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PERGUNtE
E
RESPONDEREMOS
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O " TERCEIRO HOMEM" . .... .. . . . ....... ... .... . ... . ..... $31
o mundo pergunta:
ISRAEL, QUEM I!S APOS A VINDA DE CRISTO? . . .. .... .. " . ..... 351
• • •
NO PROXIft\O NOMERO :
---- x
« PERGUNTE E RESPONDEREMOS .
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E DITORA LAUDES S. A.
REDAÇAO D E PR AD;\UN"ISTP.,AÇhO
Ca.lxa P OItal 2. 668 Rua São Rafael, SI, ZCQft
ZC-OO 20000 Rio de Jane iro (GR'
20000 Rio de .'"n~h'f1 (08' Tel",: 26A,f)!l81 c 208·I!.!Ul
APRESENTANDO ••• DE ROMA
Os artigos Elo prese nte número de PR loram a,erllo! em Jerulalém
fi 85140 sendo apresentados em Roma. ! tambem o que Justlflca que ver-
sam, em grande p8r1e, lobr. questões relacionadas com a Tarr. Santa. I!"
lamb ém o que Justifica que neste Editorial apresentemos algum .. das nu-
metosas ponderações Que a visita I Roma nos tem sugeridO.
Ao. 29 ele Junho pp., o S . Padre Paulo V1 celebrou daz anos da no-
111....1 ponUficado.
Slo oito as grandes anclcllcas da Paulo VI, das Quais teve eco esp&-
clel a enc. "Populorum Ptogr8UIo" (SObra o desenvolvimento doa
povoI).
- 329 -
revla!a l i granel" quoslO" do momento, procur.ndO esclarecer dLJvlda~
e dlsslpl' erros qUI contaminem a luz da f6 e a pureza do unor crlsl'o,
- 330
«PERGUNTE E RESPOHDEREMOS~
Ano XIV - N' 16" - Agosto d-e 1~7 3
• • •
Comentá.ri.: Nunca se cstudou e enalteceu tanto a S .
Igreja como apÓS o Concílio do Vaticano n. mas também nunca
foi Ela tão contraditnda quanto hoje . Mesmo aqueles que c0-
nhecem bem as: verdades êXpostaS pelo Concílio, se voltam
contra a realidade da Igreja em nome das mais diversas razOes.
A1guns alegam que, para ser fi~is a Cristo, a devem abandonar;
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4 . PERGUNTE E RESPONDEREMOS~ lG4!I973
1. Igreja.. Sacramento
1 . O Concílio do Vaticano II. tentando insinuar o que é
a [greja, usou duas expressões especialmente dignas de notas:
povo de Deus e Sacramento 1 .
A primeira tem slgnifjeado óbvio: Q Igreja continua a histó-
ria do povo .d'e Abraão; caminha como peregrina pelas estradas
deste mundo, inserida nas vicissitudes da história dos homens,
em demnnda do seu estado definitivo, Que serâ a comunhão ple-
na com a vida de Cristo ressuscitado .
A outra expressão - cSacramento. -, embora antiga na
história do Cristlanlsmo,:I tem significado menos claro para
muitos dos cristãos de hoje . Lembra geralmente os sete ritos
que, a partir do batismo, são canais da gra~ para os fiéis .
Deve-se notar, porém, qUe esses sete ritos sacramentais s6 C()oo
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A CRISTO. COM IGREJA OU SEM IGREJA 1 :i
·'Se bem que a igreJa. por açAo do Esp'rilO Santo. aeJa sempre li;
espOlI liei do seu Senhor e jlmll~ tenna delx.dCl de ser no munclCl o slnll
da salvaç.Ao. Ela sabe multo bem QUI, no decorrer da sua longa história,
entre cs seus membros - cl'rlgos e lelgol - nl o faltarAM os que ae
lenflam mostrado 1nlléls ao Esplrllo da OIUI. Em nossos dll. tamWm a
Igrela nlo Ignora a distancia Qua vai da men..gem por Ela ravelada •
Iraquaza hum.na daqueles a quem o Evangelho 101 confiado" (Consl. ''aIU-
dlum oi SP99" n' ~. 6).
