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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor da Receita Federal

Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano


Rosa - Aula 11

AULA 11 : POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E


RETIFICAÇÃO DE ERRO. 15. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL,
MENSURAÇÃO, REGISTRO CONTÁBIL, REVERSÃO.__________________

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .. 2
POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO............. .. 3
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... .. 3
OBJETIVO. ............................................................................................................................................. .. 3
ALCANCE. ............................................................................................................................................. .. 4
DEFINIÇÕES. ......................................................................................................................................... .. 4
SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS................................................................. .. 8
UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS. .............................................................................. 10
MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS....................................................................................... 10
APLICAÇÃO RETROSPECTIVA. ........................................................................................................ 11
LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA. ............................................................................ 11
DIVULGAÇÃO. ...................................................................................................................................... 13
MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS. ............................................................................... 14
DIVULGAÇÃO....................................................................................................................................... 16
CORREÇÃO DE ERROS....................................................................................................................... 17
LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA. ............................................................... 17
DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR. ..................................................................... 18
IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVAS. .... 18
RESUMO GERAL DESTA AULA......................................................................................................... 20
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS. ................................................................... 23
OBJETIVO. ............................................................................................................................................. 23
ALCANCE. ............................................................................................................................................. 23
DEFINIÇÕES. ......................................................................................................................................... 24
PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST..................................................... 26
IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO. ................................. 28
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL.................................................................................. 29
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA. ................................................................... 30
VALOR DE USO. ................................................................................................................................... 30
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS................................................. 31
FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA...................................................... 32
TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO. ................................................................................................ 32
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO.............. 32
IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO PERTENCE .... VALOR 33
RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA DE CAIXA 34
ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS (GOODWILL) ... ATIVOS 35
CORPORATIVOS................................................................................................................................... 38
REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO. ........................................................................ 39
DIVULGAÇÃO . ...................................................................................................................................... 40
QUESTÕES COMENTADAS. ............................................................................................................... 42
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA...................................................................................... 82
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA. ..................................................... 95

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INTRODUÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

Hoje, falaremos sobre os seguintes tópicos do edital:

Aula Conteúdo

7. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.


Aula 11 15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil,
reversão.

O fórum de dúvidas do site Estratégia Concursos está funcionando. Pedimos


que as dúvidas sejam postadas lá.

Mas continuaremos respondendo aos e-mails, que são:

gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos
possamos ter ciência do que está se passando no curso.

Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

GftBrítl r ABeío/Lucíano rosa .

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POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE


ERRO

INTRODUÇÃO

A norma anterior que tratava deste assunto era a Resolução do Conselho


Federal de Contabilidade - CFC - 1.087/2006, que aprovou a Norma Brasileira
de Contabilidade - NBC T 19.11 - Mudanças nas Práticas Contábeis, nas
Estimativas e Correção de Erros.

A Resolução citada fornecia a seguinte definição:

19.11.2.1. Práticas contábeis são as normas, os procedimentos, as convenções,


as regras e as próprias práticas específicas adotados por uma entidade na
elaboração e na apresentação de suas demonstrações contábeis.

A Resolução CFC - 1.087/2006 foi revogada pela Resolução CFC 1.179/2009, a


qual aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação de Erro.

Na "nova" Resolução, que é idêntica ao Pronunciamento CPC 23, encontramos a


seguinte definição:

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras


e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na
apresentação de dem onstrações contábeis.__________________________

Portanto, houve a alteração do nome "Práticas Contábeis" para "Políticas


Contábeis".

Usaremos a denominação do Pronunciamento CPC 23 (políticas contábeis), que


está em vigor atualmente.

OBJETIVO

1. O objetivo deste Pronunciamento é definir critérios para a seleção e a


mudança de políticas contábeis, juntam ente com o tratam ento contábil
e divulgação de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas
estim ativas contábeis e a retificação de erro. O Pronunciamento tem como
objetivo melhorar a relevância e a confiabilidade das demonstrações
contábeis da entidade, bem como permitir sua com parabilidade ao longo do
tempo com as demonstrações contábeis de outras entidades.

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2. Os requisitos de divulgação relativos a políticas contábeis, exceto aqueles
que digam respeito a mudança nas políticas contábeis, são estabelecidos no
Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis.

Relevância, confiabilidade e comparabilidade eram três das quatro


características qualitativas das demonstrações contábeis, que constavam na
primeira versão do Pronunciamento 00 (a outra é a compreensibilidade, mas
houve alteração nas características qualitativas - vide o Pronunciamento 00 -
Pronunciamento Conceitual Básico).

O objetivo deste Pronunciamento é melhorar os aspectos citados (relevância,


confiabilidade e comparabilidade), os quais são de vital importância para os
usuários externos das demonstrações contábeis (bancos, fornecedores,
credores, investidores, clientes, etc.).

ALCANCE

3. Este Pronunciamento deve ser aplicado na seleção e na aplicação de políticas


contábeis, bem como na contabilização de mudança nas políticas contábeis, de
mudança nas estimativas contábeis e de retificação de erros de períodos
anteriores.

4. Os efeitos tributários de retificação de erros de períodos anteriores e de


ajustes retrospectivos feitos para a aplicação de alterações nas políticas
contábeis são contabilizados e divulgados de acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro.

DEFINIÇÕES

Os termos que se seguem são usados neste Pronunciamento com os seguintes


significados:

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as


práticas específicas aplicados pela enyjidade na elaboração e na apresentação de
demonstrações contábeis.

Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo


ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que
decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros
esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas estimativas
contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são
retificações de erros.

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações


contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta
de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:

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(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das
demonstrações contábeis desses períodos; e
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na
elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de


políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações,


a outros eventos e a condições, como se essa política tivesse sido sempre
aplicada.

Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da


mensuração e da divulgação de valores de elementos das demonstrações
contábeis, como se um erro de períodos anteriores nunca tivesse ocorrido.

Aplicação impraticável de requisito ocorre quando a entidade não pode


aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido. Para um
período anterior em particular, é impraticável aplicar retrospectivamente a
mudança em política contábil ou fazer a reapresentação retrospectiva para
corrigir um erro se:

(a) os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva não


puderem ser determinados;
(b) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir premissas
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento
passado; ou
(c) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir
estimativas significativas de valores e se for impossível identificar
objetivamente a informação sobre essas estimativas que:
(i) proporciona evidências das circunstâncias que existiam à data em que esses
valores deviam ser reconhecidos, mensurados ou divulgados; e
(ii) estaria disponível quando as demonstrações contábeis desse período
anterior tiveram autorização para divulgação.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento


do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a


condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos
corrente e futuro afetados pela mudança.

Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informação


incorreta que puder, individual ou coletivamente, influenciar as decisões
econômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com base
nessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e da natureza da

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omissão ou da informação incorreta julgada à luz das circunstâncias às quais
está sujeita. A dimensão ou a natureza do item, ou a combinação de ambas,
pode ser o fator determinante.

6. Avaliar se a omissão ou o erro pode influenciar a decisão econômica do


usuário das demonstrações contábeis requer análise das características dos
usuários das demonstrações contábeis. A Estrutura Conceitual para a
Elaboração e a Apresentação das Demonstrações Contábeis contida no
Pronunciamento Conceitual Básico deste Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(Estrutura Conceitual) estabelece, em seu item 25, que "presume-se que os
usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades
econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com
razoável diligência". Dessa forma, a avaliação deve levar em conta a maneira
como os usuários, com seus respectivos atributos, poderiam ser razoavelmente
influenciados na tomada de decisão econômica.

Aproveitaremos as definições para esclarecer melhor a diferença entre mudança


de política, mudança de estimativa e retificação de erros.

As políticas são mais amplas e gerais que as estimativas. Referem-se à


escolha da base de avaliação, das regras que a entidade irá usar para
elaboração das suas demonstrações contábeis.

Assim, alteração na política contábil configura uma mudança na forma de


avaliação, em virtude de alteração em princípios, bases, convenções,
regras ou práticas específicas aplicadas. Por exemplo, mudar do PEPS para o
Custo Médio Ponderado para a avaliação de estoques é uma mudança de
política contábil.

A mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de


ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo,
que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos
benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos.

Ou seja, a empresa faz uma estimativa baseada na última informação


disponível. Passado algum tempo, novas informações estão disponíveis, mais
atualizadas, que podem evidenciar a necessidade de alterar a estimativa
anterior. Nesse sentido, uma revisão de estimativa não é retificação de
erro. Não houve erro na estimativa anterior, que foi feita com a melhor
informação então disponível.

Por exemplo, uma empresa estima que um veículo terá vida útil de 6 anos, com
valor residual de XX. Após 3 anos de uso, a empresa verifica que o veículo está
sendo utilizado em condições mais severas, e que irá durar 5 anos, ao invés de
6. Trata-se de uma mudança de estimativa, que vale para aquele veículo em
particular.

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E não é retificação de erro. A estimativa inicial (feita com as informações da
época) não está errada. È impossível acertar exatamente o desgaste de todos
os ativos da empresa. Portanto, alterações posteriores são mudanças de
estimativa, e não correção de erros.

é importante ressaltar que serão realizadas apenas as alterações de


estimativas que sejam relevantes, que possam afetar a decisão do usuário.

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas


demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores
decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que
estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem
os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas
contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Vale ressaltar ainda a diferença entre aplicação retrospectiva e aplicação


prospectiva.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se essa


política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se, portanto, a ajustes de
transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de
avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o
estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do
exercício anterior.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento


do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e


a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos
períodos corrente e futuro afetados pela mudança.

Podemos adiantar que as alterações nas políticas contábeis devem ter


aplicação retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável.

As alterações nas estimativas contábeis devem ser aplicadas de forma


prospectiva.

E quanto à correção de erros:

A) Erros materiais, que podem alterar a decisão dos usuários das


demonstrações contábeis, devem ser ajustados de forma retrospectiva;
B) Erros decorrentes de fraudes, material ou imaterial, devem ter aplicação
retrospectiva.

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Esquematizando:

A lte ra çã o da p olítica con táb il A p lica ç ã o re tro sp e ctiv a (ex ceto se im p raticáv el)

A lte ra çã o na estim a tiv a con tábil A p lica ç ã o p rosp ectiva

Erros m a te ria is que possam a fe ta r as d e cisõ e s dos usuários A p lica ç ã o re tro sp e ctiva

Erros d e co rre n te s de frau d e A p lica ç ã o re tro sp e ctiva

SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS

7. Quando Pronunciamento, Interpretação ou Orientação se aplicar


especificamente a uma transação, a outro evento ou circunstância, a política ou
políticas contábeis aplicadas a esse item devem ser determinadas pela aplicação
do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer
guias de implementação relevantes emitidos pelo CPC no tocante ao
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação em questão.

8. Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações estabelecem políticas


contábeis que o CPC concluiu resultarem em demonstrações contábeis,
contendo informação relevante e confiável sobre as transações, outros eventos
e condições a que se aplicam. Essas políticas não precisam ser aplicadas
quando o efeito da sua aplicação for imaterial. Contudo, não é apropriado
produzir, ou deixar de corrigir, incorreções imateriais em relação a eles para se
alcançar determinada apresentação da posição patrimonial e financeira (balanço
patrimonial), do desempenho (demonstração do resultado) ou dos fluxos de
caixa da entidade.

9. Quaisquer guias de implementação para Pronunciamentos emitidos pelo CPC


não fazem parte desses Pronunciamentos e, portanto, não contêm requisitos às
demonstrações contábeis.___________________________________________

As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que aplicarão.


Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos pelo CPC, a
política contábil será determinada pelo Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação, e considerando quais»uer Guia de Implementação relevante
emitido pelo CPC.

10. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se


aplique especificamente a uma transação, outro evento ou condição, a
administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação
de política contábil que resulte em informação que seja:

(a) relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; e
(b) confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis:
(i) representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o
desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade;
(ii) reflitam a essência econômica de transações, outros eventos e condições
e, não, meramente a forma legal;

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(iii) sejam neutras, isto é, que estejam isentas de viés;
(iv) sejam prudentes; e
(v) sejam completas em todos os aspectos materiais.

11. Ao exercer os julgamentos descritos no item 10, a Administração deve


consultar e considerar a aplicabilidade das seguintes fontes por ordem
decrescente:

(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e


Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração
para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual.

12. Ao exercer os julgamentos descritos no item 10, a administração pode


também considerar as mais recentes posições técnicas assumidas por outros
órgãos normatizadores contábeis que usem uma estrutura conceitual
semelhante à do CPC para desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou
ainda, outra literatura contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o
ponto em que estas não entrem em conflito com as fontes enunciadas no item
11.

Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a administração


exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política
contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável, de forma
que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, reflitam a
essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas.

Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar as


seguintes fontes por ordem decrescente:

(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e


Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração
para ativos, passivos, receitas e despi sas contidos na Estrutura Conceitual.

Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais


recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores
contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para
desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura
contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não
entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item
anterior.

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UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS

13. A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis


uniformemente para transações semelhantes, outros eventos e condições, a
menos que Pronunciamento, Interpretação ou Orientação especificamente
exija ou permita a classificação de itens para os quais possam ser aplicadas
diferentes políticas. Se um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação
exigir ou permitir tal classificação, uma política contábil apropriada deve
ser selecionada e aplicada uniformemente para cada categoria._______

MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS

14. A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança:

(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou


(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações
contábeis sobre os efeitos das transações, outros eventos ou condições acerca
da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da
entidade.

15. Os usuários das demonstrações contábeis devem ter a possibilidade de


comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo
para identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira, no seu
desempenho e nos seus fluxos de caixa. Por isso, devem ser aplicadas as
mesmas políticas contábeis em cada período e de um período para o outro, a
menos que uma mudança em política contábil esteja em conformidade com um
dos critérios enunciados no item 14.

16. Não constituem mudanças nas políticas contábeis:

(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições


que difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e
(b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou
condições que não ocorriam anterifr rmente ou eram imateriais.________

São, portanto, duas hipóteses para alterar uma política contábil:

1) se for exigido por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação e


2) resultar em informação confiável e mais relevante.

O pronunciamento destaca a importância de uniformidade nas políticas


contábeis para permitir a comparação das demonstrações ao longo do tempo,
para identificar tendências.

Finalmente, informa que não constitui mudança a adoção de política contábil


para transações ou eventos que:

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a) difiram em essência dos anteriores
b) não ocorriam anteriormente ou
c) eram imateriais.

