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LUCAS LIMA:

6. CONSTITUIÇÃO NORMATIVA, CONSTITUIÇÃO NOMINAL E


CONSTITUIÇÃO SEMÂNTICA
. Loewenstein propõe uma separação em categorias que adjetiva como
ontológica. Segundo o critério da “observância realista das normas
constitucionais por governantes e governados”, aparta as constituições
normativas das nominais e das semânticas.
. as constituições normativas são as que logram ser lealmente cumpridas por
todos os interessados, limitando, efetivamente, o poder;
. as constituições normais são formalmente válidas, mas ainda não tiveram
alguns dos seus preceitos “ativados na prática real”;
. a constituição semântica seria a formalização do poder de quem o detém no
momento; não tenciona limitá-lo, mas mantê-lo, mesmo que professe “uma
adesão de boca aos princípios do constitucionalismo”.
-> AS NORMAS CONSTITUCIONAIS
- Parte orgânica e parte dogmática da Constituição
. na parte orgânica, o constituinte se dedica a normatizar aspectos de estrutura
do Estado. Aqui estão as regras que definem a organização do Estado,
determinando as competências dos órgãos essenciais para a sua existência.
Aqui também se encontram as normas que disciplinam as formas de aquisição
do poder e os processos do seu exercício;
. na parte dogmática, o constituinte proclama direitos fundamentais, declarando
e instituindo direitos e garantias individuais, como também direitos econômicos,
sociais e culturais. O constituinte marca, então, o tom que deve nortear a ação
do Estado e expressa os valores que tem como indispensáveis para uma reta
ordem da comunidade.
. é importante ter presente, porém, que todas as normas que estão postas no
Texto Constitucional partilham o mesmo ​status ​hierárquico, não havendo
diferença, nesse aspecto, entre elas.
-> Características das normas constitucionais
- A superioridade das normas constitucionais também se expressa na
imposição de que todos os atos do poder político estejam em conformidade
com elas, de tal sorte que, se uma lei ou outro ato do poder público
contrariá-las, será inconstitucional, atributo negativo que corresponde a uma
recusa de validade jurídica;
- Porque as normas constitucionais são superiores às demais; elas somente
podem ser alteradas pelo procedimento previsto no próprio texto constitucional;
- As normas constitucionais, situadas no topo da pirâmide jurídica, constituem o
fundamento de validade de todas as outras normas inferiores e, até certo
ponto, determinam ou orientam o conteúdo material destas;
- Não é correto supor que as normas constitucionais determinam integralmente
todo o conteúdo possível das normas infraconstitucionais. Elas regulam apenas
em parte da deliberação legislativa que lhes confere desenvolvimento. O
legislador, no entanto, na tarefa de concretizar o que está disposto na norma
constitucional, não perde a liberdade conformação, a autonomia de
determinação;
. mas essa liberdade não é plena, não pode prescindir dos limites decorrentes
das normas constitucionais; exemplo: se o legislador pode dispor sobre provas
no processo, não poderá admitir elemento de convicção derivado de tortura, já
que a Constituição proíbe essa prática e bane de todo processo as provas
ilícitas.
-> DENSIDADE E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
- Outro ponto importante para a compreensão das características das normas
constitucionais: a questão da abertura dessas normas à complementação e
concretização legislativa;
. com isso, também, viabiliza-se a adequação das normas às novas
necessidades de cada tempo.
- Há, no conjunto das normas constitucionais, variações de grau de abertura ás
mediações do legislador. Há normas densas, em que a disciplina disposta pelo
constituinte é extensa e abrangente, dispensando ou pouco deixando para a
interferência do legislador no processo de concretização da norma;
- Exemplo de norma com maior minúcia e menor abertura, densa: art. 5º, XLVII,
que proscreve a pena de morte em tempos de paz, denota o propósito do
constituinte de, inequivocamente de pronto vedar esse tipo de sanção;
. já uma outra norma de diferente densidade (pra menos): dispositivo que
estatui ser objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o
bem de todos (art. 3º, IV)- ampla margem de apreciação que essa norma
enseja aos seus concretizadores.