- 333-
li -:PERGUNTE E RESPONDEREMOS:> lG4/1973
- 334 -
A CRISTO. COM IGREJA OU SEM IGREJA? 7
2. O SoctâmenN) da Eucaristia
1. Em sua última cela, Jesus apresentou aos dlscl'Dulos
algo de um tanto paradoxal. Tomando o pão e o vinho, decla-
rou: dsto 6 meu corpo!. . . Isto é meu sangue!»
Quem leva a sério estas paJavra5, conclui. com a mais
antiga tradição cristã. QUe aquilo Que se percebe do páo e do
vinho consaerndos, não é a I'P.1lUdBde última e mais profunda
destes elementos; eles são aquilo Que Cristo disse. O que pare-
cem ser. já não é o critério decisivo para se julgar o que de
- 335-
8 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS, 164/1973
- 336-
A CRISTO, COM IGREJA OU SEM IGRE'JA? 9
é humana~ Pois que seria uma Igreja que nada tivesse a ver
com a história dos homens? Mas essa comW1hão com as sort:eS
dos homens não esgota O sentido da Igreja, assim como ela
não esgotava o mistério de Cristo, assim como também a vin~
culação dos elementos eucarísticos aos trigais e às videiras dos
homens não restringe o valor dos mesmos ao humano . Como
o próprio Cristo e como a Eucaristia, a Igreja não é apena.s
humana. Nela toma corpo uma Presença ou, como sugere o
final do Evangelho segundo S. Mateus, um Estar-com, que a
Igreja diz ser o seu principio definitivo e a fonte inextinguível
da sua vida . Com efeito, assim falou Jt.'Sus ao encerrar a sua
missão visivel na terra : cTodo poder me foi dado no céu e na
terra. Ide, pois, ensinai a todas as n8;-ões. " bati2and:~a.s em
nome do Pai, do Filho" do Espirito Santo. E eis que estou
convosco todos os dias até a consumação dos tempos. (Mt
28,18,20) .
O estar com ocorrente nesta frase de Cristo merece mais
detida atenr..ã o. Assim falando, o senhor fazia eco a uma ex-
pressão jã proferida quando Deus se manifestou a Moisés no
monte Sinal: .. Eu estarei contigo» (~3,12). Deus se revelou
assim como Aquele que é, mas não é meramente separado: E le
quis ser ou estar com os homens, e para. os homens. O Inefãvel
se exprime num comportamento: Ele estã com Moi.shJ e. me-
diante Moisés, com o seu povo. Assim o ser de Deus, que não
conhece passado, presente ou futuro, entra de maneira singular
no tempo e na história dos homens; c! o amor - e somente
o amor - que o move a tanto:
"Se o Senhor VO$ prelerlu e VQS dlsllngulu, nlo 101 por serdes mele
numerosos do que os o\ltros povos, pois soll o mais pequeno de lodos i
foi porque o Senhor vos ema, porque' 11111 ao Juramento que tez aos vouo&
anlepassados" (DI 7,7s).
No Sinai, portanto, Deus se compromete e se define por
esse compromisso mesmo. Ele será o Deus da aliança, o Deus
que nunca voItarã atrâs, ainda que o povo a quem Ele se dá,
viole a aliança e cala na Infide:idade. Dentro das vicissitudes
da história. do homem, após o SinaJ, haverá mais do qUe o
homem; haverá Aquele que é e que estará. sempre com o ho-
mem, mesmo que o homcm se coloque contra o Senhor. A
linguagem .de Deus ao homem será sempre wna linguagem de
nmor e fidelidade, como se lê no livro do proteta Jeremias :
"esta ser! a allançe que farei com e cau de :sra.I . .• : Imprlmlrel
liminha L.el, grava-Ia·el no seu coraçl.o. Serei o seu Deus a Israel senl
o meu povo. Ninguém emlnar' mais o seu próximo cu IrmUo, dizendo:
-337 -
'Aprende a conhecer o Senhor', porque todos Me conhecer!io, grandes e
pequenos, - orllllc1Jlo do Senhor, pola • Iodos perdoarei .S SU., lanas, e
nlo me lembrarei mal3 dos seu. pecadOI.