Na aplicação de mudanças de políticas contábeis, os seguintes procedimentos


devem ser obedecidos:

a) Se for uma mudança resultante da adoção inicial de Pronunciamento,


Interpretação ou Orientação, no qual constem disposições transitórias
específicas, a entidade contabiliza a alteração de política contábil de acordo com
as disposições do pronunciamento.
b) Quando a entidade muda uma política contábil na adoção inicial de
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que não inclua disposições
transitórias específicas que se apliquem a essa mudança, ou quando muda uma
política contábil voluntariamente, ela deve aplicar a mudança
retrospectivamente.

A adoção antecipada de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação não deve


ser considerada como mudança voluntária na política contábil.

21. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se


aplique especificamente a uma transação, outro evento ou circunstância, a
administração pode, de acordo com o item 12, aplicar uma política contábil
derivada de pronunciamento recente emanado de outros órgãos técnicos
que se utilizem de estrutura conceitual semelhante no desenvolvimento de
pronunciamentos contábeis.

Se, ao seguir uma mudança de referido pronunciamento, a entidade optar por


mudar uma política contábil, essa mudança deve ser contabilizada e
divulgada como mudança voluntária na política contábil.____________

APLICAÇÃO RETROSPECTIVA

Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a


entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente do
patrimônio líquido afetado para o período anterior mais antigo apresentado e os
demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior
apresentado, como se a nova política contábil tivesse sempre sido
aplicada.

LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA

Normalmente, a entidade não deverá ter dificuldades para a aplicação


retrospectiva da política contábil.

Entretanto, o Pronunciamento aceita que tal procedimento seja impraticável,


algumas vezes.

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Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da


mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais
períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política
contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do
período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação
retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste
correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido
desse período.

25. Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período


corrente, da aplicação da nova política contábil a todos os períodos anteriores, a
entidade deve ajustar a informação comparativa para aplicar a nova política
contábil prospectivamente a partir do período mais antigo que for praticável.

26. Quando a entidade aplicar a nova política contábil retrospectivamente, ela


deve aplicar a nova política contábil à informação comparativa para períodos
anteriores tão antigos quanto for praticável.

A aplicação retrospectiva a um período anterior pode ser considerada não


praticável se não for praticável determinar o efeito cumulativo nos
montantes dos balanços de abertura e de encerramento desse período.
O valor do ajuste resultante, relacionado com períodos anteriores aos
apresentados nas demonstrações contábeis, é registrado no saldo de abertura
de cada componente do patrimônio líquido afetado do período anterior mais
antigo apresentado. Geralmente, o ajuste é registrado em Lucros ou
Prejuízos Acumulados. Contudo, o ajuste pode ser feito em outro
componente do patrimônio líquido (por exemplo, para cumprir um
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação específico).

Qualquer outra informação sobre períodos anteriores, tal como resumos


históricos de dados financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos
quanto for praticável.

27. Quando for impraticável à entidade aplicar a nova política contábil


retrospectivamente, porque não pode determinar o efeito cumulativo da
aplicação da política a todos os períodos anteriores, a entidade, de acordo com
o item 25, deve aplicar a nova política prospectivamente desde o início
do período mais antigo praticável. Portanto, ignora-se a parcela do ajuste
cumulativo em ativos, passivos e patrimônio líquido correspondente a períodos
anteriores. A mudança na política contábil é permitida mesmo que seja
impraticável aplicar a nova política a qualquer período anterior. Os itens
50 a 53 oferecem orientação sobre quando é impraticável aplicar a nova política
contábil a um ou mais períodos anteriores.______________________________

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DIVULGAÇÃO

28. Quando a adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação ou


Orientação tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período
anterior, exceto se for impraticável determinar o montante a ser ajustado, ou
puder ter efeitos em períodos futuros, a entidade deve divulgar:

(a) o título do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;


(b) quando aplicável, que a mudança na política contábil é feita de acordo com
as disposições da aplicação inicial do Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação;
(c) a natureza da mudança na política contábil;
(d) quando aplicável, uma descrição das disposições transitórias na adoção
inicial;
(e) quando aplicável, as disposições transitórias que possam ter efeito em
futuros períodos;
(f) o montante dos ajustes para o período corrente e para cada período anterior
apresentado, até ao ponto em que seja praticável:
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41- Resultado por Ação se aplicar à
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos.
(g) o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos
apresentados, até ao ponto em que seja praticável; e
(h) se a aplicação retrospectiva exigida pelos itens 19(a) ou (b) for impraticável
para um período anterior em particular, ou para períodos anteriores aos
apresentados, as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma
descrição de como e desde quando a política contábil tem sido aplicada.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes não precisam repetir


essas divulgações.

29. Quando uma mudança voluntária em políticas contábeis tiver efeito


no período corrente ou em qualquer período anterior, exceto se for impraticável
determinar o montante a ser ajustado, ou puder ter efeitos em períodos
futuros, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza da mudança na política contábil;


(b) as razões pelas quais a aplicação da nova política contábil proporciona
informação confiável e mais relevante;
(c) o montante do ajuste para o período corrente e para cada período anterior
apresentado, até o ponto em que seja praticável:
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 - Resultado por Ação se aplicar à
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos.
(d) o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos
apresentados, até ao ponto em que seja praticável; e

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(e) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição
de como e desde quando a política contábil tem sido aplicada, se a aplicação
retrospectiva for impraticável para um período anterior em particular, ou para
períodos anteriores aos apresentados.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes não precisam repetir


essas divulgações.

30. Quando a entidade não adotar antecipadamente novo


Pronunciamento, Interpretação ou Orientação já emitido, mas ainda não com
aplicação obrigatória, a entidade deve divulgar:

(a) tal fato; e


(b) informação disponível ou razoavelmente estimável que seja relevante para
avaliar o possível impacto da aplicação do novo Pronunciamento, Interpretação
ou Orientação nas demonstrações contábeis da entidade no período da
aplicação inicial.

31. Ao cumprir o item 30, a entidade deve proceder à divulgação:

(a) do título do novo Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;


(b) da natureza da mudança ou das mudanças iminentes na política contábil;
(c) da data em que é exigida a aplicação do Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação;
(d) da data em que ela planeja aplicar inicialmente o Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação; e
(e) da avaliação do impacto que se espera que a aplicação inicial do
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação tenha nas demonstrações
contábeis da entidade ou, se esse impacto não for conhecido ou razoavelmente
estimável, da explicação acerca dessa impossibilidade.____________________

O pronunciamento destaca a necessidade de divulgação para três situações:

a) Adoção de novo Pronunciamento, I nterpretação ou Orientação;


b) Mudança voluntária em política contábil; e
c) Não adoção antecipada de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação já
emitida.

MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS

32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais,


muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com
precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos
baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser
exigidas estimativas de:

(a) créditos de liquidação duvidosa;____________________________________

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(b) obsolescência de estoque;
(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;
(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e
(e) obrigações decorrentes de garantias.

33. O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de


demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade.

34. A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas


circunstâncias em que a estimativa se baseou ou em consequência de novas
informações ou de maior experiência. Dada a sua natureza, a revisão da
estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa
correção de erro.

35. A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não


uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma
mudança na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a
mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança
à qual se aplique o item 37 deve ser reconhecido prospectivamente,
incluindo-o nos resultados do:

(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou


(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos
eles.

37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e


passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser
reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do
patrimônio líquido no período da mudança.

38. O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa


contábil significa que a mudança é aplicada a transações, a outros
eventos e a condições a partir da data da mudança na estimativa. A
mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do
período corrente ou os resultados tanto do período corrente como de períodos
futuros.

Por exemplo, a mudança na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta


apenas os resultados do período corrente e, por isso, é reconhecida no período
corrente.

Porém, a mudança na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão


esperado de consumo dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a

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depreciação do período corrente e de cada um dos futuros períodos durante a
vida útil remanescente do ativo.

Em ambos os casos, o efeito da mudança relacionada com o período corrente é


reconhecido como receita ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista,
em períodos futuros é reconhecido como receita ou despesa nesses períodos
futuros.

O texto do Pronunciamento é auto-explicativo, dispensando maiores


comentários ou explicações. Vamos apenas destacar o seguinte:

A) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não


reduzem a sua confiabilidade.
B) Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:

--- Créditos de liquidação duvidosa;


--- Obsolescência de estoque;
--- Valor justo de ativos ou passivos financeiros
--- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e
--- Obrigações decorrentes de garantias.

C) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem


representa correção de erro.
D) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não
uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança
na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é
tratada como mudança na estimativa contábil.
E) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido
prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a
partir da data da mudança na estimativa.

DIVULGAÇÃO

39. A entidade deve divulgar a natureza e o montante de mudança na


estimativa contábil que tenha efeito no período corrente ou se espera que tenha
efeito em períodos subsequentes, salvo quando a divulgação do efeito de
períodos subsequentes for impraticável.

40. Se o montante do efeito de períodos subsequentes não for divulgado porque


a estimativa do mesmo é impraticável, a entidade deve divulgar tal fato.______

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CORREÇÃO DE ERROS

41. Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na


divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações
contábeis não estarão em conformidadecom os Pronunciamentos,
Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou
erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada
apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos
de caixa da entidade. Os potenciais erros do período corrente descobertos
nesse período devem ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem
autorizadas para publicação. Contudo, os erros materiais, por vezes, não são
descobertos até um período subsequente, e esses erros de períodos anteriores
são corrigidos na informação comparativa apresentada nas demonstrações
contábeis desse período subsequente (ver itens 42 a 47).

42. Sujeito ao disposto noitem 43, a entidade deve corrigir os erros materiais
de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de
demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a
descoberta de tais erros:

(a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior


apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou
(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da
reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio
líquido para o período anterior mais antigo apresentado.___________________

Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem
alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de
qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um
tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente).

A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro


conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros.

LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA

Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação


retrospectiva, salvo quando for impraticável determinar os efeitos específicos
do período ou o efeito cumulativo do erro. Nesse caso, a entidade deve retificar
os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período
mais antigo para o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que
pode ser o período corrente).

Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período


corrente, de erro em todos os períodos anteriores, a entidade deve retificar a
informação comparativa para corrigir o erro prospectivamente a partir da data
mais antiga praticável.

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A retificação de erro de período anterior deve ser excluída dos resultados


do período em que o erro é descoberto. Qualquer informação apresentada
sobre períodos anteriores, incluindo qualquer resumo histórico de dados
financeiros, deve ser retificada para períodos tão antigos quanto for praticável.

Quando for impraticável determinar o montante do erro (por exemplo, erro na


aplicação de política contábil) para todos os períodos anteriores, a entidade
retifica a informação comparativa prospectivamente a partir da data mais
antiga praticável. Dessa forma, ignorará a parcela da retificação cumulativa de
ativos, passivos e patrimônio líquido relativa a períodos anteriores à data em
que a retificação do erro foi praticável.

As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas


contábeis.

As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem


necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por
exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de
contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não
constitui retificação de erro.

DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR

Ao aplicar a correção de erro retrospectivamente, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;


(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na
medida em que seja praticável:
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 - Resultado por Ação se aplicar à
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;
(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo
apresentado; e
(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição
de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva
for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não


precisam repetir essas divulgações.

IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO


RETROSPECTIVAS

50. Em algumas circunstâncias, torna-se impraticável ajustar


informações de um ou mais períodos anteriores apresentados para fins
de comparação com o período corrente. Por exemplo, podem não ter sido

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reunidas informações necessárias em período anterior, de tal forma que não
seja possível a aplicação retrospectiva de nova política contábil (incluindo, para
a finalidade dos itens 51 a 53, a sua aplicação a períodos anteriores) ou a
reapresentação retrospectiva para retificação de erro atribuído a determinado
período anterior, podendo ser impraticável recriar essa informação.

51. É comum a adoção de estimativas para a aplicação de uma política contábil


a elementos reconhecidos nas demonstrações contábeis ou divulgados em
relação a operações, eventos ou condições. As estimativas são, por
natureza, subjetivas e podem ser desenvolvidas após a data do balanço,
mas, à medida que o tempo transcorre, o desenvolvimento dessas estimativas
contábeis relacionadas a transações ou eventos ocorridos em períodos
anteriores passa a ser potencialmente mais difícil, principalmente ao se
considerar que as estimativas contábeis devem refletir as condições
existentes à época. Entretanto, o objetivo das estimativas relacionadas a
períodos anteriores deve ser igual ao das estimativas desenvolvidas no período
corrente, qual seja refletir as circunstâncias presentes na ocasião da transação,
de outro evento ou de outra circunstância.

52. Por isso, aplicar, retrospectivamente, nova política contábil ou


corrigir erro de período anterior exige que se identifique a informação
que:

(a) fornece evidência das circunstâncias que existiam à época em que a


transação, outro evento ou condição ocorreu, e que estavam presentes e
disponíveis quando as demonstrações contábeis relativas àquele período
anterior foram elaboradas; e
(b) teria estado disponível quando as demonstrações contábeis desse período
anterior foram autorizadas para divulgação. Para alguns tipos de estimativas
(por exemplo, a mensuração do valor justo que utiliza dados significativos não
observáveis), é impraticável distinguir esses tipos de informação. Caso a
aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir que se faça
uma estimativa significativa para a qual seja impossível distinguir esses dois
tipos de informação, é impraticável aplicar a nova política contábil ou retificar o
erro de período anterior retrospectivamente. (Alterada pela Revisão CPC 03)

53. Não se deve usar percepção posterior ao aplicar nova política


contábil ou ao corrigir erros atribuíveis a período anterior, nem para
fazer suposições sobre quais teriam sido as intenções da administração em
período anterior nem para estimar os valores reconhecidos, mensurados ou
divulgados em períodos anteriores. Por exemplo, quando a entidade corrige
erro de período anterior na mensuração de ativos financeiros previamente
classificados como investimentos a serem mantidos até seu vencimento, de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração, não deve alterar a respectiva base de
mensuração para esse período se a administração tiver decidido mais tarde não
mais mantê-los até o vencimento. Ou, ainda, quando a entidade corrige erro de

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período anterior ao calcular o seu passivo relativo ao afastamento por doença
dos empregados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 33 - Benefícios
a Empregados, deve ignorar informação acerca de temporada atípica de viroses
durante o período seguinte que se tornou disponível depois que as
demonstrações contábeis do período anterior tenham sido autorizadas à
divulgação. O fato de estimativas significativas serem frequentemente exigidas
quando se retifica informação comparativa apresentada para períodos
anteriores não impede o ajuste ou a correção confiável da informação
comparativa.______________________________________________________

RESUMO GERAL DESTA AULA

1) Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e


as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação
de demonstrações contábeis.

2) Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de


ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo,
que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios
futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas
estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto,
não são retificações de erros.

3) Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas


demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores
decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que
estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem
os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas
contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

4) Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se


essa política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se portanto a ajustes de
transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de
avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o
estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do
exercício anterior.

5) Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de


reconhecimento do efeito de mudança em estimativa contábil representa,
respectivamente:

(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e


a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos
períodos corrente e futuro afetados pela mudança.

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6) as alterações nas Políticas Contábeis devem ter aplicação
retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável.

7) As alterações nas Estimativas Contábeis devem ser aplicadas de forma


prospectiva.

8) Erros materiais (que podem alterar a decisão dos usuários das


demonstrações contábeis) e erros decorrentes de fraudes (material ou
imaterial) devem ser ajustados de forma retrospectiva;

9) As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que


aplicarão. Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos
pelo CPC, a política contábil será determinada pelo Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer Guia de
Implementação relevante emitido pelo CPC.

10) Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a


administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação
de política contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável,
de forma que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira,
reflitam a essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas.

11) Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar


as seguintes fontes por ordem decrescente: (a) os requisitos e a
orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que tratem de
assuntos semelhantes e relacionados; e

(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração


para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual.

12) Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais


recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores
contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para
desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura
contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não
entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item
anterior.

13) Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a


entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente, como se a
nova política contábil tivesse sempre sido aplicada.

14) Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da


mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais
períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política
contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do
período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação

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retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste
correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido
desse período.

15) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não


reduzem a sua confiabilidade.

16) podem ser exigidas estimativas de:


--- Créditos de liquidação duvidosa;
--- Obsolescência de estoque;
--- Valor justo de ativos ou passivos financeiros
--- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos
futuros
benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e
--- Obrigações decorrentes de garantias.

17) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem


representa correção de erro.

18) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não


uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança
na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é
tratada como mudança na estimativa contábil.

19) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido


prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a
partir da data da mudança na estimativa.

20) Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem
alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de
qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um
tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente).

21) A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro
conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros.

22) As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas


contábeis. As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que
podem necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por
exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de
contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não
constitui retificação de erro.

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REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

A redução ao valor recuperável de ativos, ou teste de recuperabilidade, está


prevista no CPC 01 e também na Resolução n. 1.110/2007 do CFC, ambas de
igual teor. Este é, indubitavelmente, um dos Pronunciamentos Contábeis mais
cobrados em concursos. Estudemos seus aspectos mais importantes para
concursos.

OBJETIVO

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a


entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um
ativo está registrado contabilm ente por valor que excede seu valor de
recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento
Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por
desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a
entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece
as divulgações requeridas.

O teste de recuperabilidade (também conhecido por "impairment test") tem


como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será
realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto
pela sua utilização nas atividades empresariais. Vejam que a norma fala em:
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilm ente por valor
que não exceda seus valores de recuperação.

Se Valor Contábil > Valor Recuperável * Teste de Recuperabilidade

ALCANCE

Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste para


perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques;
(b) ativos advindos de contratos de construção;
(c) ativos fiscais diferidos;
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados;
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo;
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao
valor justo líquido de despesas de venda;_______________________________

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(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do
alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 - Contratos de Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)
classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento
Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada.
3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de
contratos de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de
benefícios a empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou
incluídos em grupo de ativos que seja classificado como disponível para venda)
em decorrência de os Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a
esses ativos conterem disposições orientadoras para reconhecimento e
mensuração desses ativos.___________________________________________

DEFINIÇÕES

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior (repita-se: maior) valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu
valor em uso.

É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor


líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior,
dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que


devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão esperadas
pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os custos que estejam
relacionados às receitas.

Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$


1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso
será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão - 400.000,00).

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre
participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 - Mensuração
do Valor Justo). (Alterada pela Revisão CPC 03)

Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem, diminuído


de gastos como frete, montagem, etc.

Não se incluem nas despesas de venda as despesas financeiras e de


impostos sobre o resultado gerado. Veja que a norma diz impostos sobre o

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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor da Receita Federai
1 .............. Teoria e exercícios comentados
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resultado gerado. Os impostos e taxas sobre a venda são considerados
normalmente.

Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo
valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O
valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 - 200.000).

Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado


os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo:

1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00.


2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00.
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$
600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda.
Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova.

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um


ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável.
Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.

Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o


contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor
contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização?
Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00.
Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa perda!

Essa perda será registrada da seguinte forma:

D - Outras Despesas - Perda com desvalorização de ativo 200.000,00


C - Provisão para perda com desvalorização de ativo_________ 200.000,00

Ao revés, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil,


nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio contábil da
prudência.

IMPORTANTE PARA CONCURSOS:

Valor Contábil > Valor Recuperável ^ Reconhece-se uma perda por


desvalorização.
Valor Recuperável > Valor Contábil ^ Nada há de ser feito._________________

O conjunto de conceitos acima são os mais importantes para a prova, porém, a


norma traz outros, que podem igualmente ser objeto de cobrança, a saber:

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Vida útil é:

(a) O período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou


(b) O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo.
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Um exemplo, citado pela norma, que esclarece a situação, é o seguinte: uma


entidade de mineração tem uma estrada de ferro utilizada em suas atividades,
que não gera entradas de caixa independentes, provenientes de uso contínuo.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro, portanto,


estima-se o valor recuperável da mina como um todo.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade


futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de
outras unidades geradoras de caixa.

PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma


indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.______

Em síntese, funciona assim:

Para os ativos em geral (como os imobilizados), a empresa deve verificar se


há indícios de desvalorização no final do período de reporte (exercício social).

Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa formal da recuperabilidade.


Não havendo, esta estimativa formal está dispensada.

Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda que
não haja indícios de perda. São eles:

- Goodwill
- Intangível com vida indefinida
- Intangível que ainda não está em uso.

Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples.

Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus


valores ao longo do tempo. Então, mesmo que um ativo imobilizado esteja

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avaliado contabilmente por um valor superior ao seu valor recuperável, a
redução em seu valor com o decurso de sua vida útil, gerada, por exemplo, pela
depreciação, vai acabar por diminuir o seu valor contábil, o que atenua esse
registro contábil por valor superior ao recuperável.

Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo intangível


são ativos que têm a característica comum de não sofrer amortização. Isto é, o
seus valores não diminuem com o curso do tempo, como ocorre com os outros
ativos que têm amortização, depreciação, exaustão, etc.

Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso nenhuma
providência fosse tomada.

Por este motivo o CFC/CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo:

10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao


valor recuperável, a entidade deve:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo


intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano,
no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e

(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura


(goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.______

Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma
breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham
por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para
que uma entidade reconheça um ativo intangível ele deve atender
conjuntamente a três critérios:

1) Ser separável;
2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais;
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de
reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível.

Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos


pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:

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Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível
deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda
acumulada (se houver).

Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um


ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente
ao valor justo na data da reavaliação.

Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização


pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser
aplicada nas demonstrações contábeis.

Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de


vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil
indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como
utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano).

Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa
dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à
análise de impairment anual.

Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar


seu custo de aquisição ao resultado com base no período determinado e se
houver meios de determinar o valor residual para fins de amortização este
deverá ser utilizado.

IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO

Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor


recuperável. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se
há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se
houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma estimativa formal do
valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização,
dispensada está essa estimativa formal.

Mas como as empresas avaliam se o ativo está ou não desvalorizado? Quais


seriam os fatores que indicam? Bem, a Resolução do CFC trouxe alguns
indicadores, não exaustivos, ou seja, sem prejuízo de outros apurados, que
podem ser tanto internos quanto externos. São eles:

Indicadores Externos

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1) Há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu
significativamente durante o período, mais do que seria de se esperar como
resultado da passagem do tempo ou do uso normal.
2) Mudanças nos mercado, como, por exemplo, ambiente tecnológico. Exemplo:
As empresas que fabricavam apenas videocassetes, quando do surgimento
dos DVDs players.
3) As taxas de juros ou outras taxas do mercado aumentaram
demasiadamente. Esse aumento pode provocar a diminuição do valor de
uso, como se verá adiante, quando fizermos cálculos mais aprofundados na
matéria.
4) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de
suas ações no mercado.

Indicadores Internos

1) Evidência de dano físico no ativo.


2) Mudanças significativas na entidade, por exemplo, a chegada de uma nova
tecnologia, que faz com que uma máquina antiga tenha sua utilização
diminuída.
3) Relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é
ou será pior que o esperado._______________________________________

Se, depois de feita a estimativa formal para um ativo intangível, mantiver-se


razoável certeza de que o valor recuperável é maior do que o valor contábil,
não há necessidade de se proceder à nova avaliação nos períodos que se
seguem, se não houver vestígios de mudança neste cenário ou se o valor
recuperável deste ativo for pouco elástico em relação a mudanças no ambiente.

Se houver uma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso
pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação,
amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser
revisados e ajustados, mesmo que os cálculos posteriormente indiquem não ser
necessário reconhecer uma desvalorização para o ativo.___________________

MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL

Lembremo-nos:

Valor Recuperável ^ Maior valor entre: a) valor líquido de despesas de venda;


b) valor de uso.___________________________________________________

Uma questão de prova pode conter o seguinte questionamento: Para a análise


do valor recuperável, será sempre necessário calcular-se o valor líquido de
despesas de venda e o valor de uso. A resposta deve ser assinalada como falsa.

O Pronunciamento 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) diz que


se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, este não tem

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desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor. Lembrem-se
de que só serão feitos ajustes quando o valor contábil for maior que o
recuperável.

Pode ocorrer, também, de não ser possível determinar qual o valor justo líquido
de despesa de venda a se obter, hipótese em que não será necessário calculá-
lo. Neste caso, o valor de uso será considerado como o valor recuperável.

Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda


significativamente seu valor justo líquido de despesa de venda, o valor justo
líquido de despesas de venda do ativo pode ser considerado como seu valor
recuperável. Esse será freqüentemente o caso para um ativo que é mantido
para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de um ativo mantido para
alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez
que os futuros fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa,
provavelmente serão irrisórios.

Como regra, o valor recuperável deve ser determinado para ativos


individualmente.

VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA

As despesas com a baixa, exceto as que já foram reconhecidas como passivo,


devem ser deduzidas ao se mensurar o valor justo líquido de despesas de
alienação.

Exemplos desses tipos de despesas são as despesas legais, tributos, despesas


com a remoção do ativo e gastos diretos incrementais para deixar o ativo em
condição de venda. Entretanto, as despesas com demissão de empregados e as
associadas à redução ou reorganização de um negócio em seguida à baixa de
um ativo não são despesas incrementais para baixa do ativo.

VALOR DE USO

O valor de uso de um ativo é o valor de caixa gerado - na verdade, é o valor


que se espera gerar - pela utilização do bem em sua vida útil ajustado a valor
presente por uma taxa de desconto.

Se o uso de um ativo em separado não criar, por si só, entradas de caixa


independentes de outros ativos, o procedimento deve ser realizado em relação
ao grupo de ativos (ao qual o ativo em comento pertença), cujo uso gere caixa,
de forma independente dos demais ativos, esse grupo de ativos é denominado
unidade geradora de caixa.

A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:

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(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do
ativo e de sua baixa final; e
(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros.________

Exemplo: Supondo que estamos no ano de X0 e que se espera que um ativo


gere receitas para os anos de X1 e X2 no valor de $ 100.000,00, ao final de
cada ano. Qual será o valor de uso, supondo uma taxa de desconto de 10%?

Resposta: O valor de uso será encontrado através da seguinte fórmula:

Valor de uso: Z (Receita Esperada em n/(1+i)^n.)

Logo, o nosso valor de uso na questão será: 100.000/1,1^1 + 100.000/1,1^2


= 90.909,10 + 82644,60 = $ 173.553,70.

BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS

As estimativas de fluxos de caixa para se achar o valor de uso devem ser


razoáveis, com análise econômica mais profunda sobre o ambiente externo. A
análise do fluxo de caixa também deve se basear em políticas mais recentes
adotadas pela empresa e abranger um período máximo de 5 anos adiante
(salvo se se justificar período mais longo). Todavia, deve-se excluir qualquer
estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou
da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo.

Geralmente não estão disponíveis orçamentos e previsões financeiras confiáveis


detalhados e explícitos de fluxos de caixa futuros para períodos superiores a
cinco anos. Por essa razão, as estimativas da administração de fluxos de caixa
futuros são baseadas nos mais recentes orçamentos e previsões por um período
máximo de cinco anos. A administração pode usar projeções de fluxo de caixa
com base em orçamentos e previsões financeiras para um período superior a
cinco anos se estiver convicta de que essas projeções são confiáveis e possa
demonstrar sua capacidade, baseada em experiência passada, de fazer previsão
de fluxo de caixa acurada para esse pp ríodo mais longo.___________________

As estimativas de fluxos de caixa futuros devem ser estimadas para o ativo no


estado em que se encontrarem, em suas condições atuais (atenção: não
devemos considerar eventuais futuras melhorias no ativo) e incluir:

(1) projeções de entradas de caixa a partir do uso contínuo do ativo;


(2) projeções de saídas de caixa, necessárias para gerar as entradas de caixa; e
(3) fluxos de caixa, a serem recebidos ou pagos pela baixa do ativo.

Se a taxa de desconto considerar o aumento de preços, como no caso da


inflação, os fluxos de caixa projetados devem estar em valores nominais; ao
contrário, se os fluxos de caixa estiverem projetados em moeda de valor
constante, a taxa de desconto não deve conter embutida a inflação do período.

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Se uma questão pedir para calcularmos o fluxo de caixa e der valores a serem
recebidos, como clientes, e valores a pagar, como salários a pagar, não
devemos incluí-los para cálculo do valor de uso.

A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos ou pagos pela


alienação de um ativo no fim de sua vida útil deve ser o montante que a
entidade espera obter da alienação do ativo, em uma transação com isenção de
interesses entre partes conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas
estimadas da alienação.

FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA

Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda na qual eles são gerados e,
em seguida, descontados, usando-se uma taxa de desconto adequada para
essa moeda. A entidade deve converter o valor presente usando a taxa de
câmbio à vista, na data do cálculo do valor em uso.

TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO

Para o cálculo do desconto no valor de uso, utilizaremos a taxa antes dos


impostos.

RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR


DESVALORIZAÇÃO

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu
valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor
recuperável.

Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

Segundo a norma, essa perda deve ser reconhecida no resultado do exercício


(outras despesas), exceto se o ativo tiver sido reavaliado; neste caso a perda
será lançada como reversão da reserva de reavaliação.

Imaginemos agora uma situação: Um ativo vale, contabilmente, R$ 1.000. A


perda estimada, todavia, foi avaliada em R$ 1.500. O que fazer nesta situação?
O CFC manda que se constitua uma conta no Passivo (obrigação), no valor da
diferença, no caso concreto de R$ 500, se outra norma (Pronunciamento,
Resolução, etc.) mandar que assim se faça.

Depois de calculada a perda por desvalorização de um ativo, já devidamente


lançada no ativo, devemos proceder ao reajuste dos cálculos de depreciação,
amortização e exaustão. Por exemplo, um ativo no valor de R$ 1.000,
depreciado em 10 anos (10% ao ano, R$ 100 por ano), já utilizado por 5 anos,

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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor da Receita Federai
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sem valor residual, teve registrada uma perda por desvalorização no valor de
R$ 250.

O valor contábil será de R$ 1.000 - R$ 500 (depreciação de 5 anos) = R$ 500.

Vejam que faltam 5 anos para que o ativo seja depreciado totalmente. Porém,
houve uma desvalorização, para R$ 250 (R$ 500 - R$ 250). Assim, não mais
deveremos calcular a depreciação no valor de R$ 100, por ano, mas devemos
reajustá-la. R$ 250/5 anos = R$ 50/ano.

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE GERADORA DE CAIXA À QUAL UM ATIVO


PERTENCE

Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o


valor recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não
for possível estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve
determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo
pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

Portanto, para a prova:

1) Estima-se o valor recuperável do ativo individualmente! Impossível?


2) Estima-se o valor recuperável da unidade geradora de caixa! Veja o exemplo
que se segue..._________________________________________________

Exemplo 1: Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular


para dar suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser
vendida somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de
caixa provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes
das entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor
em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de
sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de
caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas
de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa
provenientes de outros ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma
unidade geradora de caixa requer julgamento. Se o valor recuperável não puder
ser determinado para cada ativo, a entidade identifica o menor grupo de ativos
que geram entradas de caixa, em grande parte independentes.

Exemplo 2: Uma entidade de ônibus fornece serviços, sob contrato, a um


município que exige serviço mínimo em cada um de cinco percursos. Os ativos
dedicados a cada percurso e os fluxos de caixa provenientes de cada percurso

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podem ser identificados separadamente. Um dos percursos opera com prejuízo
significativo.

Como a entidade não tem a possibilidade de eliminar nenhum dos percursos, o


nível mais baixo de entradas de caixa identificáveis, que são substancialmente
independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos
de ativos, são as entradas de caixa geradas pelos cinco percursos juntos. A
unidade geradora de caixa para cada percurso é a entidade de ônibus como um
todo.

Para se identificar unidades geradoras de caixa de uma entidade, o CPC 01


propõe os seguintes critérios: 1) existência de mercado ativo para o produto
resultante da atividade da unidade geradora de caixa - mesmo que sua
produção seja consumida internamente (por outra unidade geradora de caixa
da entidade).

As unidades geradoras de caixa devem ser identificadas de maneira consistente


de período para período para o mesmo ativo ou tipos de ativos, a menos que
haja justificativa para uma mudança.

VALOR RECUPERÁVEL E VALOR CONTÁBIL DE UMA UNIDADE GERADORA


DE CAIXA

O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o valor mais alto entre
o valor líquido de venda e o valor em uso.

O valor contábil de uma unidade geradora de caixa deve ser determinado de


maneira consistente com o modo pelo qual é determinado o valor recuperável
de uma unidade geradora de caixa.

Para determinarmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa,


incluímos apenas os ativos que gerem entradas de caixa ou participem para a
sua futura geração.

Se houver uma compra com ágio ou deságio de determinado ativo, o valor


contábil da unidade geradora de caixa deve incluir, também, esta condição.

Se uma questão de prova, prática, der um valor passivo da empresa e pedir


para calcularmos o valor contábil de uma unidade geradora de caixa, não
devemos incluir esta obrigação, a menos que seja parte indispensável do ativo.

Pode ser necessário considerar alguns passivos reconhecidos para determinar o


valor recuperável da unidade geradora de caixa. Isso pode ocorrer se na baixa
de uma unidade geradora de caixa houver a exigência de que o comprador
assuma um passivo. Nesse caso, o valor justo líquido de despesas de alienação
(ou o fluxo de caixa estimado advindo da baixa final) da unidade geradora de
caixa é o preço de venda dos ativos da unidade geradora de caixa e o passivo

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em conjunto, menos as despesas a serem incorridas com a baixa. A fim de
levar a efeito uma comparação que faça sentido entre o valor contábil da
unidade geradora de caixa e o seu valor recuperável, o valor contábil do passivo
deve ser deduzido ao se determinar tanto o valor em uso da unidade geradora
de caixa quanto seu valor contábil.

Entendamos esse trecho por um exemplo trazido pela norma. As questões


podem vir nestes moldes:

Exemplo 1: Uma entidade opera uma mina em um local no qual a legislação


exige que o proprietário restaure o local ao encerrar suas operações de
mineração. O gasto de restauração inclui a reposição da superfície ambiental,
que precisou ser removida antes que as operações da mina se iniciassem. Uma
provisão para os gastos de reposição da superfície ambiental foi reconhecida
tão logo ela foi removida. Esse valor foi reconhecido como parte do custo da
mina e está sendo depreciado durante a sua vida útil. O valor contábil da
provisão para os gastos de restauração é $500, que é igual ao valor presente
desses gastos.

A entidade está testando a capacidade de recuperação do valor investido na


mina. A unidade geradora de caixa da mina é ela, como um todo. A entidade
recebeu várias ofertas de compra da mina, a um preço em torno de $800. Esse
preço considera o fato de que o comprador assume a obrigação de restaurar o
que é necessário. As despesas de baixa da mina são ínfimas. Seu valor em uso
é de aproximadamente $1.200, excluindo os gastos de restauração. O valor
contábil da mina é $1.000.

O valor líquido de venda da unidade geradora de caixa é $800. Esse valor


considera os gastos de restauração que já foram provisionados. Como
conseqüência, o valor em uso da unidade geradora de caixa é determinado
depois de considerar os gastos de restauração, e é estimado em $700 ($1.200
menos $500). O valor contábil da unidade geradora de caixa é $500, que é o
valor contábil da mina ($1.000), menos o valor contábil da provisão para gastos
de restauração ($500). Portanto, o valor recuperável da unidade geradora de
caixa supera seu valor contábil. Nada haverá que ser feito.

ÁGIO EM DECORRÊNCIA DE EXPECTATIVA DE RESULTADOS FUTUROS


(GOODWILL)

O que é goodwiill? Podemos considerá-lo sobre as seguintes perspectivas: 1)


Como o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou
patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos; 2) Nas
consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua
participação sobre os ativos líquidos da subsidiária.

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Por exemplo: Uma determinada empresa está à venda. O valor contábil de seus
ativos, somado os direitos a receber e subtraindo-se as obrigações a pagar,
atinge R$ 10.000.000,00 (valor do patrimônio líquido).

Mas não será esse o valor para negociação. A empresa pode estar com ativo
imobilizado totalmente depreciado (e, portanto, com valor zero, na
contabilidade), mas que podem ser vendidos por um valor maior que o contábil.

Mas não é só. Trata-se de uma sólida e lucrativa empresa, bem conceituada,
com clientela estável, e o dono atual só a vende por R$ 18.000.000,00.

Negócio fechado. Esta empresa é vendida por R$ 18.000.000,00. Como fica a


contabilização na empresa compradora? Lembre-se de que o patrimônio é de
R$ 10.000.00,00.

Teremos o valor de: a) Investimentos: R$ 10.000.000,00; b) Ágio na aquisição:


R$ 8.000.000,00.

Estes R$ 8.000.000,00 de ágio são o goodwill objetivo, que é contabilizado.

O CPC 01 dispõe que: Para fins de teste de redução ao valor recuperável, o ágio
(goodwill) pago em uma aquisição em decorrência de expectativa de resultado
futuro deve, a partir da data da aquisição, ser alocado a cada uma das unidades
geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa,
que devem se beneficiar das sinergias da aquisição, independentemente de os
outros ativos ou passivos da entidade adquirida serem ou não atribuídos a
essas unidades ou grupos de unidades.

Explicando. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura, via de regra,


se refere a benefícios que não estão diretamente relacionados com um
determinado ativo ou com uma determinada unidade geradora de caixa; mas se
refere a um conjunto de unidades geradoras de caixa de uma entidade
adquirida. Como é o exemplo da empresa vendida citado acima. Deste modo, o
ágio deverá ser apropriado a cada uma das unidades geradoras de caixa do
adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se
beneficiar das sinergias da aquisição. Nesse caso, o ágio deve ser atribuído a
esse conjunto de unidade geradoras de caixa (em conjunto), de forma
proporcional.

O ágio pago, correspondente à diferença entre o valor de mercado de


parte ou de todos os bens do ativo da entidade adquirida e o respectivo
valor contábil, deve ser reconhecido pela investidora como custo desses
ativos.

Exemplo 1: Uma entidade vende por R$ 100 uma operação que fazia parte de
uma unidade geradora de caixa na qual houve alocação de ágio pago por
expectativa de resultado futuro (goodwill). O ágio alocado à unidade não pode

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ser identificado ou associado, exceto arbitrariamente, a um grupo de ativos em
um nível mais baixo do que aquela unidade. O valor recuperável da parcela
remanescente da unidade geradora de caixa retido é de R$ 300.

Como o ágio alocado à unidade geradora de caixa não pode ser identificado ou
associado, de forma não arbitrária, a um grupo de ativos em um nível mais
baixo do que aquela unidade, o ágio associado à operação alienada é medido
com base nos valores relativos da operação alienada e na parcela da unidade
remanescente. Portanto, 25% do ágio alocado à unidade geradora de caixa são
incluídos no valor contábil da operação que é vendida.

é simples! Uma questão de proporção. Vejam que foi vendida uma operação no
valor de R$ 100. Sobraram R$ 300. Ou seja, somando, teríamos o valor de R$
400.

Como foram vendidos 25%, a baixa no ágio deverá ser proporcional, 25%
também.

Outra coisa. Se um ágio está alocado em uma unidade geradora de caixa, e,


posteriormente, há divisão dessa unidade. Basta fazermos uma proporção para
aplicarmos o percentual às outras unidades.

Veja mais um exemplo. O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura


(goodwill) foi alocado originariamente à unidade geradora de caixa A. O ágio
alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não arbitrária a
um grupo de ativos em um nível mais baixo do que A. A é dividida e integrada
em três outras unidades geradoras de caixa, B, C e D.

Como o ágio alocado a A não pode ser identificado ou associado de forma não-
arbitrária a um grupo de ativos em um nível mais baixo que A, ele deve ser
alocado proporcionalmente para as unidades B, C e D com base nos valores
relativos das três partes de A, antes que essas partes sejam integradas a B, C e
D.

Se tivermos, por exemplo, um investimento A no valor de R$ 1.000.000,


adquirido com ágio de R$ 100.000, e formos dividi-lo em outros três no valor
de R$ 500.000, R$ 250.000 e R$ 250.000, o ágio deverá ser proporcionalmente
dividido entre os novos investimentos, ou seja, respectivamente R$ 50.000, R$
25.000 e R$ 25.000.

90. Uma unidade geradora de caixa à qual houve alocação de ágio pago por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) deve ser anualmente testada
para verificar a necessidade de redução ao valor recuperável e sempre que
houver uma indicação de que a unidade pode estar desvalorizada, comparando-
se seu valor contábil, incluindo o ágio (goodwill), com o valor recuperável da
unidade. Se o valor recuperável da unidade ultrapassar seu valor contábil, a
unidade e o ágio (goodwill) alocado àquela unidade devem ser considerados

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como não estando desvalorizados. Se o valor contábil de uma unidade
ultrapassar seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer a perda por
desvalorização.____________________________________________________

O teste anual de redução ao valor recuperável para unidade geradora de caixa à


qual tenha ocorrido alocação de ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) pode ser realizado a qualquer momento durante o período anual,
desde que o teste seja realizado, todos os anos, na mesma ocasião. Unidades
geradoras de caixa diferentes podem ser testadas, em momentos diferentes,
para redução ao valor recuperável. Porém, se parte ou todo o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocado a uma unidade geradora
de caixa decorre de combinação de negócios ocorrida durante o período anual
corrente, essa unidade deve ser testada para redução ao valor recuperável
antes do fim do período anual corrente.

ATIVOS CORPORATIVOS

Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para
os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão,
quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma
máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.

As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram


entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e
que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de
caixa sob revisão.

Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias
distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e
independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil
da sede, na hora de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser
totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para
fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo
corporativo.

Quando realizarmos a revisão para ver se houve desvalorização de uma unidade


geradora de caixa, devemos verificar quais os ativos corporativos que se
encontram a ela relacionados.

Depois disso, a entidade analisa: Posso alocar uma parte (por meio de
proporção) deste ativo corporativo a esta unidade geradora de caixa? Por
exemplo, posso alocar R$ 1.000, deste ativo corporativo, que vale R$ 10.000,
para cálculo de teste de recuperabilidade da máquina X? Se a resposta for sim,
havendo base razoável e consistente para tanto, ótimo! O assunto estará
resolvido.

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Ao revés, não sendo possível a alocação, primeiramente, a entidade comparará
o valor contábil com o valor recuperável da unidade geradora de caixa,
excluindo-se o ativo corporativo. Se o valor contábil for maior do que o
recuperável, faz-se a provisão para perda.

Feito isso, em seguida, identificaremos um grupo de unidades geradoras de


caixa, que incluem o ativo corporativo, e para as quais poderemos alocar
consistentemente o valor contábil do ativo corporativo. Compararemos, após, o
valor recuperável deste grupo de unidades geradoras de caixa com o valor
contábil deste mesmo grupo. Se o valor contábil for, também, maior do que o
valor recuperável devemos realizar provisão para perda por desvalorização.

REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma


indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos
anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,
a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.___________________

Ou seja, haverá uma suspeita de que após a avaliação da perda, noutro


exercício, ela deixara de existir ou possa ter diminuído. Procederemos, neste
caso, à estimação do valor recuperável do ativo.

Ao avaliar se há alguma indicação de que uma perda por desvalorização,


reconhecida em períodos anteriores para um ativo, possa ter diminuído ou
possa não mais existir, a entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes
indicações:

Fontes externas de informação

(a) o valor de mercado do ativo tenha aumentado significativamente durante o


período;
(b) mudanças significativas, com eflbito favorável sobre a entidade, tenham
ocorrido durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente
tecnológico, de mercado, econômico ou legal no qual ela opera ou no mercado
para o qual o ativo é destinado;
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre
investimentos tenham diminuído durante o período, e essas diminuições
possivelmente tenham afetado a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor
em uso do ativo e aumentado seu valor recuperável materialmente;

Fontes internas de informação

(d) mudanças significativas, com efeito favorável sobre a entidade, tenham


ocorrido durante o período, ou se espera que ocorram em futuro próximo, na
extensão ou na maneira por meio da qual o ativo é utilizado ou se espera que

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seja utilizado. Essas mudanças incluem custos incorridos durante o período para
melhorar ou aprimorar o desempenho do ativo ou para reestruturar a operação
à qual o ativo pertence;
(e) há evidência disponível advinda dos relatórios internos que indica que o
desempenho econômico do ativo é ou será melhor do que o esperado.________

Vejam que são todos indicadores contrários àqueles que utilizamos para
apreciar a desvalorização do ativo. Lá, falávamos que a taxa de juros subiu,
aqui, falamos que ela caiu. Lá, falávamos que o relatório indicava desempenho
pior que o esperado. Aqui, o desempenho se saiu melhor que o esperado, e
assim por diante.

Se houver indicação de que uma desvalorização reconhecida para um ativo


pode vir a não mais existir ou tenha diminuído, isso pode indicar que a vida útil
remanescente, o método de depreciação, amortização ou exaustão ou o valor
residual podem requerer revisão e ajustes, mesmo se não houver reversão
da perda por desvalorização para o ativo.________________________

Segundo a norma, a perda por desvalorização reconhecida em anos anteriores


para um ativo, exceto o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura,
só será revertida se existiu uma mudança nas estimativas usadas para
determinar o seu valor recuperável após a data em que a última desvalorização
foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser
aumentado, aumento este que ocorrerá pela reversão da perda por
desvalorização.

A reversão da perda por desvalorização não pode resultar em elevação do


valor contábil do ativo acima do valor original. Qualquer aumento no valor
contábil de um ativo acima do seu valor contábil que seria determinado, líquido
de depreciação, amortização ou exaustão, caso não tivesse sido reconhecida,
em anos anteriores, a perda por sua desvalorização, é considerado uma
reavaliação, procedimento extinto pela Lei 11.638/2007.

A reversão será reconhecida no resultado ou como reversão da reserva


de reavaliação, se o ativo tiver sido reavaliado.____________________

Após reconhecer a reversão da perda com desvalorização, a despesa de


depreciação, amortização ou exaustão para o ativo deve ser ajustada em
períodos futuros, para apropriar o valor contábil revisado do ativo menos, se
aplicável, seu valor residual, em base sistemática sobre sua vida útil
remanescente.

DIVULGAÇÃO

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:

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(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas;
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período; e
(d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (ICMS RO - FCC - 2010) Uma empresa adquiriu uma máquina, em


01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00 para utilização em suas operações. A
vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de 6 anos,
sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final deste prazo.
No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida
útil remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao
final do período era R$ 45.000,00. A empresa utiliza o método das quotas
constantes e, ao final de X1, não houve ajuste no valor do ativo pelo teste de
recuperabilidade. Sendo assim, os valores das despesas de depreciação nos
anos X1 e X2, em relação a essa máquina, foram, respectivamente, e em reais:

A) 30.000,00 e 55.000,00
B) 30.000,00 e 65.000,00
C) 40.000,00 e 40.000,00
D) 40.000,00 e 70.000,00
E) 45.000,00 e 50.000,00

Comentários:

Para fins contábeis, a empresa deve calcular a depreciação pela melhor


estimativa técnica, e não simplesmente seguir as taxas determinadas pelo
Fisco.

Estimativa Contábil versus Critério Fiscal

Para a contabilidade, a depreciação deve ser calculada segundo a melhor


estimativa técnica. Por exemplo, se a Empresa X adquire dois veículos idênticos
e estima que um terá vida útil de 6 anos e o outro terá vida útil de 4 anos ( o
segundo será utilizado em condições mais severas que o primeiro), deve
depreciá-los conforme esta estimativa.

Ocorre que o Fisco (IR) aceita apenas determinados prazos para cálculo da
depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de
Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o critério fiscal. MAS,
contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda que diferente
do critério fiscal.

Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida
útil, usamos o que o fisco determina:

Depreciação: taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR:


Veículos: 5 anos ou 20% ao ano
Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano

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Estratégia
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Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.

Vamos ao cálculo da depreciação do primeiro ano:

Valor contábil 240.000


(-) valor residual (60.000)
(=) valor depreciável 180.000

Como a vida útil foi estimada em 6 anos, dividimos o valor depreciável por 6
para calcular a depreciação do ano 1:

180.000 / 6 = 30.000 depreciação de X1.

No início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil


remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao
final do período era R$ 45.000,00.

E agora? Podemos mudar a estimativa inicial de vida útil de 6 anos e valor


residual de 60.000?

Podemos não, devemos. A contabilidade deve trabalhar com a melhor


estimativa, lembra?

E como vamos efetuar essa mudança de estimativa? Estornamos a depreciação


de X1 e calculamos tudo desde o começo, nas novas bases, OU mudamos de X2
em diante?

Veja trecho do pronunciamento 23:

Mudança nas estimativas contábeis

32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais,


muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com
precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos
baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser
exigidas estimativas de:

(a) créditos de liquidação duvidosa;


(b) obsolescência de estoque;
(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;
(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e
(e) obrigações decorrentes de garantias.

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36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança à
qual se aplique o item 37 deve ser reconhecido prospectivamente,
incluindo-o nos resultados do:

(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou


(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos
eles.

37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e


passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser
reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do
patrimônio líquido no período da mudança.

38. O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa contábil


significa que a mudança é aplicada a transações, a outros eventos e a condições
a partir da data da mudança na estimativa. A mudança em uma estimativa
contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente ou os resultados
tanto do período corrente como de períodos futuros. Por exemplo, a mudança
na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta apenas os resultados do
período corrente e, por isso, é reconhecida no período corrente. Porém, a
mudança na estim ativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão
esperado de consum o dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a
depreciação do período corrente e de cada um dos futuros períodos
durante a vida útil rem anescente do ativo. Em am bos os casos, o efeito
da mudança relacionada com o período corrente é reconhecido como
receita ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista, em
períodos futuros é reconhecido como receita ou despesa nesses
períodos futuros._________________________________________________

Portanto, não alteramos a depreciação já contabilizada em X1. As mudanças


nas estimativas produziram efeitos em X2 e nos exercícios futuros.

O cálculo da depreciação de X2 fica assim:

Valor contábil 240.000


(-) depreciação X1 (30.000)
(-) valor residual (45.000)
(=) valor depreciável 165.000

Como a vida útil remanescente é de 3 anos, dividimos o valor depreciável por 3


para calcular a depreciação de X2:

165.000 / 3 = 55.000

Gabarito ^ A.

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2. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Com relação à Redução


ao Valor Recuperável de Ativos, pode-se afirmar que:

A) a esta técnica estão sujeitos à aplicação desse processo todos os ativos sem
qualquer tipo de exceção.
B) é esse tipo de procedimento aplicável somente aos ativos intangíveis e aos
ativos resultantes de Contratos de Construção.
C) apenas aos ativos resultantes de Contratos de Construção e aqueles sujeitos
à aplicação do valor justo como os ativos biológicos são passíveis da aplicação
dessa redução.
D) tem como objetivo assegurar que os ativos não estejam registrados
contabilmente por valor maior do que o passível de ser recuperado por uso ou
venda.
E) não é aplicada aos imobilizados em razão dos mesmos já estarem sujeitos à
depreciação, amortização ou a exaustão que cobrem possíveis divergências no
valor de custo do ativo e o seu valor recuperável.

Comentário:

Vamos analisar as alternativas:

A) ERRADA. Conforme o Pronunciamento CPC 01 - Redução ao Valor


Recuperável de Ativos:

3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de


contratos de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de
benefícios a empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou
incluídos em grupo de ativos que seja classificado como disponível para venda)
em decorrência de os Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a
esses ativos conterem disposições orientadoras para reconhecimento e
mensuração desses ativos.___________________________________________

B) ERRADA. Não se aplica a ativos resultantes de contratos de construção.

C) ERRADA. Conforme o item 3 transcrito acima, não se aplica a contratos de


construção e nem a ativos sujeitos à aplicação do valor justo, como os ativos
biológicos.

D) CERTA. Conforme o Pronunciamento CPC 01:

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a


entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo
está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se
o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela
venda do ativo.

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E) ERRADA. O Teste de Recuperabilidade deve ser aplicado aos ativos


imobilizados. Confira a Lei 6404/76:

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação


dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de


interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação
desse valor; ou
II - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

Gabarito ^ D

3) EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2008 (ADAPTADA) De acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 26 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro, o processo de determinação das estimativas contábeis
envolve julgamentos baseados nas últimas informações disponíveis. Assim, uma
mudança identificada nas bases de avaliação:

a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.


b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa.
c) corresponde a uma mudança em política contábil.
d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de
estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política
contábil.

Com entários

Analise das alternativas:

a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.

ERRADO. Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de


ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo,
que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios
futuros esperados associados aos ativos e passivos.

b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa.

ERRADO. Erro no cálculo corresponde ao conceito de ERRO, e não de mudança


nas bases de informação.

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c) corresponde a uma mudança em política contábil.

CORRETO. Veja o item 18 do Resumo Geral: A mudança na base de avaliação


é uma mudança na política contábil e não uma mudança na estimativa contábil.
Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança
na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa
contábil.

d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de


estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política
contábil.

ERRADO. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma
mudança na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na
estimativa contábil.

Gabarito ^ C.

4). EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2009 (ADAPTADA) A Administração da entidade
necessita estabelecer estimativas, assim como identificar as práticas contábeis
adequadas na elaboração das demonstrações contábeis. Nesta linha, posiciona-
se o Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata das Políticas Contábeis,
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Com base no que define a referida
Norma, assinale a opção que NÃO condiz com tais definições.

a) Na ausência de norma ou interpretação, a administração da entidade deve


usar seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que
resulte em informação relevante para a tomada de decisão pelos usuários.
b) Em seu processo de julgamento, a administração da entidade deve
considerar pronunciamentos de outros órgãos que elaboram padrões e políticas
de segmentos específicos e adotem conceitos similares no desenvolvimento de
normas contábeis.
c) A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis de maneira
uniforme em relação a transações similares, outros eventos e circunstâncias, a
não ser que outra norma ou interpretação técnica específica seja mais
apropriada.
d) Mesmo que uma norma ou interpretação técnica exija ou permita forma
específica de classificação de itens, essa prática contábil não deverá ser
utilizada nem aplicada.

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Com entários

Todas as assertivas estão corretas, exceto a opção D.

Gabarito ^ D.

5). EXAME DE QUALIFICAÇAO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2010 - Conforme a NBC T 19.11 - Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, ao corrigir os erros
materiais de períodos anteriores, retrospectivamente, no primeiro conjunto de
demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a
descoberta de tais erros, a entidade deve divulgar, EXCETO:

a) a natureza do erro de período anterior.


b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida
em que seja praticável, para cada item afetado da demonstração contábil; e se
a NBC TS sobre Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por
ação básicos e diluídos.
c) o recálculo dos dividendos propostos para cada período anterior apresentado.
d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição
de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva
for impraticável para um período anterior em particular.

Com entários

Conforme o CPC 23:

Ao aplicar o item 42, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;


(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na
medida em que seja praticável:
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 - Resultado por Ação se aplicar à
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;
(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo
apresentado; e
(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição
de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva
for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não


precisam repetir essas divulgações.

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Gabarito ^ C.

(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 6 a 8. A Cia. Alvorecer, ao analisar


um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda RS 5.100.000.00


Valor em Uso RS 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto RS 8.000.000.00
Depreciações Acumuladas RS 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas RS 600.000,00

6. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00
(B) 5.100.000,00
(C) 5.400.000,00
(D) 5.600.000,00
(E) 6.000.000,00

Com entários

A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade


geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de
venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e
seu valor em uso.

Valor Líquido de Venda ^ 5.100.000


Valor em Uso ^ 5.000.000
Portanto, o maior dos dois é o valor líquido de venda (ou valor justo líquido de
despesa de venda). O gabarito da questão 6 é a letra B.

7. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00
(B) 5.600.000,00
(C) 5.400.000,00
(D) 5.100.000,00
(E) 5.000.000,00

Com entários

Segundo a Resolução do CFC, valor contábil é o valor pelo qual um ativo está
reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação,
amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

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O valor contábil bruto é 8.000.000. A questão ainda forneceu o valor da
depreciação acumulada, que monta a 2.000.000. Por fim, forneceu ainda a
provisão já registradas para perdas, no valor de 600.000.

Dessa forma, acharíamos o valor líquido contábil subtraindo 2.000.000 e


600.000 do valor contábil bruto, de 8.000.000

Valor contábil líquido = 8.000.000 - 2.000.000 - 600.000 = 5.400.000

O gabarito da questão 7 é a letra C.

Gabarito ^ C.

8. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00
(B) 2.600.000,00
(C) 1.000.000,00
(D) 600.000,00
(E) 300.000,00

Com entários

Perda por desvalorização, segundo a Resolução, é o valor pelo qual o valor


contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor
recuperável.

Vimos que o valor recuperável é o maior valor entre o valor líquido de


venda e o valor em uso. Neste caso, achamos o montante de 5.100.000
(valor de venda).

Comparando com o valor contábil líquido, que é de 5.400.000, inferimos que o


valor contábil é maior do que o valor recuperável.

Neste caso, devemos apropriar no balanço uma perda por desvalorização, no


valor da diferença, 5.400.000 - 5.100.000 = 300.000.

