis solidárias pela declaração, pela
retenção na fonte, e pelo pagamento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN devido
pelos serviços contratados em nome do cliente e sob sua responsabilidade, devendo o pagamento do
imposto devido ser efetuado quando do recebimento dos serviços do contratante." (NR)

Art. 8º Altera o art. 172, da Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003, que passa a vigorar com
a seguinte redação:

"Art. 172. Os contribuintes que estiverem em débito com a Fazenda Pública Municipal, relativo ao
pagamento de tributos, juros de mora, multas, e demais acréscimos legais, inscritos ou não em dívida
ativa, enquanto não quitar ou regularizar sua situação com a Fazenda Pública Municipal, não poderão:
I - receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura;
II - participar de licitação pública de qualquer modalidade, concorrência, carta convite ou tomada de
preços, celebrarem convênios, contratos, ou termos de qualquer espécie ou transacionar, a qualquer
título, com órgão da Administração Pública Direta e Indireta do Município;
III - usufruir qualquer benefício fiscal;
IV - protocolar e retirar quaisquer documentos de seu interesse, tais como:
a) de aprovação de projetos arquitetônicos, de loteamento, remembramento, desmembramento e/ou
desdobro;
b) de alvarás de funcionamento, de construção e/ou Habite-se;
c) de horário especial, dentre outros, enquanto existir débitos lançados em sua inscrição imobiliária e
econômica". (NR)

Art. 9º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, produzindo os seus efeitos
a partir do dia 1º de janeiro de 2009.

CAMPO GRANDE/MS, 9 DE DEZEMBRO DE 2008.

NELSON TRAD FILHO


Prefeito Municipal

4. Regime Tributário Diferenciado EPP, ME e MEI / Lei Complementar n.142/09

Lei Complementar nº 142 de 21/09/2009

Institui no âmbito do Município de Campo Grande-MS o regime jurídico tributário diferenciado,


favorecido e simplificado a ser dispensado a microempresa, a empresa de pequeno porte e ao
microempreendedor individual, em conformidade com as normas estabelecidas na Lei Complementar
Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e suas alterações, e dá outras providências.

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Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, Nelson Trad Filho, Prefeito Municipal de Campo
Grande-MS, sanciono a seguinte Lei Complementar.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica recepcionado na legislação tributária do Município de Campo Grande-MS, o regime jurídico
diferenciado, simplificado e favorecido assegurado às microempresas, empresas de pequeno porte e ao
microempreendedor individual, instituído pela Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de
2006, com as respectivas alterações e as regulamentações editadas através de Resoluções do Comitê
Gestor do Simples Nacional - CGSN, especialmente as regras relativas:
I - à definição de microempresa e empresa de pequeno porte;
II - à apuração e recolhimento dos impostos, mediante regime único de arrecadação, inclusive
obrigações acessórias;
III - à instituição e abrangência do SIMPLES NACIONAL, bem como, hipóteses de opção, vedações e
exclusões, fiscalização e processo administrativo-fiscal;
IV - às normas relativas aos acréscimos legais, juros e multa de mora e de ofício previstos pela
legislação federal do Imposto de Renda, e imposição de penalidades;
V - à inscrição e baixa de empresas;
VI - à preferência nas aquisições de bens e serviços pelo Poder Público, à tecnologia, ao
associativismo e às regras de inclusão.
Parágrafo único. Para as hipóteses não contempladas ou omissas nesta Lei Complementar, serão
aplicadas as diretrizes da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e as respectivas
alterações, bem como as normas expedidas pelo Comitê Gestor do Simples Nacional - CGSN.

Art. 2º O tratamento diferenciado, simplificado, favorecido e de incentivo às microempresas, às


empresas de pequeno porte e ao microempreendedor individual incluirá, entre outras ações dos órgãos
e entes da administração municipal:
I - os incentivos fiscais;
II - o incentivo à formalização de empreendimentos;
III - a unicidade e a simplificação do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas
jurídicas;
IV - a simplificação, racionalização e uniformização dos requisitos de segurança sanitária, metrologia,
controle ambiental e prevenção contra incêndios, para os fins de registro, legalização e funcionamento de
empresários e pessoas jurídicas, inclusive com a definição das atividades consideradas de alto risco;
V - o parcelamento de débitos relativos ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN),
nos termos da Lei Complementar Municipal nº 129, de 10 de dezembro de 2008, para efeito de
enquadramento inicial;
VI - a preferência nas aquisições de bens e serviços pela Administração Pública do Município de
Campo Grande.

CAPÍTULO II
DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Redação dada pela Lei Complementar Nº 188 DE 12/12/2011:

Art. 3º - Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de


pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empresário a que se refere o art. 966, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o
caso, desde que:
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos
mil reais).
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de
bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas

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operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos.
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste
artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte
houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou
empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicará alteração, denúncia ou
qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar,
incluído o regime de que trata o art. 12, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de
2006, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não
beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata
o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora
ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de
seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
§ 5º O disposto nos incisos IV e VII, do § 4º deste artigo não se aplica à participação no capital de
cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de subcontratação, no consórcio
referido no art. 50, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e na sociedade de
propósito específico prevista no art. 56, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de
2006, e em associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia
solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses
econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações
previstas nos incisos do § 4º, será excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14
de dezembro de 2006, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.
§ 7º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que,
no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa,
no ano-calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte.
§ 8º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno
porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput
deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa.
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual
previsto no inciso II do caput fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do excesso, do tratamento
jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12, da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para todos os efeitos legais, ressalvado o
disposto nos §§ 10, 11 e 13.
§ 10 Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário subseqüente se o excesso
verificado em relação à receita bruta não for superior a vinte por cento do limite referido no inciso II do
caput.
§ 11 A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início de atividade ultrapassar
o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2º estará excluída do tratamento jurídico diferenciado
previsto nesta Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12, da Lei Complementar
Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com efeitos retroativos ao início de suas atividades.

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§ 12 Na hipótese do Estado adotar um dos limites previstos nos incisos I e II do caput do art. 19 e no
art. 20, ambos da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, caso a receita bruta
auferida pela empresa durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse um doze avos do limite
estabelecido multiplicado pelo número de meses de funcionamento nesse período, a empresa não poderá
recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, relativos ao estabelecimento localizado na
unidade da federação que os houver adotado, com efeitos retroativos ao início de suas atividades.
§ 13 A exclusão de que trata o § 11 não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em
relação à receita bruta não for superior a vinte por cento do respectivo limite referido naquele parágrafo,
hipótese em que os efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subseqüente.
§ 14 O impedimento de que trata o § 12 não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado
em relação à receita bruta não for superior a vinte por cento dos respectivos limites referidos naquele
parágrafo, hipótese em que os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-calendário subseqüente.
§ 15 Para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas no
mercado interno até o limite previsto no inciso II do caput ou no § 2º, conforme o caso, e, adicionalmente,
receitas decorrentes da exportação de mercadorias, inclusive quando realizada por meio de comercial
exportadora ou da sociedade de propósito específico previsto no art. 56, da Lei Complementar Federal nº
123 de 14 de dezembro de 2006, desde que as receitas de exportação também não excedam os referidos
limites de receita bruta anual.
§ 16 Na hipótese do § 15, para fins de determinação da alíquota de que trata o § 1º do art. 18 da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, da base de cálculo prevista no em seu § 3º
e das majorações de alíquotas previstas em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, será considerada a receita bruta
total da empresa nos mercados interno e externo.”

Art. 4º Na hipótese de empresário individual, auferir, receita bruta acumulada no ano de até R$
36.000,00 (trinta e seis mil reais).

CAPÍTULO III
DO REGISTRO E DA LEGALIZAÇÃO
Seção I
Da Inscrição e Baixa

Art. 5º Os órgãos da administração pública municipal envolvidos no processo de abertura e fechamento


de empresas deverão observar os dispositivos constantes na Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, na Lei Federal nº 11.598, de 03 de dezembro de 2007, que trata da Rede Nacional
para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM) e as Resoluções
instituídas pelo seu Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN).
§ 1º O processo de registro do microempreendedor individual deverá ter trâmite especial e opcional
para o empreendedor na forma disciplinada pelo CGSIM, inclusive observando-se as normas municipais
vigentes, sobre a lei de uso e ocupação do solo e meio ambiente.
§ 2º O Município poderá firmar convênio com outros entes e órgãos públicos envolvidos na abertura e
fechamento da empresa de que trata este artigo.

Seção II
Da Consulta Prévia

Art. 6º A solicitação do Alvará Inicial de Localização e suas alterações para funcionamento de


estabelecimento no Município serão precedidas de consulta prévia nos termos do regulamento.
§ 1º Antes da inscrição municipal, os interessados poderão efetuar consulta prévia, através de
requerimento enviado pela rede mundial de computadores ou protocolados na Prefeitura, onde deverá
constar:
I - o endereço completo de seu interesse;
II - a atividade desejada e os códigos de atividades econômicas previstas na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas (CNAE).
§ 2º Na consulta prévia para a elaboração de ato constitutivo ou de sua alteração o Município informará
ao usuário:
I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício da atividade
desejada no local escolhido;
II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção da licença de funcionamento, segundo a
atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a localização;

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III - após a consulta prévia, o formulário de aprovação ficará disponibilizado no site do município, pelo
período de 30 (trinta) dias.
§ 3º Para todo e qualquer estabelecimento haverá uma inscrição distinta.

Art. 7º O preenchimento do formulário da consulta prévia de trata o artigo anterior será feito por meio
eletrônico, via Internet, e, excepcionalmente, de forma presencial junto à entidade municipal competente.

Art. 8º O Órgão Municipal competente dará resposta à consulta prévia num prazo máximo de 48
(quarenta e oito) horas para o endereço eletrônico fornecido ou, se for o caso, para o endereço do
requerente, informando sobre a compatibilidade do local com a atividade solicitada.

Seção III
Do Alvará de Funcionamento Provisório

Art. 9º Nenhum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou de outra natureza


poderá se estabelecer ou de funcionar sem o Alvará de Licença e Funcionamento, que atestará as
condições do exercício de atividades dependentes de concessão, permissão, ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública, ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, à
garantia do cumprimento da legislação urbanística e demais normas de postura, observado o seguinte:
I - quando o grau de risco da atividade não for considerado alto, conforme definido em regulamento,
será emitido Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o início de operação do estabelecimento
imediatamente após o ato de registro.
II - sendo o grau de risco da atividade considerado alto, a licença para localização será concedida após
a vistoria inicial das instalações consubstanciadas no alvará, decorrente das atividades sujeita à
fiscalização municipal nas suas zonas urbana e rural, mediante recolhimento da respectiva taxa.
§ 1º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, deverão ser respeitadas as condições abaixo
especificadas:
I - o Alvará de Funcionamento Provisório será acompanhado de informações concernentes aos
requisitos para funcionamento e exercício das atividades econômicas constantes do objeto social, para
efeito de cumprimento das normas de segurança sanitária, ambiental e de prevenção contra incêndio,
vigente no Município.
II - a emissão do Alvará de Funcionamento Provisório dar-se-á mediante a assinatura de Termo de
Ciência e Responsabilidade por parte do responsável legal pela atividade, pelo qual este firmará
compromisso, sob as penas da lei, de observar, no prazo indicado, os requisitos de que trata o inciso
anterior;
III - a transformação do Alvará de Funcionamento Provisório em Alvará de Licença e Funcionamento
será condicionada à apresentação das licenças de autorização de funcionamento emitidas pelos órgãos
e entidades competentes, sendo que os órgãos públicos municipais deverão emitir tais laudos de vistoria
ou de exigência no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
§ 2º Considerando a hipótese do inciso II do caput deste artigo, não sendo emitida a licença de
autorização de funcionamento ou laudo de exigência no prazo de 60 (sessenta) dias da solicitação do
registro, será emitida, pelo órgão responsável, o Alvará de Funcionamento Provisório, nos termos do
parágrafo anterior.
§ 3º O Poder Executivo definirá em regulamento, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da
publicação desta Lei Complementar, as atividades cujo grau de risco seja considerado alto e que exigirão
vistoria prévia.
§ 4º As atividades eventuais, tais como, feiras, festas, circos, bem como de comércio ambulante e de
autônomo não estabelecido, não estão abrangidos por este artigo, devendo ser aplicada a legislação
específica.
§ 5º É obrigatória à fixação, em local visível e acessível à fiscalização, do alvará de licença para
localização.
§ 6º Será exigida renovação de licença do Alvará de Licença e Funcionamento sempre que ocorrer
alteração de endereço.
§ 7º O Alvará de Funcionamento Provisório será cancelado se após a notificação da fiscalização
orientadora não forem cumpridas as exigências e os prazos estabelecidos pelo CGSIM.

Art. 10. Fica o Poder Executivo responsável a tomar todas as providências necessárias para integração
a REDESIM, a fim de desburocratizar os procedimentos para a abertura, alteração e baixa de empresa.

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Parágrafo único. Todos os órgãos públicos municipais envolvidos em qualquer fase do processo de
abertura e fechamento de empresas observarão a uniformidade no processo de registro e de legalização,
ficando o Poder Executivo autorizado a baixar atos necessários para evitar a duplicidade de exigências e
para agilizar os procedimentos de análise.

Art. 11. Os órgãos competentes deverão providenciar, no prazo de vigência do Alvará de


Funcionamento Provisório, vistoria no estabelecimento visando a expedição dos demais atos necessários
à emissão do alvará definitivo, nos termos da legislação pertinente.
Parágrafo único. O Alvará de Funcionamento Provisório de que trata este artigo, terá validade de 180
(cento e oitenta) dias, contados da data da assinatura do Termo de Ciência e Responsabilidade, de que
trata o art. 8º, da Resolução CGSIM nº 2, de 1º de julho de 2009.

Art. 12. Para a conversão do Alvará de Funcionamento Provisório em Alvará de Licença e


Funcionamento, deverá o contribuinte, antes de expirado o prazo de validade do Alvará de
Funcionamento Provisório, apresentar quando necessária na repartição competente cópia dos
documentos exigidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Depois de satisfeitas as exigências regulamentares, será concedido, sempre a título
precário, o Alvará de Licença e Funcionamento, contendo as características essências, de sua inscrição,
que deverá ficar afixado no estabelecimento licenciado, em local visível.

Art. 13. O Alvará de Funcionamento Provisório será imediatamente cassado quando:


I - no estabelecimento for exercida atividade diversa daquela autorizada;
II - forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles de poluição, ou se o
funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuízos, incômodos, ou puser em risco por qualquer
forma, a segurança, o sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança ou da coletividade;
III - ocorrer reincidência de infração às posturas municipais;
IV - for constatada irregularidade não passível de regularização;
VI - for verificada a falta de recolhimento das taxas de licenças de localização e funcionamento.

Art. 14. O Alvará de Funcionamento Provisório será imediatamente declarado nulo quando:
I - for expedido com inobservância de preceitos legais e regulamentares;
II - ficar comprovada a falsidade ou inexatidão de qualquer declaração ou documento ou o
descumprimento do termo de responsabilidade firmado.
Parágrafo único. Será pessoalmente responsável pelos danos causados à empresa, ao município e/ou
a terceiros os que, dolosamente, prestarem informações falsas ou sem a observância das Legislações
federal, estadual ou municipal pertinente.

Art. 15. A interdição ou desinterdição do estabelecimento, cassação, nulidade e restabelecimento do


Alvará de Funcionamento Provisório competem ao titular da Secretaria ou mediante solicitação de órgão
ou entidade diretamente interessado.

Art. 16. O poder público municipal poderá impor restrições às atividades dos estabelecimentos com
Alvará de Funcionamento Provisório, no resguardo do interesse público.

Art. 17. Após o ato de registro e seu respectivo acolhimento pela Prefeitura do Município, fica o
requerente dispensado de formalização de qualquer outro procedimento administrativo para obtenção do
Alvará de Licença e Funcionamento, devendo as Secretarias interessadas processar o procedimento
administrativo de forma única e integrada.

Art. 18. No caso de microempresas e empresas de pequeno porte, a baixa independe da regularidade
de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da
sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das
responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes
ou após o ato de extinção.

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CAPÍTULO IV
DO REGIME ESPECIAL UNIFICADO DE RECOLHIMENTO DE IMPOSTO AOS OPTANTES DO
SIMPLES NACIONAL
Seção I
Da Instituição e Abrangência

Art. 19. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Recolhimento de Imposto devidos pelas
microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedor individual optante do Simples
Nacional.
§ 1º O ingresso e a exclusão ao Regime Especial Unificado de Recolhimento de imposto são efetuados
de acordo com as disposições contidas na Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006
e suas alterações posteriores.
§ 2º Na hipótese da opção ao Regime Especial Unificado de Recolhimento do Imposto ser indeferida
pelo Fisco Municipal, será expedido termo de indeferimento da opção pelo Simples Nacional pela
autoridade competente, inclusive na hipótese de existência de débitos tributários.
§ 3º Na hipótese de indeferimento de que trata o § anterior, a ciência ao contribuinte dar-se-á por meio
de edital publicado no Diário Oficial do Município de Campo Grande - DIOGRANDE.
§ 4. O Termo de Indeferimento contendo o motivo pelo qual não foi aceito o pedido de ingresso no
Simples Nacional estará disponível ao contribuinte na área de atendimento da Secretaria Municipal da
Receita, na Central de Atendimento ao Cidadão, a partir da data em que for publicado o edital de que
trata o § 3º deste artigo.
§ 5º O contribuinte que não concordar com o indeferimento poderá apresentar pedido de
reconsideração à Secretaria Municipal da Receita, observando-se o rito processual definido pelo
Contencioso Administrativo Fiscal do Município de Campo Grande, ocasião em que lhe será fornecida
orientação para adequação à exigência legal que fundamentou o indeferimento.
§ 6º Na hipótese de decisão administrativa definitiva ou judicial deferindo a opção pelo Simples
Nacional com efeitos retroativos, o ISSQN devido pelo contribuinte deverá ser recolhido com atualização
monetária e juros de mora sem a cobrança das multas.

Art. 20. O Regime Especial Unificado de Recolhimento de Imposto, aos optantes do Simples Nacional
implica no recolhimento mensal do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN e demais
tributos da esfera estadual e federal, mediante documento único de recolhimento, na forma do art. 13, da
Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Parágrafo único. O recolhimento na forma do caput deste artigo não exclui a incidência do Imposto
Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN devido na qualidade de contribuinte ou responsável:
I - em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;
II - na importação de serviços;
III - demais tributos de competência do Município, não relacionados nos incisos anteriores.

Seção II
Das Alíquotas e Base de Cálculo

Art. 21. A pessoa jurídica optante pelo Regime Especial Unificado de Recolhimento de Impostos
devidos pelas microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedor individual - Simples
Nacional, para efeito de determinação da alíquota, utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze)
meses anteriores ao do período de apuração.
Parágrafo único. Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser
proporcionalizados ao número de meses de atividade no período.

Art. 22. Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota prevista nos Anexos III a V da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, podendo tal incidência se dar, à opção do
contribuinte, na forma regulamentada, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção irretratável
para todo o ano-calendário.

Art. 23. Se o valor da receita bruta auferida durante o ano-calendário ultrapassar o limite fixado pela
Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, multiplicado pelo número de meses do
período de atividade, a parcela de receita que exceder o montante assim determinado estará sujeita às
alíquotas máximas previstas nos Anexos III a V da referida Lei Complementar, proporcionalmente
conforme o caso, acrescidas de 20% (vinte por cento).

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Seção III
Do Levantamento Fiscal

Art. 24. A Administração Tributária poderá efetuar levantamento econômico para apuração do real
movimento tributável, realizado pelo estabelecimento, em determinado período.
§ 1º No levantamento fiscal, poderão ser usados quaisquer meios indiciários, bem como coeficientes
médios de lucro bruto, preço unitário, movimentação de mercadorias utilizadas na execução dos serviços,
encargos diversos, lucro bruto, bem como outros elementos informativos.
§ 2º Os levantamentos fiscais poderão ser refeitos quando a Administração Tributária dispuser de
novos elementos que identifique a necessidade de revisar o lançamento.
§ 3º O Fisco Municipal poderá instituir Regime Especial de Fiscalização para os contribuintes ou
responsáveis que, de qualquer forma, dificultar as atividades de fiscalização, conforme disciplinado em
regulamento.
§ 4º Considera-se embaraço a fiscalização a negativa não justificada de exibição de livros e
documentos aos que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens,
movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais
hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública.
§ 5º Caracteriza-se ainda, como embaraço a fiscalização a negativa de acesso ao estabelecimento,
ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de
sua propriedade.

Seção IV
Da Estimativa

Art. 25. Quando o volume, natureza ou modalidade da prestação de serviços aconselharem tratamento
fiscal mais adequado, a autoridade fiscal poderá estabelecer na forma prevista na Lei Complementar
Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, independentemente da receita bruta recebida no mês pelo
contribuinte, valores fixos mensais para o recolhimento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza
- ISSQN devido por microempresa que auferir receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$
120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficando a microempresa sujeita a esses valores durante todo o ano-
calendário.
§ 1º Os valores estabelecidos no parágrafo anterior não poderão exceder a 50% (cinqüenta por cento)
do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de enquadramento prevista nas respectivas tabelas
editadas por Lei Complementar ou Resolução do CGSN.
§ 2º Findo o período, fixado pela Administração Tributária, para o qual se fez à estimativa, será
prorrogado por igual período, sucessivamente, caso não haja manifestação da autoridade competente.
§ 3º O enquadramento do sujeito passivo no regime de estimativa, a critério da Fazenda Pública
Municipal, poderá ser feito individualmente, por categoria de estabelecimento, por grupos de atividades
ou por faixa de recolhimento.

Art. 26. O lançamento procedido por estimativa, não dispensa o contribuinte de emissão de
documentos fiscais e respectiva escrituração, inclusive o cumprimento de todas as obrigações acessórias.

Art. 27. Feito o enquadramento da microempresa no regime de estimativa, ou quando da revisão dos
valores, a Fazenda Pública Municipal notificará o contribuinte do quantum do tributo fixado, do prazo e da
importância da parcela a ser mensalmente por ele recolhida.

Art. 28. As microempresas enquadradas nesse regime serão comunicadas, ficando-lhes reservado o
direito de reclamação, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da comunicação.

Seção V
Do Regime de Retenção na Fonte

Art. 29. A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes
pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3º da Lei Complementar
Federal nº 116, de 31 de julho de 2003, sem desconto e deverá observar as seguintes normas:
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá
ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de

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dezembro de 2006 para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte
estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades da
microempresa ou empresa de pequeno porte, deverá ser aplicado pelo tomador à alíquota
correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
III - na hipótese do inciso II deste artigo, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada
e a efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços
efetuarem o recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do início de atividade em guia própria
do município;
IV - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no
Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se refere o caput deste artigo;
V - na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que
tratam os incisos I e II deste artigo no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspondente ao
percentual de ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar Federal
nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
VI - não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada
no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado
em guia própria do município;
VII - o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, e sobre a receita de prestação de serviços
que sofreu a retenção não haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
§ 1º A não retenção implica em responsabilidade pelo crédito tributário correspondente, e sujeição às
mesmas penalidades impostas ao contribuinte.
§ 2º O não recolhimento do valor do imposto retido no prazo previsto em regulamento caracteriza
apropriação indébita, ficando sujeito à ação penal cabível.
§ 3º A pessoa jurídica deverá informar mensalmente ao Fisco Municipal, através de Declaração Mensal
de Serviços, as informações referentes aos serviços contratados e ao imposto retido na fonte.
§ 4º Fica atribuída a responsabilidade supletiva ao contribuinte, em relação à obrigação principal e
acessória.
§ 5º Na hipótese de que tratam os incisos I e II do caput, a falsidade na prestação dessas informações
sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os administradores da microempresa e da empresa de
pequeno porte, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem às penalidades previstas
na legislação criminal e tributária vigente.

Seção VI
Do Recolhimento

Art. 30. O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN devido, apurado pelo contribuinte ao
Regime Especial Unificado de Recolhimento de Impostos face à adesão ao Simples Nacional, deverão
ser pagos:
I - por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor do Simples Nacional;
II - até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente àquele a que se referir;
III - em banco integrante da rede arrecadadora do Simples Nacional.
Parágrafo único. As empresas optantes pelo Simples Nacional deverão recolher o ISS juntamente com
os demais tributos, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DAS.

Art. 31. As empresas optantes pelo Simples Nacional cuja atividade seja escritório de serviços
contábeis poderão recolher o ISSQN, juntamente com os demais tributos, nos termos da legislação
aplicável ou por valor mensal fixo de R$ 60,00 (sessenta reais), que será calculado em relação a cada
profissional habilitado que prestar serviço em nome do Escritório de Contabilidade. (Redação do caput
dada pela Lei Complementar Nº 239 DE 18/06/2014).
§ 1º O recolhimento do ISS em valor fixo será efetuado em Guia própria de arrecadação de tributos
municipais.

§ 2º O valor fixo mensal de que trata o caput deste artigo, será corrigido, anualmente, pelo índice oficial
utilizado pela Administração Pública Municipal para atualização dos créditos e dos tributos da Fazenda
Pública Municipal.

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Art. 32. Os escritórios de serviços contábeis, para usufruir dos benefícios de que trata esta Lei
Complementar, deverão preencher os requisitos estabelecidos na Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006 e respectivas alterações, individualmente ou por meio de suas entidades
representativas de classes, devendo:
I - promover atendimento gratuito relativo à inscrição e à primeira declaração anual simplificada do
microempreendedor individual - MEI, podendo, para tanto, por meio de suas entidades representativas
de classe, firmar convênio e acordos com a União, os Estados, o Distrito Federal e o Município, por
intermédio dos seus órgãos vinculados;
II - fornecer, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor, resultados de pesquisas quantitativas e
qualitativas relativas às microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
por eles atendidas;
III - promover eventos de orientação fiscal, contábil e tributária para as microempresas e empresas de
pequeno porte optante pelo Simples Nacional por eles atendidas.
Parágrafo único. Na hipótese de descumprimento das obrigações de que trata o parágrafo anterior, o
escritório será excluído do Simples Nacional, com efeitos a partir do mês subseqüente ao do
descumprimento, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.

Art. 33. Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filial, o recolhimento
do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN aos integrantes do Regime Especial Unificado
de Recolhimento de Impostos dar-se-á por intermédio da matriz.

Art. 34. O valor do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN não pago até a data do
vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na forma prevista na Lei Complementar nº 123,
de 14 de dezembro de 2006 e alterações posteriores.

Art. 35. A solicitação de restituição ou compensação dos valores do Simples Nacional recolhido
indevidamente ou em montante superior ao devido, obedecerá aos critérios previstos na legislação
municipal em vigor.

Art. 36. O Microempreendedor Individual efetuará o recolhimento do ISSQN em valor fixo mensal, na
forma prevista no art. 18-A, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

CAPÍTULO VI
DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA

Art. 37. A fiscalização municipal, nos aspectos de posturas, uso do solo, sanitário, ambiental e de
segurança, relativos às microempresas, às empresas de pequeno porte e microempreendedor individual,
deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, comportar grau de risco
compatível com esse procedimento.

Art. 38. Nos moldes do artigo anterior, quando da fiscalização municipal, será observado o critério de
dupla visita para lavratura de auto de infração, exceto na ocorrência de reincidência, fraude, resistência
ou embaraço à fiscalização.
Parágrafo único. Considera-se reincidência, para fins deste artigo, a prática do mesmo ato no período
de 12 (doze) meses, contados do ato anterior.

Art. 39. A dupla visita consiste em uma primeira ação, com a finalidade de verificar a regularidade do
estabelecimento, e em ação posterior de caráter punitivo quando, verificada qualquer irregularidade na
primeira visita, não for efetuada a respectiva regularização no prazo determinado.

Art. 40. Quando na visita for constatada qualquer irregularidade, será lavrado um termo de verificação
e orientação para que o responsável possa efetuar a regularização no prazo de 30 (trinta) dias, sem
aplicação de penalidade.
§ 1º Quando o prazo referido neste artigo não for suficiente para a regularização necessária, o
interessado deverá formalizar processo administrativo junto ao órgão competente, no qual,
justificadamente, assumirá o compromisso de efetuar a regularização dentro do cronograma que for fixado
pela Administração Municipal.

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§ 2º Decorridos os prazos fixados neste artigo sem a regularização necessária, será lavrado auto de
infração com aplicação de penalidade cabível, sem prejuízo das demais disposições contidas na
legislação municipal.
§ 3º O critério da dupla vista não se aplicará nos casos de fraude, simulação, embaraço à fiscalização,
reincidência ou perigo à saúde, à segurança e ao meio ambiente, sendo aplicável, diretamente, as regras
atinentes ao procedimento administrativo de auto de infração.

CAPÍTULO VII
DO REGIME TRIBUTÁRIO

Art. 41. O contribuinte que aderir ao Regime Especial Unificado de Recolhimento de Imposto devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar Federal nº 123,
de 14 de dezembro de 2006, e suas respectivas alterações, não poderá gozar de nenhuma isenção,
redução de base de cálculo, desconto, ou qualquer outro tipo de benefício fiscal previsto na legislação
municipal em vigor com relação ao ISSQN e será tributado pelas alíquotas previstas nos Anexos III a V
da referida Lei Complementar Federal.
Parágrafo único. Para gozar dos benefícios previstos nesta Lei Complementar, o contribuinte de que
trata este artigo, deverá renunciar qualquer procedimento judicial ou administrativo que tenha por objeto
a discussão da tributação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN, devido por suas
operações tributárias, nos termos da legislação municipal vigente.

Art. 42. O Microempreendedor Individual - MEI, poderá recolher os impostos e contribuições


abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele
auferido no mês, obedecidas as normas específicas previstas na Lei Complementar Federal nº 123, de
14 de dezembro de 2006, alterações posteriores e na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.
Parágrafo único. Em relação ao disposto no caput deste artigo, o valor relativo ao Imposto Sobre
Serviço de Qualquer Natureza - ISSQN, caso o Microempreendedor Individual - MEI seja contribuinte
desse imposto, será o fixado pela Lei Complementar Federal, independentemente da receita bruta por
ele auferida no mês, não se aplicando a ele quaisquer isenção, desconto ou redução de base de cálculo
relativa ao tributo municipal.

CAPÍTULO VIII
DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS ACESSÓRIAS

Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte integrante do Regime Especial Unificado
de Recolhimento de Impostos deverão cumprir as obrigações acessórias e fiscais previstas na Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e regulamentações do Comitê Gestor bem como as
previstas na legislação municipal vigente.
Parágrafo único. A Secretaria Municipal da Receita, poderá exigir do microempreendedor individual a
apresentação de informações relacionadas com as suas atividades na forma e prazo a serem definidos
em regulamento.

CAPÍTULO IX
DAS PENALIDADES

Art. 44. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa, pela empresa de
pequeno porte e microempreendedor individual, inscritas no Simples Nacional, nos termos da Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com suas respectivas alterações, as normas
relativas aos acréscimos legais, juros, multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda,
inclusive, quando for o caso, em relação ao ISSQN, nos termos do que dispõe os arts. 35 a 38 da referida
legislação federal.

CAPÍTULO X
DO ACESSO AOS MERCADOS

Art. 45. Para ampliar a participação das pequenas empresas nas licitações, os órgãos ou entidades
contratantes deverão, sempre que possível:
I - estabelecer e divulgar um planejamento anual das aquisições públicas a serem realizadas, com a
estimativa de quantitativo e data das contratações;

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II - adequar o atual módulo de cadastro de fornecedores do Município de Campo Grande/MS, para
identificar as pequenas empresas sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento,
de modo a facilitar a formação de parcerias e subcontratações;
III - padronizar e divulgar as especificações dos bens e serviços contratados de modo a orientar as
pequenas empresas para adequarem os seus processos produtivos.
Parágrafo único. O disposto nos incisos II e III será realizado de forma centralizada pela Central de
Compras da Secretaria Municipal de Administração.

Art. 46. Nas aquisições públicas, as microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da
participação em certames licitatório, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de
comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.
§ 1º Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2
(dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o
vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da Administração Pública, para a
regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais
certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa, observado o disposto no art. 110 da Lei
Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 2º A declaração do vencedor acontecerá no momento imediatamente posterior à fase de habilitação,
no caso de pregão, conforme estabelece o art. 4º inciso XIII da Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de
2002, e, nas demais modalidades de licitação, no momento posterior ao julgamento das propostas,
aguardando-se os prazos de regularização fiscal para a abertura da fase recursal.
§ 3º O prazo para normalização da regularidade fiscal de que trata o § 1º não se aplica aos documentos
relativos à habilitação jurídica e à qualificação técnica e econômico-financeira, bem como ao cumprimento
do disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal.
§ 4º No início da sessão de pregão, ao apresentar a declaração de ciência de que cumpre plenamente
os requisitos de habilitação, as pequenas empresas também deverão fazer constar, se houver, a restrição
da documentação exigida, para efeito da comprovação de regularidade fiscal, podendo o edital prever a
aplicação de penalidades pela omissão desta informação.
§ 5º Não havendo a regularização da documentação fiscal, no prazo previsto no § 1º, ocorrerá a
decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas na legislação vigente, facultada
à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para assinatura do
contrato ou revogar, se for o caso, a licitação.

Art. 47. Nas licitações do tipo menor preço, será assegurada às pequenas empresas preferência de
contratação, como critério de desempate.
§ 1º Entende-se por empate situações em que as propostas apresentadas pelas pequenas empresas
sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores ao melhor preço.
§ 2º Na modalidade pregão o intervalo percentual estabelecido no § 1º será de até 5% (cinco por cento)
superior ao melhor preço.
§ 3º A preferência de que trata o caput será concedida da seguinte forma:
I - ocorrendo o empate, a pequena empresa mais bem classificada poderá apresentar proposta de
preço inferior àquela considerada vencedora do certame, apenas uma única vez, cabendo ao concorrente
o direito ao contraditório, também uma única vez, sendo, então, adjudicado o objeto ao vencedor;
II - caso a pequena empresa não apresente proposta de preço inferior, na forma do inciso I ou não
esteja habilitada, observado o disposto no art. 4º, serão convocadas as remanescentes que porventura
se enquadrem na situação de empate, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas pequenas empresas que se encontre em
situação de empate, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá
apresentar a melhor oferta.
§ 4º Não se aplica o sorteio disposto no inciso III do § 3º quando, por sua natureza, o procedimento
não admitir o empate real, como acontece na fase de lances do pregão, em que os lances equivalentes
não são considerados iguais, sendo classificados conforme a ordem de apresentação pelos licitantes.
§ 5º O disposto neste artigo somente será aplicado quando a melhor oferta válida não tiver sido
apresentada por pequena empresa.
§ 6º A melhor oferta inicial será considerada apenas entre licitantes validamente habilitados.
§ 7º No caso de pregão, a pequena empresa mais bem classificada será convocada para apresentar
nova proposta, no prazo máximo de cinco minutos, após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão, observado o disposto no inciso II do § 3º.

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§ 8º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para os licitantes apresentarem nova proposta
deverá ser estabelecido pelo órgão ou entidade contratante e estar previsto no instrumento convocatório.

Art. 48. Os órgãos e entidades de que trata o art. 1º poderão realizar aquisições e contratações de
bens e serviços destinadas exclusivamente à participação de pequena empresa nas contratações cujo
valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Parágrafo único. No caso em que não acudirem interessados à licitação nos termos do caput, o
procedimento licitatório deverá ser refeito, podendo participar as demais empresas.

Art. 49. Os órgãos e entidades contratantes poderão estabelecer, nos instrumentos convocatórios, a
exigência de subcontratação de pequena empresa, desde que o percentual máximo do objeto a ser
subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado.
§ 1º Caso prevista no edital, fica facultada à empresa a subcontratação em limites superiores.
§ 2º A pequena empresa a ser subcontratada deve estar indicada e qualificada pelo licitante com a
descrição dos bens e serviços a serem fornecidos e seus respectivos valores.
§ 3º A exigência de subcontratação não será aplicável quando o licitante for:
I - pequena empresa;
II - consórcio composto em sua totalidade por microempresas e empresas de pequeno porte,
respeitado o disposto no art. 33, da Lei Federal nº 8.666, de 21/06/1993;
III - consórcio composto parcialmente por microempresas ou empresas de pequeno porte com
participação igual ou superior ao percentual exigido de subcontratação.

Art. 50. Nas licitações para a aquisição de bens e serviços, cujo objeto possa ser dividido, desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo do objeto, os órgãos e entidades contratantes poderão
reservar até 25% (vinte e cinto por cento) do objeto para a contratação de pequenas empresas.
§ 1º O disposto neste artigo não impede a contratação das pequenas empresas na totalidade do objeto.
§ 2º O instrumento convocatório deverá prever que, não havendo vencedor para a cota reservada, esta
poderá ser adjudicada ao vencedor da cota principal ou, diante de sua recusa, aos licitantes
remanescentes, desde que pratiquem o preço do primeiro colocado.
§ 3º Se a mesma empresa vencer a cota reservada e a cota principal, a contratação da cota reservada
deverá ocorrer pelo preço da cota principal, caso este tenha sido menor do que o obtido na cota reservada.

Art. 51. O valor licitado nos termos do disposto nos arts. 6º a 8º não poderá exceder a 25% (vinte e
cinco por cento) do total licitado em cada ano civil.

Art. 52. Não se aplica o disposto nos arts. 6º ao 8º nas seguintes hipóteses:
I - os critérios de tratamento diferenciado às pequenas empresas não estiverem expressamente
previstos no instrumento convocatório;
II - não houver um mínimo de três fornecedores competitivos enquadrados como pequenas empresas,
sediados local ou regionalmente, e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as pequenas empresas não for vantajoso para a
Administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25, da Lei Federal nº 8.666, de
21/06/1993.
§ 1º O Município de Campo Grande/MS, poderá nas contratações diretas fundamentadas nos incisos
I e II do art. 24, da Lei Federal nº 8.666, de 21/06/1993, realizar cotação eletrônica de preços
exclusivamente em favor de pequenas empresas sediadas no Município, desde que seja vantajosa a
contratação.
§ 2º Considera-se não vantajosa à contratação quando resultar em preço superior ao valor
estabelecido como referência.

Art. 53. O Poder Executivo poderá alterar os valores previstos nesta Lei Complementar, no caso dos
mesmos serem alterados por Lei Federal.

Art. 54. As Secretarias Municipais de Administração e de Receita poderão expedir normas


complementares para o cumprimento desta Lei Complementar.

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CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 55. Os benefícios previstos nesta Lei Complementar, não constantes na Lei Complementar Federal
nº 123, de 14 de dezembro de 2006, aplicam-se somente aos fatos geradores ocorridos após a vigência
desta Lei Complementar, desde que a empresa tenha ingressado no regime geral da ME e EPP.

Art. 56. Esta Lei Complementar, terá aplicabilidade exclusivamente àqueles optantes pelo Simples
Nacional e integrante do Regime Especial Unificado de Recolhimento de Impostos, aos demais mantém
vigente a Lei Complementar nº 59, de 2 de outubro de 2003 e alterações posteriores, com suas
respectivas regulamentações.

Art. 57. As empresas que preenchem os requisitos para a sua inclusão no Simples Nacional e que
tiverem seu pedido de opção indeferido em razão de haver débitos ajuizados e não ajuizados, será
autorizado um parcelamento único, obedecendo aos prazos e forma de parcelamento previstos na Lei
Complementar Municipal nº 129, de 9 de dezembro de 2008, desde que requerido dentro do período de
opção ao regime simplificado, incluindo-se na primeira parcela os valores relativos a custas processuais
e honorários advocatícios, calculados sobre o montante ajuizado.
Parágrafo único. O saldo remanescente será corrigido nos termos da Lei Complementar nº 129/2008.

Art. 58. As despesas decorrentes da presente Lei Complementar, correrão por conta das dotações
constantes do orçamento municipal.

Art. 59. Esta Lei Complementar, entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir
do primeiro dia útil subsequente à sua publicação.

CAMPO GRANDE-MS, 21 DE SETEMBRO DE 2009.


NELSON TRAD FILHO
Prefeito Municipal

5. Lei de incentivo-PRODES / Lei Complementar n.29/99

LEI COMPLEMENTAR No. 29, DE 25 DE OUTUBRO DE 1999.


(CONSOLIDADA ATÉ 29/06/2009)

INSTITUI O PROGRAMA DE INCENTIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL


DE CAMPO GRANDE - PRODES, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. alterada pelas Leis
Complementares n°. 42, de 30 de março de 2001, n°. 43, de 13 de setembro de 2001, no. 52, de 04
de abril de 2003, n°. 73, de 23 de junho de 2005, n°. 93, de 06 de setembro de 2006 e no 138, de 29
de junho de 2009.

Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu, ANDRÉ PUCCINELLI, Prefeito Municipal de Campo
Grande-MS, sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1° - Fica instituído o Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de


Campo Grande - PRODES com os seguintes objetivos:
I - promover o desenvolvimento econômico, social, turístico, cultural e tecnológico do Município,
através de incentivos à instalação de empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços, assim
como empreendimentos de pessoa física, com vistas à diversificação da base produtiva, nos termos da
Lei Complementar no. 5, de 22 de novembro de 1995, que institui o Plano Diretor de Campo Grande; (NR
LC n. 42, de 30/03/2001)
II - estimular a transformação de produtos primários e recursos naturais existentes no Município;
III - proporcionar condições para a criação e ampliação de estabelecimentos mercantis de micro e
pequenas empresas;
IV - oferecer às empresas instaladas em Campo Grande, condições de desenvolvimento e expansão
de suas atividades, via projetos de ampliação, modernização e relocalização que proporcione aumento

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de produção em condições competitivas;
V - viabilizar condições de instalação no Município, de empresas de outras regiões do território nacional
ou do exterior.
Parágrafo Único - O presente programa contemplará também, todos os estabelecimentos comerciais,
industriais e de serviços existentes no núcleo industrial de Campo Grande e nos loteamentos sociais
implantados pelo Poder Público Municipal.

Art. 2º - Para a implementação do PRODES, fica o Chefe do Poder Executivo, com base em parecer
aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico - CODECON, autorizado a:
I - doar terreno para a construção das obras necessárias ao funcionamento de empresa interessada
em instalar as suas atividades em Campo Grande;
II - executar, diretamente ou através de terceiros, os serviços de infra-estrutura necessários à
edificação das obras civis e de vias de acesso;
III - conceder redução ou isenção de Taxas e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISSQN decorrentes de obras de construção ou ampliação, bem como do Imposto Predial e
Territorial Urbano - IPTU incidente sobre o imóvel onde funcionar a empresa incentivada;
IV - conceder redução ou isenção do ISSQN, como incentivo ao turismo receptivo, nos casos de
organização em Campo Grande de congressos, seminários, convenções, feiras, simpósios, encontros e
jornadas de âmbito regional, nacional ou internacional, de natureza técnica, científica ou cultural.
V - Conceder redução ou isenção de Taxas e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISSQN, de competência do Município, incidente sobre a empresa incentivada. (NR LC n. 42, de
30/03/2001)
§ 1° - Os incentivos previstos neste artigo, também poderão ser concedidos a empresas já instaladas
e que objetivem ampliar ou relocalizar as suas atividades e instalações.
§ 2° - Caso o Município não possua a área de terreno apropriada às necessidades da empresa
interessada, o Prefeito poderá efetuar desapropriação, na forma da legislação aplicável à matéria.
§ 3° - A redução ou isenção do IPTU e do ISSQN, prevista nos incisos III e V deste artigo, poderá ser
concedida pelo prazo de até 10 (dez) anos. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)
§ 4° - Na escritura de doação será feito registro de cláusula de reversão, no caso de ocorrência das
hipóteses previstas no artigo seguinte.
§ 5° - A isenção ou redução sempre será concedida em caráter individual e será efetivada, em
cada caso, por despacho da autoridade definida em Lei, através de requerimento com o qual o
interessado faça prova de preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos
previstos nesta Lei. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)

Art. 3° - Os incentivos, previstos no artigo anterior, poderão ser revogados nas seguintes hipóteses:
I - não conclusão do projeto de construção dentro de 12 (doze) meses a partir do término do prazo
previsto no cronograma de execução físico-financeira;
II - modificação da destinação do projeto utilizado para o pleito dos incentivos;
III - venda da empresa, ou encerramento de suas atividades, antes do prazo de 5 (cinco) anos a partir
da concessão do incentivo;
IV - não contratação da quantidade de trabalhadores referida no inciso IV, do art. 7o, desta Lei;
V - interrupção das atividades da empresa incentivada por mais de 60 (sessenta) dias, no período de
1 (um) ano;
VI - infringência às normas fiscais e do meio ambiente estabelecidas pela União, Estado ou Município.
VII - não atendimento de solicitação dentro do prazo legal, de qualquer formalidade feita pela
FUNDEST - Fundação Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, órgão
responsável pela política de desenvolvimento do Município. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)
§ 1º - O prazo de 12 (doze) meses, previsto no inciso I deste artigo, poderá ser prorrogado uma vez,
por igual período, na hipótese da ocorrência de fatos supervenientes que comprometam as obras de
construção ou ampliação, mediante requerimento instruído com as respectivas provas.
§ 2º - Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas neste artigo, o imóvel doado e suas
benfeitorias reverterão de pleno direito ao patrimônio do Município, independentemente de
qualquer indenização, entretanto: (NR LC n. 43, de 13/09/2001)
I - O imóvel doado poderá ser dado em garantia hipotecária para garantir empréstimos perante
bancos oficiais incluindo- se entre eles, para os fins desta Lei, o Banco do Brasil S/A e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; (NR LC n. 43, de 13/09/2001)
II - A hipoteca deverá ser autorizada expressamente, por ato do Poder Executivo Municipal; (NR
LC n. 43, de 13/09/2001)

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III - A critério do Chefe do Executivo Municipal, poderão ser ratificadas as garantias hipotecárias
constituídas sem a autorização que trata o inciso I da presente Lei. (NR LC n. 43, de 13/09/2001)

Art. 4° - Fica criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico - CODECON, órgão


colegiado de natureza consultiva, composto por 14 (quatorze) membros titulares e igual número de
suplentes, com mandato de 2 (dois) anos, representantes dos seguintes órgãos e entidades: (NR LC n.
73, de 23/06/2005)
I - 7 (sete) representantes de órgãos e entidades do Município;
II - 3 (três) representantes dos empregadores da indústria, comércio e serviços, sendo um de cada
setor;
III - 3 (três) representantes dos trabalhadores da indústria, comércio e serviços, sendo um de cada
setor;
IV - 1 (um) representante do Sindicato Rural (Patronal). (NR LC n. 73, de 23/06/2005)
Parágrafo Único: Revogado. (NR LC n.42, de 30/03/2001)

Art. 5º - Compete ao CODECON:


I - emitir parecer sobre a viabilidade ou não de programas ou projetos de desenvolvimento econômico
a serem implantados no Município, em especial aqueles apresentados por empresa interessada em
receber os benefícios do PRODES:
II - examinar os casos de revisão, suspensão ou revogação dos incentivos concedidos pelo PRODES,
na forma das disposições previstas nesta Lei e em seu regulamento;
III - elaborar o seu regimento interno e encaminhá-lo ao Chefe do Poder Executivo para a devida
aprovação.

Art. 6º - Para pleitear os incentivos do PRODES, previstos no art. 2o desta Lei, a empresa interessada
deverá apresentar Carta Consulta na Secretaria Executiva do CODECON, conforme modelo integrante
do regulamento desta Lei.
Parágrafo Único - A Carta Consulta, de que trata este artigo, será apreciada pelo CODECON dentro
do prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 7º - Aprovada a Carta Consulta, a empresa interessada deverá apresentar projeto contendo, no
mínimo, o seguinte:
I - cópia autenticada dos documentos e contratos relativos à sua constituição, bem como dos
documentos pessoais dos seus sócios;
II - o projeto técnico de construção, ou de ampliação, com o cronograma de execução físico-financeira;
III - o plano das atividades e serviços que serão implementados na área construída ou ampliada, bem
como a previsão de faturamento anual;
IV - a quantidade de empregos que serão oferecidos a trabalhadores residentes no Município,
observado o mínimo previsto em regulamento; ( alterado pela LC no 138 de 29/06/2009 – ver texto
abaixo )
IV - a quantidade de empregos que serão oferecidos a trabalhadores residentes no Município,
observado o percentual de 10 (dez por cento) das vagas para portadores de necessidades especiais;
15% (quinze por cento) das vagas para trabalhadores na faixa etária acima de 40 (quarenta) anos; 20%
(vinte por cento) das vagas para jovens trabalhadores iniciantes e, o mínimo previsto em regulamento. (
NR – LC no 138 de 29/06/2009 )
V - a quantidade de empregos a ser ofertada para jovens oriundos de programas de qualificação,
capacitação e formatação de organizações governamentais e não governamentais, deverá observar o
seguinte critério: (NR LC n. 93, de 06/09/2006)
a) Quando a empresa possuir de 50 (cinqüenta) até 100 (cem) empregados será ofertada uma vaga
e, a partir de 100 (cem) empregados o percentual será de 1% (um) por cento do total, atendendo os
seguintes requisitos: (NR LC n. 93, de 06/09/2006)
1) adolescentes oriundos de famílias de baixa renda até 3 (três) salários mínimos; (NR LC n. 93, de
06/09/2006)
2) na faixa etária de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos; (NR LC n. 93, de 06/09/2006)
3) estar regularmente matriculado e freqüentando escola. (NR LC n. 93, de 06/09/2006)
Parágrafo único - Formalizado o processo com a documentação prevista neste artigo, o mesmo será
encaminhado ao CODECON para análise quanto à viabilidade econômica.

Art. 8º - Aprovado o projeto pelo CODECON, a empresa deverá observar os seguintes prazos:

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I - 90 (noventa) dias para iniciar as obras de construção, contados a partir da comunicação da
aprovação;
II - 90 (noventa) dias para iniciar as suas atividades, contados a partir do término das obras de
construção e instalação.
Art. 9° - O Poder Executivo Municipal, através dos seus órgãos competentes, efetuará a fiscalização
das disposições previstas nesta Lei, aplicando as medidas julgadas necessárias.

Art. 10 - Todos os atos instituídos pelo Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e
Social de Campo Grande - PRODES, deverão ser publicados na Imprensa Oficial. (NR LC n. 52, de
04/04/2003)
10-A - O benefício fiscal será concedido em regime especial, ficando suspensa a exigibilidade do tributo
à partir da assinatura de Termo de Responsabilidade firmado pelo beneficiado. (NR LC n. 42, de
30/03/2001)
Parágrafo Único - A suspensão se converterá em isenção com o devido cumprimento por parte do
beneficiário das exigências contidas nesta Lei e legislação pertinente. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)
10-B - A concessão de isenção em caráter individual não gerará direito adquirido e será revogada de
ofício sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições
exigidas; ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para concessão do favor, cancelando- se os
benefícios e cobrando-se o crédito tributário devido, acrescido de juros de mora, observado o seguinte:
(NR LC n. 42, de 30/03/2001)
I - Com imposição da penalidade cabível, efetuada pela Secretaria Municipal de Planejamento e
Finanças, nos casos de dolo, fraude ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;
(NR LC n. 42, de 30/03/2001)
II - Sem imposição de penalidade, nos demais casos. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)
Parágrafo Único - No caso do inciso primeiro deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão do
benefício e sua revogação não se computará para o efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito;
no caso do inciso segundo deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito,
conforme previsto no Código Tributário Nacional, artigo 179 e § 2o. (NR LC n. 42, de 30/03/2001)

Art. 11 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, devendo a sua
regulamentação ser expedida dentro de 60 (sessenta) dias.

Art. 12 - Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente o Art. 5o da Lei no. 2.977, de
17 de agosto de 1993.

CAMPO GRANDE-MS, 25 DE OUTUBRO DE 1999.


ANDRÉ PUCCINELLI Prefeito Municipal

6. ITBI / Lei n. 2.592/89

LEI 2.592 DE 1.989

INSTITUI O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS POR ATO ONEROSO "INTER-
VIVOS", E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS: Faço saber que a Câmara Municipal decreta e
eu sanciono a seguinte lei:

CAPITULO I
DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA

Art. 1º- O Imposto sobre transmissão de bens imóveis por ato oneroso "inter-vivos", tem como fato
gerador:
I - a transmissão onerosa a qualquer título, de propriedade ou de domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, conforme definido no Código Civil;

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II - a transmissão onerosa, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
III - a cessão onerosa de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos anteriores. (1
documento)

Art. 2º - O Imposto é devido quando o imóvel transmitido ou sobre que versarem os direitos transmitidos
ou cedidos, esteja situado em território do Município, mesmo que a mutação patrimonial decorra de
contrato fora dele.
Parágrafo único - O Imposto de transmissão cobrado por transferência de imóveis que se estenda além
dos limites do Município, será proporcionalmente dividido entre os Municípios sobre os quais se situa o
imóvel em razão da extensão da área situada em cada um deles.

Art. 3º - A incidência do Imposto alcança as seguintes mutações patrimoniais: (8 documentos)


I - a compra e venda de bens imóveis ou ato equivalente e a cessão de direitos deles decorrentes;
II - a incorporação de bens imóveis ou direitos reais, exceto os de garantia, ao patrimônio de pessoa
jurídica cuja atividade preponderante seja a compra e venda de imóveis ou direitos a eles relativos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil ou, ainda, aquisição de direitos relativos a imóveis;
III - transferência onerosa de direitos reais sobre imóveis, exceto as de garantia, assim como das ações
que os assegura:
IV - compra e venda de benfeitorias excetuadas as indenizações daquelas feitas pelo proprietário ao
locatário;
V - arrematação, adjudicação e remissão, em hasta pública, de bens imóveis;
VI - formas ou reposições que ocorram:
a) nas partilhas efetuadas em virtude de dissolução da sociedade conjugal ou morte quando o cônjuge
ou herdeiros receber, dos imóveis situados no Município, quota-parte cujo valor seja maior do que o da
parcela que lhe caberia na totalidade desses imóveis;
b) nas divisões para extinção de condomínio de imóvel, quando for recebido por qualquer condômino
quota-parte material cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte ideal;
VII - a instituição e a substituição comissionária por ato entre vivos;
VIII - a sub-rogação de bens inalienáveis;
IX - a instituição de usufruto, convencional ou testamentário, sobre bens imóveis;
X - a transferência de direito sobre construção existente em terreno alheio, ainda que feita ao
proprietário do solo;
XI - permuta de bens imóveis ou de direitos a eles relativos;
XII - aquisições onerosas de terras devolutas;
XIII - a transmissão de propriedade de bens imóveis, sem prejuízo do disposto nos incisos anteriores,
em consequência de:
a) dação em pagamento;
b) sentença declaratória de usucapião;
c) mandato de causa própria e seus substabelecimentos quando o instrumento contiver os requisitos
essenciais à compra e venda, inclusive a cessões de direitos deles decorrentes;
XIV - qualquer outros atos onerosos translativos da propriedade de imóveis e direitos a eles relativos,
situados no território do Município e sujeitos à transcrição, na forma da lei;
Parágrafo Único - Será devido novo Imposto:
I - quando o vendedor exercer o direito de preleção;
II - no pacto de melhor comprador;
III - na retrocessão;
IV - no retrato da retrovenda.

CAPITULO II
DAS IMUNIDADES E DA NÃO-INCIDÊNCIA

Art. 4º- O Imposto não incide sobre a transmissão de bens imóveis, mediante ato oneroso "inter-vivos",
ou direito a eles relativos, quando:
I - constar como adquirente a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios bem como as
autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o adquirente for partido político, inclusive suas fundações, templos de qualquer culto, entidades
sindicais de trabalhadores, instituições de Educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos
os requisitos desta Lei;

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
III - transfere para incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital;
IV - decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica;
V- efetuada aos mesmos alienantes, em decorrência de sua desincorporação do patrimônio da pessoa
jurídica a que foram conferidos;
VI - decorrentes de extinção de usufruto;
VII - decorrente de reserva de usufruto;
Parágrafo Único - Não incide ainda sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo promitente
comprador mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda, observado o
parágrafo 4º, do Art. 10.

Art. 5º - O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como
atividade preponderante a compra e venda de imóveis ou direitos a eles relativos, a locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil ou, ainda, a aquisição de direitos relativos a imóveis. (11
documentos)
§ 1º - Considera caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo, quando mais de 50%
da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos dois anos anteriores e nos dois subseqüentes
à aquisição, decorrerem de transações mencionadas neste artigo.
§ 2º - Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição onerosa, há menos de
dois anos antes dela, apor-se-á preponderância referida no parágrafo anterior, levando em conta três
primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º - Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da
lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nesta data.
§ 4º - O disposto neste artigo não se aplica à transmissão onerosa de bens ou direitos, quando
realizada em conjunto com a totalidade do patrimônio da pessoa alienante. (1 documento)

Art. 6º - As instituições de Educação e Assistência Social para gozarem da imunidade prevista nesta
Lei, deverão observar os seguintes requisitos:
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de rendas, a título de lucro ou participação,
no seu resultado;
II - aplicarem integralmente, no País, seus recursos na manutenção e no desenvolvimento dos
objetivos institucionais;
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra instituição idêntica, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades;
IV - manterem escrituração contábil de suas respectivas receitas e despesas em livro revestido de
formalidades, capaz de assegurar sua perfeita exatidão.

CAPITULO III
DAS ISENÇÕES

Art. 7º - São isentos do Imposto:


I - a aquisição de moradia realizada por ex-combatente que tenha efetivamente participado de
operações bélicas durante a 2ª Guerra Mundial, nos termos da Lei Federal nº 5.315, de 12 de setembro
de 1.967, por sua viúva, por sua companheira que por seus dependentes, quando o valor do imóvel
ultrapassar o limite de 2.500 (duas mil e quinhentas) UFICs mediante atendimento dos seguintes
requisitos:
a) prova de condição de ex-combatente quando a aquisição for realizada pelo mesmo ou prova de ser
viúva, companheira ou dependente quando a aquisição se realizar por um desses interessados;
b) declaração do interessado que não possui outro imóvel de moradia;
c) avaliação fiscal do imóvel.
II - as aquisições efetuadas por colonos de terras públicas, de imóvel rural destinada exploração
agropecuária de até 15 (quinze) hectares;
III - as transferências de imóveis desapropriados para fins da reforma agrária.
IV - as aquisições de imóveis efetuados por pessoas físicas em programas habitacionais destinados à
população de baixa renda. (1 documento)
Parágrafo Único - São programas habitacionais destinados à população de baixa renda os
empreendimentos imobiliários composto de, no mínimo 50 (cinqüenta) unidades de lotes de terrenos ou
residências, voltados à família com renda mensal de até 2 (dois) salários mínimos. (INCISO IV E
PARÁGRAFO ÚNICO, ACRESCENTADOS PELA LEI Nº 2984, DE 23/09/93).

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CAPITULO IV
DAS ALÍQUOTAS

Art. 8º - As alíquotas do Imposto são as seguintes:


I - nas transmissões compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação, a que se refere a Lei nº
4.380, de 21 de agosto de 1964, e legislação complementar:
a) sobre o valor efetivamente financiado - meio por cento;
b) sobre o que exceder - dois por cento;
II - nas demais transmissões, cessões, alienações - dois por cento;
III - nas alienações efetuadas pelo Poder Público, de bens imóveis urbanos destinados ao
assentamento de população de baixa renda, através de programas pré-estabelecidos pelo Poder Público
em loteamento de caráter social na mesma forma - meio por cento.

CAPITULO V
DO CONTRIBUINTE E DO RESPONSÁVEL

Art. 9º - O contribuinte do Imposto é:


I - o adquirente ou cessionário dos bens ou direitos transmitidos ou cedidos;
II - nas permutas, cada um dos permutantes.
Parágrafo Único - Nas transmissões ou cessões que se efetuarem sem o recolhimento do imposto
devido, ficam solidariamente responsáveis por esse pagamento o transmitente e o cedente, os tabeliães,
escrivães e demais serventuários de ofício.

CAPITULO VI
DA BASE DE CÁLCULO

Art. 10 - A base de cálculo do Imposto é o valor dos bens, direitos transmitidos ou pactuados nos
negócios jurídicos, avaliado pelo órgão competente da Municipalidade e será por este fixado e atualizado
periodicamente. (2 documentos)
§ 1º - A atribuição do valor do imóvel, para efeitos fiscais, far-se-á no ato da apresentação da guia de
recolhimento ou no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 2º - O contribuinte que não concordar com o valor previamente fixado poderá apresentar reclamação
contra a avaliação fiscal dentro do prazo de 30 (trinta) dias, ao órgão competente. Cabendo dessa decisão
no mesmo prazo, recurso para órgão superior.
§ 3º - Nos casos abaixo especificados a base de cálculo será:
I - na arrematação ou leilão, o preço pago;
II - na transmissão por sentença declaratória de usucapião, o valor estabelecido pela avaliação judicial;
III - nas dações em pagamento, o valor avaliado dos bens imóveis;
IV - nas permutas, o valor avaliado de cada imóvel ou direito permutado;
V - na transmissão do domínio útil, o valor avaliado do imóvel;
VI - na instituição do usufruto, um quinto do valor avaliado da propriedade;
VII - nas cessões de direito, desistência ou renúncia de herança o valor avaliado do imóvel;
VIII - em qualquer outra transmissão onerosa ou cessão de imóvel ou direito real, não especificada nos
incisos anteriores, o valor avaliado dos bens ou direitos transmitidos;
IX - nos contratos de compromisso de compra e venda quitado, o valor avaliado do imóvel.
§ 4º - Nos compromissos de compra e venda, a base de cálculo será o valor do imóvel ao tempo de
alienação;
§ 5º -Nas promessas ou compromisso de compra e venda é facultado efetuar-se o pagamento do
imposto a qualquer tempo desde que dentro do prazo fixado para pagamento do preço do imóvel.
Optando-se pela antecipação, tomar-se-á por base a data em que for efetuada a antecipação, ficando o
contribuinte exonerado do pagamento do imposto sobre o acréscimo do valor, verificado no momento da
escritura definitiva.
§ 6º - Na sucessão de promitente-vendedor, o imposto será calculado sobre o saldo credor da
promessa de compra e venda do imóvel no momento da abertura da sucessão daquele.
§ 7º - Na avaliação serão considerados, dentre outros, os seguintes elementos, quanto ao imóvel:
I - zoneamento urbano;
II - características da região;
III - características do terreno;
IV - características das benfeitorias e construções existentes;

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V - valores aferidos no mercado imobiliário;
VI - outros dados informativos tecnicamente reconhecidos.

CAPITULO VII
DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

Art. 11 - Nas transmissões ou cessões, por ato "inter-vivos", o contribuinte ou procurador habilitado,
escrivão de notas ou tabelião, antes da lavratura da escritura ou instrumento, expedirão uma guia com a
descrição completa do imóvel;suas características, localização, área de terreno, tipo de construção,
benfeitoria e outros elementos que possibilitem a fixação de seu valor.
Parágrafo Único - O pagamento será efetuado através de documento próprio, expedido pela
Municipalidade.

Art. 12 - O Imposto será pago:


I - até a data da lavratura do instrumento que servir de base à transmissão, quando realizado no
Estado;
II - no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da lavratura do instrumento referido no inciso I, quando
realizada fora do Estado;
III - no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do trânsito em julgado da decisão, se o título de
transmissão for sentença judicial.

CAPITULO VIII
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 13 - Os escrivães, os tabeliães de notas, os oficiais de registros de imóveis e de títulos e


documentos e quaisquer outros serventuários da justiça não poderão praticar quaisquer atos que
importem em transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, bem como suas cessões, sem
que os interessados apresentem comprovante original do pagamento do Imposto, o qual será transcrito
no instrumento respectivo. (1 documento)

Art. 14 - Os serventuários referidos no artigo anterior ficam obrigados a facilitar a fiscalização do


Município no exame, em cartório, dos livros, registros e outros documentos quando solicitadas certidões
de atos que lhe forem lavrados, transcritos, averbados ou inscritos, e concernentes a imóveis ou direitos
a eles relativos.

CAPITULO IX
DAS PENALIDADES

Art. 15 - Ficam sujeitos a multas de:


I - cem por cento do Imposto devido os que deixarem de mencionar os frutos pendentes e outros bens
transmitidos juntamente com a propriedade;
II - cinquenta por cento do Imposto devido aqueles que não o recolherem nos prazos previstos no art.
10;
III - multa de cinquenta por cento do Imposto devido nos demais casos.

Art. 16 - A falta ou inexatidão de declaração relativa a elementos que possam influir no cálculo do
Imposto, com evidente intuito de sonegação, fraude e conluio, sujeitará o contribuinte e os que com ele
concorrerem, a multa de três vezes o valor do Imposto sonegado.
Parágrafo Único - As multas constantes nos artigos 15 e 16, serão reduzidas em cinqüenta por cento
(50%), de seu valor, quando, no prazo de trinta dias da intimação, o sujeito passivo da obrigação tributária
liquidar o débito fiscal.

CAPITULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 17 - Nas transações em que figurem como adquirente ou cessionário, pessoas imunes ou isentas,
em casos de não-incidência, a comprovação do não-pagamento do imposto, será substituída por
documento expedido pela autoridade fiscal competente.

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Art. 18 - Na aquisição de terreno ou fração ideal de terreno, bem como a cessão dos respectivos
direitos, cumulados com contratos de construção por empreitada ou administração, deverá ser
comprovada a pré-existência do referido contrato, sob pena de ser exigido o imposto sobre o imóvel,
incluída a construção e/ou benfeitorias, no estado em que se encontrar por ocasião do ato translativo da
propriedade.

Art. 19 - Aplicam-se no que couber, os princípios, normas e demais disposições do Código Tributário
Municipal relativo à Administração Tributária.

Art. 20 - O Prefeito baixará, no prazo de 30 (trinta) dias um regulamento da presente lei.

Art. 21 - Esta lei entrará em vigor a partir de 1º de março de 1989, revogadas as disposições em
contrário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE, 27 DE JANEIRO DE 1.989.

LÚDIO MARTINS COELHO

Prefeito Municipal

7.Código Administrativo de processo fiscal / Lei Complementar n.02/92

LEI COMPLEMENTAR N. 02, DE 15 DE DEZEMBRO DE 19924.

INSTITUI O CÓDIGO ADMINISTRATIVO DE PROCESSO FISCAL DE CAMPO GRANDE-MS E DÁ


OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS:

Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL


DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o procedimento administrativo do Processo Fiscal de determinação e
exigência de créditos tributário do Município de Campo Grande - MS, e o de consulta, sobre a aplicação
da legislação tributária municipal.

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DOS PRAZOS PROCESSUAIS

Art. 2º - Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia do início e incluindo se o do
vencimento.

Art. 3º - Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no órgão em que corra o
processo ou deva ser praticado o ato.

Art. 4º - A autoridade julgadora, atendendo às circunstâncias especiais, poderá, em despacho


fundamentado:
I - acrescer em 8 (oito) dias o prazo para a impugnação da exigência ou contestação;
II - prorrogar, por tempo nunca superior a 20 (vinte) dias, o prazo para a realização de diligência ou
perícia.
§ 1º - A prorrogação do prazo para apresentar a impugnação da exigência fiscal ou contestação não
implicará na concessão de novo prazo para pagamento do crédito tributário.
4
http://www.campogrande.ms.gov.br/sefin/wp-content/uploads/sites/29/2017/02/20131101091830.pdf. Acesso 25.03.2019 às 13hr04min

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CAPÍTULO II
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 5º - Os atos e termos processuais, quando a lei - não prescrever forma determinada, conterão
somente o indispensável a sua finalidade, sem espaço em branco e sem entrelinhas, rasuras ou emendas
não ressalvadas.

Art. 6º - O processo será organizado em ordem cronológica e terá suas folhas numeradas e rubricadas.

Art. 7º - Salvo disposições em contrário, o funcionário executará os atos processuais no prazo máximo
de 8 (oito) dias.

Art. 8º - É facultado ao sujeito passivo ou a quem o represente, ter vista do processo em que for parte,
dele podendo ter cópia.

Art. 9º - Os interessados apresentarão suas petições e os documentos que as instruíram devendo a


autoridade administrativa competente dar prova de seu recebimento.

Art. 10 - Os documentos apresentados pela parte poderão ser restituídos em qualquer fase do
processo, desde que não haja prejuízo para a solução deste, a critério da autoridade julgadora, exigindo-
se sua substituição por cópias autenticadas.

CAPÍTULO III
DA INTIMAÇÃO

Art. 11 - Os interessados deverão ter ciência do ato que determinar o início do processo administrativo
tributário, bem como de todos os demais de natureza decisória ou que lhes imponham a prática de
qualquer ato.

Art. 12 - Far-se-á a intimação:


I - pessoalmente, sempre que possível, pelo autor do procedimento ou por servidor competente,
comprovada com a assinatura do intimado, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com a
declaração escrita de quem o intimar, presente 2 (duas) testemunhas;
II - por via postal ou telegráfica, com prova de recebimento;
III - por edital, quando resultarem improfícuos os meios referidos nos incisos I - ou II.
Parágrafo único - O edital será publicado uma vez no órgão oficial do Estado e uma vez na imprensa
local de grande circulação, afixando-se, ainda, cópia do edital em dependência franqueada ao público do
órgão encarregado da intimação.

Art. 12. Far-se-á a intimação:


I - por via postal ou telegráfica, com prova de recebimento;
II - por edital, quando resultar improfícuo o meio referido no inciso I;
III - pessoalmente.
§ 1º - Na intimação do Auto de Infração, sempre que possível, a ciência se dará pessoalmente, pelo
autor do procedimento ou por servidor competente, comprovada com a assinatura do intimado ou seu
representante legal, ou, em caso de recusa, com a declaração escrita de quem o intimar, presente 01
(uma) testemunha.
§ 2º - O edital será publicado uma única vez no órgão oficial do Município.
(Nova redação do art. 12 dada pelo art. 19 da Lei Complementar n. 47 de 07.06.2002)

Art. 12. Far-se-á a intimação:


I. Por via postal, com prova de recebimento;
II. Por meio eletrônico, na forma do regulamento;
III. Pessoalmente ao próprio sujeito passivo, a seus familiares, prepostos ou empregados;
IV. Por edital, quando resultarem improfícuos quaisquer dos meios referidos nos incisos anteriores.
§ 1°. Na intimação do Auto de Infração, sempre que possível, a ciência se dará pessoalmente, pelo
autor do procedimento ou por servidor competente, comprovada com a assinatura do intimado ou seu
representante legal, ou, em caso de recusa, com a declaração escrita de quem o intimar, presente 01
(uma) testemunha;

105
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§ 2°. O edital será publicado uma única vez no órgão oficial do Município.
§ 3°. Os meios de intimação previstos nos incisos I, II e III deste artigo não estão sujeitos à ordem de
preferência. (nova redação do art. 12 dada pelo art. 1º da LC 143/09)

Art. 13. Considerar-se-á feita a intimação:


I. Quando pessoal, na data da ciência do autuado ou da declaração de quem fizer a intimação;
II. Quando por via postal, na data do recebimento e, se a data for omitida, 15 (quinze) dias após a
entrega da intimação à agência postal telegráfica;
III. Quando por meio eletrônico, na forma do regulamento;
IV. Quando por edital, 30 (trinta) dias após a publicação e fixação do mesmo.(nova redação do art. 13
dada pelo art. 2º da LC 143/09)

Art. 14 - Prescinde de assinatura a intimação emitida por processo eletrônico.

CAPÍTULO IV
DA NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO

Art. 15. A ciência da Notificação de Lançamento poderá ser feita nas formas previstas no art. 13
desta Lei e deverá conter: (nova redação do caput dada pelo art. 3º da LC 143/09)
I - o tributo lançado;
II - a data da postagem dos avisos de lançamento;
III - a data dos vencimentos dos pagamentos;
IV - a intimação para que o contribuinte, decorrido 15 (quinze) dias da data da postagem sem que
tenha recebido o aviso do lançamento, procure o junto ao órgão competente.
§ 1º - A publicação na imprensa deverá ser feita no período de 10 (dez) dias, a contar da postagem;
§ 2º - considerar-se-á feita a Notificação de Lançamento 15 (quinze) dias após a publicação do edital
na imprensa oficial do Estrado e na imprensa local de grande circulação.
§ 2º - considerar-se-á feita a ciência do sujeito passivo em 15 (quinze) dias após a publicação do edital
na imprensa oficial do Município. (nova redação do §2º dada pelo art. 3º da LC 143/09)

CAPÍTULO V
DAS NULIDADES

Art. 16 - A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou
sejam consequências.

Art. 17 - As irregularidades, as incorreções e omissões diferentes das referidas no artigo anterior não
importarão em nulidade e serão sanadas de ofício ou a requerimento da parte, quando não resultarem
em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na
solução do litígio.

Art. 18 - Na declaração de nulidade, a autoridade competente, em despacho devidamente


fundamentado, especificará quais os atos alcançados e determinará as providências necessárias ao
prosseguimento ou à solução do processo.

TÍTULO II
DO PROCESSO EM GERAL
CAPÍTULO I
DO PROCEDIMENTO FISCAL

Art. 19 - O procedimento fiscal tem início com:


I - o primeiro ato de ofício, escrito e praticado por funcionário competente, cientificando o sujeito
passivo da obrigação tributária ou seu representante, mandatário ou preposto;
II - a lavratura de termo de apreensão de mercadorias, documentos ou livros.
Parágrafo único - O início do procedimento excluía espontaneidade do sujeito passivo em relação aos
atos anteriores e, independentemente de intimação, as dos demais envolvidos nas infrações verificadas.

Art. 20 - A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização


lavrará os termos necessários para que se documente o início e o término do procedimento.

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Parágrafo único - Os termos que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um
dos livros fiscais exibidos, quando lavrados em separado, deles se entregará, à pessoa sujeita à
fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.

Art. 21 - A exigência do crédito tributário será formalizada em Notificação ou Auto de Infração, distintos
para cada tributo.
Parágrafo único - Quando mais de uma infração à legislação decorrer do mesmo fato e a comprovação
dos ilícitos depender dos mesmos elementos de convicção, a exigência será formalizada em um só
instrumento e alcançará todas as infrações e infratores.

Art. 22 - revogado pelo art. 22 da Lei Complementar n. 47 de 07.06.2002)

Art. 23 revogado pelo art. 22 da Lei Complementar n. 47 de 07.06.2002

Art. 24 - A Notificação Fiscal e o Auto de Infração serão objetos de um único instrumento lavrado por
funcionário competente, com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, e conterão
obrigatoriamente:
I - qualificação do autuado;
II - a atividade geradora do tributo e respectivo ramo de negócio;
III - o local, a data e a hora da lavratura;
IV - a descrição do fato que constitui - infração e as circunstâncias pertinentes;
V - a indicação do disposto legal infringido e a penalidade aplicável;
VI - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo legal;
VII - a assinatura do autuante e a indicação do seu cargo ou função, aposta sobre o carimbo;
VIII - a ciência do autuado, seu mandatário ou preposto, ou termo relativo à sua recusa.
§ 1º - As omissões ou incorreções do auto não acarretarão a sua nulidade quando do processo
constarem elementos suficientes para a determinação da natureza da infração e da figura do infrator.
§ 2º - Prescindem de assinatura a Notificação Fiscal ou Auto de Infração emitido por processo
eletrônico.
§ 3º - A assinatura do autuado não constitui - formalidade essencial à validade do auto, não implica em
confissão, nem sua recusa agravará a pena.
§ 4º - Além dos elementos definidos neste artigo, o Auto de Infração poderá conter outros para maior
clareza da descrição da infração e identificação do infrator.
§ 5º - Havendo alteração do Auto de Infração, que resulte em prejuízo para a impugnação, deverá ser
o autuado cientificado no prazo de 15 (quinze) dias, para se manifestar.

Art. 25 - O funcionário que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária municipal e não for
competente para formalizar a exigência, deve, e qualquer pessoa pode, comunicar o fato, em
representação circunstanciada à autoridade competente, que adotará as providências necessárias.
Parágrafo único - O funcionário que não observar o disposto no "caput" deste artigo ficará sujeito a
pena de responsabilidade funcional.

Art. 26 - A autoridade preparadora determinará que seja informado no processo, se o infrator é


reincidente, conforme definição da lei - específica, se essa circunstância não tiver sido declarada na
formalização da exigência.

Art. 27 - Considera-se convencido do débito fiscal o contribuinte que pagar o tributo ou requerer seu
parcelamento no prazo previsto na intimação, assumindo caráter de transação não cabendo mais defesa
ou recurso para o mesmo.

CAPÍTULO II
DA APREENSÃO DE BENS, LIVROS E DOCUMENTOS

Art. 28 - Poderão ser apreendidos os bens imóveis, inclusive mercadorias, livros e documentos, que
constam prova material de infração à legislação tributária, em estabelecimento comercial, industrial,
produtor ou profissional do contribuinte, seu preposto, responsável ou de terceiros, ou ainda, em outros
lugares, inclusive, em trânsito.

