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Acupuntura e saúde

A acupuntura é um método terapêutico utilizado na medicina tradicional


chinesa há mais de 3000 anos. Há registros de que este é o procedimento mais antigo
da história da medicina. Ao contrário de outros procedimentos utilizados na
antiguidade que caíram em desuso, a acupuntura nunca deixou de ser praticada e
atualmente é um dos tratamentos mais populares em todo mundo.
Até 1970, as evidências para o uso da acupuntura restringiam-se a uma
enorme coleção de casos advindos de um quarto da população mundial (a população
chinesa). Havia poucos experimentos à luz do conhecimento científico ocidental
para convencer os céticos; porém, nos últimos 25 anos essa situação mudou
consideravelmente. Estudos clínicos e pré-clínicos nos moldes atuais vêm
demonstrando a eficácia e efetividade da acupuntura em diversas condições. Em
2003, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma revisão indicando a
terapia com acupuntura para uma relação de mais de cem doenças.
O tratamento por acupuntura baseia-se na inserção de agulhas em pontos
específicos na superfície corporal. Os pontos de acupuntura são conhecidos em
chinês como Shu Xue. A palavra Shu significa passagem ou comunicação, enquanto a
palavra Xue significa cavidade ou buraco. Portanto, Shu Xue representa aberturas ou
buracos na pele de comunicação ou transporte. Os pontos de acupuntura foram
descobertos através do conhecimento empírico adquirido na prática clínica no
decorrer dos séculos.
Por meio de observação criteriosa e sistemática, os chineses notaram que
havia uma sensação peculiar de entorpecimento, peso ou choque, relacionada com
o estímulo dos acupontos, a qual chamaram de De Qi. Também perceberam que
havia um padrão comum do trajeto de irradiação dessa sensação para regiões
distantes do corpo. A sensação de De Qi geralmente percorria pequenos trechos;
assim, se o local onde terminava a sensação fosse agulhado havia a transmissão por
mais um trecho. Dessa maneira novos pontos foram descobertos, e as linhas
traçadas entre eles, acabaram delimitando o trajeto dos meridianos.
Segundo a teoria da medicina tradicional chinesa, os meridianos, que foram
traduzidos do termo Jing (que significa via de transporte), formam um sistema que
abrange todo corpo e ligam-se uns aos outros em sequência. Eles estabelecem
conexões e comunicações entre órgãos e vísceras (Zang-Fu), pele, membros e
orifícios, e assim permitem a integração de diferentes partes do corpo de forma a
manter uma condição harmoniosa no organismo.
Quanto aos pontos de acupuntura (acupontos), estes foram avaliados por
vários estudos histológicos que não demonstraram de forma consistente a presença
de estruturas específicas relacionadas a eles. Contudo, alguns autores fizeram a
observação de que a maioria dos pontos de acupuntura coincide com os trigger
points (pontos gatilho: ponto localizado em uma área de tensão muscular. Este ponto
é doloroso à pressão e desencadeia episódios de dor em regiões do corpo distantes
do local do ponto gatilho). Por exemplo, Melzack et al descobriram que 71% dos
pontos de acupuntura coincidiam com os pontos gatilho. O trabalho de Janet Travell
e David Simon sobre pontos gatilho, iniciado em 1952, e que resultou em um denso
livro publicado em 1983, mostra que há locais hipersensíveis nas estruturas
miofasciais que quando estimulados ampliam a área de dor para região adjacente
ou distante (referida). Estes autores observaram que o "agulhamento seco" (sem
injeção de fármacos) nesses pontos-gatilho produziu alívio da dor.
Além da pesquisa sobre a "existência" dos pontos de acupuntura e do estudo
de estruturas anatômicas específicas, outros trabalhos realizaram esta pesquisa de
maneiras diversas: pelo estudo das propriedades elétricas da pele nos acupontos,
pelo estudo das fibras nervosas que são ativadas pelo estímulo nos acupontos e pela
comparação dos efeitos da inserção de agulhas nos pontos verdadeiros e falsos.
Alguns relatos afirmam que a resistência elétrica da pele em pontos de acupuntura
é mais baixa do que a da pele adjacente, mas este resultado tem sido atribuído a
artefatos resultantes da pressão dos eletrodos.
Os acupontos podem ser estimulados por:
 Chi gong: série de movimentos harmônicos aliados à respiração, com
foco em determinada parte do corpo, para desenvolvimento do chi interno e
ampliação da capacidade mental.
 Craniopuntura: método combinado de diagnóstico (palpação do
abdome e pescoço) e tratamento por meio da inserção de agulhas em pontos
cutâneos localizados na face e couro cabeludo.
 Eletroestimulação: procedimento de acupuntura, que consiste em
estimular as zonas neurorreativas de acupuntura com estímulos elétricos de
formato de onda determinados, de freqüência variável de 1 a 1.000 Hz, de
baixa voltagem e baixa amperagem, produzidos por aparelho próprio.
 Eletroestimulação em agulha de acupuntura: aplicação do
estímulo elétrico acima descrito sobre a agulha que se encontra inserida na
zona neurorreativa de Acupuntura.
 Eletroestimulação transcutânea em zona neurorreativa de
acupuntura: aplicação do estímulo elétrico acima descrito diretamente
sobre a pele sobrejacente à região da zona neurorreativa de Acupuntura.
 Moxa: artefato produzido com uma porção da erva Artemisia sinensis
macerada, podendo apresentar-se sob forma de bastão, cone ou pequeno
cilindro.
 Moxabustão: procedimento de acupuntura que consiste no
aquecimento dos pontos de acupuntura por meio da queima de ervas
medicinais apropriadas, aplicadas em geral de modo indireto sobre a pele.