- Essa diferença de abertura e densidade das normas constitucionais afeta o
grau da sua exequibilidade por si mesmas e dá ensejo a uma classificação que
toma como critério o grau de autoaplicabilidade das normas.
. normas de alta densidade são completas, estão prontas para a aplicação
plena, não necessitam de complementação legislativa para produzir todos os
efeitos a que estão vocacionadas;
- ​Três espécies básicas de normas constitucionais​- as normas constitucionais
de eficácia plena, as normas constitucionais de eficácia contida e as normas
constitucionais de eficácia limitada (ou reduzida);
1. eficácia plena: são idôneas para produzir todos os efeitos previstos, isto é,
podem disciplinar de pronto as relações jurídicas, uma vez que contêm todos
os elementos necessários;
2. eficácia contida: são também autoexecutáveis e estão aptas para produzir
plenas efeitos no mundo das relações. São destacadas da classe das normas
de eficácia plena pela só circunstância de poderem ser restringidas, na sua
abrangência, por deliberação do legislador infraconstitucional;
3. eficácia limitada (ou reduzida): elas somente produzem os seus efeitos
essenciais após um desenvolvimento normativo, a cargo dos poderes
constituídos. A sua vocação de ordenação depende, para ser satisfeita nos
seus efeitos básicos, da interpolação do legislador infraconstitucional. São
normas, pois, incompletas, apresentando baixa densidade normativa.
. as normas programáticas, igualmente, são subespécie das normas
constitucionais de eficácia limitada. Essas normas impõem uma tarefa para os
poderes públicos, dirigem-lhes uma dada atividade, prescrevem uma ação
futura;
. o caráter programático de uma norma constitucional não significa que o
preceito esteja destituído de força jurídica. As normas programáticas, como
informa Canotilho, não são “simples programas, exortações morais, programas
futuros, juridicamente desprovidos de qualquer vinculatividade. Às normas
programáticas é reconhecido hoje um valor jurídico constitucionalmente
idêntico ao dos restantes preceitos da constituição”.
. as normas programáticas impõem um dever político ao órgão com
competência para satisfazer o seu comando, condicionam a atividade
discricionária dos aplicadores do direito, servindo de norte teleológico para a
atividade de interpretação e aplicação do direito. Revogam normas anteriores
incompatíveis com o programa que promovem e, se atritam com normas
infraconstitucionais posteriores, levam á caracterização de
inconstitucionalidade.
. por fim, algumas normas programáticas obrigam ou se desenvolvem por meio
de edição de leis; outras exigem uma atividade material dos poderes públicos.
-> A CARACTERÍSTICA DA SANÇÃO IMPERFEITA
- As normas constitucionais caracterizam-se, também, pela especificidade dos
meios de tutela e das sanções jurídicas que as cercam.
. são, nesse sentido, chamadas de normas imperfeitas, porque a sua violação
não se acompanha de sanção jurídica suficiente para repor a sua força
normativa, porque não há nenhuma outra instância superior que lhe assegure a
observância pelos órgãos da soberania.