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Parágrafo único - Havendo prova ou fundada suspeita que os bens se encontram em residência
particular ou lugar utilizado como moradia, serão promovidas a busca e apreensão judicial, sem prejuízo
das medidas necessárias para evitar a remoção clandestina dos mesmos.

Art. 29 - A apreensão far-se-á sempre mediante Auto circunstanciado, observadas, no que couber, as
normas relativas à lavratura do Auto de Infração, além da descrição dos bens, livros e documentos
apreendidos, a indicação do lugar onde ficaram depositados e a assinatura do depositário.
§ 1º - Os bens, livros e documentos apreendidos ficarão depositados na repartição fiscal competente.
§ 2º - Em se tratando de mercadorias poderão ficar depositadas em mãos de terceiros ou do próprio
detentor, a critério da autoridade que fizer a apreensão, se este for idôneo e possuir domicílio fiscal certo
e conhecido, dentro do Município.
Art. 30 - Os documentos ou livros apreendidos poderão ser devolvidos a requerimento do autuado,
quando não houver inconveniente para a comprovação da Infração, sendo substituídos por cópias
autenticadas.

Art. 31 - A devolução de mercadorias somente será autorizada se o interessado, dentro de 5(cinco)


dias, contados da apreensão, exibir elementos que facultem a verificação do pagamento do imposto
porventura devido ou, se for o caso, elementos que provem a regularidade da situação do contribuinte ou
da mercadoria perante o Fisco, e, após o pagamento, em qualquer caso, das despesas de apreensão.
Parágrafo único - Se as mercadorias forem de rápida deterioração, o prazo para o contribuinte retirar
os bens será de até 24 (vinte e quatro) horas em função do estado ou natureza das mesmas.

Art. 32 - Findo o prazo previsto para a devolução das mercadorias será iniciado o processo destinado
a levá-las à venda em leilão público paga pagamento do imposto devido, da multa e das despesas de
apreensão.
Parágrafo único - Na hipótese, e findo o prazo do Parágrafo único - do artigo anterior, as mercadorias
serão avaliadas pelo órgão competente e distribuídas entre hospitais ou instituições de caridade ou de
assistência social, mediante recibo.

Art. 33 - Apurando-se, na venda, importância superior ao devido à Fazenda Pública Municipal, será o
autuado notificado para receber o excedente.

Art. 34 - O contribuinte que não concordar com o lançamento poderá reclamar, em petição devidamente
fundamentada, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência ou do recebimento do aviso.

Art. 35 - A impugnação contra lançamento far-se-á por petição endereçada à autoridade competente
e será instruída com os documentos em que se fundamentar.

Art. 36 - A impugnação contra lançamento terá efeito suspensivo da cobrança dos tributos lançados.
Parágrafo único - A autoridade competente poderá, de plano, rejeitar ou indeferir a impugnação quando
verificar que a mesma tem objetivos exclusivamente protelatórios para o cumprimento da obrigação ou
recolhimento do tributo devido, sujeitando-se, nesse caso, o sujeito passivo, ao pagamento do principal
corrigido, acrescidos de juros e multas devidas.

Art. 37 - Da decisão proferida no processo de impugnação caberá recurso voluntário à Junta de


Recursos Fiscais.

TÍTULO III
DO PROCESSO CONTENCIOSO
CAPÍTULO I
DO LITÍGIO

Art. 38 - A impugnação da exigência tem efeito suspensivo e instaura a fase litigiosa do procedimento.

Art. 39 - Impugnação do interessado, mencionará os motivos de fato e de direito em que se


fundamentam, será formalizada por escrito e instruída com a apresentação de documentos, e será
protocolada no órgão Preparador no prazo de 15 (quinze) dias, contados da intimação do ato respectivo.

Art. 40 - É assegurado ao sujeito passivo o direito de ampla defesa.

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Art. 41 - O contribuinte poderá depositar espontaneamente a importância do valor impugnado,
calculado até a data do ato, e, a partir dessa data, o crédito tributário não ficará sujeito a correção
monetária, nem sobre ele serão devidas multas, nem qualquer acréscimo moratório.

Art. 42 - O autuado poderá apresentar impugnação parcial do Auto de Infração, desde que comprove
o pagamento referente à parte não impugnada.

Art. 43 - A impugnação mencionará:


I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
II - a qualificação do impugnante;
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;
IV - quando cabível, as diligências pretendidas, expostos os motivos que as justifiquem.

Art. 44 - Apresentada a impugnação, o processo será encaminhado, em 05 (cinco) dias, ao autuante


para que ofereça contestação às razões de defesa, no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 45 - A autoridade julgadora determinará de ofício ou a requerimento do sujeito passivo, a realização


de diligência, inclusive perícias, quando entendê-las necessárias, indeferindo as que considerar
prescindíveis ou impraticáveis.
Parágrafo único - O sujeito passivo apresentará os pontos de discordância, as razões e provas que
tiver e indicará, no caso de perícia, o nome e o endereço de seu perito.

Art. 46 - Se deferido o pedido de perícia, a autoridade designará funcionário para, como perito da
Fazenda, proceder, juntamente com o perito do sujeito passivo, ao exame do requerido.
§ 1º - Se as conclusões dos peritos forem divergentes prevalecerá a que coincidir com o exame
impugnado.
§ 2º - A autoridade preparadora fixará prazo para realização da perícia, atendidos o grau de
complexidade da mesma e o valor do crédito tributário em litígio.

Art. 47 - Se da realização de diligência, de perícia ou na contestação, o Fiscal de Rendas indicar fatos


novos ou alterar de qualquer forma o procedimento inicial, resultando em agravamento da exigência, será
reaberto ao autuado novo prazo para impugnação.

Art. 48 - Não atendida a intimação contida no Auto de Infração, e não havendo impugnação no prazo
legal, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor do procedimento.
Parágrafo único - No caso deste artigo, o sujeito passivo da obrigação tributária, será considerado
revel, do que será lavrado o respectivo termo declaratório e julgado à revelia pela autoridade de Primeira
Instância.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 49 - Fica criado, na estrutura da Secretaria Municipal das Finanças, o Departamento de Julgamento
e Consultas.

Art. 50 - O Departamento de Julgamento e Consultas é o órgão julgador administrativo fiscal de


Primeira Instância e responsável pela emissão de parecer em Processo de Consulta.
§ 1º - O Departamento de Julgamento e Consultas será composto por 05 (cinco) membros, sendo 01
(um) membro designado para a função de Diretor, e 04 (quatro) membros julgadores, indicados pelo
Secretário Municipal das Finanças e nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.
§ 2º - Os membros do Departamento e Consultas deverão ter formação universitária com reconhecida
experiência em legislação tributária e pertencer ao quadro dos funcionários municipais,
preferencialmente, ligados à área de tributação e fiscalização.

Art. 51 - Compõe ainda o Departamento de Julgamento e Consultas um núcleo de expediente, formado


por 03 (três) funcionários, aos quais compete:
I - protocolar o Auto de Infração e os pedidos de consultas;
II - proceder o registro dos Autos de Infração nos livros de controle;
III - sanear o processo;

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IV - controlar a execução dos prazos;
V - proceder a intimação do autuado para apresentar defesa, no caso de recusa de assinatura
declarada na peça fiscal, ou ao cumprimento da exigência necessária, quando couber;
VI - controlar o registro dos antecedentes fiscais do autuado e informar no processo sobre os mesmos;
VII - proceder o encaminhamento do processo;
VIII - proceder a intimação das partes para a ciência e cumprimento da decisão;
IX - intimar o consulente para tomar ciência do parecer formulado em resposta à consulta;
X - cumprir com outras atribuições previstas em regulamento.

Art. 52 - Compete ao Diretor do Departamento de Julgamento e Consultas:


I - conhecer todos os processos que derem entrada no Departamento;
II - distribuir os processos;
III - determinar o saneamento dos processos;
IV - determinar o cumprimento das diligências de terminadas pelos julgadores;
V - analisar a resposta da consulta e determinar que seja encaminhado ao Secretário Municipal das
Finanças para homologação;
VI - sugerir ao Secretário Municipal das Finanças a expedição de ato normativo;
VII - determinar a intimação do contribuinte para o cumprimento da decisão;
VIII - cumprir com outras atribuições previstas em Regulamento.

Art. 53 - Compete aos julgadores do Departamento de Julgamento e Consultas:


I - julgar os processos administrativos fiscais em Primeira Instância;
II - emitir parecer sobre a interpretação da legislação tributária municipal em Processo de Consulta;
III - cumprir com outras atribuições previstas em Regulamento.

CAPÍTULO III
DO JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 54 - O processo será julgado no prazo de 15 (quinze) dias, a partir do seu recebimento pela
autoridade julgadora.
Parágrafo único - A autoridade julgadora não fica restrita às alegações das partes, devendo julgar de
acordo com sua convicção, em face das provas produzidas no processo, podendo ainda terminar as
diligências que entender necessárias e o prazo para concluí-las.

Art. 55 - A decisão de Primeira Instância conterá:


I - relatório que mencionará os elementos e atos informadores, instruitórios e probatórios do processo,
de forma resumida;
II - fundamentos de fato e de direito;
III - conclusão;
IV - o valor originário do tributo e a imposição de penalidade;
V - ordem de intimação.

Art. 56 - As inexatidões materiais devidas a lapso manifesto, os erros de escrita ou de cálculo e as


obscuridades existentes na decisão, poderão ser corrigidas, de ofício ou a requerimento do contribuinte,
pela própria autoridade julgadora, não podendo importar na alteração de direito da decisão.

Art. 57 - Na decisão em que for julgada questão preliminar, será também julgado o mérito, salvo quando
incompatíveis.

Art. 58 - O órgão competente dará ciência da decisão ao contribuinte, intimando-o, quando for o caso,
a cumpri-la no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 59 - Se a autoridade que tiver de julgar o processo não o fizer, sem causa justificada, no prazo
estabelecido, a decisão será proferida pelo seu substituto legal, designado pelo Secretário Municipal das
Finanças, observando o mesmo prazo do artigo 54, sob pena de responsabilidade, mencionando-se o
ocorrido no processo.

Art. 60 - Da decisão de Primeiras Instância não caberá pedido de reconsideração.

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TÍTULO IV
DOS RECURSOS

Art. 61 - Da decisão de Primeira Instância caberá recurso:


I - de ofício;
II - voluntário.

CAPÍTULO II
DO RECURSO DE OFÍCIO

Art. 62 - O recurso de ofício será interposto, obrigatoriamente, para a Junta de Recursos Fiscais, no
ato da decisão de Primeira Instância, quando essa, total ou parcialmente, cancelar ou reduzir créditos
tributários decorrentes de Auto de Infração ou de Notificação Fiscal, com valores originários, superior a
300 (trezentas) UFIC's.
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica quando o julgamento contrário à Fazenda decorrer de erro
de fato, inequivocamente reconhecido pelo próprio autor do procedimento ou se referir exclusivamente à
obrigação acessória.
§ 2º - Não sendo interposto o Recurso de Ofício, o funcionário que verificar a omissão, representará à
autoridade julgadora, por intermédio de sua chefia imediata, a fim de que seja sanada a falta.

CAPÍTULO II
DO RECURSO VOLUNTÁRIO

Art. 63 - O Recurso Voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, deverá ser interposto à Junta
de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência da decisão de Primeira Instância.

Art. 64 - Se dentro do prazo legal, não for efetuado o pagamento, nem apresentado recurso, lavrar-se-
á certidão de decurso de prazo e será o processo encaminhado ao órgão competente para inscrição em
dívida ativa.

Art. 65 - Apresentado o recurso, será ouvido o autor do procedimento, no prazo de 15 (quinze) dias,
sobre as razões oferecidas, encaminhando o processo à Junta de Recursos Fiscais.

Art. 66 - Não cabe pedido de reconsideração de decisão prolatada em qualquer instância.

CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA DA JUNTA DE RECURSOS FISCAIS

Art. 67 - Compete à Junta de Recursos Fiscais:


I - conhecer e julgar os recursos da decisão de Primeira Instância Administrativa;
II - pronunciar-se sobre questões fiscais quando solicitado pelo Secretário municipal das Finanças;
III - elaborar o Regimento Interno, para aprovação pelo Prefeito Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias,
a contar de sua instalação.
IV - cumprir com outras atribuições que lhe forem conferidas no seu Regimento.

Art. 68 - O Regimento da Junta de Recursos Fiscais, a ser elaborado pelos seus membros, consolidará
as disposições legais e regulamentares e disporá sobre a composição, a competência e funcionamento
da mesma e ainda, sobre a ordem e organização de seus trabalhos, a tramitação interna dos processos
e ao exercício de suas atribuições.
Parágrafo único - Serão designados, pelo Prefeito Municipal, o Presidente e o Vice Presidente da Junta
para o primeiro ano de seu funcionamento, e, nos anos posteriores, a escolha dos dirigentes será feita de
acordo com as normas definidas pelo Regimento Interno.

CAPÍTULO IV
DA COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Art. 69 - A Junta de Recursos Fiscais será composta por 07 (sete) membros, sendo 04 (quatro)
membros representantes da Prefeitura e 03 (três) membros representantes dos contribuintes.

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Parágrafo único - Será nomeado um suplente para cada membro da Junta, convocado para servir nas
faltas ou impedimento dos titulares.

Art. 70 - Os membros da Junta de Recursos Fiscais e seus suplentes serão nomeados pelo prefeito
Municipal, com mandato de 02 (dois) anos, podendo ser reconduzidos.
§ 1º - Os membros da Junta deverão ser portadores de título universitário e de reconhecida experiência
em matéria tributária.
§ 2º - Os 03 (três) membros representantes dos contribuintes, tanto os efetivos, como os suplentes,
serão indicados em lista tríplice, pelas entidades representativas de classe a saber:
I - 01 (um) representante dos contribuintes;
II - 01 (um) representante dos industriais;
III - 01 (um) representante dos prestadores de serviços.
§ 3º - Os membros representantes da Prefeitura, trato os efetivos, como os suplentes, serão indicados
pelo Secretário Municipal das Finanças, escolhidos dentre funcionários efetivos do Município.

Art. 71 - Se ocorrer vaga antes de expirado o mandato, o respectivo membros suplente a ocupará pelo
restante do prazo e será nomeado outro suplente para substituí-lo.

Art. 72 - Será considerado vago o lugar na Junta, cujo membro não tenha tomado posse no prazo de
30 (trinta) dias, contados da publicação da nomeação na imprensa oficial do Estado.

Art. 73 - Perderá o mandato o membro que:


I - deixar de comparecer a 03 (três) sessões consecutivas ou 06 (seis) intercaladas, no mesmo
exercício, sem motivo justificado por escrito;
II - usar de meios ou atos de favorecimento, bem como proceder no exercício de suas funções com
dolo ou fraude.
III - recusar, omitir ou retardar o exame e o julgamento do processo, sem justo motivo.
§ 1º - A perda do mandato será declarada por iniciativa do Presidente da Junta de Recursos Fiscais,
após apuração em processo regular.
§ 2º - O Prefeito Municipal poderá, independentemente da iniciativa do Presidente da Junta, determinar
a apuração em processo disciplinar dos fatos referidos neste artigo, declarando, se for o caso, a perda do
mandato.

Art. 74 - Os membros da Junta perceberão uma gratificação por sessão a que comparecerem, no valor
a ser fixado em Decreto do Executivo.

Art. 75 - A fim de preparar o Processo e atender os serviços de expediente, a Junta de Recursos


Fiscais terá uma Secretaria, que será composta por 01 (um) Secretário e 02 (dois) funcionários, cujas
atribuições serão definidas no Regimento Interno.

CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA

Art. 76 - Compete à Junta de Recursos Fiscais julgar:


I - o recurso de ofício;
II - o recurso voluntário.

Art. 77 - A Junta de Recursos Fiscais reunir-se-á ordinariamente, em dia e horário previamente


estabelecidos, e, extraordinariamente, quando razões especiais assim exigirem.

Art. 78 - As sessões de julgamento da Junta de Recursos Fiscais serão públicas e só poderão deliberar
estando presente a maioria absoluta de seus membros.
Parágrafo único - As decisões serão tomadas por maioria de votos e compete ao Presidente, no caso
de empate, o voto de qualidade.

Art. 79 - A Procuradoria jurídica do Município emitirá parecer em todos os recursos, no prazo de 08


(oito) dias, a contar da data em que receberem o processo, antes de sua distribuição ao Relator.
Parágrafo único - O autor do parecer, sempre que possível, deverá estar presente, ou se fazer
representar, nas sessões de julgamento da Junta de Recursos Fiscais, não tendo direito a voto.

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Art. 80 - Os processo de recursos serão encaminhados aos membros da Junta de Recursos Fiscais
mediante sorteio, garantida a igualdade numérica e obedecendo rigorosamente à ordem cronológica.

Art. 81 - O Relator, dentro de 15 (quinze) dias, encaminhará os processos que lhe forem distribuídos,
com os relatórios, para o Presidente da Junta, a fim de que sejam incluídos em pauta de julgamento.
Parágrafo único - As pautas de julgamento serão publicadas na imprensa oficial do Estado e afixadas
em local franqueado ao público, onde funciona a Junta de Recursos Fiscais, com antecedência mínima
de 07 (sete) dias.

Art. 82 - Na sessão de julgamento, após o relatório, caso haja interesse, cada uma das partes disporá,
para sustentação oral, de quinze minutos, prorrogáveis por igual tempo.

Art. 83 - Quando, a requerimento do Relator, for realizado qualquer diligência, será prorrogado por um
período de 08 (oito) dias o prazo para a entrega do relatório devidamente concluído, contados da data
em que receber a diligência cumprida.

Art. 84 - Deverão declarar-se impedidos de participar do julgamento, os membros que:


I - tenham participado, a qualquer título, no procedimento fiscal, no processo em Primeira Instância ou
em diligência que lhe tenha dado origem;
II - sejam sócios, acionistas, interessados, ou membro da Diretoria ou do Conselho da sociedade ou
empresa envolvidas no processo;
III - sejam parentes do recorrentes, até terceiro grau.

Art. 85 - As decisões referentes a processo julgado pela Junta de Recursos Fiscais receberá a forma
de acórdão, cujas conclusões serão publicadas na imprensa oficial do Estado, com a ementa sumariando
a matéria decidida.

Art. 86 - O acórdão será lavrado pelo Relator, até 08 (oito) dias após o julgamento.
Parágrafo único - Se o Relator for vencido, o Presidente designará, para redigi-lo, dentro do mesmo
prazo, um dos membros cujo voto tenha sido vencedor.

CAPÍTULO VI
DA EFICÁCIA E DA EXECUÇÃO DAS DECISÕES

Art. 87 - São definitivas as decisões:


I - de Primeira Instância, não sujeitas a recursos de ofício e esgotado o prazo para recurso voluntário,
sem que este tenha sido interposto;
II - de Segunda Instâncias, de que não caiba pedido de reconsideração ou, se cabível, quando
decorrido o prazo, sem sua interposição.
Parágrafo único - Quando o recurso voluntário for parcial, tornar-se-á definitiva, desde logo, a parte da
decisão que não tenha sido objeto de recurso.

Art. 88 - Transitada em julgado a decisão condenatória, o processo será enviado ao órgão competente
para que sejam adotadas as seguintes providências:
I - A intimação do contribuinte para que efetue o pagamento da importância da condenação;
II - a conversão do valor do depósito em dinheiro;
III - encaminhamento ao órgão competente, para inscrição do crédito tributário em dívida ativa,
decorrido o prazo para o cumprimento da decisão.

Art. 89 - Quando os valores depositados forem superiores ao montante da dívida, será o excesso
colocado à disposição do interessado, e, sendo inferiores, será o devedor intimado a recolher o débito
remanescente no prazo de 15 (quinze) dias.

TÍTULO V
DO PROCESSO DA CONSULTA

Art. 90 - É assegurado a qualquer cidadão que tiver legítimo interesse, o direito de consulta sobre a
interpretação da Legislação Tributária Municipal.

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Parágrafo único - Estender-se o direito de consulta qualquer pessoa jurídica de direito público ou
privado, desde que mantenha alguma relação ou interesse com a legislação ou tributo.

Art. 91 - A consulta deverá ser dirigida ao Diretor do Departamento de Julgamento e Consultas, que
terá o prazo de 20 (vinte) dias para apreciar e decidir sobre a matéria consultada.

Art. 92 - A consulta, apresentada por escrito, deverá versar somente sobre dúvidas ou circunstâncias
relativas à situação do consulente e indicará, de forma clara e objetiva, os elementos indispensáveis ao
entendimento da situação de fato ou direito, instruindo, se necessário, com documentos.
Parágrafo único - O consulente deverá elucidar se a consulta versa sobre hipótese ou sobre fato
gerador da obrigação tributária já ocorrido e, neste caso, a data de sua ocorrência.

Art. 93 - A fim de melhor instruir o processo, poderão ser solicitadas informações e realização de
diligência.
Parágrafo único - O prazo para apresentação de pareceres e diligências será de 20 (vinte) dias,
prorrogáveis por igual período, a critério da autoridade competente.

Art. 94 - Nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o contribuinte relativamente à espécie
consultada, a partir da apresentação da consulta, até o término do prazo fixado na resposta.
§ 1º - A apresentação da consulta suspende o curso do prazo para pagamento do tributo em relação
ao fato da consulta.
§ 2º - A suspensão do prazo de que trata o parágrafo anterior não produz efeitos com relação ao tributo
devido sobre as demais operações realizadas.

Art. 95 - A consulta formulada sobre matéria relativa à obrigação tributária principal, apresentada após
prazo estipulado para o pagamento do tributo a que se referir, não elide, se considerado esse devido, a
incidência dos acréscimos legais.

Art. 96 - A consulta não produzirá qualquer efeito e será indeferida de plano, quando:
I - formulada depois de iniciado o procedimento fiscal contra os consulentes;
II - formulada após a lavratura da Notificação Fiscal ou Auto de Infração, cujos fundamentos se
relacionem com a matéria consultada;
III - formulada em desacordo com os artigos 91 e 92;
IV - o fato já houver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou
litígio em que tenha sido parte o consulente;
V - manifestamente protelatória;
VI - o fator estiver disciplinado em ato normativo, publicado antes de sua apresentação;
VII - o fato estiver definido ou declarado em disposição literal da Lei;
VIII - o fato for definido como crime ou contravenção penal;
IX - não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir ou não contiver os elementos
necessários à solução, salvo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade julgadora.

Art. 97 - Da resposta do processo de consulta, aprovada pelo Secretário Municipal das Finanças, será
dada ciência ao consulente, que terá o prazo de 20 (vinte) dias para adotar o procedimento por ela
determinado.

Art. 98 - Findo o prazo a que se refere o artigo anterior e não tendo o consulente procedido de acordo
com os termos da resposta, ficará ele sujeito:
I - ao pagamento do tributo atualizado, mais multas e juros;
II - à autuação.

Art. 99 - O órgão competente poderá propor ao Secretário Municipal das Finanças a expedição de ato
normativo com base na resposta da consulta sempre que uma resposta tiver interesse geral.

Art.100 - Não cabe recurso voluntário, nem pedido de reconsideração da resposta proferida em
processo de consulta.

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TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art.101 - O ingresso do interessado em juízo não suspenderá o curso do Processo Administrativo


Fiscal, salvo se decisão judicial assim o determinar.

Art.102 - Ficam criados na Secretaria Municipal das Finanças 01 (um) cargo em Comissão de Diretor
do Departamento de Julgamento e Consultas, símbolo CC3 e 04 (quatro) cargos de membros julgador de
Primeira Instância, símbolo CC4.

Art.103 - Fica criado na Junta de Recursos Fiscais 01 (um) cargo em comissão de Secretário da Junta
de Recursos Fiscais, símbolo CC5.

Art.104 - Poderá ser suspenso o Processo Administrativo Fiscal mediante requerimento do


interessado, devidamente fundamentado, a critério do Secretário Municipal das Finanças, por aprazo
nunca superior a 60 (sessenta) dias.

Art.105 - Aplicam-se as normas constantes da presente lei aos processos não definitivamente julgados
na via administrativa.

Art.106 - Serão observadas, subsidiariamente na aplicação desta Lei, as normas do Código Tributário
Nacional, os princípios gerais do Direito Público, a Legislação Federal pertinente à espécie e à
jurisprudência dos tribunais.

Art.107 - As despesas decorrentes da presente lei correrão por conta da dotação orçamentária própria,
suplementada, se necessário.

Art.108 - O Poder Executivo expedirá decreto regulamentando a aplicação desta Lei.

Art.109 - Esta lei entra em vigor na data de sua aplicação.

Art.110 - Revogando-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE, 15 DE DEZEMBRO DE 1992.

LÚDIO MARTINS COELHO


Prefeito Municipal

8. Estatuto do Servidor / Lei Complementar n.190/11

LEI COMPLEMENTAR nº. 190, DE 22 DE DEZEMBRO DE 20115

Dispõe sobre o Regime Jurídico único dos Servidores Públicos do Município de Campo Grande, e dá
outras providências.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, NELSON TRAD FILHO, Prefeito Municipal de
Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO ÚNICO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Poder Legislativo
e dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas do Poder Executivo, de
natureza estatutária e de direito público.
5
Disponível em: http://apl04.pmcg.ms.gov.br:8080/leisweb/# - acesso em 22.03.2019.

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Art. 2º As relações entre a Administração Municipal e os seus servidores subordinam-se aos princípios
constitucionais da igualdade, da impessoalidade, da legalidade, da moralidade e da eficiência, bem como
aos demais inscritos no art. 37 da Constituição Federal e às disposições desta Lei Complementar.

Art. 3º Os Poderes Executivo e Legislativo instituirão, no âmbito de suas competências, planos de


carreiras e remuneração para seus servidores, assegurando isonomia de vencimentos, com fundamento
no § 1º do art. 39 da Constituição Federal, para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas,
ressalvadas as vantagens de caráter pessoal e as relativas ao local de trabalho.

Parágrafo único. A instituição dos planos de carreiras, no âmbito do Poder Executivo, observará as
diretrizes estabelecidas em lei complementar, que definirá as regras de organização de carreiras, de
criação de cargos e funções, de desenvolvimento e promoção e de estruturação de sistema remuneratório
único, fundamentado-se nos preceitos inscritos no art. 39 da Constituição Federal.

Art. 4º É vedado à Administração Municipal estabelecer diferença remuneratória pelo exercício de


cargos e funções e critérios para admissão, por motivo de raça, idade, sexo, condição física, estado civil,
religião e concepção filosófica e política.

Art. 5º É dever da Administração Municipal promover medidas de redução dos riscos inerentes ao
trabalho, por meio de normas de saúde e higiene e manutenção de equipe de segurança do trabalho para
avaliar essas condições.

Art. 6º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo o de serviço honorífico, trabalho voluntário
em programas de apoio social ou a participação em órgão de deliberação coletiva, conforme previsto em
lei.

Art. 7º A Administração Municipal, na gestão dos seus recursos humanos, promoverá:


I - a valorização dos servidores pela definição de objetivos e metas, com a criação de indicadores e a
avaliação de desempenho e resultados, para que o sistema de recursos humanos tenha particular
relevância no compartilhamento das responsabilidades e formação de equipes multidisciplinares;
II - o incentivo aos servidores que buscam constante aprimoramento profissional, com aplicabilidade
no desempenho de suas funções;
III - a criação de cargo por lei, de iniciativa do Poder a que se vinculam;
IV - a transformação de cargos, de mesma natureza, desde que não implique em aumento de
despesas, no âmbito de cada Poder, mediante ato próprio.

CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS

Art. 8º Na aplicação desta Lei Complementar são adotados os seguintes conceitos:


I - servidor público - pessoa legalmente investida em cargo público ou função pública do Poder
Executivo ou Legislativo, em caráter efetivo ou em comissão;
II - cargo público - unidade básica de estrutura organizacional, criado por lei, com denominação própria,
e com qualificações, atribuições e responsabilidades definidas em lei ou regulamento;
III - cargo efetivo - cargo ocupado por servidor com vínculo indeterminado, em decorrência de
aprovação em concurso público, cujos direitos, deveres e responsabilidades são previstas na legislação
instituidora do regime jurídico estatutário;
IV - cargo em comissão - cargo declarado em lei de livre nomeação e exoneração, cujo provimento se
caracteriza pela confiabilidade que deve merecer seu ocupante e se faz em caráter temporário, para o
exercício de atribuições de direção, chefia e assessoramento;
V - cargo de carreira - conjunto hierarquizado de atribuições, segundo complexidade das tarefas e
responsabilidades, para acesso a postos de trabalho colocados em posições superiores da carreira que
integrar, identificado com determinada categoria funcional;
VI - carreira - grupamento de categorias funcionais hierarquizadas, escalonadas e identificadas por
cargos, funções, postos ou ocupações e por graduações, níveis e classes, segundo a complexidade das
tarefas e/ou do nível de responsabilidade, e de acesso privativo em caráter efetivo, através de concurso
público, ou promoção funcional, mediante movimentação visando ao desenvolvimento profissional e a
progressão funcional;

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VII - função pública - encargo atribuído ao servidor público, correspondente a um conjunto de
atribuições de mesma natureza profissional, com base na identidade de responsabilidades e tarefas
afetas a uma determinada atividade profissional, ocupação ou ofício;
VIII - diretrizes - conjunto dos princípios, fundamentos e procedimentos que orientam a elaboração,
organização e estruturação dos planos de cargos, carreira e sistema de remuneração, no âmbito de
atuação de cada Poder;
IX - lotação - vinculo funcional do servidor com um Poder, um órgão da administração direta ou uma
entidade autárquica ou fundacional, estabelecido administrativamente para exercício das atribuições do
respectivo cargo e/ou função;
X - quadro de pessoal - conjunto dos cargos e das funções, identificados qualitativa e quantitativamente
pelas respectivas denominações, que compõem a força de trabalho do Poder ou da entidade de direito
público da administração indireta do Poder Executivo;
XI - órgão central de recursos humanos - órgão da administração direta responsável pela formulação
das políticas, da normatização, do planejamento, da coordenação da gestão das atividades de recursos
humanos;
XII - unidade setorial de recursos humanos - unidade organizacional responsável pela gestão dos
recursos humanos de cada órgão da administração direta, autarquia e fundação pública;
XIII - unidade organizacional - unidade administrativa ou operacional correspondente a desdobramento
da estrutura de órgão ou entidade e onde o servidor tem vínculo de exercício.

TÍTULO II
DOS PROVIMENTOS E VACÂNCIAS
CAPÍTULO I
DA INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO
Seção I
Dos Requisitos para Investidura

Art. 9º A investidura no cargo público em caráter efetivo depende de aprovação prévia em concurso
público, de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo, ressalvado
o cargo de provimento em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§1º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - ter nacionalidade brasileira ou estrangeira, esta na forma da legislação federal específica;
II - ter idade mínima de dezoito anos;
III - estar em gozo dos direitos políticos;
IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
V - possuir o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
VI - comprovar, em exame médico-pericial oficial do Município, que possui aptidão física e mental para
o exercício das atribuições do cargo e/ou função.
§2º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse e se completará com o exercício.

Seção II
Do Concurso Público

Art. 10. O concurso público é o processo de recrutamento e seleção de recursos humanos para a
Administração Municipal, tem natureza competitiva, eliminatória e classificatória, aberto ao público em
geral, composto de provas ou de provas e títulos, compreendendo uma ou mais fases, conforme se
dispuser em edital de abertura.
Parágrafo único. O concurso público terá validade de até dois anos, contados da data de sua
homologação, podendo ser pror- rogado uma vez por igual período.

Art. 11. O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização, os requisitos para
provimento dos cargos, os critérios de classificação e os procedimentos de recursos cabíveis serão
fixados no edital de abertura, que será publicado no Diário Oficial do Município.

Art. 12. Será assegurado às pessoas com deficiência o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras,
para as quais serão reservadas cinco por cento das vagas oferecidas para provimento por candidatos
nessa condição, que serão classificados em lista especial e na lista do resultado geral.

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§1º A aplicação do disposto no caput se aplicará, sempre, quando o número de vagas oferecidas for
superior a dez, sendo reservado, para essa modalidade de classificação, o primeiro número inteiro
subsequente, quando o percentual for fracionado.
§2º No ato da inscrição o candidato com deficiência, que necessitar de tratamento diferenciado nos
dias das provas, deverá requerê-lo no prazo determinado em edital, indicando as condições diferenciadas
de que necessita para realização das provas.
§3º Será exigido do candidato com deficiência apresentação para inscrição, nessa condição, de laudo
médico atestando a espécie, o grau ou nível da deficiência, com expressa referência ao código da
Classificação Internacional de Doença - CID.
§4º Será formada uma equipe multiprofissional, composta por no mínimo, três profissionais
capacitados nas áreas de atuação do cargo ou função e com conhecimentos sobre a deficiência do
candidato nomeado e empossado, sendo um médico e dois profissionais da carreira do empossado, para
avaliar o servidor no primeiro mês do estágio probatório e emitir parecer sobre a compatibilidade entre as
atribuições e tarefas do cargo e a deficiência do candidato, considerando:
I - as informações prestadas pelo candidato no ato da inscrição;
II - a natureza das atribuições e o desempenho das tarefas essenciais do cargo e se estas, são
cumpridas rotineiramente e independentementes;
III - o uso, pelo servidor, de equipamento ou outros meios que habitualmente é utilizado nas tarefas do
cargo.
§5º Na hipótese de a equipe multidisciplinar concluir, durante o primeiro mês do estágio probatório,
pela incompatibilidade da deficiência com o exercício das tarefas do cargo, o servidor será exonerado.

Art. 13. Deverão constar, expressamente, do edital de abertura do concurso público, dentre outras
disposições necessárias ao regulamento do certame, as seguintes informações:
I - a denominação do cargo e/ou função;
II - o grau de escolaridade exigido para cada cargo e/ou função;
III - os requisitos básicos para a investidura e exercício do cargo e/ou função;
IV - o número de vagas oferecidas, podendo, quando for o caso, ser distribuídas por função, habilitação
profissional, especialização e/ou disciplina;
V - número de candidatos aprovados que poderão compor o cadastro de candidatos aptos a
ingressarem no serviço público municipal;
VI - percentual de vagas destinadas a candidato portador de deficiência;
VII - o prazo de validade do concurso e possibilidade de sua prorrogação;
VIII - as modalidades de provas e de avaliação dos candidatos e as regras de sua aplicação;
IX - os títulos que serão utilizados e os graus de sua avaliação, quando for o caso;
X - o conteúdo programático das provas;
XI - as condições de realização de prova prática, exame psicotécnico ou teste de aptidão física, quando
forem exigidos;
XII - a pontuação para avaliação das provas e os critérios
de eliminação.
XIII - as condições para apresentação de recursos.
Parágrafo único. O concurso público poderá ser aberto para selecionar candidatos para vagas
disponíveis para provimento e/ou para a formação de cadastro de candidatos aptos a ingressarem no
serviço público municipal.

Art. 14. A inscrição do candidato no concurso público, para seu custeio, fica condicionada ao
pagamento de valor fixado no respectivo edital de abertura.
§1º Poderá ser concedida à isenção de pagamento de inscrição para participar de concurso público,
ao cidadão que, comprovadamente, estiver desempregado e/ou em situação de carência econômica ou
que comprovar ter feito doação de sangue, não inferior a três vezes, para cada período de doze meses.
§2º A comprovação das condições referidas no § 1º dar- se-á mediante apresentação, no ato da
inscrição, da Carteira de Trabalho ou documento equivalente, para condição de desempregado, e, no
caso de carência econômica, da declaração de renda familiar per capta inferior a meio salário mínimo.
§3º A situação de doador de sangue deverá ser comprovada mediante declaração ou certidão, passada
por unidade pública de controle e recebimento de doação de sangue.

Art. 15. A Administração Pública poderá abrir novo concurso, com seis meses de antecedência do
término do prazo de validade de anterior, assegurada à prioridade de nomeação dos candidatos
aprovados no certame anteriormente homologado.

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CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO
Seção I
Das Modalidades de Provimento

Art. 16. São formas de provimento de cargo público efetivo:


I - nomeação;
II - recondução;
III - reintegração;
IV - reversão;
V - aproveitamento;
VI - promoção;
VII - readaptação definitiva.
Parágrafo único. O provimento em cargo em comissão será efetivado por nomeação.

Art. 17. O ato de provimento de cargo público dar-se-á por ato da autoridade competente de cada
Poder.

Seção II
Da Nomeação

Art. 18. A nomeação dar-se-á:


I - para cargo de provimento efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira;
II - para cargo em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Art. 19. A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público, obedecendo à ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Art. 20. A nomeação para cargo de provimento em comissão será para exercer atribuições de direção,
gerência ou assessoramento, sendo reservado, no mínimo, trinta por cento para servidores ocupantes de
cargos efetivos.
§ 1º Ao servidor em atividade, ocupante de cargo efetivo, com vinte e cinco anos de exercício no
município, que tenha exercido por doze anos consecutivos, com interstício de até cento e vinte dias,
cargos de chefia, direção, gerência ou assessoramento e função de confiança com designação de chefia,
previstos na Lei Complementar n. 190, de 22 de dezembro de 2011, Lei Complementar n. 198, de 3 de
abril de 2012, Lei Complementar n. 199, de 3 de abril de 2012 e Lei n. 5.793, de 3 de janeiro de 2017,
fica assegurado a título de vantagem pessoal, a parcela que diferir entre o vencimento do seu cargo
efetivo e a remuneração do cargo ocupado ou da função de confiança. (parágrafo incluído pela Lei
Complementar n.318, de 19.4.2018.)
§ 2º Na hipótese do servidor ter exercido diversos cargos ou funções no período aquisitivo, o valor da
vantagem pessoal será apurado pelo valor do maior cargo ocupado em doze meses. (parágrafo incluído
pela Lei Complementar n.318, de 19.4.2018.)
§ 3º A vantagem pessoal de que trata esta Lei integra os proventos de aposentadoria e pensão e o
auxílio-doença, após a correspondente contribuição previdenciária pelo período mínimo de cinco anos.”
(NR) (parágrafo incluído pela Lei Complementar n.318, de 19.4.2018.)

Art. 21. Constarão, obrigatoriamente, do ato de nomeação, o nome completo do nomeado, a natureza,
a denominação e a origem do cargo, bem como a identificação da função, quando for o caso.

Seção III
Da Recondução

Art. 22. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, e decorrerá:
I - por inabilitação no estágio probatório no cargo em que tenha sido empossado;
II - reintegração do ocupante anterior.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro,
observando os dispositivos deste Estatuto.

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Seção IV
Da Reintegração

Art. 23. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável, quando invalidada a sua demissão por
sentença judicial ou revisão de inquérito administrativo.
§1º O servidor será reinvestido no cargo anteriormente ocupado ou no resultante de sua
transformação.
§2º Estando provido o cargo, o seu eventual ocupante será, pela ordem:
I - reconduzido ao cargo de origem, se houver vaga, sem direito a indenização;
II - aproveitado em outro cargo, compatível em atribuições e remuneração com seu cargo de origem;
III - colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Seção V
Da Reversão

Art. 24. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


I - por invalidez, quando a Junta Médica do Município declarar insubsistentes os motivos da
aposentadoria;
II - no interesse da Administração, desde que:
a) o servidor tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) o servidor tenha adquirido estabilidade quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago correspondente àquele em que se deu a aposentadoria.
§ 1º A reversão far-se-á no cargo de mesma denominação ou no cargo decorrente de transformação
do anteriormente ocupado.
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da
aposentadoria.
§3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como
excedente, até a ocorrência de vaga ou por transformação, na forma prevista no inciso IV do art. 7º desta
Lei Complementar.
§4º O servidor que retornar à atividade, por interesse da Administração, perceberá, em substituição
aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as
vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
§5º O servidor, de que trata o inciso II, somente terá os proventos calculados com base nas regras
vigentes e com a remuneração de contribuição após a reversão, se permanecer pelo menos cinco anos
no cargo.
§6º Não poderá ser concedida a reversão da aposentadoria por invalidez ao aposentado que contar
com sessenta anos de idade, se mulher e sessenta e cinco anos de idade, se homem.

Seção VI
Do Aproveitamento

Art. 25. Aproveitamento é o retorno à atividade de servidor colocado em disponibilidade, em cargo de


atribuição e vencimento compatíveis com o anteriormente ocupado.
§1º Se a disponibilidade for superior a doze meses, a recondução dependerá de prévia comprovação
da capacidade física e mental do servidor.
§2º Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o servidor que contar maior
tempo em disponibilidade e, em caso de empate, o de maior tempo de serviço público municipal.
§3º Na ocorrência de vaga em cargo de igual denominação, classificação e/ou conteúdo, será
obrigatório o aproveitamento do servidor em disponibilidade.

Seção VII
Da Readaptação

Art. 26. Readaptação é o afastamento do servidor, de forma provisória ou definitiva, de suas funções
para executar tarefas mais compatíveis com sua capacidade física e mental, com base em parecer da
Perícia Médica do Município.

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§1º A readaptação provisória é o afastamento temporário do servidor do exercício de sua função, por
um período máximo de dois anos, consecutivos ou não, para desempenhar tarefas mais compatíveis com
sua capacidade física e mental.
§2º A readaptação provisória será efetivada com base em laudo emitido pela Perícia Médica do
Município quanto à incapacidade do servidor para o exercício das atribuições e tarefas inerentes ao seu
cargo ou função.
§3º A readaptação definitiva será concedida ao servidor, após dois anos de readaptação provisória,
com base em laudo médico emitido pela Perícia Médica do Município.

Art. 27. Para a concessão da readaptação o servidor deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I - ser detentor de cargo efetivo;
II - ser estável;
III - ser julgado incapaz para o exercício de suas funções, mediante laudo da Perícia Médica do
Município.

Art. 28. Será concedida readaptação definitiva ao servidor que atender aos seguintes requisitos:
I - contar com mais de dois anos em readaptação provisória;
II - apresentar laudo da Perícia Médica do Município
comprovando a necessidade de afastamento definitivo das atribuições do cargo ou da função por
motivo de saúde.
§1º A readaptação definitiva será efetivada em cargo ou função de atribuições afins, respeitada a
habilitação exigida, o nível de escolaridade e a equivalência hierárquica de vencimentos e, na hipótese
de inexistência de cargo ou função vago, o servidor será colocado em disponibilidade, até o surgimento
da vaga para seu aproveitamento.
§2º Quando a limitação for permanente ou irreversível apenas para determinadas atribuições, não
integrantes do núcleo essencial de seu cargo ou função, o servidor poderá nele permanecer, exercendo
somente aquelas autorizadas pela Perícia Médica do Município, desde que as atividades vedadas não
impeçam o exercício das atribuições que lhe foram cometidas.
§3º A readaptação de profissional da educação, em caráter definitivo, será efetivada mediante sua
designação para outra função do seu cargo, com atribuições mais compatíveis com sua capacidade física
ou mental.

Seção VIII
Da Promoção

Art. 29. Promoção é a movimentação funcional do servidor do seu cargo para outro colocado em
posição superior na respectiva carreira, de conformidade com regras, condições e requisitos
estabelecidos em plano de carreira e remuneração próprio.
Parágrafo único. Até que o servidor tenha seu cargo transformado, por força da implantação de novo
plano de carreira e remuneração, permanecem em vigor as regras de promoção constantes da Lei
Complementar nº. 7, de 30 de janeiro de 1996.

CAPÍTULO III
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Seção I
Da Posse

Art. 30. Posse é o ato pelo qual a pessoa é investida em cargo público do quadro de pessoal de Poder
do Município, mediante assinatura no termo de posse, juntamente com a autoridade competente, com
declaração de aceitação das atribuições, deveres e responsabilidades do cargo público, com o
compromisso de desempenhá- la com probidade e observância das normas regulamentares.
§1º A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições e as
responsabilidades do cargo de investidura e da função ocupada, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§2º Só poderá ser empossado no cargo público municipal aquele que for julgado apto, física e
mentalmente, para o exercício das atribuições do cargo e/ou função, pela Perícia Médica do Município.
§3º A aptidão física e mental do servidor empossado será avaliada, periodicamente, durante o período
do estágio probatório, pela Perícia Médica do Município, para verificação da relação causal dos
afastamentos para tratar da própria saúde e as doenças pré-existentes à posse.

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Art. 31. No ato da posse o servidor deverá:
I - comprovar o atendimento de todos os requisitos exigidos no edital do concurso para o provimento
do cargo de investidura e exercício da função de habilitação;
II - apresentar declaração dos bens e dos valores que constituem seu patrimônio;
III - entregar declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública e/ou
percepção de provento deaposentadoria paga por regime público de previdência;
IV - comprovar, mediante apresentação de laudo médico expedido pela Perícia Médica do Município,
que possui aptidão física e mental para o exercício de todas as tarefas inerentes ao cargo e/ou função e,
se portador de deficiência, termo contendo o pronunciamento de equipe multidisciplinar, quanto à
compatibilidade da deficiência com essas tarefas.

Art. 32. A posse, atendidas todas as exigências legais, ocorrerá no prazo de até dez dias, contados da
publicação do ato de nomeação, prorrogável por igual período, a critério da autoridade competente.
§ 1º Em se tratando de servidor afastado por motivo de férias, exercício em outro ente ou Poder, em
licença para tratamento de saúde, para acompanhar pessoa da família, gestante ou adotante,
capacitação, serviço militar ou mandato eletivo, a posse poderá ocorrer até cento e vinte dias da data de
publicação do ato de provimento.
§ 2º A posse poderá ocorrer por instrumento público, lavrado para esse fim específico.
§3º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
§4º Se a posse não ocorrer no prazo previsto no caput ou no § 1º ou por ato de desistência, assinado
pelo candidato aprovado em concurso público, o ato de nomeação será tornado sem efeito e declarada
cessadas as obrigações da Administração Municipal para com o concursado.

Seção II
Do Exercício

Art. 33. Exercício é o efetivo desempenho pelo servidor empossado das atribuições do cargo e função
em que foi investido.
§1º O prazo para entrar em exercício é de dez dias, contados da data de posse, sendo exonerado o
servidor que não o iniciar nesse prazo.
§ 2º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere
este artigo será contado a partir do término do impedimento.
§3º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos neste artigo.

Art. 34. Compete ao titular da unidade organizacional do órgão ou entidade onde o servidor for lotado,
dar-lhe exercício.
§1º Nenhum servidor poderá ter exercício em órgão ou entidade diferente daquele em que for lotado,
salvo nos casos previstos nesta Lei Complementar.
§2º É vedado o exercício de servidor concursado sem a prévia nomeação e a correspondente posse,
sob pena de responsabilidade da autoridade competente.

Art. 35. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no cadastro
funcional do servidor.

Parágrafo único. Os efeitos financeiros e funcionais da investidura no cargo e função vigorarão a partir
da data de início do seu exercício.

CAPÍTULO IV
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO E DA ESTABILIDADE
Seção I
Da Avaliação no Estágio Probatório

Art. 36. O servidor empossado ficará em estágio pro- batório de três anos, a contar da data que entrar
em exercício, período no qual será avaliado quanto à sua aptidão e capacidade para o desempenho das
atribuições do cargo ou função.
§1º Durante o estágio probatório o desempenho do servidor será avaliado, semestralmente, como
condição para adquirir estabilidade, com base nos fatores assiduidade e pontualidade, iniciativa e
presteza, disciplina e zelo funcional, qualidade do trabalho e produtividade no trabalho.

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§2º Aos fatores de avaliação serão atribuídos pontos e conceitos, de forma que reflitam a avaliação da
aptidão, da conduta e do comportamento do avaliado no desempenho do cargo e função pública, nas
seguintes modalidades:
I - avaliação parcial, para aferir o desempenho do servidor, a cada seis meses de efetivo exercício;
II - avaliação extraordinária, nos casos de remanejamento ou remoção, nos afastamentos do exercício
do cargo e na ocorrência de fato que implique no descumprimento de dever e/ou obrigação funcional;
III - avaliação final, para apurar o conceito do desempenho durante o estágio probatório, considerando
as pontuações das avaliações parciais e extraordinárias durante o período.
§3º O servidor municipal estável nomeado para novo cargo, em virtude de aprovação em concurso
público, cumprirá o estágio probatório na forma desta Lei Complementar.

Art. 37. O servidor durante o período de estágio probatório não poderá deixar de exercer as atribuições
do cargo e/ou função, observadas as seguintes regras:
I - não interromperá a contagem de tempo de efetivo exercício para declaração de estabilidade, quando
o servidor:
a) ocupar cargo em comissão ou função de confiança no órgão ou entidade de lotação, vinculado ou
não à respectiva carreira, desde que as responsabilidades tenham relação com as atribuições do cargo
efetivo ou da função ocupada;
b) participar de curso de qualificação ou formação profissional visando ao aperfeiçoamento para o
exercício de atribuições do cargo ou função;
c) se afastar para concorrer mandato eletivo federal, estadual ou municipal, por até cento e vinte dias;
d) se licenciar por até cento e vinte dias, em afastamento considerado de efetivo exercício;
II - com suspensão do estágio probatório, que será retomado a partir do término do impedimento, em
razão de:
a) licença para exercer mandato eletivo municipal, estadual ou federal ou mandato de direção sindical,
para acompanhar pessoa da família doente, para acompanhar o cônjuge, para cumprir serviço militar
obrigatório ou curso de capacitação;
b) afastamento para exercer mandato eletivo no Conselho Tutelar de Campo Grande ou participar de
curso de formação, decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública;
c) ser colocado à disposição de órgão ou entidade da Administração Pública, para ocupar cargo de
provimento em comissão equivalente às posições hierárquicas de 1º, 2º, 3º, 4º ou 5º níveis do quadro de
pessoal do respectivo Poder;
d) para cumprir missão vinculada a programa, projeto ou convênio ou termo similar de cooperação
técnica com órgão ou entidade do Município.
§1º O servidor em estágio probatório se submeterá a exame médico pericial oficial, nos termos do § 3º
do art. 30, quando suas ausências para tratamento de saúde, forem superiores a sessenta dias,
consecutivas ou não, em um mesmo semestre.
§2º Durante o estágio probatório o servidor não poderá ser movimentado na carreira, contando-se esse
tempo para fim de declaração de estabilidade, salvo a suspensão da contagem, e apuração de interstício
para movimentação por antiguidade.

Art. 38. A participação, durante o estágio probatório, do curso introdutório ou de qualificação para o
exercício da função pública será compulsória, conforme dispuser o plano de cargos, carreiras e
remuneração que o cargo ocupado integrar, e deverão abranger, em especial, conhecimentos sobre:
I - a Administração Pública Municipal, sua organização e funcionamento; lotação;
II - a organização as atividades do órgão ou entidade de
III - as atribuições e responsabilidades do cargo público e da função ocupada;
IV - as responsabilidades, direitos, deveres e obrigações dos servidores públicos municipais.

Art. 39. A avaliação no período do estágio probatório será realizada pela chefia imediata e seus
resultados serão consolidados por comissão integrada, no mínimo, por três e, no máximo, cinco
servidores efetivos.
§1º A comissão de avaliação ficará vinculada funcionalmente ao órgão central do sistema de recursos
humanos da Prefeitura e seus membros terão mandato de um ano, permitida a recondução por igual
período.
§2º A escolha dos membros da comissão de avaliação deverá recair em servidor efetivo do órgão
central do sistema de recursos humanos, com conceito na avaliação de desempenho anual,
correspondente a bom ou superior.

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Art. 40. A comissão de avaliação de desempenho do servidor em estágio probatório, com o objetivo de
preservar o interesse público, tem competência para:
I - analisar e emitir parecer quanto aos resultados do processo de avaliação de desempenho dos
servidores em estágio probatório;
II - solicitar reexame de aptidão física e mental do servidor, à perícia médica oficial do Município;
III - propor a exoneração de servidor, ante evidências de inaptidão para o exercício do cargo ou função,
identificados no processo de avaliação ou por comprovada inaptidão física e mental, decorrente de
moléstia pré-existente;
IV - propor a declaração de estabilidade do servidor.
§1º No Poder Executivo poderá ser constituída mais de uma comissão de avaliação, se necessário,
vinculada aos planos de carreiras e remuneração instituídos.
§2º Será concedida aos servidores, obrigatoriamente, ciência de todos os resultados das suas
avaliações no período do estágio probatório, inclusive os resultados de eventuais pedidos de
reconsideração, para exercício do contraditório e da ampla defesa.

Art. 41. A avaliação final do servidor em estágio probatório deverá ter seus resultados apurados, até
quatro meses antes do prazo final do estágio, ressalvados os casos de afastamento que implicarem em
suspensão do efetivo exercício, sob pena da confirmação de sua estabilidade no serviço público municipal
e, também, a apuração de responsabilidade do agente público omisso.
Parágrafo único. No prazo estabelecido no caput, a avaliação final de desempenho do servidor em
estágio probatório deverá ser submetida à homologação da autoridade competente, de acordo com esta
Lei Complementar e conforme dispuser o regulamento geral e para cada carreira, sem prejuízo da
continuidade de avaliação do comportamento do servidor, com base em fatores enumerados no § 1º do
art. 36, até o último dia do estágio.

Art. 42. O servidor que não preencher todos os requisitos para ser declarado estável no serviço público
municipal, considerando os resultados das avaliações periódicas e/ou final que apontar desempenho
insuficiente, será exonerado do cargo, observado o disposto no § 2º do art. 40 desta Lei Complementar.

Seção II
Da Estabilidade

Art. 43. O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo adquirirá a condição de estável no
serviço público municipal, se atingir resultado satisfatório da avaliação final do estágio probatório.

Art. 44. O servidor estável perderá o cargo do qual seja titular, somente:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo, assegurando ampla defesa;
III - por meio de procedimento de avaliação anual de
desempenho, que aponte insuficiência de desempenho, na forma de lei complementar federal
específica;
IV - para redução de despesas de pessoal, na forma prevista no § 4º do art. 169 da Constituição
Federal, caso as medidas do
§ 3º, incisos I e II, do mesmo artigo, não forem suficientes para cumprimento dos limites estabelecidos
para as despesas de pessoal.
Parágrafo único. Na hipótese de insuficiência de desempenho, a perda do cargo somente ocorrerá
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurado ao servidor o contraditório e a ampla
defesa.

CAPÍTULO V
DA VACÂNCIA

Art. 45. A vacância do cargo público decorrerá de:


I - exoneração, a pedido ou de ofício;
II - demissão;
III - readaptação definitiva;
IV - aposentadoria;
V - falecimento;
VI - promoção;

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VII - posse em outro cargo inacumulável.
Parágrafo único. O servidor que pedir exoneração para tomar posse em outro cargo do quadro de
pessoal de Poder do Município inacumulável com o da posse, poderá solicitar o seu retorno ao cargo
anterior, até cento e oitenta dias da investidura no novo cargo.

Art. 46. A exoneração de ofício será aplicada:


I - quando o servidor tiver resultado insatisfatório no estágio probatório, nas avaliações parciais ou
extraordinárias ou na final;
II - quando o servidor não entrar no exercício do cargo em que foi empossado, dentro do prazo fixado
nesta Lei Complementar;
III - ao servidor efetivo não estável, por justificada necessidade da Administração, de conformidade
com o disposto no inciso II do § 3º do art. 169 da Constituição Federal.

Art. 47. A exoneração de ocupante de cargo em comissão dar-se-á:


I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor;
III - por justificada necessidade da Administração, conforme disposto no inciso I do § 3º do art. 169 da
Constituição Federal.

Art. 48. A vacância ocorrerá na data:


I - da vigência do ato de aposentadoria, exoneração, demissão, readaptação ou promoção;
II - do falecimento do ocupante do cargo.
Parágrafo único. Quando se tratar de função de confiança dar-se-á a vacância por dispensa ou por
falecimento do ocupante.

Art. 49. A demissão é ato punitivo que extingue o vínculo funcional e a titularidade de cargo e será
aplicada em decorrência de:
I - abandono de cargo;
II - inassiduidade habitual;
III - falta grave apurada em processo administrativo, assegurada a ampla defesa;
IV - sentença judicial transitada em julgado;
V - mediante procedimento de avaliação de desempenho, na forma prevista no inciso III do § 1º do art.
41 da Constituição Federal.

CAPÍTULO VI
DA DISPONIBILIDADE

Art. 50. O servidor será posto em disponibilidade quando extinto o seu cargo ou declarada a sua
desnecessidade, observados, na aplicação dessa medida, os seguintes critérios:
I - a remuneração será proporcional ao tempo de serviço para aposentadoria, considerando-se um
trinta e cinco avos da respectiva remuneração mensal, por ano de serviço, se homem, e um trinta avos,
se mulher, aplicada à redução do tempo de serviço nas aposentadorias especiais;
II - a remuneração mensal para o cálculo da proporcionalidade corresponderá ao vencimento,
acrescido das vantagens permanentes pessoais e inerentes ao exercício do cargo e/ou função.
Parágrafo único. Os cargos efetivos serão declarados desnecessários ou serão extintos, nos casos de
reorganização ou extinção de órgão, entidade, unidades organizacionais e cancelamento de atividades
ou redução de quantitativo de cargos existentes, considerado o interesse público e a conveniência da
Administração Municipal.

Art. 51. Serão observados, sucessivamente, para escolha do servidor que será colocado em
disponibilidade, quando não forem extintos todos os cargos, os seguintes critérios:
I - menor pontuação na avaliação de desempenho, no ano anterior;
II - maior número de dias de ausência ao serviço, contando, inclusive as faltas justificadas;
III - menor idade;
IV - menor tempo de serviço;
V - maior remuneração.

Art. 52. O servidor em disponibilidade contribuirá para a previdência social municipal, com base no seu
provento e contará este tempo de contribuição para aposentadoria e pensão.

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§1º O retorno do servidor em disponibilidade à atividade será obrigatório, quando houver vacância no
cargo que ocupava ou instituição de cargo de igual denominação e/ou atribuição.
§2º O servidor posto em disponibilidade ficará sob a responsabilidade do órgão central do sistema de
recursos humanos, até o seu adequado aproveitamento em outro cargo ou função.
§3º A Administração Municipal não poderá abrir concurso público para cargo que tenha servidor
colocado em disponibilidade, salvo aproveitamento deste e ampliação de vagas.

Art. 53. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor convocado
para retornar à atividade que não entrar em exercício no prazo legal, salvo por motivo de doença, atestado
pela perícia médica oficial do Município.

CAPÍTULO VII
DA CARGA HORÁRIA E DA FREQUÊNCIA
Seção I
Da Carga Horária e do Expediente Diário

Art. 54. A carga horária semanal dos servidores públicos é de quarenta horas, cumprida em dois
expedientes diários de quatro horas cada ou em unidades organizacionais com funcionamento contínuo,
em turnos de revezamento ou escalas de serviço, assegurado o intervalo para alimentação, à exceção
do cargo de Assistente Social que por disposição expressa da Lei Federal n. 12.317 de 26 de agosto de
2010, está sujeito a jornada inferior e dos cargos de enfermagem, consoante as recomendações da
Organização Internacional do Trabalho, de 30 (trinta) horas semanais.(NR) (artigo alterado pela Lei
Complementar n.213, de 31.12.2012.)
§1º Os planos de carreiras e remuneração poderão fixar carga horária semanal inferior à estabelecida
no caput, considerada a natureza das funções e a legislação federal que determine horário especial
aplicável à Administração Pública.
§2º Salvo nos serviços essenciais, os sábados e domingos são considerados como dias de descanso
semanal remunerado.
§3º Poderá ser fixado em lei para determinadas carreiras ou categorias funcionais carga horária
mensal, a qual não poderá ser superior a cento e oitenta horas.
§ 4º A carga horária semanal dos enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem
lotados nos serviços de urgência, emergências e similares é de trinta horas semanais, cumpridas em
período diurno de seis horas consecutivas. .” (NR) (parágrafo incluído pela Lei Complementar n.303, de
24.7.2017.)

Art. 54-A. Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer a jornada de trabalho de seis horas
ininterruptas, ou seja, de 30 (trinta) horas semanais aos servidores ocupantes do cargo de Agente
Comunitário de Saúde, do Quadro de Pessoal da Agência Municipal de Prestação de Serviços à Saúde,
Agentes de Saúde Pública e dos Agentes de Controle de Epidemiologia, mediante o cumprimento diário
de 10 (dez) visitas domiciliares. (NR) (artigo alterado pela Lei n.5.336, de 3.7.2014.)

Art. 54-B. Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer a jornada de trabalho de seis horas
ininterruptas, ou seja, de
30 (trinta) horas semanais aos servidores ocupantes dos cargos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional,
no âmbito da Administração Municipal, consoante a Lei Federal n. 8.856, de 1º de março de 1994. (artigo
incluído pela Lei n.5379, de 10.9.2014)
§ 1º Não se aplica a jornada de 6 (seis) horas diárias ao servidor ocupante do cargo em comissão ou
designado para desempenhar função de confiança. (parágrafo incluído pela Lei n.5379, de 10.9.2014.)
§ 2º Aos profissionais com contrato de trabalho em vigor na data da publicação da presente lei é
garantida a adequação da jornada de trabalho, vedada a redução do salário. (NR) (parágrafo incluído
pela Lei n.5379, de 10.9.2014.)

Art. 54-C. Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer a jornada de trabalho de seis horas
ininterruptas, ou seja, de 30 (trinta) horas semanais aos servidores ocupantes dos cargos de Psicólogos,
no âmbito da Administração Municipal. (artigo incluido pela Lei Complementar n.275, de 16.3.2016.)
§ 1º não se aplica a jornada de 6 (seis) horas diárias ao servidor ocupante do cargo em comissão ou
designado para desempenhar função de confiança. (parágrafo incluido pela Lei Complementar n.275,
de 16.3.2016.)

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§ 2º Aos profissionais com contrato de trabalho em vigor na data da publicação da presente Lei
Complementar é garantida a adequação da jornada de trabalho, vedada a redução do salário. (NR)
(parágrafo incluido pela Lei Complementar n.275, de 16.3.2016.)

Art. 54-D Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer a jornada de trabalho de 6 (horas) horas
diárias, totalizando 30 (trinta) horas semanais, aos servidores administrativos da Secretaria Municipal de
Educação, classificados nas referências de 1 a 13, em exercício nas unidades escolares e Centros de
Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. (artigo alterado pela Lei Complementar n.298, de
17.5.2017.)
Parágrafo único. Não se aplica a jornada estabelecida no caput deste artigo aos servidores ocupantes
de cargo em comissão ou designados para desempenhar função de confiança. (NR) (parágrafo alterado
pela Lei Complementar n.298, de 17.5.2017.)

Art. 55. Nas unidades organizacionais, que prestam serviços públicos essenciais continuamente, o
expediente será cumprido em turnos de revezamento ou em escalas de serviço para atendimento
adequado à população.
Parágrafo único. O descanso semanal dos servidores que trabalham em turnos de revezamento ou
escalas de serviço será estabelecido de forma que o servidor tenha assegurado, pelo menos, um domingo
de descanso semanal por mês.

Art. 56. A jornada de trabalho do servidor municipal poderá ser prolongada, extraordinariamente, por
imperiosa necessidade do serviço ou motivo de força maior que justifique a medida.
§1º O servidor deverá permanecer no serviço durante o expediente diário e, se convocado, estar
presente para realizar trabalhos em horas excedentes.
§2º Nos dias úteis, somente por determinação do Prefeito Municipal, poderão deixar de funcionar os
órgãos, as entidades e os serviços públicos municipais do Poder Executivo ou serem suspensos os seus
trabalhos, no todo ou em parte.

Seção II
Da Frequência

Art. 57. A frequência do servidor municipal ao serviço será registrada de forma individualizada e,
preferencialmente, por meio de sistema eletrônico.
§1º Ponto é o registro pelo qual permitirá verificar, diariamente, os horários de entrada e saída do
servidor, bem como as saídas durante o expediente diário.
§2º Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração da
frequência mensal, das ausências, das impontualidades e do trabalho em horas excedentes, para fim de
redução ou acréscimo na remuneração mensal.
§3º As horas excedentes poderão ser utilizadas para pagamento de gratificação por serviço
extraordinário ou repassadas ao banco de horas, para compensação anual, mediante ausências
abonadas.

Art. 58. É vedado dispensar o registro diário de ponto e reduzir carga horária diária ou semanal de
servidor, salvo nos casos expressamente previstos em regulamento aprovado por ato do titular de cada
Poder.
Parágrafo único. A ausência ao serviço poderá ser abonada quando previsto em lei ou regulamento,
por autoridade competente, sendo considerada a falta, para todos os efeitos, como presença ao serviço.

Art. 59. O atraso, a saída antecipada ou a ausência durante o expediente, por período igual ou superior
a sessenta minutos, será considerada como falta, para todos os efeitos legais, inclusive com a perda da
remuneração do dia de serviço.
§1º O atraso e a ausência do servidor ao serviço, por período inferior a sessenta minutos serão
compensados no mesmo dia, e se não forem compensadas, implicará na perda de um terço da
remuneração do dia do servidor.
§2º As horas de ausência ao serviço, que somarem, durante o mês, até oito horas, poderão ser
abonadas por autoridade competente ou ser compensadas com horas excedente repassadas ao banco
de horas.
§3º Excepcionalmente, apenas para elidir efeitos disciplinares, poderá ser aceita justificativa de
ausência ao serviço, por decisão de autoridade competente, sem qualquer efeito financeiro.

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Art. 60. Cabe ao Prefeito Municipal regulamentar a aplicação de disposições deste Capítulo, dispondo,
em especial, sobre o controle, a apuração e o registro da frequência diária dos servidores, bem como os
horários das unidades organizacionais e dos cargos que poderão cumprir carga horária especial de
trabalho.

CAPÍTULO VIII
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 61. Os servidores investidos em cargo em comissão ou função de confiança de direção ou chefia
terão substitutos indicados nos regimentos internos ou, no caso de omissão, previamente, designados
por ato da autoridade competente.
§ 1º O substituto identificado em regimento interno assumirá, automática e cumulativamente, sem
prejuízo das atribuições do cargo ou função que ocupar o exercício do cargo em comissão ou da função
de confiança, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e, temporariamente,
na vacância do cargo ou função de substituição.
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo em comissão ou função de confiança,
nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, por período igual ou superior a quinze dias
consecutivos, correspondente ao vencimento e vantagens do cargo em comissão ou da função de
confiança, ressalvado o caso de opção e vedada a percepção cumulativa de vencimentos e vantagens
de mesma natureza.
§3º A substituição remunerada dependerá de ato da autoridade competente para nomear ou designar,
exceto nas substituições previstas em lei ou regimento.
§4º Quando se tratar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança, o substituto fará jus
somente à diferença de remuneração.

Art. 62. A substituição independe de posse e será automática ou dependerá de ato da Administração,
devendo recair sempre em servidor do Município.
§1º A substituição automática é a estabelecida em lei, regulamento ou regimento interno e processar-
se-á independentemente de ato.
§2º Quando depender de ato da Administração, se a substituição for indispensável, o substituto será
designado por ato do Prefeito Municipal, do titular de órgão da administração direta, de autarquia ou
fundação, conforme o caso.

Art. 63. É vedada a substituição de ocupantes de cargo efetivo, de cargo em comissão de


assessoramento e de função de confiança de assistência, ressalvadas as hipóteses de convocação para
exercer função de professor ou médico.
Parágrafo único. A convocação para exercer a função de professor ou médico submete-se às regras
da admissão temporária e por prazo determinado para atender situação de excepcional interesse público,
conforme dispuser esta Lei Complementar.

TÍTULO III
DOS DIREITOS, VANTAGENS E BENEFÍCIOS FINANCEIROS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS FINANCEIROS

Art. 64. A retribuição pecuniária mensal devida ao servidor pelo exercício do cargo e/ou função é
vencimento ou subsídio, conforme símbolos, padrões e referências fixadas em lei.
§1º O vencimento, acrescido de vantagens de função ou pessoais de caráter permanente, é irredutível.
§2º O subsídio se constitui de parcela única devida a servidores investidos em cargo de agente político
ou em cargo de carreira, com o impedimento de percepção de qualquer acréscimo financeiro com
natureza de adicional, gratificação, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória assemelhada.
§3º O provento é a retribuição mensal paga ao servidor municipal aposentado ou colocado em
disponibilidade.

Art. 65. Remuneração mensal corresponde ao subsídio ou ao vencimento acrescido das vantagens
financeiras de natureza pessoal, de função, de serviço, indenizatórias e os auxílios monetários.

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§1º Considera-se remuneração permanente, o subsídio como parcela única, e o vencimento acrescido
das vantagens pessoais e dos adicionais de função percebidos regularmente pelo servidor, observado,
quando for o caso, a média se pagas em valor mensal variável.
§2º O valor da remuneração permanente, ressalvado quando for integrada por adicionais de função
percebidos em valores variáveis, e o subsídio de cargo de carreira é irredutível.

Art. 66. O servidor investido em cargo em comissão será remunerado pelo vencimento fixado em lei
para o respectivo símbolo, acrescido de vantagens que lhe são inerentes, conforme estabelecido em lei
e regulamento.
§1º O servidor efetivo nomeado para cargo em comissão poderá optar pela remuneração do cargo
efetivo, acrescida da gratificação de representação pelo exercício do cargo em comissão, conforme
percentuais fixados em lei e regulamento específico, bem como de outras vantagens que retribua
condições especiais de prestação do serviço.
§2º Ao servidor que optar pela remuneração do cargo em comissão será paga, durante o período em
que estiver no exercício desse cargo, a vantagem que lhe é inerente e vantagens de caráter pessoal e,
quando o cargo em comissão for privativo de carreira, a vantagem assegurada em lei ou regulamento
privativa da carreira.

Art. 67. Perderá, temporariamente, a remuneração do seu cargo efetivo o servidor:


I - nomeado para cargo em comissão do quadro de pessoal do Poder Executivo, ressalvado o direito
de opção pelo subsídio ou vencimento do cargo e vantagens pessoais e inerentes ao cargo de carreira,
conforme o caso;
II - à disposição de órgão ou entidade federal, estadual ou municipal, bem como de outro Poder, no
caso de cedência sem ônus para a origem;
III - durante o desempenho de mandato eletivo.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III, aplicam-se as disposições do artigo 38 da Constituição
Federal.

Art. 68. O servidor perderá:


I - a remuneração dos dias em que faltar ao serviço;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais
ou superiores a sessenta minutos, observadas as disposições do art. 59 desta Lei Complementar;
III - metade da remuneração permanente nos casos de cumprir pena de suspensão, convertido
parcialmente em multa, na forma da lei.
Parágrafo único. As faltas justificadas, decorrentes de caso fortuito ou de força maior, poderão ser
compensadas, a critério da chefia imediata, sendo assim, consideradas abonadas e de efetivo exercício.

Art. 69. A remuneração do servidor público não sofrerá desconto além do previsto em Lei, ou por força
de mandado judicial, salvo em virtude de indenização ou restituição à Fazenda Pública Municipal e às
autarquias e fundações públicas do Município.
§1º Mediante autorização do servidor poderá ser efetuado desconto em sua remuneração em favor de
entidade sindical, ou de terceiros, na forma estabelecida em regulamento, mediante autorização prévia,
coletiva ou individual, e a critério da Administração, mediante reposição de custos.

Art. 70. A remuneração do servidor será creditada até o quinto dia útil, após o mês trabalhado.
§1º O pagamento de direito financeiro do servidor, pago com atraso, será atualizado para o valor do
mês em que ocorrer seu pagamento.
§2º O prazo para reconhecimento ou não de direito do servidor, quando dependente de requerimento,
é de trinta dias, a contar do protocolo do pedido, podendo ser prorrogado por período igual.
§3º Na hipótese de valores recebidos, em decorrência de cumprimento a decisão liminar, tutela
antecipada ou sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão as reposições atualizados até a
data da sua efetivação.
§4º A autoridade competente pela autorização e/ou o pagamento de parcela salarial indevida responde
pelo prejuízo causado ao erário público, em decorrência do não-cumprimento de disposições deste artigo.

Art. 71. As reposições, restituições e indenizações ao Tesouro Municipal, autarquias ou fundações


públicas serão previamente comunicadas ao servidor, aposentado ou pensionista, para pagamento, no
prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

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§1º O servidor que tiver creditado, a seu favor, valor superior ao legalmente devido, deverá comunicar
o fato ao responsável pela unidade de recursos humanos do órgão ou entidade de lotação, para fim de
restituição do valor creditado indevidamente.
§2º A restituição dar-se-á de uma única vez, quando o recolhimento não se fizer por manifestação do
próprio servidor ou se o pagamento indevido tiver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha.
§3º A restituição, reposição ou indenização ao Tesouro Municipal será descontada em parcelas
mensais, quando couber, as quais não poderão ultrapassar a dez por cento do valor da remuneração
permanente do servidor.
§4º Será responsabilizado, administrativamente, o servidor que não comunicar o recebimento de
crédito indevido.

Art. 72. O servidor em débito com o erário municipal, inclusive autarquia e fundação pública, que for
demitido, exonerado, aposentado ou que tiver a disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias
para quitar seu débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará em sua inscrição em dívida ativa.

Art. 73. O vencimento, a remuneração, o subsídio e o provento não serão objetos de arresto, sequestro
ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos, resultantes de decisão judicial.

Art. 74. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, cumulativamente ou não, a título de
remuneração, importância superior ao subsídio mensal do Prefeito Municipal e nem inferior ao salário
mínimo nacional.
Parágrafo único. Incluem-se na remuneração, para fim do disposto neste artigo, as vantagens
pessoais, as inerentes ao cargo ou função e outras de qualquer natureza, bem como o provento de
aposentadoria pago pelos cofres públicos ou pela previdência social pública, excluindo-se o salário-
família, a ajuda de custo por transferência, as diárias, o abono de férias, a gratificação natalina e as
parcelas de caráter transitório.

Art. 75. É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração do servidor municipal.

CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS FINANCEIRAS
Seção I
Das Disposições Preliminares

Art. 76. Vantagens financeiras são acréscimos ao vencimento do servidor municipal em virtude de
preenchimento de requisitos determinados em Lei ou regulamentos e classificam-se em:
I - vantagem pessoal - direito financeiro atribuído em razão de condições individuais que retribui
situações pessoais pela decorrência de tempo ou ocorrência de determinada situação ou qualificação
pessoal;
II - vantagem de função - direito financeiro devido em razão do desempenho de atribuições do cargo
efetivo e/ou função, de forma continuada, em razão de responsabilidades e peculiaridades das tarefas,
considerando a natureza particular do serviço;
III - vantagem de serviço - parcela financeira, de caráter temporário ou eventual, concedida em razão
da execução ou prestação de serviços em condições especiais ou como incentivo ou retribuição à
realização de trabalhos de natureza especial;
IV - indenizações - concessão de parcela financeira destinada à manutenção do servidor quando em
mudança de sede, nos deslocamentos para fora do Município, no interesse da Administração, ou pelos
deslocamentos a serviço utilizando veículo próprio;
V - auxílios - benefício financeiro de caráter excepcional, concedido para atender situações especiais
e/ou efetivar ações de apoio social ao servidor ou dependente.
§1º Aos servidores remunerados por subsídio poderão ser concedidas e pagas indenizações e auxílios,
observada a regulamentação específica.
§2º O pagamento das vantagens financeiras, exceto se impositivo por força desta Lei Complementar,
serão efetivados após regulamento aprovado pelo titular de cada Poder Municipal.

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Seção II
Das Vantagens Pessoais

Art. 77. As vantagens pessoais são identificadas como:


I - adicional por tempo de serviço;
II - gratificação natalina;
III - abono de férias;
IV - adicional de aperfeiçoamento profissional;
V - vantagem pessoal incorporada.

Subseção I
Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 78. Ao servidor municipal será devido adicional por tempo de serviço, a cada cinco anos de efetivo
exercício no Município, correspondente a cinco por cento, sobre o vencimento de seu cargo efetivo.
§1º O servidor municipal empossado em novo cargo, decorrente de aprovação em concurso público,
terá direito a adicional por tempo de serviço no índice percentual que recebia no exercício do cargo
anterior.
§2º É vedado, nos casos de regularização de tempo de serviço prestado a um novo cargo, remunerar
direitos já concedidos, com exceção ao disposto no parágrafo anterior.
§3º O servidor contará, para percepção da vantagem, o tempo de serviço prestado, inclusive na
condição de contratado de órgão ou entidade de direito público da Administração Municipal.

Art. 79. Quando ocorrer aproveitamento ou reversão serão considerados os quinquênios anteriormente
atingidos, bem como sua fração, retomando-se a contagem, a partir do novo exercício.

Art. 80. O servidor investido em cargo de provimento em comissão continuará a perceber o adicional
por tempo de serviço, salvo quando optar pela remuneração do cargo em comissão.