Aaslm 'ala o Senhor, que manda o 801 par. iluminar o di., e a lua
e as estrel., pera iluminar a noite, que agita as ondas encapaladas do
mar e cujo nome li Senhor do. eJlércltcn: '$e sl9um dia deixarem de sub·
slstlr eslaa lei. diante de Mim, ... entAo poder. também 8 IInhegem de
Israel deixar de exlatlr para sempre como naçl o diante dOI meus olhos'"
(Jer 31, 33-36).
- 338-
~ CR1ST9•. C01\I_ IGREJA OU SEM IGREJA ~_ '}
3. Reflexões finais
1 . Muitos se preocupam hoje com a face externa da
Igreja ou com os sinais que Ela deve dar de sua autenticidade,
santidade, pureza, etc. Esses observa.dores têm razão, mas
correm o risco da unllateralidade, chegando mesmo por vezes
LI se contradizer mutuamente; há os que desejariam uma Igreja
mais envolvida na ação t~mporal e há os seus oposjtores õ há
os que desejariam um clero casado e há os seus opositores . . .
1.:': cada uma das .duas p<,rtes censura a Igreja por não se ada~
tar 0.0 seu figurino .
Na verdade, é precc:;o l'Cconhc<.:er que a Igreja tem que
ser eloqUente e «sinalizante_ para os homens : é esta
p l"OCU1'Ul'
a sua missão. Mas núo se deve esquecer que na Igreja há algo
de mais profundo do que aquilo que Ela. deve lazer; há, sim,
aquilo que Ela é . No fundamento e nas raizes da mWio da
Igreja, existe o mistério da Igreja. I AliAs, também ao conside-
I'ar um ser humano, fazemos distlncão entre a ação e os tra-
balhos Llessc 'homem e o seu intimo, ou seja, a sua personali-
dade, o seu ser, Nenhum dos dois aspectos contradiz ao outro,
mas é preciso não esq uecer nem um nem outro . Silenciar a
missão da Igreja seria desfigurar a Igreja, pois o Amor de
Deus se deu a Ela para que Ela o comunique ao mundo. Doutro
ladc, porém, encarar a missão da Igreja sem colocar em seu
funago o Cristo vivo e ressuscitado é reduzir a Igreja a um
grupo, um partido, sem se levar em conta que a missão da
Igreja supõe sempre O mistério da mesma.
2 . Nos nossos dias, verifica-se fenõmeno interessante:
muitos cristãos (católicos, inclusive clérigos) tendem a olhar a
Igreja com os olhos de quem não crê : talvez por motivos apo-
logéticos. ou seja, para poder dialogar com os não cristãos.
Em tempos passados, veriricava-se o contrário: a opinião dos
não-crlstãos a respeito da Igreja quase não era levada em COnta
peles fiéis catôlkos: nos dias atuais corrc-se o risco do contrá-
rio. Na verdad.-e, porem, os assuntos da fé e, particularmente,
a Igreja não deveriam ser para um crIstão o que parecem ser
a alguém que não tenha fé . A conseqüência dessa atitude nova
de muitos fiéis católicos é que não se detêm em olhllr para a
- 339-
-1.2 --- _._._
.PERGUNTE ... _-RESPONDEREMOS,
... ._.......- E ..... _--_._._ - lrNI973
_ .- ._---
Igreja à sernelhanca dos que não têm fé; esse olhar lhes inspira
(Inconscientemente talvez) um comportamento sem -amor à
Igreja e, paulatinamente, uma atitude de contestacão l processo
e . . . condenação dessa mesma S . Igreja. Muitos então passam
8 perguntar-se o que ainda fazem numa Igreja que tantos já
abandonaram e que eles mesmos recusam . Acabam por delxã-
-la completamente, ou, se nela ficam, ficam Indiferentes, cons-
tituindo o chamado ctcrcelro homem. (isto é, como dissemos.
o homem que não se empenha nem no conservadorismo nem
no progressismo, mas se desinteressa. pelo presente e o futuro
do Igreja).
