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1- Espectador emancipado

O espetáculo (corpo em ação) e o espectador (artístico ou político).

O paradoxo do espectador (fórmula essencial) = todo corpo em ação precisa ser visto, nem que
seja por um corpo fictício. Contudo, é paradoxal pelo fato de o espectador DESCONHECER (fica
com a aparência e ignora a produção) e SEM AÇÃO (só observa)

Possíveis diagnósticos na critica teatral:

Negatividade do teatro (Platão) – ignorantes veem sofredores (uma patologia


transmitida pelo olhar iludido e passivo)

Essência verdadeira do teatro (teatro sem espectador) – a passividade é ruim por ter
modelado a sociedade. Logo, é preciso ter a ação dramática, isto é, a ação teatral
pressupõe movimento, que pode servir para retirar a inércia dos espectadores e
impedir que renunciem ao poder (sem se seduzir pelas imagens)

Brecht – espectadores não devem se identificar com personagens pelo fato de


as peças tratarem de situações estranhas e incomuns. O espectador busca o
enigma e suas causas para tomar consciência da situação social e desejar
transformar (espectador que se afasta para melhor observar).

Artaud – espectador é arrastado para a ação na posição de ser e no uso de


suas energias (espectador que abre mão de sua posição)

A ideia original e a dos reformadores enfrenta o problema de apresentar


PRESSUPOSTOS para opor o verdadeiro teatro e simulacro. Os pressupostos
configuram um jogo de equivalências e oposições (bem como para todas as questões
de vida = ativo/passivo; agir/olhar).

Formulas teatrais existentes

Arranca o espectador da aparência e da empatia (se identifica com as personagens)


através de espetáculo com enigma a se buscar (observa e procura a causa)

Propõe dilema exemplar para aguçar o senso de avaliação das escolhas

O espectador precisa ser retirado dessa posição de controle ilusório para se


integrar às ações

Representantes são o Brecht (espectador longe) e Artaud (espectador presente)

Apesar das divergências, ambos se assemelham pelo fato de o primeiro dizer que é
uma tomada de consciência de sua situação e discutir interesses e o segundo trata de
se apossar das próprias energias.

Teatro é uma constituição da coletividade (conjunto de gestos e atitudes que


precedem às leis), sendo um meio de revolução estética (mudar o homem e não o
estado – aquele acabaria por mudar este).
Guy Debord = quanto mais se contempla, menos se é (contempla a aparência separada
da verdade – espetáculo – porque se contempla a sua essência subtraída e que se
tornou estranha e que se volta contra o espectador). Com isso, busca-se a crítica ao
espetáculo e incentivo ao bom teatro (se aplica a sociedade)

Teatro trai o público por torna-los passivos e trair a essência comunitária, mas devolve
aos espectadores a posse de consciência (terceiro elemento). Dessa forma, o teatro
seria um mediador de sua própria supressão (brecht – a consciência faz o povo agir e
artaud – o teatro atrai o povo para a ação e energia coletiva)

Mestre embrutecedor – existe um abismo entre o saber do aluno e do mestre (este sempre
está um passo a frente para manter o abismo). Dessa forma, aquilo que deveria reduzir a
distância entre a ignorância e o saber acaba por aumenta-la.

Saber do ignorante não é útil pelo fato de não saber medir o quão longe está da
ignorância e perto do conhecimento. Apenas o saber do professor é importante.

Mestre ignorante – ensina algo que desconhece, exatamente pelo fato de as inteligências
serem iguais e, dessa forma, existe a emancipação intelectual (Jacolot). O mestre ignorante é
aquele que ignora a sua inteligência como melhor.

Emancipação intelectual (combate ao embrutecimento)= as inteligências são iguais e


basta cruzar o caminho daquilo que se sabe do que não se sabe. Ao não saber algo,
passa a saber e a juntar isso ao que já conhece.

A inteligência está em comparar e interpretar o que se vê como o que se sabe/viveu.


Dessa forma, não existe uma ação pré-determinada pelo artista, pois cada espectador
cria seu próprio poema (teatro é algo comunitário e possível de ser questionado)

Contudo, como é possível garantir que aquele que observa é passivo? Isso seria um
pressuposto de que o olhar é sempre passivo. Da mesma forma, o desejo de acabar
com a distância pode distanciar mais.

A oposição ativo/passivo é uma alegoria e, como tal, é possível mudar o


significado sem mudar a existência de oposição

Emancipar - questionamento da oposição, pois mesmo o olhar é uma ação


que confirma ou transforma as posições porque, ao comparar, cria sua própria
ideia. (interprete ativo – próprio poema). Sai a lógica embrutecedora de que
existe algo escondido para se aprender.

