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Ação
As ações representam a menor fração do capital social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão
do capital social em partes iguais, sendo o capital social o patrimônio da empresa. Dessa forma, o dono de
uma ação é dono do capital social da empresa proporcional à quantidade de ações emitidas pela empresa.
Existem dois tipos de de ações, cada uma com diferentes direitos aos acionistas, podendo elas
serem ações ordinárias (ações Ordinárias (ON) são ações que proporcionam participação nos lucros e
resultados da empresa que a emitiu. Conferem a seu titular o direito de voto em assembléia, porém não
dão direito preferencial a dividendos.) ou ações preferenciais.( Ações Preferenciais (PN) são ações que
oferecem a seu detentor prioridade no recebimento de dividendose/ou, no caso de dissolução da empresa,
no reembolso de capital. Normalmente, não concedem direito a voto em assembléias.)
Ações On em Tesouraria
São as ações ordinárias que a própria companhia recomprou do mercado. Segundo o artigo 182 da Lei
6.404, as ações em tesouraria devem ser destacadas no Balanço Patrimonial da empresa na conta
de Patrimônio Líquido, com sinal negativo.
Ações Pn em Tesouraria
São as ações preferenciais que a própria companhia recomprou do mercado. Segundo o artigo 182 da Lei
6.404, as ações em tesouraria devem ser destacadas no Balanço Patrimonial da empresa na conta de
Patrimônio Líquido, com sinal negativo.
Tem também as ações normativas (É a ação representada por cautela ou certificado, de forma que o acionista
é identificado no Livro de Registro de Ações Nominativas da empresa.) e escriturais (Uma ação escritural é
aquela que não é representada por uma cautela ou um certificado, de forma que não há movimentação
física de documentos na sua negociação, sendo os valores creditados ou debitados da conta do acionista.)
Uma ação depositária americana (ADS) é uma participação acionária denominada em dólares
norte-americanos de uma empresa sediada no exterior disponível para compra em uma bolsa de
valores americana. As ações depositárias americanas (ADSs) são emitidas por bancos
depositários nos EUA sob contrato com a empresa estrangeira emissora. Toda a emissão é
chamada de recibo de depósito americano (ADR) e as ações individuais são referidas como
ADSs.
Ação EX
Na data em que uma empresa efetivamente paga o Juros sobre Capital Próprio ou Dividendos, o preço de
fechamento de suas ações é ajustado para baixo, descontando o tal valor. Esse novo preço teórico é
chamado de preço EX. Nesse caso, chamam se as ações dessa empresa de ações EX, para indicar que já
houve o pagamento do provento.
F: Janeiro
G: Fevereiro
H: Março
J: Abril
K: Maio
M: Junho
N: Julho
Q: Agosto
U: Setembro
V: Outubro
X: Novembro
Z: Dezembro
Pontos são associados às variações em um dado tipo de investimento. Pode ser no índice da
Bovespa ou, no nosso caso, o míni dólar. A informação que você precisa saber é que para cada 5
contratos cheios, operados no mercado de câmbio normal, a variação no ponto para cima ou para
baixo representa um lucro ou prejuízo de R$250. No minicontrato, a mesma variação resulta em
R$10 de lucro ou prejuízo
Para esse cálculo, é melhor usar um exemplo do que explicar a teoria. Suponha que um indivíduo
tenha comprado 10 mini contratos a 3000 pontos e tenha vendido a 3100 pontos. O lucro bruto,
sem incluir o IR e a corretagem, se dá pela diferença em pontos (100), multiplicada pelo número
de mini contratos (10), multiplicada pelo valor do ponto (R$10). Em fórmula:
A operação com o mini dólar é como operar uma ação. Para trabalhar com esse tipo de
investimento, o investidos tem que utilizar-se da análise gráfica (análise técnica) para suportar a
decisão de compra ou venda dos minicontratos. Mas para realizar essa transação, é preciso que
o investidor também tenha uma margem de garantia.