Tal fenômeno nos leva a pensar. A necessidade do diálogo
e da. cempatia. do dialogante católico com o não católico de-
veria realmente levar n. tais conseqüências? Haverâ sólidos mo-
tivos para que o fiel católico veja os assuntos da té e a própria
Igreja como se a incredulidade fosse o supremo critério da fé?
c:Morrer assim a sI mesmo,. e às certezas que a fé comunica,
seria isto o Evange'ho em nossos tempos? Ademais, que tipo
de dJAlogo é esse, em que o interlocutor não católico de inicio
reduz o católico (inseguro e conivente) às suas categorias de
não católico? O diálogo implica, sim, empatia, ou seja, que
cada um dos dialogantes procure colocar-se do lado do Inter-
locutor a fim .de o compreender, mas não significa, em h ipótese
alguma, que de anlcmão qualquer dos dois dia logantes ren uncie
aos seus pontos de referência ou aos seus critérios de pensa-
mento. Que estranha ~núncia (ou êxodo, como di2.em alguns)
~ essa, em que o amor à Igreja de Deus é, de maneira paula-
tina l mas certeira, aniquilado no coracão ou na vida do -cristão?
Em verdade, no. raiz de tais atitudes criticas ou indIferen-
tes à Igreja l pode-se crer que existe (muitas vezes, camuflada e
Inconsciente) uma boa dose de leviandade ou superficia'ldade,
quando não presuncúo ou falta de fc. Para quem seja vitima
de tal veneno, os mestres sugerem snbiarnente um pouco de
simpli Cidade evangélica frente ao paradoxo da Igreja, um pouco
menos de complacência em csquadrinhar os defeitos da mes-
ma, ou a inda . . . um pouco menos de omissão no que concernc
o fundamental da vIda cristã . . . Quem esteja assim disposto,
poderá preocupar-se com os sinais da missão da Igreja sem
trair n realidade do mistério dessa mesma Igreja.
3. Diga·se rJndo. : o que definc a 19reja e justifica o amor
com que os fiéis católicos a amam, não é a fideHdade ora mais,
Ol'a mcno:; aparente que Ela. f!Uarda n Cristo (c que um obser-
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_ _ ~_ç~ffi.~f.Q._ÇQM... lGR.~..A_ _O_U_!?~M IG.!!~.LA? 13
- 341-
A mulher ontem 8 hoja :
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)1', f PERGUN'I'F. I': R~PONDEREMOS . 1lH/1973
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EVANGELHO E DIGNIDADE DA MULHER 21
'* "Eu vos dlQo : lod(J aquele que olhar para uma mulher desaJando-a.
çomeleu adultério com ela no IOU coraçlo" IMI 5.28).
Em suma, como Salvador de todos os homens, Jesus não
somente cancelou o estatuto de inferioridade da mulher na so-
ciedade, mas fê-Ia, em alguns casos, herdeira da salvação que
o homem, caso tenha más disposicões de esplrito, não pode
obtcr. Notem-se 05 textos' relativos às meretrizes abertas à
palavra de conversão, assim como o episódio da pecadora lnfa~
- 349-
me, mas arrependida. Que Jesus quis antepor ao Cariseu Simão
clcga!», mas sobcrbo e Indiferente em seu coração:
"Voltendo-se para 11 mulher, Jesus disse a Similo : 'Vês esta mulher?
Enlrel em lUI casa e nlo Me desta "gua para os pés; ela, porém. banhou-M e
os pés com •• SUIS lágrimas 6 enllugou-os com os seus cabelos. Nlo Me
deste um esculo; mn l ia, dnde que e ntrei, n50 deixou de belJar·MI os
pés. Nto Me unglsle • cabeçe com Oleo, e ela ungiu·me 0$ pés com per-
fume . Por Isto dlgo-I. Eu qUI Ihl do perdoados os seus mullos pecados,
pOrqUI mullo amou'" (Lc 7,.4·47).