Subseção II
Do Adicional de Aperfeiçoamento Profissional

Art. 81. O adicional de aperfeiçoamento profissional será atribuído ao servidor efetivo, ocupante de
cargo de nível superior, que comprovar uma titulação de pós-graduação em nível de especialização,
mestrado ou doutorado, em valor equivalente a cinco por cento do respectivo vencimento.
§1º O adicional de aperfeiçoamento profissional será concedido mediante requerimento do servidor e
apresentação de certificado e/ou diploma registrado.
§2º Caberá à equipe técnica do órgão central do sistema de recursos humanos examinar a
documentação apresentada pelo servidor para atribuição do adicional.

Subseção III
Do Abono de Férias

Art. 82. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um abono
correspondente a um terço do valor de sua remuneração.
§1º O abono será calculado sobre a remuneração percebida no mês anterior, ainda que o servidor, por
força de lei, possa gozar de férias em período superior.
§2º As vantagens variáveis, percebidas durante os doze meses anteriores ao pagamento do abono de
férias, compõem a base de cálculo do abono pela média dos valores recebidos, considerando para tanto,
os doze meses.
§3º No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
§4º O servidor em regime de acumulação legal, perceberá o abono de férias, calculado sobre a
remuneração de cada um dos cargos.
§5º O abono de férias será pago até o início do gozo das férias.

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Subseção IV
Da Gratificação Natalina

Art. 83. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração a ser paga ao servidor
no mês de dezembro, proporcionalmente, a cada mês trabalhado no respectivo ano.
§1º A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.
§2º As vantagens variáveis, percebidas durante o período aquisitivo, compõem a base de cálculo da
gratificação pela média dos valores recebidos, considerados para tanto, os doze meses do ano.

Art. 84. A gratificação será creditada até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, podendo o seu
pagamento ser feito em duas parcelas, conforme dispuser regulamento específico.
Parágrafo único. O Poder Municipal poderá antecipar o pagamento de até cinquenta por cento da
gratificação natalina ao servidor, sendo o percentual restante pago até a data fixada no caput deste artigo.

Subseção V
Da Vantagem Pessoal Incorporada

Art. 85. A vantagem pessoal incorporada se constitui de parcela remuneratória assegurada ao servidor,
em caráter permanente, atribuída em razão do atendimento a requisitos e condições pessoais
determinados em lei.
§1º A vantagem pessoal incorporada não se incorpora ao vencimento para quaisquer efeitos, exceto
sua inclusão na base de cálculo dos proventos de aposentadoria ou disponibilidade e pensão
previdenciária.
§2º O valor da vantagem pessoal incorporada será reajustado nas mesmas datas e na mesma
proporção do reajuste anual dos servidores.

Seção III
Das Vantagens de Função
Subseção I
Das Modalidades

Art. 86. As vantagens de função são identificadas como:


I - adicional de função tributária;
II - adicional de fiscalização municipal.
III - adicional de operações especiais.
§1º Os adicionais de função compõem a base de cálculo da contribuição para a previdência social
municipal e para fixação do provento de aposentadoria ou disponibilidade e pensão previdenciária.
§2º As vantagens de função são privativas de servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo
dos quadros de pessoal do Município, vedado seu pagamento a servidores temporários ou cedidos ao
Poder Municipal.

Art. 87. Além dos adicionais de função destacados no art. 76, poderão ser instituídos outros no sistema
remuneratório do Poder, com vinculação às carreiras, aos cargos e/ou às funções constantes das leis de
organização e estruturação de planos de carreira e remuneração.

Subseção II
Do Adicional de Função Tributária

Art. 88. O adicional de função tributária será atribuído aos ocupantes de cargo da carreira Auditoria
Fiscal da Receita Municipal, com base na aferição de contribuição pessoal e coletiva para o
aprimoramento dos serviços e ações da fiscalização tributária, como estímulo ao crescimento da receita
municipal e a atuação em ações para inibir a evasão fiscal e reprimir a fraude contra o fisco.
Parágrafo único. O adicional de função tributária será pago conforme critérios, condições e parâmetros
estabelecidos na lei de organização da carreira Auditoria Fiscal da Receita Municipal, instituída na Lei
Complementar n. 101, de 21 de junho de 2007.

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Subseção III
Do Adicional de Fiscalização Municipal

Art. 89. O adicional de fiscalização municipal será atribuído aos ocupantes de cargo e função que têm
como atribuição básica a execução de ações fiscais em nome da Administração Municipal, como incentivo
e estimulo ao desempenho pessoal nas ações de fiscalização de obras, posturas, meio ambiente,
cadastro fiscal, vigilância sanitária ou trânsito e transporte, bem como compensação pelo desgaste físico
imposto no exercício das atribuições inerentes a esse trabalho e a sua prestação em condições e horários
especiais de trabalho.

Art. 90. O adicional de fiscalização municipal será pago conforme requisitos, critérios e condições
definidos na lei de instituição de plano de carreiras e remuneração da área de atuação dos cargos, que
executam funções de fiscalização referidas no art. 89 e conforme regulamentação específica.

Art. 91. A gratificação de poder de polícia administrativa prevista no art. 112 da Lei Complementar n.
7, de 30 de janeiro de 1996, fica transformada no adicional de fiscalização municipal, mantendo-se o
pagamento, até a instituição do plano de carreiras e remuneração específico para o cargo atual, conforme
regulamento vigente.

Subseção IV
Adicional de Operações Especiais

Art. 92. O adicional de operações especiais será atribuído, exclusivamente, aos integrantes da Guarda
Municipal pelo desempenho, rotineiro, das suas atribuições e tarefas em condições especiais de trabalho.
Parágrafo único. O adicional de operações especiais retribui as peculiaridades do cargo, em especial,
o risco de vida e o desgaste físico, pelo trabalho em horários irregulares e noturnos, em condições de
ambientes inóspitas, com prejuízos à saúde, e a execução do trabalho em escalas contínuas de serviço,
noturnas ou diurnas, e com deslocamentos nos trabalhos externos, considerando o grau de incidência
desses elementos na rotina diária.

Art. 93. O adicional de operações especiais será pago conforme requisitos, critérios e condições
definidos no plano de carreiras e remuneração da Guarda Municipal, até o limite de cem por cento do
vencimento do cargo ocupado.
§1º O adicional de operações especiais não será pago quando o servidor estiver afastado do exercício
das atribuições do cargo, salvo se ocupando cargo em comissão ou função de confiança, cujas atribuições
tenham relação com as responsabilidades e tarefas de cargos da carreira da Guarda Municipal.
§2º O adicional de operações especiais integra a base de cálculo da contribuição para a previdência
social, do abono de férias e da gratificação natalina.
§3º O adicional de operações especiais não remunera a prestação de serviços excedentes à carga
horária mensal pelos ocupantes do cargo de Guarda Municipal, as quais deverão ser indenizadas por
gratificação própria.

Art. 94 O adicional de operações especiais, instituído na Lei n. 4.520, de 19 de setembro de 2007,


passa a corresponder à vantagem referida no art. 92, mantendo-se o pagamento, até a instituição do
plano de carreira e remuneração da Guarda Municipal, conforme regulamentação vigente.

Seção IV
Das Vantagens de Serviço
Subseção I
Das Modalidades

Art. 95. As vantagens de serviço são identificadas como:


I - gratificação de representação;
II - gratificação de função de confiança;
III - gratificação pelo exercício de função magistério;
IV - gratificação por trabalho em horário noturno;
V - gratificação por serviço extraordinário;
VI - gratificação pelo exercício em local de difícil acesso;
VII - gratificação pelo exercício em local de difícil provimento;

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VIII - gratificação de plantão de serviço;
IX - gratificação por encargos especiais;
X - gratificação pela participação em órgão colegiado;
XI - gratificação por dedicação exclusiva;
XII - gratificação pela função de instrutor;
XIII - gratificação de periculosidade;
XIV - gratificação de insalubridade;
XV - gratificação de penosidade;
XVI - gratificação de incentivo à produtividade;
XVII - gratificação por produção intelectual.
XVIII - Gratificação de Incentivo aos Profissionais da Educação. (NR) (inciso incluído Lei
Complementar nº 295, de 13.3.2017.)
XIX - Gratificação de Incentivo aos profissionais atuantes em Clínica da Família (NR) (subseção
incluída pela lei complementar nº 325, de 23.7.2018.)
§1º Ficam mantidos os regulamentos de vantagens de serviço concedidas a servidores municipais,
vigentes na data de publicação desta Lei Complementar, até que regulamento específico seja aprovado
pela autoridade competente, após a publicação desta Lei Complementar.
§2º As gratificações de serviço poderão ser pagas aos servidores públicos temporários e aos cedidos
por órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal, para ter exercício em unidades
organizacionais do Município.
§3º Poderão ser instituídas nos sistemas remuneratórios de cada Poder ou nos planos de carreiras e
remuneração, outras vantagens de serviço, vinculadas a atividades, áreas de atuação, carreiras ou
categorias funcionais.

Art. 96. As gratificações de serviço não poderão integrar a base de cálculo da contribuição à
Previdência Municipal de Campo Grande, assim como para fixação do provento de aposentadoria e
pensão previdenciária, salvo opção pessoal do servidor, na forma da legislação previdenciária municipal.
§1º As vantagens de serviço não serão computadas para concessão de quaisquer vantagens, exceto
gratificação natalina e abono de férias, e não poderão ser acumuladas com vantagens de mesma natureza
e igual fundamento.
§2º O sistema remuneratório, a lei instituidora ou os regulamentos das vantagens de serviço,
consideradas a sua natureza e as condições para a concessão e pagamento, deverá estabelecer os
impedimentos de percepção cumulativa com outras vantagens financeiras.

Subseção II
Da Gratificação de Representação

Art. 97. A gratificação de representação será atribuída pelo exercício de cargo de provimento em
comissão, considerando a posição do cargo na hierarquia organizacional do Poder e os níveis de
representação, de responsabilidade e o poder decisório inerente ao seu desempenho.

Art. 98. O valor da gratificação de representação será correspondente ao percentual atribuído,


individualmente, pela autoridade competente, incidente sobre o vencimento do símbolo do cargo ocupado,
conforme índices fixados em lei.

Art. 99. O servidor cedido por órgão ou entidade da Administração Pública municipal, estadual ou
federal, ao ser investido em cargo em comissão de quadro de pessoal do Município, poderá optar pela
percepção da gratificação de representação, sem prejuízo da remuneração percebida na origem pelo
cargo efetivo ocupado.

Subseção III
Da Gratificação de Função de Confiança

Art. 100. A gratificação de função de confiança será devida ao servidor efetivo designado para
desempenhar encargos de gerência, chefia ou supervisão intermediária ou de assistência técnica ou
imediata de unidade organizacional ou autoridade da Administração Municipal.
§1º O valor da gratificação pelo exercício de função de confiança, consideradas complexidade e as
responsabilidades decorrentes do exercício temporário de atribuições destacadas no caput,

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corresponderá a um índice percentual da tabela dos cargos de provimento em comissão, conforme regras,
critérios e condições estabelecidas em regulamento.
§2º O servidor no exercício de função de confiança poderá ser convocado, sempre que haja
necessidade da Administração Municipal, sem direito a pagamento de horas extraordinárias ou qualquer
outra forma de remuneração complementar por essa situação, para prestar serviços extraordinários.

Subseção IV
Da Gratificação pelo Exercício de Função Magistério

Art. 101. A gratificação pelo exercício de função de magistério será concedida para retribuir integrantes
da carreira do Magistério Municipal pela realização de atribuições de natureza especial inerentes à
educação, em especial, pelo desempenho de função de regente de educação infantil ou do primeiro ano
do fundamental, o trabalho em local de difícil acesso, provimento ou em zona rural ou em período noturno.
§1º A concessão da gratificação pelo exercício de função magistério se submete às bases e aos
critérios e parâmetros fixados no plano de carreira e remuneração do Magistério Municipal.
§2º A gratificação pelo exercício de função de magistério corresponde às vantagens referidas nos
incisos III, IV, V e VIII do art. 64 da Lei Complementar n. 19, de 15 de julho de 1998, de conformidade
com alterações determinadas na Lei Complementar n. 97, de 22 de dezembro de 2006.

Subseção V
Da Gratificação pelo Serviço Extraordinário

Art. 102. A gratificação pelo serviço extraordinário será paga em razão do trabalho realizado, além das
horas normais de trabalho, limitada a duas, por jornada, em caráter eventual e excepcional e, até quatro
horas, por motivo força maior.
§1º A gratificação pelo serviço extraordinário será devida em razão das horas excedentes à carga
horária mensal do cargo, calculada com base no valor da hora normal acrescida de cinquenta por cento,
pelo trabalho em dias de semana, e a cem por cento, quando prestado em dia que sem expediente na
respectiva unidade organizacional.
§2º Os servidores que trabalham em turno de revezamento ou escalas de serviço, com trabalho normal
nos finais de semana, feriados e pontos facultativos receberão as horas excedentes calculadas como
hora normal acrescidas de cinquenta por cento, exceto se o trabalho for realizado em dia de folga ou
descanso.

Art. 103. A prestação de serviço extraordinário, para atender situação excepcional ou por motivo de
força maior, deverá ser justificada ao titular do órgão ou entidade, ao qual caberá autorizar sua realização,
estabelecer o número de horas no mês e o período da prestação excepcional, bem como a natureza da
situação que fundamenta a valoração da hora extra para cálculo da vantagem.
Parágrafo único. Nenhum servidor poderá prestar mais de sessenta horas mensais extraordinárias,
admitindo-se até noventa horas, no mesmo mês, quando for comprovado motivo de força maior.

Art. 104. É vedada a convocação de servidor para prestação de serviços extraordinários de forma
contínua, por mais de noventa dias continuados, sendo obrigatório um intervalo mínimo de trinta dias
entre uma convocação e outra.
Parágrafo único. Os titulares dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações
públicas deverão utilizar, preferencialmente, em substituição ao pagamento de gratificação pelo serviço
extraordinário, o mecanismo de compensação das horas excedentes prestadas, com sua autorização,
com o abono de ausências mediante repasse ao banco de horas, desde que a ausência do servidor não
importe em prejuízo para os serviços de competência do órgão ou entidade.

Subseção VI
Da Gratificação por Trabalho em Horário Noturno

Art. 105. A gratificação por trabalho em horário noturno será devida quando o serviço for prestado:
I - permanentemente, no horário entre as dezenove horas de um dia até as sete horas do dia seguinte;
II - eventualmente, entre as vinte e duas horas de um dia e às cinco horas do dia seguinte.
§1º A gratificação, na situação prevista no inciso I, aplica- se, somente, aos servidores que prestam
serviço em turnos de revezamento ou escalas de serviço, exceto quando o servidor perceber outra
vantagem que remunere o trabalho realizado no horário noturno.

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§2º O valor da hora trabalhada, nos períodos referidos nos incisos I e II, será acrescido de vinte por
cento do valor da hora normal.

Subseção VII
Da Gratificação por Trabalho em Local de Difícil Acesso

Art. 106. A gratificação por trabalho em local de difícil acesso será concedida ao servidor que tem
exercício em unidade organizacional instalada em local sem acesso por transporte público regular ou por
meio oferecido pela Administração Municipal.
Parágrafo único. As dificuldades de deslocamento, para fim de concessão da gratificação, serão
demonstradas e justificadas pelo titular do órgão ou entidade interessada ao órgão central do sistema de
recursos humanos, para pronunciamento quanto ao reconhecimento da condição especial de localização
das unidades organizacionais da respectiva área de atuação.

Art. 107. O valor da gratificação por trabalho em local de difícil acesso será definido segundo a
avaliação das complicações que o deslocamento diário impõe ao servidor e atribuído no limite de
cinquenta por cento do menor vencimento da Tabela Geral do Poder Executivo.
Parágrafo único. As unidades organizacionais, cujos servidores poderão perceber essa gratificação,
serão identificadas, anualmente, de acordo com sua localização e regras de classificação estabelecidas
em regulamento aprovado pelo Prefeito Municipal.

Subseção VIII
Da Gratificação por Trabalho em Local de Difícil Provimento

Art. 108. A gratificação por trabalho em local de difícil provimento será concedida em virtude da lotação
do servidor em unidade organizacional instalada em zona rural ou que exige o exercício das atribuições,
em caráter permanente, em turnos de revezamento ou escalas de serviço que alternam o trabalho em
horas diurnas e noturnas, bem como em finais de semana, pontos facultativos e feriados.
Parágrafo único. As dificuldades de lotação, para fim de concessão da gratificação, serão
demonstradas e justificadas, pelo titular do órgão ou entidade interessado, ao órgão central do sistema
de recursos humanos, para pronunciamento quanto ao reconhecimento da condição especial de
prestação dos serviços em unidades organizacionais da respectiva área de atuação.

Art. 109. O valor da gratificação por trabalho em local de difícil provimento será definido de acordo com
a avaliação dos graus de dificuldade para recrutar servidores indispensáveis à execução de atividades de
responsabilidade de determinadas unidades organizacionais, sendo atribuído no limite de cinquenta por
cento do vencimento do servidor.
Parágrafo único. As unidades organizacionais, cujos servidores poderão perceber a gratificação, serão
identificadas, anualmente, de acordo com sua situação e regras de classificação estabelecidas em
regulamento aprovado pelo Prefeito Municipal.

Subseção IX
Gratificação de Plantão de Serviço

Art. 110. A gratificação de plantão de serviço será concedida para indenizar o servidor pela execução
de tarefas inerentes às atribuições da respectiva função, além da sua carga horária normal de trabalho,
considerando a natureza do serviço prestado, as atribuições extras e o cansaço físico que o excesso de
carga horária impõe.
§1º Serão remunerados pelo adicional de plantão os serviços essenciais de natureza especializada ou
excepcional que, se não forem prestados, poderão provocar prejuízos a pessoas, bens ou serviços de
competência de órgão ou entidade do Poder Executivo.
§2º O plantão de serviço corresponde à realização do trabalho em horas excedentes consecutivas, por
no mínimo quatro e no máximo doze horas, limitado o seu pagamento mensal, por servidor, ao equivalente
a quatorze plantões de doze horas.

Art. 111. Poderá ser autorizada a realização de plantão de serviço, além da jornada de trabalho, nas
seguintes condições:
I - extraordinariamente, a fim de evitar paralisação de serviço que possa comprometer o desempenho
de atividades de competência do órgão ou entidade;

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II - eventualmente, para ocupação de posto de trabalho vago em decorrência de ausência ou
afastamento temporário do titular, visando manter a continuidade da prestação de serviço que não pode
prescindir da presença de agente público;
III - de sobreaviso, como mecanismo preventivo para promover correção imediata de paradas
imprevistas de equipamentos indispensáveis a serviços essenciais ou para eliminar ocorrências fortuitas
e emergenciais que prejudiquem o andamento de serviços de competência do Município.

Art. 112. O adicional de plantão de serviço será devido com base no total de horas excedentes
trabalhadas no mês, além da carga horária do cargo ou função, sendo pago:
I - com base em valores fixados em lei, exclusivamente, para situações específicas da área de saúde
ou em situações definidas em plano de carreiras e remuneração;
II - com base na hora normal de trabalho do cargo ou função:
a) acrescida de cinquenta por cento, para as horas
trabalhadas em plantão realizado nos dias úteis;
b) acrescida de cem por cento, para as horas trabalhadas nos finais de semana, feriados e pontos
facultativos.

Art. 113. É vedada a realização de plantão de serviço:


I - em prejuízo do descanso semanal remunerado;
II - por servidor em férias remuneradas;
III - por servidor licenciado ou afastado;
IV - por servidor investido em cargo de provimento em comissão.

Art. 114. Os titulares dos órgãos da administração direta, autarquias e fundações públicas deverão
utilizar, preferencialmente, em substituição ao pagamento do plantão de serviço, o mecanismo de
compensação das horas excedentes, mediante repasse ao banco de horas.

Subseção X
Gratificação por Encargos Especiais

Art. 115. A gratificação por encargos especiais será concedida pela realização de trabalhos não
incluídos dentre as tarefas inerentes ao cargo ou função, para atender à execução de serviços especiais
descritos em projetos de trabalho específicos.
Parágrafo único. As regras, critérios e parâmetros de concessão da gratificação por encargos especiais
serão definidos em regulamento específico, limitado seu valor ao vencimento do servidor, devendo o valor
individual ser proposto no plano de trabalho respectivo.

Subseção XI
Gratificação pela Participação em Órgão Colegiado

Art. 116. A gratificação pela participação em órgão colegiado será devida a membros de órgão de
deliberação coletiva, que funcionem em caráter permanente, como retribuição pelo trabalho fora das
atribuições próprias do respectivo cargo ou função.
§1º O ato de instituição do órgão colegiado ou o seu regimento interno, a ser aprovado pelo Prefeito
Municipal, deverá estabelecer, quando houver pagamento da vantagem, o número de sessões mensais
e quantas serão remuneradas, limitada a dez mensais, incluídas as ordinárias e as extraordinárias.
§2º A solicitação de pagamento da gratificação, de que trata este artigo, deverá estar instruída com
mapa descritivo das atas das reuniões mensais, espelhando o valor devido, não podendo o valor por
sessão ser superior quinze por cento ao menor vencimento das categorias de nível superior.
§ 3º A partir de 1º de maio de 2014, o valor da gratificação de que trata este artigo, será reajustado
pelo menor índice de reajuste dos servidores municipais, na mesma data em que ocorrer a revisão geral
da Tabela de Vencimentos do Poder Executivo. (Parágrafo incluído pela lei complementar nº 241, de
21.7.2014.)

Subseção XII
Gratificação pelo Encargo de Instrutor

Art. 117. A gratificação pelo encargo de instrutor será devida, quando não estiverem incluídas dentre
as atribuições permanentes do cargo ou função, ao servidor que atuar, em caráter eventual, como instrutor

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de curso de formação, capacitação, aperfeiçoamento ou qualificação profissional ou pela participação em
atividades de seleção promovidas no âmbito da Administração Municipal, nas seguintes condições:
I - ministrar aulas em cursos ou palestras em eventos para repassar conhecimentos técnicos,
científicos ou especializados, de interesse da Administração Municipal, que tenha duração total igual ou
superior a oito horas;
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, de entrevistas técnicas para
análise curricular, de avaliação de títulos, de correção de provas discursivas ou práticas ou para
julgamento de recursos intentados por candidatos, em provas de concurso público ou processo seletivo
público;
III - integrar equipe de logística de preparação e realização de concurso público, envolvendo atividades
de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultados;
IV - atuar nas atividades de apoio à aplicação e fiscalização de provas de concurso público ou de
processo seletivo simplificado.
§1º A gratificação será paga, somente, se as atividades referidas nos incisos do caput forem exercidas
sem prejuízo das atribuições do cargo ou função, devendo as horas trabalhadas durante a jornada de
trabalho, quando remuneradas, serem compensadas.
§2º Será concedido horário especial ao servidor, para compensação de horas trabalhadas em
atividades referidas no inciso I, no prazo de até um ano da ocorrência do evento.

Art. 118. Os critérios de concessão e os limites para pagamento da gratificação pelo encargo de
instrutor serão fixados em regulamento aprovado no âmbito de cada Poder, observados os seguintes
critérios:
I - o valor das horas trabalhadas será determinado, observada a natureza e a complexidade das
atribuições exercidas;
II - a retribuição anual não poderá ser paga em valor superior ao equivalente a cento e cinquenta horas;
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá a percentuais incidentes sobre o vencimento
inicial de categorias de nível superior, de acordo com os seguintes parâmetros:
a) até dois inteiros e cinco décimos por cento, em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II
do art. 117;
b) até um inteiro e cinco décimos por cento, em se tratando de atividades previstas nos incisos III e IV
do art. 117.
§1º Na ocorrência de situação excepcional, devidamente justificada e previamente aprovada pela
autoridade máxima do Poder, poderá ser autorizado o acréscimo de até cento e vinte horas de trabalho
anuais, para o pagamento da gratificação por encargo de instrutor.
§2º A gratificação por encargo de instrutor não se incorpora ao vencimento do servidor para qualquer
efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para
fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões, férias e gratificação natalina.

Subseção XIII
Gratificação por Dedicação Exclusiva

Art. 119. A gratificação por dedicação exclusiva será atribuída a ocupantes de cargos em comissão de
direção e chefia ou cargo efetivo de nível superior por assumirem funções que implicam no impedimento
do exercício de outra ocupação, em caráter permanente e com subordinação trabalhista, bem como pela
exigência de permanência à disposição da Administração para atender convocações e realização de
trabalhos eventuais fora do expediente normal.
§1º A concessão da gratificação por dedicação exclusiva é pessoal e temporária, sendo proposta pelo
titular do órgão da administração direta, da autarquia ou da fundação pública de lotação do servidor,
mediante justificativa do exercício das atribuições do cargo ou função nas condições destacadas no caput
e com dedicação plena.
§2º O valor atribuído como gratificação por dedicação exclusiva não poderá ser superior ao vencimento
do cargo e terá por referência a posição do cargo na hierarquia organizacional do Poder e os níveis de
representação, de responsabilidade e o poder decisório inerente ao cargo ou função, avaliados pelo órgão
central do sistema de recursos humanos.

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Subseção XIV
Das Gratificações de Periculosidade, de Insalubridade e de Penosidade

Art. 120. Aos servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas, com risco de vida ou em posturas que imponha
cansaço físico elevado ao final da jornada de trabalho poderá ser concedida vantagem que indenize essas
condições de trabalho, identificadas como:
I - gratificação de periculosidade - atribuída pelas condições que coloca o servidor, permanentemente,
em risco de vida, em razão de métodos do trabalho classificados como perigosos;
II - gratificação de insalubridade - atribuída pelo exercício das atribuições, em caráter contínuo, em
condições que exponha o servidor a agentes nocivos à saúde, considerada a natureza e a intensidade
dos agentes e do tempo de exposição aos seus efeitos;
III - gratificação de penosidade - atribuída pelo exercício das tarefas diárias em condições que lhe
impõem desgaste e cansaço físico, mental e/ou visual ao final da jornada de trabalho, considerando a
intensidade do esforço, a posição de execução de tarefas de rotina e os deslocamentos constantes
durante os trabalhos de rotina.
§ 1º O servidor que ficar exposto a condições que justificam o pagamento das gratificações destacadas
nos incisos do caput será remunerado somente por um deles, considerando, para tanto, o de maior
incidência e de intensidade na jornada de trabalho.
§ 2º O direito à percepção de uma das gratificações cessa com a eliminação das condições ou dos
riscos que deram causa ao seu pagamento, de conformidade com parecer de equipe de segurança do
trabalho.

Art. 121. Deverá haver permanente e constante controle das atividades que exijam dos servidores a
operações ou o exercício em locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a
lactação, das operações e locais referidos neste artigo, sendo removida para local salubre e em serviço
não penoso e não perigoso.

Art. 122. As gratificações de penosidade, insalubridade ou periculosidade serão concedidas em


obediência a critérios e situações definidas em regulamento específico, aprovado pelo Prefeito Municipal,
elaborado com base em normas do Ministério do Trabalho sobre a matéria.
§1º O valor individual da gratificação não poderá ser superior a quarenta por cento do vencimento do
servidor, considerados os graus baixo, médio e alto de incidência das condições insalubres, penosas ou
perigosas, correspondendo cada um desses graus, respectivamente, a vinte por cento, trinta por cento e
quarenta por cento da base de cálculo que for definida para pagamento de cada uma dessas vantagens.
§2º As gratificações de penosidade e insalubridade terão seus valores revistos em função da adoção
de medidas para redução de incidência dos riscos, conforme estudos que deverão ser feitos regularmente,
pelo órgão central do sistema de recursos humanos, em articulação com a Secretaria Municipal de Saúde.

§3º A vantagem somente será concedida após avaliação das condições de trabalho a que são
submetidos os servidores por equipe de medicina e segurança do trabalho, constituída conforme o
regulamento referido no caput.

Subseção XV
Da Gratificação de Incentivo à Produtividade

Art. 123. A gratificação de incentivo à produtividade será atribuída aos servidores para estimular a
obtenção de melhores resultados e aumento da eficiência na prestação dos serviços públicos, medidos
com base em avaliação das mudanças em processos de trabalho, melhoria da qualidade dos serviços e
cumprimento de metas de redução de despesas de pessoal e custeio alcançadas.
Parágrafo único. O valor da gratificação será definido conforme resultados apurados em sistema de
avaliação específico, que deverá aferir os níveis de qualidade, a quantidade do trabalho realizado e/ou a
economia de recursos despendidos, bem como a participação individual e coletiva dos servidores nos
programas, projetos e ações que permitiram atingir os melhores resultados.

Art. 124. O valor da gratificação de incentivo à produtividade terá como base de cálculo um parâmetro
único para todos os servidores ou o vencimento do servidor, tendo por base a aferição dos resultados

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coletivamente e a avaliação de desempenho individual, relativamente ao alcance de metas de trabalho
e/ou redução de despesas.
Parágrafo único. A gratificação de incentivo à produtividade não poderá ter valor mensal superior a
cem por cento do vencimento do servidor beneficiado.

Subseção XVI
Da Gratificação por Produção Intelectual

Art. 125. A gratificação por produção intelectual será conferida, em caráter esporádico, como prêmio
de incentivo aos servidores municipais à formulação e apresentação de idéias ou trabalhos que favoreçam
a resolutividade da assistência ao cidadão, a racionalidade e a agilidade dos serviços internos e a
melhoria dos serviços ou a redução de custos administrativos, com elevação da qualidade e eficiência
dos serviços públicos.
§1º O pagamento da gratificação como prêmio individual observará condições e valores definidos em
cada oportunidade de sua concessão, limitado o seu valor individual a duas vezes o maior vencimento da
tabela dos cargos em comissão.
§2º As vantagens indenizatórias não integrarão a base de cálculo da gratificação natalina, do abono
de férias e das férias remuneradas, assim como para verificação dos limites máximos e mínimos de
remuneração paga pelo serviço público municipal.

Art. 125-A. A gratificação de incentivo aos profissionais da educação será paga aos servidores da
educação não docentes do quadro efetivo, cursistas e formados pelo Programa de Formação Inicial em
Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público, quando em exercício de
suas atribuições e responsabilidades, no valor de até 100% (cem por cento do vencimento)”. (NR) (artigo
incluído pela lei complementar nº 295, de 13.3.2017.)

Art. 125-B. A Gratificação de Incentivo aos profissionais atuantes em Clínica da Família será paga aos
servidores da Secretaria Municipal de Saúde em exercício na Clínica da Família, pela especificidade do
serviço, em virtude de sua habilitação e qualificação, bem como pelo desempenho de suas atribuições
em condições especiais, em horários irregulares e/ou cumprimento diferenciado de sua jornada de
trabalho e/ou atribuição de responsabilidade técnica, no valor de até cinco vezes o vencimento inicial do
cargo do servidor. (artigo incluído pela lei complementar nº 325, de 23.7.2018)
§ 1º Não será devida Gratificação por Serviço Extraordinário, Gratificação por Plantão de Serviço e/ou
Plantão Eventual, as horas excedentes à carga horária do servidor que forem prestadas em Clínica da
Família. (Parágrafo incluído pela lei complementar nº 325, de 23.7.2018)
§ 2º A Gratificação de Incentivo aos profissionais atuantes em Clínica da Família será devida inclusive
aos profissionais integrantes do Convênio de Municipalização da Saúde em exercício na Clínica da
Família. (Parágrafo incluído pela lei complementar nº 325, de 23.7.2018)
§ 3º A Gratificação de Incentivo aos profissionais atuantes em Clínica da Família não será computada
para efeitos de cálculo de outros adicionais ou vantagens e nem se incorporam aos vencimentos para
fixação de proventos de aposentadoria e pensão, exceto décimo terceiro salário e abono de férias”. (NR)
(Parágrafo incluído pela lei complementar nº 325, de 23.7.2018)

Seção V
Das Indenizações

Art. 126. Constituem indenizações que podem ser atribuídas ao servidor:


I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - indenização de transporte.
Parágrafo único. As vantagens indenizatórias não integram a base de cálculo da gratificação natalina,
do abono de férias e das férias remuneradas, assim como da contribuição à previdência social e para
verificação dos limites máximos e mínimos de remuneração paga pelo serviço público municipal.

Art. 127. Ao servidor municipal que se afastar do seu local de lotação, no interesse da Administração
Municipal, por período ininterrupto superior a trinta dias, será concedida ajuda de custo para compensar
despesas de manutenção e locomoção na localidade de destino ou de instalação, quando houver
mudança de domicílio em caráter permanente.

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Parágrafo único. A ajuda de custo terá valor de até três vezes o vencimento do servidor, para instalação
em nova sede, em caráter permanente, ou até uma remuneração permanente mensal, no afastamento
temporário, enquanto este perdurar.

Art. 128. Ao servidor que se deslocar para outra cidade do território nacional, no interesse da
Administração Municipal, por período inferior a trinta dias, serão concedidas diárias, em valor para atender
despesas com alimentação, hospedagem e locomoção na cidade de destino.
§1º O valor da diária será fixado em regulamento específico, que observará a distinção:
I - das cidades do território nacional, as condições de deslocamento urbano, o custo de vida e outros
fatores que imponham diferença de gastos com alimentação e hospedagem;
II - em relação à hierarquia funcional dos cargos de direção e chefia e a classificação salarial dos
servidores.
§2º É vedado, sob pena de responsabilizar a autoridade constituída, atribuir diárias para fins diversos
do estabelecido no caput deste artigo.
§3º O regulamento de diárias estabelecerá as condições e valor, no caso de deslocamento do servidor
para o exterior.

Art. 129. A indenização de transporte será devida para compensar despesas realizadas pelo servidor
nos deslocamentos a serviço, utilizando meio de transporte próprio nos deslocamentos para executar
trabalhos inerentes às atribuições do cargo ou função.
Parágrafo único. O valor da indenização de transporte será fixado por ato do Prefeito Municipal ou
autoridade equivalente, considerando a quilometragem percorrida mensalmente, o custo médio dos
combustíveis e a incidência de desgaste material ao veículo, sendo pago na forma e condições
estabelecidas em regulamento.

Seção VI
Dos Auxílios Financeiros

Art. 130. Os auxílios financeiros serão concedidos para atender às seguintes situações: (artigo 130
alterado pela Lei Complementar n.233, de 19.5.2014)
I – auxílio-alimentação – para compensar despesas de alimentação do servidor em razão do
desempenho de suas atribuições.” (inciso I alterado pela Lei Complementar n.233, de 19.5.2014)
II - auxílio-transporte - para auxiliar o servidor no atendimento de despesas de locomoção, entre a
residência e o local de trabalho e deste para a residência, nos dias de trabalho;
§1º O pagamento dos auxílios financeiros terá por base o número de dias úteis do mês, em expediente
normal, em turnos de revezamento ou escalas de serviço, inclusive os dias de trabalho para atender horas
excedentes ou plantão de serviço, conforme condições e requisitos estabelecidos em regulamento
aprovado pelo titular de cada Poder.
§2º O auxílio-alimentação e o auxílio-transporte não compõem a base de cálculo da gratificação
natalina, do abono de férias e das férias remuneradas, nem da contribuição para a previdência social,
bem como para verificação dos limites máximos e mínimos de remuneração paga pelo serviço público
municipal.

TÍTULO IV
DOS DIREITOS FUNCIONAIS
CAPÍTULO I
DAS FÉRIAS ANUAIS

Art. 131. O servidor municipal fará jus, após cada doze meses de efetivo exercício, ao gozo de trinta
dias de férias remuneradas, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de
necessidade do serviço, na seguinte proporção:
I - trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco dias;
II - vinte e quatro dias corridos, quando houver faltado ao serviço de seis a quatorze dias;
III - dezoito dias corridos, quando houver faltado ao serviço de quinze a vinte e três dias;
IV - doze dias corridos, quando houver faltado ao serviço de vinte e quatro a vinte e nove dias.
Parágrafo único. As faltas ao serviço são as ausências, registradas durante o período aquisitivo das
férias, não abonadas ou não justificadas.

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Art. 132. O profissional de educação gozará férias por ano, assim distribuídos:
I - trinta dias no término do período letivo e quinze dias entre as duas etapas letivas, no exercício da
função de Professor;
II - quarenta e cinco dias, em dois períodos, não inferior a dez dias, conforme no calendário da unidade
escolar, na função de especialista de educação, de coordenador pedagógico e o professor readaptado
em exercício em unidade escolar;
III - trinta dias nos demais casos.
§1º A convocação de membros do magistério, para trabalhos ou exame durante os períodos das férias,
será feita no interesse da educação, e os Professores serão remunerados sob a forma de horas
excedentes, podendo ser compensadas, de acordo com disposições desta Lei Complementar.
§2º O Professor lotado em unidade escolar, quando for impedido de gozar suas férias, na forma do
inciso I do caput deste artigo, poderá tirar as férias, entre os períodos letivos regulares, desde que não
fique prejudicado o cumprimento da legislação de ensino.

Art. 133. O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radiativas, gozará
de vinte dias consecutivos de férias, por semestre, proibida a acumulação, em qualquer hipótese.

Art. 134. As férias de trinta dias poderão ser parceladas em duas etapas, se requeridas pelo servidor,
com antecedência mínima de sessenta dias, e autorizadas considerando o interesse do serviço, pelo
titular do respectivo órgão ou entidade organizacional de exercício.
§1º Os servidores em exercício em unidades organizacionais ou atividades submetidas a férias
coletivas não poderão parcelar as férias.
§2º O período das férias gozadas é considerado de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Art. 135. O pagamento das férias, que corresponderá ao valor da remuneração percebida no mês
anterior, acrescida do abono de férias, será efetuado até dois dias antes do início do respectivo período
de fruição.
Parágrafo único. Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor do abono de férias quando da
utilização do primeiro período.

Art. 136. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou ainda, por motivo de superior interesse
público.
§1º O restante do período interrompido será gozado de uma única vez.
§2º Por motivo de investidura em outro cargo, o servidor em gozo de férias, não está obrigado a
interrompê-las, mesmo quando a lotação e exercício do novo cargo for em outro órgão ou entidade
municipal.

Art. 137. As férias anuais coletivas serão adotadas, conforme regulamento de cada Poder, considerada
a natureza dos serviços e/ou das atividades de determinadas unidades organizacionais.

§1º O servidor que não contar doze meses de efetivo exercício, por ocasião do início das férias
coletivas, gozará férias proporcionais correspondentes ao período trabalhado no período aquisitivo, sendo
os dias restantes considerados como licença remunerada, iniciando-se novo período ao final das férias
coletivas.
§2º Os direitos financeiros dos servidores que não contarem o período aquisitivo completo serão pagos
proporcionalmente ao número de dias trabalhados no ano base da concessão das férias.

Art. 138. O servidor exonerado do cargo efetivo ou em comissão perceberá indenização relativa ao
período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo
exercício, ou fração superior a quatorze dias.
§1º As regras previstas no caput deste artigo se aplicam ao servidor efetivo que vier a se aposentar ou
falecer no exercício de suas funções.
§2º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato de
exoneração, data da publicação da aposentadoria ou do deferimento da pensão.

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CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
Seção I
Das Modalidades

Art. 139. Conceder-se-á ao servidor licença para:


I - capacitação;
II - tratamento de saúde;
III - a gestante ou adotante;
IV - paternidade;
V - desempenho de mandato classista;
VI - acompanhar o cônjuge;
VII - prestação de serviço militar;
VIII - atividade política;
IX - tratar de interesses particulares.
§1º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e
quatro meses, salvos os casos dos incisos V, VI, VII, VIII e IX.
§2º Não poderá ser concedida licença ou afastamento a servidor, quando essa concessão implicar
admissão de substituto remunerado para exercer as atribuições do afastado, exceto para gozo de férias
anuais, licença para tratamento de saúde ou gestante ou adotante, bem como para exercício de cargo de
direção privativo da carreira.
§3º Terminada a licença, o servidor reassumirá o exercício do cargo, salvo nos casos de prorrogação,
que deverá ser solicitada antes de findo o prazo de licença e, se indeferido, será contado como licença
sem vencimento o período compreendido entre a data de seu término e a do conhecimento oficial do
despacho denegatório ou do retorno à atividade.
§4º O servidor licenciado manterá sua lotação no órgão ou entidade de origem, não lhe sendo
assegurada a permanência na unidade organizacional de exercício, devendo, ainda, comunicar ao chefe
imediato o local onde poderá ser encontrado.
§5º No período em que o servidor estiver em gozo de licença sem vencimentos deverá contribuir para
a previdência social municipal, nos termos da legislação previdenciária municipal.

Seção II
Da Licença para Capacitação

Art. 140. O servidor municipal estável poderá afastar-se do exercício do cargo efetivo, com direito à
percepção da sua remuneração permanente, para participar de cursos de capacitação ou pós-graduação
no interesse da Administração Municipal, se contar de efetivo exercício no serviço público municipal:
I - três anos, para curso de qualificação profissional por um período de até três meses, a cada dois
anos;
II - cinco anos, para curso de pós-graduação, em nível de especialização, se comprovada a
necessidade de afastamento do cargo, mestrado ou doutorado.

Art. 141. Interrompem a contagem do tempo de efetivo exercício, para fim do artigo anterior, os
períodos referentes à:
I - penalidade de suspensão, cumprida nos últimos quarenta e oito meses;
II - falta injustificada, ocorrida e registrada nos últimos quarenta e oito meses;
III - licença para tratar de interesse particular, acompanhar o cônjuge ou companheiro;
IV - licenças para tratamento de saúde, ocorridas nos últimos vinte e quatro meses, a partir de:
a) do quadragésimo sexto dia para tratamento de saúde do próprio servidor, exceto se decorrente de
acidente no trabalho;
b) do nonagésimo primeiro dia para tratamento de saúde em decorrência de acidente no trabalho do
próprio servidor;
c) do trigésimo primeiro dia por motivo de doença em pessoa da família.

Art. 142. A licença para capacitação será concedida, somente, no interesse da Administração
Municipal, por proposição do titular do órgão ou entidade de lotação do servidor e após avaliação do órgão
central do sistema de recursos humanos, para cursos promovidos em parceria com instituição oficial.

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§1º Na concessão de licença para participar de curso não promovido pelo Município ou sem parceria
com a instituição oficial, serão observados os interstícios discriminados nos incisos I e II, do art. 140, entre
uma licença e outra, para que o novo afastamento seja concedido com direito à percepção da
remuneração permanente.
§2º O servidor, ao solicitar afastamento para participar de curso de capacitação profissional ou de pós-
graduação, deverá anexar comprovante de matrícula ou de permanência no curso pretendido.
§3º O servidor em licença para curso de pós-graduação deverá, no início de cada semestre ou período,
apresentar comprovante de matrícula ou de permanência no curso pretendido, sob pena de suspensão
de licença e responsabilidade disciplinar.
§4º O não cumprimento das condições constantes deste artigo implicará no ressarcimento aos cofres
públicos dos valores de remuneração percebidos durante o afastamento do servidor e no registro desse
período como falta ao serviço, com aplicação de sanções disciplinares previstas nesta Lei Complementar.

Art. 143. O período de afastamento de licença para capacitação será considerado de efetivo exercício,
para todos os efeitos legais, mediante apresentação do certificado de aprovação ou de freqüência no
curso.
Parágrafo único. Após a conclusão do curso, o servidor deverá permanecer no exercício do cargo, pelo
mesmo período de duração do curso, sob pena de não ser considerado esse período como de efetivo
exercício a ser exigida a indenização ao Tesouro Municipal ou da entidade de lotação dos gastos feitos
com recursos municipais, durante a licença.

Seção III
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 144. Será concedido ao servidor, de conformidade com atestado médico, laudo médico ou parecer
da Perícia Médica do Município, licença para tratamento da saúde, a pedido ou de ofício.
§1º O servidor comparecerá à Perícia Médica do Município, mediante apresentação de boletim emitido
pela chefia imediata, por determinação desta ou por sua solicitação.
§2º A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra, será considerada como
prorrogação da anterior.
§3º Nos processamentos das licenças para tratamento de saúde, será observado o devido sigilo sobre
os laudos e atestados médicos.
§4º No curso da licença para tratamento de saúde, o servidor abster-se-á de atividade remunerada,
sob pena de interrupção da licença, com perda total do vencimento, desde o início do afastamento e até
que reassuma o cargo ou função.

Art. 145. A concessão de licença para tratamento de saúde observará regras e procedimentos
estabelecidos na regulamentação da Perícia Médica do Município, observadas as disposições sobre
pagamento de benefícios definidas pelo sistema da previdência social.
§1º O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de suspensão do pagamento da
sua remuneração, até que se realize a inspeção.

§2º Considerado apto em inspeção médica, o servidor reassumirá o exercício do cargo, sob pena de
serem computados como faltas os dias de ausência.
§3º No curso da licença, poderá o servidor requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de
reassumir o exercício.

Art. 146. A remuneração do servidor em licença para tratamento de saúde, nos primeiros trinta dias,
será correspondente ao vencimento acrescido das vantagens pessoais e das inerentes ao exercício do
cargo ou função.
Parágrafo único. A partir do trigésimo primeiro dia a remuneração será paga como auxílio-doença, na
forma estabelecida pela Previdência Municipal de Campo Grande.

Art. 147. A licença médica será concedida pelo prazo indicado no atestado ou laudo da Perícia Médica
do Município.
§1º Até dois dias antes do término do prazo da licença, o servidor será submetido à inspeção da perícia
médica, cujo laudo deverá concluir pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela aposentadoria
ou pela readaptação.

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§2º Se o servidor se apresentar à nova inspeção, após a época prevista no § 1º deste artigo, caso não
se justifique a prorrogação do afastamento, os dias de ausência serão considerados como licença sem
vencimentos.
§3º O tempo necessário à inspeção médica será sempre considerado como licença, desde que não
fique caracterizada a simulação.
§4º Quando não couber a concessão da licença para tratamento de saúde e houver indícios de
simulação do servidor para obter a licença, o período que eventualmente tenha faltado ao serviço será
considerado como falta injustificada, sendo apurados os motivos desse comportamento, nos termos desta
Lei Complementar.

Art. 148. O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo superior
a vinte e quatro meses, exceto nos casos considerados recuperáveis pela Perícia Médica do Município.
§1º Findo o prazo de vinte e quatro meses e não estando o servidor em programa de recuperação e
não puder ser readaptado, este será aposentado por invalidez, na forma da legislação da Previdência
Municipal de Campo Grande.
§2º Nos casos de doenças graves em que a medicina não possa assegurar as possibilidades de
recuperação da capacidade laborativa do servidor, poderá a aposentadoria por invalidez ser concedida
com base na Perícia Médica do Município, independentemente de decorrido o prazo de vinte e quatro
meses.

Art. 149. Em caso de acidente de trabalho ou de doença profissional agravada em razão do exercício
de funções laborais, será mantida durante a licença a remuneração integral do servidor, mediante
complementação do benefício previdenciário, correndo à conta do Município as despesas com o
tratamento médico e hospitalar, que será realizado, sempre que possível, em estabelecimento oficial de
assistência médica.
§1º Considera-se acidente do trabalho todo aquele que ocorrer no exercício das atribuições do cargo
ou função, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que
ocasione a morte, perda parcial ou total, permanente ou temporária da capacidade física ou mental para
o trabalho.
§2º Equipara-se ao acidente no trabalho a agressão, quando não provocada, sofrida pelo servidor no
serviço ou em razão dele e o ocorrido no deslocamento para o serviço ou deste para a sua residência.
§3º Por doença profissional, entende-se a que se deve atribuir, como relação de efeito e causa, às
condições inerentes ao serviço ou a fatos nele ocorridos.
§4º Nos casos previstos nos parágrafos anteriores, o laudo resultante da inspeção realizada por junta
médica oficial, deverá estabelecer, rigorosamente, a caracterização do acidente do trabalho ou da doença
profissional.

Art. 150. A comprovação do acidente será feita em processo regular, devidamente instruído, com
declaração de testemunhas, cabendo ao serviço médico oficial atestar o estado geral do acidentado,
mencionando as lesões sofridas, bem como as possíveis consequências que poderão advir do acidente.
§1º O processo de comprovação de acidente em serviço deverá ser iniciado no prazo de até setenta
e duas horas da ocorrência do acidente, ou devidamente justificado pela chefia imediata, quando em
prazo superior, que não poderá ser superior a cinco dias úteis.
§2º O responsável pela unidade setorial de recursos humanos do órgão ou entidade de lotação do
servidor o encaminhará ao Serviço Médico do Município, o acompanhará e procederá à instrução
processual respectiva.

Art. 151. Caso o servidor esteja ausente do Município de Campo Grande e absolutamente
impossibilitado de locomover-se por motivo de saúde, poderá ser admitido laudo médico particular
circunstanciado, desde que o prazo de licença proposta não ultrapasse noventa dias.
§1º Caso a licença proposta ultrapasse o prazo estipulado no caput, somente serão aceitos laudos
firmados por órgão médico oficial do local onde se encontra o servidor.
§2º Nas hipóteses previstas neste artigo, o laudo somente poderá ser aceito depois de homologado
pelo órgão próprio de inspeção médica oficial do Município.

Art. 152. O servidor afastado por motivo de saúde, cuja capacidade física não permita seu retorno ao
exercício do cargo ou função, poderá ser readaptado, nos termos desta Lei Complementar, conforme
laudo da Perícia Médica do Município.

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Parágrafo único Na hipótese deste artigo, o servidor submeter-se-á, obrigatoriamente, à inspeção
médica no término do prazo da readaptação provisória, para fim de seu retorno ao trabalho, e entrar em
programa de reabilitação, ser aposentado por invalidez ou readaptado definitivamente em outro cargo ou
função.

Seção IV
Da Licença para a Gestante ou Adotante

Art. 153. À servidora gestante será concedida licença pelo prazo de cento e vinte dias, mediante
inspeção médica pela Perícia Médica do Município, remunerada pelo salário-maternidade pago pela
Previdência Social do Município de Campo Grande.
§1º A licença será concedida a partir do início do oitavo mês de gestação, salvo prescrição médica
diversa.
§2º No caso de parto anterior à concessão, contar-se-á o prazo da licença a partir da ocorrência desse
evento.
§3º Quando a saúde do recém-nascido exigir assistência especial, poderá ser concedida à servidora,
pelo prazo necessário, mediante laudo, licença por motivo de doença em pessoa da família.
§4º A gestante terá direito, sem prejuízo do direito a licença de que trata o artigo anterior, mediante
recomendação médica, ao aproveitamento em função compatível com seu estado, a contar do quinto mês
de gestação, ou pelo período que a inspeção médica recomendar cuidados especiais.

Art. 154. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fim de adoção de criança será
assegurada licença, com remuneração, conforme previsto no art. 153, pelo período:
I - de cento e vinte dias, se a criança tiver até um ano de idade;
II - de sessenta dias, se a criança tiver entre um e quatro anos de idade;
III - de trinta dias, se a criança tiver de quatro a oito anos de idade.

Art. 155. A servidora municipal poderá ter sua licença maternidade ampliada por mais dois meses,
desde que requeira até o final do último mês desse afastamento, com remuneração equivalente ao valor
do salário-maternidade que vinha percebendo pela previdência social, na forma que dispuser o programa
municipal específico.
§1º A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fim de adoção de criança, a prorrogação da
licença adotante poderá ocorrer na seguinte proporção:
I - quarenta e cinco dias, no caso de criança de até um ano de idade;
II - quinze dias, no caso de criança com mais de um ano de idade.
§2º Para os fins do § 1º deste artigo, considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade
incompletos, nos termos do art. 2º da Lei Federal n. 8.069, de 13 de julho de 1990.

Seção V
Da Licença Paternidade

Art. 156. Ao servidor municipal será concedida licença paternidade remunerada, de cinco dias
consecutivos, por ocasião do nascimento de filho.

Parágrafo único. A licença terá início na data de nascimento da criança e o período é considerado de
efetivo exercício.

Seção VI
Da Licença para Desempenho de Mandato Classista

Art. 157. A licença para o desempenho de mandato classista em entidade sindical de defesa de
interesse dos servidores municipais será concedida, somente, quando a entidade congregar categorias
funcionais integrantes do quadro de pessoal do Poder Executivo e/ou da Câmara Municipal e possuir
registro no Ministério do Trabalho com entidade de base de categoria de servidor municipal.
§1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas
referidas entidades, os quais não poderão exercer atividades remuneradas durante esse afastamento.
§2º O servidor somente poderá se afastar em licença para exercer mandato classista após a publicação
do respectivo ato.

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Art. 158. O servidor investido em mandato classista não poderá ser removido de ofício enquanto
perdurar o respectivo mandato

Art. 159. A licença para o desempenho de mandato classista será concedida na proporção de um
servidor para até duzentos servidores e mais um, para cada duzentos, no limite de quatro servidores
afastados nessa condição por entidade.

Art. 160. A licença para mandato classista será com a remuneração permanente do servidor, com
duração idêntica ao do período de mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.

Art. 161. Será contado, para fim de disponibilidade, aposentadoria e promoção por antiguidade, o
período em que o servidor permanecer afastado em licença para o desempenho de mandato classista.

Seção VII
Da Licença para Acompanhar o Cônjuge

Art. 162. Ao servidor poderá ser concedida licença sem ônus para a Administração Municipal, quando
o seu cônjuge ou companheiro, servidor da administração direta, autarquia ou de fundação pública
federal, estadual ou municipal, for mandado servir de ofício em outra localidade do território nacional ou
for exercer mandato eletivo federal.
Parágrafo único. A licença deverá ser renovada a cada dois anos, até o último dia do mês de janeiro,
com pedido instruído com a comprovação da designação ou da posse no cargo eletivo, juntamente com
o atestado da nova residência.

Art. 163. Finda a causa da licença, o servidor deverá reassumir o exercício do cargo ou função em até
trinta dias, a partir dos quais a sua ausência será computada como falta ao trabalho, vedado, nesse caso,
o abono ou justificativa.

Art. 164. O servidor poderá reassumir o exercício do seu cargo a qualquer tempo, embora não esteja
finda a causa da licença, não podendo, neste caso, renovar o pedido de licença senão depois de dois
anos da data da reassunção, salvo se o cônjuge for transferido novamente, de ofício, para outra
localidade.

Art. 165. A licença por motivo de deslocamento do cônjuge será concedida ao servidor que viva
maritalmente, com comprovação da convivência nos termos da lei.

Seção VIII
Da Licença Para Serviço Militar Obrigatório

Art. 166. Ao servidor convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional, será
concedida licença, à vista de documento oficial que prove a incorporação.
§1º Dos vencimentos descontar-se-á a importância que o servidor perceber na qualidade de
incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar, o que implicará na perda da remuneração.
§2º Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo, não excedente a trinta dias, para reassumir o
exercício do cargo ou função, sem perda dos vencimentos.

Seção IX
Da Licença para o Desempenho de Atividade Política

Art. 167. O servidor efetivo candidato a cargo eletivo terá direito à licença remunerada, durante o
período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária e o quinto dia útil seguinte ao término
das eleições a que tiver concorrendo.
Parágrafo único. Será necessariamente afastado, na forma deste artigo, o servidor efetivo ocupante
de cargo de direção, chefia, assessoramento ou assistência ou que tenha como atribuições a arrecadação
e fiscalização tributária, bem como em outras condições estabelecidas pela lei nacional de
desincompatibilização.

Art. 168. O afastamento do servidor eleito ficará submetido às disposições do artigo 38 da Constituição
Federal.

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Seção X
Da Licença para Tratar de Interesse Particular

Art. 169. Poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo estável, a critério da
Administração, licença para tratar de interesse particular, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse prazo.
§1º Não será computado, para qualquer efeito legal, o tempo referente ao período da mencionada
licença, salvo aposentadoria e pensão se houver contribuição para a previdência social.
§2º O servidor deverá aguardar em exercício do cargo ou função na sua unidade organizacional de
lotação a concessão da licença para tratar de interesse particular.
§3º A licença poderá ser gozada em período não inferior a um mês, observado o limite estabelecido
no caput.

Art. 170. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou por convocação
da Administração Municipal, quando comprovado o interesse público.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o servidor deverá apresentar-se ao serviço no prazo de
trinta dias, a partir da notificação, findos os quais a sua ausência será computada como falta ao serviço.

Art. 171. É vedada a prestação de serviço profissional, em órgão ou entidade da Administração Pública
federal, estadual ou municipal, por servidor em licença para tratar de interesse particular, sob qualquer
forma ou título, sob pena de demissão, mediante processo administrativo.

CAPÍTULO III
DOS AFASTAMENTOS

Art. 172. O servidor municipal, titular de cargo de provimento efetivo, poderá ficar afastado do seu
órgão ou entidade de lotação para:
I - ocupar cargo de provimento em comissão em órgão ou entidade da Administração Pública federal,
estadual, distrital ou municipal;
II - exercer mandato eletivo no Conselho Tutelar do Município;
III - cumprir missão oficial;
IV - realizar trabalho em parceria, conforme termo específico;
V - prestar serviço vinculado a convênios com União, Estado ou Municípios.
§1º Os afastamentos previstos nos incisos I e V serão com ônus para a origem, se houver
ressarcimento da remuneração permanente pelo órgão cessionário, paga ao servidor afastado.
§2º No caso dos incisos II e III, será mantida a remuneração do servidor, sendo compensado nos casos
de exercício de membro do Conselho Tutelar, quando o servidor perceber remuneração por essa função,
para não incorrer em acumulação ilícita.
§3º No caso do inciso IV a remuneração será conforme dispor o Termo Específico.

Art. 173. Em todos os afastamentos, a remuneração poderá ser mantida, quando comprovado o
interesse do Município, sendo o tempo de serviço contado para fim de aposentadoria, se houver
contribuição para a previdência social municipal, de disponibilidade, para promoção por antiguidade e
concessão do adicional por tempo de serviço.
Parágrafo único. O servidor à disposição de órgão ou entidade da Administração Pública, que optar
pela remuneração do órgão ou entidade onde tiver exercício, deverá manter sua contribuição para a
previdência social municipal.

Art. 174. O afastamento do servidor, nas situações previstas no art. 172, fica submetido à:
I - publicação do ato da autoridade competente, publicado no Diário Oficial do Município;
II - validade do afastamento por ano civil, renovado, se for o caso, ao início de cada exercício;
III - frequência comprovada mensalmente pelo órgão ou entidade onde o servidor estiver em exercício;
IV - lotação do servidor mantida no órgão ou entidade de origem, não lhe sendo assegurada a
permanência na unidade organizacional que tinha exercício.
Parágrafo único. O órgão central do sistema de recursos humanos interromperá o pagamento da
remuneração do servidor afastado com ônus para o Município, quando não for cientificado, oficial- mente,
do cumprimento do inciso III do caput deste artigo.

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Art. 175. O servidor efetivo estável poderá ser afastado para trabalhar em regime de parceria, na
execução de atividades de prestação serviços públicos, sob a direção de órgão ou entidade pública de
outro nível de governo ou ainda, da iniciativa privada sem fins lucrativos.
Parágrafo único. O afastamento previsto no caput fica condicionado à definição do quadro quantitativo
e qualitativo dos recursos humanos, no respectivo instrumento de parceria, cujo extrato e afastamento
serão publicados no Diário Oficial de Campo Grande.

Art. 176. Cessado o afastamento, o servidor deverá apresentar-se ao órgão ou entidade de lotação,
no prazo de até dois dias úteis, se em exercício no Município de Campo Grande, ou de até dez dias úteis,
se cedido para órgão ou entidade de outra localidade.

Art. 177. É nulo de pleno direito, sob pena de responsabilidade da autoridade competente, o
afastamento do servidor em estágio probatório, ressalvadas as situações previstas no art. 172 desta Lei
Complementar, ou no exercício de cargo comissionado ou função de confiança.
Parágrafo único. O servidor em estágio probatório afastado terá o período de estágio suspenso, o qual
será retomado após o seu retorno ao exercício do cargo ou função em órgão ou entidade do Município.

Art. 178. É vedada, sob pena de demissão do servidor, a prestação de serviços ou trabalho em órgão,
entidade ou localidade diversa daquela para a qual fora afastado ou cedido.
Parágrafo único. É vedado o afastamento de servidor municipal para órgão ou entidade que tenha
possibilitado ou permitido a ocorrência prevista no caput, sob pena de responsabilidade da autoridade
competente.

CAPÍTULO IV
DAS CONCESSÕES

Art. 179. O servidor municipal terá abonada a ausência ao serviço, sem perda de sua remuneração
habitual e do efetivo exercício, nos seguintes casos:
I - no período em que estiver a disposição para o Poder Judiciário, como testemunha, como jurado ou
para prestar depoimentos;
II - nos dias em que estiver à disposição do Tribunal Regional Eleitoral, para reuniões e trabalhos nas
eleições;
III - nos dias de apresentação obrigatória em órgão do
serviço militar;
IV - no dia em que doar sangue, desde que decorridos
pelo menos cento e oitenta dias da doação anterior;
V - por um dia, a cada seis meses, pela doação de sangue, na forma do inciso IV;
VI - oito dias, por motivo de casamento;
VII -oito dias, pelo falecimento do cônjuge ou companheiro, ascendentes, madrasta ou padrasto,
descendentes, enteados e irmãos;
VIII - de dois dias consecutivos pela doação de medula;
IX - nos dias de realização de provas de concurso ou exames vestibulares, quando ocorrerem em dia
de expediente.
Parágrafo único. As ausências destacadas nos incisos deste artigo deverão ter seus motivos
comprovados, mediante apresentação de documento próprio, até quarenta e oito horas da ocorrência.

CAPÍTULO V
DO TEMPO DE SERVIÇO
Seção I
Da Apuração e do Registro

Art. 180. A apuração do tempo de serviço, para fim de concessão de direitos funcionais, será feita em
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
§1º Os dias de efetivo exercício no Município serão apurados, mediante documentação própria, que
comprove a freqüência.
§2º Não será considerado, para qualquer efeito, o tempo de exercício de função gratuita ou serviço
prestado por terceiros contratados pela Administração.

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Art. 181. Admitir-se-á como documentação própria comprobatória do tempo de serviço:
I - certidão circunstanciada, fornecida pelo órgão/entidade competente do ente em que o serviço foi
prestado, discriminando os eventos registrados nos assentamentos funcionais do servidor;
II - cópia do contracheque (holerite), certidão de frequência, cópia de livro de ponto, cópia do diário de
classe, no caso de professor, ou cópia da folha de pagamento;
III - justificativa judicial, nos casos de impossibilidade de outros meios de prova, de tempo de serviço
prestado ao Município ou entidade de direito público da sua administração indireta.
§1º Os elementos probatórios indicados nos incisos deste artigo são exigíveis na ordem direta de sua
enumeração, somente sendo admitido o posterior quando acompanhado de certidão negativa, fornecida
pelo órgão competente, da inexistência dos elementos discriminados nos incisos anteriores.
§2º A comprovação do tempo de serviço público municipal, mediante apresentação dos documentos
referidos no inciso II se constituirá como justificativa administrativa, a ser apreciada pela área jurídica do
órgão central do sistema de recursos humanos.

Art. 182. O tempo de serviço público municipal será certificado, somente, pelo órgão central do sistema
de gestão dos recursos humanos, com base nos registros funcionais.
Parágrafo único. O tempo de serviço prestado ao Município, devidamente certificado, na forma deste
artigo, para órgão ou entidade de outro ente da federação, impõe o cancelamento desse tempo, para
todos os efeitos, e registro desse fato nos assentamentos funcionais do servidor.

Art. 183. O tempo de serviço público estranho ao Município, comprovado mediante justificativa judicial,
será averbado mediante apresentação de certidão passada pelo órgão ou entidade ao qual ele foi
prestado.
§1º O tempo de serviço convertido em tempo de contribuição, para fim de aposentadoria, será
averbado e contado de conformidade com a legislação federal sobre esta matéria e regulamentação da
previdência social municipal.
§2º Na averbação do tempo de serviço estranho ao Município não será admitido o tempo contado em
dobro, fictício ou em condições especiais.

Art. 184. O tempo de serviço público prestado a outros Poderes da federação ou entidades de direito
público será averbado somente se a respectiva certidão for apresentada no original, emitida sem rasuras
e contiver, necessariamente:
I - identificação da entidade ou do órgão expedidor, em formulário pré-impresso, contendo nome
completo, sigla, brasão e/ou logomarca respectivos;
II - nome completo do servidor, o cargo exercido, o número e emissor do documento de identidade, do
CPF e do PIS/PASEP;
III - período compreendido na certidão, data a data, indicando o tempo de serviço em anos, meses e
dias e a soma do tempo líquido, identificado de forma numérica e por extenso;
IV - discriminação da freqüência durante o período abrangido pela certidão, apontando, quando houver,
as várias alterações, as faltas, licenças, suspensões e outras ocorrências que importaram em perda do
tempo de serviço;
V - regime jurídico da relação de trabalho, se estatutário, especial, administrativo ou celetista;
VI - assinatura do responsável pela emissão da certidão, visada pela autoridade competente, devendo
todas as assinaturas serem identificadas por carimbo ou pré-impressas.

Art. 185. Será computado, para efeito de disponibilidade, o período de serviço público municipal,
distrital, estadual ou federal.
§1º É vedada a averbação de tempo de serviço, para fim de disponibilidade, prestado a outros
Municípios, Estados, Distrito Federal ou União, bem como às suas autarquias e fundações públicas,
quando for concomitante com o tempo de serviço no Município.
§2º É vedada a averbação e a contagem de tempo de serviço para fins de cálculo do provento do
servidor colocado em disponibilidade, de atividades submetidas ao regime geral da previdência social,
salvo quando prestado a órgão ou entidade de direito público federal, estadual, distrital ou municipal.

Art. 186. O registro do tempo de contribuição será efetivado junto ao regime próprio da Previdência
Social do Município de Campo Grande, após a averbação do tempo de servido público pelo órgão central
do sistema de recursos humanos.

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Seção II
Do Tempo de Efetivo Exercício

Art. 187. Será contado, para os efeitos previstos nesta Lei Complementar, o tempo de serviço público
prestado ao Município de Campo Grande, e o correspondente aos afastamentos por motivo de:
I - férias;
II - casamento e luto;
III - exercício de outro cargo de provimento em comissão ou no serviço público municipal, inclusive em
entidades de direito público da administração indireta;
IV - exercício de outro cargo de provimento em comissão ou função de governo no serviço público da
União, de Estados, do Distrito Federal e de outros Municípios, inclusive nas respectivas autarquias e
fundações públicas, quando o afastamento tiver sido autorizado pelo Prefeito Municipal, sem prejuízo dos
vencimentos;
V - licença prêmio por assiduidade, gozada;
VI - licença gestante ou adotante;
VII - licença paternidade;
VIII - licença para tratamento de saúde;
IX - licença por motivo de doença em pessoa da família, até doze meses, para cada período de cinco
anos;
X - licença para mandato classista, exceto para fim de promoção por merecimento;
XI - missão oficial, por designação do Prefeito Municipal ou para estudo em qualquer parte do território
nacional, desde que de interesse para a Administração Municipal, no limite de vinte e quatro meses para
cada cinco anos;
XII - prestação de prova ou de exame em curso regular ou em concurso público;
XIII - suspensão preventiva, se inocentado no final;
XIV - convocação para serviço militar ou encargo da segurança nacional, júri e outros serviços
obrigatórios por lei;
XV - faltas abonadas;
XVI - candidatura a cargo eletivo, durante o lapso de tempo entre o registro da candidatura eleitoral e
até dez dias após as eleições;
XVII - mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual, exceto para promoção por merecimento;
XVIII - mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito, exceto para promoção por merecimento;
XIX - mandato de Vereador, exceto para promoção por merecimento, quando não existir
compatibilidade de horário entre o seu exercício e o cargo público.
§1º Será computado para efeito de aposentadoria e pensão, somente, o tempo de efetivo exercício
que tiver, concomitantemente, comprovação de contribuição para a previdência social, observado na
contagem, o disposto no art. 4º da Emenda Constitucional n. 20, de 15 de dezembro de 1998.
§2º É vedada a contagem de tempo, simultaneamente, prestado a órgãos ou entidades públicas ou
privadas.
§3º É vedada a contagem de tempo de contribuição já computada para os efeitos de aposentadoria,
bem como o desdobramento de tempo de serviço de um mesmo cargo para contar para aposentadoria
em dois cargos.

TÍTULO IV
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 188. O sistema municipal de seguridade social visa dar cobertura aos riscos e eventos a que estão
sujeitos o servidor e sua família, compreendendo os benefícios vinculados ao regime próprio de
Previdência Social do Município de Campo Grande, ao Serviço de Assistência à Saúde dos Servidores
Municipais e às ações de assistência social.

Art. 189. São considerados dependentes para fim de habilitação aos benefícios da seguridade social
do servidor municipal:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro, os parceiros homoafetivos e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de vinte e um anos ou maiores, se inválido ou interditado;
II - os pais;

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III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido.
§1º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantém união estável com o segurado,
nos termos dos artigos 1.723 a 1.727 do Código Civil, equiparada, para os efeitos desta Lei, ao
casamento.
§2º Para a configuração da parceria homoafetiva, aplicam-se no que couber, os preceitos legais
incidentes sobre a união estável.
§3º É vedada a inscrição concomitante de cônjuge, companheira, companheiro ou parceiro
homoafetivo.
§4º Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado e desde que comprovada a
dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes
para o próprio sustento e educação.

Art. 190. Perde a qualidade de dependente:


I - o cônjuge, pela nulidade ou anulação de casamento, pela separação judicial ou divórcio por escritura
pública, sem que lhe tenha sido assegurada a prestação de alimentos;
II - a companheira ou companheiro pela cessação da união estável, havida com o segurado ou
segurada, desde que não lhe tenha sido assegurada a prestação de alimentos;
III -os parceiros homoafetivos, pela dissolução da sociedade de fato estabelecida com o segurado ou
segurada;
IV - os filhos, irmãos órfãos, enteados e tutelados, pelo casamento, pela emancipação, ainda que
inválido, desde que esta decorra de colação de grau em ensino superior, por completarem o limite máximo
de idade ou cessação dos motivos;
V - pelo falecimento;
VI - para o inválido, quando cessar a invalidez;
VII - quando cessar a dependência econômica;
VIII - por perda da qualidade de segurado de quem ele dependa.
Parágrafo único. A responsabilidade pela comunicação do evento que faça cessar a dependência será
do servidor.

CAPÍTULO II
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 191. A Previdência Social do Município de Campo Grande tem por finalidade dar cobertura aos
riscos a que estão sujeitos os servidores e compreende um conjunto de benefícios que atendam às
seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de invalidez, doença, acidente em serviço, idade
avançada, reclusão e morte;
II - proteção à maternidade e à família.

Art. 192. A aposentadoria dos servidores municipais e a concessão de pensão aos seus dependentes,
assim como todas as prestações previdenciárias serão asseguradas, conforme regras da legislação que
trata do regime próprio de Previdência Social do Município de Campo Grande - PREVI-CAMP.

CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 193. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família será prestada pelo
Município, compreendendo a assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica, fisioterapêutica,
fonoaudiológica, terapia ocupacional e nutricional laboratorial em análises clínicas prestados nos locais
definidos pelo plano de saúde dos servidores, diretamente ou por terceiros, mediante credenciamento de
profissionais.

Art. 194. O plano de saúde dos servidores poderá ressarcir, quando devidamente comprovadas,
despesas de assistência à saúde realizadas, em caráter de urgência e/ou emergência, fora do Município
de Campo Grande.

Art. 195. O servidor efetivo poderá obter empréstimo, quando comprovada a necessidade de serviços
de saúde, em modalidade não prevista nos serviços contemplados pelo plano de saúde dos servidores,
conforme critérios fixados em lei.

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CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 196. A assistência social ao servidor municipal será prestada mediante a disponibilidade de
benefícios e realização de ações que permitam oferecer ao servidor apoio institucional e/ou financeiro
para proteção e amparo ao seu núcleo familiar, mediante:
I - auxílio de tratamento de saúde - benefício financeiro destinado a subvencionar despesas de servidor
com deslocamento do servidor para realizar consultas médicas e exames para diagnóstico e tratamentos
de assistência psicológica, fisioterapêutica, fonoaudiológica e nutricional, durante a licença para
tratamento da própria saúde;
II - licença para acompanhar pessoa da família - concessão de afastamento ao servidor que comprovar
ser indispensável a sua assistência pessoal a dependente doente e que este acompanhamento não pode
ser prestado simultaneamente com o exercício do cargo ou função;
III - auxílio-creche - benefício financeiro que pode ser concedido ao servidor municipal com filho,
inclusive adotivo, para a sua assistência em creche particular, desde o nascimento até os seis anos de
idade, comprovada a inexistência de outro atendimento assemelhado;
IV - auxílio-excepcional - benefício financeiro concedido ao servidor municipal com filho que apresenta
necessidades especiais, sensorial, mental e/ou física, dependente economicamente, desde que fique
comprovado que o filho não possui meios de prover sua própria manutenção e a situação econômica do
servidor;
V – bolsa alimentação – apoio financeiro concedido mensalmente ao servidor para atendimento
familiar, com vencimento base de até dois salários mínimos; (inciso alterado pela Lei Complementar
n.233, de 16.5.2014.)
VI - jornada especial – dispensa do servidor municipal por contrato de trabalho ou concurso do tempo
equivalente à 50% (cinquenta por cento) de sua jornada de trabalho, para acompanhamento de filho com
necessidades especiais, para tratamento junto à entidade pública ou particular, e enquanto perdurar o
tratamento, independente do vínculo ou acúmulo da jornada: (inciso VI alterado pela Lei Complementar
n.294, de 22.12.2016.)
a) O tempo destinado no inciso anterior será concedido de acordo com os interesses do beneficiário,
desde que em consonância com a maior eficácia do tratamento do filho com necessidades especiais,
preferencialmente no início da concessão do benefício; ... (NR)” (alínea a incluída pela Lei Complementar
n.294, de 22.12.2016.)
VI - auxílio-funeral - devido ao dependente do servidor filiado ao plano de saúde municipal que vier a
falecer, no valor equivalente a cinco vezes o menor vencimento da tabela salarial dos servidores da
Prefeitura Municipal de Campo Grande, pago em parcela única ao cônjuge ou companheiro ou, na falta
desses, ao dependente inscrito há mais tempo pelo Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande
- IMPCG.
§1º As concessões dos benefícios financeiros previstos nos incisos do caput ficam sujeitas à
comprovação da situação que lhe dão fundamento, por ocasião do requerimento ou da habilitação
periódica, para manutenção do benefício.
§2º As condições previstas nos incisos I, II e VI serão avaliadas pela Perícia Médica do Município e
deverão ser comprovadas, anualmente, sob pena de suspensão do benefício.
§3º É vedada a concessão dos benefícios destacados no caput deste artigo, quando o outro cônjuge
ou companheiro perceber igual benefício.
§ 4º A concessão dos benefícios referidos nos incisos I, III, IV e V, depende da regulamentação
específica, aprovada pelo titular de cada poder, que definirá os critérios, requisitos e condições, para sua
implementação, gradativamente, bem como a inclusão de dotação específica no orçamento anual para a
sua concessão. (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.233, de 16.5.2014.)

Art. 197. A licença por motivo de doença em pessoa da família será concedida após inspeção médica
oficial, e observadas as seguintes condições:
I - com a remuneração permanente, até noventa dias;
II - com dois terços da remuneração permanente, entre noventa e cento e oitenta dias;
III - sem remuneração, se for excedido o prazo de cento e oitenta dias.
Parágrafo único. Em cada período de dois anos o servidor só poderá beneficiar-se de, no máximo,
doze meses de licença, seguidos ou intercalados.
Art. 198. Considerar-se-ão como pessoa da família, para efeito de concessão dos benefícios
discriminados nos incisos do caput do art. 196, os pais, os filhos e o cônjuge ou companheiro, bem como
aqueles dependentes equiparados pela legislação.

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TÍTULO VI
DAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
CAPÍTULO I
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 199. É assegurado ao servidor municipal o direito de:


I - requerer para defesa de direito ou de interesse legítimo;
II - representar contra abuso ou desvio de poder e para preservar o princípio da legalidade, da
moralidade, da publicidade, da impessoalidade dos atos administrativos e da eficiência;
III - pedir reconsideração do ato ou decisão decorrente de seu requerimento ou representação;
IV - recorrer à última instância administrativa, representada pelo Conselho de Recursos Administrativos
dos Servidores.
§1º O sindicato tem legitimidade para requerer, representar, pedir reconsideração ou recorrer das
decisões, para defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria que representa.
§2º O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidir sobre a matéria.

Art. 200. O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único. É de quinze dias, contados a partir da ciência do ato ou da decisão, o prazo para
apresentação do pedido de reconsideração.

Art. 201. O requerimento ou o pedido de reconsideração deve ser decidido em até trinta dias,
prorrogáveis por igual período.

Art. 202. É de quinze dias, contados a partir da ciência da decisão, o prazo para recorrer ao Conselho
Municipal de Recursos Administrativos dos Servidores, observado o prazo prescricional.
Parágrafo único. Em caso de provimento do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data da
decisão impugnada.