Em relação aos tipos de fibras nervosas estimuladas, as evidências


eletrofisiológicas indicam que o estímulo de fibras aferentes dos músculos (tipo II e
III) produz as sensações chamadas de De Qi que, por sua vez, enviam mensagens ao
cérebro para liberar neurotransmissores (endorfinas, monoaminas, entre outros).
Lu et al mostraram que os tipos de fibra II e III foram importantes em coelhos e gatos
para que obtivessem analgesia por acupuntura. Em seus experimentos o bloqueio
de fibras do tipo IV não surtiu efeito sobre a analgesia por acupuntura, ao passo que
o bloqueio isquêmico ou anódico de fibras dos tipos II e III suprimiu tal efeito
analgésico. Assim, há evidências em estudos animais de que esses dois tipos de fibra
medeiam a analgesia pela acupuntura.
Além dessas pesquisas, no Brasil, os professores Rafael Vercelino e Fabiana
Carvalho da Universidade Estadual de Campinas desenvolveram um artigo de
revisão que retrata “Evidências da acupuntura no tratamento da cefaleia”, como está
descrito a seguir.
A cefaleia crônica e a aguda ocasionam grande impacto econômico, social e na
saúde, e apesar do conhecimento dos benefícios dos medicamentos, muitos
pacientes continuam a experimentar o sofrimento e o transtorno social, uma vez que
as pessoas passam a isolar-se quando apresentam crises dolorosas. Profissionais da
saúde recomendam a estes pacientes a abordagem não apenas farmacológica para o
tratamento da cefaleia. Uma das abordagens mais popular é a Acupuntura, sendo a
cefaleia crônica a condição mais frequentemente tratada.
Neuroquímica da acupuntura: nos anos 1970, Pomeranz e Chiu sugeriram
que a acupuntura ativa fibras aferentes Aδ e C nos músculos e assim levam sinais,
via medula, para centros superiores no cérebro, favorecendo a liberação endógena
de neurotransmissores que favorecem a analgesia. Um fato interessante, e o que
admirou a comunidade científica, cética aos efeitos da acupuntura, é que a
introdução de uma agulha na camada muscular poderia exercer efeitos analgésicos
importantes, e que este efeito está relacionado à liberação de substâncias no sistema
nervoso central (SNC). Ainda nesta década, Ji-sheng Han, neurocientista e diretor do
Neuroscience Research Institute na Peking University, em Beijing, China, executou
experimentos de excelência que determinaram qual o efeito da acupuntura no SNC
e quais neurotransmissores eram liberados. As pesquisas experimentais de Ji-sheng
Han estão focadas no papel dos peptídeos opioides e como eles se comportam em
diferentes frequências de estimulação através de eletroacupuntura. Além dos
peptídeos opioides, várias outras substâncias são liberadas endogenamente:
Peptídeos opioides: há três principais grupos de peptídeos opioides, β-endorfina,
encefalina e dinorfinas, e seus receptores mi (µ), delta (δ) e kappa (κ) são
amplamente distribuídos em terminais aferentes periféricos e áreas do SNC
relacionados a nocicepção e dor.
Em 1977, um experimento mostrou que a naloxona, um fármaco antagonista
dos receptores opioides, reverteu o efeito analgésico da acupuntura. Este
experimento confirmou que o efeito analgésico da acupuntura está relacionado a
liberação de opioides endógenos, tanto central como perifericamente. O
envolvimento de opioides periféricos na modulação da inflamação está bem
documentado.
É interessante observar que a eletroacupuntura em baixas frequências (2 Hz)
facilita a liberação de encefalina, enquanto a de alta frequência (100 Hz) estimula a
liberação de dinorfina.
 Colecistocinina octapeptídeo (CCK-8): CCK-8 é vastamente
distribuída no SNC e exerce importantes funções fisiológicas. Esse hormônio