Gabarito ^ E.

9. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.°


1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, assinale a opção CORRETA.

a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor
recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo

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intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável.
b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor
contábil.
c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor
recuperável de todos os seus ativos imobilizados.
d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente
se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.

Comentários:

Vamos analisar cada alternativa nesta questão.

(A) A regra é a que se segue: Sempre que houver indicação de


desvalorização a entidade deverá proceder à avaliação do ativo, estimando
seu valor recuperável! Neste caso, analisará aqueles fatores externos e
internos indicados no item "Identificação de que um ativo pode estar
desvalorizado". Todavia, existindo ou não indicadores de desvalorização a
entidade deve testar, no mínimo anualm ente (o gabarito, portanto, está
incorreto) a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida
útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso,
comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável.
(B) Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor
recuperável. Se o valor recuperável é maior do que o valor contábil, o ativo
não está desvalorizado. Devemos manter o valor contábil, em homenagem
ao princípio da prudência e princípio do registro pelo valor original. O
gabarito está correto!
(C) Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor
recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada período
de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido
desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma
estimativa form al do valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa
desvalorização, dispensada está essa estimativa formal. O item está
incorreto! (Ver itens 8 e 9 da norma).
(D) Errado. A norma diz que a desvalorização se dá quando o valor contábil
excede o valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de
cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa
ter sofrido desvalorização. Portanto, não cabe falar em trimestre. O item
está incorreto.

Gabarito ^ B.

10. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução


CFC n.° 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável
de Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as

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informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a
opção INCORRETA.

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do


período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas;
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período;
(d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no
resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s)
qual(is) essas reversões foram incluídas;

Comentários

Há assuntos muito mais interessantes e didáticos para se cobrar em prova,


quando se trata de teste de recuperabilidade, do que o tema divulgação.

Todavia, vamos vê-lo. Segundo o item 126 do CFC 1.110/07:

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:


(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas;
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período; e
(d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período.

O gabarito é a alternativa D, que é a incorreta. Mas não só por não atender à


literalidade é que a assertiva peca. Leiamos novamente a questão: O valor das
reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas parte no resultado do
exercício e parte no patrimônio líquido.

Está errado! Ora, como visto no capítulo, a reversão da perda por


desvalorização de um ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado
do período, a menos que o ativo esteja registrado por valor reavaliado.
Neste caso, qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo
reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação.

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Ressalte-se que a questão diz que a perda por desvalorização (não se fala em
reavaliação) vai ser reconhecida parte no patrimônio líquido, o que vai de
encontro ao previsto no parágrafo acima.

Assim, levem para a prova

Reversão da perda por desvalorização de ativo "normal" ^ lança-se no


resultado do exercício.
Reversão da perda por desvalorização de ativo "reavaliado" ^ lança-se no
patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.________________________

Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo


atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor
contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou
exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos
anteriores.

Gabarito ^ D.

11. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim
de para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados,
sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:

a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem


ao princípio do registro pelo valor original.
b) Valor em uso.
c) Valor recuperável
d) Valor líquido de venda
e) Valor depreciável.

Com entários

Segundo a norma, devemos comparar o valor contábil líquido com o valor


recuperável, que é definido como o maior valor entre o valor de uso e o valor
de venda líquido.

Gabarito ^ C.

12. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou


adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do
valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:

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I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação


acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00;
II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00.
Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o
no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju
por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de
cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço
de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.

Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto


Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;

IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá


sofrer o resultado da Empresa J.

(A) Entre $ -6.000,00 e $ -4.000,01.


(B) Entre $ -4.000,00 e $ -2.000,01.
(C) Entre $ -2.000,00 e $ -0,01.
(d ) Zero.
(E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

Comentários

Para efetuar o teste de recuperabilidade, devemos comparar o valor contábil


com o maior entre o valor em uso e o valor líquido de vendas.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada


Valor contábil = $ 80.000,00 (-) $ 50.000,00 = $ 30.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que


devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Valor em uso anual = 5.000x(5 - 3) = 10.000

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Ano 1: 10.000 / 1,1 = 9090,91
Ano 2: 10.000 / 1,21 = 8.264,46
Ano 3: 10.000 / 1,33 = 7518,80
Ano 4: 10.000 / 1,46 = 6849,31
Valor atual 31.723,48

Como o valor em uso superou o valor contábil, não haverá necessidade de


nenhum ajuste referente ao teste de recuperabilidade. Portanto, já podemos
indicar a resposta:

12. Gabarito ^ D.

13. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07,


assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa
Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste
de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;


2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é
$40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando
no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos;
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

(A) entre $ -15.000,00 e $ -10.801,00


(b ) entre $ -10.800,00 e $ -5.001,00
(c ) entre $ -5.000,00 e $ -1,00
(D) zero
(e ) entre $1,00 e $2.000,00

Com entários

Esta foi a primeira questão sobre o teste de recuperabilidade proposta pela


FGV. Posteriormente, esse formato de questão foi cobrado em outras provas
desta banca, praticamente sem alteração.

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O teste de Recuperabilidade (também chamado de "Impairment") parte da
premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor
superior aos benefícios futuros que irá produzir.

Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:

1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de
"valor em uso";
2) Através da venda do ativo, que é o "valor justo líquido de despesa de
venda". Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.

Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor
em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá
gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade
de nenhum ajuste.

Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:

D - Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)


C - Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

Após estas considerações, vamos à resolução da questão.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada


Valor contábil = $ 100.000,00 (-) $ 40.000,00 = $ 60.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que


devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Valor em uso anual = 10.000 x (10 - 8) = 20.000

ANO 1: 20.000/1,1 = 18.181,81


ANO 2: 20.000/1,1 = 16.528,92
ANO 3: 20.000/1,1 = 15.026,29

Somando os fluxos de caixa estimados, temos:

18.181,81 + 16.528,92 + 15.026,29 = $ 49.737,02

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Valor justo líquido de despesa de venda é o valor a ser obtido pela venda
de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas
estimadas de venda.

Valor Líquido de Venda = 62.000-13.000= 49.000


Valor em Uso > Valor Líquido de Venda = 49737,02 > 49.000
Valor Contábil = 100.000 - 40.000 = 60.000

Redução ao Valor Recuperável = 49.737,02 - 60.000 = (10.262,97)

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor
contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável.

Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

Gabarito ^ B.

14. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC


1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser
apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do
valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a


Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
- Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse
utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000
unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto
Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do
produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma
que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no
final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia.
Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de
$400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos
médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é
$9,50;

- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer


tributo;

- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

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- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008
imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido
reconhecido contabilmente é o seguinte:

Passivo
Ativo Circulante 20.000,00 25.000,00
Circulante

Ativo Nào Passivo Não


80.000,00 35.000,00
Circulante Circulante

imobilizado
Patrimônio
bruto (custo de 75.000,00 40.000,00
Liquido
aquisição)

(-) depreciação
acumulada do 55.000,00
imobilizado

outros ativos
não circulantes
60.000,00
exceto
imobilizado

(A) Maior que $19.200,00.


(B) Entre $18.800,01 e 19.200,00.
(C) Entre $18.400,01 e 18.800,00.
(D) Entre $18.000,01 e 18.400,00.
(e ) Menor ou igual a $18.000,00.

Comentários

Mais uma questão de teste de recuperabilidade, como já é tradicional na FGV.


Mas esta questão apresenta um problema que resultou na sua anulação. Vamos
apresentar primeiro a resolução pretendida pela banca e depois trataremos da
anulação.

O teste de Recuperabilidade (também chamado de "Impairment") parte da


premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor
superior aos benefícios futuros que irá produzir.

Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:

1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de
"Valor em Uso";
2) Através da venda do ativo, que é o "Valor Justo Líquido de Despesa de
Venda". Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda.

Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor
em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá

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gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade
de nenhum ajuste.

Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte:

D - Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)


C - Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

Após estas considerações, vamos à resolução da questão.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão
acumulada e provisão para perdas.

Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada

Valor contábil = $ 75.000,00 (-) $ 55.000,00 = $ 20.000,00

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o


maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que


devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Preço de venda = $12,00 por unidade.

Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto


Espeto é $9,50; portanto, cada unidade vendida gera fluxo de caixa de $ 2,50.

De acordo com os dados da questão, podemos montar o seguinte quadro:

Ano P rod u ção L u c r o u n it á r io T o ta l D e f la t o r V a lo r p r e s e n t e


1 4 .0 0 0 R $ 2 ,5 0 R $ 1 0 .0 0 0 ,0 0 1,2 R $ 8 .3 3 3 ,3 3
2 3 .0 0 0 R $ 2 ,5 0 R $ 7 .5 0 0 ,0 0 1 ,4 4 R $ 5 .2 0 8 ,3 3
3 2 .0 0 0 R $ 2 ,5 0 R $ 5 .0 0 0 ,0 0 1 ,7 2 8 R $ 2 .8 9 3 ,5 2
4 1 .0 0 0 R $ 2 ,5 0 R $ 2 .5 0 0 ,0 0 2 ,0 7 3 6 R $ 1 .2 0 5 ,6 3
5 500 R $ 2 ,5 0 R $ 1 .2 5 0 ,0 0 2 ,4 8 8 3 2 R $ 5 0 2 ,3 5
V a lo r re s id u a l R $ 1 .6 0 0 ,0 0 2 ,4 8 8 3 2 R $ 6 4 3 ,0 0
V a lo r T o ta l R $ 1 8 .7 8 6 ,1 7

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de


uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre
partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Valor Líquido de Venda = 23.000,00 -8.000,00 = 18.000,00

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O valor em uso e o valor liquido de venda são menores que o valor contábil.
Nesse caso, reconhecemos uma perda no teste de recuperabilidade, usando
como parâmetro o maior valor entre o valor em uso e o valor liquido de venda.

Assim:

Valor contábil 20.000,00


Valor em uso 18.786,17
Perda apurada 1.213,83

Contabilização:

D - Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado) 1.213,83


C - Perda com teste de recuperabilidade (ret. a. imobilizado) 1.213,83

Ativo permanente inicial 20.000,00


(-) ajuste recuperabilidade (1.213,84)
Ativo permanente final 18.786,16

Assim, a resposta, neste caso, seria a Letra C, que foi apontada como o
gabarito provisório.

Ocorre que a questão misturou a terminologia antiga (ativo permanente) com a


terminologia atual (ativo não circulante). O Ativo Permanente compreendia os
sub-grupos Investimentos, Imobilizado e Ativo Diferido.

O atual Ativo Não Circulante compreende os sub-grupos Ativo Realizável a


longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Quando a questão menciona "Outros ativos não circulantes exceto imobilizado",


se considerarmos que o valor apontado refere-se ao Ativo Realizável a Longo
Prazo, chegamos à resposta da banca.

Mas se considerarmos que tal valor pertence ao Investimento ou ao Ativo


Intangível (que também se encaixam na descrição de "Outros Ativos não
Circulantes exceto Imobilizado), aí a resposta seria 60.000,00 + 18.786,16 =
78.786,16, LETRA A.

Por apresentar duas possíveis resposta, a questão foi anulada.

Gabarito prelim inar ^ C.


Gabarito definitivo ^ Anulada.

15. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina


adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $
113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:

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Frete:........................... . . $ 5 . 000;
Seguro do transporte: . . $ 2 .000 ;

Seguro anual:............ $ 12.000.

O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor
residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC,
deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo.
As informações obtidas nesta data são as seguintes:

Valor líquido de venda:............................................................................. $90.000;


Valor presente dos benefícios futuros em uso:................................... $140.000.

Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no


Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:

(A) $ 120.063.
(B) $ 112.500.
(C) $ 111.500.
(D) $ 140.000.
(E) $ 90.000.

Comentários

O ativo irá ao imobilizado com valor de:

113.000 + 5.000 + 2.000 = R$ 120.000,00


O seguro deverá ser computado como Despesa de seguro no exercício, de
acordo com o princípio da competência.

O valor recuperável do ativo é o maior valor entre o valor de venda e o valor


em uso. Neste caso, é de R$ 140.000,00.

Assim, em homenagem ao princípio da prudência, nenhum ajuste há que ser


feito.

A depreciação do equipamento será de:

120.000 / 12 = R$ 10.000,00 por ano.

Como o equipamento foi posto em uso em abril, devemos depreciá-lo pelo


período de 9 meses no exercício de 2009.

10.000,00 x 9/12 = R$ 7.500,00 (Depreciação de 2009).

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Logo, deverá ser levado a balanço o valor de R$ 120.000,00 - 7.250,00 = R$
112.500,00.

Gabarito ^ B.

16. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais


os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?

a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de
juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio.
b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses
fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa
de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo;
inflação e taxa de câmbio.
c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do
mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a
entidade espera obter com o ativo.
d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada
e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor
empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de
câmbio, etc.
e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período
desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela
atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao
ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado
iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade
espera obter com o ativo.

Com entários

Conforme o pronunciamento CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de


Ativos;

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que


devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
(...)
30. Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do
ativo:
(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse
ativo;
(b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de
ocorrência desses fluxos de caixa futuros;_______________________________

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(c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de
risco;
(d) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e
(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado
iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa futuros esperados da entidade,
advindos do ativo.

A única alternativa completa é a alternativa E.

GABARITO ^ E.

17. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De


acordo com o CPC-01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é
definida como:

a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo,


independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera
obter ou produzir com esse ativo.
b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no
qual a entidade espera usar um ativo.
c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número
de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
obter do ativo.
d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional
especifico da atividade da entidade.
e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente
além do ciclo operacional especifico da atividade.

Com entários

De acordo com o pronunciamento CPK 01:

Vida útil é:
(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter do ativo._______________________________________

GABARITO ^ C.

18. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto


à unidade geradora de caixa, pode afirmar:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.

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b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela
geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na
demonstração do fluxo de caixa.
c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que
gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

Comentários

Novamente uma questão que é cópia do pronunciamento do CPC. Confira:

Pronunciamento CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos:

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera


entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

68. Conforme definido no item 6, uma unidade geradora de caixa de um ativo é


o menor grupo de ativos que inclui esse ativo e gera entradas de caixa que são
em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros
ativos ou grupos de ativos. A identificação de uma unidade geradora de caixa
do ativo envolve julgamento. Se o valor recuperável não puder ser determinado
para um ativo individual, a entidade identifica o menor agregado de ativos que
gera entradas de caixa em grande parte independentes.___________________

Alternativa correta C.