Art. 203. O direito de requerer prescreve em cinco anos, quanto aos atos de demissão, de cassação
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
relações de emprego, contados da data de exoneração ou demissão e, nos demais casos em dois anos.

Art. 204. O prazo de prescrição será contado da data da publicação oficial do ato impugnado ou da
ciência do interessado, com prevalência da que ocorrer primeiro.
Parágrafo único. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição.

Art. 205. O ingresso em juízo não determina a suspensão, na instância administrativa do pleito do
servidor.

Art. 206. Para o exercício do direito de petição é assegurado ao servidor, ou seu representante legal,
vista do processo administrativo ou documento.

Art. 207. A Administração Municipal pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os
tornam ilegais ou revogá- los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos e ressalvado, em todos os casos, a apreciação judicial.

CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 208. O servidor municipal responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.

Art. 209. A autoridade municipal e o servidor público municipal, no cumprimento de seus deveres,
respondem administrativamente pelos atos e omissões que praticarem.

Art. 210. A responsabilidade civil decorre de ato comissivo ou omissivo, doloso ou culposo que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros.

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§1º Será responsabilizada a autoridade ou o servidor que autorizar conceder ou pagar vantagens não
previstas em Lei ou com descumprimento de normas legais ou regulamentares.
§2º Os atos indicados no parágrafo anterior caracterizam lesão aos cofres públicos.

Art. 211. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo
ao erário municipal ou a terceiros.
§1º A indenização de prejuízo causado ao erário municipal, inclusive autarquias e fundações públicas,
na falta de bens que respondam pela indenização, poderá ser feita mediante desconto em parcelas que
não excedam a dez por cento da remuneração bruta do servidor.
§2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante o erário municipal em
ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão que houver condenado o Município a
indenizar o prejudicado.
§3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores do servidor e contra eles será executada
até o limite do valor da herança recebida.

Art. 212. A responsabilidade administrativa resulta de ato comissivo ou omissivo praticado no


desempenho do cargo ou função.

Art. 213. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
qualidade.

Art. 214. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre
si.
Parágrafo único. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 215. É admissível procedimento administrativo disciplinar ulterior à absolvição no juízo penal
quando, embora afastada a qualificação do fato como crime, persista residualmente, a falta disciplinar.

Art. 216. É de cinco anos o prazo de prescrição para ilícito praticado pelo servidor, que cause prejuízo
ao erário municipal, ressalvada a respectiva ação de ressarcimento.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 217. São deveres do servidor municipal:


I - desempenhar com zelo, dedicação, assiduidade, pontualidade, urbanidade e discrição as atribuições
de seu cargo ou função;
II - observar as normas legais e regulamentares;
III - ter lealdade com as instituições públicas, em especial às do Município;
IV - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência, em razão do
exercício do cargo ou função;
V - guardar sigilo sobre assuntos internos;
VI - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
VII - submeter-se à inspeção médica determinada pela autoridade competente;
VIII - manter atualizada sua declaração de bens e seus assentamentos funcionais;
IX - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas aquelas protegidas por
sigilo;
b) quanto à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
X - zelar pela economia de material e conservação do patrimônio público;
XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação, de que trata o inciso XI, será encaminhada pela via hierárquica e
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representante
ampla defesa.

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CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 218. Ao servidor municipal é proibido:


I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento, requerimento ou processo e à
execução de serviço;
V - referir-se, de modo depreciativo ou desrespeitoso, às autoridades e aos atos da Administração, em
informe, parecer ou despacho;
VI - atribuir a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem- se a associação profissional ou sindical, ou
a partido político;
VIII - manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública;
X - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão do cargo;
XI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição, em serviços ou atividades particulares;
XII -participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada,
ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário e, nessa qualidade,
vedado transacionar com o Município;
XIII -atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas do Município, salvo quando
se tratar de representante classista ou para obtenção de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XIV - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XVI - proceder-se de forma desidiosa;
XVII - atribuir a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
Parágrafo único. A vedação, de que trata o inciso XII, não se aplica à participação nos conselhos de
administração e fiscal de empresas ou entidades em que o Município detenha, direta ou indiretamente,
participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus
membros.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 219. É vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções ocupados em órgão
ou entidade da administração pública, exceto:

I - a de dois cargos de professor;


II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
§1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados,
dos Territórios e dos Municípios.
§2º É vedada a acumulação de vencimento de cargo ou emprego público com proventos de inatividade,
decorrente de aposentadoria de cargo, emprego ou função pública, salvo quando os cargos e/ou funções
e o benefício decorram de situações de acumulação lícita.

Art. 220. O servidor, ao tomar posse de cargo efetivo ou em comissão, deverá declarar se está ou não
em situação de acumulação, cuja falsidade nas informações prestadas constituirá presunção de má-fé.

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Art. 221. A acumulação de cargos, nas hipóteses admitidas no inciso XVI do art. 37 da Constituição
Federal, fica condicionada à comprovação da compatibilidade horária e que a carga horária total, somadas
às dos dois cargos e/ou funções acumulados, não é superior a sessenta horas semanais.

Art. 222. Quando verificado que ocorre acumulação ilícita, o servidor optará, com base em
procedimento administrativo, por um dos cargos, emprego ou função, sem obrigação de restituição da
remuneração recebida, se comprovado que não houve má-fé.
§1º Provada a má-fé, o servidor será demitido dos dois vínculos, acumulados ilicitamente, com a
obrigação de restituição da remuneração daquele exercido mais recentemente.
§2º Na hipótese do § 1º deste artigo e, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido em outro
órgão ou entidade, fora do âmbito do Município, a demissão será comunicada a esse órgão ou entidade.
§3º Caberá ao Conselho Municipal de Recursos Administrativos, mediante encaminhamento do titular
do órgão central do sistema de recursos humanos, pronunciar-se sobre as situações de acumulação,
servindo sua deliberação para o servidor fazer opção por um dos cargos, no caso de ficar provado que
não há má-fé.

Art. 223. O servidor municipal, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em
cargo de provimento em comissão, ficará afastado dos cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, ressalvado o direito de opção.
§1º Na ocorrência da situação prevista no caput, o servidor poderá optar pela remuneração do cargo
em comissão ou pela remuneração de um dos cargos efetivos e a gratificação de representação e outras
inerentes ao exercício do cargo em comissão.
§2º O servidor no exercício de cargo em comissão contribuirá para a Previdência Social do Município
de Campo Grande em relação à remuneração permanente dos dois cargos efetivos em que se encontrar
afastado.

Art. 224. Poderá ser percebido com a remuneração de dois cargos ou funções acumulados licitamente,
a gratificação pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e
sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
entidades em que o Município, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado
o que, a respeito, dispuser legislação específica.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 225. São penas disciplinares:


I - advertência; II - suspensão; III - multa;
IV - destituição de cargo em comissão;
V - demissão;
VI - cassação de disponibilidade.

Art. 226. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais do servidor.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa
da sanção disciplinar.

Art. 227. São circunstâncias agravantes da pena:


I - a premeditação; II - a reincidência; III - o conluio;
IV - a continuação;
V - o cometimento do ilícito.

Art. 228. São circunstâncias atenuantes da pena:


I - tenha sido mínima a cooperação do servidor no cometimento da infração;
II - tenha o servidor:
a) procurado, espontaneamente e com eficiência, logo após o cometimento da infração, evitar-lhe ou
minorar-lhe as consequências ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
b) cometido a infração sob coação de superior hierárquico, a quem não tenha podido resistir, ou sob
influência de emoção violenta, provocada por ato injusto de terceiros;

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c) confessado espontaneamente a autoria da infração ignorada ou imputada a outrem;
d) mais de cinco anos de serviço com bom comportamento, antes da infração.

Art. 229. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição ou de
inobservância de dever funcional, previsto nesta Lei Complementar, regulamento ou norma interna, e nos
de desobediência à ordem superior, salvo quando manifestamente ilegal, que não justifique imposição de
penalidade mais grave.

Art. 230. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de
violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, ou de
advertência, não podendo a suspensão exceder a noventa dias.
Parágrafo único. Será punido com suspensão de até quinze dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Art. 231. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de cinquenta por cento da remuneração permanente, por dia, ficando o
servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 232. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 233. A demissão será aplicada ao servidor nos seguintes casos:


I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa moral ou física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou
de outrem;
VIII - aplicação irregular de recursos públicos;
IX - corrupção;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público municipal;
XI - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, quando comprovada a má fé;
XII - transgressão a qualquer dos incisos VIII a XII, do art.
220 desta Lei Complementar.
Parágrafo único. A demissão incompatibiliza o ex- servidor para nova investidura em cargo ou função
pública municipal.

Art. 234. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço, por mais de
trinta dias consecutivos, ou quarenta dias intercalados no período de doze meses.

Art. 235. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta
dias, intercaladamente, durante o período de trinta meses.

Art. 236. A cassação de disponibilidade será aplicada ao servidor que houver praticado, na atividade,
falta punível com a demissão, ou que no prazo legal não entre em exercício do cargo em que tenha
revertido ou sido aproveitado, uma vez provada a inexistência de motivo justo.

Art. 237. As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I - pelo Prefeito Municipal, pelo Presidente da Câmara Municipal ou por titular de autarquia ou fundação
pública, quando se tratar de demissão, cassação de disponibilidade ou destituição de cargo em comissão
ou função de confiança;
II - por Secretário Municipal ou autoridade equivalente, por titular de autarquia ou fundação pública ou
agente público com delegação do Presidente da Câmara Municipal, quando se tratar de suspensão acima
de trinta dias e multa;

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III - pelo Comande da Guarda Municipal, na suspensão de, até sessenta dias e a advertência;
IV - por titular de unidade organizacional de órgão ou entidade do Poder Executivo ou Legislativo, por
delegação, no caso de suspensão até trinta dias e advertência.

Art. 238. A ação disciplinar prescreverá:


I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de disponibilidade e
destituição de cargo em comissão ou de função de confiança;
II - em dois anos, quanto à suspensão;
III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.
§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se torna conhecido.
§2º Os prazos de prescrição, previstos na Lei Penal, aplicam-se às infrações disciplinares capituladas
também como crime.
§3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo sumário ou inquérito disciplinar interrompe
a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a
interrupção.

Art. 239. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada
nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Art. 240. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X, XI e XII
do art. 233, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal
cabível.

Art. 241. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 233, IX e XI,
incompatibiliza o ex- servidor para nova investidura em cargo público municipal, pelo prazo de cinco anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido ou
destituído do cargo em comissão, nas hipóteses dos incisos I, IV, VIII, X e XI do art. 233 desta Lei
Complementar.

CAPÍTULO III
DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES E FALTAS DISCIPLINARES
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 242. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a
sua imediata apuração, mediante sindicância, procedimento sumário ou processo administrativo
disciplinar, assegurado ao sindicado, indiciado ou acusado a ampla defesa e o contraditório.

Art. 243. A apuração de irregularidade e/ou falta disciplinar será instaurada:


I - mediante sindicância, quando configurada a possibilidade de aplicação de penalidade de
advertência ou suspensão de até trinta dias;
II - mediante sindicância, como condição preliminar à instauração de processo administrativo
disciplinar, nos casos enquadráveis na situação de aplicação de penalidades referida no inciso I do art.
237 e na hipótese de exoneração por desempenho insuficiente no estágio probatório;
III - por procedimento sumário, quando configurada a possibilidade de aplicação de suspensão até
sessenta dias, e nos casos de demissão por acumulação ilícita, abandono de cargo ou inassiduidade
habitual, bem como por falta confessada e documentalmente comprovada;
IV - por meio de processo administrativo disciplinar, sem sindicância, quando a falta se enquadrar nas
hipóteses de penalidade de suspensão até noventa dias ou de demissão, em razão de falta confessada
sem comprovação material ou documental;
V - por processo administrativo disciplinar, decorrente da realização de sindicância, nas situações não
enquadradas nas hipóteses referidas no inciso IV do caput.
§ 1º Compete à Controladoria-Geral de Fiscalização e Transparência, por meio de Corregedoria-Geral
do Município, orientar e supervisionar os órgãos e entidades sobre a realização das apurações de
irregularidades e faltas disciplinares, nas situações previstas nos incisos I, II e III do caput. (parágrafo
alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017)

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§ 2º Constatada a omissão no cumprimento da obrigação a que se refere o art. 242, o titular da
Corregedoria-Geral do Município, ao tomar ciência, solicitará ao Secretário Municipal da Controladoria-
Geral de Fiscalização e Transparência a designação de comissão para apurar responsabilidades.
(parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017)
§ 3º A apuração poderá ser determinada por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que
tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência específica para tal finalidade, delegada em caráter
permanente ou temporário, pelo Prefeito Municipal, pelo presidente do Poder Legislativo ou pelo
Secretário Municipal da Controladoria-Geral de Fiscalização e Transparência, preservadas as
competências para o julgamento que se seguir à apuração.” (NR) (parágrafo alterado pela Lei
Complementar n.295, de 13.3.2017.)

Art. 244. O servidor que responder a sindicância, procedimento sumário ou processo administrativo
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, após sua conclusão e, se
for o caso, o cumprimento da penalidade aplicada.

Art. 245. Será assegurado transporte e diárias:


I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de
testemunha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos
trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Art. 246. As denúncias sobre irregularidades ou infração disciplinar serão objeto de apuração, desde
que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Seção II
Do Afastamento Preventivo

Art. 247. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração de
irregularidade, a autoridade instauradora de procedimento sumário, sindicância ou processo
administrativo disciplinar, poderá ordenar o afastamento do servidor do exercício do cargo, pelo prazo de
até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração habitual.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual período, no caso de processo
administrativo disciplinar, findo a qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

Seção III
Da Sindicância

Art. 248. A sindicância será instaurada por ordem do titular de órgão da administração direta, autarquia,
fundação pública ou do Comandante da Guarda Municipal, onde o servidor estiver subordinado, podendo
constituir-se em peça ou fase do processo administrativo disciplinar respectivo.

Art. 249. Da sindicância poderá resultar:


I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até sessenta dias;
III - instauração de processo disciplinar.

Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá a trinta dias, podendo ser
prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior, uma única vez.

Art. 250. A sindicância será promovida por servidor ou comissão integrada por três servidores efetivos
e estáveis, designados pela autoridade instauradora, que gozem de reconhecida idoneidade e experiência
administrativa, e, com nível de escolaridade igual ou superior ao do sindicado. (NR) (artigo alterado pela
Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§1º O presidente da comissão de sindicância será designado no ato de sua instauração, ao qual caberá
indicar um dos membros para secretariá-lo, sem prejuízo de direitos de voto.
§2º O servidor ou os membros da comissão sindicante, sempre que necessário, poderá ficar dedicada
em tempo integral aos trabalhos da sindicância.

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Art. 251. A apuração por sindicância deverá ser iniciada no prazo de até três dias úteis da designação,
devendo ser concluída no prazo de até trinta dias, podendo ser renovado por motivo justificado pelo
mesmo prazo.
§1º Na sindicância deverão ser ouvidas as pessoas que tenham conhecimento ou que possam prestar
esclarecimento a respeito do fato, bem como proceder a todas às diligências que julgar convenientes à
sua elucidação.
§2º Concluída a sindicância, o relatório deverá ser encaminhado à autoridade que a instaurou,
contendo:
I - parecer conclusivo da ocorrência;
II - os dispositivos legais violados e se há presunção de autoria;
III - indicação de penalidade, quando for o caso, a ser aplicada.
§3º Decorrido o prazo previsto no caput, sem que seja apresentado o relatório, a autoridade
instauradora deverá promover a responsabilização do servidor ou servidores designados para realizar a
sindicância.

Art. 252. A autoridade instauradora deverá pronunciar-se, no prazo de cinco dias úteis, contados do
recebimento do relatório, sobre:
I - o arquivamento do processo;
II - a aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até sessenta dias;
III - a instauração de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. O julgamento fora do prazo, não implica em nulidade do processo.

Seção IV
Do Procedimento Sumário

Art. 253. A Administração Municipal adotará procedimento sumário para a apuração de irregularidades
disciplinares, desenvolvido de acordo com as seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois ou três
servidores estáveis e, simultaneamente, indicando a autoria e a materialidade da transgressão objeto da
apuração;
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
III - julgamento.
§1º A indicação da autoria, de que trata o inciso I, dar-se- á pelo nome e cadastro do servidor, e a
materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação
ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho, das datas
de ausência e do correspondente regime jurídico.
§2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação
em que serão transcritas as informações, de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a
citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, que certificará a ciência
do servidor para, querendo, no prazo de cinco dias, apresentar a defesa escrita, sendo-lhe assegurado
vista, com cópia, do processo.
§3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará, se for o caso, a
penalidade e o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para
julgamento.
§4º No prazo de dez dias úteis, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá
a sua decisão, aplicando-se penalidades, quando for o caso, conforme o disposto nesta Lei
Complementar.

Art. 254. O prazo para a conclusão do procedimento sumário não excederá trinta dias, contados da
data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual período, quando
as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo único. O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no
que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições sobre processo administrativo disciplinar.

Art. 255. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual deverá ser observada a
indicação da materialidade:
I - na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do
servidor ao serviço;

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II - no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada.
Parágrafo único. Após a apresentação da defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à
inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá às peças principais dos autos, indicará o
respectivo dispositivo legal, apontará suas conclusões e remeterá o processo à autoridade instauradora
para julgamento.

Art. 256. A autoridade instauradora deverá pronunciar-se, no prazo de dez dias úteis, contados do
recebimento do relatório, sobre:
I - o arquivamento do processo;
II - a aplicação de penalidade.
Parágrafo único. O julgamento fora do prazo, não implica em nulidade do processo.

Seção V
Do Processo Administrativo Disciplinar
Subseção I
Das Disposições Preliminares

Art. 257. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão
por mais de sessenta dias, de demissão, ressalvados os casos apurados em procedimento sumário,
cassação disponibilidade ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
processo disciplinar.

Art. 258. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de


servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou que tenha relação com as atribuições
do cargo ou função em que se encontre investido.

Art. 259. O processo administrativo disciplinar será instaurado por determinação do Prefeito, do
Presidente da Câmara ou do Secretário Municipal da Controladoria-Geral de Fiscalização e
Transparência, mediante solicitação de titular de órgão da administração direta, autarquia ou fundação.
(NR) (artigo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§1º Poderá ser atribuída pelo Prefeito Municipal ou Presidente da Câmara, mediante ato de delegação
específica, competência a outras autoridades municipais para instaurar processo administrativo
disciplinar.
§2º Independentemente do regime jurídico a que estiver subordinado o agente público, as sanções
que lhe forem aplicadas são as previstas neste Título, salvo quando o servidor estiver subordinado a
normas especiais.
§3º Ao indiciado em processo administrativo disciplinar ou seu advogado, além do conhecimento dos
atos processuais e das decisões pela vista ou publicação, é assegurada, através de notificação pessoal,
a ciência dos atos referentes ao prazo para apresentação de defesa, da realização de sessão de
julgamento, quando houver, e da decisão final de aplicação de penalidade, que deverá ser encaminhada,
no máximo, até trinta dias da divulgação por meio oficial, sob pena de responsabilidade de quem se
omitiu.

Art. 260. O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão composta, no mínimo, por
três servidores estáveis, presidida por um dos seus membros, os quais deverão ser ocupantes de cargo
efetivo funcionalmente igual ou superior ao do indiciado e ter nível de escolaridade igual ou superior.
§1º A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a escolha recair
em um de seus membros.
§2º Não poderá participar de processo administrativo disciplinar, cônjuge, companheiro ou parente do
indiciado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 261. A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o
sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido pela Administração.
§1º As reuniões e as audiências da comissão de processo administrativo disciplinar terão caráter
reservado.
§2º Independente do resultado da decisão, os membros da comissão, salvo cometimento de falta grave
ou de omissão dolosa, não poderão, desde a prolação de sua decisão e pelo prazo de seis meses, sofrer
penalidade ou ser removido ou transferido.

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Art. 262. O processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.

Art. 263. O prazo para a conclusão e o encaminhamento do relatório final à autoridade competente,
para julgamento do processo administrativo disciplinar, não poderá exceder a noventa dias, contados da
data de publicação do ato de designação da comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo,
quando as circunstâncias o exigirem. (NR). (artigo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§1º Ultrapassado o prazo determinado no caput, os membros da comissão, poderão ser
responsabilizados pelo retardamento e penalizados na forma desta Lei Complementar.
§2º Sempre que necessário, a critério do Presidente, a comissão dedicará tempo integral aos seus
trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
§3º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações
adotadas.

Subseção II
Do Inquérito

Art. 264. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado a


ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
§1º Os autos da sindicância, se houver, integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da
instrução.
§2º Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal,
a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da
imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 265. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 266. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por


intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular
quesitos e de indicar assistente de perito, quando se tratar de prova pericial.
§1º O presidente da comissão poderá denegar fundamentando sua decisão, pedidos considerados
impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de
conhecimento especial de perito.

Art. 267. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente
comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 268. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito, sem óbice da testemunha e utilizar-se de apontamentos pessoais, por ocasião de sua
audição.
§1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre
os depoentes.

Art. 269. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado.
§1º No caso de haver mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
§2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das
testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-
las, por intermédio do presidente da comissão, ou ainda requerer a acareação das testemunhas.

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Art. 270. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial do município, da qual participe pelo
menos um médico psiquiatra ou um psicólogo.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao
processo principal, após a expedição do laudo da junta médica oficial do município.

Art. 271. Tipificada a infração disciplinar e sendo o servidor considerado capaz, será formulada a
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
§1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa
escrita, no prazo de dez dias, assegurando-se-lhe vista, com cópia, do processo na repartição.
§2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de dez dias.
§3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, desde que fundamentadamente requerido e
para diligências reputadas indispensáveis.
§4º No caso de recusa do indiciado em por o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-
se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura
de duas testemunhas.

Art. 272. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde
poderá ser encontrado.
§1º Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário
Oficial de Campo Grande e uma vez em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio
conhecido, para apresentar defesa.
§2º Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de quinze dias a partir da última publicação do
edital.

Art. 273. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
legal.
§1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
§2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um Procurador
Municipal como defensor dativo, e na impossibilidade deste, um procurador indicado pelo sindicato de
base da categoria funcional do servidor, ou ainda, um servidor que deverá ser ocupante de cargo efetivo
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

Art. 274. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças
principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 275. O processo administrativo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade
que determinou a sua instauração, para julgamento.

Subseção III
Do Julgamento

Art. 276. No prazo de vinte dias, contados do recebimento, a autoridade julgadora proferirá a sua
decisão.
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder à alçada da autoridade instauradora do processo, este
será encaminhado à autoridade competente superior, que decidirá em igual prazo.
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade
competente a imposição da pena mais grave.
§3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o
julgamento caberá às autoridades competentes para o ato.
§4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo
determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos.

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Art. 277. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de
responsabilidade.

Art. 278. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do
processo ou outra de hierarquia superior declarará sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo
ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo.

Art. 279. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo administrativo disciplinar será
remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

Seção III
Da Revisão de Procedimento Administrativo Disciplinar

Art. 280. A sindicância, o procedimento sumário ou o processo administrativo disciplinar poderá ser
revisto, a pedido ou de ofício, se forem aduzidos fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do servidor punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Parágrafo único. Em caso de falecimento, ausência, desaparecimento ou incapacidade do servidor, a
revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa da família nos termos do caput deste artigo.

Art. 281. No processo de revisão o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 282. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão que
requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 283. O requerimento de revisão, devidamente instruído, será dirigido ao Prefeito Municipal ou ao
Presidente da Câmara Municipal, aos quais cabe decidir sobre a admissibilidade da revisão.
§1º O pedido de revisão será protocolizado no órgão central do sistema de recursos humanos, que
apensará o processo original, fará análise prévia e instrução para decisão do Prefeito Municipal.
§2º Quando a revisão for admitida, o processo será encaminhado ao Conselho de Recursos
Administrativos dos Servidores, que indicará, dentre seus membros, a comissão revisora para apreciação
e julgamento do pedido.
§ 3º A comissão revisora será designada pelo Secretário Municipal da Controladoria-Geral de
Fiscalização e Transparência, ficando impedido de integrá-la quem integrou a comissão do procedimento
sumário ou do processo administrativo originário.” (NR) (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295,
de 13.3.2017.)

Art. 284. A comissão revisora terá sessenta dias de prazo para a conclusão dos trabalhos.

Art. 285. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e os
procedimentos próprios do processo administrativo disciplinar.

Art. 286. O julgamento da revisão caberá ao Prefeito Municipal ou ao Presidente da Câmara Municipal
que a deferiu, e será efetivado no prazo de trinta dias, do recebimento do relatório.
Parágrafo único. Antes do julgamento, poderá a autoridade determinar a realização de diligências com
a interrupção do prazo fixado no caput, que começará a correr pelo seu início, quando concluídas as
diligências.

Art. 287. Julgada procedente a revisão a autoridade competente poderá alterar a classificação da falta
disciplinar, modificando a pena, absolvendo o servidor ou anulando o processo.
§1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da penalidade
aplicada, salvo quanto à destituição de cargo em comissão ou de função de confiança, hipótese em que
ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração.
§2º Da revisão não poderá resultar agravamento da penalidade imposta no procedimento
administrativo disciplinar originário.
§3º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
§4º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que arrolar.

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Art. 288. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que
requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Da Corregedoria-Geral Administrativa

Art. 289. O Poder Executivo manterá, na estrutura da Controladoria-Geral de Fiscalização e


Transparência à Corregedoria- Geral do Município, com competência para promover a apuração da
conduta funcional de agentes públicos, através da realização de processo administrativo disciplinar para
responsabilização do indiciado. (artigo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§ 1º A Corregedoria-Geral do Município será dirigida por um Corregedor-Geral, com graduação em
direito, e atuará através de comissões de processo administrativo disciplinar, integradas por servidores
efetivos designados pelo Secretário Municipal da Controladoria-Geral de Fiscalização e Transparência
ou, excepcionalmente, pelo Prefeito Municipal. (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de
13.3.2017.)
§ 2º O Corregedor-Geral poderá propor ao Secretário Municipal da Controladoria-Geral de Fiscalização
e Transparência a requisição, aos titulares de órgãos da administração direta, autarquias e fundações
públicas, de servidores públicos efetivos para compor comissões de processo administrativo disciplinar.
(parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§ 3º As competências e a organização da Corregedoria- Geral do Município serão estabelecidas no
seu regimento interno, proposto pelo Secretário Municipal da Controladoria-Geral de Fiscalização e
Transparência, e aprovado pelo Prefeito Municipal.” (NR). (parágrafo alterado pela Lei Complementar
n.295, de 13.3.2017.)

Seção II
Da Unidade de Correição da Guarda Municipal

Art. 290. Caberá à Unidade de Correição da Guarda Municipal de Campo Grande conduzir as
sindicâncias e os procedimentos sumários instaurados para apurar infrações disciplinares cometidas por
membros da corporação, assegurada a ampla defesa e o contraditório aos sindicados ou indiciados.
Parágrafo único. Os resultados das sindicâncias e dos procedimentos sumários conduzidos pela
Unidade de Correição, acompanhado dos respectivos relatórios, serão submetidos ao Comandante da
Guarda Municipal.

Seção III
Do Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores Municipais

Art. 291. O Conselho Municipal de Recursos Administrativos dos Servidores tem autonomia
deliberativa e a finalidade de assegurar a harmonia nas relações entre a Administração Municipal e seus
servidores, observando:
I - o direito de petição, de representar e de recurso do servidor e da Administração;
II - as normas do processo administrativo disciplinar de servidores, bem como do julgamento;
III - os prazos prescricionais para o exercício de direito.
§ 1º O Conselho será integrado por cinco membros efetivos e igual número de suplentes, todos
servidores estáveis, dos quais no mínimo dois com graduação em Direito, com mandato de dois anos,
podendo haver recondução. (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§ 2º Caberá aos membros titulares do Conselho elaborar seu regimento interno e submetê-lo à
aprovação do titular da Controladoria-Geral de Fiscalização e Transparência, para aprovação pelo
Prefeito Municipal. (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§ 3º O Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores Municipais - CORAD, integra a estrutura
da Controladoria- Geral de Fiscalização e Transparência e resulta da transformação da Junta de Recursos
Administrativos - JURAD.” (NR). (parágrafo alterado pela Lei Complementar n.295, de 13.3.2017.)
§4º As decisões do Conselho de Recursos Administrativos dos Servidores terão efeito normativo para
a Administração Municipal, quando essa qualificação for conferida pelo Prefeito Municipal.

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TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Da Contratação por Tempo Determinado

Art. 292. O Poder Executivo, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
de conformidade com o disposto no inciso XIII do art. 37 da Constituição Federal, poderá fazer
contratações, por prazo determinado, com o objetivo de garantir a prestação de serviços públicos
essenciais à comunidade.
Parágrafo único. A admissão temporária, em caráter excepcional, será formalizada por prazo
determinado, submetido ao regime jurídico-administrativo, que assegurará ao admitido, durante a relação
de trabalho, os direitos destacados no § 3° do art. 39 da Constituição Federal, além de outros previstos
em lei ou regulamento municipal.

Art. 293. A contratação temporária somente poderá ser efetivada quando estiver caracterizada a
situação de excepcional interesse público e, exclusivamente, para atender às seguintes situações.
I - execução de atividades vinculadas a convênio ou termo equivalente, para efetivação de projetos,
ações ou atividades de desenvolvimento social, com apoio financeiro de órgão ou entidade integrante da
administração pública federal, estadual ou municipal, pelo prazo de doze meses, permitida a renovação,
no limite de vinte e quatro meses, enquanto o termo estiver em vigor;
II - a execução de trabalhos urgentes, para recuperação de bens públicos ou vias públicas, visando
restabelecer condições de utilização, em virtude de prejuízos ou riscos iminentes a pessoas, bens
públicos ou de terceiros, por prazo não superior a seis meses;
III - para impedir a suspensão da prestação de serviço público essencial e indispensável ao
atendimento da população, por unidade organizacional responsável pela execução de atividades de
saúde, educação e assistência social, pelo prazo de até seis;
IV - convocação de professor, para substituição de docente afastado da sala de aula, em licenças ou
para exercício de funções de magistério, ou para ocupar posto de trabalho em razão de vacância, por até
seis meses;
V - convocação de médico para exercer funções em equipe de saúde de família ou para ocupar posto
de trabalho vago em unidades de saúde do Município, em virtude de afastamento temporário ou por
vacância, por prazo de até doze meses.
§1º O candidato ao contrato temporário deverá ser recrutado em processo seletivo simplificado, aberto
aos interessados, admitido no caso de professores e médicos o cadastramento convocado por edital,
devendo ser exigido do contratado o atendimento dos requisitos de escolaridade e formação profissional,
para o exercício de cargo ou função de atribuições assemelhadas às que o futuro contratado for exercer.
§2º A justificativa para a contratação temporária, na forma deste artigo, é da competência do órgão ou
entidade interessada, a qual deverá explicitar a situação excepcional e, quando for o caso, a emergência
a ser atendida e os prejuízos iminentes.
§3º Na contratação prevista no inciso I do caput, poderá ser adotada denominação, requisitos e valor
de remuneração definidos pelo concedente dos recursos resguardando-se os recursos para cobertura de
despesas com as obrigações previdenciárias e encargos sociais, incidentes sobre a relação de trabalho,
e a reserva para pagamento da gratificação natalina e do abono de férias, salvo quando forem cobertas
por contrapartida, estabelecida no instrumento de convênio.
§4º Será admitida a prorrogação de contrato temporário, limitada sua vigência a vinte e quatro meses,
incluídas eventuais renovações, exceto no caso do inciso II, persistir a situação excepcional que justificou
a admissão, para assegurar à continuidade da prestação de serviço essencial, devendo ser
providenciada, concomitantemente, a realização de concurso público para provimento dos cargos
correspondentes aos postos trabalhos ocupados por temporários.

Art. 294. As contratações temporárias serão efetivadas, somente, com indicação da dotação
orçamentária específica, o prazo, a função a ser exercida e a remuneração, e mediante apresentação de
justificativa demonstrando e as condições que caracterizam a situação de excepcional e o interesse
público a ser atendido, bem como que não há candidato habilitado em concurso público para ocupar o
posto de trabalho a ser preenchido.

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§1º A remuneração do pessoal admitido por prazo determinado será fixada no respectivo contrato,
observados os valores fixados em lei e as vantagens previstas para a função ocupada, sendo o para a
função de professor o vencimento da classe A do nível correspondente à titulação.
§2º O contratado por tempo determinado fica submetido às disposições relativas ao regime disciplinar
e suas faltas disciplinares serão apuradas através de sindicância, nos termos desta Lei Complementar.

Art. 295. O servidor admitido temporariamente não poderá:


I - exercer atribuições ou executar tarefas não previstas para a função da admissão;
II - ser nomeado ou designado, ainda que a título precário, para o exercício de cargo em comissão ou
função de confiança, em especial, para substituir servidor efetivo ou em comissão;
III - ser licenciado ou afastado do exercício da função, salvo para tratamento da própria saúde, nos
termos da legislação da previdência social geral.
§1º As infrações disciplinares cometidas por servidor temporário serão apuradas mediante sindicância
administrativa, concluída no prazo improrrogável de trinta dias, sendo assegurado o contraditório e a
ampla defesa.
§2º A inobservância do disposto neste artigo importa na extinção da relação de trabalho, sem prejuízo
da responsabilidade administrativa dos servidores e autoridades envolvidas na transgressão.

Art. 296. O termo de admissão em caráter temporário extinguir-se-á, por conveniência administrativa,
sem indenizações, pelo término do prazo contratual, pelo pedido do servidor temporário ou por justa
causa, nesse caso apurada em sindicância administrativa.
Parágrafo único. Quando a extinção se der por conveniência da Administração Municipal, justificada
antecipadamente pela autoridade proponente, o servidor temporário terá direito a receber a gratificação
natalina e o abono de férias proporcional e a indenização por férias não gozadas.

Seção II
Da Remuneração de Terceiros

Art. 297. A Administração Municipal poderá atribuir ao servidor de órgão ou entidade da União, Estado
ou de outro Município, cedido para prestar serviços no Município, com ônus para a origem, gratificação
pelo exercício de funções de assessoramento superior.
§1º A gratificação será atribuída ao servidor cedido para exercer funções de assessoramento por ato
do Prefeito Municipal, vedada a designação para atuar nessa condição de ocupante de cargo em
comissão.
§2º A quantidade de funções, a forma e o valor de atribuição da gratificação serão regulamentadas por
ato da Administração Municipal.

Art. 298. O Município poderá contar com a colaboração de voluntários ou estagiários, para apoiar a
prestação de serviços eventuais ou para estágio curricular, com retribuição na forma da legislação federal
específica.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 299. O servidor exonerado receberá o saldo de remuneração, as férias, o abono de férias e a
gratificação natalina proporcionais, calculados com base na remuneração do mês da exoneração, que
serão quitados no mesmo mês.

Art. 300. Será descontado em folha de pagamento, de uma só vez no mês de março de cada ano, o
vencimento de um dia de trabalho para contribuição sindical, que será recolhida de conformidade com as
regras estabelecidas na legislação trabalhista.

Art. 301. Poderão ser instituídos, no âmbito da Administração Municipal, diplomas de honra ao mérito,
medalhas, condecorações e elogios de reconhecimento a serem concedidos a servidores municipais que
tenham se destacado por relevantes serviços prestados à Administração Pública.

Art. 302. A Administração Municipal não poderá creditar aos servidores, a qualquer título, vantagens
financeiras não previstas nesta Lei Complementar ou no sistema remuneratório do Poder, sob pena de

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apuração de responsabilidade da unidade de gestão de recursos humanos e da autoridade ou agente
que autorizou ou processou o pagamento.

Art. 303. Os prazos previstos nesta Lei Complementar são contados em dias corridos, salvo disposição
em contrário, excluindo- se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o
primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido no dia em que não haja expediente nas repartições municipais.

Art. 304. Por motivo de crença religiosa ou convicção política ou filosófica, nenhum servidor poderá
ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
cumprimento de seus deveres.

Art. 305. O dia do servidor público será comemorado em 28 de outubro.

Art. 306. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 307. Fica revogada a Lei Complementar n. 7, de 30 de janeiro de 1996, suas alterações
ressalvando o disposto no parágrafo único do artigo 29, e demais disposições em contrário.

CAMPO GRANDE-MS, 22 DE DEZEMBRO DE 2011.

NELSON TRAD FILHO


Prefeito Municipal
Questões

01. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo ao
erário municipal ou a terceiros.
A indenização de prejuízo causado ao erário municipal, inclusive autarquias e fundações públicas, na
falta de bens que respondam pela indenização, poderá ser feita mediante desconto em parcelas que não
excedam a quinze por cento da remuneração bruta do servidor.
( ) Certo ( ) Errado

02. A gratificação de função de confiança será devida ao servidor efetivo designado para desempenhar
encargos de gerência, chefia ou supervisão intermediária ou de assistência técnica ou imediata de
unidade organizacional ou autoridade da Administração Municipal.
( ) Certo ( ) Errado

03. É de cinco anos o prazo de prescrição para ilícito praticado pelo servidor, que cause prejuízo ao
erário municipal, ressalvada a respectiva ação de ressarcimento.
( ) Certo ( ) Errado

04. Ao servidor municipal é proibido:


I - atribuir a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição
que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
II - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a
partido político;
III - manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública.

Agora assinale a alternativa correta:


(A) Somente os itens I e II estão corretos;
(B) Todos os itens estão corretos;
(C) Somente os itens II e III estão corretos;
(D) Somente os itens I e III estão corretos.

05. O servidor em débito com o erário municipal, inclusive autarquia e fundação pública, que for
demitido, exonerado, aposentado ou que tiver a disponibilidade cassada, terá o prazo de trinta dias para
quitar seu débito.
( ) Certo ( ) Errado

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Gabarito

01.Errado / 02. Certo / 03.Certo / 04.B / 05.Errado

Comentários

01. Resposta: Errado


LC 190/2011
Art. 211. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo
ao erário municipal ou a terceiros.
§1º A indenização de prejuízo causado ao erário municipal, inclusive autarquias e fundações públicas,
na falta de bens que respondam pela indenização, poderá ser feita mediante desconto em parcelas que
não excedam a dez por cento da remuneração bruta do servidor.

02. Resposta: Certo


LC 190/2011
Art. 100. A gratificação de função de confiança será devida ao servidor efetivo designado para
desempenhar encargos de gerência, chefia ou supervisão intermediária ou de assistência técnica ou
imediata de unidade organizacional ou autoridade da Administração Municipal.

03. Resposta: Certo


LC 190/2011
Art. 216. É de cinco anos o prazo de prescrição para ilícito praticado pelo servidor, que cause prejuízo
ao erário municipal, ressalvada a respectiva ação de ressarcimento.

04. Resposta: B
LC 190/2011
Art. 218. Ao servidor municipal é proibido:
( )
VI - atribuir a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou
a partido político;
VIII - manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública.

05. Resposta: Errado


LC 190/2011
Art. 72. O servidor em débito com o erário municipal, inclusive autarquia e fundação pública, que for
demitido, exonerado, aposentado ou que tiver a disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias
para quitar seu débito.

9. Código de Polícia Administrativa /Lei n.2.909/92

LEI Nº 2.909, DE 28 DE JULHO DE 19926

Institui o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande/MS, e dá outras


providências.

Faço saber que a Câmara Municipal aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Esta Lei contém as medidas de Poder de Polícia Administrativa a cargo do Município em
matéria de higiene pública, costumes locais, utilização dos bens públicos, poluição ambiental,
6
Disponível em: http://www.camara.ms.gov.br/legislacao-municipal - acesso em 27.03.2019.

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funcionamento e segurança dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços,
estatuindo relações entre o poder público local e os munícipes.
Parágrafo único - Para os efeitos deste código, considera-se Poder de Polícia os instrumentos de que
dispõe a administração pública local para disciplinar e restringir direitos e liberdades individuais em razão
do bem-estar da coletividade.

Art. 2º - Ao Executivo Municipal e, em geral, aos munícipes, incumbe zelar pela observância dos
preceitos deste código. I

Art. 3º - Os casos omissos ou as dúvidas suscitadas serão resolvidos pelo órgão municipal competente,
cabendo recurso da decisão ao Chefe do Poder Executivo.

TÍTULO II
DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 4º - É garantido o livre acesso e trânsito da população nos logradouros públicos, exceto no caso
de realização de obras públicas ou em razão de exigências de segurança.

Art. 5º - É vedada a utilização dos logradouros públicos para atividades diversas daquelas permitidas
neste código.
§ 1º - O disposto neste capítulo I do título II, a respeito dos logradouros públicos não revoga as Leis nº
2.818 de 10 de julho de 1991, que dispõe sobre a Criação do Programa para construção de Praças e
Áreas Verdes por terceiros e nem o disposto na Lei nº 2.820 de 10 de julho de 1991, que dispõe sobre a
Utilização de Praças Públicas Para Instalação de Lanchonete e Trailer ou Estruturas Desmontáveis.
§ 2º - Verificada a invasão de logradouro público, o Executivo Municipal promoverá as medidas
Judiciais cabíveis para pôr fim a mesma.

Art. 6º - A realização de eventos e reuniões públicas, a colocação de mobiliários e equipamentos, a


execução de obras públicas ou particulares em logradouros públicos dependem de licença prévia do
órgão municipal competente, garantindo seu sistema de segurança.

Art. 7º - O responsável por dano a bens públicos municipais existentes nos logradouros públicos, fica
obrigado a reparar o dano independente das demais sanções cabíveis.

Art. 8º - É vedado despejar águas servidas e lançar detritos de qualquer natureza nos logradouros
públicos, ressalvadas as exceções previstas neste código.

Art. 9º - É proibido a colocação de objetos ou dispositivos delimitadores de estacionamento e garagens,


salvo os colocados pelo órgão municipal competente.

Capítulo II
Seção I
DO TRÂNSITO PÚBLICO
(Redação dada pela LC nº. 185/2011)

Art. 10 - O trânsito é livre, e sua regulamentação tem por objetivo manter a segurança e o bem-estar
da população.

Art. 11 - É proibido embaraçar ou impedir por qualquer meio o livre trânsito de pedestre e veículos nas
ruas, praças, calçadas, estradas e caminhos públicos, exceto para efeitos de obras públicas ou quando
exigências policiais o determinarem.
Parágrafo único - Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito, deverá ser requerida
licença prévia e o local deverá ser sinalizado de forma visível de dia e luminosa à noite, conforme
especificação do órgão municipal competente.

Art. 12 - É proibido o depósito de quaisquer materiais, inclusive de construção, nas vias públicas em
geral.

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Parágrafo único - Tratando-se de materiais cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior
dos prédios, será tolerada a descarga e permanência na via pública, atendidas as disposições
regulamentares.

Art. 13 - É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres pelos seguintes meios:


I - conduzir, pelas calçadas, volumes que pelo seu porte causem transtornos;
II - dirigir ou conduzir, pelas calçadas, veículos de qualquer espécie;
III - conduzir animais de qualquer espécie, bravios ou não, sem a necessária precaução.

Art. 14 - É expressamente proibido danificar ou retirar sinais de trânsito colocados nas vias, estradas
ou caminhos públicos.

Art. 15 - O Executivo Municipal impedirá o trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte, que
possa ocasionar danos a segurança do patrimônio público ou particular, ao patrimônio histórico, ambiental
ou cultural, ou possa prejudicar a segurança, ou sossego e a saúde dos munícipes.
§ 1º - No uso de seu poder de polícia o Executivo Municipal poderá através da Guarda Municipal
apreender veículo ou meio de transporte que infrinja o presente artigo e só liberá-lo mediante o pagamento
de multa fixada da lei entre o mínimo de uma e o máximo de cinquenta UFIC's.
§ 2º - No caso de reincidência a multa terá o seu máximo aumentado para quinhentas UFIC's.
§ 3º Fica proibido no âmbito do Município de Campo Grande-MS, aos motociclistas o uso de capacetes
em empresas públicas ou privadas. (Acrescentado pela LC nº. 120/2008)

Seção II
DO VIDEOMONITORAMENTO
(Acrescentada pela LC nº. 185/2011)

Art. 15-A. Fica instituído, no âmbito do Município de Campo Grande, o Sistema de Videomonitoramento
das vias públicas, que consiste na instalação e uso de câmeras de vigilância nos espaços públicos do
Município, com os objetivos que seguem:
I - otimizar o controle de tráfego de veículos;
II - oportunizar o zelo urbanístico;
III - ampliar a vigilância ambiental;
IV - aperfeiçoar a fiscalização das demais posturas municipais.

Art. 15-B. A operação do Sistema de Videomonitoramento será realizada pelo Poder Executivo
Municipal, ficando assegurada a participação das instituições estaduais e federais, através de
convênio/parcerias.
§ 1º. A instalação das câmeras de vigilância deve ser precedida de estudo técnico sobre a necessidade
e a adequação da instalação, observando-se os seguintes critérios:
I - identificação do tipo de infração criminal predominante na área, com indicação de dados estatísticos
dos 3 (três) últimos meses anteriores ao estudo;
II - caracterização da importância da área a ser monitorada no contexto geral da criminalidade no bairro
e na cidade;
III - a definição de estratégias e táticas policiais a serem empregadas conjuntamente com a utilização
das câmeras de vídeo;
IV - verificação de danos aos bens públicos;
V - índice de acidente de trânsito;
VI - dano ao meio ambiente;
VII - apresentação dos resultados previstos com as atividades de monitoramento e vigilância.
§ 2º. A cada período de 12 (doze) meses, o estudo técnico deverá ser renovado, sendo indicada, de
forma expressa e fundamentada, a necessidade de continuidade de monitoramento e vigilância por
câmeras de vídeo.

Art. 15-C. Fica o Poder Executivo autorizado a utilizar o serviço de cabeamento de fibra ótica, já
existente no município de Campo Grande, para a instalação do Sistema de Videomonitoramento.

Art. 15-D. O tratamento de dados, informações e imagens produzidos pelo Sistema de


Videomonitoramento deve processar-se no estrito respeito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada,
da honra e da imagem das pessoas, bem como pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais.

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Art. 15-E. É vedada a utilização de câmeras de videomonitoramento quando a captação de imagens
atingir o interior de residência, ambiente de trabalho ou qualquer outra forma de habitação que seja
amparada pelos preceitos constitucionais de privacidade.

Art. 15-F. A administração, o gerenciamento e a coordenação do Sistema de Videomonitoramento


ficará a cargo do Poder Executivo Municipal.

Art. 15-G. Os operadores do Sistema de Videomonitoramento estão obrigados a comunicar


imediatamente, e em tempo real, à autoridade policial competente, que é a responsável pelo policiamento
ostensivo, os fatos suspeitos e as ocorrências policiais em andamento ou recentemente consumadas,
bem como às instituições municipais as ocorrências relativas às suas responsabilidades, registradas pelo
videomonitoramento.

Art. 15-H. As gravações obtidas de acordo com a presente Lei, serão conservadas pelo prazo mínimo
de 30 (trinta) dias e pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, em ambos os casos contados a partir da
sua captação.

Art. 15-I. As imagens registradas pelo Sistema de Videomonitoramento somente serão disponibilizadas
por requisições ou solicitações fundamentadas do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Polícia
Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Civil e da Polícia Militar.

Art. 15-J. A operação da Central de Videomonitoramento, local onde são exibidas e registradas as
imagens de videomonitoramento resultantes da vigilância eletrônica, somente será permitida aos
servidores credenciados pelo Poder Executivo Municipal, mediante assinatura do respectivo termo de
confidencialidade, assegurado o exercício do controle externo dessa atividade pelo Ministério Público.
Parágrafo único. O acesso à Central de Videomonitoramento será permitido às autoridades públicas,
mediante comunicação antecipada, sendo registrada sua identificação e horário de ingresso e saída.

Art. 15-K. Os servidores credenciados devem tomar as medidas adequadas e necessárias para:
I - impedir o acesso de pessoa não autorizada às instalações utilizadas para o tratamento de imagens,
dados e informações produzidos pelo sistema;
II - impedir que imagens, dados e informações possam ser visualizados, copiados, alterados ou
retirados por pessoa não autorizada;
III - garantir que as pessoas autorizadas somente possam ter acesso à imagem, dados e informações
abrangidos pela autorização.

Art. 15-L. O acesso às imagens de videomonitoramento, dados e informações resultantes de vigilância


e monitoramento, bem como ao local onde são exibidos e registrados, deve ser controlado por sistema
informatizado que, obrigatoriamente, deve registrar, em cada acesso, a senha eletrônica individual ou
identificação datiloscópica, procedendo, ainda, ao registro do horário de ingresso e saída do servidor
credenciado.
Parágrafo único. Em função de expressa determinação judicial, o acesso às imagens de
videomonitoramento poderá ser permitido a terceiros, permanecendo arquivada a ordem judicial.

Art. 15-M. Todas as pessoas que, em razão das suas funções, tenham acesso às gravações realizadas
nos termos da presente Lei, deverão guardar sigilo sobre as imagens e informações, sob pena de
responsabilidade administrativa, civil e criminal.

Art. 15-N. O Poder Executivo Municipal desenvolverá mecanismos para avaliar o desempenho do
Sistema de Videomonitoramento mediante diagnósticos sobre as ocorrências nos locais monitorados,
providenciando a alteração ou inclusão de áreas sob vigilância, de acordo com os resultados obtidos.

Art. 15-O. O Poder Executivo municipal poderá estabelecer parceria e/ou convênio com entidades
públicas, ou contratar empresa privada, para fins de instalação e operação do Sistema de
Videomonitoramento, em conformidade com os objetivos e determinações desta Lei.

Art. 15-P. Mediante o estabelecimento de parceria, as câmeras de circuito interno da iniciativa privada,
já existentes e em funcionamento, poderão ser incorporadas ao Sistema de Videomonitoramento
oferecido pelo Poder Público.

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Art. 15-Q. O Poder Executivo do município poderá estabelecer parceria com o proprietário, o titular do
domínio útil ou possuidor do imóvel e/ou convênios com entidades públicas, ou contratar empresas
privadas, para fins de instalação e operação de Videomonitoramento, em conformidade com os objetivos
e determinação desta Lei. (Acrescentado pela LC nº.227/2014)
§ 1º Ao proprietário, ao titular de domínio útil ou ao possuidor do imóvel que aderirem à parceria, a
administração pública oferecerá a contraprestação de isenção da contribuição para custeio dos serviços
de iluminação pública correspondente ao imóvel.
§ 2º O Poder Executivo regulamentará a parceria a que se refere o caput deste artigo, no prazo de 60
dias a contar da data de sua publicação.

CAPÍTULO III
Seção I
Dos Muros, das Calçadas e da Limpeza de Terrenos
(Redação dada pela LC nº. 65/2004)

Art. 16 - Os terrenos não edificados, situados dentro do perímetro urbano do Município, com frente
para vias ou logradouros públicos, dotados de calçamentos ou guias e sarjetas, serão obrigatoriamente
fechados nos respectivos alinhamentos com muro ou estrutura metálica, de altura mínima de 1,50m (um
metro e cinquenta centímetros) e guarnecidos de portão:
§ 1º - Nas edificações de esquina situadas no alinhamento será obrigatório o feitio do canto chanfrado
ou a tangente externa da parte arredondada deve concordar com a normal à bissetriz no ângulo dos dois
alinhamentos, e ter cumprimento mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).
§ 2º - A Prefeitura, ouvido o órgão competente da administração Municipal, poderá dispensar a
construção de muro de fecho nas seguintes hipóteses:
I - quando os terrenos forem localizados junto a córregos ou apresentarem acentuado desnível em
relação ao leito do logradouro, inviabilizando a obra;
II - em terrenos com alvará de construção em vigor, desde que o início das obras se dê em 60
(sessenta) dias, contados data da publicação desta lei, ou em igual prazo, contado a partir da expedição
do alvará;
III - o prazo previsto no inciso anterior poderá ser prorrogado por igual período a pedido do interessado,
desde que devidamente justificado, a critério da Administração.

Art. 17 - Considerar-se-á inexistente o muro cuja construção ou reconstrução esteja em desacordo


com as normas ou técnicas, legais ou regulamentares, cabendo ao responsável pelo imóvel o ônus
integral pelas consequências advindas de tais irregularidades.

Art. 18. É obrigação da Prefeitura Municipal construir, manter e conservar os passeios públicos,
conforme requisitos técnicos estabelecidos na Lei. (Redação dada pela LC nº. 257/2015)
§ 1º Fica ressalvado o direito dos responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias ou
logradouros públicos dotados de guias e sarjetas, executarem as adequações necessárias, manutenção
e conservação às suas expensas e conforme padrões técnicos.
§ 2º Fica transferida para o Executivo Municipal a responsabilidade de conservar os passeios já
construídos até a data da publicação da presente Lei Complementar que estejam em mau estado de
conservação.
§ 3º Para efeitos desta Lei Complementar, os passeios serão considerados em mau estado de
conservação quando apresentarem buracos, ondulações, desníveis não exigidos pela natureza do
logradouro ou obstáculos que impeçam a circulação livre e segura dos pedestres, bem como estiverem
em desacordo com o Decreto Municipal n. 11.090, de 13/01/2010 e a NBR 9050 da ABNT.
§ 4º Para cobrir os custos da construção, manutenção e conservação das calçadas, o Poder Executivo
deverá cobrar, na forma de contribuição de melhoria, as despesas de quem detiver a propriedade, o
domínio útil ou a posse do imóvel.
§ 5º O Poder Executivo construirá, manterá e conservará as calçadas dos imóveis que são isentos do
IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que terá cunho social e não acarretará nenhum ônus para o
proprietário do imóvel.
§ 6º O Poder Público Municipal poderá criar padrão para intervenção em áreas de calçadas, definindo
critérios para áreas prioritárias de circulação de pedestres e ciclistas, instalação de equipamentos e
mobiliário urbano, arborização e locais para travessia.

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Art. 18-A. Os Proprietários dos imóveis lindeiros a vias e logradouros públicos, são obrigados a mantê-
los limpos, capinados e drenados.
§ 1º É vedada a utilização de queimadas para fins de limpeza de terrenos previstos neste artigo.
(Renumerado pela Lei nº. 215/2013)
§ 2º Se decorrido o prazo, o responsável não atender à notificação, mesmo pagando a multa, será
considerado reincidente, podendo a Prefeitura executar os serviços, cujo custo será de dez por cento,
calculado em cima do valor da multa inicial, a título administrativo e multa em dobro, que será cobrado do
proprietário. (Acrescentado pela LC nº. 215/2013)

Art. 19. Os passeios serão executados em concreto simples, sarrafeados, de acordo com as
especificações a serem regulamentadas, excetuadas as hipóteses em que o órgão Municipal competente
julgar necessário utilizar material diverso ou padronizado. (Redação dada pela LC nº. 207/2012)
Parágrafo único. As calçadas deverão atender as normas de acessibilidade e em especial a NBR 9050
da ABNT. (Acrescentado pela LC nº. 257/2015)

Art. 20 – Revogado pela LC nº. 257/2015

Art. 21 - É vedado rebaixar o meio-fio sem autorização prévia do órgão municipal competente.

Art. 22 - É obrigatória a execução de rampa em toda a esquina, na posição correspondente à travessia


de pedestres, em locais determinados por sinalização pelo órgão municipal competente.

Art. 23 - Em bairros de uso predominantemente residencial será permitido ao munícipe o gramado na


calçada correspondente ao lote desde que a faixa destinada a pedestres seja pavimentada, tenha largura
mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e esteja localizada no eixo da calçada.

Art. 24 As calçadas deverão manter uma faixa de 1,50m pavimentada para o trânsito de pedestres e
manter uma abertura não pavimentada de no mínimo 50% (cinquenta por cento) do que exceder à faixa
pavimentada, para fins de drenagem, denominando-se faixa de permeabilização e de serviços (calçada
drenante) (Redação dada pela LC nº. 117/2008)
§ 1º Excluem-se das exigências do caput deste artigo os imóveis compreendidos no polígono
delimitado pelas Avenidas: Presidente Ernesto Geisel, Salgado Filho, Eduardo Elias Zahran, Ceará, Mato
Grosso até a Avenida Presidente Ernesto Geisel; (Redação dada pela LC nº. 117/2008)
§ 2º Revogado pela LC nº. 257/2015

Art. 25 - Durante o período de execução de empreendimento, o proprietário é obrigado a manter a


calçada fronteiriça de forma a oferecer boas condições de trânsito aos pedestres, efetuando todos os
reparos e limpezas que se fizerem necessários.

Art. 26 - Após o término do empreendimento ou no caso de sua paralisação por tempo superior a 3
(três) meses, quaisquer elementos que avancem sobre os logradouros deverão ser retirados,
desimpedindo-se a calçada, e deixando-a em perfeitas condições de uso.

Art. 27 - Só será permitida a instalação nas calçadas de mobiliário urbano previsto neste código.

Art. 28. São responsáveis pelas obras e serviços de que tratam esta Lei, com exceção da construção
de passeios fronteiriços. (Redação dada pela LC nº. 207/2012)
I - o proprietário ou possuidor do imóvel, salvo pelas calçadas que serão de responsabilidade do Poder
Executivo Municipal, conforme o Art. 18 da presente Lei. (Redação dada pela LC nº. 257/2015)
II - a concessionária de serviço público, quando a necessidade de obras e serviços decorrer de danos
provocados pela execução de obras e serviços de sua concessão.
§ 1º - Nos casos de redução de passeios, alteração de seu nivelamento ou quaisquer outros danos
causados pela execução de melhoramentos, as obras necessárias para reparação do passeio serão feitas
pelo Poder Público sem ônus para o prejudicado.
§ 2º - Os próprios Federal e Estadual, bem como, as de suas entidades paraestatais, ficam submetidas
às exigências desta lei.

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Art. 29 - Nos casos de reconstituição, conservação ou construção de muros, passeios ou calçamentos
danificados por concessionária de serviço público, fica esta obrigada a executar as obras ou serviços
necessários no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da conclusão da obra principal.
§ 1º - Considerar-se-ão não executadas as obras serviços que apresentem vícios, defeitos, ou que
ainda estejam em desacordo com as normas técnicas pertinentes.
§ 2º - Excepcionam-se os casos em que os passeios sejam danificados, atendendo conserto de ramal
predial, cujo reparo está a cargo do proprietário.

Seção II
(Incluída pela LC nº. 65/2004)

Art. 29 - A - Fica permitida a instalação de cercas energizadas destinadas a proteção de perímetro de


imóveis no Município de Campo Grande, mediante licença da Secretaria Municipal competente.

Art. 29 - B - Para efeito desta Seção, define-se como cerca energizada todas as cercas destinadas à
proteção de perímetros de imóveis no Município de Campo Grande e que sejam dotadas de corrente
elétrica, ficando incluída na mesma legislação as cercas que utilizem outras denominações, tais como
eletrônicas, elétricas, eletrificadas ou similares.

Art. 29 - C - As empresas e os profissionais responsáveis pela instalação e manutenção de cercas


energizadas deverão estar legalmente habilitados, nos termos da Lei Federal nº 5.194/66 e Resolução nº
218/73.

Art. 29 - D - É obrigatória em todas as instalações de cercas energizadas, a apresentação de Anotação


de Responsabilidade Técnica (ART).

Art. 29 - E - O Executivo Municipal, através da Secretária competente, procederá à fiscalização das


instalações de cercas energizadas no Município de Campo Grande.
§ 1º - Para instalação de cercas energizadas será exigido Alvará de instalação, emitido pela Secretaria
competente, ficando o proprietário do imóvel responsável por sua apresentação, quando solicitado pela
fiscalização.
§ 2º - Juntamente com o Alvará de Instalação, a Secretária competente disponibilizará o selo de
fiscalização, a ser afixado em local visível da cerca energizada, pelo proprietário do imóvel.

Art. 29-F. O descumprimento de qualquer um dos dispositivos estabelecidos nesta seção, acarretará
multa ao proprietário do imóvel protegido pela cerca energizada ou a empresa instaladora do
equipamento. (Redação dada pela LC nº. 121/2008)

Art. 29 - G - As cercas energizadas deverão obedecer, na ausência de Normas Técnicas Brasileiras,


às Normas Técnicas Internacionais editadas pela IEC (International Eletrotechnical Commission), que
regem a matéria.

Parágrafo Único - A obediência às normas técnicas de que trata o "caput" deste artigo deverá ser
objeto de declaração expressa do técnico responsável pela instalação, que responderá por eventuais
informações inverídicas.

Art. 29 - H - As cercas energizadas deverão utilizar corrente elétrica com as seguintes características
técnicas:
I - Tipo de corrente: intermitente ou pulsante;
II - Potência: mínima de 16 (dezesseis) Watts e máxima de 20 (vinte) Watts;
III -Intervalo dos impulsos elétricos (média): 50 (cinquenta) impulsos/minuto;
IV -Duração dos impulsos elétricos (média): 0,001 (um milésimo) de segundos.
V - Corrente durante o pulso: 0,002 amperes (+ ou – 10%) ;
VI – Tensão de saída: entre 8.000 e 10.000 volts (+ ou – 10%).

Art. 29 - I - A Unidade de Controle deverá ser constituída, no mínimo, de um aparelho energizador de


cerca que apresente 1 (um) transformador e 1 (um) capacitor, obedecida a exigência do art. 29 - G.
Parágrafo único - Fica proibida a utilização de aparelhos energizadores fabricados a partir de bobinas
automotivas ou "fly-backs" de televisão.

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
Art. 29 - J - Fica obrigatória a instalação de um sistema de aterramento específico para a cerca
energizada, não podendo ser utilizado para este fim outro sistema de aterramento existente no imóvel.

Art. 29 - K - Os cabos elétricos destinados às conexões da cerca energizada com a Unidade de


Controle e com o sistema de aterramento deverão, comprovadamente, possuir características técnicas
para isolamento mínimo de 10 (dez) kV.
Parágrafo único - Os cabos elétricos destinados às conexões das cercas energizadas com a Unidade
de Controle, serão de alta isolação, e as conexões abrigadas separadamente em eletroiduto rígido de
PVC anti-chama, conforme norma da ABNT, com o espaçamento mínimo entre eles de 10 (dez)
centímetros.

Art. 29 - L - Os isoladores utilizados no sistema devem ser construídos em material de alta durabilidade,
à base de polipropileno com capacidade de isolamento mínima de 10 (dez) kV.
Parágrafo único - Mesmo na hipótese de utilização de estruturas de apoio ou suporte dos fios ou
cordoalhas da cerca energizada fabricadas em material isolante, fica obrigatória a utilização de isoladores
com as características técnicas exigidas neste artigo.

Art. 29 - M - É obrigatória a instalação, a cada 10 (dez) metros de cerca energizada, placas de


advertência.
§ 1º - Deverão ser colocadas placas de advertência nos portões e/ou portas de acesso existentes ao
longo da cerca.
§ 2º - As placas de advertência de que trata este artigo deverão, obrigatoriamente, possuir dimensões
mínimas de 10cm (dez centímetros) X 20cm (vinte centímetros) e terão seus dizeres e símbolos voltados
para ambos os lados da cerca.
§ 3º - A cor de fundo das placas de advertência será, obrigatoriamente, amarela.
§ 4º - As placas, deverão conter Aviso de Advertência, com um dos seguintes dizeres: CERCA
ENERGIZADA, ou CERCA ELETRIFICADA, ou CERCA ELETRÔNICA, ou CERCA ELÉTRICA.
§ 5º - As letras dos dizeres mencionados no parágrafo anterior deverão ser, obrigatoriamente, de cor
preta e ter as dimensões mínimas de:
I - altura: 2cm (dois centímetros);
II - espessura: 0,5cm (meio centímetro).
§ 6º - Fica obrigatória a inserção na mesma placa de advertência de símbolos que possibilitem, sem
margem a dúvidas, a interpretação de que se trata de um sistema dotado de energia elétrica e que pode
transmitir choque.
§ 7º - Os símbolos mencionados no parágrafo anterior deverão ser, obrigatoriamente, de cor preta.

Art. 29 - N - Os fios ou cordoalhas utilizados para condução da corrente elétrica da cerca energizada
deverão ser, obrigatoriamente, do tipo liso.
Parágrafo Único - Fica expressamente proibida a utilização de arames farpados ou similares para
condução da corrente elétrica de cerca energizada.

Art. 29 - O - Sempre que a cerca energizada for instalada na parte superior de muros, grades, telas ou
outras estruturas similares, a altura mínima do primeiro fio ou cordoalha energizado deverá ser de 2,10m
(dois metros e dez centímetros), em relação ao nível do solo da parte externa do imóvel cercado.

Art. 29 - P - Sempre que a cerca energizada possuir fios ou cordoalhas energizados desde o nível do
solo, estes deverão estar separados da parte externa do imóvel, cercados através de estruturas (telas,
muros, grades ou similares).
Parágrafo Único - O espaçamento horizontal entre os fios ou cordoalhas energizados e outras
estruturas deverá ser sempre superior a 0,75m (setenta e cinco centímetros).

Art. 29 – Q - Sempre que a cerca energizada estiver instalada em linhas divisórias de imóveis, deverá
haver a concordância explícita dos proprietários destes imóveis com relação à referida instalação.
Parágrafo Único - Na hipótese de haver recusa por parte dos proprietários dos imóveis vizinhos na
instalação de sistema de cerca energizada em linha divisória, a referida cerca só poderá ser instalada
com um ângulo de 45º (quarenta e cinco graus) máximo de inclinação para dentro do imóvel beneficiado.

Art. 29 – R - A empresa ou o responsável técnico, sempre que solicitado pela fiscalização da Secretaria
competente, deverá comprovar, por ocasião da conclusão da instalação e/ou dentro do período mínimo

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de 90 (noventa) dias, após a conclusão da instalação, as características técnicas da corrente elétrica na
cerca energizada instalada.
Parágrafo Único - Para efeitos de fiscalização, as características técnicas de que trata este artigo
deverão estar de acordo com os parâmetros fixados no art. 29 – H.

Art. 29 – S - Os proprietários de imóveis que utilizam cercas energizadas disporão do prazo de 360
(trezentos e sessenta) dias a contar da regulamentação desta lei, para adequação dos atuais
equipamentos e instalações, com vista ao atendimento do disposto na presente Seção.

Art. 29 – T - O Poder Executivo regulamentará a presente Seção no prazo de 90 (noventa) dias, a


contar da data de sua publicação.

Art. 29 – U – Ficam autorizadas, para instalação das cercas energizadas, somente as empresas
cadastradas na Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO IV
DO MOBILIÁRIO URBANO

Art. 30 - A instalação de mobiliário urbano em logradouro público, somente será permitida mediante
licença do órgão municipal competente e obedecerá às disposições deste capítulo.

Art. 31 - Considera-se mobiliário urbano de pequeno porte:


I - armários de controle eletromecânico e telefonia;
II - bancos;
III - caixas de correio;
IV - coletores de lixo público;
V - equipamentos sinalizadores;
VI - hidrantes;
VII - postes;
VIII - telefones públicos.

Art. 32 - Considera-se mobiliário urbano de grande porte:


I - abrigos para passageiros de transporte público;
II - bancas de jornais e revistas;
III - cabines públicas;
IV - canteiros e jardineiras;
V - painéis de informação;
VI - quiosques;
VII - termômetros e relógios públicos;
VIII - toldos;
IX - parques infantis e monumentos.

Art. 33 - São requisitos para a concessão de licença para instalação de mobiliário urbano:
I - observância de padronização estabelecida pelo Executivo Municipal;
II - manutenção dos artefatos em perfeito estado de conservação e funcionamento;
III - harmonia com os demais elementos existentes no local a ser implantado, a fim de não causar
impacto no meio urbano ou interferir no aspecto visual e no acesso às construções de valor arquitetônico,
histórico, artístico e cultural, nem prejudicar o funcionamento do mobiliário já instalado;
IV - localização que não implique em redução de espaços abertos, importantes para paisagismo,
recreação pública ou eventos sociais;
V - localização que não cause prejuízo à escala, ao ambiente e às características dos entornos;
VI - localização que não oculte placas de sinalização, nomenclatura do logradouro ou numeração de
edificação;
VII - localização que não interfira em toda extensão da testada de colégios, templos, prédios públicos
e hospitais;
VIII - localização que não prejudique a arborização e a iluminação pública, nem interfira nas redes de
serviços públicos;
IX - localização que não prejudique a circulação de veículos, pedestres ou o acesso de bombeiros e
serviços de emergência.

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X - A cedência gratuita para a utilização do Executivo Municipal de espaços nos Postes de Energia
para a pintura indicativa dos nomes dos logradouros públicos do Município. (Acrescentado pela LC nº.
171/2010)

Art. 34 - Nas calçadas, o mobiliário urbano deverá manter uma distância mínima de 0,50m (cinquenta
centímetros) até o meio-fio e de 2,00m (dois metros) até o alinhamento do terreno, para a circulação de
pedestres.

Art. 35 - A fim de não prejudicar o ângulo de visibilidade das esquinas, é vedada a instalação de
mobiliário urbano a uma distância mínima de:
I - 3,00m (três metros) de cruzamentos viários, quando se tratar de mobiliário de pequeno porte;
II - 7,00m (sete metros) dos cruzamentos viários, quando se tratar de mobiliário de grande porte, com
exceção dos toldos.
Parágrafo único - Os equipamentos de sinalização para veículos ou pedestres, toponímico e defensa
de proteção poderão ser instalados na intercessão dos meios-fios, mediante autorização do órgão
municipal competente.

Art. 36 - A instalação de coletor público de lixo em logradouro público observará o espaçamento mínimo
de 40,00m (quarenta metros) entre cada cesto, o qual deverá estar, sempre que possível, próximo a outro
mobiliário urbano.
Parágrafo único - A caixa deverá ser de tamanho reduzido, feita de material resistente, dotada de
compartimento necessário para a coleta de lixo e conter obstáculos à indevida retirada do mesmo.

Art. 37 - Nas edificações, será permitida a instalação de toldos, com a observância das seguintes
exigências:
I - projetar-se até a metade dos afastamentos ou da largura da calçada;
II - deixar livre no mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) entre o nível do piso da calçada
e o toldo, sem coluna de sustentação sobre a calçada;
III - respeitar as áreas mínimas de iluminação e ventilação da edificação, exigidas pelo Código de
Obras.

Art. 37-A. Os hidrantes urbanos de incêndio serão instalados conforme Plano Municipal de Implantação
de Hidrantes, elaborado pelo Corpo de Bombeiros em parceria com a Concessionária local dos serviços
de água, sob a supervisão da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande
- AGENREG, visando o atendimento a toda a área urbanizada de Campo Grande. (Acrescentado pela LC
nº.105/2007)

Art. 37-B. O Corpo de Bombeiros, em conjunto com a Concessionária local dos serviços de água,
estabelecerá os locais para a instalação dos hidrantes urbanos de incêndio em Campo Grande-MS.
Parágrafo único. A fim de garantir uma eficiente proteção contra incêndios, a Concessionária local dos
serviços de água disponibilizará, mensalmente, no mínimo 03 (três) hidrantes urbanos de coluna, ficando
ainda obrigada a fazer a interligação definitiva dos hidrantes à rede pública de distribuição de água, após
a inspeção, testes e verificação pelo Corpo de Bombeiros. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

Art. 37-C. Os hidrantes de coluna instalados nos passeios públicos obedecerão aos locais indicados
pelo Corpo de Bombeiros, em conjunto com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito – AGETRAN,
consoante ao Código de Trânsito Brasileiro - CTB. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

Art. 37-D. A Concessionária local dos serviços de água, ao implantar nova rede de água, ou substituir
antiga, deverá prever e instalar os respectivos hidrantes urbanos de incêndio, atendendo ao disposto no
Art. 37-A, desta Lei. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

Art. 37-E. Quando acionada pelo Corpo de Bombeiros, ou pelo Município, a Concessionária local dos
serviços de água deverá atender, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, aos pedidos de
consertos solicitados, como forma de manter os hidrantes urbanos de incêndio sempre em perfeitas
condições de funcionamento. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

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Art. 37-F. Compete à Concessionária local dos serviços de água, em parceria com o Corpo de
Bombeiros, manter a localização dos hidrantes urbanos de incêndio em mapa georreferenciado e
constantemente atualizado. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

Art. 37-G. O descumprimento desta Lei por parte da Concessionária local dos serviços de água dará
ensejo à aplicação das penas previstas no Contrato de Concessão vigente entre esta e o Município de
Campo Grande. (Acrescentado pela LC nº.105/2007)

CAPÍTULO V
DA OCUPAÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS
SEÇÃO I
DOS TAPUMES, ANDAIMES E OUTROS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Art. 38 - Será obrigatória a colocação de tapumes, sempre que se executarem obras de construção,
reforma e demolição nas vias públicas.

Art. 39 - Os tapumes serão confeccionados de forma a constituírem uma superfície contínua e deverão
ocupar uma faixa de largura no máximo igual a metade da calçada, obedecendo uma largura mínima de
2,00m (dois metros), nas ZCs e de 1,20m (um metro e vinte centímetros) nas demais zonas, para
passagem de pedestres.
Parágrafo único - O responsável pela colocação dos tapumes poderá utilizá-los como espaço livre para
manifestações artísticas independente de autorização do órgão municipal competente, desde que não
atentem contra os bons costumes.

Art. 40 - Por todo o tempo dos serviços de construção, reforma, demolição, conservação e limpeza dos
edifícios, será obrigatória a colocação de andaime ou outro dispositivo de segurança, visando preservar
a integridade física dos transeuntes.

Art. 41 - Em nenhum caso e sob qualquer pretexto os tapumes, andaimes e dispositivos de segurança
poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de
trânsito, e outras instalações de interesse público.

SEÇÃO II
DOS PALANQUES, PALCOS E ARQUIBANCADAS

Art. 42 - Poderão ser armadas em logradouro público palanque, palco e arquibancada para atividade
religiosa, cívica, esportiva, cultural ou de caráter popular, observadas as seguintes condições:
I - tenham localização e projeto aprovados pelo órgão municipal competente;
II - não prejudiquem a pavimentação, a vegetação ou o escoamento das águas pluviais, correndo por
conta dos responsáveis pelo evento os estragos porventura verificados;
III - instalem iluminação elétrica, na hipótese de utilização noturna;
IV - participem o órgão municipal competente sobre o evento no prazo mínimo de 72 (setenta e duas)
horas para que se efetuem as modificações cabíveis no trânsito e a divulgação das mesmas.
Parágrafo único - O Executivo Municipal só liberará o alvará de instalação de palanques, palcos e
arquibancadas, mediante a apresentação de laudo técnico assinado por engenheiro de segurança do
trabalho, aprovado pela Prefeitura Municipal e, o cumprimento das normas de segurança ficará a cargo
dos responsáveis pelo evento.

CAPÍTULO VI
DO ASPECTO URBANÍSTICO
SEÇÃO I
DOS DEVERES DOS PROPRIETÁRIOS

Art. 43 - É proibido depositar ou descarregar qualquer espécie de detrito orgânico, resíduos industriais,
em terrenos localizados em área urbana e de expansão urbana deste Município mesmo que os referidos
terrenos não estejam devidamente fechados, ficando a guarda dos mesmos por conta do proprietário.

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Art. 44 - Fica o proprietário responsável pelo efetivo controle das águas superficiais no seu imóvel e
pelos efeitos de abrasão, erosão ou infiltração, respondendo por danos ao logradouro público e pelo
assoreamento das peças que compõem o sistema de drenagem de águas pluviais.

SEÇÃO II
DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Art. 45 - Constitui infração a esta lei, todo e qualquer ato que importe em destruição ou danificação de
árvores plantadas em áreas públicas municipais.
§ 1º - Entende-se por destruição, a morte das árvores, ou que seu estado seja tal, que não ofereça
mais condições para sua recuperação.
§ 2º - Entende-se por danificação, os ferimentos provocados na árvore, prejudicando o seu
desenvolvimento com possível consequência, a morte da mesma, incluindo-se neste conceito os atos de
remoção, poda e desbastamento.

Art. 46 - Visando a boa qualidade do ambiente urbano, a Prefeitura poder á fazer intervenção na
paisagem sempre que julgar necessário, ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização
(CMDO) em projetos especiais.

Art. 47 - Todos os serviços que impliquem em destruição ou danificação das árvores da arborização
pública, deverão ser executados exclusivamente pelo órgão municipal competente ou por delegação
deste.
Parágrafo único - Cada remoção de árvore importará no imediato replantio da mesma ou de nova
árvore em ponto cujo afastamento seja o menor possível da antiga posição.

Art. 48 - Compete ao Executivo Municipal o controle fitossanitário da arborização pública.


§ 1º - Entende-se por controle fitossanitário as medidas preventivas e mitigadoras para o manejo de
pragas (insetos) e doenças (fungos e bactérias).
§ 2º - Quando da necessidade de aplicação de defensivos o órgão municipal competente providenciará
as medidas de segurança cabíveis.