é o mais importante neuropeptídeo envolvido na atividade anti-opioide.
Experimentos comprovam que a concentração de CCK-8 é inversamente
proporcional à qualidade da analgesia por eletroacupuntura. Pessoas que
não respondem aos efeitos analgésicos da acupuntura apresentam altos
níveis séricos de CCK-8, e inversamente, aqueles que apresentam baixos
níveis séricos de CCK-8, são os melhores respondedores à acupuntura.
 5-hidroxitriptamina (5-HT): a serotonina é densamente expressada
no SNC e está implicada na modulação da nocicepção. É bem documentado
que o núcleo magno da rafe apresenta uma abundância em 5-HT e
desempenha um papel crucial na modulação descendente da dor17. A
acupuntura tem a capacidade de aumentar a concentração de 5-HT e de seus
metabólitos no núcleo magno da rafe e na medula espinhal, assim como o
bloqueio da sua síntese, reduz a analgesia produzida.
 Catecolaminas: qualquer condição de estresse afeta a medula
adrenal, bem como a glândula pituitária e o córtex adrenal, e as
catecolaminas noradrenalina e adrenalina são liberados na corrente
sanguínea em resposta. A acupuntura, em geral, parece inibir a atividade
simpática, e essa inibição, de fato, pode ser parte do mecanismo analgésico
da acupuntura. Estudos sugerem que a noradrenalina parece exercer
diversas ações na medula e níveis supraespinhal.
 Glutamato: aminoácidos excitatórios, como o glutamato, são
abundantes em fibra nociceptivas primárias, e receptores NMDA, AMPA/KA
e são densamente distribuídos no corno dorsal da medula espinhal.
Evidências sugerem que o bloqueio dos receptores NMDA e de receptores
AMPA/KA é capaz de reforçar a analgesia com acupuntura.

Evidências científicas da acupuntura na cefaleia: ensaios clínicos


aleatórios têm sido realizados com intuito de verificar a eficácia da acupuntura na
redução dos sintomas da cefaleia. Esses estudos frequentemente são controlados
por placebo ou acupuntura Sham. O placebo em acupuntura é definido como
acupuntura falsa, em que as agulhas não são inseridas de fato. Já o procedimento de
acupuntura Sham é descrito como um falso procedimento com acupuntura, em que
as agulhas são inseridas na pele. Portanto, o placebo é considerado um controle com
efeitos fisiológicos inertes, enquanto a acupuntura Sham é um controle com
crescentes evidências de que exista algum efeito analgésico não específico nos
pontos de acupunturas usados. Entretanto, não existe um consenso para uso destes
delineamentos. O tratamento de cefaleias crônicas com acupuntura tem
demonstrado que o efeito sham parece interferir beneficamente na história natural
da doença. O problema neste procedimento é a resposta fisiológica não específica
que ocorre na penetração da pele. Os autores acreditam que esse efeito produz
analgesia suficiente para diminuir os sintomas de dor.
Em pesquisa realizada na China, recrutaram 140 voluntários que
apresentavam cefaleia migrânea. Os seguintes acupontos foram escolhidos: VG-20,
VG-24, VB-13, VB-8, VB-20 e TA-20 que foram utilizados em todos os pacientes
avaliados. As agulhas foram inseridas 10 a 15 mm de profundidade e manipuladas
manualmente por método de rotação para produzir a característica sensação do De
Qi, que só é alcançado quando a agulha penetra mais profundamente, alcançando
tecidos mais profundos. A acupuntura tem uma história de mais de mil anos e
durante muito tempo recebeu influência de todos os aspectos culturais chineses.
Ainda hoje é procurada devido a sua eficácia e é considerada uma especialidade em
diversas profissões da saúde. A população se beneficia deste método em clínicas
particulares, hospitais públicos e postos de saúde.