A margem de garantia é um valor, em dinheiro, que fica depositado pelo investidor em um
contrato ou mini contrato futuro, garantindo seu cumprimento. Essa é uma exigência da Bolsa de
Valores para a cobertura dos compromissos assumidos pelos investidores do mercado futuro
Para a negociação do mini dólar, o investidor precisa depositar 15% do valor total dos contratos
negociados na conta da corretora. São aceitos também títulos públicos (tesouro direto), certificados de
depósitos bancários (CDB), ou ações de empresa para a margem de garantia.
Apesar das transações com o mini dólar serem realizadas no day trade, o pagamento ocorrerá apenas na
data de vencimento do contrato. É importante lembrar também que as transações com derivativos de dólar
podem ser realizadas entre as 9:00 h e as 18:00 h dos dias úteis.
Entenda primeiramente que o câmbio é muito instável, e sujeito a muitas variáveis. Isso torna esse
investimento de alto risco, mesmo para os investidores mais experientes.
Os fatores de risco que devem ser analisados para investimentos no câmbio incluem:
Condições econômicas
Além dos 15% depositados na conta da corretora, o investidor deve arcar com a taxa de
corretagem da corretora de valores, realizada sobre cada operação de compra e venda de
minicontratos de dólar. Há descontos para quem vai realizar compra e venda no day trade.
Também são pagos os serviços prestados pela Bovespa quando na execução de negociação
antes da data de vencimento (taxa de emolumentos), e pela Clearing de derivativos na liquidação
do minicontrato na data de vencimento (taxa de liquidação).
Operações Day Trade são todas as operações na Bolsa de Valores que foram iniciadas e encerradas no
mesmo dia no mercado de ações, opções ou contratos; compra e venda ou venda e compra
Apesar dos riscos, estas operações possuem vantagens em relação às chamadas operações
normais (compra e venda em dias diferentes), principalmente para quem busca retorno no curto
prazo. No entanto, muitos investidores começam a investir dessa forma sem a devida experiência
e conhecimento, assim, cometem alguns erros e passam a acreditar em alguns mitos.
os riscos nas operações day trade são relativamente menores do que nas operações normais.
Isso ocorre pois não há a existência dos chamados gaps de abertura — um espaço que pode
representar uma grande diferença de preços entre 2 períodos. E nem do stop loss — mecanismo
de controle de risco que pode ser definido em um ponto próximo ao preço da entrada na posição.
Isso significa que é o trader quem determina o nível de risco nas operações que realiza.
Os índices (como o IBOV da BM&FBOVESPA) descontam tudo, ou seja, refletem o mercado. Isso
significa que, a alta ou baixa dos ativos da Bolsa, ficará representada no índice também: quando o
IBOV cai, por exemplo, ele mostra uma queda que atinge vários ativos;
O mercado tem 3 tendências: primária (a mais dominante), secundária (altas e baixas de preço
que ao longo do tempo seguem a tendência primária) e a terciária (se forma entre as secundárias).
Exemplificando: um ativo, seja uma ação, opção ou contrato, mesmo que subindo em um período
do dia, pode estar em queda nos últimos meses;
A tendência primária tem 3 fases: acumulação (sinal de reversão para a alta, sendo o melhor
momento para comprar), participação pública (o preço fica em tendência de alta porque há
investidores comprando), distribuição (a notícia de alta se espalha e mais investidores entram no
mercado, configurando um momento em que muitos se desfazem das posições);
Os índices e médias devem confirmar uns ao outros. Como há outros índices além do principal,
divididos por setores (no caso da BM&FBOVESPA, podemos citar IBC+XL, IBRA, dentre outros), é
importante saber que uma tendência do mercado só pode ser confirmada no índice mais
abrangente, como o IBOV, se um índice complementar apresentar a mesma tendência;
O volume deve confirmar a tendência. Quando houver uma tendência de alta, o volume de
negociações aumentará e, em caso de baixa, o volume irá reduzir. Cabe ressaltar que Dow
considerava o fechamento de preços em suas análises, sendo o volume um fator menos
importante;
Uma tendência irá ocorrer enquanto não houverem sinais de reversão. Ao observar o gráfico
de uma ação, é possível perceber por tipos de candles e indicadores (itens que veremos nos
próximos capítulos), quando o mercado irá permanecer em tendência ou irá mudar.