Lcvc-se em conta muxima a figul'a de Maria Santíssima,
que o Senhor qulo; tornar sua mãe e mãe de toda a humani-
dade, assoclando·a intimamente a toda a obra da Redenção .
Por Maria, a segunda e ·nova Eva, a mu!her atingiu o grau
supremo de sua dignificação na perspectiva blbllco-cristã.
No tocante ao casamento, Jesus também revolveu a praxe
de seu tempo. Não somente exigiu a monogamia, mas também
rejeltou o divórcio, chegando mesmo a observar que a Lei de
Moisés sO o permitira provlsol"lamente, dada a dureza de cora-
ção do homem (cf. Mt 19,8). Esta recusa do divórcio e clara~
mente expressa mesmo no Evangelho- segundo S. Mateus, qUando
Jesus diz que, após a eventual separação de um casal, novas
núpclns dos respectivos cônjuges vêm a ser adultério (Mt 5,32;
19,9; Me 10,115; Lc 16,18). A dureza desta atitude de Cristo
se explica a partir do elevado conceito de matrimônio que o
Senhor Jesus veio apregoar; o casamento cristão estã envolvido
na obra criadora e l'edentcra do próprio Deus .
- 350 -
o mundo pergunta:
• • •
Comentário: A realidade do povo de Israel tem chamado
a aten"ão do mundo Inteiro através dos séculos. notadamente
nos últimos decênios. Os jornais transmitem noticias sobre o
assunto, que supOem a longa evolução da história de Israel.
- 351-
~~ __",PERº-'!!l?]":... [o: _nESPO~I?~ItEMOS ~ 1Y'1/J!7~ _~
nem sempre clara ao grande público. Eis por que, nas pãginas
subseqüentes, será apresentada uma sinte~ da história c dn
situação contcmpol'llnctl dc Isracl - elementos estes aptos a
faciJilar a compreensão da realidade judaica em nossos dias.
Ao propor tal resenha, intcncionamos ser objetivos e apartidá-
rios, referindo os fatos sem formula r julgamentos melindrosos.
1. Palavras em foco
- 352-
...I S~~~~L. __ QU.~~~._ t~_ APÓS A VINDA DE CRISTO? 25
- 355-
29 ._._--_. " PERCIJN'I'E E nrsrONDEflE/I;10S · 1(11/197:.1
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!.Sl~_~ I:~!~ ._ Q! J!:!~:'. _.I':':S' . II.PÓS . 11. VINDA DI!: CIUS1'O? 29
- 357-
30_ .•.
- 358 -
IS.HA EL" Q~ r.i\L ,. I~ .. AP~_ ~ ._V!.N DA _ I~E... C:.!!~~!~9L_. ~.t
3. O Movimento Reformista
No sêcuJo XIX, a vinculação do povo judaico ao seu pais
de origem foi fortemente ameaçada pela Revolução Francesa
(1789). O programa de cLiberdade, Igualdade e Fraternidade»
dos revolucionários oferecia aos israelitas a perspectiva de se
Quebrarem as distâncias e as barreiras que os separavam dos
- 359 -
~~ __ _ ._ .~ PEng .l!_N~I!~_ ~__ !!E~P~~.I~_,!~..:\1OS~~~._ l~!~l ~7:I
demais homens nos países mesmos e m que se achava m dL'ipcl'-
50S. Moisés Mendelsohn judeu brilha nte, apregoou então a
j
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ISRAEL. QUEM r.':S APOS A VINDA DE CRISTO? 33
4. O Sionismo
1. Em breve, os judeus ocidentais perceberam que, apesar
do bem-estar obtido no séc. XIX, a sua situação civil e poli-
tica era Instável: apesar de todos os esforços feitos, os Israe-
litas eram freqüentemente tidos como incapazes de se assimi-
lar aos povos com que conviviam e, conseqüen~mente, como
perigosos para o C!spírito nacionalista que se tornava cada vez
mais forte no mundo.