Fundamentação teórica

MORÉ, ARI. Et al. Acupuntura e dor numa perspectiva translacional. Ciência e


cultura. Vol.63. São Paulo, abril de 2011.
VERCELINO, RAFAEL.; CARVALHO, FABIANA. Evidências da acupuntura no
tratamento da cefaleia. Revista Dor pesquisa clínica e terapêutica. São Paulo,
agosto de 2010.
SAMPAIO, LUIS. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
no SUS. Biblioteca virtual em saúde. Brasília, 2006.
SILVA, EMILIANA.; TESSER, CHARLES. Experiência de pacientes com acupuntura
no Sistema Único de Saúde em diferentes ambientes de cuidado e
(des)medicalização social. Caderno de saúde pública. Vol.29. Rio de Janeiro,
novembro de 2013.

Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo foi feita pela análise de artigos envolvendo usuários da


técnica da medicina tradicional chinesa, a acupuntura, baseando-se em uma
perspectiva individual por meio de relatos de casos. As informações expostas aqui
foram retiradas do artigo “Experiência de pacientes com acupuntura no Sistema
Único de Saúde em diferentes ambientes de cuidado e (des)medicalização social”.
As perguntas retratadas na pesquisa foram:

1. Quais foram as situações e motivos para a chegada na acupuntura?


Entrevistado 1: "O médico me recomendou acupuntura porque os outros
tratamentos, pomada, analgésico, antibióticos, não estavam dando
resultado".
Entrevistado 2: "Ela mandou fazer acupuntura só para ajudar né, não que...
o certo é fazer a cirurgia no pulso"
Entrevistado 3: "Eu pedi, (...) porque há muitos anos atrás eu fiz
acupuntura... eu tinha enxaqueca direto, desde criança... fiz acupuntura e
nunca mais tive dor de cabeça".
Entrevistado 4: "Se eu me sentir melhor, tô me sentindo emocionalmente
melhor, mais disposta, dormindo melhor (...). Quer dizer, você começa o
tratamento e é interrompido (...) eu acho que deveria ser mais nesses casos,
de precisar mesmo".

2. Qual foi a eficácia geral? Ainda faz uso de medicamentos?


Entrevistado 1: "Medicação, vou ser sincero, não tomei mais, depois da
acupuntura eu parei de tomar"
Entrevistado 2: - não soube avaliar-.
Entrevistado 3: "Eu vivia dopada, direto. Agora raramente eu tomo um anti-
inflamatório".
Entrevistado 4: "Então como é a oitava sessão que eu tô fazendo, não sei,
acho que não vai resolver meu problema, não vai me tirar as dores,
entendeu?".

3. Houve melhora de outros aspectos além do problema principal?


Entrevistado 1: "Pra depressão um pouco acho que tem ajudado sim, porque
eu tinha muita angústia, muita assim, todos os dias, hoje já tá mais raras
assim, não é todo o dia como eu tinha. No sono, parece que tá mais tranquilo,
que eu acordava às vezes à noite e agora eu tô dormindo assim mais direto".
Entrevistado 2: -não soube avaliar-.
Entrevistado 3: -não soube avaliar-.
Entrevistado 4: "É eu melhorei mais, assim no humor eu tô assim mais
disposta agora (...) aquilo ali que eu não fazia, de repente eu vô lá e faço,
entendeu? (...) De repente até minha autoestima. Fui arrumar o cabelo, coisa
que já fazia muito tempo que eu não ligava mais para isso”.