A partir das observações de Dow, alguns fundamentos se destacaram como mais relevantes
para a leitura dos gráficos pelos investidores, tornando interpretações técnicas em possíveis
ações no mercado como compra, venda, saída, dentre outras. Na Análise Técnica, tais
fundamentos se tornaram 3, todos extremamente relevantes para o estudo dos preços:
Movimentos do mercado já descontam tudo. O que afeta o preço da ação (ou outro papel) é
descontado e reflete no ativo. Assim, o investidor deve se atentar ao preço porque, mesmo com a
existência de fatores políticos, notícias, o psicológico dos participantes do mercado, estes
influenciam o próprio preço e estão descontados nele. Isso significa que ao analisar um gráfico
para prever as próximas variações, não é preciso preocupar-se com outros aspectos porque eles
estarão representados nos movimentos do preço no gráfico.
Preços se movem em tendências. Ao descobrir tendências no momento inicial de sua formação,
o investidor é capaz de tomar a melhor decisão: comprar, vender, entrar ou sair do mercado.
Nesse aspecto, é importante se atentar as tendências primária, secundária e terciária, abordadas
no tópico anterior.
A história se repete. Como um dos influenciadores do preço é a situação psicológica dos
investidores (necessidade de comprar ou vender) e os padrões gráficos o representam, se assume
que eles irão acontecer novamente no futuro. Um exemplo real disso é quando a ação começa a
cair, momento em que mais investidores vão querer vender.
Conheça cada fundamento em profundidade no post O que é Análise Técnica?
O importante entender as diferenças entre elas:
Análise Técnica: Estudo do movimento do preço no passado, em gráficos, para prever o sobe e
desce dos preços no futuro próximo.
Análise Fundamentalista: Utiliza os demonstrativos financeiros das empresas para observar se
elas estão crescendo ou não.
* a Análise Fundamentalista é mais utilizada para investimentos no longo prazo, enquanto a Análise
Técnica é a preferida por quem busca rentabilidade em um período menor.
Pense em seu objetivo, se quer ganhos no curto ou no longo prazo, depois faça alguns testes com
tempos diferentes, usando cada dia um período e verifique se essa é a melhor forma para
acompanhar e enxergar as movimentações e se em algum tempo gráfico escolhido você encontrou
mais oportunidades.
A Análise Técnica completa não se limita somente ao preço do ativo naquele momento, ela traz
outras variáveis desse valor:
Abertura: é o primeiro preço do ativo escolhido no momento em que um novo período do gráfico
se inicia. Ele deve ser entendido como um consenso do mercado em aceitar aquele negócio
naquele valor, depois do período anterior;
Fechamento: é o último preço do ativo no momento em que o período do gráfico acabou. É um
valor muito importante, já que representa onde o mercado chegou.
Máxima: é o maior preço em que a ação (ou outro ativo) foi negociado naquele período. É o preço
máximo que os investidores aceitaram pagar.
Mínima: é o menor preço em que a ação (ou outro ativo) foi negociado naquele período. É o preço
mínimo que os investidores aceitaram pagar.
Volume: valor que foi negociado no período. Na Análise Técnica, a relação preço/volume conta,
uma vez que um maior volume pode influenciar na movimentação dos preços.
Nos gráficos, estes valores são indicados pela primeira letra do nome em inglês, em geral no canto superior
direito:
A escala é como o gráfico vai ser mostrado e ela influencia em como o investidor vê a variação do
preço. São 2 tipos na Análise Técnica:
Escala Aritmética: a escala onde 1 corresponde a 1. Se o investidor ganha R$ 1 ao comprar uma ação por
R$ 1 que subiu para R$ 2, seu ganho é de 100%. Mas se ele ganha R$ 1 quando compra uma ação por R$
10 e que subiu para R$ 11, seu ganho é de 10%.
Escala Logarítmica: uma escala muito comum no mercado financeiro porque a distância entre um valor
e outro é sempre no mesmo valor percentual. Mas como isso fica na prática? Os ganhos e perdas são
apresentados na mesma porcentagem, facilitando que o investidor saiba quanto de dinheiro ganhou ou
perdeu percentualmente.