Art. 49 - A expedição do habite-se para empreendimento uniresidencial e multiresidencial ficará


condicionada ao plantio de espécies arbóreas no logradouro público, na forma a ser regulamentada pelo
órgão municipal competente.

TÍTULO III
DA HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 50 - Constitui dever do Executivo Municipal zelar pelas condições sanitárias em todo o território do
Município, atuar no controle de endemias, epidemias, surtos diversos e participar de campanhas de saúde
pública, em consonância com as normas Federais e Estaduais.
Parágrafo único - O Executivo Municipal ouvido o Conselho Municipal de Saúde, complementarmente
elaborará normas técnicas especiais detalhando as disposições deste Capítulo.

Art. 51 - Os empreendimentos destinados a atividades do comércio, indústrias e serviço de uso coletivo


observarão as prescrições de higiene e limpeza contidas neste código e normas técnicas especificas.

CAPÍTULO II
DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 52 - A ação fiscalizadora da autoridade sanitária será exercida sobre o alimento, pessoal que lida
com o mesmo, local e instalação relacionados com a fabricação, produção, beneficiamento, manipulação,
acondicionamento, conservação, deposito, armazenamento, transporte, distribuição, venda ou consumo
de alimento.

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Art. 53 - Os estabelecimentos que exerçam qualquer das atividades arroladas no artigo anterior ficam
sujeitos a regulamentação e a expedição de normas técnicas e de atestado sanitário pelo órgão municipal
competente.
§ 1º - Os estabelecimentos de que trata este artigo deverão ser instalados para o fim a que se destinam,
quer em maquinários, quer em utensílios, em razão de sua capacidade de produção.
§ 2º - Todas as instalações dos estabelecimentos de que trata este artigo deverão ser mantidas em
perfeitas condições de higiene e limpeza.
§ 3º - O atestado sanitário previsto no "caput" deste artigo, renovável a cada ano, será concedido após
fiscalização, inspeção e afixado em local visível.

Art. 54 - É vedado:
I - produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, embalar, reembolsar, armazenar ou vender
alimentos sem registro, licença ou autorização do órgão municipal competente;
II - expor a venda ou entregar ao consumo alimentos, cujo prazo de validade tenha expirado ou apor-
lhe novas datas, após expirado o prazo;
III - fraudar, falsificar ou adulterar alimentos, inclusive bebidas ou produtos dietéticos.

Art. 55 - O alimento deve estar livre e protegido de contaminação física, química e biológica proveniente
do homem, de animal e do meio ambiente, nas fases de processamento, da fonte de produção até o
consumidor.
§ 1º - O produto, substância, insumo e outro elemento deve originar-se de fonte aprovada ou autorizada
pela autoridade sanitária, sendo apresentado em prefeitas condições de consumo e uso.
§ 2º - O alimento perecível será transportado, armazenado, depositado e exposto a venda sob
condições de temperatura, umidade, ventilação e luminosidade que o protejam de deterioração e
contaminação.
§ 3º - O alimento deverá apresentar limites aceitáveis de agrotóxicos estipulados pelos órgãos
internacionais de saúde.

Art. 55-A. O alimento congelado exposto à venda deve estar armazenado em expositor com tampa de
vidro ou similar. (Acrescentado pela LC nº. 166/2010)

Art. 56 - O produto considerado impróprio para o consumo humano poderá ser destinado para outros
fins, tais como a industrialização e a alimentação animal, mediante laudo técnico de inspeção.
Parágrafo único - O destino final de qualquer produto considerado impróprio para o consumo humano
deverá ser obrigatoriamente fiscalizado pelo órgão municipal competente, que acompanhará o produto
até que não mais seja possível seu retorno ao consumidor humano.

CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO

Art. 57 - É obrigatória a observância dos requisitos mínimos indispensáveis a proteção da saúde no


Município.

Art. 58 - A água destinada a ingestão e ao preparo de alimentos deverá atender ao padrão mínimo de
potabilidade segundo as normas da AWWA e fiscalizada através de análises periódicas pela Secretaria
de Saúde do Município ou do Estado.

Art. 59 - As caixas de água ou reservatórios deverão manter os padrões de higiene determinados pelo
órgão municipal competente, o qual, sempre que necessário, poderá inspecioná-las.

Art. 60 - Os estabelecimentos comerciais, industriais e públicos, deverão manter cozinha, sala de


manipulação de alimento e sanitários em perfeitas condições de higiene e conservação.

Art. 61 - Toda edificação, será ligada a rede pública de abastecimento de água e a coletor público de
esgoto, sempre que existente, em conformidade com as normas técnicas especificas, do órgão
competente.

Art. 62 - As piscinas de uso coletivo e respectivas dependências serão mantidas em rigoroso estado
de limpeza e conservação.

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Parágrafo único - A água de piscina será tratada de acordo com as prescrições do órgão municipal
competente.

Art. 63 - É vedada à pessoa portadora de moléstia contagiosa, a utilização de piscina de uso público.

Art. 64 - O Executivo Municipal poderá, em qualquer ocasião, inspecionar as piscinas de uso público,
fiscalizar o seu funcionamento e instalações, exigir a realização de análise de tomada d’água, em
laboratório credenciado pelo mesmo, correndo as despesas relativas a essa pesquisa por conta exclusiva
do responsável ou proprietário da piscina.
Parágrafo único - Caberá ao Poder Executivo a inspeção de lagoas, lagos e reservatórios situados
Município, fiscalizando a qualidade da água através de análise laboratorial, sobre a utilização da mesma
para banhos e outras atividades afins.

CAPÍTULO IV
DOS ESTACIONAMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇO
SEÇÃO I
DOS HOTÉIS E SIMILARES

Art. 65 - Hotéis, motéis, pensões, restaurantes, bares, padarias e estabelecimentos congêneres,


observarão:
I - o uso de água fervente, ou produto apropriado a esterilização para louça, talheres e utensílios de
copa, cozinha, não sendo permitida, sob qualquer hipótese, a lavagem em balde, tonel ou outro
vasilhame.
II - perfeitas condições de higiene, limpeza e conservação em cozinha, copa, despensa e sanitários;
III - perfeitas condições de uso dos utensílios de cozinha e copa, sendo passíveis de apreensão e
inutilização imediata o material danificado, lascado ou trincado;
IV - limpeza e asseio dos empregados, que deverão estar obrigatoriamente uniformizados.
Parágrafo único - Os hotéis, motéis, pensões e similares deverão atender também:
a) os leitos, roupas de cama, cobertas, móveis e assoalhos deverão ser desinfetados;
b) e vedado o uso de roupa da cama, toalha ou guardanapo, sem prévia lavagem e desinfeção.

SEÇÃO II
DOS SALÕES DE BELEZA, SAUNAS E SIMILARES

Art. 66 - Os instrumentos de trabalho em salões de beleza, barbearias, saunas e similares serão


esterilizados com aparelhos ultravioletas e similares.
§ 1º - Os profissionais da área deverão trabalhar uniformizados, preferencialmente uniformes de cor
clara, mantendo em dia a carteira de saúde, trazendo o estabelecimento sempre com pintura em perfeitas
condições, iluminação clara e sanitários devidamente higienizados e cuidados.
§ 2º - O Poder Executivo poderá, após consultar as entidades representativas da classe, exigir outros
requisitos de higiene e saúde.

Art. 66-A - As clínicas de bronzeamento artificial situadas no Município de Campo Grande-MS, ficam
obrigadas a colocar avisos em locais visíveis alertando os clientes usuários que a exposição aos raios
ultravioleta pode provocar câncer, devendo, ainda, distribuir entre estes materiais informativos explicando
as causas do câncer de pele e como pode ser evitado. (Acrescentado pela LC nº. 69/2004)

Art. 66-B - O não cumprimento ao disposto no artigo 1° desta lei, sujeita as clínicas infratoras ao
pagamento de multa no valor a ser fixado pelo indexador oficial, sendo a multa aplicada em dobro, no
caso de reincidência. (Acrescentado pela LC nº. 69/2004)
Parágrafo único - Os clientes que farão uso do serviço de bronzeamento deverão assinar Termo de
Consentimento.

SEÇÃO III
DOS HOSPITAIS E SIMILARES

Art. 67 - Nos hospitais, clínicas, casas de saúde, maternidade, farmácias e similares, é obrigatório:
I - esterilização de roupas, louças, talheres e utensílios diversos;
II - desinfeção de colchões, travesseiros, cobertores, móveis e assoalhos;

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III- manutenção de cozinha, copa, lavanderia, despensa, banheiros e demais dependências em
condições de completa higiene, inclusive com paredes laváveis.

Art. 67-A. As Farmácias e Drogarias do Município de Campo Grande-MS ficam obrigadas a manterem
recipientes para a coleta de medicamentos, cosméticos, insumos farmacêuticos e correlatos, deteriorados
ou com prazo de validade expirado. (Acrescentado pela LC nº. 290/2016)
Parágrafo único. Os recipientes referidos no caput deverão:
I - constituir-se de invólucros lacrados, de material impermeável e com abertura superior, a fim de que
seja realizado o depósito dos referidos materiais;
II - ficar em local visível e de fácil acesso, acompanhados de cartazes explicativos que descrevam a
importância de se dar a destinação correta aos materiais descritos no caput.

Art. 67-B. Os resíduos recolhidos deverão ser acondicionados em caixas, também impermeáveis,
resistentes à punctura e à ruptura, com lacre assinado pelo profissional da saúde responsável pelo
estabelecimento, permanecendo guardadas em local seguro, afastadas das prateleiras e dos clientes.
(Acrescentado pela LC nº. 290/2016)
Parágrafo único. As Farmácias e Drogarias darão o mesmo destino de seus resíduos aos recolhidos
da população, seguindo a previsão da Resolução n. 306/2004 da Anvisa.

SEÇÃO III
DOS HOSPITAIS E SIMILARES

Art. 68 - Os estabelecimentos farmacêuticos habilitados a procederem a aplicação de injeções o farão


através de pessoas credenciadas, devendo, obrigatoriamente, utilizar de seringas descartáveis.
§ 1º - o aplicador de injeções fica obrigado a proceder previamente á antissepsia das mãos mediante
sabão degermante (PVP, I ou clorhexidina 4%) ou uma solução alcoólica a 70% acrescido de 2% de
glicerina. (Inserido pela Lei n. 3.282/96)
§ 2º - as pessoas habilitadas à aplicação de injeções obrigam-se ainda a esclarecer ao paciente sobre
a importância da utilização de luvas descartáveis, bem como o seu custo, contudo facultando-se ao
mesmo a opção dessa utilização. (Inserido pela Lei n. 3.282/96)
§3º - o uso de luvas não substitui a antissepsia das mãos.

CAPÍTULO V
DO ATO DE FUMAR

Art. 69 - É proibido a prática de fumar nos recintos fechados, dos estabelecimentos comerciais,
escolas, cinemas, teatros, assim como no interior de elevadores e dos veículos de transporte público, e
na área dos postos de serviços e abastecimento de veículos, e ainda nos locais de acesso público das
repartições públicas municipais, podendo essa proibição ser estendida a locais de reuniões de âmbito
restrito.
Parágrafo único - (REVOGADO PELA LEI Nº 3.218/1995)

Art. 70 - Nos locais de que trata o "caput" do artigo anterior, deve ser colocada em local visível uma
placa proibitiva de fumar.

Art. 71 - Os estabelecimentos atingidos pela proibição de que trata o artigo deste capítulo poderão
dispor de sala especial, destinadas a fumantes.

Art. 72 - O responsável pelo local fica sujeito as proibições deste Capítulo, zelará pelo comprimento
das presentes normas.

CAPÍTULO VI
DOS ANIMAIS

Art. 73 - Não será permitida a criação ou conservação de animal que pela sua natureza ou qualidade,
seja causa de insalubridade ou incômodo.
§ 1º - É de responsabilidade dos proprietários a manutenção dos animais em perfeitas condições de
alojamento, alimentação, saúde e bem-estar.

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§ 2º - Cabe aos proprietários tomar medidas cabíveis no tocante a vacinação de cães e gatos contra
a raiva quando solicitada pelo órgão Municipal competente.

Art. 74-A. Fica defeso à Prefeitura Municipal de Campo Grande expedir licenças e alvarás, nos limites
do Município, para funcionamento de espetáculos de circo que utilizem, sob qualquer forma, animais
selvagens, domésticos, nativos ou exóticos. (Redação dada pela LC nº. 118/2008)

Art. 74-B. Os espetáculos circenses que descumprirem as normas a que se sujeitaram para a obtenção
da licença e alvará, e aqueles que estiverem em funcionamento sem a devida autorização legal, estarão
sujeitos a aplicação cumulativa das seguintes penalidades: (Redação dada pela LC nº. 118/2008)
I - cancelamento da autorização legal, se houver, e imediata interdição do local onde se realizam os
espetáculos;
II - aplicação de multa diária estipulada no Anexo II da presente lei.

CAPÍTULO VII
DOS ANIMAIS SINANTRÓPICOS

Art. 75 - Ao munícipe compete a adoção de medidas necessárias para a manutenção de suas


propriedades limpas evitando o acumulo de lixo, materiais inservíveis ou coleções líquidas, que possam
propiciar a instalação e proliferação de fauna sinantropicas.
Parágrafo único - Consideram-se animais sinantrópicos aqueles que invejavelmente coabitam com o
homem tais como: roedores, baratas, moscas, pernilongos, pulgas e outros.

TÍTULO IV
DA POLUIÇÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 76 - Para efeito deste código, considera-se poluição ambiental qualquer alteração das condições
físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante de atividades humanas, em níveis capazes de direta ou indiretamente:
I - ser impróprios, nocivos ou ofensivos a saúde, a segurança e ao bem-estar da população;
II - criar condições adversas as atividades sociais e econômicas;
III - ocasionar danos a flora, a fauna e a outros recursos naturais, as propriedades públicas ou a
paisagem urbana.
Parágrafo único - Considera-se meio ambiento todo aquilo que compõe a natureza, que envolve e
condiciona o homem e suas formas de organização na sociedade, dando suporte material para sua vida
biopsicossocial.

Art. 77 - Fica proibido o lançamento ou liberação de poluentes, direta ou indiretamente, nos recursos
ambientais, respeitados os critérios, normas e padrões fixados pelos Governos Federal e Estadual.
§ 1º - Considera-se poluente toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente,
provoque poluição ambiental nos termos do artigo anterior.
§ 2º - Consideram-se recursos ambientais a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o solo e
os elementos nele contidos, a flora e a fauna.
§ 3º - Considera-se fonte poluidora efetiva ou potencial toda atividade, processo, operação,
maquinarias, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, que possa causar emissão ou lançamento de
poluentes.
§ 4º - Ato do Executivo Municipal regulamentará as medidas necessárias a serem adotadas para o
transporte e destino final de cargas perigosas.

CAPÍTULO II
DA POLUIÇÃO VISUAL

Art. 78 - São considerados veículos de divulgação, ou simplesmente veículos, quaisquer equipamentos


de comunicação visual ou audiovisual utilizados para transmitir anúncios ao público, classificando-se em:
(Redação dada pela LC nº.67/2004)
I - TABULETA - OUTDOOR: confeccionado em material apropriado, de tamanho 3m x 9m (três por
nove metros) e destinado à fixação de cartazes em papel substituível quinzenalmente;

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II - PAINEL: confeccionado em material apropriado e destinado à pintura de anúncios com área
superior a 2,50m² (dois e meio metros quadrados);
III - PAINEL LUMINOSO OU ILUMINADO: confeccionado em material apropriado, destinado à
veiculação de anúncios, com área de até 70m² (setenta metros quadrados), fixados em coluna própria;
IV - LETREIRO: luminoso ou iluminado, colocado em fachadas, coberturas de edifícios ou em
elementos do mobiliário urbano, ou ainda, fixado sobre estrutura própria, junto ao estabelecimento ao
qual se refere;
V - POSTE TOPONÍMICO: luminoso ou não, colocado em esquina de logradouro público, fixado em
coluna própria, destinado a anúncios orientadores, podendo ainda, conter anúncios indicativos e de
propaganda;
VI - FAIXA: executada em material não rígido, destinado à pintura de anúncios de caráter
predominantemente institucionais;
VII - PROSPECTOS E FOLHETOS DE PROPAGANDA;
VIII - BALÕES;
IX - MUROS E FACHADAS DE EDIFICAÇÕES;
X - CARROCERIAS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES;
XI - PAINEL ELETRÔNICO MODULAR: confeccionado em Leds - Diodo Emissor de Luz, com área útil
de tela de até 50 m² (cinquenta metros quadrados), fixados em coluna própria (individual e única), com
altura mínima de 6 m (seis metros) do piso do terreno/calçada, destinado à veiculação de programação
em textos e imagens, dinâmica e em movimento, através de vinhetas eletrônicas.
XII - EMPENA - veículo de divulgação fixado na face lateral externa do edifício que não apresenta
aberturas destinadas à iluminação, ventilação e insolação, salvo os edifícios que não estiverem habitados.
(Acrescentado pela LC nº. 289/2016).
§ 1º - As instalações de Painéis Eletrônicos serão permitidas a uma distância mínima de 1000 m (mil
metros) umas das outras.
§ 2º - Os Painéis Eletrônicos instalados em desacordo com a presente lei complementar terão que ser
desligados no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da data da sua publicação e sua reinstalação
deverá adequar-se à mesma.
§ 3º - Os pedidos de licença para as instalações feitas até 180 (cento e oitenta) dias da data da
publicação desta lei complementar e para fins de cumprimento desta, serão submetidos a nova análise
pela Secretaria Municipal Competente.

Art. 79 – A utilização de veículos de divulgação em logradouros públicos, ou imóvel privado, quando


visíveis dos lugares públicos, depende de licença do órgão municipal competente, sujeitando o
contribuinte ao pagamento da taxa respectiva. (Redação dada pela LC nº.67/2004)
Parágrafo único - Ficam excluídos da exigência deste artigo os veículos de divulgação destinados a
anúncio que transmita informação ou mensagem de orientação do poder público, tais como: sinalização
de tráfego, numeração de edificação ou indicação turística e cartográfica da cidade.

Art. 80. Revogado pela LC nº. 296/2017)

Art. 81 - Os pedidos de licença para a colocação de veículos de divulgação deverão explicitar:


(Redação dada pela LC nº.67/2004)
I - os locais em que os mesmos serão afixados ou distribuídos;
II - a natureza dos materiais que o compõem;
III - as dimensões;
IV - as inscrições e os textos;
V - as cores empregadas;
VI - o sistema de iluminação a ser adotado, em caso de anúncios luminosos.
§ 1º - A instalação de outdoor ou tabuletas fixadas no quadrilátero central entre Av. Calógeras, R.
Ceará, Av. Mato Grosso e Av. Fernando Corrêa da Costa, assim como na Av. Afonso Pena, e Av. Mato
Grosso, deverão ter estrutura metálica, conforme anexo I, e só serão permitidos agrupamentos de no
máximo 03 (três) outdoors, no mesmo angulo de visão.
§ 2º - vetado.
§ 3º - Nenhum veículo de divulgação poderá ser exposto ao público ou mudado de local sem prévia
autorização do Município e deverá apresentar, em local visível, o número da licença expedida pela
Prefeitura.
§ 4º - vetado.
§ 5º - vetado.

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§ 6º - Os anúncios em Edifícios não poderão ultrapassar 50% (cinquenta por cento) da área total
externa.

Art. 81-A - As empresas que estiverem divulgando propaganda através de veículos referidos no Art.
78 da presente Lei, sem licença municipal, terão prazo de 90 (noventa) dias para regularizar sua situação,
protocolizando no Serviço de Protocolo Geral da Prefeitura o pedido que conterá, além dos documentos
que comprovam a abertura da empresa, as informações exigidas nos incisos I a VI do Art. 81 desta Lei.
(Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 81-B - Os veículos de divulgação já instalados e que não se enquadrem no disposto nesta Lei
deverão ser retirados do local, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data do indeferimento do
pedido de licença. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 81-C - As empresas de outdoors terão prazo de 06 (seis) meses, a contar da data da aprovação
desta Lei, para substituição de suas estruturas e se adequarem às demais exigências:
Parágrafo único - Permanecendo os veículos de divulgação no local, após o prazo mencionado no
“caput” deste artigo, o órgão municipal competente providenciará para que sejam retirados, mediante
lavratura de Termo de Apreensão, e incinerados, debitando-se às empresas responsáveis as despesas
decorrentes. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 81-D - A autorização para instalação de equipamentos de propaganda ao ar livre só será dada às
empresas de propaganda ou publicidade cadastradas na Secretaria competente e para se cadastrar
deverá apresentar: (Redação dada pela LC nº.67/2004)
I - provas:
a) de estar constituída na forma da legislação vigente;
b) de estar em dia com as obrigações tributárias, inclusive as decorrentes da propriedade de bens
móveis ou imóveis.
II - requerimentos de cadastramento, informando:
a) razão social;
b) local de funcionamento da sede e filiais;
c) nome do proprietário e do representante legal;
d) dados cadastrais e de identificação da empresa e das pessoas da alínea anterior.

Art. 81-E - As instalações de “Front Line” serão permitidas a uma distância de, no mínimo, 80 m (oitenta
metros) umas das outras, bem como só será permitida a instalação de no máximo 03 (três) “outdoors”
num mesmo ângulo de visão, autorizando-se, neste caso, outra instalação de iguais características, desde
que obedecida a distância mínima mencionada. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 82 - Os anúncios luminosos deverão ser colocados a uma altura mínima de 2,50 m (dois metros e
cinquenta centímetros) do nível do piso da calçada. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 83 - A critério exclusivo do órgão municipal competente, será permitida a publicidade em mobiliário
e em equipamento social urbano, desde que para fins de patrocínio e conservação e sem prejuízo de sua
utilização e função. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 84 - É vedado colocar veículos de divulgação:


I - em áreas protegidas por lei e em monumentos públicos, incluindo-se os entornos quando
prejudicarem sua visibilidade;
II - ao longo das faixas de domínio de vias; ferrovias, viadutos, passarelas, rodovias federal e estadual,
dentro do limite do Município;
III - nas margens de curso d’água, parques, jardins, canteiros de avenida e área funcional de interesse
ambiental, cultural, turístico e educacional;
IV - quando sua forma, dimensão, cor, luminosidade, obstrua ou prejudique a perfeita visibilidade de
sinal de trânsito ou outra sinalização destinada à orientação do público;
V - quando perturbem as exigências de preservação da visão em perspectiva, ou deprecie o panorama
ou prejudique direito de terceiros.

Art. 85 - Os veículos de divulgação deverão ser mantidos em perfeito estado de conservação e


funcionamento. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

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Art. 86 - É vedado pichar ou afixar cartazes, faixas, placas e tabuletas em muros, fachadas, árvores
ou qualquer tipo de mobiliário urbano. (Redação dada pela LC nº.67/2004)

Art. 87 - É vedado ao anúncio obstruir, interceptar ou reduzir o vão de portas e janelas, prejudicando
a circulação, iluminação ou ventilação de compartimentos de uma edificação. (Redação dada pela LC
nº.67/2004)

CAPÍTULO III
DA POLUIÇÃO SONORA

Art. 88 – É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público com ruídos, vibrações, sons excessivos
ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma que, contrariem os níveis máximos
de intensidade, fixados por esta Lei. (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
Parágrafo único. Para efeito e compreensão deste artigo, música, arte e cultura não serão
consideradas ruídos. (Acrescentado pela LC nº. 228/2014).

Art. 89 –Para os efeitos desta Lei, consideram-se aplicáveis as seguintes definições: (Redação dada
pela LC nº. 08/1996)
I – SOM – é toda e qualquer vibração acústica capaz de provocar sensações auditivas;
II – POLUIÇÃO SONORA – toda emissão de som que, direta ou indiretamente seja ofensiva ou nociva
à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei;
III – RUÍDO – qualquer som que cause ou tenda a causar perturbações ao sossego público ou produzir
efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos e animais;
IV – RUÍDO IMPULSIVO – som de curta duração, com início abrupto e parada rápida, caracterizado
por um pico de pressão de duração menos que um segundo;
V – RUÍDO CONTÍNUO – aquele com flutuação de nível de pressão acústica tão pequena que podem
ser desprezadas dentro do período de observação;
VI – RUÍDO INTERMITENTE – aquele cujo nível de pressão acústica cai abruptamente ao nível do
ambiente, várias vezes durante o período de observação, desde que o tempo em que o nível se mantém
constante, diferente naquele do ambiente seja de ordem de grandeza de um segundo ou mais;
VII – RUÍDO DE FUNDO – todo e qualquer som que esteja sendo emitido durante o período de
medições, que não aquele objeto das medições;
VIII – DISTÚRBIO SONORO E DISTÚRBIO POR VIBRAÇÕES – significa qualquer ruído ou vibração
que:
a) ponha em perigo ou prejudique a saúde, o sossego e o bem-estar público;
b) cause danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas;
c) possa ser considerado incômodo;
d) ultrapasse os níveis fixados na Lei;
IX – NÍVEL EQUIVALENTE (LEQ) – o nível médio de energia do ruído encontrado integrando-se os
níveis individuais de energia ao longo de determinado período de tempo e dividindo-se pelo período,
medido em dB-A;
X – DECIBEL – (dB) – unidade de intensidade física relativa do som;
XI – NÍVEL DO SOM dB (A) – intensidade do som, medido na curva de ponderação “A”, definido na
norma NBR 10.151-ABNT;
XII – ZONA SENSÍVEL À RUÍDO OU ZONA DE SILÊNCIO – é aquela que, para atingir seus propósitos,
necessita que lhe seja assegurado um silêncio excepcional. Define-se como zona de silêncio a faixa
determinada pelo raio de 200 (duzentos) metros de distância de hospitais, escolas, bibliotecas públicas,
postos de saúde ou similares;
XIII – LIMITE REAL DA PROPRIEDADE – aquele representado por um plano imaginário que separa a
propriedade real de uma pessoa física ou jurídica de outra;
XIV – SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO CIVIL – qualquer operação de montagem, construção, demolição,
remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma estrutura.
XV – CENTRAIS DE SERVIÇOS – canteiro de manutenção e/ou produção de peças e insumos para
atendimento de diversas obras de construção civil;
XVI – VIBRAÇÃO – movimento oscilatório, transmitido pelo solo ou uma estrutura qualquer.
XVII - Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No
sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas).

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No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente
válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais. (Redação dada pela LC nº.
228/2014)

Art. 90 – Para fins de aplicação desta Leu ficam definidos os seguintes horários: (Redação dada pela
LC nº. 08/1996)
DIURNO – compreendido entre as 06:00 e 18:00 horas;
VESPERTINO – das 18:00 as 21:00 horas;
NOTURNO – das 21:00 as 06:00 horas;

Art. 91 – Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o equivalente e o
método utilizado para a medição e avaliação, obedecerão às recomendações das normas NBR 10.151 e
NBR 10.152, ou as que lhe sucederem. (Redação dada pela LC nº. 08/1996)

Art. 92 – A emissão de ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,


prestação de serviços, inclusive de propaganda, bem como religiosas, sociais e recreativas obedecerão
aos padrões estabelecidos nesta Lei. (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
§ 1º O nível de som da fonte poluidora, medido no local da propriedade onde se dá o suposto incômodo,
não poderá exceder os níveis fixados da tabela I, que é parte integrante desta Lei. (Redação dada pela
LC nº. 228/2014)
§2º - Quando a fonte poluidora e a propriedade onde se dá o suposto incômodo localizarem-se em
diferentes zonas de uso e ocupação, serão considerados os limites estabelecidos para a zona em que se
localiza a propriedade onde se dá o suposto incômodo.
§3º - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se de escola, creche, biblioteca
pública, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar com leitos para internamento, deverão ser
atendidos os limites estabelecidos para ZR-1, independentemente da efetiva zona de uso e deverá ser
observada a faixa de 200m (duzentos metros) de distância, definida como zona de silêncio.
§4º - Quando o nível de ruído proveniente de tráfego, medido dentro dos limites reais da propriedade
onde se dá o suposto incômodo vir a ultrapassar os níveis fixados por esta Lei, caberá a Secretaria
Municipal competente articular-se com os demais órgãos, visando a adoção de medidas para a eliminação
ou minimização dos distúrbios sonoros.
§ 5º - Incluem-se nas determinações desta Lei os ruídos decorrentes de trabalhos manuais como o
encaixotamento, remoção de volumes, carga e descarga de veículos e toda e qualquer atividade que
resulte prejudicial ao sossego público.
§ 6º A aferição dos decibéis no ponto de origem da denúncia do distúrbio sonoro, deverá ser
acompanhada de um representante do estabelecimento denunciado, vedada a aceitação de denúncias
anônimas. (Acrescentado pela LC nº. 228/2014)
§ 7º No momento da aferição dos decibéis serão produzidas prova e contraprova. (Acrescentado pela
LC nº. 228/2014)

TÍTULO V
DA LIMPEZA URBANA
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 93 - Fará parte integrante deste código, o Regulamento de Limpeza Urbana de Campo Grande.

Art. 94 - Os serviços de limpeza pública e da higiene das vias e logradouros públicos são encargos da
Prefeitura Municipal de Campo Grande, que executará, direta ou indiretamente, através das seguintes
atividades:
I - planejamento e controle;
II - coleta de lixo;
III - limpeza das vias e logradouros públicos;
IV - transporte e destinação final do lixo;

CAPÍTULO II
DA LIMPEZA PÚBLICA

Art. 95 - Para viabilizar os serviços de coleta e a limpeza urbana, os munícipes deverão obedecer às
seguintes disposições:

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I - a coleta de lixo domiciliar será limitada a volume máximo diário para cada unidade residencial ou
estabelecimento;
II - o lixo domiciliar deverá ser acondicionado em recipientes padronizados, da forma a ser estabelecida
pelo órgão municipal competente, o qual poderá fixar tratamento diferenciado conforme a área onde se
procedera a coleta;
III - deverão ser observados os horários e locais para colocação do lixo acondicionado e seus
recipientes para coleta;
IV - só será permitido o uso ou instalação de incinerador de lixo nos casos em que o órgão municipal
competente assim o exigir;
V - os resíduos ou produtos que por sua natureza ou por razões de segurança devam ser incinerados,
poderão sê-lo, a céu aberto, em local previamente determinado, até a implantação de incinerador público
pela municipalidade, excetuando-se do alcance deste dispositivo o lixo hospitalar ou produto
contaminado;
VI - mediante o pagamento da taxa respectiva, poderá o Executivo Municipal proceder a coleta, por
meio de remoção especial, dos resíduos sólidos especiais, sendo que, nos casos em que tais resíduos
forem transportados pelos responsáveis, estes deverão obedecer as determinações do órgão competente
para evitar derramamento na via pública e poluição local;
VII - será permitido o uso de conteinerizadores, na forma a ser regulamentada pelo Executivo
Municipal.

Art. 96 - O lixo coletado será transportado para o destino final por meio de viaturas, atendidas as
condições de ordem sanitária, técnica, econômica e estética.

CAPÍTULO III
DA HIGIENE DAS VIAS E LOGRADOUROS

Art. 97 - A manutenção da higiene das vias e logradouros públicos será feita através dos serviços de
varrição, lavagem, remoção de resíduos, capinação de mato e ervas daninhas e raspagem da terra.

Art. 98 - Para viabilizar os serviços da higiene das vias e logradouros, deverão ser observadas as
seguintes disposições:
I - os moradores, comerciantes, industriais e prestadores de serviço estabelecidos no perímetro
urbano, serão responsáveis pela limpeza do passeio fronteiriço às residências ou estabelecimentos;
II os serviços de que trata o inciso anterior deverão ser efetuados em hora conveniente e de pouco
transito;
III - o lixo proveniente dos serviços de que trata este artigo não poderá ser amontoado nas vias públicas
devendo ser recolhido em recipiente padronizado pelo órgão municipal competente;
IV - é proibido jogar lixo nas vias e logradouros públicos bem como em boca de lobo, bueiro, valeta de
escoamento, poço de visita, e em outras partes do sistema de águas pluviais, as margens ou no próprio
leito de rios, córregos e lagoas;
V - é proibido, nas vias e logradouros públicos, publicidade ou propaganda de qualquer natureza,
mediante a colagem de cartazes ou lançamento de panfletos, folhetos, ou similares atirados de veículos,
aeronaves ou edifícios;
VI - é proibido lavar veículos e equipamentos em vias e logradouros públicos;
VII - as atividades de construção, demolição, reforma, pintura ou limpeza de fachadas de edificações
que borrifem líquidos ou produzam poeira, só poderão ser exercidas mediante a adoção de medidas no
sentido de evitar incômodo a vizinhos e transeuntes.

TÍTULO VI
DO COMÉRCIO, INDÚSTRIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
CAPÍTULO I
DO LICENCIAMENTO

Art. 99 - Nenhuma atividade poderá localizar-se ou funcionar sem licença prévia do órgão municipal
competente.
§ 1º - A concessão de licença para as atividades de que trata este artigo dependerá de vistoria prévia
do empreendimento onde esta será exercida, por técnico do órgão municipal competente.
§ 2º - A concessão de licença para as atividades de que trata este artigo, somente será dada
observadas as legislações Estadual e Federal.

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§ 3º Em se tratando de restaurantes, bares, cafés e similares, clubes, shoppings, danceterias,
conveniências, conveniências de postos de combustíveis, pizzarias, feiras-livres, trailers, e outros de
natureza comercial de venda de bebidas, deverão atender as exigências deste Capítulo contidas no Título
III – “Da Higiene e Saúde Pública”, bem como o previsto no Art. 151-A, desta Lei. (Acrescentado pela LC
nº. 316/2018)

Art. 100 - A concessão de licença de funcionamento para as atividades mencionadas no Título III - "Da
Higiene e Saúde Pública" - deste código, ficar á condicionada a expedição de atestado sanitário e ao
cumprimento das normas técnicas fixadas pelo órgão municipal competente.

Art. 101 - Para efeito de fiscalização, o estabelecimento licenciado deverá afixar o alvará em local
visível.

Art. 101-A. Em se tratando de estabelecimento que comercialize jogos de azar, autorizados por lei,
condiciona-se a licença de funcionamento à colocação de placas de advertência em sua entrada,
contendo os seguintes dizeres: (Acrescentado pela LC nº. 111/2008)
“ADVERTÊNCIA: A PRÁTICA DE JOGOS DE AZAR PODE VICIAR E PROVOCAR PROBLEMAS
EMOCIONAIS E FINANCEIROS”.
§ 1º Consideram-se jogos de azar, aqueles nos quais o ganho e a perda dependem prioritariamente
da sorte do apostador
§ 2º As placas mencionadas no “caput” deste artigo serão afixadas em locais de ampla visibilidade ao
público, observando-se o seguinte:
I - 01 (uma) Placa no lado externo do imóvel, medindo 1,5m x 1,0m;
II - 01 (uma) Placa no interior do estabelecimento, mais precisamente na entrada da sala de jogos,
medindo 0,40m x 0,70m

Art. 102 - Para mudança de atividade do empreendimento, deverá ser solicitada a necessária
permissão ao Executivo Municipal, que verificará se o empreendimento satisfaz as condições exigidas
pela nova atividade.

CAPÍTULO II
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS

Art. 103 - A abertura e fechamento dos empreendimentos onde se prestam serviços e se desenvolvem
atividades industriais e comerciais no Município, respeitados os instrumentos coletivos de trabalho e a
legislação trabalhista pertinente, obedecerão aos seguintes horários: (NR) Caput alterado pela Lei n.
3.303/96
I - para a indústria e as prestadoras de serviço:
a) a abertura e fechamento entre 6:00 e 18:00 horas, nos dias úteis;
b) abertura e fechamento entre 7:00 e 13:00 horas aos sábados;
c) o fechamento nos feriados nacionais, estaduais e municipais. (Redação dada pela Lei nº 3.360/1997)
II - Para o comércio em geral, inclusive supermercado, hipermercado e shopping-center, a abertura e
o fechamento se dará entre 6:00 e 22:00 horas de segunda-feira a domingo, permanecendo fechado nos
casos previstos na alínea "c" do inciso anterior. (Redação dada pela Lei nº 3.360/1997)
a) O Executivo Municipal poderá conceder licença especial para funcionamento dos estabelecimentos
comerciais e de serviços fora do horário definido, desde que haja acordo coletivo de trabalho celebrado
entre os sindicatos representativos das categorias econômicas e profissionais do comércio.
b) A "Autorização Especial" para funcionamento do estabelecimento além do horário normal, poderá
também ser cancelada por solicitação aos órgãos federais competentes matérias de fiscalização do
trabalho, se os mesmos apoiarem irregularidade no cumprimento das leis trabalhistas ou dos acordos
celebrados.
c) Revogada pela Lei nº 3.360/1997.
d) Revogada pela Lei nº 3.360/1997
e) Nos casos da construção civil, por conveniências técnicas, poderão ser prolongados os horários das
alíneas "a" e "b" do inciso I, do caput, mediante autorização especial do Executivo Municipal.
f) Os bares e similares funcionarão de segunda a quinta-feira, das 06:00h às 23:00h e de sexta-feira a
domingo, das 06:00h à zero hora (Incluído pela LC nº. 57/2003)
g) Os eventos ou similares com duração não superior a quinze dias, terão licença especial de
funcionamento, expedida pelo órgão municipal competente. (Incluído pela LC nº. 57/2003)

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1) Para efeitos desta Lei Complementar, ficam definidos como bares ou similares, os estabelecimentos
nos quais, além da comercialização de produtos e gêneros específicos a esse tipo de atividade, haja
venda de bebidas alcoólicas para consumo imediato no próprio local. (Incluído pela LC nº. 57/2003)
Parágrafo único - É proibida a concessão de licença especial, de que trata a alínea “a” deste artigo,
nos seguintes feriados: (Acrescentado pela LC nº. 81/2006)
I - Ano Novo;
II - Sexta-feira Santa;
III – 1º de Maio;
IV - Finados;
V - Natal;

Art. 104 - Não estão sujeitos ao horário normal de funcionamento os estabelecimentos:


I - instalações no interior de aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias, os quais obedecerão ao
horário de funcionamento dos mesmos, desde que não tenham comunicação direta com o logradouro
público;
II - que se dediquem a impressão de jornais, laticínios, frio industrial;
III - serviços de utilidade pública;
IV - indústrias que, por conveniências operacionais, funcionam em turno ininterrupto.
V - Revogado pela Lei nº 3.360/1997

Art. 105 - Por motivo de conveniência pública, poderão funcionar em horário especial a serem
regulamentadas por ato do Executivo Municipal, independente das exigências contidas no artigo 103
deste Código, mediante licença especial, os seguintes estabelecimentos:
I- açougues;
II - agências de aluguel de carro e similares;
III - barbeiros e cabeleireiros;
IV - bares, restaurantes e similares;
V - estabelecimentos de diversões noturnas;
VI - farmácias;
VII - hotéis, motéis e similares;
VIII - lojas de departamento;
IX - lojas de flores e coroas;
X - lojas ou feiras de artesanatos;
XI - padarias;
XII - postos de serviços;
XIII - shopping-centers;
XIV - varejistas de frutas, verduras, legumes e ovos;
XV - varejistas de peixes;
XVI - vendedores de livros, jornais e revistas.
§ 1º - Excetuam-se do disposto neste artigo, nos feriados mencionados no Parágrafo único do inciso
II do art. 103 desta lei, os estabelecimentos especificados no inciso VIII deste artigo. (Acrescentado pela
LC nº. 81/2006)
§ 2º - Aplicam-se os efeitos desta lei, também às lojas de comércio varejista situadas no interior dos
shoppings-centers. (Acrescentado pela LC nº. 81/2006)

Art. 106 - Para efeito de licença especial, no funcionamento de estabelecimento de mais de um ramo
de negócios, deverá prevalecer o horário mais restritivo.

Art. 107 - Os mercados municipais e as feiras livres serão objeto de regulamentação própria.

Art. 108 - Consultados os proprietários de farmácias e drogarias, o órgão municipal competente fixará
as escalas de plantão visando a garantia de atendimento de emergência da população.

§ 1º - Quando fechadas, as farmácias deverão afixar a porta, uma placa padronizada pelo órgão
municipal competente com a indicação dos estabelecimentos que estiverem de plantão.

§ 2º - Mesmo quando fechadas as farmácias poderão, nos casos de urgência, atender ao público a
qualquer hora do dia ou da noite.

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CAPÍTULO III
DO COMERCIO AMBULANTE E ARTESANAL

Art. 109 - O exercício do comercio ambulante e/ou artesanal dependerá de licença especial, a ser
expedida pelo órgão municipal competente.

Art. 110 - Os vendedores licenciados de que trata este CAPÍTULO são obrigados:
I - trazer consigo o instrumento da licença, a fim de apresentá-lo a fiscalização municipal sempre que
lhe for exigido;
II - manter seus equipamentos em bom estado de conservação e limpeza;
III - manter limpa a área e utilizar um recipiente para lixo;
IV - exercer suas atividades somente nos locais permitidos pelo órgão municipal competente.
V - apresentar carteira sanitária atualizada.

Art. 111 - Além de obedecer as disposições do artigo anterior e, no que couber, as relativas ao Trânsito
Público, a Higiene e Saúde Pública, a Poluição Sonora e aos Horários de Funcionamento dos
Empreendimentos Comerciais e Industriais, os vendedores de que trata este Capítulo também estão
sujeito as seguintes restrições:
I - não efetuar vendas em transporte público;
II - não utilizar equipamentos fora dos padrões aprovados;
III - não utilizar caixa, caixote ou vasilhame nas proximidades do equipamento licenciado.
IV - não poderão vender produtos farmacêuticos e químicos.

CAPÍTULO III – A
DO COMÉRCIO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
(Incluído pela LC nº. 82/2006)
Seção I
Das disposições gerais

Art. 111-A - O Comércio de Veículos Automotores fica reconhecido por este código, e sua atividade
dependerá de licença ou inscrição a ser expedida por órgão municipal competente.

Art. 111-B - O Comércio de Veículos Automotores será exercido somente por Corretores de Veículos
Automotores, no Município de Campo Grande-MS, dentro do que estiver disciplinado por esta lei.
§ 1º - Tal atividade também poderá ser exercida por Pessoas Jurídicas;
§ 2º - As Pessoas Jurídicas inscritas a que se refere o parágrafo anterior, deverão ter como sócio-
gerente ou diretor, um Corretor de Veículos Automotores devidamente habilitado.

Art. 111-C - Compete àquele que exercer o comércio de Veículos Automotores, intermediação na
compra, venda e permuta de veículos automotores.

Art. 111-D - A Agência Municipal de Transporte e Trânsito – AGETRAN, será órgão de fiscalização do
exercício do Comércio de Veículos Automotores.

Art. 111-E - Para o exercício do Comércio de Veículos Automotores será expedida licença ao Corretor
de Veículos Automotores, Pessoa Física e, número de inscrição para Pessoa Jurídica, com anuência da
AGETRAN e da entidade representativa.

Art. 111-F - A inscrição de Pessoa Física e Jurídica será objeto de Resolução da entidade
representativa que encaminhará para registro na AGETRAN.

Art. 111-G - O número da licença ou inscrição do Corretor de Veículos Automotores, Pessoa Física ou
Pessoa Jurídica, constará obrigatoriamente em toda propaganda, bem como, em qualquer impresso
relativo à atividade.

Art. 111-H - O pagamento de taxas ao Município, constitui condição para o exercício da atividade de
Corretor de Veículos Automotores, Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.

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Art. 111-I - Só mediante comunicação à entidade representativa e autorização expressa da AGETRAN,
poderá ser permitido temporariamente, que estabelecimentos ou pessoas de outras localidades do país
possam exercer o Comércio de Veículos Automotores no Município de Campo Grande-MS.

Seção II
Das infrações e sanções disciplinares

Art. 111-J - Serão aplicadas sanções disciplinares, respeitando o que dispõe o Código de Defesa do
Consumidor, aos inscritos/licenciados no exercício do Comércio de Veículos Automotores que incorrerem
na prática das seguintes condutas:
I - exercer a atividade sem transparência, atentando contra a harmonia da relação de consumo;
II - exercer a atividade sem atender ao Princípio da Boa-fé e Equilíbrio nas relações de consumo;
III - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
IV - exercer a atividade quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos
não licenciados/inscritos ou impedidos;
V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade sem mencionar o número da inscrição/licença;
VI - negar aos interessados prestações de conta ou recibos de quantia ou documento, que lhes tenham
sido entregues a qualquer título;
VII - violar obrigação legal concernente ao exercício do comércio de Veículos Automotores;
VIII - praticar, no exercício da atividade, ato que a Lei defina como crime ou contravenção;
IX - promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas ou, que por qualquer forma prejudique interesse
de terceiros;
X - recusar a apresentação de Carteira de Reconhecimento do Exercício do Comércio de Veículos
Automotores ou Certificado de Inscrição de Pessoa Física, quando couber.
§ 1º - Os Corretores de Veículos Automotores deverão exercer o comércio de Veículos Automotores
respeitando os Direitos Básicos do Consumidor;
§ 2º - As medidas para aplicação das sanções disciplinares conforme o disposto no presente artigo
serão adotadas garantindo-se a defesa do inscrito/licenciado conforme determina legislação especial.

Art. 111-K - As sanções disciplinares consistem em:


I - advertência notificada;
II - multa;
III - suspensão da inscrição/licença, por 90 dias;
IV - cancelamento da inscrição/licença, com apreensão da Carteira de Reconhecimento do Exercício
do Comércio de Veículos Automotores ou Certificado de Inscrição de Pessoa Física.
Parágrafo único - A aplicação das sanções disciplinares descritas neste artigo independerá do que
dispõe o Código de Defesa do Consumidor.

Art. 111-L - O valor da multa aplicada ao Corretor seja Pessoa Física ou Jurídica, será fixado pelo
órgão Municipal competente.

Art. 111-M - O Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 111-N - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

CAPÍTULO IV
DAS BANCAS DE JORNAIS E REVISTAS

Art. 112 - As bancas atenderão as disposições deste Código, especialmente as contidas no Título II -
"Dos Logradouros Públicos" e deste Capítulo.

Art. 113 - As bancas poderão vender jornais, revistas, almanaques, guias e mapas de turismo, livros,
cartões postais, publicações culturais ou de entretenimentos, selos do correio, fichas telefônicas,
souveniers, canetas, lápis, balas, doces, sorvetes, pilhas, cigarros, artigos de época e afins.

Art. 114 - As bancas de jornais e revistas além de obedecerem ao dispositivo no CAPÍTULO IV do


Título II deste código, deverão satisfazer as seguintes condições:
I - Só poderão ser instaladas em calçadas cuja largura mínima salvaguarde o espaço para pedestre,
de 2,5O (dois metros e cinquenta centímetros) do meio-fio.

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II - Será vedada soa localização a uma distância mínima de:
a) 7,00 m (sete metros) do alinhamento predial, dos pontos de parada de coletivos, de edificações
destinadas a órgãos de segurança e militar do acesso a estabelecimentos bancários, repartições públicas,
cinemas, teatros, hotéis, hospitais, de monumentos históricos ou tombados e, ainda, de estabelecimentos
de ensino.
b) 150,00 m (cento e cinquenta metros) do raio de outra banca, quando situada nas zonas comerciais.
c) 500,00 m (quinhentos metros) do raio de outra banca, quando situada nas demais zonas.

Art. 115 - As bancas serão sempre móveis, de material determinado pelo órgão municipal competente,
e não poderão ultrapassar a medida de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) de largura por 4,00
m (quatro metros) de comprimento e altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros).
Parágrafo único - As bancas existentes legalmente autorizadas na data da promulgação desta lei terão
preservados os seus direitos.

Art. 116 - As bancas deverão ser mantidas em perfeito estado de conservação e limpeza.

Art. 117 - É vedado:


I - aumentar as dimensões da banca com caixotes, tábuas ou por qualquer meio;
II - exibir ou depositar jornais ou revistas no meio das calçadas;
III - A publicidade de fins eleitorais, de fumo cigarros e similares, bebidas alcoólicas e quaisquer
produtos nocivos à saúde, ou atentatórios aos bons costumes.(Redação dada pela Lei Complementar nº
13/1997).

CAPÍTULO V
DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 118 - É expressamente proibida a venda e ou transporte de materiais inflamáveis e explosivos,


nos limites do Município, sem as licenças devidas.
Parágrafo único – É proibido a instalação de bombas ou adequação das instaladas para a venda de
inflamáveis ao público, pelo sistema de “auto-serviço”. (Redação dada pela LC nº. 18/1998).

Art. 119 - O requerimento de licença de funcionamento para depósitos de explosivos e inflamáveis será
acompanhado de:
I - memorial descritivo e planta, indicando a localização do depósito, sua capacidade, dispositivos
protetores contra incêndio, instalação dos respectivos aparelhos sinalizadores e de todo o aparelhamento
ou maquinário que for empregado na instalação;
II - cálculo, prova de resistência e estabilidade, ancoragem e proteções, quando o órgão municipal
competente julgar necessário.
III - o proprietário ficará obrigado a enviar ao órgão municipal competente, no espaço de dois (2) em
dois (2) anos, laudo de vistoria, quanto a segurança, assinado por Engenheiro de Segurança do Trabalho.
IV - fica obrigado o proprietário destes locais, comunicar ao órgão competente municipal qualquer
mudança ou alteração do projeto original previamente aprovado.

Art. 120 - O Executivo Municipal poderá, a seu exclusivo critério e a qualquer tempo, estabelecer outras
exigências necessárias a segurança dos depósitos de explosivos e inflamáveis e das propriedades
vizinhas, ouvindo-se os órgãos técnicos ou instituições especializadas, se necessário.

Art. 121 - Se a coexistência, no mesmo local, de inflamáveis de naturezas diversas apresentarem


algum perigo as pessoas, coisas ou bens, o Executivo Municipal se reserva o direito de determinar a
separação, quando e do modo que julgar necessário.

Art. 122 - Nos depósitos, a instalação dos dispositivos protetores contra incêndios deverá obedecer às
normas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 123 - Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as precauções devidas.
§ 1º - Não poderão ser transportados simultaneamente no mesmo veículo, explosivos e inflamáveis.
§ 2º - Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão conduzir outras pessoas
além do motorista e dos ajudantes credenciados pela empresa ou proprietário do veículo.

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Art. 124 - A queima de fogos de artifícios será permitida desde que restrita a espaços livres, onde não
haja a possibilidade de danos pessoais ou materiais.
Parágrafo único - É proibida a queima de fogos em:
I - porta, janela ou terraço das edificações;
II - a distância inferior a 500,00 m (quinhentos metros) de hospitais, casas de saúde, asilos, presídios,
quartéis, postos de serviços e de abastecimentos de veículos, edifícios-garagem, depósitos de
inflamáveis e explosivos, reservas florestais e similares.
III - locais de reunião, definidos neste código.
IV - é proibida a venda de fogos de artifício a menores de 14 anos.

CAPÍTULO VI
DOS POSTOS DE SERVIÇOS E DE ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS

Art. 125 - Os postos de serviços e de abastecimento de veículos obedecerão além da legislação


pertinente, ao disposto no Capítulo V - "Dos Inflamáveis e Explosivos" deste código.

Art.125-A. É considerada infração grave, sujeita à penalidade de cassação do alvará de licença e


funcionamento, a constatação da adulteração do combustível oferecido aos consumidores por
estabelecimento instalado no Município através de laudo da ANP - Agência Nacional do Petróleo ou
entidade credenciada ou com ela conveniada para elaborar exames ou análise do padrão de qualidade
de combustíveis automotores. (Acrescentado pela LC nº. 155/2010)

Art. 126 - A edificação destinada a postos de serviços e de abastecimento de veículos deverá conter
instalações de tal natureza que as propriedades vizinhas ou logradouros públicos não sejam molestados
pelos ruídos, vapores, jatos e aspersão de água ou óleo originados dos serviços de abastecimento,
lubrificação e lavagem.

Art. 127 - Os estabelecimentos de que trata este CAPÍTULO serão obrigados a instalar no alinhamento
do imóvel, canaletas providas de grelhas para a coleta de águas superficiais.

Art. 127-A. Os reservatórios aéreos de líquidos combustíveis destinados ao comércio atacadista,


varejista ou ao consumo próprio no Município de Campo Grande, com capacidade de armazenamento
igual ou superior a 250 litros, por unidade de abastecimento, deverão atender ao disposto nesta Lei.
Parágrafo único. As companhias distribuidoras de combustíveis serão corresponsáveis das empresas
quando as unidades de abastecimento forem de sua propriedade, limitando-se a corresponsabilidade aos
dispositivos legais a eles referentes.
§ 1º Para efeito desta Lei, entende-se por unidade de abastecimento, o conjunto de reservatórios
aéreos agrupados ou não, instalados em um mesmo lote. (Redação dada pela LC nº. 89/2006)

Art. 127-B. Os reservatórios aéreos deverão atender as disposições da Norma 7505 de Armazenagem
de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis e demais Normas pertinentes. (Redação dada pela LC nº.
89/2006)
§ 1º No caso da descarga ocorrer diretamente para tanques aéreos, a operação de descarga de
combustíveis deverá ser efetuada com a bomba e o veículo localizados em área impermeável dotada de
sistema de drenagem dirigido para caixa de segurança, situada fora da área de descarga e interligada ao
Separador Água e Óleo – SÃO.
§ 2º As instalações dos reservatórios de combustíveis deverão atender às seguintes especificações:
I - Bacia de contenção revestida com material não combustível e que impeça a infiltração de produto
vazado para o solo;
II - O reservatório horizontal deverá ser apoiado de berço, permanecendo acima do nível do solo, de
modo a possibilitar a realização de inspeções;
III - Possuir sistema de aterramento com eficiência comprovada por laudo técnico;
IV - Conjunto moto-bomba do sistema de recalque de produto inflamável deve atender a classificação
elétrica da área e estar localizado em área isolada, fora do limite de enchimento da bacia;
V - Medidores de nível, do tipo magnético ou sistema de bóia.
§ 3º A Bomba, conexões e sistemas de filtragem deverão ser providos de câmaras de contenção
estanque e impermeável.
§ 4º Válvula de segurança (antiabalroamento) nas unidades de abastecimentos ligadas a reservatório
de combustível instalado no nível da pista.

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§ 5º As tubulações enterradas deverão atender às seguintes especificações:
I - Sucção – flexível e não metálica (permeabilidade menor ou igual a 2,0 g/m2.dia);
II - Respiro – parte enterrada; flexível e não metálica (permeabilidade menor ou igual a 2,0 g/m2.dia)
(parte aérea deve ser metálica);
III - Recalque flexível, encamisada e não metálica;
IV - Descarga à distância - flexível e não metálica (permeabilidade menor ou igual a 2,0 g/m2.dia);
V - As tubulações que trabalham sob pressão positiva deverão ser flexíveis, encamisadas e não
metálicas.
§ 6º As tubulações aéreas deverão atender às seguintes especificações:
I - Sucção, recalque, descarga e respiro – metálicas.

Art. 127-C. Os estabelecimentos que apresentarem instalação contrariando o aqui disposto, terão um
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) a contar da publicação da presente Lei para realizarem as devidas
adequações. (Redação dada pela LC nº. 89/2006)
§ 1º Será aplicada multa de R$ 5.320,00 (cinco mil trezentos e vinte reais) pelo descumprimento de
qualquer exigência estabelecida na presente Lei e acrescida de R$ 266,00 (duzentos e sessenta e seis
reais) por dia em caso de reincidência.

Art. 127-D. A fiscalização do cumprimento da presente Lei ficará a cargo da Secretaria Municipal
competente. (Redação dada pela LC nº. 89/2006)

CAPÍTULO VII
DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA, LAVAGEM, LUBRIFICAÇÃO, PINTURA PULVERIZADA OU
VAPORIZADAS E SIMILARES

Art. 128 - Os serviços de limpeza, lavagem, lubrificação, pulverização ou outro que produzam
partículas em suspensão, serão realizados em compartimento devidamente fechado e de modo que se
evite o arrasto das substâncias em suspensão para o exterior.
Parágrafo único - Fica excetuada da exigência deste artigo a lavagem de veículos, desde que obedeça
a distância mínima de 10,00m (dez metros) dos logradouros públicos e 5,00m (cinco metros) das divisas.

Art. 129 - O lançamento de água servida no sistema de drenagem de águas pluviais fica condicionado
a tratamento prévio realizado em conformidade com as especificações técnicas do órgão municipal
competente.

CAPÍTULO VIII
DOS ESTACIONAMENTOS E GARAGENS

Art. 130 - O estacionamento ou garagem em lote vago será licenciado desde que o terreno esteja de
acordo com as prescrições do CAPÍTULO III - do Titulo II deste código e tenham pavimentação permeável,
com adequada captação de águas pluviais.
Parágrafo único - Os locais de acesso devem ser mantidos livres e desimpedidos, sendo obrigatória a
instalação de alarme sonoro e visual para os que transitam na calçada.

CAPÍTULO IX
DOS LOCAIS DE REUNIÃO

Art. 131 - Locais da reunião, para os efeitos deste código, são os espaços, edificados ou não, onde
possam ocorrer aglomerações ou afluência de público.

Art. 132 - De acordo com as características de suas atividades os locais de reunião classificam-se em:
I - esportivo;
II - cívico e cultural;
III - recreativo ou social;
IV - religioso;
V - eventual (parques de diversões, feiras, circos e congêneres).

Art. 133 - Nos locais de reuniões públicas serão observadas as seguintes disposições, além das
estabelecidas pelo Código de Obras:

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I - tanto os recintos de entrada como os de espetáculos serão mantidos limpos;
II - logo acima de todas as portas de saída deverá haver a inscrição "SAÍDA", legível a distância;
III - os aparelhos destinados a renovação do ar deverão ser conservados e mantidos em perfeito
funcionamento;
IV - deverão ser tomadas as precauções necessárias para evitar incêndios;
V - o mobiliário deverá ser mantido em perfeito estado de conservação.

Art. 134 - A armação de circos, parques de diversões e feiras, cobertas ou ar livre só será permitida
em locais previamente determinados pelo Executivo Municipal e devidamente acompanhado de laudo
técnico, quando a segurança, sob responsabilidade de Engenheiro de Segurança do Trabalho, desde que
não cause transtornos a hospitais, asilos, escolas e congêneres.
§ 1º - Os locais de que trata este artigo deverá oferecer condições seguras de evacuação de pedestres
e veículos e facilidade de estacionamento, mediante parecer favorável do órgão municipal competente.
§ 2º - A autorização de funcionamento dos circos, parques de diversões e feiras dependera de vistoria
previa de todas as suas instalações pelo órgão municipal competente, da apresentação de laudo técnico
quando a resistência e segurança de seus equipamentos, e não poderá ser concedida por prazo superior
a 60 (sessenta) dias.
§ 3º - Ao conceder ou renovar a autorização, o órgão municipal poderá estabelecer as restrições que
julgar convenientes, no sentido de garantir a ordem e segurança dos divertimentos e o sossego da
vizinhança.
§ 4º - Para a realização de espetáculos circenses são necessários os atendimentos das condições que
serão direcionadas pelo corpo de bombeiros, conforme preceitua o artigo 17 das disposições finais e
transitórias da Lei Orgânica do Município.

Art. 135 - A licença para a instalação de circo com capacidade igual ou superior a 300 (trezentas)
pessoas ficará condicionada a aprovação prévia pelos órgãos competentes, dos projetos de instalação
elétrica, saneamento e de escoamento de público, sob a responsabilidade de engenheiro de segurança
do trabalho.

Art. 136 - É obrigatória afixar nos locais de acesso ao público o horário de funcionamento, preço dos
ingressos, lotação máxima e limite de idade permitidos.
§ 1º - Os programas anunciados deverão ser executados integralmente, não podendo os espetáculos
se iniciarem em hora diversa da marcada.
§ 2º - Não poderão ser vendidos ingressos por preço superior ao anunciado, nem em número
excedente a lotação permitida.

CAPÍTULO X
DAS DIVERSÕES ELETRÔNICAS

Art. 137 - É obrigatória a afixação, em local visível, das restrições firmadas pelo Juizado de Menores
quanto a horário e freqüência do menor, nos estabelecimentos com diversões eletrônicas.

CAPÍTULO XI
DAS FEIRAS LIVRES

Art. 138 - As feiras constituem centro de exposições, produção e comercialização de produtos


alimentícios, bebidas, artesanatos, obras de arte, livros, animais domésticos de pequeno porte, peças
antigas e similares.

Art. 139 - Compete ao Executivo Municipal aprovar, organizar, supervisionar, orientar, dirigir, promover
assistir, fiscalizar a instalação, funcionamento e atividade de feiras, bem como articular-se com os demais
órgãos envolvidos no funcionamento das mesmas.
Parágrafo único - A organização, promoção e divulgação de feira, poderá ser delegada a terceiros a
critério do Executivo Municipal.

Art. 140 - O Executivo Municipal estabelecerá os regimentos que regulamentarão o funcionamento das
feiras, considerando sua tipicidade.
Parágrafo único - Além de outras normas, os regimentos definirão:
I - dia, horário e local de instalação e funcionamento da feira;

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II - padrão dos equipamentos a serem utilizados;
III - produtos a serem expostos ou comercializados;
IV - as normas de seleção e cadastramento dos feirantes.

Art. 141 - As feiras deverão atender as disposições do Título III - "Da Higiene e Saúde Pública".

Art. 142 - Aos feirantes compete:


I - cumprir as normas deste Código e do Regulamento de Feiras;
II - expor e comercializar exclusivamente no local e área demarcada pelo Executivo Municipal;
III - não utilizar letreiro, cartaz, faixa e outro processo de comunicação visual; sem prévia expressa
autorização do Executivo Municipal;
IV - apresentar seus produtos e trabalhos em mobiliário padronizado pelo Executivo Municipal;
V - não utilizar aparelho sonoro ou qualquer forma de propaganda que tumulto e a realização da feira
ou agrida sua programação visual;
VI - zelar pela conservação de jardim, monumento e mobiliário urbano existente, na área de realização
das feiras;
VII - respeitar o horário de funcionamento da feira;
VIII - portar carteira de inscrição e de saúde e exibi-las quando solicitado pela fiscalização;
IX - afixar em local visível ao público o número de sua inscrição.
Parágrafo único - Em feira de abastecimento, é obrigatória a colocação, de preços nas mercadorias
expostas, de maneira visível e de fácil leitura.

Art. 143 - A feira realizada sempre em área fechada ao trânsito de veículos.

Art. 144 - Fica facultado ao Executivo Municipal o direito de transferir, modificar, adiar, suspender,
suprimir ou restringir a realização de qualquer feira, em virtude de:
I - impossibilidade de ordem técnica, material, legal ou financeira para sua realização;
II - desvirtuamento de suas finalidades determinantes;
III - distúrbios no funcionamento da vida comunitária da área onde se localizar.

Art. 144-A. O Poder Executivo através do órgão competente instalará banheiros químicos para o sexo
feminino e masculino nas feiras livres. (Acrescentado pela LC nº. 221/2013)
§ 1º A disponibilização dos banheiros químicos especificados no caput abrangerá o período integral
de realização das feiras livres, incluindo o período de montagem e instalação das barracas e serão
instalados em local contíguo à área destinada à realização da feira livre.
§ 2º No local haverá ampla sinalização sobre a disponibilidade desse equipamento.
§ 3º Caberá à Prefeitura instalar e retirar os banheiros químicos quando do início e do término do
evento, garantindo a limpeza da área.

Art. 144-B. A quantidade de banheiros será estabelecida em regulamento, observados critérios de


proporcionalidade que levem em conta, especialmente, a quantidade de feirantes cadastrados e público
estimado de frequentadores. (Acrescentado pela LC nº. 221/2013)

CAPÍTULO XII
DOS MERCADOS MUNICIPAIS

Art. 145 - Mercado de abastecimento e o estabelecimento destinado a venda, a varejo, de todos os


gêneros alimentícios e, subsidiariamente, de objetos de uso doméstico de primeira necessidade.

Art. 146 - Compete exclusivamente ao Executivo Municipal, organizar, supervisionar, orientar, dirigir,
promover, assistir e fiscalizar a instalação e funcionamento de mercados de abastecimento.
Parágrafo único - O Executivo Municipal poderá celebrar convênios com terceiros para fazer a
construção, exploração ou operação de mercados de abastecimento, observadas as prescrições deste
Capítulo.

Art. 147 - Os mercados obedecerão ao presente código, em especial o Titulo III - "Da Higiene e Saúde
Pública".

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
Art. 148 - O Executivo Municipal elaborará os regulamentos dos Mercados Municipais, normatizando
seus funcionamentos e os enviarão ao Legislativo Municipal para suas apreciações e votação.
Parágrafo único - Além de outras normas pertinentes, os regulamentos definirão:
I - dia e horário de funcionamento;
II - padrão do mobiliário a ser utilizado;
III - produtos a serem comercializados.

Art. 149 - Ao comerciante do mercado de abastecimento compete:


I - comercializar, exclusivamente, o produto licenciado;
II - não utilizar letreiro, cartaz, faixa e outros processos de comunicação visual sem prévia e expressa
autorização do Executivo Municipal;
III - obedecer aos dias e horários estabelecidos para funcionamento;
IV - não utilizar aparelhos sonoros ou qualquer forma de propaganda que agrida a programação visual;
V - zelar pela conservação de jardim, monumento e mobiliário urbano existente no entorno;
VI - portar carteira de inscrição, de saúde e exibi-las quando solicitado pela fiscalização;
VII - afixar os preços das mercadorias expostas, de forma visível, de fácil leitura;
VIII - manter a loja, boxe e mobiliário dentro dos padrões fixados pelo órgão municipal e em adequado
estado de higiene e limpeza, assim como as áreas adjacentes;
IX - acondicionar em saco de papel, invólucro ou vasilhame apropriado, a mercadoria vendida;
X - cuidar do próprio vestuário e do seus prepostos.

CAPÍTULO XIII
DOS RESTAURANTES, BARES, CAFÉ E SIMILARES

Art. 150 - Os restaurantes, bares, cafés e similares deverão atender, além das exigências deste
Capítulo, as contidas no Título III- "Da Higiene e Saúde Pública".

Art. 151 - Os restaurantes, cafés e similares são obrigados a afixar em local visível ao público, a tabela
de preços de seus produtos e serviços. (Redação dada pela LC nº. 57/2003)

Art.151-A –Os bares ou similares são obrigados a afixar, em local visível ao público os seguintes
documentos: (Incluído pela LC nº. 57/2003)
I – tabela de preços de seus produtos e serviços;
II – alvará de funcionamento da Prefeitura Municipal de Campo Grande;
III – licença do serviço de vigilância sanitária da Secretaria Municipal de Saúde;
IV – laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros;
V – aviso de advertência quanto à proibição de venda de bebidas alcóolicas a menores de 18 (dezoito)
anos. (Incluído pela LC nº. 57/2003)
VI - Alvará expedido pela Delegacia Especializada de Ordem Política e Social – DEOPS.(Acrescentado
pela LC nº. 316/2018)

Art. 152 - O uso de calçada para colocação de mesas e cadeiras em frente a restaurante, bar, café e
similar, depende de licença previa do órgão municipal competente.
Parágrafo único - O pedido de licença deverá ser acompanhado de planta do estabelecimento
indicando, a testada, a largura da calçada, o número e a disposição das mesas cadeiras.

Art. 153. O uso de calçada para colocação de mesas e cadeiras pelos estabelecimentos de que trata
este capítulo, só será permitido quando forem cumpridas as seguintes exigências: (Redação dada pela
LC nº. 134/2009)
I - estejam dispostas em passeio de largura nunca inferior a 2,40 m (dois metros e quarenta
centímetros); (Redação dada pela LC nº. 134/2009)
II - ocupem apenas parte da calçada correspondente a testada do estabelecimento para o qual
licenciadas;
III - apresentem autorização expressa dos ocupantes dos imóveis limítrofes, nos casos em que as
mesas e cadeiras dispostas extrapolem a testada do estabelecimento licenciado; (Redação dada pela LC
nº. 134/2009)
IV - seja reservada a faixa mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) destinadas ao trânsito de
pedestres, atendendo aos padrões mínimos de acessibilidade; (Redação dada pela LC nº. 134/2009)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
V - não obstrua ou dificulte a entrada e saída de veículos a acessos autorizados; (Redação dada pela
LC nº. 134/2009)
VI - atendam à regulamentação da presente Lei Complementar a ser expedida pelo Poder Executivo
Municipal que definirá os horários de acordo com a peculiaridade da localidade e da região. (Redação
dada pela LC nº. 134/2009)
§ 1º Os estabelecimentos comerciais que reservem faixa mínima de 2,00 m (dois metros) para
acessibilidade, não estarão sujeitos à restrição de horário. (Acrescentado pela LC nº. 134/2009)
§ 2º A condição elencada no inciso I, não será exigida nos casos em que os estabelecimentos estejam
situados fora do perímetro compreendido entre a Avenida Calógeras e a Rua Bahia, Fernando Corrêa da
Costa e Avenida Mato Grosso. (Acrescentado pela LC nº. 134/2009)

Art. 153-A. É de uso obrigatório crachás de identificação de seguranças que prestam serviços em
restaurantes, bares, café e similares situados no Município de Campo Grande-MS. (Acrescentado pela
LC nº. 123/2008)
Parágrafo único. No crachá de identificação deverá conter:
I - nome completo;
II - foto;
III - cargo que ocupa;
IV - Nome da empresa responsável pelo funcionário, se terceirizada.

TÍTULO VII
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 154 - Constitui infração toda ação ou omissão contrária as disposições deste código ou de outras
Leis ou atos baixados pelo Executivo Municipal, no uso de seu poder de polícia.

Art. 155 - Será considerado infrator todo aquele que cometer ou mandar, constranger ou auxiliar
alguém a praticar infração ou seu representante legal.

CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES

Art. 156 - Sempre que se verificar a infração de qualquer dispositivo deste Código, sem prejuízo das
sanções de natureza civil ou penal cabíveis, serão aplicadas as seguintes penalidades:
I- Notificação por escrito; (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
II – Multa simples ou diárias; (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
III – Apreensão; (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
IV – Inutilização de Produtos; (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
V – Interdição parcial ou total do estabelecimento ou atividade; (Redação dada pela LC nº. 08/1996)
VI – Embargos da obra; (Incluído pela LC nº. 08/1996)
VII – Cassação imediata do alvará de licenciamento do estabelecimento; (Incluído pela LC nº. 08/1996)
VIII – Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Município; (Incluído pela
LC nº. 08/1996)
Parágrafo Único – As penalidades que trata este artigo, poderão ter sua exigibilidade suspensa quando
o infrator por termo de compromisso aprovado pela autoridade que aplicou a penalidade, se obrigar à
adoção imediata de medidas específicas para cessar e corrigir a poluição sonora emitida. Cumpridas as
obrigações assumidas pelo infrator, a multa poderá ter uma redução de até 90% (noventa por cento) do
valor original. (Redação dada pela LC nº. 08/1996)

Art.156-A. A penalidade de revogação de autorização para o exercício de atividade de postos de


serviços e de abastecimento de veículos será aplicada quando a pessoa jurídica autorizada já tiver sido
punida com a pena de suspensão temporária, total ou parcial, de funcionamento e estabelecimento ou
instalação, pelo comércio de petróleo, seus derivados e bicombustíveis fora de especificações técnicas,
com vícios de qualidade ou quantidade, inclusive aqueles decorrentes da disparidade com as indicações
constantes do recipiente, ou rotulagem, que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor. (Acrescentado pela LC nº. 155/2010)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
§ 1º A revogação de autorização inabilita o estabelecimento à prática de atividade de postos de
serviços e de abastecimento de veículos e implicará:
I - quanto aos integrantes ou representantes legais do estabelecimento penalizado:
a) no impedimento de exercerem o mesmo ramo de atividade, ainda que como administradores;
b) na proibição de concessão de alvará de funcionamento para nova empresa, no mesmo ramo de
atividade.
§ 2º Para efeitos desta Lei, consideram-se, também, representantes legais da empresa o preposto ou
mandatário, ainda que temporariamente ou a qualquer título.
§ 3º Consideram-se também representantes legais sócios, pessoas físicas ou jurídicas, em comum ou
separadamente, do estabelecimento penalizado.
§ 4º As restrições previstas neste artigo prevalecerão pelo prazo de dez anos contados da data do
cancelamento nas situações do art. 156-A”.

Art. 157 - Quando o mesmo fato poderá ser punido com duas ou mais penalidades de natureza diversa,
ou com multas de diferentes valores, será aplicada a mais onerosa.

Art. 158 - O Executivo Municipal definirá as áreas de aplicação prioritária dos artigos 16 e 18 deste
Código, levando em conta os aspectos urbanísticos, e o de densidade de circulação de pedestres.

Art. 159 - A multa consistirá na obrigação de pagar certa em dinheiro.

Art. 160 - A multa será sempre aplicável, qualquer que seja a infração, podendo também ser cumulada
com as demais penalidades previstas no artigo 156.

Art. 161 - As multas terão o valor de 01 (uma) a 500 (quinhentas) vezes o valor da Unidade Fiscal de
Campo Grande - UFIC, aplicadas de acordo com o quadro constante do Anexo II, observado o disposto
quanto a reincidência.
Parágrafo único - Na aplicação da multa deverão ser observadas as circunstâncias em que a infração
tenha sido cometida, sua gravidade e as consequências que possa produzir.

Art. 162 - No caso de reincidência no cometimento da infração, a multa será aplicada em dobro.
§ 1º - Verifica-se a reincidência sempre que o infrator cometer nova infração, transgredindo pelo qual
já tenha sido autuado e punido, em ocasiões sucessivas.
§ 2º - Para efeito de reincidência não prevalece a infração anterior se entre a data da autuação e a
segunda infração tiver transcorrido prazo superior a 01 (um) ano.

Art. 163 - A multa prevista para infração aos artigos 16 e 18 será aplicada cumulativamente a cada 30
(trinta) dias até que seja sanada a irregularidade.

Art. 164 - A apreensão consistirá na tomada dos objetos, produtos, mercadorias ou animais que
constituem a infração ou com os quais seja praticada, e o respectivo recolhimento a depósito designado
pelo órgão municipal competente.
§ 1º - Toda apreensão deverá constar do auto lavrado pela autoridade competente, com descrição
circunstanciada do que for apreendido.
§ 2º - Na hipótese de apreensão de animal, o mesmo deverá ser identificado pelos seus sinais
característicos.

Art. 165 - No caso de apreensão de bens, produtos, mercadorias ou animais, os mesmos poderão ser
liberados, a pedido do interessado, no prazo estipulado pelo órgão competente, mediante a quitação da
multa aplicada, das despesas decorrentes da apreensão e comprimento, de outras eventuais sanções
impostas.
§ 1º - Ao animal apreendido e não retirado no prazo estipulado será dada a finalidade julgada
conveniente pelo órgão da Administração Pública Municipal:
§ 2º - No caso de apreensão de animal portador de doença transmissível em via pública, o mesmo
deverá ser obrigatoriamente sacrificado, sem que se possa pleitear sua liberação.
§ 3º - Caso os bens, produtos e mercadorias apreendidas não sejam retirados dentro do prazo
determinado pelo órgão municipal competente, este promoverá a venda dos mesmos em hasta pública,
sendo a importância apurada aplicada na indenização das multas e despesas de que trata este artigo,
entregando-se qualquer saldo ao proprietário, mediante requerimento devidamente instruído e

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processado, que deverá ser entregue ao Serviço de Protocolo Geral até 48 (quarenta e oito) horas após
a realização da hasta pública.
§ 4º - No caso de apreensão de material ou mercadoria perecível, o prazo para reclamação ou retirada
será de 24 (vinte e quatro) horas e, expirado esse prazo, se os referidos produtos ainda forem próprios
para o consumo humano, poderão ser doados a instituições de assistência social, sem fins lucrativos,
sem qualquer direito a indenização ao proprietário.
§ 5º - Caso não haja arrematante na hasta pública realizada, não haverá direito a qualquer indenização
para o interessado e as mercadorias apreendidas será dado o destino que a Administração julgar
conveniente, podendo utilizá-los em suas próprias atividades ou para finalidades assistenciais, sem fins
lucrativos.

Art. 166 - A inutilização consistirá na destruição de produtos, alinhamentos, mercadorias ou


instrumentos de uso proibido, imprestáveis ou nocivos ao consumo, sem que o proprietário faça jus a
qualquer indenização.

Art. 167 - A interdição consistirá na suspensão de uso ou funcionamento, de estabelecimentos,


atividades, habitações, equipamentos ou aparelhos quando:
I- poder constituir perigo a saúde, higiene e segurança, bem estar do públicos ou das pessoas que
frequentem o local;
II- poder causar dano ao patrimônio público;
III - estiver funcionando sem a respectiva licença e demais autorizações exigidas por lei, ou em
desacordo com as disposições destas, ou com infrações a exigências deste código.