Dossiê - Bruna Neves Silva


Com base nos artigos citados no referencial teórico sobre Acupuntura
compreendi que a acupuntura é um recurso milenar da medicina tradicional chinesa
que consiste na inserção de agulhas em pontos específicos do corpo, buscando o
efeito desejado para a cura de diversas enfermidades. Existem algumas diferentes
formas de estimular esses pontos do corpo, entre eles estão, a acupressão
(massagem), as agulhas de acupuntura (descartáveis, de aço inoxidável e de
diversos calibres), a moxabustão (ervas moldadas), eletroacupuntura (estimulação
elétrica por meio de agulhas).
Além dos acupontos, para compreender a acupuntura necessitamos entender
a fisiologia por trás desta. Os pontos de acupuntura são regiões especificas da
superfície do corpo que contém uma grande concentração de terminações nervosas
sensoriais. Na acupuntura tradicional chinesa, os acupontos estão interligados ao
longo de uma rede de meridianos, foi onde flui um fator denominado De Qi (energia
vital circulante). A passagem dessa energia vital ocorre por meio da passagem da
energia vital, denominada Shu Xue, acreditasse que a De Qi se comunique com os
órgãos internos através de um meridiano. Acredita-se também que quando um
acuponto é puncionado, ocorre a sensação Deqi, que significa “captura da energia
vital” e provoca choque, formigamento, dor ou peso. Estudos anátomo-histológicos
explicam a sensação Dequi como a estimulação de regiões com concentração de
terminações nervosas livres, nervos superficiais, vasos arteriais, capilares
sanguíneos e grande quantidade de mastócitos.
Além da fisiologia, com a maior atuação de pesquisas cientificas na
acupuntura, ficaram provados seu mecanismo de ação, que se baseia na inflamação.
A estimulação dos pontos de acupuntura resulta na desgranulação de fagócitos,
ativação da cascata inflamatória e alteração de fluxo sanguíneo, linfático e na
condução de impulsos nervosos ao sistema nervoso central. Estes fatores
promovem uma resposta local que se espalha pelo eixo neural, provocando
alterações bioquímicas no sistema nervoso e em outras regiões do corpo.
O mecanismo de ação ocorre com a inserção de agulhas que levam um trauma
tecidual, o que ativa a cascata de coagulação local e o sistema complemento, levando
a produção de citocinas e prostaglandinas. São liberados também mediadores
inflamatórios, como o neurotransmissor P que estimulam mastócitos a liberar
histamina e promovendo a vasodilatação capilar. Os mastócitos liberam o fator de
ativação das plaquetas, que causa liberação de 5-HT.
A serotonina provoca dor, a bradicinina provoca vasodilatação, aumentando a
permeabilidade vascular. Todos esses mecanismos melhoram a perfusão sanguínea
no local, aumento do estado imunológico local e relaxamento muscular e tecidual.

Narrativa:
A partir de pesquisas que revelam o mecanismo de ação da acupuntura
diminui-se um preconceito que diz respeito a funcionalidade desta prática e que faz
parte do cotidiano de inúmeras pessoas que confiam apenas em fundamentos
científicos, descartando a possibilidade destes serem manipulados visando uma
questão de marketing de empresas farmacológicas.
A valorização da acupuntura, fundamentada por pesquisas, é de extrema
importância pois foi a partir destas que o ministério da saúde implantou a
acupuntura, e outras medicinas tradicionais ao Sistema único de saúde (SUS)
possibilitando que um número maior de cidadãos tivesse acesso a essa terapia que
se mostra tão eficiente para pacientes que, principalmente, não encontram mais
tratamento na medicina alopática.

Homeopatia e saúde
Palavras gregas homois (semelhante) e phatos (sofrimento)
“Similar similibus curentur”: que o semelhante seja tratado pelo semelhante
Na medicina convencional nós somos ensinados a pensar em termos de doença
ou estados patológicos, mudanças do estado fisiológico normal como resultado de
fatores externos tais como infecção, trauma ou estresse, e também condições que
surgem da alergia ou até mesmo auto-imunidade. Há poucos tratamentos que de
fato influenciam, o paciente como um todo.

Fundamentação teórica

BOYD, Hamish. Introdução à Medicina Homeopática. 2° edição.