A ocasiüo concreta desta nova tomada de consciência dos
israelitas foi o famoso caso do major Alfred Dreyfuss: este
capitão do cxêrcito francês, de origem judaica, acusado de
espionagem em favor da Alemanha, Col condenado por alta
traição em 1880 . Tal julgamento foi por muitos ebservadores
tido como injusto. aos judeus parecia que mais uma vitima do
antissemltb;mo era assim imolada.
Em resposta, o jornalista Theodor Herzl, que em Paris
representava o periõdico austriaco «Neue Freie Presse:., tomou
poslo::ão: partidário da emanci paçiio c do liberalização judaIca,
assimilado cle mesmo aos ambientes ocidentais, HerzI resolveu
mudar de atitude e lançar o brado de reação: já lhe parecia
que, enquanto os judeus fossem minorias sujeitas a clrcunstAn-
cias Incontroláveis por eles, a tragédia Dreyfuss se repetiria.
Deveriam, pois, regressar a Israel para fundar um Estado inde-
pendente no seu solo, com n garantia do direito internacional;
assim seriam senhores do seu destino e viveriam livremente
segundo as suas tradições. São estas as Idéias que animaram
o que se chama o Movimento Sionkta OU o SlonÍamo político;
foram expressas no livre _Der Judenstadb (O Estado Judaico)
do estadista, Que, esgoto.de de trabalho, faleceu 80S 44 anos de
Idade em 1904. Em 1897, porém, ao fim do Primeiro Congresso
Sionista em Basiléia, escrevIa Herzl em seu diário:
"Hoje fundei° Estado Judaico. Se eu o dlssesse em voz alia. Iodos
cairiam em gargalhadas. Mü dentro de cinco .nol - ou cerlamente dentro
de clnqüente - vorlo que tenho rnlo".
Na verdade, em 1947 a ONU determinava a repartição da
PaJestlna em favor dos judeus. Antes, porém, desta data,
multas peripécias ocorrerIam no caminhar de Israel.
-361-
34 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS, 16411 973
- 364-
ISRAEl.., QUEM ES APóS A VINDA DE CRISTO? 37
- 365-
38
- -- -. PERGUNTE
- - -- E RESPONDF:REMOS. lr...IIl973
_ . ___ ___ . ___._______ 0_- o
• Este tipo dI! reglgtro Implicava que os dell Interessados teriam car-
talra de IdenUdade marcsda paio '.om.
sInal 811e que nAo se d6 nem .os
'raba,. nllm aos drulos nam aos e,trar.gelros re,ldentes em Isr.el.
-367 -
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 164.1lm
-368-
Comemorando os 25 Inos do Eslldo da Israel:
• •
Comentário: Periodlcamente a Imprensa transmite noticias
sobre Jerusalém e a propalada lnterna.cionallzação dos Lugares
Santos. Ainda em janeiro pp., por ocasião da visita da Sra.
- 369 -
4.2 (PERGUNTE E RESPONDEREMOS, lG1l1913
1. Um pouco d. história
-373 -
46 . PERGUNTE E RESPONDEREMOS~ 1&1.11973
4. A Jerusalém de amanhã . . .
Qualquer afirmação categórica neste setor seria temerâ~
ria . Todavia tem-se encarado diversas eventualidades, todas
sujeitas a ser contradltadas pelos acontecimentos. Podemos
comp~ndê-las dentro de três conjeturas principais, que com-
portam, cado. qual, numerosas variantes:
1) O Estado .de Israel se desmantelarã por si ou vira. a
ceder a um governo árabe, ficando então Jerusalém novamente
dividida entre judeus e órabes ou simplesmente entregue ao
domlnio árabe .
Duas possibilidades entAo se aventam: a ONU inte.virla
ou não. No primeiro caso, os Lugares Santos poderão benefl-
cial"se de urno. internacionalização limitada ou mesmo «fun-
cional:. .
Estêvão Bettencourt O . S. B .