O ator sempre espera que o público tenha a percepção que ele


idealizou, isto é, todos deveriam chegar a mesma conclusão (mesmas
relações de causa-efeito). Publico e ator se ligam pelo terceiro
elemento, um texto, mas não se pode dizer que nenhum deles possui
o pleno conhecimento sobre aquilo, pois o terceiro elemento é
autônomo.
Não se trata de transformar publico em ator, mas sim que
ele já é um ator de sua história e possui uma atividade.

2 – Desventuras do pensamento crítico

Tradição da crítica social e cultural é criticada pelo fato de não ter mais o quê questionar (não existem
bases sólidas, apenas aparência).

Contudo, os pressupostos continuam funcionando, inclusive para os que afirmam a sua


superação (inversão de observação)

Manifestações contemporâneas em três domínios

a) arte = fotos que se utilizam do efeito da colagem em um mesmo plano, de forma


contraditória (heterogeneidade aparente), para mostrar aquilo que o espectador
não vê. Não há diferença pelo fato de integrar ao modismo juvenil (por isso que
tem as “contradições” que atendem ao mesmo público)

Marxismo trouxe a consciência da violência da dominação de classe, que se


esconde através da paz democrática e do cotidiano.

Por exemplo, uma imagem pode denunciar a dominação americana –


ela mostra o que desconhecem (pessoas mortas para que sejam
felizes) e a consciência de que os americanos são responsáveis.
Contudo, não significa que queiram mudar e abrir mão das
vantagens.

Manifestantes contra a guerra e que entopem uma lixeira com lata


de cerveja (a guerra é consequência do consumismo)

Terrorismo/consumo e protesto/espetáculo compõe um processo


mercantil equivalente.

b) Teoria = as pessoas são vítimas de uma estrutura ilusória por conta de processos
irresistíveis de desenvolvimento das forças produtivas (incapaz de conhecer e
deseja ignorar). Isso gera a ideia de que não haja mais miséria e que as pessoas
tenham culpa mesmo na ausência do objeto.

A crítica é a que pode provocar o choque revelador da imagem


oculta, envergonhado o espectador por não reconhecer os problemas
e culpa-lo por não querer ver (embora seja uma mercadoria de luxo
da lógica que ele denuncia).

Criticar o pensamento é apenas uma forma de manifestar o desejo de


que não há misérias e não há nada para se culpar (como se os
avanços tecnológicos tivessem retirado a gravidade do sofrimentos,
estavam mais leves). A realidade da pobreza sobrevive sem o objeto,
fixados na culpa pela miséria e crença da solidez de algo inexistente.
Mesmo essa crítica da crítica usa como base o pensamento
crítico criticado, uma vez que se refere à estrutura de ilusão
e desmaterialização de riqueza (o sólido se esfuma – a
miséria não existe por ser uma ilusão).

Mecanismo de inversão que transforma realidade


em ilusão e vice-versa.

c) Política = denunciar o império da mercadoria é a parte melancólica e irônica da


esquerda (a subversão obedece às leis de mercado). Em outra opção, as forças
militantes seguem a direita, denunciando que os malefícios da mercadoria são
provocados pelos indivíduos democráticos (igualdade de consumir)

Marxismo – havia a esperança de que denunciasse a máquina de


dominação e hoje (pos-marxismo) é um saber desencantado das
mercadorias e espetáculos (equivale a qualquer coisa) e todo
protesto é espetáculo e espetáculo é mercadoria.

Dupla culpa gerada pelo pós-marxismo = apego aos


caprichos da realidade e por fingir que não há nada para se
culpar E consumo de protestos e espetáculos (equivalência
comercial).

Decorrência disto, é que se trata de duas faces da


mesma moeda (inverte o modelo crítico da lei da
mercadoria [aparência] para combate social)

Ambos se dizem senhores da razão sobre a doença


civilizatória, mas não possui efeito sobre os doentes
(que desconhecem sua doença), impedindo que o
espectador se arme.

1ª culpa = melancolia/ironia da esquerda

crítica ao império da mercadoria (a subversão


obedece à lei de mercado de experimentação
ilimitada, servindo à besta na produção do imaterial
– oferta de desejos aos inimigos do império para
curtir a vida).

Revoltas dos anos 60 não regeneraram o


capitalismo, pois não houve absorveu a crítica
estética (ausência de autonomia) e crítica social
(egoísmo e ausência de comunidade). Dessa forma,
a flexibilidade atende ao capital (produzir mais)

Estética e social = operários lutam contra miséria e


burgueses pela autonomia. Contudo, a luta coletiva
não se afasta das capacidades individuais.