ALLEN, Henry. Sintomas-Chaves da Matéria Médica Homeopática.
Revista de medicina e saúde de Brasília – Artigo de Revisão

Dossiê – Isabela Cassandre

Doenças nunca são iguais, pois estão expressas em pessoas diferentes. Os


sintomas e sinais são modificados pela reação do próprio paciente.
A base da homeopatia é o fato de que o remédio de maior sucesso para
qualquer ocasião dada será aquele cuja sintomatologia apresente a mais clara e mais
estreita semelhança com o complexo sintomático da pessoa doente em questão.
Exemplo:
Ao descascar uma cebola a pessoa apresenta semelhança aos sintomas
característicos da coriza aguda. O remédio Allium cepa (cebola vermelha) é usado
para tratar resfriados.
O envenenamento agudo por arsênico é bastante semelhante aos sintomas em
certos casos da gastroenterite, onde provoca diarreia e vômitos e está relacionada à
intoxicação alimentar. Arsenicum é usado para tratar tais casos.
Posição do homeopata: deve desenvolver uma abordagem diferente, onde a
procura somente do diagnóstico não deve ser incentivada, mas sim a reação
particular aos fatores causadores da doença. O tratamento não deve consistir
Meramente de remoção de sintomas, mas de uma plena recuperação do bem
estar físico, mental e espiritual da pessoa.
A semiologia homeopática busca compreender a doença e o doente de forma
humanística, valorizando o paciente pelas suas peculiaridades biológicas, psíquicas
sociais e espirituais, promovendo diagnóstico e tratamento individualizado. Para tal
fim, baseia-se no princípio da similitude, que compreende a utilização de doses
infinitesimais de substancias que quando ministradas a indivíduos sadios,
provocam os mesmos sintomas que se pretende curar no enfermo. A homeopatia
aborda ainda a fisiologia humana como uma natureza dinâmica, que interage com
sentimentos e pensamentos, tornando o indivíduo mais ou menos suscetível a
patologias. Os avanços e descobertas na genética, biologia e medicina, as mudanças
na percepção do público leigo quanto à saúde e à qualidade de vida e o progressivo
envelhecimento da população brasileira modificaram a compreensão dos
brasileiros quanto ao processo saú de-doenç a, o que reflete diretamente na pratica
mé dica. A homeopatia foi integrada ao SUS em 2006 como parte da Política Nacional
de Prá ticas Integrativas e Complementares do SUS11. Segundo Teixeira5, a
homeopatia foi responsável por 10% das consultas da atenç ão bá sica do SUS em
2007, prova de que a prá tica homeopática está em evidê ncia. Dessa forma, é
imprescindível determinar nã o apenas o espectro de doenç as que pode ser tratado
por meio dessas prá ticas alternativas, mas també m a eficá cia desses tratamentos. O
presente trabalho tem por objetivo discutir e analisar a eficá cia do tratamento
homeopá tico na asma.
A Homeopatia é também baseada nos princípios da dinamização e diluição.
Estas operações são especialmente importantes tendo em vista que eliminam
qualquer risco de toxicidade do fármaco administrado. Portanto, é essencial que as
substâncias base a partir das quais os medicamentos serão preparados, sejam
diluídas sucessivas vezes, até que se tenha obtido doses extremamente pequenas.
Hahnemann também estabeleceu que ao final de cada diluição é muito
importante agitar a nova substância obtida, para que a água ou o álcool usados como
suporte, possam ser impregnados da essência da substância de base. Conhecida
como “dinamização”, esta operação fundamental intervém diretamente na eficácia
do medicamento homeopático.
As diluições utilizadas na maioria das vezes são Centesimais Hahnemanianas
(CH), não excedem quase nunca os 30 CH. Por outro lado, é preciso saber que quanto
menor for a dose, mais eficazmente atuará o medicamento, e de forma totalmente
segura. Ainda que muitos afirmem que nenhum princípio ativo poderia ser mantido
após tantas diluições, resulta-se claro que os processos de diluição e dinamização,
permitem transmitir ao medicamento final as propriedades terapêuticas da
substância de base. Em outras palavras, é possível dizer que a água utilizada nas
diluições sucessivas, conservará realmente certa memória da substância de base, o
que, consequentemente, confere toda a sua eficácia terapêutica ao medicamento
final obtido.