Abaixo, ilustramos as diferenças em um gráfico. Na escala aritmética, as perdas parecem menores
do que realmente foram. Já na escala logarítmica, é visível como se acentuaram.
Agora que conhece os elementos de um gráfico, vamos falar sobre os tipos gráficos.
Gráficos de Candle
Os gráficos de candlestick são uma forma de mostrar o que ocorreu com o preço de uma ação em
um determinado período de tempo, sendo o tipo mais popular entre os investidores que usam a
Análise Técnica por trazer várias informações em um único elemento visual.
O “corpo” dos candles, o retângulo, mostra o valor atingido pelo preço da ação no fechamento e na
abertura enquanto a “sombra”, a linha vertical ligada ao candle, mostra o preço mínimo e o máximo
do período, conforme a imagem abaixo. Como o tamanho da variação de preços também muda,
existem diversos formatos de candlestick.
Outro aspecto importante dos candlesticks é sua cor. Seu corpo é verde quando o preço de
fechamento é maior do que o de abertura, assim, houve alta, o que pode ser visto como um ganho
para os vendedores. O mesmo funciona para o inverso: se o preço de fechamento está abaixo do
preço de abertura, o preço da ação caiu durante aquele determinado período, logo, sua cor será
vermelha.
Como você já deve ter percebido, os candles podem apresentar as mais variadas formas, com corpos maiores,
sombras menores, etc.
Um candlestick muito comprido, por exemplo, indica que houve muita movimentação de preços. Um candlestick
mais achatado indica que houve pouca variação entre o preço de abertura e o de fechamento.
Estas formas dão origem aos chamados padrões de candlesticks que são interpretados pelos investidores como
indicadores de comportamento, como reversão de tendência ou como indicação de suporte ou resistência.
Um determinado formato de candlestick, ou até mesmo uma sequência de formatos pode representar que a ação
está perdendo força na tendência de alta ou baixa. Estas informações são indicações importantes sobre o que
você deve fazer em relação aquela ação: comprar ou vender, e recebem o nome de Padrões de Candlestick.
Há diversos padrões já identificados pelos analistas como indicadores importantes no acompanhamento do preço
de ativos. Entre os principais, podemos citar:
Nuvem Negra
Estrela Doji da Manhã
Martelo
Martelo Invertido
Estrela da Noite
Engolfo
Harami
Estrela Cadente
Homem Enforcado
Nuvem Negra:
Fundamentalmente, tanto a Estrela da Manhã clássica quanto a Estrela Doji da Manhã sugerem uma mudança
no sentimento do mercado que poderá alterar o padrão de tendência e ocasionar uma reversão nos preços.
Martelo
Entre todos os padrões de candles existentes, o candlestick Martelo é um dos mais fáceis de se identificar e você
já pode imaginar o porquê: seu corpo tem a forma exatamente igual à de um martelo de verdade: uma longa
sombra e um corpo curto na parte superior.
O Martelo além de ser fácil de identificar também é fácil de interpretar: significa que pode ocorrer uma reversão
na tendência de baixa atual para uma nova tendência de alta.
Embora o aparecimento do martelo não seja uma certeza de que a tendência irá mudar, este candle sinaliza
maior atenção em relação aquele momento.
Para aumentar a chance de acertar os movimentos no preço é importante sempre combinar os padrões de
candlesticks com outros indicadores de análise gráfica, como as médias móveis exponenciais por exemplo.
Veja no gráfico da VALE5, como o candlestick de martelo sinalizou corretamente a reversão da tendência de
baixa:
Limitações dos Candlesticks
Como qualquer outra coisa, os candlesticks também possuem limitações analíticas, e é importante que você
conheça bem quais são elas antes de sair por aí comprando e vendendo.
A principal delas é que este tipo de gráfico não mostra a sequência de eventos que ocorreram durante o período,
limitando-se somente aos quatro valores explicados anteriormente.