Vamos analisar rapidamente as outrae alternativas:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.

Alternativa INCORRETA, a identificação de uma unidade geradora de caixa


envolve julgamento.

b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela


geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na
demonstração do fluxo de caixa.

Alternativa INCORRETA, não há essa restrição (apenas aquelas responsáveis


pela geração de caixa decorrente das atividades operacionais) no
pronunciamento.

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c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que


gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Alternativa CORRETA.

d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que


gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Alternativa INCORRETA, é o menor grupo de ativos que gera ENTRADAS de


caixa.

e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que


gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

Alternativa INCORRETA, é o MENOR grupo de ativos que gera ENTRADAS de


caixa.

GABARITO ^ C.

19. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar


os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo
para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente
valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade
geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria
reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor
da diferença de R$ 2 milhões.

Com entários

O item está correto. Como o valor contábil é maior do que o valor recuperável,
reconhece-se uma perda por desvalorização no valor de R$ 2 milhões, devendo
o lançamento ser feito a débito de conta de resultado e a crédito de conta
retificadora do ativo imobilizado.

Gabarito ^ Correto.

20. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a


recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas
para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um
valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O
valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4

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milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor
recuperável de R$ 1 milhão.

Com entários

O item está incorreto. O valor recuperável é o maior valor entre o valor em uso
e o valor justo líquido de despesas de vendas. Neste caso, o maior é R$ 3,5
milhões. A perda a ser reconhecida é, portanto, de R$ 500.000,00.

Gabarito ^ Errada.

21. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Diante dos testes para a


recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade levou em conta a
possibilidade de uma futura reorganização. As estimativas do valor em uso
foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita marginal advinda da
reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A entidade não encontrou
mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O valor contábil líquido da
unidade geradora de caixa estava registrado como R$ 8 milhões. Nessa
situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à unidade geradora
de caixa.

Com entários

Já dissemos que as melhorias futuras a serem realizadas não devem ser


levadas em consideração quando do cálculo do valor recuperável.

Neste caso, portanto, devemos considerar o montante de R$ 7 milhões como


valor recuperável. Como o valor contábil supera o valor recuperável, uma perda
deve ser reconhecida, no montante de R$ 1 milhão.

Gabarito ^ Errada.

22. (Analista Judiciário/TRT 4a região/FCC) Cia. Delfim Verde, em obediência às


normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de
recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina utilizada na
fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo
departamento de contabilidade da empresa (em R$):

Valor em uso da máquina 620.000,00


Valor líquido de venda 610.000,00
Custo de aquisição 710.000. 00
Depreciação acumulada 70.000. 00

A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$

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a) 100.000,00.
b) 90.000,00.
c) 10.000,00.
d) 30.000,00.
e) 20.000,00.

Com entários

O valor recuperável é R$ 620.000 (maior entre valor de uso e valor de venda).


O valor contábil é de R$ 640.000,00 (710.000 - 70.000). Assim, devemos
reconhecer uma perda de R$ 20.000,00.

Gabarito ^ E.

23. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de


recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo
reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa
empresa deve:

a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado.
b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o
valor da reserva de reavaliação.
c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de
reserva de reavaliação no Ativo.
d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido.
e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o
montante do valor da perda.

Com entários

A reversão da perda por desvalorização de um ativo deve ser reconhecida


imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo esteja
registrado por valor reavaliado. Neste caso, qualquer reversão de uma
perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser tratada como
aumento de reavaliação.

Assim, levem para a prova

Reversão da perda por desvalorização de ativo "normal" ^ lança-se no


resultado do exercício.
Reversão da perda por desvalorização de ativo "reavaliado" ^ lança-se no
patrimônio líquido, como aumento da reavaliação.________________________

Lembrem-se, por fim, de que o aumento do valor contábil de um ativo


atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor
contábil que teria sido determinado, líquido de depreciação, amortização ou

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exaustão, caso nenhuma desvalorização tivesse sido reconhecida em anos
anteriores.

Gabarito ^ E.

24. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n°


11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o
reconhecimento inicial,

a) deve ser amortizado.


b) deve ser depreciado.
c) deve ser exaurido.
d) deve ser trazido a valor presente.
e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.

Com entários

Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos


pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:

Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível


deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda
acumulada (se houver).

Método de Avaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um


ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente
ao valor justo na data da reavaliação.

Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização


pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser
aplicada nas demonstrações contábeis.

Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de


vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil
indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como
utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano). Incabível também se falar
em depreciação ou exaustão.

Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa
dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à
análise de im pairm ent anual. Como prevê o CPC 01, existindo ou não
indicadores de desvalorização a entidade deve: testar, no mínimo
anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com
vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para

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uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de
redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no
período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.

Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos


diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente
reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor recuperável
testada antes do fim do ano corrente; e

Gabarito ^ E.

25. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma


obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada "teste
de impairment", ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um
contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que,
em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os
pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial
Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as
demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos
investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas
gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos,
contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm
demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as
empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa
realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração
Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade." (Carvalho, Jornal
do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,
é correto afirmar que

(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada
por meio do valor de uso.
(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados
deve ser apurada por meio do valor de uso.
(C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das
normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio
do valor de uso.
(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do
valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de
caixa.
(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de
venda.

Com entários

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Segundo a Resolução n. 1.292/10 do CFC:

2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste


para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:

(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) - Estoques);


(b) ativos advindos de contratos de construção (ver Pronunciamento Técnico
CPC 17 - Contratos de Construção);
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos sobre
o Lucro);
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento
Técnico CPC 33 - Benefícios a Empregados);
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver
Pronunciamento Técnico CPC 28 - Propriedade para Investimento);
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao
valor justo líquido de despesas de venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 -
Ativo Biológico e Produto Agrícola);
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do
alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 - Contratos de Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)
classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento
Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada.

Portanto, de plano descartamos as assertivas de "a" a "c", já que possuem


normatização específica.

Resta a alternatida "d" e a alternativa "e".

Analisemo-las.

(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio


exclusivamente do valor de venda, não sendo permitida sua alocação
em uma unidade geradora de caixa.

Esta assertiva está incorreta.

Inicialmente, deve-se avaliar o valor recuperável de um ativo imobilizado


priorizando-se o ativo individual. Todavia, muitas vezes não é possível estimar
o valor recuperável do ativo por si só. Quando isto ocorrer, devemos nos
utilizar, para fazer a estimativa, do menor conjunto possível de ativos. É o
que chamamos de unidade geradora de caixa.

Segundo a resolução do CFC:

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Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera


entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.______________

(E) a recuperabilidade do im obilizado será feita por meio do valor de


uso ou de venda.

Segundo a resolução do CFC:

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior


montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em
uso.

Gabarito ^ E.

26. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o


disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:

a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,
no mínimo, 10 anos.
b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de
caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras
unidades geradoras de caixa.
d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao
valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável. Esse teste d l redução ao valor recuperável pode ser
executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja
executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem
ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais
ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,
devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente.
e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros
suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior
incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na
fase em que ele já se encontra disponível para uso.

Com entários

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O item a está incorreto. Segundo o CPC 01, as estimativas de fluxos de caixa
para se achar o valor de uso devem ser razoáveis, com análise econômica mais
profunda sobre o ambiente externo. A análise do fluxo de caixa também deve
se basear em políticas mais recentes adotadas pela empresa e abranger um
período máximo de cinco anos adiante (salvo se se justificar período mais
longo). Todavia, deve-se excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se
espera surgir das reestruturações futuras ou da melhoria ou aprimoramento do
desempenho do ativo.

A letra b está correta.

Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que gera entradas
de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa
provenientes de outros ativos ou grupos de ativos.

Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar
suporte às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida
somente pelo valor (residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa
provenientes de uso contínuo que sejam em grande parte independentes das
entradas de caixa provenientes de outros ativos da mina.

Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor
em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de
sucata. Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de
caixa à qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo.

A letra c está correta e traz a exata definição de ativo corporativo.

Ativos corporativos são ativos que contribuem, mesmo que indiretamente, para
os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão
quanto da de outras unidades geradoras de caixa. Como exemplo, uma
máquina que pode ser utilizada para a fabricação de vários produtos.

As características distintas dos ativos corporativos são as de que não geram


entradas de caixa independentemente de outros ativos ou grupo de ativos, e
que seu valor contábil não pode ser totalmente atribuído à unidade geradora de
caixa sob revisão.

Tomemos como exemplo a sede de uma fábrica que produz duas mercadorias
distintas. Ela (a sede) não gera entrada de caixa por si só, e
independentemente de um ativo ou grupo de ativo. Também, o valor contábil
da sede, no momento de se realizar um teste de recuperabilidade, não pode ser
totalmente atribuído a uma única mercadoria, uma vez que a sede serve para
fabricação dos dois produtos. Assim, podemos classificá-la como ativo
corporativo.

A letra d está correta. Segundo o CPC 01:

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A entidade deve:

a) Testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um


ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano,
no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deve ter a redução ao valor
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e

b) Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura


(goodwill) em uma aquisição de entidades.

O item e está correto e representa o item 11 do CPC 01:

11. A capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros


suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior
incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na
fase em que ele já se encontra disponível para uso. Isso posto, este
Pronunciamento Técnico requer que a entidade proceda ao teste por
desvalorização, no mínimo anualmente, de ativo intangível que ainda não esteja
disponível para uso.

Gabarito ^ A.

27. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A.


possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de
R$ 130.000,00, o qual é composto por:
- Valor de custo: R$ 150.000,00
- Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00

Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e


obteve as seguintes informações:

- Valor em uso: R$ 120.000,00


- Valor líquido de venda: R$ 160.000,00

Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:

a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e


reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00.
b) não faz nenhum registro.
c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.

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d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00
e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00

Comentários

Temos no balanço a seguinte situação:

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL

Intangível 150.000,00
(-) Perda por desvalorização (20.000,00)
Valor líquido do ativo 130.000,00

Segundo o CPC 01:

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma


indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos
anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação,
a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

Deste modo, existiu uma evidência de que os motivos que ensejaram a


desvalorização do ativo anteriormente (a já registrada perda de R$ 20.000,00)
não mais existem e, em 31.12.X10, procedeu-se ao teste de recuperabilidade.
Isso é fato dado pela questão!

O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor em uso e o valor justo


líquido de despesa de venda. Comparando então R$ 120.000,00 (valor em uso)
com R$ 160.000,00 (valor de venda), chegamos ao valor recuperável de R$
160.000,00.

A norma do CPC prescreve que:

114. Uma perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para


um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve
ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas
para determinar o valor recuperável do ativo desde a última perda por
desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo
deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu
valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por
desvalorização.

E, ainda, que:

117. O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de


rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por

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desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado
(líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.

Destarte, conjugando sistematicamente os dispositivos, concluímos que os


motivos que ensejavam a perda de R$ 20.000,00 não mais existem e, como a
empresa irá recuperar, no mínimo, todo o custo que teve com o ativo (R$
150.000,00), deverá reverter determinado valor. E que valor seria esse?!
Vejam que a reversão se dará até o valor recuperável, contanto que não
ultrapasse o antigo valor contábil caso nenhuma perda fosse reconhecida.

Deste modo, como o valor contábil é menor do que o valor recuperável,


reverteremos somente até o limite do valor contábil se não houve registros
anteriores (150.000,00). Assim, nossa reversão será de somente R$ 20.000,00
[150.000 - 130.000].

Esse valor é revertido, através do lançamento:

D - Perda por desvalorização do ativo (ativo) 20.000,00


C - Reversão da perda por desvalorização (resultado) 20.000,00

Gabarito, portanto, letra E.

Gabarito ^ E.

28. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A.


fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste
brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve
alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de
negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e
gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas
formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$
1.500.000. 00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a
recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá

(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.


(b ) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$
600.000. 00.
(C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
(D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
(E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

Com entários

Trata-se de questão sobre o CPC 01 - redução ao valor recuperável de ativos.

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O teste de recuperabilidade (também conhecido por impairment test) tem como
finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será realizado.
Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem quanto pela sua
utilização nas atividades empresariais. O CPC 01 estabelece que seu objetivo é
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não
exceda seus valores de recuperação.

Já dissemos, em questões anteriores, que o valor recuperável é o maior entre o


valor de venda e o valor em uso. Encontrado o valor recuperável, devemos
compará-lo com o valor contábil e proceder aos devidos ajustes, caso
necessário.

O investimento na unidade de negócios foi de R$ 1.000.000. Após um ano de


funcionamento houve alagamento na região e inundação da fábrica. O valor
contábil da unidade de negócios, neste momento era de R$ 900.000,00, já
considerando as perdas e gastos com recuperação.

Este é o ponto chave da questão. Houve um alagamento. A empresa incorreu


em perdas e gastos com recuperação. Que recuperação é essa?

Pelo gabarito da questão, embora seja um enunciado ambíguo, é a recuperação


da área inundada, e das máquinas eventualmente afetadas pela água. Pode
envolver restauração de pisos e paredes, perda com máquinas inutilizadas (que
seriam baixadas como sucata), manutenção de máquinas, consertos, enfim,
não é a perda com o teste de recuperabilidade.

Então como o valor contábil passou de R$ 1.000.000 para R$ 900.000, se não


foi através do teste de recuperabilidade?

Duas hipóteses:

1) Depreciação. Uma unidade de negócios é uma fábrica que irá produzir


determinado tipo de produto. Deve ter depreciação das máquinas,
equipamentos, imóveis.

2) Perda na inundação. Vamos supor que uma máquina no valor de R$ 10.000


tivesse perda total. A contabilização é a seguinte:

D - Perdas com imobilizado (outras receitas e despesas - Resultado) 10.000


C - Máquina - imobilizado 10.000

Esse não é o teste de recuperabilidade.

É apenas a baixa de uma máquina que estragou na enchente. Não tendo mais
serventia, não tem valor algum, deve ser baixada, contra o resultado.

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E no caso de máquina que gerou gasto com reparo? Se o reparo não aumentar
a vida útil, não irá afetar o valor contábil.

A contabilização do reparo seria:

D - Despesas com reparos e manutenções (resultado)


C - Caixa/bancos.

Depois de considerar as perdas e gastos com recuperação, e antes do teste de


recuperabilidade, a unidade de negócio apresentava o valor contábil de R$
900.000.