-> MODALIDADES DE NORMAS CONSTITUCIONAIS- REGRAS E
PRINCÍPIOS
- A doutrina lhes flagrou uma classificação, que é de considerável valia para o
processo da interpretação constitucional;
- Em geral, tanto a regra como princípio são vistos como espécies de normas,
uma vez que ambos descrevem algo que deve ser;
. ambos se valem de categoria deontológicas comuns às normas- o mandado
(determina-se algo), a permissão )faculta-se algo) e proibição (veda-se algo);
- Os princípios seriam aquelas normas com teor mais aberto do que as regras;
. os princípios corresponderiam às normas que carecem de mediações
concretizadoras por parte do legislador, do juiz ou da Administração. Já as
regras seriam as normas suscetíveis de aplicação imediata;
- Valendo-se de outro ângulo: os princípios seriam padrões que expressam
exigências de justiça; os princípios teriam, ainda, virtudes multifuncionais,
diferentemente das regras. Os princípios, nessa linha desempenhariam uma
função argumentativa;
- Alguns sustentam que a diferença entre regra e princípio seria apenas de
grau;
. Dworkin e Alexy buscam esclarecer que a diferença entre regras e princípios
não é meramente de grau, sendo, antes, qualitativa;
REGRAS E PRINCÍPIOS EM DWORKIN E EM ALEXY
- Dworkin concordou que um princípio normativo e uma regra se assemelham,
na medida em que ambos estabelecem obrigações jurídicas;
. aplica-se a regra segundo o modo do tudo ou nada. Dworkin explica: “se os
fatos que uma regra estipula ocorrem, então ou a regra é válida, e a solução
que dela resulta deve ser aceita, ou não é válida, e não contribuirá em nada
para a decisão”
. havendo um conflito entre regras, a solução haverá de se pautar pelos
critérios clássicos de solução de antinomias (hierárquico, da especialidade e
cronológico);
. segundo Dowrkin, os ​princípios têm uma dimensão que as regras não
possuem: a dimensão do peso; os princípios podem interferir uns nos outros e,
nesse caso, “deve-se resolver o conflito levando-se em consideração o peso de
cada um”.. o que ocorre é um confronto de pesos entre as normas que se
cotejam. Os princípios, como delineados por Dworkin, captam os valores
morais da comunidade e os tornam elementos próprios do discurso jurídico.
- Alexy: para ele, princípios e normas configuram as pontas extremas do
conjunto das normas, mas são diferentes- e a distinção é tão importante que
Alexy a designa como “a chave para a solução de problemas centrais da
dogmática dos direitos fundamentais”;
. toda norma, diz ele, é um princípio ou uma regra, e ambas categorias se
diferenciam qualitativamente;
. os ​princípios ​na sua visão “são normas que ordenam que algo seja realizado
na maior medida dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes”.., os
princípios são, por isso mesmo, comandos de otimização;
. enquanto os princípios concitam a que sejam aplicados satisfeitos no mais
intenso grau possível, as regras determinam algo. “se uma regra é válida,
então há de se fazer exatamente o que ela exige, sem mais nem menos”.
Desse modo, enquanto um princípio pode ser cumprido em maior ou menor
escala, as regras somente serão cumpridas ou descumpridas;
. um conflito entre regras é solucionado tomando-se uma das regras como
cláusula de exceção da outra ou declarando-se que uma delas não é válida; já
quando os princípios se contrapõem em um caso concreto, há que se apurar o
peso (nisso consistindo a ponderação) que apresentam nesse mesmo caso,
tendo presente que, se apreciados em abstrato, nenhum desses princípios em
choque ostenta primazia definitiva sobre o outro. Nada impede, assim, que, em
caso diverso, com outras características, o princípio antes preterido venha a
prevalecer;
-> NORMAS CONSTITUCIONAIS CLASSIFICADAS SEGUNDO A SUA
FUNÇÃO
-Há normas que estabelecem um dever para os poderes públicos, prescrevem
uma tarefa para o Estado. São as normas constitucionais impositivas;
-Há normas que instituem garantias para os cidadãos, como a que repele a
imposição de sanção penal sem lei que define previamente a conduta como
crime;
-Há normas que reconhecem e conformam direitos fundamentais;
-Outras normas entronizam garantias institucionais. Elas criam ou reforçam
instituições necessárias para a proteção dos direitos dos indivíduos- exemplo, a
que assegura a autonomia universitária (art. 227);
-Há as normas chamadas orgânicas, que criam órgãos;
-Há normas ditas de procedimento, que estabelecem um modo de agir-
exemplo, as que fixam o procedimento básico para a reforma da Constituição.

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