Emancipação operária = descoberta da


individualidade de todos + coletividade livre
Contudo, essa emancipação desorganizou
as classes (melancolia da esquerda surgem
ao denunciar o poder da besta e ilusões

Tentativas de salvar o espirito perdido do


capitalismo, tendo em vista que não há mais pontos
sólidos, só fumaça (exemplo das ações militares que
não dominam territórios)

Melancolia se alimenta da impotência (as coisas não


são como parecem, isto é, não fica restrito aos fatos
comprovados) e basta ter esse olhar desencantado

2ª culpa = furor de direita – reformula a denúncia de


mercado e espetáculo por surgir o individuo democrático

Democracia antes de 89= convergência entre


liberdade pública e vida individual, baseados na
livre escolha do mercado (era uma oposição ao
totalitarismo soviético)

Democracia depois de 89 = DH e livre escolha


exerce um efeito fatal porque o DH é o direito do
individuo burguês e egoísta e levam os indivíduos a
destruir as autoridades tradicionais que impedem o
indivíduo de chegar ao objeto desejado (escola,
família e religião). A democracia atende apenas aos
desejos individuais para garantir a igualdade, mas a
igualdade de mercado.

Movimentos dos anos 60 queriam destruir


esses obstáculos, mas pelo fato de invadir a
vida privada

Além desse desejo democrático de consumo


igualitário, surge a destruição terrorista e totalitária
dos elos sociais e humanos (surge e um fanatismo
individual).

Terrorismo pelo fato de o ocidente destruir


a ordem simbólica (casamento gay); pelo
fato de a democracia precisar exterminar
judeus (democracia é a ilimitação social e o
judaísmo é o representante da transmissão
de bens); ou por desejar destruir o
obstáculo que liga a condição atual ao
desejo (a regra é estudar para ter riqueza,
mas e se eliminar esse obstáculo? Poderia
chegar logo ao pote de ouro)
A impotência gerada pela crítica pós-crítica, que apenas
denuncia o terror, remonta a revolução francesa em que se
destroem as instituições protetoras dos indivíduos (escola,
família e religião) para tornar uma massa disponível ao
terror e capital.

Crítica social e estética não se esgotou, só voltou a


origem de interpretar a modernidade como ruptura
individual da sociedade e a democracia como
individualismo de massa (faces da moeda).

Sentido de emancipação

Sair da menoridade, isto é, da comunidade


harmônica em que cada um tinha seu lugar(divisão
policial do sensível – harmonia entre ocupação e
equipamento)

Emancipar é romper com a ideia de ser incapaz de


fazer outra coisa e, dessa forma, perdem o lugar
específico, para pertencer a qualquer lugar

Mescla da ideia e pratica de emancipação

Dominação como separação e libertação para


reconquistar uma unidade perdida, mas para tal
seria necessário compreender processo de
separação (emancipar é chegar ao fim do processo
que separou a sociedade da verdade).

A ciência passa a ter o mesmo papel do mestre


embrutecedor, em que não ajuda a levar ao fim do
processo.

O espetáculo não é expor imagens ilusórias. É a existência de


atividade e riqueza social como realidade separada.

Caverna platônica – imagem é realidade e pobreza é


riqueza. A medida que os que lá estão se imaginam
capazes de construir outra vida individual e coletiva,
mais ficam presos a caverna.

A verdade é um momento de tudo que é


falso. Dessa forma, é possível reverter a
crítica da riqueza em a crítica d pobreza,
pois é uma volta a mais no mesmo círculo

A crítica chama de imbecil quem aceitava a


imagem como realidade e hoje o imbecil é
o que busca mensagem escondida.
Outra organização do sensível = incapazes são capazes e não existe
algo oculto que os aprisiona. Ocorre que existem cenas de dissenso e
não um regime único.

Dissenso evidencia o que é percebido, pensado e factual e a


divisão dos que percebem as coordenadas do mundo.

Paradoxos da arte política

Tentativas de repolitizar a arte, depois de anos de ceticismo dos poderes subversivos. Apesar
das divergências entre arte e política, ambas têm um modelo de eficácia, ou seja, a arte é
política pelo fato de mostrar a dominação, ridicularizar ícones ou transforma em prática social.

Modelo pedagógico da eficácia da arte = suposição de que seja previsível a relação de


causa e efeito entre o trabalho do artista e a reação do público (as formas sensíveis
seriam contínuas).