Veja na imagem abaixo que apenas olhando o candle, não podemos dizer qual das duas situações mostradas de
fato ocorreu:
Nesta imagem podemos ver como dois pregões com comportamento completamente de diferentes, resultaram
em uma mesmo candlestick (figura da esquerda). O primeiro pregão (figura do meio) foi marcado somente por
um forte movimento de alta, enquanto que o segundo pregão (figura da direita) foi marcado por mais volatilidade
e mais incerteza no mercado.
Linha: o mais básico encontrado na Análise Técnica. É composto por uma linha que junta os valores do
preço de fechamento para uma ação.
Área e Barras: uma variação do gráfico de linhas mas com projeções gráficas diferentes.
OHLC: o mais completo se comparado aos tipos citados acima. Ele indica os preços de abertura,
fechamento, máxima e mínima em cada um dos períodos. A cor das barras indica se o preço subiu (verde)
ou se caiu (vermelho).
Renko: composto de blocos que não possuem sombras como as candles. Ele desconsidera o tempo,
colocando em foco as variações de preço de uma determinada ação. A vantagem deste gráfico é que ele
apenas muda com movimentações do preço, não gerando operações quando o mercado se encontra lateral,
por exemplo.
Heikin-Ashi: parecido com o gráfico de candlestick e usa uma fórmula modificada para facilitar a
visualização das tendências de alta e baixa. A cor das barras, comum nos três tipos, varia de acordo com o
preço da ação no período: verde, se o preço subiu e vermelho, se caiu.
Candlesticks de Reversão
Ao avançar seus estudos em Análise Técnica, o investidor passa a enxergar com facilidade e
clareza tipos de candle indicando mudanças nas tendências. O primeiro passo para isso é aprender
sobre o candlestick de reversão, figura que mostra momentos de inflexão: se o preço da ação
estava caindo, ele passa a subir, ou se o preço estava subindo, ele passa a cair.
No gráfico de Análise Técnica, escolha uma ação, coloque o período de um dia e procure pelos
candlesticks de reversão observando se a indicação apontada por eles se confirma. É um exercício
simples e que vai ajudá-lo a interpretar um gráfico com mais facilidade.
6. Topos e Fundos
O mercado de ações e de futuros (os contratos, divididos em mini contratos de índice e dólar e
contratos cheios) não é linear e tem muitas variações, sendo que elas podem apresentar tendências
de alta ou tendências de baixa. Isto pode ser notado por topos e fundos consecutivos, que ao
traçarmos uma linha horizontal abaixo das mínimas, conseguimos ver se a linha é ascendente ou
descendente. Nesse sentido, conseguimos ver a tendência primária e a secundária, abordadas no
Capítulo 1.
Topo
Um topo é quando uma ação, ou outro ativo, chega a um preço que o mercado está disposto a
comprar.
Fundo
Um fundo é quando uma ação, ou outro ativo, chega a um preço que o mercado está disposto a
vender.
Uma série de topos forma uma resistência e uma série de fundos forma um suporte, figuras
apresentadas no capítulo a seguir. Identificar topos e fundos, bem como grupos deles, vai ser útil
na estratégia do investidor, onde ele vai ver possibilidades de compra ou de venda ao saber qual
pode ser o preço máximo e mínimo que o mercado está disposto a fazer negócios.
Suporte
Acontece quando os preços chegam sempre a um valor mínimo, que varia pouco em períodos
futuros no gráfico quando há queda no preço. Assim, se forma fundos consecutivos.
Quando o preço chega no suporte, sua tendência é subir já que ele é o menor valor em que os
investidores estão dispostos a negociar e é onde existe muita oferta: a pressão da força vendedora,
que ao chegar no topo entra em reversão.
Você perceberá um suporte quando ligar os fundos com uma linha reta.
Resistência
Acontece quando os preços chegam a uma máxima que se repete em outros períodos e é
visualizado como vários topos. Quando o preço vai se aproximando dessa máxima limite
observada, onde existem muitos compradores, a demanda vai perdendo força e a reversão
acontece, aumentando as vendas antes da queda. Você perceberá uma resistência quando ligar
os topos com uma linha reta.