Entrevista:
Foi entrevistado para a pesquisa o médico ginecologista Dr. Humberto Alberto
Miera Ruesta, que faz tratamento com o homeopata para relaxamento muscular,
proporcionando melhoria do sono e diminuição de ansiedade. O doutor relatou que
houve melhora nos seus sintomas após iniciar o tratamento com o medico
homeopata Dr. Dicler Antonio Agostinetti, que possui 20 anos na carreira de
homeopata e acupunturista.
Fórmula da homeopatia:
 Valeriana officinalis 6CH
 Hypericum perforatum 6CH
 Melissa officinalis 6CH
Dose: tomar 5 glóbulos 2 vezes ao dia

Segue entrevista:
Aluna Isabela: Após o inicio do tratamento, o senhor sentiu melhora do
quadro que apresentava?
Dr. Humberto: Sim, acredito que um tratamento como esse ajuda não
somente no fator da patologia em si como no quadro psicológico por trás do
diagnóstico.

Narrativa:
A medicina alternativa, para mim, é vista como uma forma de esperança para
aqueles que não encontraram melhora em técnicas alopáticas, ou que não desejam
essa abordagem, já que a medicina tradicional é mais agressiva em termos
medicamentosos que a homeopatia, por exemplo.
Durante as pesquisas que realizei durante o entendimento do que era e como
funcionava a homeopatia, percebi que sua filosofia “Similar similibus curentur”,
princípio da similitude, carrega em si uma fonte de fé para quem a usa, explicando
assim as melhoras apresentadas pelos usuários, mesmo sem um embasamento
cientifico concreto.
O ceticismo que ronda essa prática é causado por conta do não entendimento
da terapia. Nos artigos que li, o individualismo do tratamento não foi respeitado nas
pesquisas de comprovação do método. Esse foi um erro, já que uma das principais
vantagens da homeopatia é a clínica voltada para o entendimento do biopsicossocial
do paciente, podendo assim apresentar o tratamento de acordo com todos as
necessidades descritas individualmente.

Dossiê – Danielle da Cunha

O aumento pela procura pela medicina alternativa tem crescido muito nos
últimos anos, isso deve-se em grande parte pela busca de um tratamento cada vez
mais holístico, ainda que julgado por muito- abstrato. A sociedade atual exige
cuidados contemporâneos- ainda que esses usem de técnicas milenares, como é o
caso, por exemplo, da homeopatia, da acupuntura na medicina chinesa.
A medicina ocidental contemporânea busca por uma relação médico-paciente
que vise objetividade e neutralidade, tão rara na sociedade capitalista na qual encara
a Medicina como um meio de gerar lucros às custas do sofrimento biopsicossocial
do paciente, hoje visto como qualquer.
A frieza técnica fez com que o distanciamento entre o médico e o paciente fosse
cada vez maior, tornando o último um objeto de intervenção científica padronizado,
o qual deve responder de forma esperada por tratamentos generalizados que
automaticamente excluem as extremidades.
A maior procura pode, também, ser explicada pela eficácia e resolutividade nos
pacientes que encontram nas medicinas “alternativas” seu melhor tratamento, e
possivelmente uma cura mais rápida e acessível.
O paciente da medicina alternativa, toma uma postura mais ativa em seu
tratamento, visto que são tomadas práticas alternativas de saúde, hábitos e estilos
de vida, todas como formas de intervenção no tratamento. Por outro lado, a
sociedade atual tem na medicina hospitalocêntrica uma maior aceitação e acredita
piamente em uma maior possibilidade de cura.
A busca tem sido tão grande, que o próprio Sistema de Saúde Público tem
construído meios para que as formas alternativas sejam anexadas no tratamento ao
paciente, de forma a seguir um dos princípios do SUS (INTEGRALIDADE) e implantar
uma Medicina psicossomática, que não pretende apenas combater ou erradicar
doenças , mas incentivar a existência de cidadãos saudáveis, capazes de interagir
em harmonia com outros cidadãos, e de criar para si e para os que lhe são mais
próximos um ambiente harmônico, gerador de saúde. Tais medicinas tendem a
propiciar um conhecimento maior do indivíduo sobre sí mesmo, gerador não apenas
de auto-conhecimento mas de uma maior autonomia em face do seu processo de
adoecimento, mais uma vez toma uma posição ativa, visto que é menos dependente
de remédios e auxílio médico.
É importante ressaltar, que o termo, alternativa, é exclusivo para os ocidentais,
afinal a acupuntura é uma técnica milenar utilizada pelos orientais, adotada há
poucos séculos pelos então alternativos ocidentais.

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