Crença de que a representação nos fará evitar ou seguir uma conduta (tartufo
= odiar hipocrisia). A questão não é se existe uma fórmula correta para
transmitir sentimento e pensamento apropriado. O problema é a própria
fórmula, pois não há meios de assegurar que todos terão a mesma visão do
artista (criticar hipocrisia no teatro, sendo que é um lugar que se sente coisas
que não são suas).

Atualmente = arte deve anular a si mesma para se opor a pedagogia incerta da


representação (efeitos pela representação) para possuir a pedagogia da imediatez
ética (efeitos pela suspensão de fins representativos – espectador-ator)

eficácia estética = surge da polaridade das duas, sendo uma eficácia paradoxal,
separando a forma sensível de produção e a forma sensível de percepção. A distância
não gera a nocividade da contemplação, pois não há determinação entre intenção do
artista e o olhar do espectador. (ruptura da estética de que existam uns com
inteligência ativa e outros com inteligência passiva).

Eficácia do dissenso = conflito de regimes sensoriais e, por isso, acaba por


tocar o regime da política.

Política – saber que objeto e sujeito são visados pelas instituições e


leis; formas de relação de uma comunidade política; que objetos
buscados nesta relação; que sujeitos estão aptos a designar esses
objetos. (não é a mera luta ou exercício do poder)

Política reconfigura âmbitos sensíveis, rompendo a ordem


natural que destina indivíduos e grupos ao comando ou
obediência (lugar e modo de ser, ver e dizer).
A politica começa quando se rompe a distribuição de
espaços, em que os seres invisíveis, que só faziam ruídos,
passam a se afirmar coparticipantes de um mundo comum.

Dominados não precisam tomar consciência disso, mas sim


criar a não dominação

Política da arte

Entrelaçamento de lógica heterogênea, com a política estética (não se pode definir o


que se vai aproveitar da “arte”); estratégias de mudar os referenciais (mostrar o que
não se vê – ficção produz os dissensos na apresentação do sensível, através das
transgressões de hierarquias).

Arte crítica tentou articular as três eficácias (que se contradizem):

lógica representativa (produz efeitos através da representação);

lógica estética (suspende a representação)

lógica ética (mobilização das formas de arte e as de política)

Essa tentativa de fusão contribui para transformar a percepção, mas não é calculável, tendo em
vista que são dissociações (rupturas). Contudo, atualmente perde-se a ideia de dissenso e
ocorre o consenso.

Consenso = vai além de uma negociação entre parceiros sociais, pois se trata de um
acordo entre sentido E sentido (apresentações do sensível + interpretação). Dessa
forma, qualquer um deve interpretar das mesmas formas e observar da mesma forma.

Possibilidades do modelo crítico (autoanulação), para diminuir a carga política sobre a


arte e reduzir o choque dos elementos diferentes pertencentes ao comum.

Eliminar a distancia entre a produção E a transformação social (arte


como produtora de relação social), que recebe o nome de estética
relacional.

Ranciere defende que a arte não criaria relações, mas


subverteria os elos sociais (pode ter como consequência que
a eficácia da arte seja para executar as intenções dos
artistas).

A política da arte não resolve seus paradoxos na forma de


intervenção no mundo real porque não existe mundo real exterior a
arte. Não há real em si, mas configurações do que é definido como
real (objeto de percepção, pensamento).

O real é uma ficção construída no espaço em que se


entrelaça o visível, dizível e factível. A ficção dominante
consegue poder para negar as outras, atribuindo um caráter
de utopia.

A política também é uma ficção, que inventa sujeitos e


objetos, e dessa forma não se pode sair da arte para política
como se fosse de uma ficção para realidade porque ambas a
são. As duas se relacionam para lutar contra o consenso
(senso comum). Também não existe um modelo do que seja
arte política.

Arte crítica = desloca a linha de separação que configura,


embaralhando as linhas do documentário da ficção (a
percepção dos que sofrem e ados que agem). Além disso,
não busca suprimir a passividade, mas avaliar qual atividade
desenvolve (não se busca devolver uma dignidade e o gozo
de um mundo que um pobre ajudou a construir, em que a
arte é confrontar seu poder e sua fraqueza).

Arte crítica precisa da distancia estética para ter


efeito político, sem querer consertar o mundo.

Imagem intolerável

É a imagem que nos causa repulsa ou o próprio ato de criar (ou seja, a imagem retrata o que
alguém fez), isto é, o intolerável dentro da imagem ou a imagem toda é intolerável (tensões
que afetam a arte política).

Não se esconderia mais nada (choque de realidade e aparência)

Imagens fortes não tornam conscientes seus espectadores, como se isso fosse fazer despertar
um desejo de oposição porque, ou se foge delas, ou culpa a maldade humana (seria necessário
se sentir culpado por olhar a imagem que quis provocar culpa).