Como usar suportes e resistências a seu favor?
As mínimas e máximas do preço representam o consenso do mercado sobre qual é o valor que os
investidores estão dispostos a pagar para a compra e para a venda. Se você observa os gráficos
para garantir os melhores preços, pode utilizar estas referências para agir ou, se for o caso, esperar
pelo rompimento.
A maneira de usar suportes e resistências a seu favor depende da estratégia do investidor, mas
existem práticas bem difundidas como comprar nos fundos do suporte, já que se sabe que ali é
uma mínima constante, bem como vender nos topos da resistência.
Outra atitude frente a estas figuras pode ser: vender exatamente após um rompimento de fundo de
um suporte (sabendo que o preço irá continuar caindo) ou comprar logo depois do rompimento do
topo de uma resistência (sabendo que o preço irá continuar subindo).
8. Linhas de Tendência
As linhas de tendência são os traços no gráfico que permitem ao trader enxergar se existe uma
tendência de alta ou de baixa. Como você já aprendeu a identificar topos, fundos, suportes e
resistências, as linhas já são bem perceptíveis, basta que você as trace em umaplataforma gráfica.
Essa linha gráfica também é conhecida por Bullish por causa da analogia com os touros (bull, em
inglês), que atacam de baixo para cima, como na tendência de alta.
Linhas de Tendência de Baixa podem ser úteis para os investidores que querem comprar ações,
opções ou contratos ou vender antes que o preço caia ainda mais.
O Bearish faz alusão aos ursos (bear em inglês), que atacam de cima para baixo. É por estas
analogias que se usa tanto expressões como a “guerra entre touros e ursos” ao se referir às
operações na Bolsa.
9. Gaps
O Gap, como o próprio nome já diz (intervalo, em inglês), é o espaço entre 2 candles e com ele é
possível identificar o próximo movimento de preços. Um gap pode ser de:
O Gap é útil para o trader identificar possíveis reversões, o que significa a mudança da força
compradora para a força vendedora ou da vendedora para a compradora.
10. Volume
Empresas cujas ações têm alto volume na movimentação, tal qual PETR4 e VALE5, por exemplo,
são os papéis mais operados pelos traders já que a análise da tendência se torna mais consistente
e mais forte.
Eles são a representação gráfica de uma fórmula aplicada aos preços e podem assumir diferentes
formas, como linhas, canais e áreas preenchidas, dentre outras. O que deve ficar claro ao investidor
ao usar indicadores de Análise Técnica é que eles indicam o que pode acontecer com o preço, mas
eles não efetivamente mostram se “o ativo certamente vai cair”, afinal, o mercado pode mudar os
rumos a qualquer momento.
Os indicadores podem alertar, prever ou confirmar uma movimentação de preço e cada um tem
sua particularidade, sendo forte em um tipo de sinal, mas desconsiderando outros. Por isso, é
essencial que o investidor estude, teste alguns indicadores e verifique qual atende mais a análise
que quer fazer. O melhor indicador varia de acordo com o momento do mercado e com o ativo
operado, se são ações ou contratos.
Os indicadores de Análise Técnica podem ser divididos em grupos como apresentados a seguir.
Listamos os mais populares por categoria e para se aprofundar em cada um deles, basta clicar no
nome.
Médias Móveis
As Médias Móveis são o conjunto de indicadores mais popular, mais simples e é bastante usado
por iniciantes. Pode ser utilizada, preferencialmente, em mercados de fortes tendências porque
considera preços do passado para suavizar os preços atuais, entretanto, não é o melhor indicador
para apontar compras e vendas, mas sim a movimentação do mercado.
Volume
Indicadores de Volume apontam quando movimentos nos preços são realmente relevantes no
mercado, ou seja, avaliam a quantidade de dinheiro (quanto entra e quanto sai), verificando também
a força causada pelos vendedores e a força vinda dos compradores, exatamente como foi falado
no capítulo 10.