Art. 168 - A interdição será precedida da intimação de que trata o inciso VI do artigo 172 deste Código,
pela qual o infrator poderá sanar a irregularidade, no prazo máximo de até 5 (cinco) dias úteis, a ser
estabelecido pelo agente da fiscalização, conforme a gravidade da infração e suas consequências.
Parágrafo único - A interdição será aplicada de imediato, dispensando-se a intimação de que trata este
artigo, em caso de reincidência ou se a infração for de tal gravidade que possa causar danos irreparáveis
aos interesses em proteção.

Art. 169 - Não sendo atendida a intimação ou verificada a hipótese de sua dispensa, será lavrado o
respectivo termo de interdição, que fará parte integrante do auto de infração e conterá obrigatoriamente,
o prazo e as exigências para regularização.
Parágrafo único - A interdição somente será suspensa após o cumprimento das exigências
estabelecidas no auto.

Art. 170 - O não atendimento das exigências estabelecidas com a determinação da interdição implicará
na cassação da permissão de funcionamento.

CAPÍTULO III
DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA E DO AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 171 - Preliminarmente a autuação, a critério da Administração, poderá ser expedida uma
notificação prévia ao infrator, para que este, no prazo determinado, tome as providências cabíveis no
sentido de sanar as irregularidades.
§ 1º - No caso de infração aos artigos 16 e 18 deste código, a notificação prévia poderá ser feita por
edital publicado em Diário Oficial e em jornal de grande circulação no Município, por 3 (três) vezes
consecutivas, contendo apenas os nomes das ruas que formam o perímetro da área onde se encontra o
lote com as especificações das quadras.
§ 2º - A notificação previa poderá ser suprimida conforme a conveniência da Administração,
especialmente nas hipóteses de reincidência ou de infração que possa importar em risco a segurança,
higiene, saúde ou bem-estar públicos.

Art. 172 - Esgotado o prazo na notificação, sem que as irregularidades tenham sido supridas, ou
verificada a hipótese de dispensa desta, será lavrado de imediato pelo funcionário da fiscalização
municipal o respectivo auto, em modelo a ser determinado pelo Executivo Municipal, em flagrante ou não,
do qual constará obrigatoriamente:
I - hora, dia, mês, ano e local da infração;
II - nome do infrator, sua profissão, idade, estado civil e residência;

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
III - descrição sumária dos fatos, o dispositivo infringido, a penalidade aplicada e a circunstância de
ser ou não reincidente o infrator;
IV - nome e assinatura de quem efetuou a lavratura;
V - assinatura do infrator ou a menção de sua recusa em fazê-lo;
VI - a intimação do infrator para pagar as multas devidas e, eventualmente, cumprir disposições legais,
ou apresentar defesa nos prazos previstos.
§ 1º - Quando o infrator não for encontrado no local da infração para a intimação de que trata o inciso
anterior, a mesma será feita através de edital publicado em uma única vez em Diário Oficial e em jornal
de grande circulação no Município.
§ 2º - Em se tratando de infrações aos artigos 16 e 18 deste código a intimação poderá ser feita apenas
pela menção dos nomes das ruas que formam o perímetro da área onde se encontra o lote.
§ 3º - Na hipótese de infração aos artigos 16 e 18 esgotados os prazos sem que tenham sido
executados os serviços, a Administração Pública Municipal poder á de acordo com a conveniência dos
serviços, promover a execução dos mesmos, ficando o infrator responsável pelo pagamento de custo
apropriado das obras e serviços, acrescidos de 100% (cem por cento), a título de administração,
independente da aplicação da multa devida, juros e correção monetária e das demais penalidades, sendo
que, em tais casos, o débito poder á ser inscrito na Dívida Ativa, tão logo se torne exigível.

Art. 173 - Sempre que houver resistência a fiscalização, autuação e penalização das infrações
previstas neste código, a Administração Municipal poderá solicitar auxilio a força policial.

CAPÍTULO IV
DO DIREITO DE DEFESA

Art. 174 - O infrator terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados de sua intimação da lavratura do
auto de infração, para apresentar defesa, através de petição escrita devidamente instruída com os
documentos indispensáveis para o julgamento, entregue no Serviço de Protocolo Geral.
Parágrafo Único - a defesa julgada pelo titular da Secretaria encarregada de sua autuação, no prazo
máximo de 10 (dez) dias úteis, e o extrato da decisão será publicado em Diário Oficial, para intimação do
infrator.

Art. 175 - Das decisões proferidas pelos Secretários caberá recurso a Junta de Recursos do Município
de Campo Grande, que deverá ser interposto no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da intimação de
que trata o parágrafo único do artigo anterior.

Art. 176 - A apresentação de defesa ou de recurso não suspenderá a aplicação das penas de interdição
e cassação de licença.

Art. 177 - Não sendo apresentada defesa no prazo fixado, ou sendo esta julgada insubsistente, o
infrator terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para cumprir a obrigação de fazer ou não fazer eventualmente
imposta, e recolher a multa aplicada.

Art. 177- A – Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a firma convênio com a Secretaria de Estado
de Segurança Pública, com vistas ao exercício da fiscalização pertinente às normas específicas aos bares
e similares. (Incluído pela LC nº. 57/2003)

Art.177- B – Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a criar o serviço de “DISQUE-DENÚNCIA”


visando garantir o melhor cumprimento das normas de fiscalização específicas aos bares ou similares.
(Incluído pela LC nº. 57/2003)

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 178 - Ato do Executivo Municipal regulamentará, no que couber as disposições desta Lei.

Art. 179 - Faz parte integrante deste Código um Glossário contendo as expressões técnicas utilizadas
(Anexo I).

Art. 180 - Esta lei entra em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação.

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Parágrafo único - Durante o período de vacância, o Executivo remeterá ao Legislativo, projeto de Lei
que institui o Código Administrativo de processo fiscal de Campo Grande-MS.

Art. 181 - Revogam-se as disposições da Lei nº 1.096, de 04.12.67 e as demais disposições em


contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE, 28 DE JULHO DE 1992.

LÚDIO MARTINS COELHO - Prefeito Municipal

ANEXO I
GLOSSÁRIO

ABRIGO PARA PASSAGEIROS DE TRANSPORTE PÚBLICO - Estrutura colocada nas calçadas, em


pontos de embarque ou desembarque de passageiros de condução coletiva, destinada a protege-los das
intempéries.

ÁGUA SERVIDA - Água que, após cumprir determinada função ou uso, sai do sistema de
abastecimento e não torna a ingressar nele.

ÁGUAS SUPERFICIAIS - Águas de chuva.

ALINHAMENTO - Linha determinada pelo Município como limite do lote ou terreno com logradouros
públicos existentes ou projetados.

ANDAIME - Plataforma elevada, suportada por meio de estrutura provisória de sustentação que
permite executar, com segurança, trabalhos de construção, demolição, reparos e pinturas.

ARMÁRIO DE CONTROLE ELETRO-MECÂNICO E TELEFONIA - Dispositivo destinado a suportar e


abrigar blocos, que possibilitem a interconexão de cabos da rede alimentadora com os cabos da rede de
distribuição.

BANCAS DE JORNAIS - Estrutura instalada em determinados pontos das vias urbanas destinada ã
venda de publicações periódicas.

CABINE PÚBLICA - Compartimento utilizado pelo Poder Público, situado nos passeios, destinado a
prestar serviços de interesse coletivo.

CABINE TELEFÔNICA - Pequeno compartimento desmontável, reservado para comunicações


telefônicas, localizado em certos pontos das vias urbanas.

CAIXA DE CORREIO - -Recipiente cuja finalidade é receber correspondência a ser expedida, colocado
em certos pontos das vias urbanas.

CALÇADA - -Caminho destinado ao uso de pedestres, situado nos logradouros públicos, geralmente
mais elevado nas laterais das vias.

CANTEIRO - -Parte da via urbana guarnecida de plantas, flores ou relva, delimitada por guias.

COLETOR DE LIXO PÚBLICO - Caixa coletora de lixo descartado por transeuntes, instalada em
passeios, praças e parques.

CRUZAMENTO VIÁRIO - Ponto onde se encontram ou se cruzam duas ou mais vias.

DEFENSA DE PROTEÇÃO – Dispositivo colocado sobre as calçadas a fim de impedir o acesso ou


invasão de veículos.

EDIFICIO-GARAGEM - -Empreendimento de base comercial e de serviços destinado exclusivamente


a guarda ou estacionamento de veículos automotores.

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ENTORNO - -Área envoltória de bens protegidos, construída por paisagens naturais ou edificadas, que
possuem relação de impacto com o bem e assegurem a escola volumétrica compatível para a ambiência
e a visibilidade do mesmo e delimitada por poligonal.

ANEXO II
TABELA DE MULTAS

Valor * 350 250 150 50 25 10 1 0,5 0,01


da a a a a a a a a a
Multa 500 400 300 200 100 50 20 ** ***
40 42 21 18-A 6° 5° 9º 16
54 55, §3° 22 26 8° 11 13 18
74-B 101-A 25 29-F 12 23 14 24,§
118 44 30 43 53, §1º 53, §3º 2º
122 45 34 55, §1° 56 59
123 53, §2° 35 58 61 63
124 60 37 65, I 65, III 69
133 67 38 65, II 65, IV 73, §2º
134 68 39 66,Caput 65, 74
136 79 41 87 §único 95, II
80 55, 2§º 89 66, 95, IV
84 62 98, IV §único 98, II
ARTIGOS

85 73,Caput 113 70 98, VI


99 75 140 73, §1º 101
102 77 151 90 108, §1º
126 82 91 142
127 86 95, I 149
128 98, VII 95, III
129 114 95, V
130 115 95, VI
152 98, I
153 98, III
98, V
103
109
110
111
* EM IPCA-E
** POR METRO DE TESTADA
*** POR M² DE ÁREA

EQUIPAMENTO SINALIZADOR - Sinal convencional para orientação do trânsito, seja por meio de
placas, ou seja, por meio de semáforos.

EQUIPAMENTO SOCIAL URBANO - - Equipamentos de educação, saúde, cultura, lazer e similares.

ESCALA - Relação entre as dimensões dos elementos representados num desenho cartográfico e as
correspondentes dimensões na natureza.

EXPLOSIVOS – Corpos de composição química definida, ou misturas de compostos químicos que,


sob a ação do calor, atrito, choque, percussão, faísca elétrica ou qualquer outra causa, produzam reações
exotérmicas instantâneas dando em resultado formação de gases superaquecidos cuja pressão seja
suficiente para destruir ou a pessoa ou as coisas.

GRELHA - Grade de ferro.

HABITE-SE - Documento expedido por órgão competente, em vista da conclusão da edificação,


autorizando seu uso ou ocupação.

INDICADOR DE NOMENCLATURA URBANA - Sinal indicativo do nome que as vias de uma cidade
recebem para sua respectiva identificação.

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JARDINEIRA - Mobiliário onde se plantam flores ou pequenos arbustos.

LAUDO TÉCNICO – Documento escrito, fundamentado, no qual são registrados os estudos,


observações e conclusões de uma perícia ou inspeção, elaborado por profissional habilitado.

LICENÇA - Permissão outorgada pela autoridade competente para realização de uma determinada
atividade ou empreendimento previsto em lei.

LIXO DOMICILIAR - Detritos e resíduos produzidos pela ocupação de imóveis públicos ou particulares,
residenciais ou não.

LIXO PÚBLICO - - Resíduos sólidos resultantes das atividades da limpeza urbana, executadas em
passeios, vias e logradouros públicos e do recolhimento dos resíduos depositados em cestos públicos.

LOGRADOURO PÚBLICO – Espaço livre reconhecido pela municipalidade, destinado ao trânsito,


trafego, comunicação ou lazer público.

MEIO-FIO - Elemento destinado a separar o leito da via pública do passeio.

MOBILIÁRIO URBANO - Artefatos que interferem na paisagem urbana, instalados nos logradouros e
destinados ao uso público, tais como caixas de correspondência, telefones públicos, bancas de jornais,
caixas coletoras de lixo, bancos e jardineiras nas calçadas, postes de iluminação e de sinalização, bancos
em praças e jardins e cabines diversas.

MURO - Elemento sustentaste que serve para fechar um terreno.

PAINEL DE INFORMAÇÃO - Dispositivo para fixação e proteção de quadros contendo informações do


interesse da população.

PAISAGEM URBANA - Conjunto de manifestações físicas do espaço urbano, resultante do trabalho


de construção e ordenamento da sociedade no seu processo de apropriação no seu processo da
natureza.

QUIOSQUE - Abrigo ou ornamentação de parques, praças ou jardins, utilizado para venda de flores,
cigarros e congêneres.

RAMPA - Superfície inclinada que constitui, dentro ou fora dos edifícios, elemento de circulação
vertical.

RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS - - Aqueles cuja produção diária exceda o volume ou peso fixados
para a coleta regular ou os que, por sua composição qualitativa e/ou quantitativa, requeiram cuidado
especiais em pelo menos uma das seguintes fases: acondicionamento, coleta, transporte e disposição
final.

TAPUME - Vedação provisória, feita de madeiras, folhas de zinco ou asbesto, colocada ao redor do
terreno onde se constrói.

TESTADA - É a medida da frente do lote que o separa do logradouro público.

TRÂNSITO - Movimentação de pessoas e veículos públicos ou particulares, de carga ou coletivos.

VIA - É o espaço organizado destinado à circulação de veículos ou pedestres.

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Questões

01. Nos termos da Lei nº.2.909/92, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de
Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

É proibido a colocação de objetos ou dispositivos delimitadores de estacionamento e garagens, salvo


os colocados pelo órgão municipal competente.
( ) Certo ( ) Errado

02. Nos termos da Lei nº.2.909/92, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de
Campo Grande/MS, julgue os itens abaixo:

É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres pelos seguintes meios:


I - conduzir, pelas calçadas, volumes que pelo seu porte causem transtornos;
II - dirigir ou conduzir, pelas calçadas, veículos de qualquer espécie;
III - conduzir animais de qualquer espécie, bravios ou não, sem a necessária precaução.

Estão corretos os itens:


(A) I e II
(B) II e III
(C) somente o III
(D) somente o II
(E) Todos os itens

03. Nos termos da Lei nº.2.909/92, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de
Campo Grande/MS, os painéis de informação são considerados mobiliários de pequeno porte.
( ) Certo ( ) Errado

04. Nos termos da Lei nº.2.909/92, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de
Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

Fica permitida a instalação de cercas energizadas destinadas a proteção de perímetro de imóveis no


Município de Campo Grande, mediante licença da Secretaria Municipal competente.
( ) Certo ( ) Errado

05. Nos termos da Lei nº.2.909/92, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de
Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

No caso de apreensão de material ou mercadoria perecível, o prazo para reclamação ou retirada será
de 24 (vinte e quatro) horas, sendo que, expirado esse prazo, os referidos produtos serão
automaticamente descartados.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.Certo / 02.E / 03.Errado / 04.Certo / 05. Errado

Comentários

01. Resposta: Certo


Art. 9º - É proibido a colocação de objetos ou dispositivos delimitadores de estacionamento e garagens,
salvo os colocados pelo órgão municipal competente.

02. Resposta: E
Art. 13 - É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres pelos seguintes meios:
I - conduzir, pelas calçadas, volumes que pelo seu porte causem transtornos;
II - dirigir ou conduzir, pelas calçadas, veículos de qualquer espécie;
III - conduzir animais de qualquer espécie, bravios ou não, sem a necessária precaução.

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03. Resposta: Errado
Art. 32 - Considera-se mobiliário urbano de grande porte:
I - abrigos para passageiros de transporte público;
II - bancas de jornais e revistas;
III - cabines públicas;
IV - canteiros e jardineiras;
V - painéis de informação;
VI - quiosques;
VII - termômetros e relógios públicos;
VIII - toldos;
IX - parques infantis e monumentos.

04. Resposta: Certo


Art. 29 - A - Fica permitida a instalação de cercas energizadas destinadas a proteção de perímetro de
imóveis no Município de Campo Grande, mediante licença da Secretaria Municipal competente.

05. Resposta: Errado


Art. 165 – (...)
§ 4º - No caso de apreensão de material ou mercadoria perecível, o prazo para reclamação ou retirada
será de 24 (vinte e quatro) horas e, expirado esse prazo, se os referidos produtos ainda forem próprios
para o consumo humano, poderão ser doados a instituições de assistência social, sem fins lucrativos,
sem qualquer direito a indenização ao proprietário.

10.Lei Federal de aplicação local: a. Mei: Lei Complementar 128/2008 b. Simples


Nacional: Lei Complementar 123/2006

Prezado (a) candidato a Lei Complementar 123 de 2006, foi devidamente atualizada de acordo
com as alterações da LC 128 de 20008 e já foi tratada em Direito Tributário.

c. Resolução 140/2018 CGSN

RESOLUÇÃO CGSN Nº 140, DE 22 DE MAIO DE 20187

Dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

O Comitê Gestor do Simples Nacional, no exercício das competências que lhe conferem a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, o Decreto nº 6.038, de 7 de fevereiro de 2007, e o
Regimento Interno aprovado pela Resolução CGSN nº 1, de 19 de março de 2007, resolve:

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), e dá
outras providências. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

TÍTULO I
DA PARTE GERAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Das Definições

Art. 2º Para fins desta Resolução, considera-se:


I - microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresária, a sociedade
simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o art. 966 da
7
Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=92278&visao=anotado – acesso em 19.02.2019.

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Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, e a sociedade de advogados
registrada na forma prevista no art. 15 da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, desde que: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, caput; art. 18, § 5º-C, VII)
a) no caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso I)
b) no caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos
e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais); (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso II)
II - receita bruta (RB) o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e
os descontos incondicionais concedidos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, caput e § 1º)
III - período de apuração (PA) o mês–calendário considerado como base para apuração da receita
bruta; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput e § 3º; art. 21, inciso III)
IV - empresa em início de atividade aquela que se encontra no período de 180 (cento e oitenta) dias a
partir da data de abertura constante do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
V - data de início de atividade a data de abertura constante do CNPJ. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 1º Para fins de opção e permanência no Simples Nacional, a ME ou a EPP poderá auferir em cada
ano-calendário receitas no mercado interno até o limite de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais) e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou serviços para o
exterior, inclusive quando realizada por meio de empresa comercial exportadora ou de sociedade de
propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que as receitas de
exportação também não excedam R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 10 e 14)
§ 2º A empresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual ou o limite adicional
para exportação previstos no § 1º fica excluída do Simples Nacional, ressalvado o disposto no § 3º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 9º e 14)
§ 3º Os efeitos da exclusão prevista no § 2º ocorrerão a partir do: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 3º, §§ 9º-A e 14)
I - mês subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada no ano for superior a 20%
(vinte por cento) de cada um dos limites previstos no § 1º; ou
II - ano-calendário subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada no ano não for
superior a 20% (vinte por cento) de cada um dos limites previstos no § 1º.
§ 4º Também compõem a receita bruta de que trata este artigo: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 2º, inciso I e § 6º, e art. 3º, § 1º)
I - o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado
no documento fiscal;
II - as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
III - os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou gozo; e
IV - as verbas de patrocínio.
§ 5º Não compõem a receita bruta de que trata este artigo: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
2º, inciso I e § 6º, e art. 3º, § 1º)
I - a venda de bens do ativo imobilizado;
II - os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no
pagamento de operações ou prestações;
III - a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja incondicional
e não haja contraprestação por parte do destinatário;
IV - a remessa de amostra grátis;
V - os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não
corresponda à parte executada do contrato;
VI - para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, os valores repassados
ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ;
VII - os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.
§ 6º Consideram-se bens do ativo imobilizado, ativos tangíveis: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 2º, inciso I e § 6º; Convênio ICMS nº 64, de 7 de julho de 2006; Resolução CFC nº 1.285, de 18 de
junho de 2010)

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I - que sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para
locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos; e
II – cuja desincorporação ocorra a partir do décimo terceiro mês contado da respectiva entrada.
§ 7º O adimplemento das obrigações comerciais por meio de troca de mercadorias, prestação de
serviços, compensação de créditos ou qualquer outra forma de contraprestação é considerado receita
bruta para as partes envolvidas. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º, e art. 3º, § 1º,
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 533, caput)
§ 8º As receitas decorrentes da venda de bens ou direitos ou da prestação de serviços devem ser
reconhecidas quando do faturamento, da entrega do bem ou do direito ou à proporção em que os serviços
forem efetivamente prestados, o que primeiro ocorrer. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso
I e § 6º e art. 18, § 3º)
§ 9º Aplica-se o disposto no § 8º também na hipótese de valores recebidos adiantadamente, ainda que
no regime de caixa, e às vendas para entrega futura. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I
e § 6º, e art. 18, § 3º)

Seção II
Das Empresas em Início de Atividade

Art. 3º No ano-calendário de início de atividade, cada um dos limites previstos no § 1º do art. 2º será
de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o
início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, considerada a fração de mês como mês
completo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 2º)
§ 1º Se a receita bruta acumulada no ano-calendário de início de atividade, no mercado interno ou em
exportação para o exterior, for superior a qualquer um dos limites a que se refere o caput, a empresa
estará excluída do Simples Nacional e deverá pagar a totalidade ou a diferença dos respectivos tributos
devidos em conformidade com as normas gerais de incidência. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
3º, § 10)
§ 2º Os efeitos da exclusão prevista no § 1º: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 10 e 12)
I - serão retroativos ao início de atividade se o excesso verificado em relação à receita bruta acumulada
for superior a 20% (vinte por cento) dos limites previstos no caput;
II - ocorrerão a partir do ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta
acumulada não for superior a 20% (vinte por cento) dos limites previstos no caput.
§ 3º Na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, os
limites de receita bruta: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 2º)
I - para fins de opção, serão os previstos no caput deste artigo; e
II - para fins de permanência no Regime, serão os previstos no § 1º do art. 2º.

CAPÍTULO II
DO SIMPLES NACIONAL
Seção I
Da Abrangência do Regime
Subseção I
Dos Tributos Abrangidos

Art. 4º A opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, no montante apurado na forma prevista nesta Resolução, em substituição aos valores
devidos segundo a legislação específica de cada tributo, dos seguintes impostos e contribuições,
ressalvado o disposto no art. 5º: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, incisos I a VIII)
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
II - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
V - Contribuição para o PIS/Pasep;
VI - Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica,
de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

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Subseção II
Dos Tributos não Abrangidos

Art. 5º O recolhimento na forma prevista no art. 4º não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos pela ME ou EPP na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos
quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 13, inciso VI, § 1º, incisos I a XV; art. 18, § 5º-C; art. 18-A, § 3º, inciso VI e art. 18-C)
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários
(IOF);
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II);
III - Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
V - Imposto sobre a Renda relativo:
a) aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável;
b) aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;
c) aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;
VI - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
VII - Contribuição previdenciária devida pelo trabalhador;
VIII - Contribuição previdenciária devida pelo empresário, na qualidade de contribuinte individual;
IX - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e serviços;
X - Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins em regime de tributação concentrada ou substituição
tributária, nos termos do § 7º do art. 25;
XI - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991, no caso de:
a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada,
execução de projetos e serviços de paisagismo e decoração de interiores;
b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
c) serviços advocatícios; e
d) contratação de empregado pelo Microempreendedor Individual (MEI), nos termos do art. 105;
XII - ICMS devido:
a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação concentrada em uma única
etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto com encerramento
de tributação, envolvendo combustíveis e lubrificantes; energia elétrica; cigarros e outros produtos
derivados do fumo; bebidas; óleos e azeites vegetais comestíveis; farinha de trigo e misturas de farinha
de trigo; massas alimentícias; açúcares; produtos lácteos; carnes e suas preparações; preparações à
base de cereais; chocolates; produtos de padaria e da indústria de bolachas e biscoitos; sorvetes e
preparados para fabricação de sorvetes em máquinas; cafés e mates, seus extratos, essências e
concentrados; preparações para molhos e molhos preparados; preparações de produtos vegetais; rações
para animais domésticos; veículos automotivos e automotores, suas peças, componentes e acessórios;
pneumáticos; câmaras de ar e protetores de borracha; medicamentos e outros produtos farmacêuticos
para uso humano ou veterinário; cosméticos; produtos de perfumaria e de higiene pessoal; papéis;
plásticos; canetas e malas; cimentos; cal e argamassas; produtos cerâmicos; vidros; obras de metal e
plástico para construção; telhas e caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos, eletroeletrônicos
e eletrodomésticos; fios; cabos e outros condutores; transformadores elétricos e reatores; disjuntores;
interruptores e tomadas; isoladores; para-raios e lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado;
centrifugadores de uso doméstico; aparelhos e instrumentos de pesagem de uso doméstico; extintores;
aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de cortar o cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar,
com motor elétrico incorporado; aquecedores elétricos de água para uso doméstico e termômetros;
ferramentas; álcool etílico; sabões em pó e líquidos para roupas; detergentes; alvejantes; esponjas;
palhas de aço e amaciantes de roupas; venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas operações
sujeitas ao regime de substituição tributária pelas operações anteriores; e nas prestações de serviços
sujeitas aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do imposto com
encerramento de tributação;
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital
vigente;
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, quando não destinados a
comercialização ou a industrialização;
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

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e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria sem o documento fiscal correspondente;
f) na operação ou prestação realizada sem emissão do documento fiscal correspondente;
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do
imposto, nas aquisições em outros Estados ou no Distrito Federal sem encerramento da tributação,
hipótese em que será cobrada a diferença entre a alíquota interna e a interestadual e ficará vedada a
agregação de qualquer valor;
h) nas aquisições realizadas em outros Estados ou no Distrito Federal de bens ou mercadorias não
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna
e a interestadual; e
i) nas hipóteses de impedimento a que se refere o art. 12;
XIII - ISS devido:
a) em relação aos serviços sujeitos a substituição tributária ou retenção na fonte;
b) na importação de serviços;
c) em valor fixo pelos escritórios de serviços contábeis, quando previsto pela legislação municipal; e
d) nas hipóteses de impedimento a que se refere o art. 12;
XIV - tributos devidos pela pessoa jurídica na condição de substituto ou responsável tributário; e
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
não relacionados neste artigo e no art. 4º.
§ 1º Em relação a bebidas não alcóolicas, massas alimentícias, produtos lácteos, carnes e suas
preparações, preparações à base de cereais, chocolates, produtos de padaria e da indústria de bolachas
e biscoitos, preparações para molhos e molhos preparados, preparações de produtos vegetais, telhas e
outros produtos cerâmicos para construção, e detergentes, aplica-se o disposto na alínea “a” do inciso XII
aos fabricados em escala industrial relevante em cada segmento, observado o disposto em convênio
celebrado pelos Estados e pelo Distrito Federal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, § 8º)
§ 2º A diferença entre a alíquota interna e a interestadual do ICMS de que tratam as alíneas “g” e “h”
do inciso XII do caput será calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas
não optantes pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, § 5º)
§ 3º A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional fica dispensada do pagamento: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 13, § 3º)
I - das contribuições instituídas pela União, não abrangidas pela Lei Complementar nº 123, de 2006;
II - das contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de
serviço social autônomo.

Seção II
Da Opção pelo Regime
Subseção I
Dos Procedimentos

Art. 6º A opção pelo Simples Nacional deverá ser formalizada por meio do Portal do Simples Nacional
na internet, e será irretratável para todo o ano-calendário. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16,
caput)
§ 1º A opção de que trata o caput será formalizada até o último dia útil do mês de janeiro e produzirá
efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, ressalvado o disposto no § 5º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 2º)
§ 2º Enquanto não vencido o prazo para formalização da opção o contribuinte poderá: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
I - regularizar eventuais pendências impeditivas do ingresso no Simples Nacional, e, caso não o faça
até o término do prazo a que se refere o § 1º, o ingresso no Regime será indeferido;
II - cancelar o pedido de formalização da opção, salvo se este já houver sido deferido.
§ 3º O disposto no § 2º não se aplica às empresas em início de atividade. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 16, caput)
§ 4º No momento da opção, o contribuinte deverá declarar expressamente que não se enquadra nas
vedações previstas no art. 15, independentemente das verificações realizadas pelos entes federados.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
§ 5º No caso de opção pelo Simples Nacional feita por ME ou EPP no início de atividade, deverá ser
observado o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 3º)

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I - depois de efetuar a inscrição no CNPJ, a inscrição municipal e, caso exigível, a estadual, a ME ou
a EPP terá um prazo de até 30 (trinta) dias, contado do último deferimento de inscrição, para formalizar
a opção pelo Simples Nacional;
II - depois de formalizada a opção pela ME ou pela EPP, a Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB) disponibilizará aos Estados, Distrito Federal e Municípios a relação de empresas optantes para
verificação da regularidade da inscrição municipal e, quando exigível, da estadual;
III - os entes federados deverão prestar informações à RFB sobre a regularidade da inscrição municipal
ou, quando exigível, da estadual:
a) até o dia 5 (cinco) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB do dia 20
(vinte) ao dia 31 (trinta e um) do mês anterior;
b) até o dia 15 (quinze) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB do dia
1º (primeiro) ao dia 9 (nove) do mesmo mês; e
c) até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB
do dia 10 (dez) ao dia 19 (dezenove) do mesmo mês;
IV - confirmada a regularidade da inscrição municipal e, quando exigível, da estadual, ou ultrapassado
o prazo a que se refere o inciso III sem manifestação por parte do ente federado, a opção será deferida,
observadas as demais disposições relativas à vedação para ingresso no Simples Nacional e o disposto
no § 7º; e
V - a opção produzirá efeitos a partir da data de abertura constante do CNPJ, salvo se o ente federado
considerar inválidas as informações prestadas pela ME ou EPP nos cadastros estadual e municipal,
hipótese em que a opção será indeferida.
§ 6º A RFB disponibilizará aos Estados, Distrito Federal e Municípios relação dos contribuintes
referidos neste artigo para verificação quanto à regularidade para a opção pelo Simples Nacional e,
posteriormente, a relação dos contribuintes que tiveram a sua opção deferida. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 16, caput)
§ 7º A ME ou a EPP não poderá formalizar a opção pelo Simples Nacional na condição de empresa
em início de atividade depois de decorridos 180 (cento e oitenta) dias da data de abertura constante do
CNPJ, observados os demais requisitos previstos no inciso I do § 5º. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 16, § 3º)
§ 8º A opção pelo Simples Nacional formalizada por escritório de serviços contábeis implica o dever
deste, individualmente ou por meio de suas entidades representativas de classe: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 22-B)
I - de promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à opção de que trata o art. 102 e à primeira
declaração anual simplificada do Microempreendedor Individual (MEI), o qual poderá, por meio de suas
entidades representativas de classe, firmar convênios e acordos com a União, Estados, o Distrito Federal
e Municípios, por intermédio dos seus órgãos vinculados;
II - de fornecer, por solicitação do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), resultados de pesquisas
quantitativas e qualitativas relativas às ME e EPP optantes pelo Simples Nacional e atendidas pelo
escritório ou por entidade representativa de classe; e
III - de promover eventos de orientação fiscal, contábil e tributária para as ME e EPP optantes pelo
Simples Nacional atendidas pelo escritório ou por entidade representativa de classe.

Art. 7º A ME ou a EPP poderá agendar a formalização da opção de que trata o § 1º do art. 6º,
observadas as seguintes disposições: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
I - aplicativo específico para o agendamento da opção estará disponível no Portal do Simples Nacional,
entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro do ano anterior ao da opção;
II - a formalização da opção agendada ficará sujeita ao disposto nos §§ 4º e 6º do art. 6º;
III - na hipótese de serem identificadas pendências impeditivas do ingresso no Simples Nacional, o
agendamento será rejeitado, e a empresa poderá:
a) solicitar novo agendamento após a regularização das pendências, observado o prazo previsto no
inciso I; ou
b) realizar a opção no prazo e nas condições previstos no § 1º do art. 6º;
IV - se não houver pendências impeditivas do ingresso da ME ou da EPP no Simples Nacional, o
agendamento será confirmado e a opção será considerada válida, com efeitos a partir do primeiro dia do
ano-calendário subsequente; e
V - o agendamento:
a) não se aplica a opção pelo Simples Nacional formalizada por ME ou EPP em início de atividade; e
b) poderá ser cancelado até o final do prazo previsto no inciso I.

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§ 1º A confirmação do agendamento não dispensa a formalização da opção pelo Sistema de
Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei), a qual
deverá ser efetivada no prazo previsto no inciso II do art. 102. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
16, caput; art. 18-A, § 14)
§ 2º Não caberá recurso contra a rejeição do agendamento de que trata este artigo. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 16, caput)
§ 3º O agendamento confirmado poderá ser cancelado até o final do prazo previsto no inciso I do caput,
caso tenha ocorrido erro no processamento das informações tempestivamente transmitidas pelos entes
federados nos termos do § 6º do art. 6º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
§ 4º O cancelamento a que se refere o § 3º será comunicado ao sujeito passivo por meio do sistema
de comunicação eletrônica a que se refere o art. 122, hipótese em que a empresa poderá solicitar novo
agendamento de opção ou formalizar a opção no prazo e nas condições previstos no § 1º do art. 6º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput e § 1º-B)

Art. 8º Para fins de identificação de atividade cuja natureza impede o ingresso no Simples Nacional,
serão utilizados os códigos de atividades econômicas previstos na Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE) informados pela ME ou pela EPP no CNPJ. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
16, caput)
§ 1º O Anexo VI relaciona códigos da CNAE correspondentes a atividades impeditivas do ingresso no
Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
§ 2º O Anexo VII relaciona códigos ambíguos da CNAE, ou seja, os que abrangem concomitantemente
atividade impeditiva e permitida ao ingresso no Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 16, caput)
§ 3º A ME ou a EPP que exerça atividade econômica cujo código da CNAE seja considerado ambíguo
poderá formalizar a opção de acordo com o art. 6º, desde que: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
16, caput)
I - exerça apenas atividade cuja opção seja permitida no Simples Nacional; e
II - declare expressamente que não se enquadra nas vedações previstas no art. 15, nos termos do §
4º do art. 6º.
§ 4º Na hipótese de alteração da relação de códigos da CNAE correspondentes a atividades
impeditivas do ingresso no Simples Nacional e da relação de códigos ambíguos, serão observadas as
seguintes regras: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)
I - se determinada atividade econômica deixar de ser considerada impeditiva do ingresso no Simples
Nacional, a ME ou a EPP que a exerce poderá optar pelo Simples Nacional a partir do ano-calendário
subsequente ao da alteração que afastou o impedimento, desde que não incorra em nenhuma das
vedações previstas no art. 15; e (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142, de 21 de agosto de
2018)
II - se determinada atividade econômica passar a ser considerada impeditiva do ingresso no Simples
Nacional, a ME ou a EPP que a exerce deverá comunicar o fato à RFB e providenciar sua exclusão do
Simples Nacional, cujos efeitos terão início no ano-calendário subsequente ao da alteração que
determinou o impedimento.

Subseção II
Dos Sublimites de Receita Bruta

Art. 9º O Distrito Federal e os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja
de até 1% (um por cento) poderão optar pela aplicação de sublimite de receita bruta anual de R$
1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais) no mercado interno e, adicionalmente, igual sublimite
para exportação de mercadorias ou serviços para o exterior, para efeito de recolhimento do ICMS e do
ISS relativos aos estabelecimentos localizados em seus respectivos territórios. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 19, caput; art. 20, caput)
§ 1º Para o Distrito Federal e os Estados que não tenham adotado sublimites na forma prevista no
caput e para aqueles cuja participação no PIB brasileiro seja superior a 1% (um por cento), deverá ser
observado, para fins de recolhimento do ICMS e do ISS, o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três
milhões e seiscentos mil reais) no mercado interno e, adicionalmente, igual sublimite para exportação de
mercadorias ou serviços para o exterior. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13-A; art. 19, § 4º)
§ 2º Para fins do disposto no caput e no § 1º, a participação do ente federado no PIB brasileiro será
apurada levando-se em conta o último resultado anual divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

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Estatística (IBGE) até o último dia útil de setembro de cada ano-calendário. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 19, § 1º)
§ 3º A opção prevista no caput e a obrigatoriedade do sublimite previsto no § 1º produzirão efeitos a
partir do ano-calendário subsequente, salvo se outro termo inicial for determinado mediante deliberação
do CGSN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 19, § 2º)

Art. 10. O sublimite em vigor no Estado ou no Distrito Federal aplicado na forma prevista no art. 9º
implicará a vigência do mesmo sublimite de receita bruta acumulada para efeito de recolhimento do ISS
devido por estabelecimentos localizados em seu respectivo território. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 20, caput)

Art. 11. Os Estados e o Distrito Federal deverão manifestar-se mediante Decreto do respectivo Poder
Executivo, sobre a adoção de sublimite de receita bruta acumulada para efeito de recolhimento do ICMS
em seus territórios, na forma prevista no caput do art. 9º, até o último dia útil do mês de outubro do ano
em que a adoção do sublimite se efetivar. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 20, § 4º)
§ 1º Os Estados e o Distrito Federal informarão ao CGSN a opção de adotar o sublimite a que se refere
o caput até o último dia útil do mês de novembro do ano em que a adoção do sublimite se efetivar. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 20, § 4º)
§ 2º O CGSN divulgará, mediante Resolução, a opção dos Estados e do Distrito Federal de adotar o
sublimite a que se refere o caput, durante o mês de dezembro do ano em que a adoção do sublimite for
publicada, com validade para o ano-calendário subsequente. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 20,
§ 4º)

Art. 12. Caso a receita bruta acumulada pela empresa no ano-calendário ultrapasse quaisquer dos
sublimites previstos no caput e § 1º do art. 9º, o estabelecimento da EPP localizado na unidade da
federação cujo sublimite for ultrapassado estará impedido de recolher o ICMS e o ISS pelo Simples
Nacional, ressalvado o disposto nos §§ 2º a 4º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15, e art.
20, § 1º)
§ 1º Os efeitos do impedimento previsto no caput ocorrerão: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
20, §§ 1º e 1º-A)
I - a partir do mês subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada no ano for
superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites previstos no art. 9º;
II - a partir do ano-calendário subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada não
for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites previstos no art. 9º.
§ 2º No ano-calendário de início de atividade, cada um dos sublimites previstos no caput e § 1º do art.
9º será de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) ou R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
o caso, multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do
respectivo ano-calendário, considerada a fração de mês como mês completo. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 3º, § 11)
§ 3º Caso a receita bruta acumulada pela empresa no ano-calendário de início de atividade ultrapasse
quaisquer dos sublimites previstos no § 2º, o estabelecimento da EPP localizado na unidade da federação
cujo sublimite for ultrapassado estará impedido de recolher o ICMS e o ISS pelo Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 11)
§ 4º Os efeitos do impedimento previsto no § 3º: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 11 e
13)
I - serão retroativos ao início de atividade se o excesso verificado em relação à receita bruta acumulada
for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites previstos no § 2º;
II - ocorrerão a partir do ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta
acumulada não for superior a 20% (vinte por cento) dos sublimites previstos no § 2º.
§ 5º O ICMS e o ISS voltarão a ser recolhidos pelo Simples Nacional no ano subsequente, caso no
Estado ou no Distrito Federal passe a vigorar sublimite de receita bruta superior ao que vinha sendo
utilizado no ano-calendário em que ocorreu o excesso da receita bruta, exceto se o novo sublimite também
houver sido ultrapassado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 20, § 2º)
§ 6º Na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção, caso a
receita bruta acumulada pela empresa no ano-calendário de início de atividade ultrapasse quaisquer dos
sublimites do § 2º, o estabelecimento da EPP localizado na unidade da federação cujo sublimite for
ultrapassado estará impedido de recolher o ICMS e o ISS pelo Simples Nacional já no ano de ingresso
no Regime. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 11)

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§ 7º Na hipótese prevista no § 3º, a EPP impedida de recolher o ICMS e o ISS pelo Simples Nacional
ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos tributos, devidos em conformidade
com as normas gerais de incidência, acrescidos, apenas, de juros de mora, quando o pagamento for
efetuado antes do início de procedimento de ofício, ressalvada a hipótese prevista no § 4º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 32, §§ 1º e 3º)
§ 8º Nas hipóteses previstas neste artigo, ficarão sujeitos às normas gerais de incidência do ICMS e
do ISS, conforme o caso: (Lei Complementar nº 123, de 2006,)
I - quando excederem o sublimite previsto no caput do art. 9º, os estabelecimentos localizados nas
unidades da Federação que o adotarem;
II - quando excederem o sublimite previsto no § 1º do art. 9º, todos os estabelecimentos da empresa,
independentemente de sua localização.
§ 9º Para fins do disposto neste artigo, serão consideradas, separadamente, as receitas brutas
auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes de exportação para o exterior. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 3º, § 15)

Subseção III
Do Resultado do Pedido de Formalização da Opção Pelo Simples Nacional

Art. 13. O resultado do pedido de formalização da opção pelo Simples Nacional poderá ser consultado
no Portal do Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput)

Art. 14. Na hipótese de ser indeferido o pedido de formalização da opção a que se refere o art. 6º, será
expedido termo de indeferimento por autoridade fiscal integrante da estrutura administrativa do respectivo
ente federado que decidiu pelo indeferimento, inclusive na hipótese de existência de débitos tributários.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 6º)
Parágrafo único. Será dada ciência do termo a que se refere o caput à ME ou à EPP pelo ente federado
que tenha indeferido o pedido de formalização da sua opção, segundo a sua legislação, observado o
disposto no art. 122. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, §§ 1º-A e 6º; art. 29, § 8º)

Seção III
Das Vedações ao Ingresso

Art. 15. Não poderá recolher os tributos pelo Simples Nacional a pessoa jurídica ou entidade
equiparada: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, caput)
I - que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário em curso,
receita bruta superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) no mercado interno ou
superior ao mesmo limite em exportação para o exterior, observado o disposto no art. 3º; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso II e §§ 2º, 9º, 9º-A, 10, 12 e 14)
II - de cujo capital participe outra pessoa jurídica ou sociedade em conta de participação; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso I)
III - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no
exterior; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso II)
IV - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006,
desde que a receita bruta global ultrapasse um dos limites máximos de que trata o inciso I do caput; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso III, § 14)
V - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não
beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse um dos
limites máximos de que trata o inciso I do caput; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso
IV, § 14)
VI - cujo sócio ou titular exerça cargo de administrador ou equivalente em outra pessoa jurídica com
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse um dos limites máximos de que trata o inciso I
do caput; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso V, § 14)
VII - constituída sob a forma de cooperativa, salvo cooperativa de consumo; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso VI)
VIII - que participe do capital de outra pessoa jurídica ou de sociedade em conta de participação; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso VII)
IX - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora

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ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de
seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 3º, § 4º, inciso VIII)
X - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
3º, § 4º, inciso IX)
XI - constituída sob a forma de sociedade por ações; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º,
X)
XII - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos
(asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring); (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso I)
XIII - que tenha sócio domiciliado no exterior; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso II)
XIV - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual
ou municipal; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso III)
XV - em débito perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou perante as Fazendas Públicas
Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 17, inciso V)
XVI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso VI)
a) na modalidade fluvial; ou
b) nas demais modalidades, quando:
1. o serviço caracterizar transporte urbano ou metropolitano; ou
2. o serviço realizar-se na modalidade de fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte
de estudantes ou trabalhadores;
XVII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso VII)
XVIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso VIII)
XIX - que exerça atividade de importação de combustíveis; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
17, inciso IX)
XX - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 17, inciso X, § 5º)
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos
e detonantes;
b) cervejas sem álcool; e
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por ME ou por EPP
registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que obedeça à regulamentação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da RFB quanto à produção e à comercialização de bebidas
alcoólicas, nas seguintes atividades:
1. micro e pequenas cervejarias;
2. micro e pequenas vinícolas;
3. produtores de licores; e
4. micro e pequenas destilarias;
XXI - que realize cessão ou locação de mão de obra; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17,
inciso XII)
XXII - que se dedique a atividades de loteamento e incorporação de imóveis; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 17, inciso XIV)
XXIII - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de
serviços tributados pelo ISS; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso XV)
XXIV - que não tenha feito inscrição em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível,
ou cujo cadastro esteja em situação irregular, observadas as disposições específicas relativas ao MEI;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso XVI e § 4º)
XXV - cujos titulares ou sócios mantenham com o contratante do serviço relação de pessoalidade,
subordinação e habitualidade, cumulativamente; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º, inciso
XI)
XXVI - constituída sob a forma de sociedade em conta de participação. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 3º, caput, e art. 30, § 3º, inciso I)

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§ 1º O disposto nos incisos V e VIII do caput não se aplica a participações em capital de cooperativas
de crédito, em centrais de compras, em bolsas de subcontratação, no consórcio e na sociedade de
propósito específico a que se referem, respectivamente, os arts. 50 e 56 da Lei Complementar nº 123, de
2006, e em associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia
solidária e outros tipos de sociedades que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses
econômicos das ME e EPP. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 5º)
§ 2º As vedações de que trata este artigo não se aplicam às pessoas jurídicas que se dedicam: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 17, §§ 1º e 2º)
I - exclusivamente a atividade cuja forma de tributação esteja prevista no art. 25, ou que exerça essa
atividade em conjunto com atividade não vedada pelo Regime; e
II - a prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de vedação expressa neste artigo,
desde que a prestadora não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação previstas nesta Resolução.
(Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 141, de 06 de julho de 2018)
§ 3º Para fins do disposto no inciso XXI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-H)
I - considera-se cessão ou locação de mão de obra a atividade descrita no § 1º do art. 112; e
II - a vedação não se aplica às atividades referidas nas alíneas “a” a “c” do inciso XI do art. 5º.
§4° Enquadra-se na situação prevista no item 1 da alínea “b” do inciso XVI do caput o transporte
intermunicipal ou interestadual que, cumulativamente: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso
I e § 6º; art. 17, inciso VI)
I - for realizado entre Municípios limítrofes, ainda que de diferentes Estados, ou obedeça a trajetos que
compreendam regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de Municípios, instituídas por legislação estadual, podendo, no caso de transporte
metropolitano, ser intercalado por áreas rurais; e
II - caracterizar serviço público de transporte coletivo de passageiros entre Municípios, assim
considerado aquele realizado por veículo com especificações apropriadas, acessível a toda a população
mediante pagamento individualizado, com itinerários e horários previamente estabelecidos, viagens
intermitentes e preços fixados pelo Poder Público.
§ 5º Enquadra-se na situação prevista no item 2 da alínea “b” do inciso XVI do caput o transporte
intermunicipal ou interestadual de estudantes ou trabalhadores que, cumulativamente: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 17, inciso VI)
I - for realizado sob a forma de fretamento contínuo, assim considerado aquele prestado a pessoa
física ou jurídica, mediante contrato escrito e emissão de documento fiscal, para a realização de um
número determinado de viagens, com destino único e usuários definidos; e
II - obedecer a trajetos que compreendam regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, instituídas por legislação estadual.
§ 6º Não compõem a receita bruta do ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo Simples
Nacional, para efeitos do disposto no inciso I do caput deste artigo, os valores: (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, §§ 1º e 16)
I - destacados a título de IPI; e
II - devidos a título de ICMS retido por substituição tributária, pelo contribuinte que se encontra na
condição de substituto tributário.

Seção IV
Do Cálculo dos Tributos Devidos
Subseção I
Da Base de Cálculo

Art. 16. A base de cálculo para a determinação do valor devido mensalmente pela ME ou pela EPP
optante pelo Simples Nacional será a receita bruta total mensal auferida (Regime de Competência) ou
recebida (Regime de Caixa), conforme opção feita pelo contribuinte. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18, caput e § 3º)
§ 1º O regime de reconhecimento da receita bruta será irretratável para todo o ano-calendário. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 3º)
§ 2º Na hipótese de a ME ou a EPP ter estabelecimentos filiais, deverá ser considerado o somatório
das receitas brutas de todos os estabelecimentos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput)
§ 3º Para os efeitos do disposto neste artigo:
I - a receita bruta auferida ou recebida será segregada na forma prevista no art. 25; e (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §§ 4º e 4º-A)

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II - consideram-se separadamente, em bases distintas, as receitas brutas auferidas ou recebidas no
mercado interno e aquelas decorrentes de exportação para o exterior. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 3º, § 15) (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 141, de 06 de julho de 2018)

Art. 17. Na hipótese de devolução de mercadoria vendida por ME ou por EPP optante pelo Simples
Nacional, em período de apuração posterior ao da venda, deverá ser observado o seguinte: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 1º)
I - o valor da mercadoria devolvida deve ser deduzido da receita bruta total, no período de apuração
do mês da devolução, segregada pelas regras vigentes no Simples Nacional nesse mês; e
II - caso o valor da mercadoria devolvida seja superior ao da receita bruta total ou das receitas
segregadas relativas ao mês da devolução, o saldo remanescente deverá ser deduzido nos meses
subsequentes, até ser integralmente deduzido.
Parágrafo único. Para a optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de
receitas pelo Regime de Caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor efetivamente devolvido ao
adquirente. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 1º)

Art. 18. Na hipótese de cancelamento de documento fiscal, nas situações autorizadas pelo respectivo
ente federado, o valor do documento cancelado deverá ser deduzido no período de apuração no qual
tenha havido a tributação originária, quando o cancelamento se der em período posterior.
§ 1º Para a optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de receitas pelo
Regime de Caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor efetivamente devolvido ao adquirente ou
tomador. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 1º)
§ 2º Na hipótese de nova emissão de documento fiscal em substituição ao cancelado, o valor
correspondente deve ser oferecido à tributação no período de apuração relativo ao da operação ou
prestação originária. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 1º)

Art. 19. A opção pelo regime de reconhecimento de receita bruta a que se refere o § 1º do art. 16
deverá ser registrada em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional no momento da
apuração dos valores devidos: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 3º)
I - relativos ao mês de novembro de cada ano-calendário, com efeitos para o ano-calendário
subsequente, na hipótese de ME ou EPP já optante pelo Simples Nacional;
II - relativos ao mês de dezembro, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de ME
ou EPP em início de atividade, com efeitos da opção pelo Simples Nacional no mês de dezembro; e
III - relativos ao mês de início dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas demais hipóteses, com
efeitos para o próprio ano-calendário.
Parágrafo único. A opção pelo Regime de Caixa servirá exclusivamente para a apuração da base de
cálculo mensal, e o Regime de Competência deve ser aplicado para as demais finalidades,
especialmente, para determinação dos limites e sublimites e da alíquota a ser aplicada sobre a receita
bruta recebida no mês. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 3º)

Art. 20. Para a ME ou a EPP optante pelo Regime de Caixa: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, § 3º)
I - na prestação de serviços ou nas operações com mercadorias com valores a receber a prazo, a
parcela não vencida deverá obrigatoriamente integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo
Simples Nacional até o último mês do ano-calendário subsequente àquele em que tenha ocorrido a
respectiva prestação de serviço ou operação com mercadorias;
II - a receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos
pelo Simples Nacional, na hipótese de:
a) encerramento de atividade, no mês em que ocorrer o evento;
b) retorno ao Regime de Competência, no último mês de vigência do Regime de Caixa; e
c) exclusão do Simples Nacional, no mês anterior ao dos efeitos da exclusão;
III - o registro dos valores a receber deverá ser mantido nos termos do art. 77; e
IV - na hipótese do impedimento de que trata o art. 12, e havendo a continuidade do Regime de Caixa,
a receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base de cálculo do ICMS e do ISS do mês
anterior ao dos efeitos do impedimento e seu recolhimento deve ser feito diretamente ao respectivo ente
federado, na forma por ele estabelecida, observados os arts. 21 a 24. (Redação dada pelo(a) Resolução
CGSN nº 142, de 21 de agosto de 2018)

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Subseção II
Das Alíquotas

Art. 21. Para fins do disposto nesta Resolução, considera-se: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, caput)
I - alíquota nominal a constante dos Anexos I a V desta Resolução;
II - alíquota efetiva o resultado de: (RBT12 × Aliq - PD) / RBT12, em que:
a) RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
b) Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Resolução; e
c) PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Resolução; e
III - percentual efetivo de cada tributo o calculado mediante multiplicação da alíquota efetiva pelo
percentual de repartição constante dos Anexos I a V desta Resolução, observando-se que:
a) o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5% (cinco por cento), e que eventual diferença
será transferida, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual; e
b) o valor da RBT12, quando for superior ao limite da 5ª faixa de receita bruta anual prevista nos
Anexos I a V desta Resolução, nas situações em que o sublimite de que trata o § 1º do art. 9º não for
excedido, o percentual efetivo do ICMS e do ISS será calculado mediante aplicação da fórmula {[(RBT12
× alíquota nominal da 5ª faixa) – (menos) a Parcela a Deduzir da 5ª Faixa]/RBT12} × o Percentual de
Distribuição do ICMS e do ISS da 5ª faixa.
Parágrafo único. Apenas para efeito de determinação das alíquotas efetivas, quando a RBT12 de que
trata o inciso II do caput for igual a zero, considerar-se-á R$ 1,00 (um real). (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 1º)

Art. 22. O valor devido mensalmente pela ME ou pela EPP optante pelo Simples Nacional será
determinado mediante a aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma prevista no art. 21, sobre a
receita bruta total mensal, observado o disposto nos arts. 16 a 20, 24 a 26, 33 a 36 e 149. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15, art. 18, caput e §§ 1º e 4º a 5º-I)
§ 1º Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta total acumulada
auferida nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18, § 1º)
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para
efeito de determinação da alíquota no 1º (primeiro) mês de atividade, o sujeito passivo utilizará, como
receita bruta total acumulada, a receita auferida no próprio mês de apuração multiplicada por 12 (doze).
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 2º)
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, para efeito de determinação da alíquota nos 11 (onze) meses
posteriores ao do início de atividade, o sujeito passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total
auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze). (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18, § 2º)
§ 4º Na hipótese de início de atividade em ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo
Simples Nacional, o sujeito passivo utilizará: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º;
art. 18, § 2º)
I - a regra prevista no § 3º até completar 12 (doze) meses de atividade; e
II - a regra prevista no § 1º a partir do décimo terceiro mês de atividade.
§ 5º Serão adotadas as alíquotas correspondentes às últimas faixas de receita bruta das tabelas dos
Anexos I a V desta Resolução, quando, cumulativamente, a receita bruta acumulada: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração for superior a qualquer um dos limites
previstos no § 1º do art. 2º, observado o disposto nos §§ 2º a 4º do caput; e
II - no ano-calendário em curso for igual ou inferior aos limites previstos no § 1º do art. 2º.

Art. 23. As receitas brutas auferidas no mercado interno e as decorrentes de exportação para o exterior
serão consideradas, separadamente, para fins de determinação da alíquota de que trata o art. 22. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15)

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Subseção III
Da Ultrapassagem de Limite ou Sublimites

Art. 24. Na hipótese de a receita bruta acumulada no ano-calendário em curso ultrapassar pelo menos
um dos sublimites previstos no caput e no § 1º do art. 9º, a parcela da receita bruta total mensal que: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 15; art. 18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
I - exceder o sublimite, mas não exceder o limite de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil
reais) estará sujeita, até o mês anterior aos efeitos da exclusão ou do impedimento de recolher ICMS ou
ISS pelo Simples Nacional:
a) quanto aos tributos federais, aos percentuais efetivos calculados na forma prevista no art. 21; e
b) quanto ao ICMS ou ISS, ao percentual efetivo calculado da seguinte forma:
1. quando estiver vigente o sublimite de R$ 1.800.000,00: {[(1.800.000,00 × alíquota nominal da 4ª
faixa) – (menos) a parcela a deduzir da 4ª faixa]/1.800.000,00} × percentual de distribuição do ICMS/ISS
da 4ª faixa; ou
2. quando estiver vigente o sublimite de R$ 3.600.000,00: {[(3.600.000,00 × alíquota nominal da 5ª
faixa) – (menos) a parcela a deduzir da 5ª faixa]/3.600.000,00} × percentual de distribuição do ICMS/ISS
da 5ª faixa; ou
II - exceder o limite de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) estará sujeita, até o
mês anterior aos efeitos da exclusão ou do impedimento de recolher ICMS ou ISS pelo Simples Nacional:
a) quanto aos tributos federais, aos percentuais efetivos calculados da seguinte forma: {[(4.800.000,00
× alíquota nominal da 6ª faixa) – (menos) a parcela a deduzir da 6ª faixa]/4.800.000,00} × percentual de
distribuição dos tributos federais da 6ª faixa; e
b) quanto ao ICMS ou ISS, ao percentual efetivo calculado na forma prevista na alínea “b” do inciso I
do caput.
§ 1º Na hipótese de início de atividade: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art.
3º, § 15; art. 18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
I - caso a ME ou a EPP ultrapasse o sublimite de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) ou de
R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme o caso, multiplicados pelo número de meses compreendido
entre o início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, considerada a fração de mês como mês
completo, aplica-se o disposto na alínea “b” do inciso I do caput; ou
II - caso a ME ou a EPP ultrapasse o limite de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) multiplicados
pelo número de meses compreendido entre o início de atividade e o final do respectivo ano-calendário,
considerada a fração de mês como mês completo, aplica-se o disposto no inciso II do caput.
§ 2º Deverá ser calculada a razão entre a parcela da receita bruta total mensal que exceder o sublimite
previsto no caput e no § 1º do art. 9º, ou no § 2º do art. 12, e a receita bruta total mensal, nos termos dos
arts. 16 a 20, no que couber. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 15; art.
18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
§ 3º Na hipótese de a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional ter estabelecimentos em unidades
da federação nas quais vigoram sublimites distintos, a razão a que se refere o § 2º deve ser calculada
para cada um dos sublimites. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 15; art.
18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
§ 4º Deverá ser calculada a razão entre a parcela da receita bruta total mensal que exceder o limite de
que trata o § 1º do art. 2º, ou o caput do art. 3º, e a receita bruta total mensal, nos termos dos arts. 16 a
20, no que couber. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 15; art. 18, §§ 16,
16-A, 17 e 17-A)
§ 5º O valor devido em relação à parcela da receita bruta mensal que não exceder sublimite, observado
o disposto no inciso I do § 1º deste artigo, será obtido mediante o somatório das expressões formadas
pela multiplicação de 1 (um) inteiro menos a razão a que se refere o § 2º pela receita de cada
estabelecimento, segregada na forma prevista no art. 25 e, ainda, pela respectiva alíquota obtida na forma
prevista no art. 21, observado o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art.
3º, § 15; art. 18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
I - na hipótese de o contribuinte auferir apenas um tipo de receita prevista no art. 25, mediante a
multiplicação de 1 (um) inteiro menos a razão a que se refere o § 2º pela respectiva receita bruta mensal
e, ainda, pela alíquota obtida na forma prevista nos arts. 25 e 26; e
II - na hipótese de o contribuinte auferir mais de um tipo de receita prevista no art. 25, mediante o
somatório das expressões formadas pela multiplicação de 1 (um) inteiro menos a razão a que se refere o
§ 2º pela receita correspondente e, ainda, pela respectiva alíquota obtida na forma prevista nos arts. 25
e 26.

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§ 6º O valor devido em relação à parcela da receita bruta mensal que exceder sublimite, mas não o
limite de que trata o § 1º do art. 2º, observado o disposto nos incisos I e II do § 1º deste artigo, será o
somatório das expressões formadas pela multiplicação da diferença entre as relações a que se referem
os §§ 2º e 4º pela receita de cada estabelecimento segregada na forma prevista no art. 25 e, ainda, pela
respectiva alíquota obtida na forma prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o seguinte: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 15; art. 18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
I - na hipótese de o contribuinte auferir apenas um tipo de receita prevista no art. 25, mediante a
multiplicação da diferença entre as relações a que se referem os §§ 2º e 4º pela respectiva receita bruta
mensal e, ainda, pela alíquota obtida na forma prevista no inciso I do caput; e
II - na hipótese de o contribuinte auferir mais de um tipo de receita prevista no art. 25, mediante o
somatório das expressões formadas pela multiplicação da diferença entre as relações a que se referem
os §§ 2º e 4º pela receita correspondente e, ainda, pela respectiva alíquota obtida na forma prevista no
inciso I do caput.
§ 7º O valor devido em relação à parcela da receita bruta mensal que exceder o limite de que trata o §
1º do art. 2º, observado o disposto no inciso II do § 1º deste artigo, será obtido mediante o somatório das
expressões formadas pela multiplicação da razão a que se refere o § 4º pela receita de cada
estabelecimento, segregada na forma prevista no art. 25 e, ainda, pela respectiva alíquota obtida na forma
prevista no inciso II do caput deste artigo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art.
3º, § 15; art. 18, §§ 16, 16-A, 17 e 17-A)
§ 8º Para fins do disposto neste artigo, serão consideradas, separadamente, as receitas brutas
auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação para o exterior. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 3º, § 15)

Subseção IV
Da Segregação de Receitas

Art. 25. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será determinado
mediante aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma prevista nos arts. 21, 22 e 24 sobre a base
de cálculo de que tratam os arts. 16 a 19. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15, art. 18)
§ 1º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de cálculo e pagamento, as receitas
decorrentes da:
I - revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma prevista no Anexo I; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 4º, inciso I)
II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, que serão tributadas na forma do Anexo
II; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º, inciso II)
III - prestação dos seguintes serviços tributados na forma prevista no Anexo III:
a) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de
ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para
concursos, gerenciais e escolas livres, exceto as previstas nas alíneas “b” e “c” do inciso V; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso I)
b) agência terceirizada de correios; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso II)
c) agência de viagem e turismo; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso III)
d) transporte municipal de passageiros e de cargas em qualquer modalidade; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XIII)
e) centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros
e de carga; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso IV)
f) agência lotérica; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso V)
g) serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda,
tratamento e revestimento em metais; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso IX)
h) produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação,
inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XV)
i) corretagem de seguros; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XVII)
j) corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a intermediação na compra, venda, permuta e
locação de imóveis; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso XV; art. 18, § 4º, inciso III; Lei nº
6.530, de 12 de maio de 1978, art. 3º)
k) serviços vinculados à locação de bens imóveis, assim entendidos o assessoramento locatício e a
avaliação de imóveis para fins de locação; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso XV; art. 18,
§ 4º, inciso III)

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l) locação, cessão de uso e congêneres, de bens imóveis próprios com a finalidade de exploração de
salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios,
ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização
de eventos ou negócios de qualquer natureza; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso XV;
art. 18, § 4º, inciso III)
m) outros serviços que, cumulativamente: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, § 2º; art. 18, §§
5º-F e 5º-I, inciso XII)
1. não tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual,
de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou
não; e
2. não estejam relacionados nos incisos IV a IX;
IV - prestação dos seguintes serviços tributados na forma prevista no Anexo IV:
a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada,
execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-C, inciso I)
b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-
C, inciso VI)
c) serviços advocatícios; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-C, inciso VII);
V - prestação de serviços tributados na forma prevista no Anexo III desta Resolução, quando o fator
“r” de que trata o art. 26 for igual ou superior a 0,28 (vinte e oito centésimos), ou na forma prevista no
Anexo V desta Resolução, quando o fator “r” for inferior a 0,28 (vinte e oito centésimos): (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §§ 5º-J, 5º-K e 5º-M)
a) administração e locação de imóveis de terceiros, assim entendidas a gestão e administração de
imóveis de terceiros para qualquer finalidade, incluída a cobrança de aluguéis de imóveis de terceiros;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso I; Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, art. 3º)
b) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18, § 5º-D, inciso II)
c) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso III)
d) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos
em estabelecimento da optante; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso IV)
e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso V)
f) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados
em estabelecimento da optante; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso VI)
g) empresas montadoras de estandes para feiras; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D,
inciso IX)
h) laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18,
§ 5º-D, inciso XII)
i) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem
como ressonância magnética; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso XIII)
j) serviços de prótese em geral; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-D, inciso XIV)
k) fisioterapia; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XVI)
l) medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B,
inciso XIX)
m) medicina veterinária; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso II)
n) odontologia e prótese dentária; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XX)
o) psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de
nutrição e de vacinação e bancos de leite; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XXI)
p) serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso V)
q) arquitetura e urbanismo; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XVIII)
r) engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas
e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §
5º-B, inciso XVIII, § 5º-I, inciso VI)
s) representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso VII)
t) perícia, leilão e avaliação; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso VIII)

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u) auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso IX)
v) jornalismo e publicidade; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, inciso X)
w) agenciamento; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-I, incisos VII e XI)
x) outras atividades do setor de serviços que, cumulativamente: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18, § 5º-I, inciso XII)
1. tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de
natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou
não; e
2. não estejam relacionadas nos incisos III, IV, VIII e no § 2º;
VI - locação de bens móveis, que serão tributadas na forma prevista no Anexo III, deduzida a parcela
correspondente ao ISS; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º, inciso V)
VII - atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, que será tributada na forma prevista no
Anexo II, deduzida a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a parcela correspondente ao ISS
prevista no Anexo III; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º, inciso VI)
VIII - prestação do serviço de escritórios de serviços contábeis, que serão tributados na forma do Anexo
III, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS, quando o imposto for fixado pela legislação municipal
e recolhido diretamente ao Município em valor fixo nos termos do art. 34, observado o disposto no § 8º
do art. 6º e no § 11 deste artigo; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso XIV, § 22-
A)
IX - prestação dos seguintes serviços tributados com base no Anexo III, desconsiderando-se o
percentual relativo ao ISS e adicionando-se o percentual relativo ao ICMS previsto na tabela do Anexo I:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-E)
a) transportes intermunicipais e interestaduais de cargas;
b) transportes intermunicipais e interestaduais de passageiros, nas situações permitidas no inciso XVI
e §§ 4º e 5º do art. 15; e
c) de comunicação.
§ 2º A comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de
fórmulas será tributada: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º, inciso VII)
I - na forma prevista no Anexo III, quando sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em
caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico,
produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial; ou
II - na forma prevista no Anexo I, nos demais casos.
§ 3º A ME ou EPP deverá segregar as receitas decorrentes de exportação para o exterior, inclusive as
vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou sociedade de propósito específico, observado o
disposto no § 7º do art. 18 e no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006, quando então serão
desconsiderados, no cálculo do valor devido no âmbito do Simples Nacional, conforme o caso, os
percentuais relativos à Cofins, à Contribuição para o PIS/Pasep, ao IPI, ao ICMS e ao ISS constantes dos
Anexos I a V desta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 14)
§ 4º Considera-se exportação de serviços para o exterior a prestação de serviços para pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas, exceto
quanto aos serviços desenvolvidos no Brasil cujo resultado aqui se verifique. (Lei Complementar nº 116,
de 31 de julho de 2003, art. 2º, parágrafo único; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §
6º, art. 18, § 14)
§ 5º A receita decorrente da locação de bens móveis, referida no inciso VI do § 1º, é tão-somente
aquela oriunda da exploração de atividade não definida na lista de serviços anexa à Lei Complementar
nº 116, de 2003. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 6º A ME ou EPP que proceda à importação, à industrialização ou à comercialização de produto
sujeito à tributação concentrada ou à substituição tributária para efeitos de incidência da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins deve segregar a receita decorrente de sua venda e indicar a existência de
tributação concentrada ou substituição tributária para as referidas contribuições, de forma que serão
desconsiderados, no cálculo do valor devido no âmbito do Simples Nacional, os percentuais a elas
correspondentes. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 4º-A, inciso I, § 12)
§ 7º Na hipótese prevista no § 6º:
I - a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deverá ocorrer com observância do
disposto na legislação específica da União, na forma estabelecida pela RFB; (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 4º-A, inciso I)
II - os valores relativos aos demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão calculados tendo
como base de cálculo a receita total decorrente da venda do produto sujeito à tributação concentrada ou

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à substituição tributária das mencionadas contribuições. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso
I e § 6º; art. 18, § 4º-A, inciso I e § 12).
§ 8º Em relação ao ICMS: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 13, § 6º,
inciso I; art. 18, § 4º-A, inciso I)
I - o substituído tributário, assim entendido o contribuinte que teve o imposto retido, e o contribuinte
obrigado à antecipação com encerramento de tributação deverão segregar a receita correspondente
como “sujeita à substituição tributária ou ao recolhimento antecipado do ICMS”, quando então será
desconsiderado, no cálculo do valor devido no âmbito do Simples Nacional, o percentual do ICMS;
II - o substituto tributário deverá:
a) recolher o imposto sobre a operação própria pelo Simples Nacional e segregar a receita
correspondente como “não sujeita à substituição tributária e não sujeita ao recolhimento antecipado do
ICMS”; e
b) recolher o imposto sobre a substituição tributária, retido do substituído tributário, na forma prevista
nos §§ 1º a 3º do art. 28.
§ 9º A ME ou EPP que tenha prestado serviços sujeitos ao ISS deverá informar: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - a qual Município é devido o imposto;
II - se houve retenção do imposto, quando então será desconsiderado, no cálculo do valor devido no
âmbito do Simples Nacional, o percentual do ISS; e
III - se o valor é devido em valor fixo diretamente ao Município, na hipótese prevista no inciso VIII do §
1º, quando então será desconsiderado, no cálculo do valor devido no âmbito do Simples Nacional, o
percentual do ISS, ressalvado o disposto no § 11.
§ 10. Com relação às segregações de receitas sujeitas ou com ocorrência de imunidade, isenção,
redução ou valor fixo do ICMS ou ISS, deverá ser observado o disposto nos arts. 30 a 35. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 11. Na hipótese de o escritório de serviços contábeis não estar autorizado pela legislação municipal
a efetuar o recolhimento do ISS em valor fixo diretamente ao Município, o imposto deverá ser recolhido
pelo Simples Nacional na forma prevista no inciso III do § 1º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º)
§ 12. A base de cálculo para determinação do valor devido mensalmente pela ME ou EPP a título de
ISS, na condição de optante pelo Simples Nacional, será a receita bruta total mensal, e não se aplica as
disposições relativas ao recolhimento do referido imposto em valor fixo diretamente ao Município pela
empresa enquanto não optante pelo Simples Nacional, ressalvado o disposto no art. 34 e observado o
disposto no art. 33. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §§ 5º-B a 5º-D, 5º-I e 22-A)
§ 13. As receitas obtidas por agência de viagem e turismo optante pelo Simples Nacional, relativas a
transporte turístico com frota própria, nos termos da Lei nº 11.771, de 2008, quando ocorrer dentro do
Município, entre Municípios ou entre Estados, serão tributadas na forma prevista no Anexo III. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, inciso III)
§ 14. Não se aplica o disposto no § 13 quando caracterizado o transporte de passageiros, em qualquer
modalidade, mesmo que de forma eventual ou por fretamento, quando então as receitas decorrentes do
transporte:
I - municipal serão tributadas na forma prevista no Anexo III; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, § 5º-B, inciso XIII)
II - intermunicipal e interestadual observarão o disposto na alínea “b” do inciso IX do § 1º deste artigo.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-E)
§ 15. A receita auferida por agência de viagem e turismo: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º, art. 3º, § 1º)
I - corresponderá à comissão ou ao adicional percebido, quando houver somente a intermediação de
serviços turísticos prestados por conta e em nome de terceiros; e
II - incluirá a totalidade dos valores auferidos, nos demais casos.
§ 16. A receita auferida na venda de veículos em consignação: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 2º, inciso I e § 6º, art. 3º, § 1º)
I - mediante contrato de comissão previsto nos arts. 693 a 709 do Código Civil corresponderá à
comissão e será tributada na forma prevista no Anexo III;
II - mediante contrato estimatório previsto nos arts. 534 a 537 do Código Civil corresponderá ao produto
da venda e será tributada na forma prevista no Anexo I.
§ 17. No caso de prestação dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa à
Lei Complementar nº 116, de 2003, o valor: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 23; Lei
Complementar nº 116, de 2003, art. 7º, § 2º, inciso I, e Lista de Serviços, itens 7.02 e 7.05)

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I - dos serviços será tributado de acordo com o Anexo III ou Anexo IV desta Resolução, conforme o
caso, permitida a dedução, na base de cálculo do ISS, do valor dos materiais fornecidos pelo prestador
do serviço, observada a legislação do respectivo ente federado;
II - dos materiais produzidos pelo prestador dos serviços no local da prestação de serviços será
tributado de acordo com o Anexo III ou Anexo IV desta Resolução, conforme o caso; e
III - das mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços fora do local da prestação dos serviços
será tributado de acordo com o Anexo II desta Resolução.
§ 18. A receita obtida pelo salão-parceiro e pelo profissional-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de
2012, deverá ser tributada: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 1º e 16; art. 18, § 4º)
I - na forma prevista no Anexo III desta Resolução, quanto aos serviços e produtos neles empregados;
e
II - na forma prevista no Anexo I desta Resolução, quanto aos produtos e mercadorias comercializados.

Art. 26. Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional obter receitas decorrentes da
prestação de serviços previstas no inciso V do § 1º do art. 25, deverá apurar o fator “r”, que é a razão
entre a: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §§ 5º-J, 5º-K e 5º-M)
I - folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração; e
II - receita bruta total acumulada auferida nos mercados interno e externo nos 12 (doze) meses
anteriores ao período de apuração.
§ 1º Para efeito do disposto no inciso I do caput, considera-se folha de salários, incluídos encargos, o
montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas
de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição patronal
previdenciária e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, § 24)
§ 2º Para efeito do disposto no § 1º:
I - deverão ser considerados os salários informados na forma prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº
8.212, de 1991; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 25)
II - consideram-se salários o valor da base de cálculo da contribuição prevista nos incisos I e III do art.
22 da Lei nº 8.212, de 1991, agregando-se o valor do décimo terceiro salário na competência da incidência
da referida contribuição, na forma prevista no caput e nos §§ 1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.620, de 5 de
janeiro de 1993. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 24)
§ 3º Não são considerados para efeito do disposto no inciso II do § 2º valores pagos a título de aluguéis
e de distribuição de lucros. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 26)
§ 4º Na hipótese de a ME ou EPP ter menos de 13 (treze) meses de atividade, adotar-se-ão, para a
determinação da folha de salários anualizada, incluídos encargos, os mesmos critérios para a
determinação da receita bruta total acumulada, estabelecidos no art. 22, no que couber. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º) (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142,
de 21 de agosto de 2018)
§ 5º Para fins de determinação do fator “r”, considera-se: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º)
I - PA, o período de apuração relativo ao cálculo;
II - FSPA, a folha de salários do PA;
III - RPA, a receita bruta total do PA;
IV - FS12, a folha de salários dos 12 (doze) meses anteriores ao PA; e
V - RBT12r, a receita bruta acumulada dos 12 (doze) meses anteriores ao PA, considerando
conjuntamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação.
§ 6º Para o cálculo do fator “r” referente a período de apuração do mês de início de atividades: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - se a FSPA for maior do que 0 (zero) e a RPA for igual a 0 (zero), o fator “r” será igual a 0,28 (vinte
e oito centésimos);
II - se a FSPA for igual a 0 (zero) e a RPA for maior do que 0 (zero), o fator “r” será igual a 0,01 (um
centésimo); e
III - se a FSPA e a RPA forem maiores do que 0 (zero), o fator “r” corresponderá à divisão entre a FS12
e a RBT12r.
§ 7º Para o cálculo do fator “r” referente a período de apuração posterior ao mês de início de atividades:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - se FS12 e RBT12r forem iguais a 0 (zero), o fator “r” será igual a 0,01 (um centésimo);
II - se a FS12 for maior do que 0 (zero), e a RBT12r for igual a 0 (zero), o fator “r” será igual a 0,28
(vinte e oito centésimos);

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III - se a FS12 e a RBT12r forem maiores do que 0 (zero), o fator “r” corresponderá à divisão entre a
FS12 e a RBT12r; e
IV - se a FS12 for igual a 0 (zero) e a RBT12 for maior do que 0 (zero), o fator “r” corresponderá a 0,01
(um centésimo).

