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Resumo
Abstract
Organizations that use remote communication systems to decentralize their workforce and
increase their productivity see alternatives in home office to maximize workforce efficiency.
In the meantime, the research seeks as a general objective to analyze and understand the
measure of implementation of a system of "telecommuting" as to its functionality and
productive capacity in the long term, and as specific objectives if this measure adds value to
the reduction of costs, labor motivation , increasing productivity and continuous operational
efficiency, as well as knowing if there is a prospect of the model as a measure of cost
reduction and quality of life at work. The research had as methodology a case study, where a
semi-structured questionnaire was applied to collect qualitative data. From this, it is possible
to observe results as an expressive growth in the implantation of the system in institutions that
aim to increase production scale, employee satisfaction, and reduce structural costs.
Por isso, quando surgem novas variáveis ambientais, a empresa deve está preparada
para a tomada de decisões oportunas, pois, dada à sua complexidade, mudam os rumos da
organização. Nesse contexto, Gaion e col. (2008), menciona que surgem organizações que
buscam a competitividade e novos mercados utilizando modernos sistemas de comunicação à
distância para descentralizar sua força de trabalho.
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propício a aumento da produtividade, a exemplo do sistema home office. As vantagens da
prática já difundida nos Estados Unidos e na China têm levado os próprios empreendedores
do negócio a testar o estilo de trabalhar de parceiros e prestadores de serviços (VIEIRA,
2015). Para isso, segundo Lima (2012), importa saber das restrições e delimitações das leis
trabalhistas e se a conformidade da lei tem por objetivo de equiparar os efeitos jurídicos da
subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida em meios
pessoais e diretos, tratando ligeiramente do tema abordado pela Doutrina e Jurisprudência
nacionais no tocante à instituição do sistema home office.
Em torno dessa flexibilização, Mello (1999) desmitifica o sistema home office como o
processo de levar as atividades de trabalho aos empregados em vez de levar os empregados à
organização para realizá-lo. Conceitua, ainda, que o trabalho à distância é uma forma de
substituição parcial ou total de idas e vindas diárias à organização, por tecnologia de
telecomunicações, com auxílio de computadores e outros equipamentos móveis.
Para Nilles (1997), Kugelmass (1996) e Mello (1999), a implantação do sistema home
office altera significativamente a forma como a empresa organiza suas funções, controles e
dinâmica organizacional, assim como produz alterações na cultura corporativa do indivíduo
no seu sistema de auto-regulação e na sua sociabilidade. Entendem que essa nova relação de
trabalho produz benefícios recíprocos. Enquanto isso, Castells (1999) acredita na importância
da flexibilidade dos processos de produção como se fosse uma saída para a organização
dentro do competitivo mercado global.
Para Terribili Filho (2006), Costa (2007), Oliveira (2014) e Costa (2015), os recursos
3 Conjunto das teorias sobre administração industrial, criadas pelo industrial e fabricante de
automóveis, Henry Ford (1863-1947).
4 Sistema de organização do trabalho concebido pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow
Taylor (1856-1915).
5 Combinação do Fordismo com as novas tecnologias e os emergentes processos de trabalho.
6 Modelo de produção baseado nos princípios de produção em massa e adaptado à nova era de
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contabilizados como custo pela empresa não são os únicos custos envolvidos para a
sociedade. Existem custos sociais na forma externalizada, no que se refere aos problemas
sociais: a prática do home office é capaz de contribuir para melhorar o fluxo do trânsito,
diminuir a poluição e o número de acidentes, permitir a inclusão de minorias no mercado de
trabalho e a revitalização econômica de regiões fora dos grandes eixos de produção. Nesse
âmbito, não se discutem desvantagens do trabalho à distância, apenas algumas críticas que
podem surgir quanto à sua eficácia. Já no nível organizacional, a literatura aponta como
vantagens do home office, entre outras: corte de despesas com espaço no escritório, redução
do absenteísmo, atração e retenção de talentos e maior produtividade do trabalhador. As
desvantagens apontadas para a empresa referem-se, de maneira geral, à dificuldade de
gerenciar os “teletrabalhadores” e as questões de custo de implantação e manutenção da
metodologia de “teletrabalho”. Oliveira (2014), entende que inovação é a incorporação de
conhecimento novo a realidade de uma organização, de forma a aumentar seu potencial de
resultados por meio de mudanças e formas de gerenciamento pelo sistema integrado de gestão
que pode ser associado ao home office na intenção de reduzir custos estruturais e elevar a
produtividade. As organizações são entidades econômicas, assim, a inovação que se busca é
aquela que gere lucro econômico, aumentando o seu valor.