Montagem política das imagens – dialética em que uma desempenha papel da


realidade (denuncia a miragem da outra). Contudo, isso denuncia a miragem como
uma realidade das nossas vidas (olhar uma imagem forte já nos faz cumplices)

Imagem da câmara de gás = a) intolerável por trazer essa realidade para nossos dias;

b) intolerável por não trazer ser a verdade com todos os mortos,


além de não ser possível ver toda a verdade e por não se poder
congelar momentos.

Sistema oficial de informação = várias imagem, especialmente de horror, tornando-nos


insensíveis a isso. Apesar da aparência, isso não é uma forma crítica, pois a tv não nos fornece
todas as imagens de desgraças. As imagens são selecionadas para ilustrar as falas de
especialistas que nos dizem o que vemos e como pensar (objetos de palavra sem que tenham
direito a palavra). Não é qualquer um que é capaz de ver e falar.

Usa-se a parte como se fosse o todo (metonímia);


A imagem é um elemento num dispositivo que cria um senso de realidade (senso comum –
dados sensíveis compartilháveis, tanto a percepção, quanto a interpretação). O sistema de
informação cuida de garantir o dispositivo espaço-temporal que reúne palavras e formas
visíveis, dando-lhes maneiras comuns de se perceber, ser afetado e significar o ocorrido.

Não se trata de opor a realidade, mas sim construir outras realidades (através da
ficção). Mesmo os genocídios são ficções, mas a questão é saber como é posto e qual o
senso comum é tecido pela ficção (que humano é retratado e para quem se destina).

A capacidade política da imagem está em não esperar que a imagem provoque uma
reação esperada, antecipar os efeitos porque ela deu “armas necessárias” ao combate.
Imagens servem para gerar novas configurações do visível, dizível e pensável (só
servem para mudar o olhar se os efeitos e sentidos não forem antecipados).

Imagem pensativa

Imagem não pensa, indivíduos sim, cheios de pensamentos, mas não que dizer que os pensa.
Dessa forma:

essa imagem é objeto do pensamento, para trazer aquilo que não se pensou, isto é,
não se atribui o pensamento ao criador da imagem e produz efeito sobre o espectador
que não se liga a objetos determinados. É um estágio intermediário entre atividade e
passividade.

É o não lugar que se opõe a imagem como duplo de uma coisa e a imagem como
operação de arte

Essa ausência de lugar é definida por rancière como a fotografia (depois vídeo e
computadores).

Foi não arte com Baudelaire (risco a criação artística – imaginação)

Subversão da arte com benjamin (rompe com a ideia do único na arte)

Museus os refutam e dão lugar que antes era reservado às pinturas (fotografia de
pessoas inexpressivas e anônimas atuais (as pinturas são inexpressivas hoje, mas na
época não eram anônimos)).

Fotografia como vetor de uma imagem como arte e imagem como


representação (embora tivesse crítica para desclassificar como arte e sim
emanação de uma coisa insubstituível – resiste à arte e ao pensamento).

Roland Barthes - oposição do pensar (puctum – vai morrer... barthes


sabe por conhecer a história) ao informativo da fotografia (stadium –
o rapaz da foto) que demandam um processo único de olhar e
fotografar (deve repudiar as referencias de lado porque a imagem é o
objeto que permite o transporte), através de três coisas:

- ignorar a intenção do fotografo;


- dispositivo técnico apenas na parte química

- relacionar a visão com o tato

Essa distinção, porém, só é bem clara na teoria, pois na prática se


perde, tendo em vista que, ao analisar as imagens, ele se refere a
dados históricos, derrubando a tese de que se pode aprender apenas
com a imagem

A pensatividade da fotografia depende da tensão entre vários modos de


representar (banalidade e impessoalidade), mas sem homogeneizar.

Logica representativa = imagem intensificava a ação (outra imagem


ou texto – leão sinônimo de coragem), sendo uma representação
direta + figura poética substitutiva (as diferenças só eram
homogêneas por conta da relação de compatibilidade) – regime da
semelhança (para rancière é a semelhança desapropriada)

ruptura estética = sai da representação para a apresentação:

- autonomia feliz = ideia de arte se traduz em forma


material

- sublime-trágico = o sensível marca a ausência de


relação entre ideia e materialidade

-ruptura de rancière = a imagem se emancipa em


relação à unificação (não é mais uma expressão
usada no lugar de outra) – Bovary – inseto sobre a
folha significa que tem cenas de amor, mas esse
símbolo não se liga a isso (não há causa e efeito
nisso).

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