Subseção V
Da Retenção na Fonte e da Substituição Tributária

Art. 27. A retenção na fonte de ISS da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, somente será
permitida nas hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, observado
cumulativamente o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 4º)
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá
ao percentual efetivo de ISS decorrente da aplicação das tabelas dos Anexos III, IV ou V desta Resolução
para a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês anterior ao da prestação, assim
considerada:
a) a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses que antecederem o mês anterior ao da prestação;
ou
b) a média aritmética da receita bruta total dos meses que antecederem o mês anterior ao da
prestação, multiplicada por 12 (doze), na hipótese de a empresa ter iniciado suas atividades há menos
de 13 (treze) meses da prestação;
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividade da ME ou
EPP, a alíquota aplicável será de 2% (dois por cento);
III - na hipótese prevista no inciso II, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a
efetivamente apurada, caberá à ME ou à EPP prestadora dos serviços efetuar o recolhimento da diferença
no mês subsequente ao do início de atividade em guia própria do Município;
IV - na hipótese de a ME ou a EPP estar sujeita à tributação do ISS pelo Simples Nacional por valores
fixos mensais, não caberá a retenção a que se refere o caput, salvo quando o ISS for devido a outro
Município;
V - na hipótese de a ME ou EPP não informar no documento fiscal a alíquota de que tratam os incisos
I e II, aplicar-se-á a alíquota de 5% (cinco por cento);
VI - não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada
no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento da diferença será realizado em
guia própria do Município; e
VII - o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha com os
Municípios, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não haverá incidência de
ISS a ser recolhido pelo Simples Nacional.
§ 1º Na hipótese prevista no caput, caso a prestadora de serviços esteja abrangida por isenção ou
redução do ISS em face de legislação municipal ou distrital que tenha instituído benefícios à ME ou à EPP
optante pelo Simples Nacional, na forma prevista no art. 31, caberá a ela informar no documento fiscal a
alíquota aplicável na retenção na fonte, bem como a legislação concessiva do respectivo benefício. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 2º Para fins do disposto no inciso I do caput, respeitado o disposto no art. 21, o Município ou o Distrito
Federal poderá estabelecer critérios de informação da alíquota efetiva de ISS a constar do documento
fiscal, de acordo com a respectiva legislação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 3º Nas hipóteses de que tratam os incisos I e II do caput, a falsidade na prestação dessas
informações sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os administradores da ME ou da EPP,
juntamente com as demais pessoas que concorrerem para sua prática, às penalidades previstas na
legislação criminal e tributária. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 4º-A)

Art. 28. Na hipótese de a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional se encontrar na condição de:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 13, § 6º, inciso I; art. 18, § 4º, inciso IV, §
4º-A, inciso I, §§ 12, 13 e 14)
I - substituta tributária do ICMS, as receitas relativas à operação própria deverão ser segregadas na
forma prevista na alínea “a” do inciso II do § 8º do art. 25; e
II - substituída tributária do ICMS, as receitas decorrentes deverão ser segregadas na forma prevista
no inciso I do § 8º do art. 25.
§ 1º Na hipótese prevista no inciso I do caput, a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá
recolher a parcela dos tributos devidos por responsabilidade tributária diretamente ao ente detentor da
respectiva competência tributária. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, § 6º, inciso I)

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§ 2º Em relação ao ICMS, no que tange ao disposto no § 1º, o valor do imposto devido por substituição
tributária corresponderá à diferença entre: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, § 6º, inciso I)
I - o valor resultante da aplicação da alíquota interna do ente a que se refere o § 1º sobre o preço
máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou sugerido pelo fabricante, ou sobre o
preço a consumidor usualmente praticado; e
II - o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da operação ou
prestação própria do substituto tributário.
§ 3º Na hipótese de inexistência dos preços mencionados no inciso I do § 2º, o valor do ICMS devido
por substituição tributária será calculado da seguinte forma: imposto devido = [base de cálculo × (1,00 +
MVA) × alíquota interna] - dedução, onde: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, § 6º, inciso I)
I - “base de cálculo” é o valor da operação própria realizada pela ME ou EPP substituta tributária;
II - “MVA” é a margem de valor agregado divulgada pelo ente a que se refere o § 1º;
III - “alíquota interna” é a do ente a que se refere o § 1º; e
IV - “dedução” é o valor mencionado no inciso II do § 2º.
§ 4º Para fins do inciso I do caput, no cálculo dos tributos devidos no âmbito do Simples Nacional não
será considerado receita de venda ou revenda de mercadorias o valor do tributo devido a título de
substituição tributária, calculado na forma prevista no § 2º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, §
6º, inciso I)

Art. 29. Os Estados e o Distrito Federal deverão observar o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias,
contado a partir do primeiro dia do mês do fato gerador da obrigação tributária, para estabelecer a data
de vencimento do ICMS devido por substituição tributária, por tributação concentrada em uma única etapa
(monofásica) e por antecipação tributária com ou sem encerramento de tributação, nas hipóteses em que
a responsabilidade recair sobre operações ou prestações subsequentes. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 21-B)
Parágrafo único. O disposto no caput: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; e art.
21-B)
I - aplica-se na hipótese de a ME ou EPP optante estar obrigada ao recolhimento do imposto
diretamente ao Estado ou ao Distrito Federal, na forma prevista na respectiva legislação, observado o
disposto no inciso V do art. 103; e
II - não se aplica:
a) no caso de a ME ou a EPP estar impedida de recolher o ICMS no âmbito do Simples Nacional nos
termos do art. 12; e
b) quando a optante se encontrar em situação irregular, conforme definido na legislação da respectiva
unidade federada.

Subseção VI
Da Imunidade

Art. 30. Na apuração dos valores devidos no âmbito do Simples Nacional, a imunidade constitucional
sobre alguns tributos não afeta a incidência quanto aos demais, caso em que a alíquota aplicável
corresponderá ao somatório dos percentuais dos tributos não alcançados pela imunidade. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Subseção VII
Da Isenção, Redução ou Valor Fixo do ICMS ou ISS e dos Benefícios e Incentivos Fiscais

Art. 31. O Estado, o Distrito Federal ou o Município tem competência para, com relação à ME ou à
EPP optante pelo Simples Nacional, na forma prevista nesta Resolução: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18, §§ 18, 20 e 20-A)
I - conceder isenção ou redução do ICMS ou do ISS; e
II - estabelecer valores fixos para recolhimento do ICMS ou do ISS.
Parágrafo único. Quanto ao ISS, os benefícios de que tratam os incisos I e II do caput não poderão
resultar em percentual menor do que 2% (dois por cento), exceto para os serviços a que se referem os
subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003. (Lei Complementar nº
116, de 31 de julho de 2003, art. 8º-A, § 1º)

Art. 32. A concessão dos benefícios previstos no art. 31 poderá ser realizada: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 20-A)

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I - mediante deliberação exclusiva e unilateral do Estado, do Distrito Federal ou do Município
concedente; e
II - de modo diferenciado para cada ramo de atividade.
§ 1º Na hipótese de o Estado, o Distrito Federal ou o Município conceder isenção ou redução do ICMS
ou do ISS, à ME ou à EPP optante pelo Simples Nacional, o benefício deve ser concedido na forma de
redução do percentual efetivo do ICMS ou do ISS decorrente da aplicação das tabelas constantes dos
Anexos I a V desta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 2º Caso o Estado, o Distrito Federal ou o Município opte por aplicar percentuais de redução
diferenciados para cada faixa de receita bruta, estes devem constar da respectiva legislação, de forma a
facilitar o processo de geração do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) pelo
contribuinte. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 3º Deverão constar da legislação veiculadora da isenção ou redução da base de cálculo todas as
condições a serem observadas pela ME ou EPP, inclusive o percentual de redução aplicável a cada faixa
de receita bruta anual ou a todas as faixas. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 4º Salvo disposição em contrário do respectivo ente federado, para fins de concessão dos benefícios
previstos no art. 31, será considerada a receita bruta total acumulada auferida nos mercados interno e
externo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 20-A)

Art. 33. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas competências,
independentemente da receita bruta auferida no mês pelo contribuinte, poderão adotar valores fixos
mensais, inclusive por meio de regime de estimativa fiscal ou arbitramento, para o recolhimento do ICMS
e do ISS devido por ME que tenha auferido receita bruta total acumulada, nos mercados interno e externo,
conjuntamente, no ano-calendário anterior, de até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais),
observado o disposto neste artigo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 18)
§ 1º Os valores fixos estabelecidos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em
determinado ano-calendário: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, §§ 18 e
20-A)
I - só serão aplicados a partir do ano-calendário seguinte;
II - deverão abranger todas as empresas ou apenas aquelas que se situem em determinado ramo de
atividade, que tenham, em qualquer caso, auferido receita bruta no ano-calendário anterior até o limite
previsto no caput, ressalvado o disposto no § 3º; e
III - deverão ser estabelecidos obrigatória e individualmente para cada faixa de receita prevista nos
incisos I e II do § 2º.
§ 2º Observado o disposto no parágrafo único do art. 31 e no § 4º deste artigo, os valores fixos mensais
estabelecidos no caput não poderão exceder a: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 19)
I - para a ME que no ano-calendário anterior tenha auferido receita bruta de até R$ 180.000,00 (cento
e oitenta mil reais):
a) R$ 108,00 (cento e oito reais), no caso de ICMS; e
b) R$ 162,75 (cento e sessenta e dois reais e setenta e cinco centavos), no caso de ISS; e
II - para a ME que no ano-calendário anterior tenha auferido receita bruta entre R$ 180.000,00 (cento
e oitenta mil reais) e R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais):
a) R$ 295,50 (duzentos e noventa e cinco reais e cinquenta centavos), no caso de ICMS; e
b) R$ 427,50 (quatrocentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos), no caso de ISS.
§ 3º Fica impedida de adotar os valores fixos mensais de que trata este artigo a ME que (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º):
I - possua mais de um estabelecimento;
II - esteja no ano-calendário de início de atividade;
III - exerça mais de um ramo de atividade:
a) com valores fixos distintos, para o mesmo imposto, estabelecidos pelo respectivo ente federado; ou
b) quando pelo menos um dos ramos de atividade exercido não esteja sujeito ao valor fixo, para o
mesmo imposto, estabelecido pelo respectivo ente federado.
§ 4º O limite de que trata o caput deverá ser proporcionalizado na hipótese de a ME ter iniciado suas
atividades no ano-calendário anterior, utilizando-se da média aritmética da receita bruta total dos meses
desse ano-calendário, multiplicada por 12 (doze). (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §
6º)
§ 5º O valor fixo apurado na forma prevista neste artigo será devido ainda que tenha ocorrido retenção
ou substituição tributária dos impostos a que se refere o caput, observado o disposto no inciso IV do art.
27. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

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§ 6º Na hipótese de ISS devido a outro Município, o imposto deverá ser recolhido nos termos dos arts.
21 a 26 e 148, sem prejuízo do recolhimento do valor fixo devido ao Município de localização do
estabelecimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 7º O valor fixo de que trata o caput deverá ser incluído no valor devido pela ME relativamente ao
Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 18)
§ 8º A empresa sujeita a valor fixo na forma prevista no inciso I do § 2º que, no ano-calendário, auferir
receita bruta acima de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) continuará a recolher o valor fixo previsto
naquele dispositivo, ressalvado o disposto no § 9º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e
§ 6º; art. 18, § 18)
§ 9º A empresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta previsto no caput fica impedida
de recolher o ICMS ou o ISS pela sistemática de valor fixo, a partir do mês subsequente à ocorrência do
excesso, sujeitando-se à apuração desses tributos pela sistemática aplicável às demais empresas
optantes pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 18-A)

Art. 34. Os escritórios de serviços contábeis recolherão o ISS em valor fixo, na forma prevista na
legislação municipal, observado o disposto no § 11 do art. 25. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, § 22-A)

Art. 35. Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução
específica para as ME ou EPP, em relação ao ICMS ou ao ISS, será realizada a redução proporcional,
relativamente à receita do estabelecimento localizado no ente federado que concedeu a isenção ou
redução, da seguinte forma: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §§ 20 e 21)
I - sobre a parcela das receitas sujeitas a isenção, serão desconsiderados os percentuais do ICMS ou
do ISS, conforme o caso;
II - sobre a parcela das receitas sujeitas a redução, será realizada a redução proporcional dos
percentuais do ICMS ou do ISS, conforme o caso.

Art. 36. Na hipótese em que a União, o Estado ou o Distrito Federal, em lei específica destinada à ME
ou EPP optante pelo Simples Nacional, concedam isenção ou redução de Cofins, Contribuição para o
PIS/Pasep e ICMS para produtos da cesta básica, será realizada a redução proporcional, relativamente
à receita objeto da isenção ou redução concedida, da seguinte forma: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18, § 20-B)
I - sobre a parcela das receitas sujeitas a isenção, serão desconsiderados os percentuais da Cofins,
da Contribuição para o PIS/Pasep ou do ICMS, conforme o caso; e
II - sobre a parcela das receitas sujeitas a redução, será realizada a redução proporcional dos
percentuais da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep ou do ICMS, conforme o caso.
Art. 37. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional não poderá utilizar ou destinar qualquer valor
a título de incentivo fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 24)
Parágrafo único. Não serão consideradas quaisquer alterações em bases de cálculo, alíquotas e
percentuais ou outros fatores que alterem o valor de imposto ou contribuição apurado na forma prevista
no Simples Nacional, estabelecidas pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas
ou autorizadas na Lei Complementar nº 123, de 2006. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 24, § 1º).

Subseção VIII
Dos Aplicativos de Cálculo

Art. 38. O cálculo do valor devido na forma prevista no Simples Nacional deverá ser efetuado por meio
da declaração gerada pelo “Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional –
Declaratório (PGDAS-D)”, disponível no Portal do Simples Nacional na Internet. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18, § 15)
§ 1º A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá, para cálculo dos tributos devidos
mensalmente e geração do DAS, informar os valores relativos à totalidade das receitas correspondentes
às suas operações e prestações realizadas no período, no aplicativo a que se refere o caput, observadas
as demais disposições estabelecidas nesta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15)
§ 2º As informações prestadas no PGDAS-D: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15-A)
I - têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a
exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nele
prestadas; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15-A, inciso I)

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II - deverão ser fornecidas à RFB mensalmente até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos
devidos no âmbito do Simples Nacional em cada mês, previsto no art. 40, relativamente aos fatos
geradores ocorridos no mês anterior. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15-A, inciso II)
§ 3º O cálculo de que trata o caput, relativamente aos períodos de apuração até dezembro de 2011,
deverá ser efetuado por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional
(PGDAS), disponível no Portal do Simples Nacional na Internet. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18, § 15)
§ 4º Aplica-se ao PGDAS o disposto no § 1º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15)

Art. 39. A alteração das informações prestadas no PGDAS-D será efetuada por meio de retificação
relativa ao respectivo período de apuração. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 1º A retificação terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a
integralmente, e servirá para declarar novos débitos, e aumentar ou reduzir os valores de débitos já
informados. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 2º A retificação não produzirá efeitos quando tiver por objeto reduzir débitos relativos aos períodos
de apuração: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - cujos saldos a pagar tenham sido objeto de pedido de parcelamento deferido ou já tenham sido
enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União
(DAU), ou, com relação ao ICMS ou ao ISS, transferidos ao Estado ou Município que tenha efetuado o
convênio previsto no art. 139; ou
II - em relação aos quais a ME ou EPP tenha sido intimada sobre o início de procedimento fiscal.
§ 3º Na hipótese prevista no inciso I do § 2º, o ajuste dos valores dos débitos decorrentes da retificação
no PGDAS-D, nos sistemas de cobrança pertinentes, poderá ser efetuado: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - pelo Estado ou Município, com relação ao ICMS ou ISS, quando firmado o convênio previsto no art.
139 e os débitos já tiverem sido transferidos;
II - pela RFB, nos demais casos.
§ 4º O ajuste a que se refere o § 3º dependerá de prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no
preenchimento da declaração. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; Lei nº 5.172, de
1966, art. 147, § 1º)
§ 5º O direito de a ME ou EPP retificar as informações prestadas no PGDAS-D extingue-se em 5 (cinco)
anos contados a partir do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte àquele ao qual se refere a declaração.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Subseção IX
Dos Prazos de Recolhimento dos Tributos Devidos

Art. 40. Os tributos devidos, apurados na forma prevista nesta Resolução, deverão ser pagos até o dia
20 (vinte) do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, inciso III)
§ 1º Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos devidos no âmbito do
Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 1º)
§ 2º O valor não pago no prazo estabelecido no caput sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na
forma prevista na legislação do imposto sobre a renda. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 3º)
§ 3º Quando não houver expediente bancário no prazo estabelecido no caput, os tributos deverão ser
pagos até o dia útil imediatamente posterior. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso III)

Seção V
Da Arrecadação

Art. 41. A ME ou a EPP recolherá os tributos devidos no âmbito do Simples Nacional por meio do DAS,
que deverá conter as informações definidas nos termos do art. 43. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 21, inciso I)

Art. 42. O DAS será gerado exclusivamente: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
I - para o MEI, por meio do Programa Gerador do DAS para o MEI (PGMEI), inclusive na hipótese
prevista no § 3º; e
II - para as demais ME e para as EPP:
a) até o período de apuração relativo a dezembro de 2011, por meio do PGDAS;

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b) a partir do período de apuração relativo a janeiro de 2012, por meio do PGDAS-D.
§ 1º O DAS relativo a rotinas de cobrança, parcelamento, autuação fiscal ou dívida ativa poderá ser
gerado por aplicativos próprios disponíveis no Portal do Simples Nacional ou na página da RFB ou da
PGFN na Internet. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
§ 2º É inválido o DAS emitido em desacordo com o disposto neste artigo, e é vedada a impressão de
modelo do DAS com as informações definidas nos termos do art. 43, para fins de comercialização. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
§ 3º O DAS gerado para o MEI poderá ser: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
I - enviado por via postal para o domicílio do contribuinte, caso em que poderá conter, em uma mesma
folha de impressão, guias para pagamento de mais de uma competência, com identificação dos
respectivos vencimentos e do valor devido em cada mês;
II - emitido em terminais de autoatendimento disponibilizados por parceiros institucionais e pelo Serviço
Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), e conterá os dados previstos no art. 43; e
III - emitido por meio de aplicativo para dispositivos móveis, disponibilizado pela RFB.

Art. 43. O DAS conterá: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
I - a identificação do contribuinte (nome empresarial e CNPJ);
II - o mês de competência;
III - a data do vencimento original da obrigação tributária;
IV - o valor do principal, da multa e dos juros e/ou encargos;
V - o valor total;
VI - o número único de identificação do DAS, atribuído pelo aplicativo de cálculo;
VII - a data limite para acolhimento do DAS pela rede arrecadadora;
VIII - o código de barras e sua representação numérica;
IX - o perfil da arrecadação, assim considerado a partilha discriminada de cada um dos tributos
abrangidos pelo Simples Nacional, bem como os valores destinados a cada ente federado; e
X - o campo observações, para inserção de informações de interesse das administrações tributárias.
Parágrafo único. Os dados de que trata o inciso IX do caput, quando não disponíveis no DAS, deverão
constar do respectivo extrato emitido no Portal do Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 2º, inciso I e § 6º; art. 21, inciso I)

Art. 44. Fica vedada a emissão de DAS com valor total inferior a R$ 10,00 (dez reais). (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 21, inciso I)
Parágrafo único. No caso de o valor dos tributos devidos no âmbito do Simples Nacional resultar em
valor inferior a R$ 10,00 (dez reais), seu pagamento deverá ser diferido para os períodos subsequentes,
até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais). (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º; art. 21, inciso I)

Art. 45. O DAS somente será acolhido por instituição financeira credenciada para tal finalidade,
denominada, para os fins desta Resolução e da Resolução CGSN nº 11, de 23 de julho de 2007, agente
arrecadador. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso IV)
§ 1º No DAS acolhido em guichê de caixa, após validação dos seus dados, será aposta chancela de
recebimento, denominada autenticação, que compreende a impressão, de forma legível, no espaço
apropriado, dos seguintes caracteres: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso IV)
I - sigla, símbolo ou logotipo do agente arrecadador;
II - número da autenticação;
III - data do pagamento;
IV - valor; e
V - identificação da máquina autenticadora.
§ 2º É vedada a reprodução de autenticação por meio de decalque a carbono ou por qualquer outra
forma. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso IV)
§ 3º Em substituição à autenticação prevista no § 1º, o agente arrecadador poderá emitir cupom
bancário como comprovante de pagamento efetuado pelo contribuinte, conforme modelo constante no
Anexo VIII. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso IV)

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Seção VI
Do Parcelamento dos Débitos Tributários Apurados no Simples Nacional
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 46. Os débitos apurados na forma prevista no Simples Nacional poderão ser parcelados, desde
que respeitadas as disposições constantes desta Seção, observadas as seguintes condições:
I - o prazo máximo será de até 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 21, § 16)
II - o valor de cada parcela mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à
taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada
mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do
pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 17)
III - o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão
extrajudicial; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 20)
IV - serão aplicadas na consolidação as reduções das multas de lançamento de ofício previstas nos
incisos II e IV do art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, nos seguintes percentuais: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 21)
a) 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias,
contado da data em que foi notificado do lançamento; ou
b) 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado
da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância; e
V - no caso de parcelamento de débito inscrito em dívida ativa, o devedor pagará custas, emolumentos
e demais encargos legais. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 23)
§ 1º Somente serão parcelados débitos já vencidos e constituídos na data do pedido de parcelamento,
excetuadas as multas de ofício vinculadas a débitos já vencidos, que poderão ser parceladas antes da
data de vencimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 2º Somente poderão ser parcelados débitos que não se encontrem com exigibilidade suspensa na
forma prevista no art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional (CTN).
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 3º Os débitos constituídos por meio de Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF) de que trata o
art. 87 poderão ser parcelados desde a sua lavratura, observado o disposto no § 2º. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 4º É vedada a concessão de parcelamento para sujeitos passivos com falência decretada. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Subseção II
Dos Débitos Objeto do Parcelamento

Art. 47. O parcelamento dos tributos apurados na forma prevista no Simples Nacional não se aplica:
I - às multas por descumprimento de obrigação acessória; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21,
§ 15; art. 41, § 5º, inciso IV)
II - à CPP para a Seguridade Social para a empresa optante tributada com base: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 13, inciso VI)
a) nos Anexos IV e V, até 31 de dezembro de 2008; e
b) no Anexo IV, a partir de 1º de janeiro de 2009; e
III - aos demais tributos ou fatos geradores não abrangidos pelo Simples Nacional, previstos no art. 5º,
inclusive aqueles passíveis de retenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Subseção III
Da Concessão e Administração

Art. 48. A concessão e a administração do parcelamento serão de responsabilidade: (Lei


Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15, art. 41, § 5º, inciso V)
I - da RFB, exceto nas hipóteses dos incisos II e III;
II - da PGFN, relativamente aos débitos inscritos em DAU; ou
III - do Estado, Distrito Federal ou Município em relação aos débitos de ICMS ou de ISS:

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a) transferidos para inscrição em dívida ativa, em face do convênio previsto no art. 139; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 15 e 19)
b) lançados pelo ente federado nos termos do art. 142; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §
19)
c) transferidos para inscrição em dívida ativa, independentemente do convênio previsto no art. 139,
com relação aos débitos devidos pelo MEI e apurados no Simei. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
21, § 15; art. 41, § 5º, inciso V)
§ 1º Até o dia 15 de cada mês, a PGFN informará à Secretaria-Executiva do CGSN, para publicação
no Portal do Simples Nacional, a relação de entes federados que firmaram até o mês anterior o convênio
a que se refere a alínea “a” do inciso III do caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 2º O parcelamento dos débitos a que se refere a alínea “b” do inciso III do caput deste artigo será
concedido e administrado de acordo com a legislação do ente federado responsável pelo lançamento.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 19)
§ 3º No âmbito do Estado, Distrito Federal ou Município, o(s) órgão(s) concessor(es) serão indicados
com base na legislação do respectivo ente federado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Subseção IV
Do Pedido

Art. 49. Poderá ser realizada, a pedido ou de ofício, revisão dos valores objeto do parcelamento para
eventuais correções, ainda que já concedido o parcelamento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
21, § 15)

Art. 50. O pedido de parcelamento implica adesão aos termos e condições estabelecidos nesta Seção.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Art. 51. O parcelamento de débitos da empresa, cujos atos constitutivos estejam baixados, será
requerido em nome do titular ou de um dos sócios. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se também aos parcelamentos de débitos cuja execução
tenha sido redirecionada para o titular ou para os sócios. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §
15)

Subseção V
Do Deferimento

Art. 52. O órgão concessor definido no art. 48 poderá, em disciplinamento próprio: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
I - condicionar o deferimento do parcelamento à confirmação do pagamento tempestivo da primeira
parcela;
II - considerar o pedido deferido automaticamente após decorrido determinado período da data do
pedido sem manifestação da autoridade; e
III - estabelecer condições complementares, observadas as disposições desta Resolução.
§ 1º Caso a decisão do pedido de parcelamento não esteja condicionada à confirmação do pagamento
da primeira parcela, o deferimento do parcelamento se dará sob condição resolutória, tornando-se sem
efeito caso não seja efetuado o respectivo pagamento no prazo estipulado pelo órgão concessor. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, tornando-se sem efeito o deferimento, o contribuinte será excluído
do Simples Nacional, com efeitos retroativos, caso o parcelamento tenha sido solicitado para possibilitar
o deferimento do pedido de opção ou a permanência da ME ou da EPP como optante pelo Simples
Nacional, na hipótese prevista no § 1º do art. 84. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §
6º, e art. 21, § 15)
§ 3º É vedada a concessão de parcelamento enquanto não integralmente pago o parcelamento
anterior, salvo nas hipóteses de reparcelamento de que trata o art. 55 desta Resolução e do parcelamento
previsto no art. 9º da Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 21, § 15)

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Subseção VI
Da Consolidação

Art. 53. Atendidos os requisitos para a concessão do parcelamento, será feita a consolidação da dívida,
considerando-se como data de consolidação a data do pedido. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
21, § 15)
§ 1º Compreende-se por dívida consolidada o somatório dos débitos parcelados, acrescidos dos
encargos, custas, emolumentos e acréscimos legais, devidos até a data do pedido de parcelamento. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 2º A multa de mora será aplicada no valor máximo fixado pela legislação do imposto sobre a renda.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15, e art. 35)

Subseção VII
Das Prestações e de seu Pagamento

Art. 54. Quanto aos parcelamentos de competência da RFB e da PGFN:


I - o valor de cada parcela será obtido mediante a divisão do valor da dívida consolidada pelo número
de parcelas solicitadas, observado o limite mínimo de R$ 300,00 (trezentos reais), exceto quanto aos
débitos de responsabilidade do MEI, quando o valor mínimo será estipulado em ato do órgão concessor;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
II - as prestações do parcelamento vencerão no último dia útil de cada mês; e (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 21, § 15)
III - o repasse para os entes federados dos valores pagos e a amortização dos débitos parcelados será
efetuado proporcionalmente ao valor de cada tributo na composição da dívida consolidada. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 22)
§ 1º O Estado, Distrito Federal ou Município, quando na condição de órgão concessor, conforme
definido no art. 48, poderá estabelecer a seu critério o valor mínimo e a data de vencimento das parcelas
de que tratam os incisos I e II do caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 2º O valor de cada parcela, inclusive do valor mínimo previsto no inciso I do caput, estará sujeito ao
disposto no inciso II do art. 46. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Subseção VIII
Do Reparcelamento

Art. 55. No âmbito de cada órgão concessor, serão admitidos reparcelamentos de débitos no âmbito
do Simples Nacional constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser
incluídos novos débitos, concedendo-se novo prazo observado o limite de que trata o inciso I do art. 46.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 18) (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142, de
21 de agosto de 2018)
§ 1º A formalização de reparcelamento de débitos fica condicionada ao recolhimento da primeira
parcela em valor correspondente a: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 15 e 18)
I - 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou
II - 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de
reparcelamento anterior.
§ 2º Para os débitos inscritos em DAU será verificado o histórico de parcelamento no âmbito da RFB
e da PGFN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 15 e 18)
§ 3º Para os débitos administrados pelo Estado, Distrito Federal ou Município, na forma prevista no
art. 48, será verificado o histórico de parcelamentos por ele concedidos. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 21, §§ 15 e 18)
§ 4º A desistência de parcelamento cujos débitos foram objeto do benefício previsto no inciso IV do
art. 46, com a finalidade de reparcelamento do saldo devedor, implica restabelecimento do montante da
multa proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita e o benefício da redução será aplicado ao
reparcelamento caso a negociação deste ocorra nos prazos previstos nas alíneas “a” e “b” do mesmo
inciso. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 15 e 18)

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Subseção IX
Da Rescisão

Art. 56. Implicará rescisão do parcelamento: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 24)
I - a falta de pagamento de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não; ou
II - a existência de saldo devedor, após a data de vencimento da última parcela do parcelamento.
§ 1º É considerada inadimplente a parcela parcialmente paga. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
21, § 15)
§ 2º Rescindido o parcelamento, apurar-se-á o saldo devedor, providenciando-se, conforme o caso, o
encaminhamento do débito para inscrição em dívida ativa ou o prosseguimento da cobrança, se já
realizada aquela, inclusive quando em execução fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
§ 3º A rescisão do parcelamento motivada pelo descumprimento das normas que o regulam implicará
restabelecimento do montante das multas de que trata o inciso IV do art. 46 proporcionalmente ao valor
da receita não satisfeita. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Subseção X
Disposições Finais

Art. 57. A RFB, a PGFN, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar normas
complementares relativas ao parcelamento, observadas as disposições desta Seção. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Seção VII
Dos Créditos

Art. 58. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional não fará jus à apropriação nem transferirá créditos
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 23)
§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária, não optantes pelo
Simples Nacional, terão direito ao crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de
mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou
à industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples
Nacional em relação a essas aquisições, aplicando-se o disposto nos arts. 60 a 62. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º e 6º)
§ 2º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal, poderá ser
concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação tributária, não optantes pelo
Simples Nacional, crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias
adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação
no valor do crédito em razão da procedência dessas mercadorias. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 23, § 5º)
§ 3º As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins, observadas as vedações previstas e demais disposições da legislação aplicável,
podem descontar créditos calculados em relação às aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica
optante pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, § 6º; Lei nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, art. 3º; Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3º)

Seção VIII
Das Obrigações Acessórias
Subseção I
Dos Documentos e Livros Fiscais e Contábeis

Art. 59. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional utilizará, conforme as operações e prestações
que realizar, os documentos fiscais: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 20; art. 26, inciso I
e § 8º)
I - autorizados pelos entes federados onde a empresa tiver estabelecimento, inclusive os emitidos por
meio eletrônico;
II - emitidos diretamente por sistema nacional informatizado, com autorização eletrônica, sem custos
para a ME ou EPP, quando houver sua disponibilização no Portal do Simples Nacional.

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§ 1º Relativamente à prestação de serviços sujeita ao ISS, a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional
utilizará a Nota Fiscal de Serviços, conforme modelo aprovado e autorizado pelo Município, ou Distrito
Federal, ou outro documento fiscal autorizado conjuntamente pelo Estado e pelo Município da sua
circunscrição fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)
§ 2º O salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 2012 deverá emitir documento fiscal para o
consumidor com a indicação do total das receitas de serviços e produtos neles empregados e a
discriminação das cotas-parte do salão-parceiro e do profissional-parceiro, bem como o CNPJ deste. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I)
§ 3º O profissional-parceiro emitirá documento fiscal destinado ao salão-parceiro relativamente ao valor
das cotas-parte recebidas. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I)
§ 4º A utilização dos documentos fiscais fica condicionada: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
26, inciso I e § 4º)
I - à inutilização dos campos destinados à base de cálculo e ao imposto destacado, de obrigação
própria, sem prejuízo do disposto no art. 58; e
II - à indicação, no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo do
documento, por qualquer meio gráfico indelével, das expressões:
a) “DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL”; e
b) “NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI”.
§ 5º Na hipótese de o estabelecimento da ME ou EPP estar impedido de recolher o ICMS e o ISS pelo
Simples Nacional, em decorrência de haver excedido o sublimite vigente, em face do disposto no art. 12:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)
I - não se aplica a inutilização dos campos prevista no inciso I do § 4º; e (Redação dada pelo(a)
Resolução CGSN nº 142, de 21 de agosto de 2018)
II - o contribuinte deverá consignar, no campo destinado às informações complementares ou, em sua
falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico indelével, as expressões:
a) “ESTABELECIMENTO IMPEDIDO DE RECOLHER O ICMS/ISS PELO SIMPLES NACIONAL, NOS
TERMOS DO § 1º DO ART. 20 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006”;
b) “NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI”.
§ 6º Quando a ME ou EPP revestir-se da condição de responsável, inclusive de substituto tributário,
fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto retido no campo próprio ou, em sua falta, no corpo
do documento fiscal utilizado na operação ou prestação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26,
inciso I e § 4º)
§ 7º Na hipótese de devolução de mercadoria a contribuinte não optante pelo Simples Nacional, a ME
ou EPP fará a indicação no campo “Informações Complementares”, ou no corpo da Nota Fiscal Modelo
1, 1-A, ou Avulsa, da base de cálculo, do imposto destacado, e do número da nota fiscal de compra da
mercadoria devolvida, observado o disposto no art. 67. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso
I e § 4º)
§ 8º Ressalvado o disposto no § 4º, na hipótese de emissão de documento fiscal de entrada relativo à
operação ou prestação prevista no inciso XII do art. 5º, a ME ou a EPP fará a indicação da base de cálculo
e do ICMS porventura devido no campo “Informações Complementares” ou, em sua falta, no corpo do
documento, observado o disposto no art. 67. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)
§ 9º Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, não se aplicará o disposto
nos §§ 5º a 8º, e a base de cálculo e o ICMS porventura devido devem ser indicados nos campos próprios,
conforme estabelecido em manual de especificações e critérios técnicos da NF-e, baixado nos termos do
Ajuste SINIEF que instituiu o referido documento eletrônico. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26,
inciso I e § 4º) (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142, de 21 de agosto de 2018)
§ 10. Na prestação de serviço sujeito ao ISS, cujo imposto for de responsabilidade do tomador, o
emitente fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto devido no campo próprio ou, em sua
falta, no corpo do documento fiscal utilizado na prestação, observado o art. 27, no que couber. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)
§ 11. Relativamente ao equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), deverão ser observadas as
normas estabelecidas nas legislações dos entes federados. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26,
inciso I e § 4º)
§ 12. Os documentos fiscais autorizados anteriormente à opção poderão ser utilizados até o limite do
prazo previsto para o seu uso, desde que observadas as condições previstas nesta Resolução. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

Art. 60. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional que emitir nota fiscal com direito ao crédito
estabelecido no § 1º do art. 58, consignará no campo destinado às informações complementares ou, em

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sua falta, no corpo da nota fiscal, a expressão: "PERMITE O APROVEITAMENTO DO CRÉDITO DE
ICMS NO VALOR DE R$...; CORRESPONDENTE À ALÍQUOTA DE...%, NOS TERMOS DO ART. 23 DA
LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006". (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º e 6º; art.
26, inciso I e § 4º)
§ 1º A alíquota aplicável ao cálculo do crédito a que se refere o caput, corresponderá ao percentual
efetivo calculado com base na faixa de receita bruta no mercado interno a que a ME ou a EPP estiver
sujeita no mês anterior ao da operação, mediante aplicação das alíquotas nominais constantes dos
Anexos I ou II desta Resolução, da seguinte forma: {[(RBT12 × alíquota nominal) - (menos) Parcela a
Deduzir]/RBT12} × Percentual de Distribuição do ICMS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§
1º, 2º, 3º e 6º; art. 26, inciso I e § 4º)
§ 2º Será considerada a média aritmética da receita bruta total dos meses que antecederem o mês
anterior ao da operação, multiplicada por 12 (doze), na hipótese de a empresa ter iniciado suas atividades
há menos de 13 (treze) meses da operação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º e
6º; art. 26, inciso I e § 4º)
§ 3º O percentual de crédito de ICMS corresponderá a 1,36% (um inteiro e trinta e seis centésimos por
cento) para revenda de mercadorias e 1,44% (um inteiro e quarenta e quatro centésimos por cento) para
venda de produtos industrializados pelo contribuinte, na hipótese de a operação ocorrer nos 2 (dois)
primeiros meses de início de atividade da ME ou da EPP optante pelo Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º e 6º; art. 26, inciso I e § 4º)
§ 4º No caso de redução de ICMS concedida pelo Estado ou Distrito Federal nos termos do art. 35,
esta será considerada no cálculo do percentual de crédito de que tratam os §§ 1º e 3º, conforme critério
de concessão disposto na legislação do ente. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º e
6º; art. 26, inciso I e § 4º)
§ 5º Na hipótese de emissão de NF-e, o valor correspondente ao crédito e a alíquota referida no caput
deste artigo deverão ser informados nos campos próprios do documento fiscal, conforme estabelecido
em manual de especificações e critérios técnicos da NF-e, nos termos do Ajuste SINIEF que instituiu o
referido documento eletrônico. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, § 6º; art. 26, inciso I e § 4º)

Art. 61. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional não poderá consignar no documento fiscal a
expressão mencionada no caput do art. 60, ou caso já consignada, deverá inutilizá-la, quando: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º e 4º; art. 26, inciso I e § 4º)
I - estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;
II - tratar-se de operação de venda ou revenda de mercadorias em que o ICMS não é devido na forma
do Simples Nacional;
III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal, nos termos do art. 38, que abranja a
faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês da operação;
IV- a operação for imune ao ICMS;
V - considerar, por opção, que a base de cálculo sobre a qual serão calculados os valores devidos na
forma do Simples Nacional será representada pela receita recebida no mês (Regime de Caixa); ou
VI - tratar-se de prestação de serviço de comunicação, de transporte interestadual ou de transporte
intermunicipal.

Art. 62. O adquirente da mercadoria não poderá se creditar do ICMS consignado em nota fiscal emitida
por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, a que se refere o art. 60, quando: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 6º)
I - a alíquota estabelecida no § 1º do art. 60 não for informada na nota fiscal;
II - a mercadoria adquirida não se destinar à comercialização ou à industrialização; ou
III - a operação enquadrar-se nas situações previstas nos incisos I a VI do art. 61.
Parágrafo único. Na hipótese de utilização de crédito a que se refere o § 1º do art. 58, de forma indevida
ou a maior, o destinatário da operação estornará o crédito respectivo conforme a legislação de cada ente,
sem prejuízo de eventuais sanções ao emitente, nos termos da legislação do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 4º e 6º)

Art. 63. Observado o disposto no art. 64, a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar
para os registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 26, §§ 2º, 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11)
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária;
II - Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término
de cada ano-calendário, caso seja contribuinte do ICMS;

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III - Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado à escrituração dos documentos fiscais
relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação
efetuadas a qualquer título pelo estabelecimento, caso seja contribuinte do ICMS;
IV - Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos
serviços prestados sujeitos ao ISS, caso seja contribuinte do ISS;
V - Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos
serviços tomados sujeitos ao ISS; e
VI - Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso seja exigível pela legislação do
IPI.
§ 1º Os livros discriminados neste artigo poderão ser dispensados, no todo ou em parte, pelo ente
tributante da circunscrição fiscal do estabelecimento do contribuinte, respeitados os limites de suas
respectivas competências. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 4º)
§ 2º Além dos livros previstos no caput, serão utilizados, observado o disposto no art. 64: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11)
I - Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para registro dos
impressos que confeccionar para terceiros ou para uso próprio;
II - livros específicos pelos contribuintes que comercializem combustíveis; e
III - Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo de
intermediação de veículos, inclusive como simples depositários ou expositores.
§ 3º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do Livro Razão, dispensa
a apresentação do Livro Caixa. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 4º A ME ou a EPP que receber aporte de capital na forma prevista nos arts. 61-A a 61-D da Lei
Complementar nº 123, de 2006, deverá manter Escrituração Contábil Digital (ECD) e ficará desobrigada
de cumprir o disposto no inciso I do caput e no § 3º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I
e § 6º; art. 26, § 15; art. 27)
§ 5º O ente tributante que adote sistema eletrônico de emissão de documentos fiscais ou recepção
eletrônica de informações poderá exigi-los de seus contribuintes optantes pelo Simples Nacional,
observados os prazos e formas previstos nas respectivas legislações, ressalvado o disposto no art. 64.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11)
§ 6º A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional fica obrigada ao cumprimento das obrigações
acessórias previstas nos regimes especiais de controle fiscal, quando exigíveis pelo respectivo ente
tributante, observado o disposto no art. 64. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art.
26, §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11)
§ 7º O Livro Caixa deverá: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 2º; Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002, art. 1.182)
I - conter termos de abertura e de encerramento e ser assinado pelo representante legal da empresa
e, se houver na localidade, pelo responsável contábil legalmente habilitado; e
II - ser escriturado por estabelecimento.

Art. 64. A RFB, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão instituir obrigações
tributárias acessórias ou estabelecer exigências adicionais e unilaterais, relativamente à prestação de
informações e apresentação de declarações referentes aos tributos apurados na forma prevista no
Simples Nacional, além das estipuladas ou previstas nesta Resolução e atendidas por meio do Portal do
Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º e 15)
§ 1º O disposto no caput não se aplica às obrigações e exigências decorrentes de:
I - programas de cidadania fiscal; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º e 15)
II - norma publicada até 31 de março de 2014 que tenha veiculado exigência vigente até aquela data,
observado o disposto no § 2º; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)
III - procedimento administrativo fiscal, tais como a exibição de livros, documentos ou arquivos
eletrônicos e o fornecimento de informações fiscais, econômicas ou financeiras, previstos ou autorizados
nesta Resolução, bem como aqueles necessários à fundamentação dos atos administrativos oriundos do
procedimento; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; Lei nº 5.172, de 1966, art. 195,
caput)
IV - informações apresentadas por meio do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de
Combustíveis (SCANC), aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz); ou (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)
V - informações relativas ao Fundo de Combate à Pobreza constante do § 1º do art. 82 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)

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§ 2º As obrigações a que se refere o inciso II do § 1º e as que vierem a ser instituídas na forma prevista
no caput, serão cumpridas por meio do Portal do Simples Nacional com base em resolução do CGSN.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)
§ 3º A exigência de apresentação de livros fiscais em meio eletrônico será aplicada somente na
hipótese de substituição da entrega em meio convencional, cuja obrigatoriedade tenha sido prévia e
especificamente estabelecida em resolução do CGSN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º-
B e 15)
§ 4º Na hipótese prevista no inciso II do § 1º: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º, 4º-A,
inciso I, e 15)
I - a prestação de informações por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) somente
pode ser exigida:
a) nos casos em que se referir a estabelecimento de EPP que tenha ultrapassado o sublimite vigente
no Estado ou no Distrito Federal; e
b) em perfil específico que não exija a apuração de tributos;
II - o Município que tenha adotado Nota Fiscal Eletrônica de Serviços deverá adotar medidas que visem
à revogação das declarações eletrônicas de serviços prestados, em face do disposto no art. 69.

Art. 65. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão exigir a escrituração fiscal digital ou
obrigação equivalente para a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 26, § 15)
I - as informações eletrônicas sejam pré-escrituradas pelo ente federado, a fim de que o contribuinte
complemente a escrituração com as seguintes informações:
a) relativas a documentos fiscais não eletrônicos;
b) sobre classificação fiscal de documentos fiscais eletrônicos de entrada; e
c) que confirmem os serviços tomados; e
II - a obrigação seja cumprida:
a) mediante aplicativo gratuito, com link disponível no Portal do Simples Nacional; e
b) com dispensa do uso de certificação digital, salvo nas hipóteses previstas no art. 79, nos casos em
que poderá ser exigido.
§ 1º A exigência prevista no caput não se aplicará às informações relativas a documentos fiscais: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º e 15)
I - não eletrônicos a que se refere o inciso I do caput, cujos dados sejam transmitidos à administração
tributária do ente federado de localização do emitente em face de programas de cidadania fiscal;
II - de entrada e de serviços tomados, quando a classificação ou a confirmação a que se referem as
alíneas “b” e “c” do inciso I do caput forem efetuadas em sistema que possibilite a recepção eletrônica do
documento, na forma estabelecida pela administração tributária do ente federado de localização do
adquirente ou tomador.
§ 2º A carga ou confirmação de documentos fiscais eletrônicos de saída ou de prestação de serviços
não poderá ser solicitada, salvo quando em caráter facultativo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
26, § 15)
§ 3º O disposto neste artigo abrange qualquer modalidade de escrituração fiscal digital, livros
eletrônicos de entrada e saída, bem como declaração eletrônica de prestação ou tomada de serviços.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º-A, 5º e 15)
§ 4º A exigência de prestação de dados por meio de escrituração fiscal digital em qualquer modalidade
que não atenda ao disposto neste artigo não poderá ter caráter obrigatório para a ME ou EPP optante
pelo Simples Nacional, exceto quando ultrapassado o sublimite vigente no Estado ou Distrito Federal. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se às obrigações exigíveis a partir de 1º de abril de 2014. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 15)

Art. 66. Os documentos fiscais relativos a operações ou prestações realizadas ou recebidas, bem como
os livros fiscais e contábeis, deverão ser mantidos em boa guarda, ordem e conservação enquanto não
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso II)

Art. 67. Os livros e documentos fiscais previstos nesta Resolução serão emitidos e escriturados nos
termos da legislação do ente tributante da circunscrição do contribuinte, com observância do disposto nos
Convênios e Ajustes SINIEF que tratam da matéria, especialmente os Convênios SINIEF s/n, de 15 de
dezembro de 1970, nº 6, de 21 de fevereiro de 1989, bem como o Ajuste SINIEF nº 7, de 30 de setembro

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
de 2005 (NF-e), observado o disposto no art. 64. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I; art.
26, §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 4º-C, 10 e 11)
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos livros e documentos fiscais relativos ao ISS.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I)

Art. 68. Será considerado inidôneo o documento fiscal utilizado pela ME ou EPP optante pelo Simples
Nacional em desacordo com o disposto nesta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26,
inciso I)

Art. 69. O ato de emissão ou de recepção de documento fiscal por meio eletrônico estabelecido pelas
administrações tributárias, em qualquer modalidade, de entrada, de saída ou de prestação, representa
sua própria escrituração fiscal e elemento suficiente para a fundamentação e a constituição do crédito
tributário, ressalvado o disposto no inciso II do § 1º do art. 64. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
26, §§ 10 e 15)
Parágrafo único. Considera-se recepção de documento fiscal o ato de validação ou confirmação
eletrônica praticado pelo contribuinte na forma estipulada pela respectiva legislação tributária. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 10 e 15)

Art. 70. Os dados dos documentos fiscais de qualquer espécie podem ser compartilhados entre as
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e, quando emitidos
por meio eletrônico, a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional fica desobrigada de transmitir seus
dados às referidas administrações tributárias, ressalvado o disposto no inciso II do § 1º do art. 64. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 11 e 15)

Art. 71. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional poderá, opcionalmente, adotar contabilidade
simplificada para os registros e controles das operações realizadas, observadas as disposições previstas
no Código Civil e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 27)
Parágrafo único. Aplica-se a dispensa prevista no § 2º do art. 1.179 do Código Civil ao empresário
individual com receita bruta anual de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais). (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 68)

Subseção II
Das Declarações

Art. 72. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional apresentará a Declaração de Informações
Socioeconômicas e Fiscais (Defis). (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)
§ 1º A Defis será entregue à RFB por meio de módulo do aplicativo PGDAS-D, até 31 de março do
ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores dos tributos previstos no Simples
Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 15-A; art. 25, caput)
§ 2º Nas hipóteses em que a ME ou a EPP tenha sido incorporada, cindida, total ou parcialmente,
extinta ou fundida, a Defis relativa à situação especial deverá ser entregue até: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 25, caput)
I - o último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer no primeiro quadrimestre do ano-calendário;
ou
II - o último dia do mês subsequente ao do evento, nos demais casos.
§ 3º Em relação ao ano-calendário de exclusão da ME ou da EPP do Simples Nacional, esta deverá
entregar a Defis abrangendo os fatos geradores ocorridos no período em que esteve na condição de
optante, no prazo estabelecido no § 1º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)
§ 4º A Defis poderá ser retificada independentemente de prévia autorização da administração tributária
e terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, observado o disposto no parágrafo
único do art. 138 do CTN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)
§ 5º As informações prestadas pelo contribuinte na Defis serão compartilhadas entre a RFB e os órgãos
de fiscalização tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 25, caput)
§ 6º A exigência da Defis não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 3º)
§ 7º Na hipótese de a ME ou a EPP permanecer inativa durante todo o ano-calendário, deverá informar
esta condição na Defis. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, § 2º)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
§ 8º Para efeito do disposto no § 7º, considera-se em situação de inatividade a ME ou a EPP que não
apresente mutação patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 25, § 3º)
§ 9º O direito de a ME ou a EPP retificar as informações prestadas na Defis e na Declaração Única e
Simplificada de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DASN) extingue-se em 5 (cinco) anos contados
a partir do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte àquele ao qual se refere a declaração. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)

Art. 73. Relativamente aos tributos devidos, não abrangidos pelo Simples Nacional, nos termos do art.
5º, a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional deverá observar a legislação dos respectivos entes
federados quanto à prestação de informações e entrega de declarações. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 13, § 1º)

Art. 74. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional fica obrigada à entrega da Declaração Eletrônica
de Serviços, quando exigida pelo Município ou pelo Distrito Federal, que servirá para a escrituração
mensal de todos os documentos fiscais emitidos e documentos recebidos referentes aos serviços
prestados, tomados ou intermediados de terceiros, observado o disposto no inciso II do § 4º do art. 64.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 5º)

Art. 75. A declaração a que se refere o art. 74 substitui os livros referidos nos incisos IV e V do art. 63,
e será apresentada ao Município ou ao Distrito Federal pelo prestador, pelo tomador, ou por ambos,
observado o disposto na legislação de sua circunscrição fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
26, § 5º)

Art. 76. O Estado ou o Distrito Federal poderá obrigar a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional,
quando responsável pelo recolhimento do ICMS de que tratam as alíneas “a”, “g” e “h” do inciso XII do
art. 5º, a entregar, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016, declaração
eletrônica para prestação de informações relativas ao ICMS devido por substituição tributária,
recolhimento antecipado e diferencial de alíquotas, por meio de aplicativo único, gratuito e acessível por
link disponível no Portal do Simples Nacional, na forma disciplinada pelo Confaz, observado o disposto
no inciso III do art. 79. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 4º, 12 e 15)
§ 1º A declaração de que trata o caput substituirá, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de
janeiro de 2016, as exigidas pelos Estados e pelo Distrito Federal. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 26, §§ 4º, 12 e 15)
§ 2º Os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2015 continuarão a ser declarados com
observância da disciplina estabelecida pelos entes a que se refere o caput. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 26, §§ 4º, 12 e 15)

Subseção III
Do Registro dos Valores a Receber no Regime de Caixa

Art. 77. A optante pelo regime de caixa deverá manter registro dos valores a receber, no modelo
constante do Anexo IX, no qual constarão, no mínimo, as seguintes informações, relativas a cada
prestação de serviço ou operação com mercadorias a prazo: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)
I - número e data de emissão de cada documento fiscal;
II - valor da operação ou prestação;
III - quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos vencimentos;
IV - data de recebimento e valor recebido;
V - saldo a receber; e
VI - créditos considerados não mais cobráveis.
§ 1º Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço
ou operação com mercadoria, estes deverão ser registrados conjuntamente. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)
§ 2º A adoção do regime de caixa pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa ordem e guarda
os documentos e livros previstos nesta Resolução, inclusive com a discriminação completa de toda a sua
movimentação financeira e bancária, constante do Livro Caixa, observado o disposto no § 3º do art. 63.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, inciso II e § 4º)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
§ 3º Fica dispensado o registro na forma prevista neste artigo em relação às prestações e operações
realizadas por meio de administradoras de cartões, inclusive de crédito, desde que a ME ou a EPP anexe
ao respectivo registro os extratos emitidos pelas administradoras relativos às vendas e aos créditos
respectivos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo para os valores decorrentes das prestações e operações
realizadas por meio de cheques: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º;
art. 26, § 4º)
I - quando emitidos para apresentação futura, mesmo quando houver parcela à vista;
II - quando emitidos para quitação da venda total, na ocorrência de cheques não honrados;
III - não liquidados no próprio mês.
§ 5º A ME ou a EPP deverá apresentar à administração tributária, quando solicitados, os documentos
que comprovem a efetiva cobrança dos créditos considerados não mais cobráveis. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)
§ 6º São considerados meios de cobrança: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 3º; art. 26, §
4º)
I - notificação extrajudicial;
II - protesto;
III - cobrança judicial; e
IV - registro do débito em cadastro de proteção ao crédito.

Art. 78. Na hipótese de descumprimento do disposto no art. 77, será desconsiderada, de ofício, a opção
pelo regime de caixa, para os anos-calendário correspondentes ao período em que tenha ocorrido o
descumprimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, os tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverão
ser recalculados pelo regime de competência, sem prejuízo dos acréscimos legais correspondentes. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 18, § 3º; art. 26, § 4º)

Subseção IV
Da Certificação Digital para a ME e a EPP

Art. 79. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional poderá ser obrigada ao uso de certificação
digital para cumprimento das seguintes obrigações: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 7º)
I - entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social (GFIP), bem como o recolhimento do FGTS, ou de declarações relativas ao Sistema
de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), para empresas
com empregado;
II - emissão de documento fiscal eletrônico, quando a obrigatoriedade estiver prevista em norma do
Confaz ou na legislação municipal;
III - prestação de informações relativas ao ICMS a que se refere o caput do art. 76, desde que a ME
ou a EPP esteja obrigada ao uso de documento fiscal eletrônico na forma prevista no inciso II; e
IV - prestação de informações à RFB relativas à manutenção de recursos no exterior na forma prevista
no art. 1º da Lei nº 11.371, de 28 de novembro de 2006.
§ 1º Poderá ser exigida a utilização de códigos de acesso para cumprimento das obrigações não
previstas nos incisos do caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, § 7º)
§ 2º A empresa poderá cumprir as obrigações relativas ao eSocial com utilização de código de acesso
apenas na modalidade online e desde que tenha até 1 (um) empregado. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, § 7º)

Subseção V
Dos Equipamentos Contadores de Produção

Art. 80. A ME ou a EPP envasadora de bebidas optante pelo Simples Nacional deverá observar as
normas da RFB referentes a instalação de equipamentos de contadores de produção, que possibilitem,
ainda, a identificação do tipo de produto, de embalagem e sua marca comercial, além de outros
instrumentos de controle. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, § 5º; art. 26, §§ 4º e 15)

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Seção IX
Da Exclusão
Subseção I
Da Exclusão por Comunicação

Art. 81. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação da ME ou da EPP à RFB, em


aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, dar-se-á:
I - por opção, a qualquer tempo, produzindo efeitos: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 30, inciso
I e art. 31, inciso I e § 4º)
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário, se comunicada no próprio mês de janeiro; ou
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, se comunicada nos demais meses; ou
II - obrigatoriamente, quando:
a) a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites previstos no § 1º do art. 2º, hipótese em que
a exclusão deverá ser comunicada:
1. até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um
desses limites, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao do excesso; ou (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 30, inciso IV, § 1º, inciso IV; art. 31, inciso V, alínea “a”)
2. até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) um desses limites, produzindo efeitos a partir do ano-
calendário subsequente ao do excesso; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 30, inciso IV, § 1º, inciso
IV; art. 31, inciso V, alínea “b”)
b) a receita bruta acumulada, no ano-calendário de início de atividade, ultrapassar um dos limites
previstos no caput do art. 3º, hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada:
1. até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) de um
desses limites, produzindo efeitos retroativamente ao início de atividades; ou (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 30, inciso III, § 1º, inciso III, alínea “a”; art. 31, inciso III, alínea “a”)
2. até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) um desses limites, produzindo efeitos a partir de 1º de
janeiro do ano-calendário subsequente; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 30, inciso III, § 1º, inciso
III, alínea “b”; art. 31, inciso III, alínea “b”)
c) incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XIV e XVI a XXV do art. 15, hipótese
em que a exclusão: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 30, inciso II)
1. deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência da situação de
vedação; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 30, § 1º, inciso II)
2. produzirá efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 31, inciso II)
d) possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas
Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, hipótese em que a exclusão: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 17, inciso V; art. 30, inciso II)
1. deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subsequente ao da situação de vedação; e (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 30, § 1º, inciso II)
2. produzirá efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao da comunicação; ou(Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 31, inciso IV)
e) for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou a EPP incorria em alguma
das vedações previstas no art. 15, hipótese em que a exclusão produzirá efeitos desde a data da opção.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 16, caput)
Parágrafo único. Na hipótese prevista na alínea "c" do inciso II do caput, deverão ser consideradas as
disposições específicas relativas ao MEI, quando se tratar de ausência de inscrição ou de irregularidade
em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 17, § 4º)

Art. 82. A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB, equivalerá à comunicação
obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes hipóteses: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 30, § 3º)
I - alteração de natureza jurídica para sociedade anônima, sociedade empresária em comandita por
ações, sociedade em conta de participação ou estabelecimento, no Brasil, de sociedade estrangeira;
II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;
III - inclusão de sócio pessoa jurídica;
IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior;

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V - cisão parcial; ou
VI - extinção da empresa.
Parágrafo único. A exclusão de que trata o caput produzirá efeitos:
I - a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação, nas hipóteses
previstas nos incisos I a V do caput; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 31, inciso II); e
II - a partir da data da extinção da empresa, na hipótese prevista no inciso VI do caput. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Subseção II
Da Exclusão de Ofício

Art. 83. A competência para excluir de ofício a ME ou a EPP do Simples Nacional é: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 29, § 5º; art. 33)
I - da RFB;
II - das secretarias de fazenda, de tributação ou de finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo
a localização do estabelecimento; e
III - dos Municípios, tratando-se de prestação de serviços incluídos na sua competência tributária.
§ 1º Será expedido termo de exclusão do Simples Nacional pelo ente federado que iniciar o processo
de exclusão de ofício. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, § 3º)
§ 2º Será dada ciência do termo de exclusão à ME ou à EPP pelo ente federado que tenha iniciado o
processo de exclusão, segundo a sua respectiva legislação, observado o disposto no art. 122. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 1º-A a 1º-D; art. 29, §§ 3º e 6º)
§ 3º Na hipótese de a ME ou a EPP, dentro do prazo estabelecido pela legislação do ente federado
que iniciou o processo, impugnar o termo de exclusão, este se tornará efetivo quando a decisão definitiva
for desfavorável ao contribuinte, com observância, quanto aos efeitos da exclusão, do disposto no art. 84.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 39, § 6º)
§ 4º Se não houver, dentro do prazo estabelecido pela legislação do ente federado que iniciou o
processo, impugnação do termo de exclusão, este se tornará efetivo depois de vencido o respectivo prazo,
com observância, quanto aos efeitos da exclusão, do disposto no art. 84. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 29, § 3º; art. 39, § 6º)
§ 5º A exclusão de ofício será registrada no Portal do Simples Nacional na internet, pelo ente federado
que a promoveu, após vencido o prazo de impugnação estabelecido pela legislação do ente federado que
iniciou o processo, sem sua interposição tempestiva, ou, caso interposto tempestivamente, após a
decisão administrativa definitiva desfavorável à empresa, condicionados os efeitos dessa exclusão a esse
registro, observado o disposto no art. 84. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, § 3º; art. 39, § 6º)
§ 6º Fica dispensado o registro previsto no § 5º para a exclusão retroativa de ofício efetuada após a
baixa no CNPJ, condicionados os efeitos dessa exclusão à efetividade do termo de exclusão na forma
prevista nos §§ 3º e 4º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, § 3º)
§ 7º Ainda que a ME ou a EPP exerça exclusivamente atividade não incluída na competência tributária
municipal, se tiver débitos perante a Fazenda Pública Municipal, ausência de inscrição ou irregularidade
no cadastro fiscal, o Município poderá proceder à sua exclusão do Simples Nacional por esses motivos,
observado o disposto nos incisos V e VI do caput e no § 1º, todos do art. 84. (Lei Complementar nº 123,
art. 29, §§ 3º e 5º; art. 33, § 4º)
§ 8º Ainda que a ME ou a EPP não tenha estabelecimento em sua circunscrição o Estado poderá
excluí-la do Simples Nacional se ela estiver em débito perante a Fazenda Pública Estadual ou se não
tiver inscrita no cadastro fiscal, quando exigível, ou se o cadastro estiver em situação irregular, observado
o disposto nos incisos V e VI do caput e no § 1º, todos do art. 84. (Lei Complementar nº 123, art. 29, §§
3º e 5º; art. 33, § 4º)

Subseção III
Dos Efeitos da Exclusão de Ofício

Art. 84. A exclusão de ofício da ME ou da EPP do Simples Nacional produzirá efeitos:


I - a partir das datas de efeitos previstas no inciso II do art. 81, quando verificada a falta de comunicação
de exclusão obrigatória; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, inciso I; art. 31, incisos II, III, IV, V e
§ 2º)
II - a partir do mês subsequente ao do descumprimento das obrigações a que se refere o § 8º do art.
6º, quando se tratar de escritórios de serviços contábeis; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §
22-C; art. 31, inciso II)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
III - a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas hipóteses em que:
a) for constatado que, quando do ingresso no Simples Nacional, a ME ou a EPP incorria em alguma
das hipóteses de vedação previstas no art. 15; ou (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e
§ 6º; art. 16, caput)
b) for constatada declaração inverídica prestada nas hipóteses do § 4º do art. 6º e do inciso II do § 3º
do art. 8º; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 16, caput)
IV - a partir do próprio mês em que incorridas, hipótese em que a empresa ficará impedida de fazer
nova opção pelo Simples Nacional nos 3 (três) anos-calendário subsequentes, nas seguintes hipóteses:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, incisos II a XII e § 1º)
a) ter a empresa causado embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de
exibição de livros e documentos a que estiver obrigada, e não ter fornecido informações sobre bens,
movimentação financeira, negócio ou atividade que estiver intimada a apresentar, e nas demais hipóteses
que autorizam a requisição de auxílio da força pública;
b) ter a empresa resistido à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento,
ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolva suas atividades ou se encontrem bens de
sua propriedade;
c) ter sido a empresa constituída por interpostas pessoas;
d) ter a empresa incorrido em práticas reiteradas de infração ao disposto na Lei Complementar nº 123,
de 2006;
e) ter sido a empresa declarada inapta, na forma prevista na Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996,
e alterações posteriores;
f) se a empresa comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;
g) se for constatada:
1. a falta de ECD para a ME e a EPP que receber aporte de capital na forma prevista nos arts. 61-A a
61-D da Lei Complementar nº 123, de 2006; ou
2. a falta de escrituração do Livro Caixa ou a existência de escrituração do Livro Caixa que não permita
a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária, para a ME e a EPP que não receber o
aporte de capital a que se refere o item 1;
h) se for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte
por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
i) se for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, foi
superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início
de atividade;
j) se for constatado que a empresa, de forma reiterada, não emite documento fiscal de venda ou
prestação de serviço, observado o disposto nos arts. 59 a 61 e ressalvadas as prerrogativas do MEI nos
termos da alínea "a" do inciso II do art. 106; e
k) se for constatado que a empresa, de forma reiterada, deixa de incluir na folha de pagamento ou em
documento de informações exigido pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, informações
sobre o segurado empregado, o trabalhador avulso ou o contribuinte individual que lhe presta serviço;
V - a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na hipótese de ausência ou irregularidade
no cadastro fiscal federal, municipal ou, quando exigível, estadual; e (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 17, inciso XVI; art. 31, inciso II)
VI - a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, se a empresa estiver
em débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal,
Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
17, inciso V; art. 31, inciso IV)
§ 1º Na hipótese prevista nos incisos V e VI do caput, a comprovação da regularização do débito ou
do cadastro fiscal, no prazo de até 30 (trinta) dias, contado da ciência da exclusão de ofício, possibilitará
a permanência da ME ou da EPP como optante pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 31, § 2º)
§ 2º O prazo a que se refere o inciso IV do caput será elevado para 10 (dez) anos caso seja constatada
a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização
em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável na forma do Simples Nacional.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, incisos II a XII e § 2º)
§ 3º A ME ou a EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do período em que se
processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 32, caput)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º, nas hipóteses do inciso I do § 2º do art. 3º, a ME ou a EPP excluída
do Simples Nacional ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos tributos,
devidos em conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos apenas de juros de mora,
quando efetuado antes do início de procedimento de ofício. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 32,
§ 1º)
§ 5º Na hipótese das vedações de que tratam os incisos II a XIV, XVI a XXIII e XXV do art. 15, uma
vez que o motivo da exclusão deixe de existir, se houver a exclusão retroativa de ofício no caso do inciso
I do caput, o efeito desta dar-se-á a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação impeditiva,
limitado, porém, ao último dia do ano-calendário em que a referida situação deixou de existir. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 31, § 5º)
§ 6º Considera-se prática reiterada, para fins do disposto nas alíneas “d”, “j” e “k” do inciso IV do caput:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 29, § 9º)
I - a ocorrência, em 2 (dois) ou mais períodos de apuração, consecutivos ou alternados, de idênticas
infrações, inclusive de natureza acessória, verificada em relação aos últimos 5 (cinco) anos-calendário,
formalizadas por intermédio de auto de infração ou notificação de lançamento, em um ou mais
procedimentos fiscais; ou
II - a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou
qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir
ou reduzir o pagamento de tributo.
§ 7º Para fins do disposto na alínea “h” do inciso IV do caput, consideram-se despesas pagas as
decorrentes de desembolsos financeiros relativos ao curso das atividades da empresa, e inclui custos,
salários e demais despesas operacionais e não operacionais. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º)
§ 8º Na hipótese prevista no inciso I do § 6º deste artigo, quando constatada omissão de receitas ou
sua segregação indevida, sem a verificação de outras hipóteses de exclusão, a administração tributária
poderá, a seu critério, caracterizar a prática reiterada em procedimentos fiscais distintos. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 28, parágrafo único; art. 29, § 9º)
§ 9º Na hipótese da vedação de que trata o inciso XXV do art. 15, o titular ou sócio será considerado
empregado ou empregado doméstico, ficando a contratante sujeita a todas as obrigações dessa relação,
inclusive as tributárias e previdenciárias. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art.
3º, § 4º, XI; art. 18-A, § 24, art. 18-B, § 2º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 24, parágrafo único)

Seção X
Da Fiscalização e das Infrações e Penalidades do Simples Nacional
Subseção I
Da Competência para Fiscalizar

Art. 85. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas
ao Simples Nacional é do órgão de administração tributária: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33,
caput)
I - do Município, desde que o contribuinte do ISS tenha estabelecimento em seu território ou quando
se tratar das exceções de competência previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003;
II - dos Estados ou do Distrito Federal, desde que a pessoa jurídica tenha estabelecimento em seu
território; ou
III - da União, em qualquer hipótese.
§ 1º No exercício da competência de que trata o caput: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§
1º-B e 1º-C)
I - a ação fiscal, após iniciada, poderá abranger todos os estabelecimentos da ME e da EPP,
independentemente das atividades por eles exercidas, observado o disposto no § 2º; e
II - as autoridades fiscais não ficarão limitadas à fiscalização dos tributos instituídos pelo próprio ente
federado fiscalizador, estendendo-se sua competência a todos os tributos abrangidos pelo Simples
Nacional.
§ 2º Na hipótese de o órgão da administração tributária do Estado, do Distrito Federal ou do Município
realizar ação fiscal em contribuinte com estabelecimento fora do âmbito de competência do respectivo
ente federado, o órgão deverá comunicar o fato à administração tributária do outro ente federado para
que, se houver interesse, se integre à ação fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º dar-se-á por meio do sistema eletrônico de que trata o art.
86, no prazo mínimo de 10 (dez) dias antes do início da ação fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 33, § 4º)

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§ 4º As administrações tributárias estaduais poderão celebrar convênio com os Municípios de sua
jurisdição para atribuir a estes a fiscalização a que se refere o caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 33, § 1º)
§ 5º Fica dispensado o convênio a que se refere o § 4o na hipótese de ocorrência de prestação de
serviços sujeita ao ISS por estabelecimento localizado no Município. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 33, § 1º-A)
§ 6º A competência para fiscalizar de que trata este artigo poderá ser plenamente exercida pelos entes
federados, de forma individual ou simultânea, inclusive de forma integrada, mesmo para períodos já
fiscalizados. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-B e 4º)
§ 7º Na hipótese de ação fiscal simultânea, a autoridade fiscal deverá tomar conhecimento das ações
fiscais em andamento, a fim de evitar duplicidade de lançamentos referentes ao mesmo período e fato
gerador. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-B e 4º)
§ 8º Na hipótese prevista no § 4º e de ação fiscal relativa a períodos já fiscalizados, a autoridade fiscal
deverá tomar conhecimento das ações já realizadas, dos valores já lançados e das informações contidas
no sistema eletrônico a que se refere o art. 86, observadas as limitações práticas e legais dos
procedimentos fiscalizatórios. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-B e 4º)
§ 9º A seleção, o preparo e a programação da ação fiscal serão realizadas de acordo com os critérios
e diretrizes das administrações tributárias de cada ente federado, no âmbito de suas respectivas
competências. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 10. É permitida a prestação de assistência mútua e a permuta de informações entre a RFB e as
Fazendas Públicas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relativas às MEe às EPP, para fins
de planejamento ou de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 34, § 1º)
§ 11. Sem prejuízo de ação fiscal individual, as administrações tributárias poderão utilizar procedimento
de notificação prévia com o objetivo de incentivar a autorregularização, que, neste caso, não constituirá
início de procedimento fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 34, § 3º)
§ 12. As notificações para regularização prévia poderão ser feitas por meio do Portal do Simples
Nacional, facultada a utilização do Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) de que
trata o art. 122, e deverão estabelecer prazo de regularização de até 90 (noventa) dias. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 34, § 3º)

Subseção II
Do Sistema Eletrônico Único de Fiscalização

Art. 86. As ações fiscais serão registradas no Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e
Contencioso (Sefisc), disponibilizado no Portal do Simples Nacional, com acesso pelos entes federados,
e deverão conter, no mínimo: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
I - data de início da fiscalização;
II - abrangência do período fiscalizado;
III - os estabelecimentos fiscalizados;
IV - informações sobre:
a) planejamento da ação fiscal, a critério de cada ente federado;
b) fato que caracterize embaraço ou resistência à fiscalização;
c) indício de que o contribuinte esteja praticando, em tese, crime contra a ordem tributária; e
d) fato que implique hipótese de exclusão de ofício do Simples Nacional, nos termos do art. 83;
V - prazo de duração e eventuais prorrogações;
VI - resultado, inclusive com indicação do valor do crédito tributário apurado, quando houver;
VII - data de encerramento.
§ 1º A autoridade fiscal deverá registrar o início da ação fiscal no prazo de até 7 (sete) dias. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 2º O Sefisc conterá relatório gerencial com informações das ações fiscais em determinado período.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 3º O mesmo ente federado que abrir a ação fiscal deverá encerrá-la, observado o prazo previsto em
sua respectiva legislação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)

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Subseção III
Do Auto de Infração e Notificação Fiscal

Art. 87. Verificada infração à legislação tributária por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, deverá
ser lavrado Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF), emitido por meio do Sefisc. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 33, §§ 3º e 4º)
§ 1º O AINF é o documento único de autuação, a ser utilizado por todos os entes federados, nos casos
de inadimplemento da obrigação principal previstas na legislação do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 3º e 4º)
§ 2º No caso de descumprimento de obrigações acessórias, deverão ser utilizados os documentos de
autuação e lançamento fiscal específicos de cada ente federado, observado o disposto no § 5º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-D e 4º)
§ 3º A ação fiscal relativa ao Simples Nacional poderá ser realizada por estabelecimento, porém o
AINF deverá ser lavrado sempre com o CNPJ da matriz, observado o disposto no art. 85. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 4º Para a apuração do crédito tributário, deverão ser consideradas as receitas de todos os
estabelecimentos da ME ou da EPP, ainda que a ação fiscal seja realizada por estabelecimento. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 5º A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da
administração tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 33, § 1º-D)
§ 6º A receita decorrente das autuações por descumprimento de obrigação acessória será destinada
ao ente federado responsável pela autuação a que se refere o § 5º, caso em que deverá ser utilizado o
documento de arrecadação específico do referido ente que promover a autuação e lançamento fiscal,
sujeitando-se o pagamento às normas previstas em sua respectiva legislação. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 33, § 1º-D; art. 41, § 5º, inciso IV)§ 7º Não será exigido o registro no Sefisc de lançamento
fiscal que trate exclusivamente do disposto no § 5º.
§ 7º Não se exigirá o registro no Sefisc de lançamento fiscal que trate exclusivamente do disposto no
§ 5º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-D e 4º)
§ 8º Estarão devidamente constituídos os débitos relativos aos impostos e contribuições resultantes
das informações prestadas na DASN ou no PGDAS-D, caso em que será vedado lançamento de ofício
por parte das administrações tributárias federal, estaduais ou municipais. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18, § 15-A, inciso I; art. 25, § 1º; art. 41, § 4º)

Art. 88. O AINF será lavrado em 2 (duas) vias e deverá conter as seguintes informações: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
I - data, hora e local da lavratura;
II - identificação do autuado;
III - identificação do responsável solidário, quando cabível;
IV - período autuado;
V - descrição do fato;
VI - o dispositivo legal infringido e a penalidade aplicável;
VII - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la, no prazo fixado na
legislação do ente federado;
VIII - demonstrativo de cálculo dos tributos e multas devidos;
IX - identificação do autuante; e
X - hipóteses de redução de penalidades.
Parágrafo único. O documento de que trata o caput deverá contemplar todos os tributos abrangidos
pelo Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, §§ 1º-C e 4º)

Art. 89. Os documentos emitidos em procedimento fiscal podem ser entregues ao sujeito passivo: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
I - somente em meio impresso;
II - mediante utilização do sistema de comunicação eletrônica previsto no art. 122, observado o
disposto em seus §§ 3º e 4º; ou
III - em arquivos digitais e, neste caso, deverão ser entregues também em meio impresso:
a) os termos, as intimações, o relatório fiscal e a folha de rosto do AINF; ou

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b) somente os termos e as intimações, desde que o relatório fiscal e a folha de rosto do AINF sejam
assinados com certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-
Brasil) e possam ser validados em endereço eletrônico informado pelo autuante.
Parágrafo único. Nas hipóteses previstas no inciso III do caput: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 33, § 4º)
I - os documentos serão entregues ao sujeito passivo por meio de mídia não regravável; e
II - a entrega dos documentos será feita com o respectivo termo de encerramento e ciência do
lançamento, no qual devem constar a descrição do conteúdo da mídia digital, o resumo do crédito
tributário lançado e demais informações pertinentes ao encerramento.
Art. 90. O valor apurado no AINF deverá ser pago por meio do DAS, gerado por meio de aplicativo
disponível no Portal do Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I; art. 33, §
4º)
Subseção IV
Da Omissão de Receita

Art. 91. Aplicam-se à ME e à EPP optantes pelo Simples Nacional todas as presunções de omissão de
receita existentes nas legislações de regência dos tributos incluídos no Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 34)
Parágrafo único. A existência de tributação prévia por estimativa, estabelecida em legislação do ente
federado não desobrigará:
I - da apuração da base de cálculo real efetuada pelo contribuinte ou pelas administrações tributárias;
e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput e § 3º)
II - da emissão de documento fiscal previsto no art. 59, ressalvadas as prerrogativas do MEI, nos
termos do inciso II do art. 106. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 1º)

Art. 92. No caso em que a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional exerça atividades incluídas no
campo de incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de origem não identificável, a
autuação será feita com utilização da maior das alíquotas relativas à faixa de receita bruta de
enquadramento do contribuinte, dentre as tabelas aplicáveis às respectivas atividades. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 39, § 2º)
§ 1º Na hipótese de as alíquotas das tabelas aplicáveis serem iguais, será utilizada a tabela que tiver
a maior alíquota na última faixa, para definir a alíquota a que se refere o caput. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 39, § 2º)
§ 2º A parcela autuada que não seja correspondente aos tributos federais será rateada entre Estados,
Distrito Federal e Municípios na proporção dos percentuais de ICMS e ISS relativos à faixa de receita
bruta de enquadramento do contribuinte, dentre as tabelas aplicáveis. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 2º, inciso I e § 6º; art. 39, § 2º)

Subseção V
Das Infrações e Penalidades

Art. 93. Constitui infração, para os fins desta Resolução, toda ação ou omissão, voluntária ou
involuntária, da ME ou da EPP optante que importe em inobservância das normas do Simples Nacional.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 33, § 4º)

Art. 94. Considera-se também ocorrida infração quando constatada: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 33, § 4º)
I - omissão de receitas;
II - diferença de base de cálculo; ou
III - insuficiência de recolhimento dos tributos do Simples Nacional.