No tocante aos sistemas integrados de gestão, Giacomazi (2005) define variáveis para
atribuição de valor a utilização do home office. O investimento em tecnologia da informação é
realizado à medida que as decisões geradas com seu apoio sejam melhores. E investe-se em
controladoria porque, com a assistência desta e os controles gerenciais significativamente
otimizados pela sua atuação, a organização terá maior resultado econômico e redução de
riscos. De forma geral, investe-se em tecnologia à medida que torne a organização mais
lucrativa. A união das tecnologias com um bom profissional define o sucesso do home office e
expande a influência do sistema como um novo modelo de trabalho que possui grandes
vantagens ao modelo convencional. Apesar deste tipo de modelo ainda está em fase de
adaptação e testes, porém podem-se mostrar resultados significantes para algumas
modalidades empresariais, enquanto que para alguns setores este ainda não é indicado, afirma
Mota (2012).
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mensuráveis. A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania, apesar de já ser praticada em diversos órgãos e
entidades.
Uma pesquisa feita em 2014 pela SAP Consultoria8 constatou que 36% das empresas
brasileiras adotam práticas de home office – 75,12% delas localizadas no Estado de São Paulo.
A pesquisa Home Office Brasil edição 2016, também realizada pela SAP Consultoria, feita
com 325 empresas de diferentes segmentos e portes, de diversas regiões do país apontou que
68% das empresas em estudo são praticantes de teletrabalho no Brasil. E os principais ganhos
obtidos com a implantação da prática, identificados pelas empresas, foram produtividade
(54%), aumento da satisfação e engajamento de colaboradores (85%). Enquanto isso, em uma
nova pesquisa apurada pela edição 2018 constatou que 80% das empresas adeptas ao Sistema
Home Office estão localizadas na Região Sudeste do país, 15% na Região Sul, 4% Nordeste,
2% Centro-oeste e 1% na Região Norte, tendo maior aceitação pelas empresas de TI/Telecom
(16%), serviços (16%) e metalúrgica (10%).
METODOLOGIA
O presente estudo desenvolveu-se com base em um estudo de caso. Yin (2005) define
estudo de caso como sendo uma pesquisa empírica, que investiga um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto real.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta forma, compreende-se que a implantação de home office envolve avaliações nas
esferas profissional, empresarial e cultural, onde as empresas podem considerar os aspectos de
produtividade, competitividade e de redução de custos como os fatores determinantes para
implantação do sistema, além de treinamento para atuação na modalidade de trabalho à
distância. Nesta pesquisa os objetivos de estudo foram atingidos, haja vista a compreensão de
que o home office é utilizado para a atração e retenção de colaboradores como forma de
gestão descentralizada em busca do aumento de potencial produtivo, expansão da
produtividade e da melhoria contínua nos processos de trabalho, da redução dos gastos
estruturais, além de permitir a otimização dos processos internos em longo prazo.
De acordo com o estudo as empresas que adotam a prática acreditam que a influência
na tomada de decisão para a implantação do home office consiste em perceber os benefícios
desse modelo de trabalho e que esta modalidade eleva o nível de satisfação laboral,
maximização da produtividade e engajamento.
REFERÊNCIAS
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MELO, L. Abertura de Empresas ao home office cresce devagar no Brasil. Exame, maio
de 2016. Disponível em: <http://www.exame.com.br/negocios/economia/2015/abertura-de-
home-office>. Acesso em 16 de dezembro de 2018.
NETO, F.S. Após Tendência Mundial Brasil adere ao Home Office. Granadeiro Advogados
Associados, agosto de 2015. Disponível em:
<http://www.granadeiro.adv.br/destaque/2015/08/03/tendencia-mundial-brasil-adere-ao-
home-office>. Acesso em 11 de dezembro de 2018.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.