Momento
Os indicadores de Momento seguem a variação dos ativos apontam com que velocidade os preços
mudam e são ótimos para apontar sobrecompras e sobrevendas. Se o preço cai, o Momento
também e, caso suba, o Momento aumenta. Indicadores de Momento são considerados
complementares aos de Médias Móveis pois são adiantados, já que seu sinal de compra e venda
acontece mais rápido.
Momentum
Oscilador Estocástico
IFR - Índice de Força Relativa
TRIX
Williams %R
MFI - Índice de Fluxo de Dinheiro
Volatilidade
Os indicadores de volatilidade são baseados em preços recentes e determinam o que esperar sobre
a oscilação do preço de uma ação, bem como dos outros ativos.
Canais de Keltner
Canais de Preço
Bandas de Bollinger
ATR - Average True Rate
Volatilidade de Chaikin
Tendência
Após dominar as Médias Móveis, o investidor iniciante parte para o aprendizado dos indicadores
de Tendência, que monitoram a alta e a baixa dos preços. Eles seguem tendências, uma indicação
essencial para quem busca trades lucrativos.
SAR Parabólico
MACD
Índice de Movimento Direcional
Aroon
A partir disso, você opta pelo indicador (ou indicadores) e começar a observá-lo no gráfico. Se os
sinais de compra e venda estiverem bons e condizentes com o resultado que busca em seus trades,
pode usá-lo. E, claro, é essencial que entenda o seu funcionamento e como ele indica o que
acontecerá com o preço. Interpretar os sinais de cada indicador corretamente é o que irá garantir
o sucesso nas compras e vendas.
13. Stops
Quem opera Day Trade, Swing Trade ou Position, seja de forma automatizada ou não, precisa
proteger seu capital, evitando perdas mas sem perder oportunidades para aumentar os lucros. Para
esta finalidade, é possível fazer uso dos stops, essenciais para quem opera na Bolsa visando
ganhos no curto prazo.
O stop não é definido unicamente pelo valor que você aceita perder, mas também por acreditar
que, em dado momento, uma ação ou contrato que começa a perder preço, pode cair mais ainda.
Além disso, o stop de perda pode ser por operação, diário ou semanal.
Stop de Ganho (objetivo ou alvo)
Ele vai garantir que você evite perdas ou que faça operações erradas após atingir seu alvo.
Suponhamos que espera ganhar 5% do capital investido. Então, quando, executar uma venda que
garanta esse ganho, você sai da operação.
Na Análise Técnica, os stops podem ser percentuais, em valores absolutos sendo em pontos ou
reais (dependendo do segmento em que se opera), para ordens a mercado ou ordens limite, podem
ser móveis e podem ser ativados a partir do sinal de um indicador.
Para usá-lo de forma a evitar perdas e maximizar lucros, verdadeiramente, é preciso acompanhar
o mercado e perceber como está a volatilidade daquele ativo.
É importante dizer que stops são essenciais e altamente recomendados, sendo a sua ausência o
principal erro de traders iniciantes. Se optar por não usá-los, lembre-se de providenciar outras
formas de gestão de risco.
Opera em mais de um ativo e não quer perder oportunidades, já que precisa monitorar mais de um gráfico;
Utiliza sempre a mesma estratégia, então, pode automatizá-la para fazer outras coisas mais importantes;
Quer evitar a tomada de decisão pelo emocional ao ver o sobe e desce do mercado, algo comum que afeta
até traders mais experientes;
Consistência no uso de uma estratégia;
Possibilidade de simular e otimizar estratégias constantemente.
Existem formas diferentes para automatizar sua estratégia, porém a mais usada é a criação de um
robô a partir da Análise Técnica, justamente porque ela tem regras bem claras sobre sinais de
compra, venda, entradas, saídas, stops e gestão de risco. Nesse contexto, é fácil notar que um
robô apenas segue as ordens do trader e irá gerar resultados positivos caso o investidor planeje a
estratégia, simule e acompanhe as oscilações do mercado para, quando necessário, otimizá-la.
Robôs investidores têm muitos benefícios já que permitem ao trader utilizar sua estratégia sem ter
que ficar o dia todo acompanhando o pregão. Mas ao automatizar é preciso também tomar o
cuidado de usar stops e determinar um objetivo tangível.
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