Art. 95. Aplicam-se aos tributos devidos pela ME e pela EPP, optantes pelo Simples Nacional, as
normas relativas aos juros e multa de mora e de ofício previstas para o imposto sobre a renda, inclusive,
quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 35)

Art. 96. O descumprimento de obrigação principal devida no âmbito do Simples Nacional sujeita o
infrator às seguintes multas: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 35)
I - 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença do tributo, no caso de falta de
pagamento ou recolhimento; (Lei nº 9.430, de 1996, art. 44, inciso I)

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II - 150% (cento e cinquenta por cento) sobre a totalidade ou diferença do tributo, no caso de falta de
pagamento ou recolhimento, nas hipóteses previstas nos arts. 71 (sonegação), 72 (fraude) e 73 (conluio)
da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas
ou criminais cabíveis; (Lei nº 9.430, de 1996, art. 44, inciso I e § 1º)
III - 112,50% (cento e doze e meio por cento) sobre a totalidade ou diferença do tributo, no caso de
falta de pagamento ou recolhimento, nas hipóteses de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo
fixado, de intimação para prestar esclarecimentos ou para apresentar arquivos ou documentação técnica
referentes aos sistemas eletrônicos de processamento de dados utilizados para registrar negócios e
atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou
fiscal; ou (Lei nº 9.430, de 1996, art. 44, inciso I e § 2º)
IV - 225% (duzentos e vinte e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença do tributo, nos casos de
falta de pagamento ou recolhimento, nas hipóteses previstas nos arts. 71 (sonegação), 72 (fraude) e 73
(conluio) da Lei nº 4.502, de 1964, e caso se trate ainda de não atendimento pelo sujeito passivo, no
prazo fixado, de intimação para prestar esclarecimentos ou para apresentar arquivos ou documentação
técnica referentes aos sistemas eletrônicos de processamento de dados utilizados para registrar negócios
e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou
fiscal, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis. (Lei nº 9.430, de
1996, art. 44, inciso I e §§ 1º e 2º)
Parágrafo único. Aplicam-se às multas de que tratam os incisos do caput deste artigo as seguintes
reduções:
I - 50% (cinquenta por cento), na hipótese de o contribuinte efetuar o pagamento do débito no prazo
de 30 (trinta) dias, contado da data em que tiver sido notificado do lançamento; ou (Lei nº 9.430, de 1996,
art. 44, § 3º; Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, art. 6º, inciso I)
II - 30% (trinta por cento), na hipótese de o contribuinte efetuar o pagamento do débito no prazo de 30
(trinta) dias, contado da data em que tiver sido notificado:
a) da decisão administrativa de primeira instância à impugnação tempestiva; ou (Lei nº 9.430, de 1996,
art. 44, § 3º; Lei nº 8.218, de 1991, art. 6º, inciso III)
b) da decisão do recurso de ofício interposto por autoridade julgadora de primeira instância. (art. 44, §
3º, da Lei nº 9.430, de 1996, art. 44, § 3º; Lei nº 8.218, de 1991, art. 6º, § 1º)

Art. 97. A ME ou EPP que deixar de apresentar a DASN ou que a apresentar com incorreções ou
omissões ou, ainda, que a apresentar fora do prazo fixado, será intimada a apresentá-la ou a prestar
esclarecimentos, conforme o caso, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, e sujeitar-se-á a multa: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 38)
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos
informados na DASN, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega
após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3º deste artigo; ou
II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.
§ 1º Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como termo
inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para a entrega da declaração e como termo final a data
da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 38, § 1º)
§ 2º Observado o disposto no § 3º deste artigo, as multas serão reduzidas: (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 38, § 2º)
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento
de ofício;
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em
intimação.
§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 200,00 (duzentos reais). (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 38, § 3º)
§ 4º Será considerada não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas
estabelecidas pelo CGSN, observado que a ME ou a EPP: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 38,
§§ 4º e 5º)
I - será intimada a apresentar nova declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contado da ciência da
intimação; e
II - sujeitar-se-á à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto nos §§ 1º a 3º.

Art. 98. A ME ou a EPP que deixar de prestar mensalmente à RFB as informações no PGDAS-D, no
prazo previsto no inciso II do § 2º do art. 38, ou que as prestar com incorreções ou omissões, será intimada

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a fazê-lo, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo
estipulado pela autoridade fiscal, e sujeitar-se-á às seguintes multas, para cada mês de referência: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 38-A)
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, a partir do primeiro dia do quarto mês do ano
subsequente à ocorrência dos fatos geradores, incidentes sobre o montante dos impostos e contribuições
decorrentes das informações prestadas no PGDAS-D, ainda que integralmente pago, no caso de
ausência de prestação de informações ou sua efetuação após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento),
observado o disposto no § 2o deste artigo; ou (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 38-A, inciso I)
II - de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 38-A, inciso II)
§ 1º Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como termo
inicial o primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos fatos geradores e como termo
final a data da efetiva prestação ou, no caso de não prestação, da lavratura do auto de infração. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 38-A, § 1º)
§ 2º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00 (cinquenta reais) para cada mês de referência.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 38-A, § 2º)
§ 3º Observado o disposto no § 2º deste artigo, as multas serão reduzidas: (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 38, § 2º; art. 38-A, § 3º)
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento
de ofício; ou
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em
intimação.
§ 4º Serão consideradas não prestadas as informações que não atenderem às especificações técnicas
estabelecidas pelo CGSN, observado que a ME ou a EPP: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 38,
§§ 4º e 5º; art. 38-A, § 3º)
I - será intimada a prestar novas informações, no prazo de 10 (dez) dias, contado da ciência da
intimação;
II - estará sujeita à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto nos §§ 1º a
3º.

Art. 99. A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da ME ou EPP do Simples Nacional,
nos termos do art. 81, sujeitará a multa correspondente a 10% (dez por cento) do total dos tributos devidos
em conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não
inferior a R$ 200,00 (duzentos reais), insusceptível de redução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
36)

TÍTULO II
DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO

Art. 100. Considera-se MEI o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil ou o empreendedor
que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural,
optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta acumulada nos anos-calendário
anteriores e em curso de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) e que: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18-A, § 1º e § 7º, inciso III)
I - exerça, de forma independente, apenas as ocupações constantes do Anexo XI desta Resolução;
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 17)
II - possua um único estabelecimento; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso II)
III - não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; e(Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 18-A, § 4º, inciso III)
IV - não contrate mais de um empregado, observado o disposto no art. 105. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 18-C)
§ 1º No caso de início de atividade, o limite de que trata o caput será de R$ 6.750,00 (seis mil
setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o mês de início
de atividade e o final do respectivo ano-calendário, considerada a fração de mês como mês completo.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 2º)
§ 2º Observadas as demais condições deste artigo, e para efeito do disposto no inciso I do caput,
poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual que exerça atividade de comercialização e

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processamento de produtos de natureza extrativista. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 4º-
A)
§ 3º Para fins do disposto neste Título, o tratamento diferenciado e favorecido previsto para o MEI
aplica-se exclusivamente na vigência do período de enquadramento no sistema de recolhimento de que
trata o art. 101, exceto na hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 116. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14)
§ 4º O MEI não pode guardar, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de
pessoalidade, subordinação e habitualidade, sob pena de exclusão do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §4º, inciso XI; art. 18-A, § 24; art. 30, inciso II)
§ 5º O MEI é modalidade de microempresa (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso I; art.
18-E, § 3º)
§ 6º Será considerada como receita auferida pelo MEI que atue como profissional-parceiro de que trata
a Lei nº 12.592, de 2012, a totalidade da cota-parte recebida do salão-parceiro. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 14)
§ 7º O salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 2012, não poderá ser MEI. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 25, § 4º; art. 26, §§ 1º e 2º)
§ 8º Entende-se como independente a ocupação exercida pelo titular do empreendimento, desde que
este não guarde, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação
e habitualidade. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 24)
§ 9º Considera-se a soma das respectivas receitas brutas, para fins do disposto no caput, caso um
mesmo empresário tenha mais de uma inscrição cadastral no mesmo ano-calendário, como empresário
individual ou MEI, ou atue também como pessoa física, caracterizada, para fins previdenciários, como
contribuinte individual ou segurado especial. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 1º, 4º,
inciso III, e § 14)

CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE RECOLHIMENTO EM VALORES FIXOS MENSAIS DOS TRIBUTOS ABRANGIDOS
PELO SIMPLES NACIONAL (SIMEI)
Seção I
Da Definição

Art. 101. O Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples
Nacional (Simei) é a forma pela qual o MEI pagará, por meio do DAS, independentemente da receita bruta
por ele auferida no mês, observados os limites previstos no art. 100, valor fixo mensal correspondente à
soma das seguintes parcelas: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso V)
I - contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte
individual, na forma prevista no § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991, correspondente a: (Redação
dada pelo(a) Resolução CGSN nº 141, de 06 de julho de 2018)
a) até a competência abril de 2011: 11% (onze por cento) do limite mínimo mensal do salário de
contribuição; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso V, alínea “a”, e § 11)
b) a partir da competência maio de 2011: 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário de
contribuição; (Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 21, § 2º, inciso II, alínea “a”; Lei nº 12.470, de 31
de agosto de 2011, arts. 1º e 5º)
II - R$ 1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto;
III - R$ 5,00 (cinco reais), a título de ISS, caso seja contribuinte desse imposto.
§ 1º A definição da parcela a ser paga a título de ICMS ou de ISS e sua destinação serão determinadas
de acordo com os dados registrados no CNPJ, observando-se: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
18-A, § 4º-B)
I - o enquadramento previsto no Anexo XI;
II - os códigos CNAE e o endereço da empresa constantes do CNPJ na 1ª (primeira) geração do DAS
relativo ao mês de início do enquadramento no Simei ou ao 1º (primeiro) mês de cada ano-calendário.
§ 2º A tabela constante do Anexo XI aplica-se apenas no âmbito do Simei. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 18-A, § 4º-B)
§ 3º As alterações feitas no Anexo XI produzirão efeitos a partir do ano-calendário subsequente,
observadas as seguintes regras: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 14)
I - se determinada ocupação passar a ser considerada permitida ao Simei, o contribuinte que a exerça
poderá optar por esse sistema de recolhimento a partir do ano-calendário seguinte ao da alteração, desde
que não incorra em nenhuma das vedações previstas neste Capítulo;

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II - se determinada ocupação deixar de ser considerada permitida ao Simei, o contribuinte optante que
a exerça efetuará o seu desenquadramento do referido sistema, com efeitos para o ano-calendário
subsequente, observado o disposto no § 4º.
§ 4º O desenquadramento de ofício pelo exercício de ocupação não permitida poderá ser realizado
com efeitos a partir do segundo exercício subsequente à supressão da referida ocupação do Anexo XI.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14)
§ 5º Na hipótese prevista no § 4º, o valor a ser pago a título de ICMS ou de ISS será determinado de
acordo com a última tabela de ocupações permitidas na qual ela conste. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18-A, § 14)

Seção II
Da Opção pelo SIMEI

Art. 102. A opção pelo Simei: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, caput e §§ 5º e 14)
I - será irretratável para todo o ano-calendário;
II - para o empresário individual já inscrito no CNPJ, deverá ser realizada no mês de janeiro, até seu
último dia útil, e produzirá efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção, por meio de
aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, ressalvado o disposto no § 1º.
§ 1º Para o empresário individual em início de atividade, a realização da opção pelo Simples Nacional
e enquadramento no Simei será simultânea à inscrição no CNPJ, observadas as condições previstas
neste Capítulo, quando utilizado o registro simplificado de que trata o § 1º do art. 4º da Lei Complementar
nº 123, de 2006, caso em que não se aplica o disposto no art. 6º. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18-A, caput e §§ 5º e 14)
§ 2º No momento da opção pelo Simei, o MEI deverá declarar: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18-A, § 14)
I - que não se enquadra nas vedações para ingresso no Simei;
II - que se enquadra nos limites previstos no art. 100.
§ 3º Enquanto não vencido o prazo para solicitação da opção pelo Simei de que trata o inciso II do
caput, o contribuinte poderá: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14)
I - regularizar eventuais pendências impeditivas do ingresso no Simei, sujeitando-se à rejeição da
solicitação de opção caso não as regularize até o término desse prazo;
II - efetuar o cancelamento da solicitação de opção, salvo se já houver sido confirmada.

Art. 103. Durante a vigência da opção pelo Simei, não se aplicam ao MEI:
I - valores fixos estabelecidos por Estado, Município ou pelo Distrito Federal na forma prevista no art.
33; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso I)
II - as reduções previstas no art. 35, ou qualquer dedução na base de cálculo; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso II)
III - isenções específicas para as ME e as EPP concedidas pelo Estado, Município ou pelo Distrito
Federal que abranjam integralmente a faixa de receita bruta acumulada de até R$ 81.000,00 (oitenta e
um mil reais); (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso III)
IV - retenções de ISS sobre os serviços prestados; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 4º,
inciso IV)
V - atribuições da qualidade de substituto tributário; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §
14)
VI - reduções ou isenções de ICMS para produtos da cesta básica, estabelecidos por Estado ou pelo
Distrito Federal, em lei específica destinada às ME ou EPP optantes pelo Simples Nacional, na forma
prevista no no art. 36. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, incisos II e III)
§ 1º A opção pelo Simei importa opção simultânea pelo recolhimento da contribuição para a Seguridade
Social relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, na forma prevista no inciso
II do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso
IV)
§ 2º O MEI terá isenção dos tributos referidos nos incisos I a V do art. 4º, observadas as disposições
do art. 5º e, quanto à contribuição patronal previdenciária, o disposto no art. 105. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 3º, inciso VI e art. 18-C)
§ 3º Aplica-se ao MEI o disposto no § 4º do art. 55 e no § 2º do art. 94, ambos da Lei nº 8.213, de
1991, exceto se optar pela complementação da contribuição previdenciária a que se refere o § 3º do art.
21 da Lei nº 8.212, de 1991. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 12)

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§ 4º O recolhimento da complementação prevista no § 3º será disciplinado pela RFB. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 12 e 14)
§ 5º A inadimplência do recolhimento da contribuição para a Seguridade Social relativa à pessoa do
empresário, na qualidade de contribuinte individual, prevista no inciso I do art. 101, tem como
consequência a não contagem da competência em atraso para fins de carência para obtenção dos
benefícios previdenciários respectivos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 15)

Seção III
Do Documento de Arrecadação (DAS)

Art. 104. Para o contribuinte optante pelo Simei, o Programa Gerador do DAS para o MEI (PGMEI)
possibilitará a emissão simultânea dos DAS, para todos os meses do ano-calendário. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I)
§ 1º A impressão de que trata o caput estará disponível a partir do início do ano-calendário ou do início
de atividade do MEI. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso I)
§ 2º O pagamento mensal deverá ser efetuado no prazo definido no art. 40, observado o disposto no
caput do art. 101. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 21, inciso III)

Seção IV
Da Contratação de Empregado

Art. 105. O MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário
mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei
federal ou por convenção coletiva da categoria. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C)
§ 1º Na hipótese referida no caput, o MEI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C, § 1º)
I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária devida pelo segurado a seu serviço, na forma
estabelecida pela lei, observados prazo e condições estabelecidos pela RFB;
II - ficará obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço, e deve cumprir o disposto
no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991;
III - estará sujeito ao recolhimento da CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de
que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário
de contribuição previsto no caput.
§ 2º Nos casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a contratação de
outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento, na
forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. (Lei Complementar nº 123, de 2006. art. 18-
C, § 2º)
§ 3º Não se incluem no limite de que trata o caput valores recebidos a título de horas extras e adicionais
de insalubridade, periculosidade e por trabalho noturno, bem como os relacionados aos demais direitos
constitucionais do trabalhador decorrentes da atividade laboral, inerentes à jornada ou condições do
trabalho, e que incidem sobre o salário. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C)
§ 4º A percepção, pelo empregado, de valores a título de gratificações, gorjetas, percentagens, abonos
e demais remunerações de caráter variável é considerada hipótese de descumprimento do limite de que
trata o caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C)

CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Seção I
Da Dispensa de Obrigações Acessórias

Art. 106. O MEI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §§ 1º e 6º, inciso II)
I - deverá comprovar a receita bruta mediante apresentação do Relatório Mensal de Receitas Brutas
de que trata o Anexo X, que deverá ser preenchido até o dia 20 (vinte) do mês subsequente àquele em
que houver sido auferida a receita bruta;
II - em relação ao documento fiscal previsto no art. 59:
a) ficará dispensado da emissão:
1. nas operações com venda de mercadorias ou prestações de serviços para consumidor final pessoa
física; e
2. nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário emitir
nota fiscal de entrada; e

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b) ficará obrigado à sua emissão:
1. nas prestações de serviços para tomador inscrito no CNPJ; e
2. nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário não emitir
nota fiscal de entrada.
§ 1º O MEI fica dispensado:
I – da escrituração dos livros fiscais e contábeis;
II – da Declaração Eletrônica de Serviços; e
III – da emissão de documento fiscal eletrônico, exceto se exigida pelo respectivo ente federado e
disponibilizado sistema gratuito de emissão, respeitado o disposto no art. 110. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, § 2º)
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput:
I - deverão ser anexados ao Relatório Mensal de Receitas Brutas os documentos fiscais
comprobatórios das entradas de mercadorias e serviços tomados referentes ao período, bem como os
documentos fiscais relativos às operações ou prestações realizadas eventualmente emitidos; (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 6º, inciso I)
II - o documento fiscal a que se refere o inciso II do caput deverá atender aos requisitos: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §6º; art. 26, §§1º e 8º)
a) do documento fiscal avulso, quando previsto na legislação do ente federado;
b) da autorização para impressão de documentos fiscais do ente federado da circunscrição do
contribuinte; e
c) do documento fiscal emitido diretamente por sistema nacional informatizado, com autorização
eletrônica, sem custos para o MEI, quando houver sua disponibilização no Portal do Simples Nacional.

Art. 107. A simplificação da exigência referente ao cadastro fiscal estadual ou municipal do MEI não
dispensa a emissão de documentos fiscais de compra, venda ou prestação de serviços, e é vedada, em
qualquer hipótese, a imposição de custos pela autorização para emissão, inclusive na modalidade avulsa.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 4º, § 3º)

Art. 108. O MEI que não contratar empregado na forma prevista no art. 105 fica dispensado:
I - de prestar a informação prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, no que se refere à
remuneração paga ou creditada decorrente do seu trabalho, salvo se presentes outras hipóteses de
obrigatoriedade de prestação de informações, na forma estabelecida pela RFB; (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 13, inciso I)
II - de apresentar a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS; (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 18-A, § 13, inciso II)
III - de declarar à Caixa Econômica Federal a ausência de fato gerador para fins de emissão da
Certidão de Regularidade Fiscal perante o FGTS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 13,
inciso III)

Seção II
Da Declaração Anual Simplificada para o MEI (DASN-Simei)

Art. 109. Na hipótese de o empresário individual ter optado pelo Simei no ano-calendário anterior, ele
deverá apresentar, até o último dia de maio de cada ano, à RFB, a Declaração Anual Simplificada para o
Microempreendedor Individual (DASN-Simei), que conterá apenas: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 25, caput e § 4º)
I - a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior;
II - a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às atividades sujeitas ao
ICMS; e
III - informação referente à contratação de empregado, quando houver.
§ 1º Na hipótese de a inscrição do MEI ter sido baixada, a DASN-Simei relativa à situação especial
deverá ser entregue: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)
I - até o último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer no primeiro quadrimestre do ano-
calendário; e
II - até o último dia do mês subsequente ao do evento, nos demais casos.
§ 2º Em relação ao ano-calendário de desenquadramento do empresário individual para fins do Simei,
inclusive em decorrência de sua exclusão do Simples Nacional, este deverá entregar a DASN-Simei com
inclusão dos fatos geradores ocorridos no período em que vigorou o enquadramento, no prazo
estabelecido no caput. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)

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§ 3º A DASN-Simei poderá ser retificada independentemente de prévia autorização da administração
tributária, e a retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, observado
o disposto no parágrafo único do art. 138 do CTN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput)
§ 4º As informações prestadas pelo contribuinte na DASN-Simei serão compartilhadas entre a RFB e
os órgãos de fiscalização tributária dos Estados, Distrito Federal e Municípios. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 25, caput)
§ 5º A apresentação da DASN-Simei não exonera o contribuinte de prestar informações relativas a
terceiros. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 3º)
§ 6º Os dados informados na DASN-Simei relativos ao inciso III do caput poderão ser encaminhados
pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ao Ministério do Trabalho e Emprego,
observados os procedimentos estabelecidos entre as partes, com vistas à exoneração da obrigação da
apresentação da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) por parte do MEI. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 14; art. 25, caput e § 4º)
§ 7º A DASN-Simei constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos
tributos que não tenham sido recolhidos, apurados com base nas informações nela prestadas. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 25, §§ 1º e 4º)
§ 8º O direito de o MEI retificar as informações prestadas na DASN-Simei extingue-se no prazo de 5
(cinco) anos, contado a partir do 1º (primeiro) dia do exercício seguinte àquele ao qual se refere a
declaração. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput e § 4º)

Seção III
Da Certificação Digital para o MEI

Art. 110. O MEI fica dispensado de utilizar certificação digital para cumprimento de obrigações
principais ou acessórias ou para recolhimento do FGTS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §
7º)

Art. 111. Independentemente do disposto no art. 110, poderá ser exigida a utilização de códigos de
acesso para cumprimento das referidas obrigações. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I
e § 6º; art. 26, § 7º)

CAPÍTULO IV
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 112. O MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão de obra, sob pena de exclusão do
Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 17, XII; art. 18-B)
§ 1º Para os fins desta Resolução, considera-se cessão ou locação de mão de obra a colocação à
disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores,
inclusive o MEI, para realização de serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim,
independentemente da natureza e da forma de contratação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º,
inciso I e § 6º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 31, § 3º)
§ 2º As dependências de terceiros a que se refere o § 1º são as indicadas pela empresa contratante,
que não sejam as suas próprias e que não pertençam ao MEI prestador dos serviços. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 3º Os serviços contínuos a que se refere o § 1º são os que constituem necessidade permanente da
contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que
sua execução seja realizada de forma intermitente ou por trabalhadores contratados sob diferentes
vínculos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 4º Considera-se colocação de trabalhadores, inclusive o MEI, à disposição da empresa contratante
a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Art. 113. A empresa contratante de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria
e de manutenção ou reparo de veículos executados por intermédio do MEI fica obrigada, em relação a
essa contratação, ao recolhimento da CPP calculada na forma prevista no inciso III do caput e no § 1º do
art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e ao cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de
contribuinte individual, na forma disciplinada pela RFB. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-B,
caput e § 1º)

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Art. 114. Na hipótese de o MEI prestar serviços como empregado ou em cuja contratação forem
identificados elementos que configurem relação de emprego ou de emprego doméstico: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 3º, § 4º, XI; art. 18-A, § 24, art. 18-B, § 2º; Lei
nº 8.212, de 1991, art. 24, parágrafo único)
I - o MEI será considerado empregado ou empregado doméstico e o contratante ficará sujeito às
obrigações decorrentes da relação, inclusive às obrigações tributárias e previdenciárias; e
II - o MEI ficará sujeito à exclusão do Simples Nacional.

CAPÍTULO V
DO DESENQUADRAMENTO

Art. 115. O desenquadramento do Simei será realizado de ofício pela autoridade administrativa ou
mediante comunicação do contribuinte. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 6º)
§ 1º O desenquadramento do Simei não implica a exclusão do contribuinte do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 14)
§ 2º O desenquadramento do Simei mediante comunicação do contribuinte à RFB, em aplicativo
disponibilizado no Portal do Simples Nacional, dar-se-á:
I - por opção do contribuinte, caso em que o desenquadramento produzirá efeitos: (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 18-A, § 7º, inciso I)
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário, se a comunicação for feita no mês de janeiro; ou
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, se a comunicação for feita nos demais
meses;
II - obrigatoriamente, quando o contribuinte:
a) auferir receita que exceda, no ano-calendário, o limite de receita bruta previsto no caput ou no § 1º
do art. 100, caso em que a comunicação deverá ser feita até o último dia útil do mês subsequente àquele
em que o excesso se verificou, e o desenquadramento produzirá efeitos: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 18-A, § 7º, incisos III e IV)
1. a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente àquele em que o excesso se verificou, desde
que este não tenha sido superior a 20% (vinte por cento) do limite previsto no caput ou no § 1º do art.
100;
2. retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário em que o excesso se verificou, se este foi superior
a 20% (vinte por cento) do limite previsto no caput do art. 100; e
3. retroativamente ao início de atividade, se o excesso verificado tiver sido superior a 20% (vinte por
cento) do limite previsto no § 1º do art. 100;
b) deixar de atender a qualquer das condições previstas no art. 100, caso em que a comunicação
deverá ser feita até o último dia útil do mês subsequente àquele em que descumprida a condição, hipótese
em que o desenquadramento produzirá efeitos a partir do mês subsequente ao da ocorrência do fato. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 7º, inciso II)
§ 3º A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à RFB equivalerá à comunicação
obrigatória de desenquadramento da condição de MEI, nas seguintes hipóteses: (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 17)
I - se houver alteração para natureza jurídica distinta do empresário a que se refere o art. 966 do
Código Civil; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 1º e 17)
II - se for incluída no CNPJ atividade não constante do Anexo XI desta Resolução; ou (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 4º-B e 17)
III - se a alteração tiver por objeto abertura de filial. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §
4º, inciso II)
§ 4º O desenquadramento de ofício dar-se-á quando, ressalvado o disposto no § 4º do art. 101: (Lei
Complementar nº 123, de 2008, art. 18-A, § 8º):
I - for constatada falta da comunicação a que se refere o § 2º, com efeitos a partir da data prevista nas
alíneas “a” ou “b” do inciso II, conforme o caso;
II - for constatado que o empresário não atendia às condições para ingresso no Simei, previstas no art.
100, ou que ele tenha prestado declaração inverídica no momento da opção pelo Simei, nos termos do §
2º do art. 102, hipótese em que os efeitos do desenquadramento retroagirão à data de ingresso no
Regime.
§ 5º Na hipótese de exclusão do Simples Nacional, o desenquadramento do Simei: (Lei Complementar
nº 123, de 2008, art. 18-A, §§ 1º, 14 e 16)

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I - ocorrerá automaticamente no momento da apresentação, pelo contribuinte, da comunicação
obrigatória de exclusão do Simples Nacional ou do registro da exclusão de ofício, no sistema, pelo ente
federado;
II - produzirá efeitos a partir da data de início da produção de efeitos relativa a sua exclusão do Simples
Nacional.
§ 6º O contribuinte desenquadrado do Simei passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do
Simples Nacional a partir da data de início da produção dos efeitos relativos ao desenquadramento,
observado o disposto nos §§ 7º a 9º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 9º)
§ 7º O contribuinte desenquadrado do Simei e excluído do Simples Nacional ficará obrigado a recolher
os tributos devidos de acordo com a legislação aplicável aos demais contribuintes. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 18-A, § 14)
§ 8º Na hipótese de a receita bruta auferida no ano-calendário não exceder em mais de 20% (vinte por
cento) os limites previstos no art. 100, conforme o caso, o contribuinte deverá recolher a diferença, sem
acréscimos, na data do vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos pelo Simples
Nacional relativos ao mês de janeiro do ano-calendário subsequente, calculada mediante aplicação das
alíquotas previstas nas tabelas dos Anexos I a V desta Resolução, observado, para inclusão dos
percentuais relativos ao ICMS e ao ISS, a tabela constante do Anexo XI desta Resolução. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 10)
§ 9º Na hipótese de a receita bruta auferida no ano-calendário exceder em mais de 20% (vinte por
cento) os limites previstos no art. 100, conforme o caso, o contribuinte deverá informar no PGDAS-D as
receitas efetivas mensais, e recolher as diferenças relativas aos tributos com os acréscimos legais na
forma prevista na legislação do Imposto sobre a Renda, sem prejuízo do disposto no § 7º. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 7º, inciso IV, "b", e § 14)

Art. 116. O empresário perderá a condição de MEI nas hipóteses previstas no art. 115, e deixará de
ter direito ao tratamento diferenciado e se submeterá ao cumprimento das obrigações acessórias
previstas para os demais optantes pelo Simples Nacional, caso permaneça nesse Regime, ressalvado o
disposto no parágrafo único. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 9º)
Parágrafo único. Na hipótese de o empresário exceder a receita bruta anual de que trata o art. 100, a
perda do tratamento diferenciado relativo à emissão de documentos fiscais previsto no art. 106 ocorrerá:
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 16)
I - a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente ao da ocorrência do excesso, na hipótese
de não ter excedido o referido limite em mais de 20% (vinte por cento);
II - a partir do mês subsequente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de ter excedido o referido
limite em mais de 20% (vinte por cento).

CAPÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 117. A falta de comunicação pelo MEI, quando obrigatória, do desenquadramento do Simei nos
prazos previstos no inciso II do § 2º do art. 115 sujeitará o contribuinte à multa no valor de R$ 50,00
(cinquenta reais), insusceptível de redução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 36-A)

Art. 118. O MEI que deixar de apresentar a DASN-Simei ou que a apresentar com incorreções ou
omissões ou, ainda, que a apresentar fora do prazo fixado será intimado a apresentá-la ou a prestar
esclarecimentos, conforme o caso, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, e sujeitar-se-á à multa: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 38)
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante dos tributos
decorrentes das informações prestadas na DASN-Simei, ainda que integralmente pago, no caso de falta
de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto
no § 3º deste artigo; ou
II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.
§ 1º Para efeitos da aplicação da multa prevista no inciso I do caput, será considerado como termo
inicial o dia seguinte ao término do prazo fixado para a entrega da declaração e como termo final a data
da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 38, § 1º)
§ 2º Observado o disposto no § 3º deste artigo, as multas serão reduzidas: (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 38, § 2º)

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I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento
de ofício; ou
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em
intimação.
§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00 (cinquenta reais). (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 38, § 6º)
§ 4º Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas
estabelecidas pelo CGSN, caso em que o MEI: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 38, §§ 4º e 5º)
I - será intimado a apresentar nova declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contado da ciência da
intimação;
II - sujeitar-se-á à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto nos §§ 1º a 3º.

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 119. Aplicam-se subsidiariamente ao MEI as demais regras previstas para o Simples Nacional.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, §§ 1º e 14)

Art. 120. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder remissão de débitos
decorrentes do não recolhimento das parcelas em valores fixos previstas nos incisos II e III do caput do
art. 101, relativas a ICMS e ISS, respectivamente. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-A, § 15-A)

TÍTULO III
DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICAIS
CAPÍTULO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Seção I
Do Contencioso Administrativo

Art. 121. O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão
julgador integrante da estrutura administrativa do ente federado que efetuar o lançamento do crédito
tributário, o indeferimento da opção ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes
aos processos administrativos fiscais desse ente. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 39, caput)
§ 1º A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à exclusão poderá ser decidida em órgão
diverso do previsto no caput, na forma estabelecida pela respectiva administração tributária. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 39, § 5º)
§ 2º O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao
respectivo Estado em que se localiza. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 39, § 1º)
§ 3º No caso de o contribuinte do Simples Nacional exercer atividades sujeitas à incidência do ICMS
e do ISS e ser apurada omissão de receita cuja origem não se consiga identificar, o julgamento caberá
ao Estado do Município autuante, salvo na hipótese de o lançamento ter sido efetuado pela RFB, caso
em que o julgamento caberá à União. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 39, caput e §§ 2º e 3º)
§ 4º O ente federado que considerar procedente recurso administrativo do contribuinte contra o
indeferimento de sua opção deverá registrar a liberação da respectiva pendência em aplicativo próprio,
disponível no Portal do Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput e § 6º; art.
39, §§ 5º e 6º)
§ 5º Na hipótese do § 4º, o deferimento da opção será efetuado automaticamente pelo sistema do
Simples Nacional caso não haja pendências perante outros entes federados, ou, se houver, após a
liberação da última pendência que tenha motivado o indeferimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 16, caput e § 6º; art. 39, §§ 5º e 6º)
§ 6º Na hipótese de provimento de recurso administrativo relativo à solicitação de opção efetuada antes
da implantação do aplicativo a que se referem os §§ 4º e 5º, o ente federado deverá promover a inclusão
do contribuinte no Simples Nacional pelo aplicativo de registro de eventos, desde que não restem
pendências perante outros entes federados. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput e § 6º; art.
39, §§ 5º e 6º)
§ 7º O ente federado, independentemente de registro em seus sistemas próprios, deverá registrar, no
sistema de controle do contencioso em nível nacional, as fases e os resultados do processo administrativo
fiscal relativo ao lançamento por meio do AINF, bem como qualquer outra situação que altere a

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exigibilidade do crédito tributário por ele cobrado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §
6º)

Seção II
Da Intimação Eletrônica

Art. 122. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação do sistema de comunicação eletrônica,
denominado Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), destinado a: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 16, §§ 1º-A a 1º-D)
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos administrativos, incluídos os relativos ao
indeferimento de opção, à exclusão do Regime e a ações fiscais;
II - encaminhar notificações e intimações; e
III - expedir avisos em geral.
§ 1º Relativamente ao DTE-SN, será observado o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
16, § 1º-B)
I - as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, no Portal do Simples Nacional, e será dispensada
a sua publicação no Diário Oficial e o envio por via postal;
II - a comunicação será considerada pessoal para todos os efeitos legais;
III - terá validade a ciência com utilização de certificação digital ou de código de acesso;
IV - considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que o sujeito passivo efetuar a consulta
eletrônica ao seu teor; e
V - na hipótese prevista no inciso IV, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a comunicação
será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.
§ 2º O sujeito passivo deverá efetuar a consulta referida nos incisos IV e V do § 1º no prazo de até 45
(quarenta e cinco) dias, contado da data da disponibilização da comunicação no Portal a que se refere o
inciso I do § 1º, sob pena de ser considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 1º-C)
§ 3º A contagem do prazo de que trata o § 2º inicia-se no 1º (primeiro) dia subsequente ao da
disponibilização da comunicação no Portal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 1º-B)
§ 4º Na hipótese de o prazo de que trata o § 2º vencer em dia não útil, esse fica prorrogado para o dia
útil imediatamente posterior. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 1º-B)
§ 5º O DTE-SN será utilizado pelos entes federados para as finalidades relativas ao cumprimento das
obrigações principais e acessórias dos tributos apurados na forma do Simples Nacional e demais atos
administrativos inerentes à aplicação do respectivo regime. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, §
6º, art. 33)
§ 6º O DTE-SN: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 1º-B)
I - não exclui outras formas de notificação, intimação ou avisos previstos nas legislações dos entes
federados, incluídas as eletrônicas;
II - não se aplica ao MEI.
§ 7º Na hipótese de exclusão em lote, a postagem das comunicações no DTE-SN dispensa a
assinatura individualizada dos documentos, devendo ser observada, subsidiariamente, a legislação
processual vigente no âmbito do respectivo ente federado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, §
1º-B)
§ 8º O DTE-SN será utilizado para comunicação ao sujeito passivo que: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 16, § 1º-B)
I - no momento da inserção da notificação, intimação ou aviso, seja optante pelo Simples Nacional; ou
II - tenha solicitado opção pelo Simples Nacional, exclusivamente para dar ciência de atos relativos ao
processo referente à opção.

Seção III
Do Processo de Consulta
Subseção I
Da Legitimidade para Consultar

Art. 123. A consulta poderá ser formulada por sujeito passivo de obrigação tributária principal ou
acessória. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)
Parágrafo único. A consulta poderá ser formulada também por entidade representativa de categoria
econômica ou profissional, caso haja previsão na legislação do ente federado competente. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 40)

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Art. 124. No caso de a ME ou a EPP possuir mais de um estabelecimento, a consulta será formulada
pelo estabelecimento matriz, o qual deverá comunicar o fato aos demais estabelecimentos. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 40)
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput quando a consulta se referir ao ICMS ou ao ISS.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)

Subseção II
Da Competência para Solucionar Consulta

Art. 125. É competente para solucionar a consulta: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)
I - o Estado ou o Distrito Federal, quando se tratar de consulta relativa ao ICMS;
II - o Município ou o Distrito Federal, quando se tratar de consulta relativa ao ISS;
III - o Estado de Pernambuco, quando se tratar de consulta relativa ao ISS exigido no âmbito do Distrito
Estadual de Fernando de Noronha;
IV - a RFB, nos demais casos.
§ 1º A consulta formalizada perante ente não competente para solucioná-la será declarada ineficaz.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)
§ 2º Na hipótese de a consulta abranger assuntos de competência de mais de um ente federado, a ME
ou a EPP deverá formular consultas em separado para cada administração tributária. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 40)
§ 3º No caso de descumprimento do disposto no § 2º, a administração tributária que receber a consulta
declarará a ineficácia relativamente à matéria sobre a qual não exerça competência. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 40)
§ 4º Será observada a legislação de cada ente competente quanto ao processo de consulta, no que
não colidir com esta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)
§ 5º Os entes federados terão acesso ao conteúdo das soluções de consultas relativas ao Simples
Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)

Art. 126. A consulta será solucionada em instância única, e não caberá recurso nem pedido de
reconsideração, ressalvado o recurso de divergência, caso previsto na legislação de cada ente federado.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 40)

Subseção III
Dos Efeitos da Consulta

Art. 127. Os efeitos da consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para recolhimento de tributo,
dar-se-ão de acordo com o estabelecido pela legislação dos respectivos entes federados. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 40)

CAPÍTULO II
DA RESTITUIÇÃO E DA COMPENSAÇÃO

Art. 128. A restituição e a compensação de tributos arrecadados no âmbito do Simples Nacional serão
realizadas de acordo com o disposto neste Capítulo. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 5º a
14)
§1º Entende-se como restituição, a repetição de indébito decorrente de valores pagos indevidamente
ou a maior pelo contribuinte, por meio do DAS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 5º).
§2º Entende-se como compensação, a utilização dos valores passíveis de restituição para pagamento
de débitos no âmbito do Simples Nacional.

Seção I
Da Restituição

Art. 129. Em caso de apuração de crédito decorrente de pagamento indevido ou em valor maior que o
devido, a ME ou a EPP poderá requerer sua restituição. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§
5º a 14)
Art. 130. O pedido de restituição de tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverá ser apresentado
pela ME ou pela EPP optante diretamente ao ente federado responsável pelo tributo do qual originou o
crédito. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 5º)

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§ 1º Ao receber o pedido a que se refere o caput o ente federado : (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 21, § 5º)
I - verificará a existência do crédito a ser restituído, mediante consulta às informações constantes nos
aplicativos disponíveis no Portal do Simples Nacional; e
II - registrará os dados referentes ao pedido de restituição processada no aplicativo específico do
Simples Nacional, a fim de impedir o registro de novos pedidos de restituição ou de compensação do
mesmo valor.
§ 2º A restituição será realizada em conformidade com o disposto nas normas estabelecidas pela
legislação de cada ente federado, observados os prazos de decadência e prescrição previstos no CTN.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, §§ 12 e 14)
§ 3º Os créditos a serem restituídos no âmbito do Simples Nacional poderão ser objeto de
compensação de ofício com débitos perante a Fazenda Pública do próprio ente. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 21, § 10)

Seção II
Da Compensação

Art. 131. A compensação de valores apurados no âmbito do Simples Nacional, recolhidos


indevidamente ou em montante superior ao devido, será realizada por meio de aplicativo disponibilizado
no Portal do Simples Nacional, observadas as disposições desta Seção. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 21, §§ 5º a 14)
§ 1º Para fins do disposto no caput:
I - é permitida a compensação de créditos apenas para extinção de débitos perante o mesmo ente
federado e relativos ao mesmo tributo; e (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 11)
II - os créditos a serem compensados na forma prevista no inciso I devem se referir a período para o
qual já tenha sido apropriada a respectiva DASN apresentada pelo contribuinte até o ano-calendário de
2011, ou já tenha sido validada a apuração por meio do PGDAS-D, a partir do ano-calendário de 2012.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 5º)
§ 2º Os valores compensados indevidamente serão exigidos com os acréscimos moratórios previstos
na legislação do imposto sobre a renda ou na legislação do ICMS ou do ISS do respectivo ente federado,
conforme o caso. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 7º)
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, caso se comprove falsidade de declaração apresentada pelo sujeito
passivo, este estará sujeito à multa isolada calculada mediante aplicação, em dobro, do percentual
previsto no inciso I do caput do art. 44 da Lei nº 9.430, de 1996, e terá como base de cálculo o valor total
do débito indevidamente compensado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 8º)
§ 4º É vedado o aproveitamento de crédito de natureza não tributária e de crédito não apurado no
âmbito do Simples Nacional para extinção de débitos no âmbito do Simples Nacional. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, § 9º)
§ 5º Os créditos apurados no âmbito do Simples Nacional não poderão ser utilizados para extinção de
outros débitos perante as Fazendas Públicas, salvo no caso da compensação de ofício decorrente de
deferimento em processo de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 10)
§ 6º É vedada a cessão de créditos para extinção de débitos no âmbito do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 13)
§ 7º Nas hipóteses previstas no § 5º, o ente federado registrará os dados referentes à compensação
processada por meio do aplicativo específico do Simples Nacional, a fim de impedir a realização de novas
compensações ou restituições do mesmo valor. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 5º)

Seção III
Disposições Finais

Art. 132. Serão observadas na restituição e na compensação as seguintes regras:


I - o crédito a ser restituído ou compensado será acrescido de juros, obtidos pela aplicação da taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada
mensalmente, a partir do mês subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o devido até o mês
anterior ao da compensação ou restituição, e de 1% (um por cento), relativamente ao mês em que for
efetuada. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 6º)
II - observar-se-ão os prazos de decadência e prescrição previstos no CTN. (Lei Complementar nº 123,
de 2006, art. 21, § 12)

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CAPÍTULO III
DOS PROCESSOS JUDICIAIS
Seção I
Da Legitimidade Passiva

Art. 133. Serão propostas em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional (PGFN), as ações judiciais que tenham por objeto: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 41, caput)
I - ato do CGSN e o Simples Nacional; e
II - tributos abrangidos pelo Simples Nacional.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à PGFN, em relação aos tributos de
sua competência, nos termos dos arts. 136 e 137. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão atuar em conjunto com a União na defesa
dos processos em que houver impugnação relativa ao Simples Nacional, caso o eventual provimento da
ação gere impacto no recolhimento de seus respectivos tributos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
41, § 1º)

Art. 134. Excetuam-se ao disposto no art. 133:


I - informações em mandados de segurança impugnando atos de autoridade coatora pertencente a
Estado, ao Distrito Federal ou Município; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso I)
II - ações que tratem exclusivamente de tributos dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
as quais serão propostas perante esses entes federados, cujas defesas incumbirão às suas respectivas
representações judiciais; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso II)
III - ações promovidas na hipótese de celebração do convênio previsto no art. 139; (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso III)
IV - ações que tenham por objeto o crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado
exclusivamente em face de descumprimento de obrigação acessória; (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 41, § 5º, inciso IV)
V - ações que tenham por objeto o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS de responsabilidade do
MEI. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso V)
Parágrafo único. O disposto no inciso III alcança todas as ações conexas com a cobrança da dívida,
desde que versem exclusivamente sobre tributos estaduais ou municipais. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 41, § 3º e § 5º, inciso III)

Art. 135. Na hipótese de ter sido celebrado o convênio previsto no art. 139 e ter sido proposta ação
contra a União, com a finalidade de discutir tributo da competência do outro ente federado conveniado,
deverá a PGFN, na qualidade de representante da União, requerer a citação do Estado, do Distrito Federal
ou Município conveniado, para que integre a lide. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)

Seção II
Da Prestação de Auxílio à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

Art. 136. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio de suas administrações tributárias
ou outros órgãos de sua estrutura interna, quando assim determinado por ato competente, prestarão
auxílio à PGFN em relação aos tributos de suas respectivas competências, independentemente da
celebração de convênio, em prazo não inferior à terça parte do prazo judicial em curso. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)
§ 1º O requerimento feito pela PGFN e as informações a lhe serem prestadas pelo respectivo ente
federado serão, enviados, preferencialmente, por meio eletrônico ao órgão de representação judicial do
respectivo Estado, do Distrito Federal ou Município. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)
§ 2º A resposta será dirigida diretamente ao chefe da unidade solicitante seccional, estadual, regional
ou geral da PGFN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)
§ 3º Transcorrido o prazo estabelecido sem que tenha sido prestado o auxílio solicitado pela PGFN
aos Estados, ao Distrito Federal ou Municípios, tal fato será informado ao ente federado competente. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)

Art. 137. As informações prestadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em
cumprimento ao § 1º do art. 136 deverão conter: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 1º)

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I - descrição detalhada dos fundamentos fáticos que ensejaram o ato de lançamento, que poderá ser
representada por cópia do relatório fiscal relativo ao lançamento, desde que os contenha;
II - cópia da legislação e resoluções pertinentes, incluindo eventuais consultas e pareceres existentes
sobre a matéria, e indicação de sítio na Internet em que porventura esteja disponibilizada a legislação;
III - cópia de documentos relacionados ao ato de fiscalização;
IV - data em que foi prestada a informação, o nome do informante, sua assinatura, e seu endereço
eletrônico e telefone para contato.

Seção III
Da Inscrição em Dívida Ativa e sua Cobrança Judicial

Art. 138. O crédito tributário gerado no âmbito do Simples Nacional será apurado, inscrito em DAU e
cobrado judicialmente pela PGFN, exceto: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 2º) (Redação
dada pelo(a) Resolução CGSN nº 141, de 06 de julho de 2018)
I - a hipótese de convênio; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)
II - o crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado exclusivamente em face de
descumprimento de obrigação acessória; (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso IV)
III - o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS apurado no âmbito do Simei. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 41, § 5º, inciso V)
IV - crédito tributário relativo a ICMS ou ISS constituído por Estado, pelo Distrito Federal ou Município,
na forma prevista no art. 142. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 19; art. 41, §§ 1º e 5º, inciso
II)
§ 1º O encaminhamento de crédito tributário para inscrição na DAU pelos Estados, pelo Distrito Federal
e Municípios será realizado com a observância dos requisitos previstos no art. 202 do CTN, no art. 2º da
Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, e, preferencialmente, por meio eletrônico. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 41, §§ 1º e 2º)
§ 2º A movimentação e o encaminhamento serão realizados via processo administrativo em meio
convencional, em caso de impossibilidade de sua realização por meio eletrônico. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 41, §§ 1º e 2º)
§ 3º A PGFN proporá a forma padronizada de encaminhamento eletrônico ou convencional de crédito
para inscrição na DAU, a ser aprovada em ato do CGSN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, §§
1º e 2º)
§ 4º A notificação ao ente federado da inscrição em DAU dos créditos relativos aos tributos de sua
competência dar-se-á por meio de aplicativo, a ser disponibilizado no Portal do Simples Nacional. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 41, §§ 1º e 2º)
§ 5º O pagamento dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional inscritos em DAU deverá ser efetuado
por meio do DAS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, inciso I)
§ 6º Os valores arrecadados a título de pagamento dos créditos tributários inscritos em dívida ativa
serão apropriados diretamente pela União, Estados, pelo Distrito Federal e Municípios, na exata medida
de suas respectivas quotas-partes, acrescidos dos consectários legais correspondentes. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 22, incisos I e II)

Seção IV
Do Convênio

Art. 139. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão manifestar seu interesse na
celebração de convênio com a PGFN para que efetuem a inscrição em dívida ativa e a cobrança dos
tributos de suas respectivas competências. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)

Art. 140. A existência do convênio implica a delegação pela União da competência para inscrição,
cobrança e defesa relativa ao ICMS ou ao ISS, caso esses tributos estejam incluídos no Simples Nacional.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)
§ 1º A delegação prevista no caput dar-se-á sem prejuízo da possibilidade de a União, representada
pela PGFN, integrar a demanda na qualidade de interessada. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.
41, § 3º)
§ 2º Na hipótese prevista neste artigo, não se aplica o disposto no § 5º do art. 138. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)
§ 3º Depois da transferência dos dados relativos a crédito de ICMS ou de ISS ao Estado, ao Distrito
Federal ou Município que tenha firmado o convênio de que trata o caput, a responsabilidade pela sua

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administração fica transferida ao respectivo ente federado, observados os termos do citado convênio. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 41, § 3º)

Seção V
Da Legitimidade Ativa

Art. 141. À exceção da execução fiscal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem
legitimidade ativa para ingressar com as ações que entenderem cabíveis contra a ME ou a EPP optante
pelo Simples Nacional, independentemente da celebração do convênio previsto no art. 139. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 142. Observado o disposto neste artigo, depois da disponibilização do Sefisc, poderão ser
utilizados alternativamente os procedimentos administrativos fiscais previstos na legislação de cada ente
federado: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
I - para fatos geradores ocorridos:
a) de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2014, até 31 de dezembro de 2019; e
b) a partir de 1º de janeiro de 2015, até 31 de dezembro de 2019;
II - para todos os fatos geradores, até 31 de dezembro de 2019, nas seguintes situações:
a) declaração incorreta de valor fixo pelo contribuinte;
b) ações fiscais relativas ao Simei;
c) desconsideração, de ofício, da opção pelo Regime de Caixa, na forma prevista no art. 78; e
d) apuração de omissão de receita prevista no art. 92.
§ 1º As ações fiscais abertas pelos entes federados em seus respectivos sistemas de controle deverão
ser registradas no Sefisc. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 2º A ação fiscal e o lançamento serão realizados apenas em relação aos tributos de competência de
cada ente federado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, deve-se observar, na apuração do crédito tributário, as disposições
da Seção IV do Capítulo II do Título I desta Resolução, relativas ao cálculo dos tributos devidos. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput e §§ 5º a 5º-G; art. 33, § 4º)
§ 4º Deverão ser utilizados os documentos de autuação e lançamento fiscal específicos de cada ente
federado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 5º O valor apurado na ação fiscal deverá ser pago por meio de documento de arrecadação de cada
ente federado. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 6º O documento de autuação e lançamento fiscal poderá ser lavrado também somente em relação
ao estabelecimento objeto da ação fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 33, § 4º)
§ 7º Aplica-se a este artigo o disposto nos arts. 95 e 96. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 35)

Art. 143. Os débitos do contribuinte apurados no âmbito do Simples Nacional até o ano-calendário de
2018 inscritos em DAU poderão ser parcelados conforme regramento diverso do estabelecido na Seção
VI do Capítulo II, Título I desta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)
Parágrafo único. As regras aplicáveis ao parcelamento dos débitos referidos no caput serão definidas
em ato da PGFN. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

Art. 144. Fica a RFB autorizada a, em relação ao parcelamento de débitos apurados no âmbito do
Simples Nacional, incluídos os relativos ao Simei, solicitado no período de 1º de novembro de 2014 a 31
de dezembro de 2019: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15) (Redação dada pelo(a)
Resolução CGSN nº 143, de 11 de dezembro de 2018)
I - fazer a consolidação na data do pedido;
II - disponibilizar a primeira parcela para emissão e pagamento;
III - não aplicar o disposto no § 1º do art. 55;
IV - permitir 1 (um) pedido de parcelamento por ano-calendário, desde que o contribuinte desista
previamente de eventual parcelamento em vigor.

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Parágrafo único. O limite de que trata o inciso IV do caput fica alterado para 2 (dois) durante o período
previsto para a opção pelo parcelamento de que trata a Lei Complementar nº 162, de 6 de abril de 2018.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 21, § 15)

CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES FINAIS
Seção I
Da Isenção do Imposto sobre a Renda sobre Valores Pagos a Titular ou Sócio

Art. 145. Consideram-se isentos do imposto sobre a renda na fonte e na declaração de ajuste do
beneficiário os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da ME ou da EPP optante
pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 14, caput)
§ 1º A isenção de que trata o caput fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de
que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de
antecipação de fonte, ou sobre a receita bruta total anual, no caso de declaração de ajuste, subtraído do
valor devido no âmbito do Simples Nacional no período, relativo ao IRPJ. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 14, § 1º)
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica na hipótese de a ME ou a EPP manter escrituração contábil e
evidenciar lucro superior àquele limite. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 14, § 2º)
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se ao MEI. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, inciso I; art.
18-A, § 1º)

Seção II
Da Tributação dos Valores Diferidos

Art. 146. O pagamento dos tributos relativos a períodos anteriores à opção pelo Simples Nacional, cuja
tributação tenha sido diferida, deverá ser efetuado no prazo estabelecido na legislação do ente federado
detentor da respectiva competência tributária. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Seção III
Das Normas Específicas Aplicáveis a Tributos não Abrangidos pelo Simples Nacional
Subseção I
Do Cálculo da CPP não Incluída no Simples Nacional

Art. 147. A apuração do valor relativo à Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência
Social a cargo da pessoa jurídica, não incluído no âmbito do Simples Nacional, deverá ser realizada na
forma prevista em norma específica da RFB. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, inciso IV; art.
33, § 2º)
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput na hipótese de a ME ou a EPP auferir receitas sujeitas
ao Anexo IV desta Resolução, de forma isolada ou concomitantemente com receitas sujeitas aos Anexos
I, II, III ou V desta Resolução. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, inciso IV; art. 33, § 2º)

Seção IV
Do Roubo, Furto, Extravio, Deterioração, Destruição ou Inutilização

Art. 148. Em caso de roubo, furto, extravio, deterioração, destruição ou inutilização de mercadorias,
bens do ativo permanente imobilizado, livros contábeis ou fiscais, documentos fiscais, equipamentos
emissores de cupons fiscais e de quaisquer papéis ligados à escrituração, a ME ou a EPP optante pelo
Simples Nacional deverá adotar as providências previstas na legislação dos entes federados que
jurisdicionarem o estabelecimento. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Seção V
Do Portal

Art. 149. O Portal do Simples Nacional na Internet contém as informações e os aplicativos relacionados
ao Simples Nacional e pode ser acessado por meio do endereço eletrônico
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso
I e § 6º) (Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 142, de 21 de agosto de 2018)

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Parágrafo único. É facultada a disponibilização das informações e dos aplicativos a que se refere o
caput por meio de links nos endereços eletrônicos vinculados à União, Estados, Distrito Federal,
Municípios, ao Confaz, à Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf) e à
Confederação Nacional dos Municípios (CNM). (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e §
6º)

Seção VI
Da Certificação Digital dos Entes Federados

Art. 150. Os servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverão dispor de
certificação digital para ter acesso à base de dados do Simples Nacional, no âmbito de suas respectivas
competências, em especial para: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - deferimento ou indeferimento de opções;
II - cadastramento de fiscalizações, lançamentos e contencioso administrativo;
III - inclusão, exclusão, alteração e consulta de informações; e
IV - importação e exportação de arquivos de dados.

Art. 151. A especificação dos perfis de acesso aos aplicativos e à base de dados do Simples Nacional
será estabelecida por meio de portaria da Secretaria-Executiva do CGSN. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Art. 152. O processo de cadastramento dos usuários dos entes federados para acesso ao Simples
Nacional dar-se-á da seguinte forma: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - o cadastramento do usuário-mestre será realizado por meio de aplicativo, disponível na página de
acesso para os entes federados, no Portal do Simples Nacional, observado o disposto nos §§ 3º e 4º;
II - o usuário-mestre poderá cadastrar diretamente outros usuários ou, se preferir, cadastrar usuários-
cadastradores; e
III - os demais usuários serão cadastrados pelos usuários-cadastradores.
§ 1º A atribuição de perfis de acesso a cada tipo de usuário caberá: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - ao usuário-mestre, em relação aos usuários-cadastradores e outros usuários; e
II - aos usuários-cadastradores, em relação aos outros usuários.
§ 2º Todos os níveis de usuários, no âmbito da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios,
deverão possuir certificação digital. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 3º Inicialmente, o usuário-mestre será o representante do ente federado no cadastro do Fundo de
Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), denominado
"responsável pelo FPEM”. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
§ 4º São aptos a alterar o usuário-mestre, por meio do aplicativo previsto no inciso I do caput: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - o “responsável pelo FPEM"; e
II - o usuário-mestre que se encontrar cadastrado, para designar um novo usuário-mestre.
§ 5º Quando, por questões circunstanciais, não for possível a utilização do aplicativo referido no inciso
I do caput, a substituição do usuário-mestre poderá ser oficiada diretamente ao Presidente do CGSN: (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)
I - pelo titular do ente federado; ou
II - pelo titular do órgão de administração tributária, hipótese em que deverá ser anexada cópia do ato
designatório.
§ 6º No ofício a que se refere o § 5º deverá constar o nome completo, o cargo e o respectivo número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do usuário-mestre designado. (Lei Complementar nº
123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º)

Seção VIII
Da Vigência e da Revogação

Art. 153. Ficam revogados, a partir de 1º de agosto de 2018:


I - a Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011;
II - o art. 2º da Resolução CGSN nº 96, de 01 de fevereiro de 2012;
III - a Resolução CGSN nº 98, de 13 de março de 2012;
IV - a Resolução CGSN nº 99, de 16 de abril de 2012;

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V - os arts. 1º, 3º e 6 da Resolução CGSN nº 100, de 27 de junho de 2012;
VI - a Resolução CGSN nº 101, de 19 de setembro de 2012;
VII - a Resolução CGSN nº 104, de 12 de dezembro de 2012;
VIII - a Resolução CGSN nº 105, de 21 de dezembro de 2012;
VIX - a Resolução CGSN nº 106, de 02 de abril de 2013;
X - a Resolução CGSN nº 107, de 09 de maio de 2013;
XI - a Resolução CGSN nº 108, de 12 de julho de 2013;
XII - a Resolução CGSN nº 109, de 20 de agosto de 2013;
XIII - a Resolução CGSN nº 111, de 11 de dezembro de 2013;
XIV - a Resolução CGSN nº 112, de 12 de março de 2014;
XV - a Resolução CGSN nº 113, de 27 de março de 2014;
XVI - a Resolução CGSN nº 115, de 04 de setembro de 2014;
XVII - a Resolução CGSN nº 116, de 24 de outubro de 2014;
XVIII - a Resolução CGSN nº 117, de 02 de dezembro de 2014;
XVIX - a Resolução CGSN nº 119, de 19 de dezembro de 2014;
XX - a Resolução CGSN nº 120, de 10 de março de 2015;
XXI - a Resolução CGSN nº 121, de 08 de abril de 2015;
XXII - a Resolução CGSN nº 122, de 27 de agosto de 2015;
XXIII - a Resolução CGSN nº 123, de 14 de outubro de 2015;
XXIV - a Resolução CGSN nº 125, de 08 de dezembro de 2015;
XXV - a Resolução CGSN nº 126, de 17 de março de 2016;
XXVI - a Resolução CGSN nº 127, de 05 de maio de 2016;
XXVII - a Resolução CGSN nº 128, de 16 de maio de 2016;
XXVIII - a Resolução CGSN nº 129, de 15 de setembro de 2016;
XXIX - a Resolução CGSN nº 131, de 06 de dezembro de 2016;
XXX - a Resolução CGSN nº 133, de 13 de junho de 2017;
XXXI - a Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017;
XXXII - a Resolução CGSN nº 137, de 04 de dezembro de 2017.

Art. 154. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União e produz
efeitos:
I - em relação ao art. 144, a partir da data de sua publicação; e
II - em relação aos demais dispositivos, a partir de 1º de agosto de 2018.

JORGE ANTONIO DEHER RACHID


Presidente do Comitê

ANEXOS
Disponíveis em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=92278&visao=anotado

Questões

01. Para fins da Resolução nº.140/2018 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), considera-se
receita bruta (RB) o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos.
( ) Certo ( ) Errado

02. Os tributos devidos, apurados na forma da Resolução nº.140/2018 do Comitê Gestor do Simples
Nacional (CGSN), deverão ser pagos até o dia 10 (dez) do mês subsequente àquele em que houver sido
auferida a receita bruta.
( ) Certo ( ) Errado

03. Nos termos da Resolução nº.140/2018 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), considere
o texto apresentado e julgue os itens abaixo:

Para fins da Resolução nº.140/2018 do CGSN, constitui infração, toda ação ou omissão, voluntária ou
involuntária, da ME ou da EPP optante que importe em inobservância das normas do Simples Nacional.
Além disso, considera-se também ocorrida infração, quando constatada:

270
1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
I - omissão de receitas;
II - diferença de base de cálculo; ou
III - insuficiência de recolhimento dos tributos do Simples Nacional.

Estão corretos os itens:


(A) I e III
(B) I e II
(C) II e III
(D) somente o I
(E) I, II e III

04. Nos termos da Resolução nº.140/2018 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), julgue o
item abaixo:

O Microempreendedor Individual (MEI) poderá contratar um único empregado que receba


exclusivamente 1 (um) salário mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria
profissional, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria.
( ) Certo ( ) Errado

05. Nos termos da Resolução nº.140/2018 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), julgue o
item abaixo:

O Microempreendedor Individual (MEI) deverá obrigatoriamente utilizar certificação digital para


cumprimento de obrigações principais ou acessórias ou para recolhimento do FGTS.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.Certo / 02.Errado / 03.E / 04.Certo / 05.Errado

Comentários

01. Resposta: Certo


Art. 2º Para fins desta Resolução, considera-se:
(...)
II - receita bruta (RB) o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e
os descontos incondicionais concedidos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, caput e § 1º).
(...)

02. Resposta: Errado


Art. 40. Os tributos devidos, apurados na forma prevista nesta Resolução, deverão ser pagos até o dia
20 (vinte) do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. (Lei Complementar
nº 123, de 2006, art. 21, inciso III)

03. Resposta: E
Art. 94. Considera-se também ocorrida infração quando constatada: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 33, § 4º)
I - omissão de receitas;
II - diferença de base de cálculo; ou
III - insuficiência de recolhimento dos tributos do Simples Nacional.

04. Resposta: Certo


Art. 105. O MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário
mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei
federal ou por convenção coletiva da categoria. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18-C)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
05. Resposta: Errado
Art. 110. O MEI fica dispensado de utilizar certificação digital para cumprimento de obrigações
principais ou acessórias ou para recolhimento do FGTS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, §
7º)

d. ITR: Lei 9393/1996.

LEI Nº 9.393, DE 19 DE DEZEMBRO DE 19968

Dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida
representada por Títulos da Dívida Agrária e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE
TERRITORIAL RURAL - ITR
Seção I
Do Fato Gerador do ITR

Definição

Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador
a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do
município, em 1º de janeiro de cada ano.
§ 1º O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária,
enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais
parcelas de terras, localizada na zona rural do município.
§ 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no município onde fique
a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município onde se localize a maior parte do
imóvel.

Imunidade

Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas
glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual
ou inferior a:
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-
grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.

Seção II
Da Isenção

Art. 3º São isentos do imposto:


I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas
autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.

8
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9393-19-dezembro-1996-372239-normaatualizada-pl.html. Acesso em 22.03.2019 às 12hr40min

272
1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados
no parágrafo único do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano.

Art. 3º-A. Os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de
comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou
coletivamente, pelos membros destas comunidades são isentos do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural - ITR.
§ 1º Ficam dispensados a constituição de créditos da Fazenda Nacional, a inscrição na Dívida Ativa
da União e o ajuizamento da respectiva execução fiscal, e cancelados o lançamento e a inscrição relativos
ao ITR referentes aos imóveis rurais de que trata o caput a partir da data do registro do título de domínio
previsto no art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2º Observada a data prevista no § 1º, não serão aplicadas as penalidades estabelecidas nos arts. 7º
e 9º para fatos geradores ocorridos até a data de publicação da lei decorrente da conversão da Medida
Provisória nº 651, de 9 de julho de 2014, e ficam anistiados os valores decorrentes de multas lançadas
pela apresentação da declaração do ITR fora do prazo. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.043, de
13/11/2014, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2015)

Seção III
Do Contribuinte e do Responsável
Contribuinte

Art. 4º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu
possuidor a qualquer título.
Parágrafo único. O domicílio tributário do contribuinte é o município de localização do imóvel, vedada
a eleição de qualquer outro.

Responsável

Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título, nos termos dos arts. 128 a
133 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional).

Seção IV
Das Informações Cadastrais

Entrega do DIAC

Art. 6º O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da Receita Federal
(SRF), por meio do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR - DIAC, as informações
cadastrais correspondentes a cada imóvel, bem como qualquer alteração ocorrida, na forma estabelecida
pela Secretaria da Receita Federal.
§ 1º É obrigatória, no prazo de sessenta dias, contado de sua ocorrência, a comunicação das seguintes
alterações:
I - desmembramento;
II - anexação;
III - transmissão, por alienação da propriedade ou dos direitos a ela inerentes, a qualquer título;
IV - sucessão causa mortis;
V - cessão de direitos;
VI - constituição de reservas ou usufruto.
§ 2º As informações cadastrais integrarão o Cadastro de Imóveis Rurais - CAFIR, administrado pela
Secretaria da Receita Federal, que poderá, a qualquer tempo, solicitar informações visando à sua
atualização.
§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 4º, o contribuinte poderá indicar no DIAC,
somente para fins de intimação, endereço diferente daquele constante do domicílio tributário, que valerá
para esse efeito até ulterior alteração.

273
1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
Entrega do DIAC Fora do Prazo

Art. 7º No caso de apresentação espontânea do DIAC fora do prazo estabelecido pela Secretaria da
Receita Federal, será cobrada multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração sobre o imposto devido não
inferior a R$50,00 (cinqüenta reais), sem prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência
de recolhimento do imposto ou quota.

Seção V
Da Declaração Anual

Art. 8º O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de Informação


e Apuração do ITR - DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data e condições fixadas pela
Secretaria da Receita Federal.
§ 1º O contribuinte declarará, no DIAT, o Valor da Terra Nua - VTN correspondente ao imóvel.
§ 2º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano a que se referir o
DIAT, e será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado.
§ 3º O contribuinte cujo imóvel se enquadre nas hipóteses estabelecidas nos arts. 2º, 3º e 3º-A fica
dispensado da apresentação do DIAT. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.043, de 13/11/2014,
em vigor a partir de 1º de janeiro de 2015)

Entrega do DIAT Fora do Prazo

Art. 9º A entrega do DIAT fora do prazo estabelecido sujeitará o contribuinte à multa de que trata o art.
7º, sem prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou
quota.

Seção VI
Da Apuração e do Pagamento
Subseção I
Da Apuração

Apuração pelo contribuinte

Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de
prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela Secretaria
da Receita Federal, sujeitando-se a homologação posterior.
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR, considerar-se-á:
I - VTN, o valor do imóvel excluídos os valores relativos a:
a) construções, instalações e benfeitorias;
b) culturas permanentes e temporárias;
c) pastagens cultivadas e melhoradas;
d) florestas plantadas;
II - área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012;
(Alínea com redação dada pela Lei nº 12.844, de 19/7/2013, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos
a partir de 1º de janeiro de 2013)
b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão
competente, federal ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior;
c) comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou
florestal, declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual;
d) sob regime de servidão ambiental; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.428, de 22/12/2006, e com
redação dada pela Lei nº 12.651, de 25/5/2012)
e) cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de
regeneração; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.428, de 22/12/2006)
f) alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada pelo poder
público. (Alínea acrescida pela Lei nº 11.727, de 23/6/2008)
III - VTNt, o valor da terra nua tributável, obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área
tributável e a área total;

274
1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
IV - área aproveitável, a que for passível de exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou
florestal, excluídas as áreas:
a) ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias;
b) de que tratam as alíneas do inciso II deste parágrafo; (Alínea com redação dada pela Lei nº 11.428,
de 22/12/2006)
V - área efetivamente utilizada, a porção do imóvel que no ano anterior tenha:
a) sido plantada com produtos vegetais;
b) servido de pastagem, nativa ou plantada, observados índices de lotação por zona de pecuária;
c) sido objeto de exploração extrativa, observados os índices de rendimento por produto e a legislação
ambiental;
d) servido para exploração de atividades granjeira e aqüícola;
e) sido o objeto de implantação de projeto técnico, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.629, de 25 de
fevereiro de 1993;
VI - Grau de Utilização - GU, a relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área
aproveitável.
§ 2º As informações que permitam determinar o GU deverão constar do DIAT.
§ 3º Os índices a que se referem as alíneas b e c do inciso V do § 1º serão fixados, ouvido o Conselho
Nacional de Política Agrícola, pela Secretaria da Receita Federal, que dispensará da sua aplicação os
imóveis com área inferior a:
a) 1.000 ha, se localizados em municípios compreendidos na Amazônia Ocidental ou no Pantanal
mato-grossense e sul-mato-grossense;
b) 500 ha, se localizados em municípios compreendidos no Polígono das Secas ou na Amazônia
Oriental;
c) 200 ha, se localizados em qualquer outro município.
§ 4º Para os fins do inciso V do § 1º, o contribuinte poderá valer-se dos dados sobre a área utilizada e
respectiva produção, fornecidos pelo arrendatário ou parceiro, quando o imóvel, ou parte dele, estiver
sendo explorado em regime de arrendamento ou parceria.
§ 5º Na hipótese de que trata a alínea c do inciso V do § 1º, será considerada a área total objeto de
plano de manejo sustentado, desde que aprovado pelo órgão competente, e cujo cronograma esteja
sendo cumprido pelo contribuinte.
§ 6º Será considerada como efetivamente utilizada a área dos imóveis rurais que, no ano anterior,
estejam:
I - comprovadamente situados em área de ocorrência de calamidade pública decretada pelo Poder
Público, de que resulte frustração de safras ou destruição de pastagens;
II - oficialmente destinados à execução de atividades de pesquisa e experimentação que objetivem o
avanço tecnológico da agricultura.
§ 7º A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que tratam as alíneas a e d do inciso
II, § 1º, deste artigo, não está sujeita à prévia comprovação por parte do declarante, ficando o mesmo
responsável pelo pagamento do imposto correspondente, com juros e multa previstos nesta Lei, caso
fique comprovado que a sua declaração não é verdadeira, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis.
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24/8/2001)

Valor do Imposto

Art. 11. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a
alíquota correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de
Utilização - GU.
§ 1º Na hipótese de inexistir área aproveitável após efetuadas as exclusões previstas no art. 10, § 1º,
inciso IV, serão aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a
80% (oitenta por cento), observada a área total do imóvel.
§ 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$10,00 (dez reais).

Subseção II
Do Pagamento
Prazo

Art. 12. O imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês fixado para a entrega do DIAT.
Parágrafo único. À opção do contribuinte, o imposto a pagar poderá ser parcelado em até três quotas
iguais, mensais e consecutivas, observando-se que:

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
I - nenhuma quota será inferior a R$50,00 (cinqüenta reais);
II - a primeira quota ou quota única deverá ser paga até a data fixada no caput ;
III - as demais quotas, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e
de Custódia (SELIC) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia
do mês subseqüente à data fixada no caput até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1%
(um por cento) no mês do pagamento, vencerão no último dia útil de cada mês;
IV - é facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas.

Pagamento Fora do Prazo

Art. 13. O pagamento do imposto fora dos prazos previstos nesta Lei será acrescido de:
I - multa de mora calculada à taxa de 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento) por dia de atraso, não
podendo ultrapassar 20% (vinte por cento), calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do
vencimento do prazo previsto para o pagamento do imposto até o dia em que ocorrer o seu pagamento.
II - juros de mora calculados à taxa a que se refere o art. 12, parágrafo único, inciso III, a partir do
primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1%
(um por cento) no mês do pagamento.

Seção VII
Dos Procedimentos de Ofício

Art. 14. No caso de falta de entrega do DIAC ou do DIAT, bem como de subavaliação ou prestação de
informações inexatas, incorretas ou fraudulentas, a Secretaria da Receita Federal procederá à
determinação e ao lançamento de ofício do imposto, considerando informações sobre preços de terras,
constantes de sistema a ser por ela instituído, e os dados de área total, área tributável e grau de utilização
do imóvel, apurados em procedimentos de fiscalização.
§ 1º As informações sobre preços de terra observarão os critérios estabelecidos no art. 12, § 1º, inciso
II da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e considerarão levantamentos realizados pelas Secretarias
de Agricultura das Unidades Federadas ou dos Municípios.
§ 2º As multas cobradas em virtude do disposto neste artigo serão aquelas aplicáveis aos demais
tributos federais.

Seção VIII
Da Administração do Imposto

Competência da Secretaria da Receita Federal

Art. 15. Compete à Secretaria da Receita Federal a administração do ITR, incluídas as atividades de
arrecadação, tributação e fiscalização.
Parágrafo único. No processo administrativo fiscal, compreendendo os procedimentos destinados à
determinação e exigência do imposto, imposição de penalidades, repetição de indébito e solução de
consultas, bem como a compensação do imposto, observar-se-á a legislação prevista para os demais
tributos federais.

Convênios de Cooperação

Art. 16. A Secretaria da Receita Federal poderá celebrar convênio com o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA, com a finalidade de delegar as atividades de fiscalização das
informações sobre os imóveis rurais, contidas no DIAC e no DIAT.
§ 1º No exercício da delegação a que se refere este artigo, o INCRA poderá celebrar convênios de
cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA,
Fundação Nacional do Índio - FUNAI e Secretarias Estaduais de Agricultura.
§ 2º No uso de suas atribuições, os agentes do INCRA terão acesso ao imóvel de propriedade
particular, para levantamento de dados e informações.
§ 3º A Secretaria da Receita Federal, com o apoio do INCRA, administrará o CAFIR e colocará as
informações nele contidas à disposição daquela Autarquia, para fins de levantamento e pesquisa de
dados e de proposição de ações administrativas e judiciais. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº
10.267, de 28/8/2001)

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
§ 4º Às informações a que se refere o § 3º aplica-se o disposto no art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.267, de 28/8/2001)

Art. 17. A Secretaria da Receita Federal poderá, também, celebrar convênios com:
I - órgãos da administração tributária das unidades federadas, visando delegar competência para a
cobrança e o lançamento do ITR;
II - a Confederação Nacional da Agricultura - CNA e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura - CONTAG, com a finalidade de fornecer dados cadastrais de imóveis rurais que possibilitem
a cobrança das contribuições sindicais devidas àquelas entidades.

Seção IX
Das Disposições Gerais

Dívida Ativa - Penhora ou Arresto

Art. 18. Na execução de dívida ativa, decorrente de crédito tributário do ITR na hipótese de penhora
ou arresto de bens, previstos no art. 11 da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, será penhorado ou
arrestado, preferencialmente, imóvel rural, não tendo recaído a penhora ou o arresto sobre dinheiro.
§ 1º No caso do imóvel rural penhorado ou arrestado, na lavratura do termo ou auto de penhora, deverá
ser observado, para efeito de avaliação, o VTN declarado e o disposto no art. 14.
§ 2º A Fazenda Pública poderá, ouvido o INCRA, adjudicar, para fins fundiários, o imóvel rural
penhorado, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos.
§ 3º O depósito da diferença de que trata o parágrafo único do art. 24 da Lei nº 6.830, de 22 de
setembro de 1980, poderá ser feito em Títulos da Dívida Agrária, até o montante equivalente ao VTN
declarado.
§ 4º Na hipótese do § 2º, o imóvel passará a integrar o patrimônio do INCRA, e a carta de adjudicação
e o registro imobiliário serão expedidos em seu nome.

Valores para Apuração de Ganho de Capital

Art. 19. A partir do dia 1º de janeiro de 1997, para fins de apuração de ganho de capital, nos termos
da legislação do imposto de renda, considera-se custo de aquisição e valor da venda do imóvel rural o
VTN declarado, na forma do art. 8º, observado o disposto no art. 14, respectivamente, nos anos da
ocorrência de sua aquisição e de sua alienação.
Parágrafo único. Na apuração de ganho de capital correspondente a imóvel rural adquirido
anteriormente à data a que se refere este artigo, será considerado custo de aquisição o valor constante
da escritura pública, observado o disposto no art. 17 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.

Incentivos Fiscais e Crédito Rural

Art. 20. A concessão de incentivos fiscais e de crédito rural, em todas as suas modalidades, bem como
a constituição das respectivas contrapartidas ou garantias, ficam condicionadas à comprovação do
recolhimento do ITR relativo ao imóvel rural correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os
casos em que a exigibilidade do imposto esteja suspensa, ou em curso de cobrança executiva em que
tenha sido efetivada a penhora.
Parágrafo único. É dispensada a comprovação de regularidade do recolhimento do imposto relativo ao
imóvel rural, para efeito de concessão de financiamento ao amparo do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF.

Registro Público

Art. 21. É obrigatória a comprovação do pagamento do ITR, referente aos cinco últimos exercícios,
para serem praticados quaisquer dos atos previstos nos arts. 167 e 168 da Lei nº 6.015, de 31 de
dezembro de 1973 (Lei dos Registros Públicos), observada a ressalva prevista no caput do artigo anterior,
in fine.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis pelo imposto e pelos acréscimos legais, nos termos
do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Sistema Tributário Nacional, os serventuários do
registro de imóveis que descumprirem o disposto neste artigo, sem prejuízo de outras sanções legais.

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1552659 E-book gerado especialmente para MARCOS ROBERTO DE OLIVEIRA
Depósito Judicial na Desapropriação

Art. 22. O valor da terra nua para fins do depósito judicial, a que se refere o inciso I do art. 6º da Lei
Complementar nº 76, de 6 de julho de 1993, na hipótese de desapropriação do imóvel rural de que trata
o art. 184 da Constituição, não poderá ser superior ao VTN declarado, observado o disposto no art. 14.
Parágrafo único. A desapropriação por valor inferior ao declarado não autorizará a redução do imposto
a ser pago, nem a restituição de quaisquer importâncias já recolhidas.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos quanto aos arts. 1º a 22,
a partir de janeiro de 1997.

Art. 24. Revogam-se os arts. 1º a 22 e 25 da Lei nº 8.847, de 28 de janeiro de 1994.

Brasília, 19 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Pedro Malan
Raul Belens Jungmann Pinto

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