O teste de recuperabilidade indicou valor de uso de R$ 800.000,00 e valor de


venda (deveria ser o "valor justo líquido de vendas") de R$ 1.500.000,00.

O valor recuperável é de R$ 1.500.000,00 e, por ser maior que o valor contábil,


não gera nenhuma perda de recuperabilidade.

É possível que a diminuição de valor da unidade de negócio (de R$


1.000. 000.00 para R$ 900.000,00) tenha ocorrido pelo teste de
recuperabilidade anterior?

É possível, mas não provável, pois:

1) A questão não menciona nada sobre um teste anterior.


2) Não é provável que a unidade de negócios tenha um valor de venda de R$
900.000. 00 (que seria necessário para apurar perda com recuperabilidade) e,
de repente, passasse para R$ 1.500.000,00. Principalmente depois da
inundação. E, se o valor de venda na época da inundação já fosse de R$
1.500.000. 00, não haveria perda com impairment.

Se a diminuição do valor contábil fosse decorrente de teste de recuperabilidade,


aí deveríamos reverter a perda.

Portanto, nesta hipótese, como o valor contábil é menor do que o valor


recuperável, devemos mantê-lo, em homenagem ao princípio da prudência.
Nenhum ajuste há que ser feito.

Gabarito ^ C.

29. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Highlith


S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na unidade
foram de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a
empresa contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$
15.000,00. No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o
concorrente e único interessado na aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao

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analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um valor
de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:

a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.


b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.

Com entários

O ativo imobilizado, após o reconhecimento da primeira perda por teste de


recuperabilidade, estava assim apresentado:

Ativo imobilizado 1.000.000,00


(-) Ajuste ao valor recuperável________ (15.000,00)
= Valor contábil 985.000,00

No segundo ano, ao realizar o teste de recuperabilidade, encontramos:

Valor de uso: 980.000,00


Valor de venda: 950.000,00

Logo, o valor recuperável é de R$ 980.000,00.

Como o ativo está avaliado pelo valor de R$ 985.000,00 podemos dizer que não
recuperaremos deste montante o total de R$ 5.000,00 (985.000 - 980.000),
sendo este, pois, o valor que devemos lançar no resultado como perda por
redução ao valor recuperável.

O ativo imobilizado, após o registro, ficará assim:

Ativo imobilizado 1.000.000,00


(-) Ajuste ao valor recuperável________ (20.000,00)
= Valor contábil 980.000,00

Gabarito ^ B.

30. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A Cia. Gráfica


Firmamento adquire uma máquina copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$
1,2 milhões, com vida útil estimada na capacidade total de reprodução de 5
milhões de cópias. A expectativa é de que, após o uso total da máquina, a
empresa obtenha por este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um
prazo máximo de até 5 anos para atingir a utilização integral da máquina.

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No período de 2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das
cópias esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000
cópias. Ao final de 2010, o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa
determina como valor recuperável desse ativo R$ 440.000,00.

Com base nos dados fornecidos, é possível afirmar que:

a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.


b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de
R$ 640.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$
200.000,00.

Comentários

Questão interessante que mescla os termos do CPC 27 (ativo imobilizado) com


os do CPC 01 (teste de recuperabilidade). Senão vejamos.

Com fulcro no CPC 27:

50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática


ao longo da sua vida útil estimada.

51. O VALOR RESIDUAL E A VIDA ÚTIL DE UM ATIVO SÃO REVISADOS


PELO MENOS AO FINAL DE CADA EXERCÍCIO e, se as expectativas
diferirem das estimativas anteriores, a MUDANÇA DEVE SER
CONTABILIZADA COMO MUDANÇA DE ESTIMATIVA CONTÁBIL, segundo o
Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro._________________________________________________

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos
(geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam,
durante a vida útil do ativo.

Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser
revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser
realizada e tratada como MUDANÇA DE ESTIMATIVA CONTÁBIL, como reza
o artigo 51 do CPC 27.

A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa


contábil, isto implica produzir EFEITOS PROSPECTIVOS - no ano corrente e
nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já
contabilizados como depreciação.

Então, analisemos...

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Seguíssemos o que mandava tradicionalmente a contabilidade, a depreciação


anual seria de 1.200.000 (valor de aquisição) - 200.000 (valor residual) =
1.000.000 (valor depreciável). Logo, 1.000.000/5 anos = 200.000,00/ano.

Todavia, não foi isso o que ocorreu. Devemos seguir, pelo CPC 27, o que
ocorreu de fato na entidade.

Em 2008 e 2009 foram tiradas 50% do total de cópias previstas para a


máquina. Assim, a depreciação foi de R$ 500.000,00, já que 50% das cópias
foram retiradas, consumindo, portanto, metade da vida útil da máquina.

Em 2010, foram reproduzidas 1.300.000,00 cópias, representando um


percentual de 26% do total.

Assim, em 2008, 2009 e 2010, haviam sido reproduzidas 3.800.000 cópias, o


que dá 76% do total, devendo ser este o percentual da depreciação acumulada
apresentada no balanço.

No balanço patrimonial constará o seguinte:

Ativo imobilizado 1.200.000,00


(-) Depreciação acumulada (760.000,00)
= Valor contábil 440.000,00.

Vejam que o valor recuperável é de R$ 440.000,00, o que coincide com o valor


contábil apresentado, não havendo que se reconhecer qualquer perda por
recuperabilidade para o ativo em comento.

Analisemos as assertivas uma a uma...

a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.

O item está correto, sendo, assim, nosso gabarito.

b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.

O saldo da depreciação acumulada é de R$ 760.000,00.

c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o


valor de R$ 640.000,00.

A despesa de depreciação em 2010 foi de R$ 260.000,00.

d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.

O valor contábil líquido é de R$ 440.000,00.

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e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de


R$ 200.000,00.

Não há perda a ser reconhecida.

Gabarito ^ A.

31. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Na identificação e


determinação de erro contábil de períodos anteriores, devem ser consideradas
as omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade de um ou
mais períodos anteriores que

a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das


demonstrações contábeis desses períodos e não retroagissem a prazo superior
a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos
cálculos e informações que respaldaram as informações sobre as quais as
demonstrações retrospectivas foram baseadas.
c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos
matemáticos ou aplicação equivocada de políticas contábeis que não
retroagissem a cinco períodos contábeis.
d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e
levadas em consideração na elaboração e na apresentação dessas
demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento
passado e não produzissem efeitos fiscais.

Com entários

Segundo o Pronunciamento Contábil CPC 23:

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações


contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta
de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:
(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das
demonstrações contábeis desses períodos; e
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na
elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis._____________

Gabarito, portanto, alternativa d.

Gabarito ^ D.

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Estratégia Contabilidade Gerai e Avançada para Auditor da Receita Federai
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ICMS RO - FCC - 2010) Uma empresa adquiriu uma máquina, em


01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00 para utilização em suas operações. A
vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de 6 anos,
sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final deste prazo.
No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida
útil remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao
final do período era R$ 45.000,00. A empresa utiliza o método das quotas
constantes e, ao final de X1, não houve ajuste no valor do ativo pelo teste de
recuperabilidade. Sendo assim, os valores das despesas de depreciação nos
anos X1 e X2, em relação a essa máquina, foram, respectivamente, e em reais:

A) 30.000,00 e 55.000,00
B) 30.000,00 e 65.000,00
C) 40.000,00 e 40.000,00
D) 40.000,00 e 70.000,00
E) 45.000,00 e 50.000,00

2. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) Com relação à Redução


ao Valor Recuperável de Ativos, pode-se afirmar que:

A) a esta técnica estão sujeitos à aplicação desse processo todos os ativos sem
qualquer tipo de exceção.
B) é esse tipo de procedimento aplicável somente aos ativos intangíveis e aos
ativos resultantes de Contratos de Construção.
C) apenas aos ativos resultantes de Contratos de Construção e aqueles sujeitos
à aplicação do valor justo como os ativos biológicos são passíveis da aplicação
dessa redução.
D) tem como objetivo assegurar que os ativos não estejam registrados
contabilmente por valor maior do que o passível de ser recuperado por uso ou
venda.
E) não é aplicada aos imobilizados em razão dos mesmos já estarem sujeitos à
depreciação, amortização ou a exaustão que cobrem possíveis divergências no
valor de custo do ativo e o seu valor recuperável.

3) EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2008 (ADAPTADA) De acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 26 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro, o processo de determinação das estimativas contábeis
envolve julgamentos baseados nas últimas informações disponíveis. Assim, uma
mudança identificada nas bases de avaliação:

a) corresponde a uma mudança na estimativa contábil.


b) ocorre em decorrência da identificação de erro no cálculo da estimativa.
c) corresponde a uma mudança em política contábil.

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d) pode tornar difícil distinguir entre mudança de política contábil e de
estimativa contábil. Neste caso a mudança deve ser tratada como de política
contábil.

4) . EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2009 (ADAPTADA) A Administração da entidade
necessita estabelecer estimativas, assim como identificar as práticas contábeis
adequadas na elaboração das demonstrações contábeis. Nesta linha, posiciona-
se o Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata das Políticas Contábeis,
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Com base no que define a referida
Norma, assinale a opção que NÃO condiz com tais definições.

a) Na ausência de norma ou interpretação, a administração da entidade deve


usar seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que
resulte em informação relevante para a tomada de decisão pelos usuários.
b) Em seu processo de julgamento, a administração da entidade deve
considerar pronunciamentos de outros órgãos que elaboram padrões e políticas
de segmentos específicos e adotem conceitos similares no desenvolvimento de
normas contábeis.
c) A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis de maneira
uniforme em relação a transações similares, outros eventos e circunstâncias, a
não ser que outra norma ou interpretação técnica específica seja mais
apropriada.
d) Mesmo que uma norma ou interpretação técnica exija ou permita forma
específica de classificação de itens, essa prática contábil não deverá ser
utilizada nem aplicada.

5) . EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO CADASTRO


NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) DO CONSELHO FEDERAL
DE CONTABILIDADE (CFC) - 2010 - Conforme a NBC T 19.11 - Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, ao corrigir os erros
materiais de períodos anteriores, retrospectivamente, no primeiro conjunto de
demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a
descoberta de tais erros, a entidade deve divulgar, EXCETO:

a) a natureza do erro de período anterior.


b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida
em que seja praticável, para cada item afetado da demonstração contábil; e se
a NBC TS sobre Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por
ação básicos e diluídos.
c) o recálculo dos dividendos propostos para cada período anterior apresentado.
d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição
de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva
for impraticável para um período anterior em particular.

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(SEFAZ SP/2009) Texto para as questões de 6 a 8. A Cia. Alvorecer, ao analisar
um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda RS 5.100.000.00


Valor em Uso RS 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto RS 8.000.000.00
Depreciações Acumuladas RS 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas RS 600.000,00

6. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00
(B) 5.100.000,00
(C) 5.400.000,00
(D) 5.600.000,00
(E) 6.000.000,00

7. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00
(B) 5.600.000,00
(C) 5.400.000,00
(D) 5.100.000,00
(E) 5.000.000,00

8. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00
(B) 2.600.000,00
(C) 1.000.000,00
(D) 600.000,00
(E) 300.000,00

13. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) Conforme a Resolução CFC n.°


1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, assinale a opção CORRETA.

a) Uma entidade deverá testar, no mínimo a cada três anos, a redução ao valor
recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável.
b) Um ativo não está desvalorizado quando o valor recuperável excede o valor
contábil.
c) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, uma entidade deve fazer estimativa formal do valor
recuperável de todos os seus ativos imobilizados.

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d) As companhias de capital aberto estão obrigadas a avaliar trimestralmente
se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização.

14. (Prova de Qualificação Técnica/CFC/2009) De acordo com a Resolução


CFC n.° 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável
de Ativos, uma entidade deve divulgar em suas demonstrações contábeis as
informações para cada classe de ativos. Com relação a este assunto, assinale a
opção INCORRETA.

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do


período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas;
(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual essas
reversões foram incluídas;
(c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados reconhecido
em outros resultados abrangentes durante o período;
(d) o valor das reversões de perdas por desvalorizações reconhecidas no
resultado do período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s)
qual(is) essas reversões foram incluídas;

15. (Autoria própria) O CPC 01, devidamente revisado, prescreve que, a fim
de para checarmos possível desvalorização de ativos, sejam eles imobilizados,
sejam eles intangíveis, o valor contábil deve ser comparado com:

a) Não há nas normas de contabilidade comparação a ser feita, em homenagem


ao princípio do registro pelo valor original.
b) Valor em uso.
c) Valor recuperável
d) Valor líquido de venda
e) Valor depreciável.

12. (Auditor do TCM PA/2008/FGV) A Empresa Industrial J, no ano t, efetuou


adequadamente o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do
valor contábil de determinado equipamento, sabendo-se que:

I. O valor de registro original desse equipamento é $80.000,00. A depreciação


acumulada do equipamento, até a data do teste, é $50.000,00;
II. O valor de mercado desse equipamento, na data do teste, é $32.000,00.
Caso a Empresa J vendesse o equipamento, na data do teste, incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
III. Caso a Empresa J não vendesse o equipamento e continuasse utilizando-o
no processo produtivo, seria capaz de produzir 5.000 unidades do produto Ju
por ano pelos próximos 4 anos (assuma que a produção anual ocorra no final de
cada ano). Ao final desse período, o equipamento se reduziria a sucata. O preço
de venda do produto Ju é $5,00 por unidade.

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Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto


Ju é $3,00. O custo de capital da Empresa J é 10% ao ano;

IV. a Empresa J é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

Segundo a Resolução CFC 1.110/07, indique o valor da variação que deverá


sofrer o resultado da Empresa J.

(A) Entre $ -6.000,00 e $ -4.000,01.


(B) Entre $ -4.000,00 e $ -2.000,01.
(C) Entre $ -2.000,00 e $ -0,01.
(d ) Zero.
(E) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

13. (Auditor do TCM RJ/2008/FGV) Segundo a Resolução CFC 1.110/07,


assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa
Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste
de recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que:

1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00;


2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é
$40.000,00;
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00;
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00;
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando
no processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z
por ano pelos próximos 3 anos;
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade;
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto
Z é $8,00;
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano;
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo.

(A) entre $ -15.000,00 e $ -10.801,00


(B) entre $ -10.800,00 e $ -5.001,00
(c ) entre $ -5.000,00 e $ -1,00
(D) zero
(e ) entre $1,00 e $2.000,00

14. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2008/FGV) Em consonância à Resolução CFC


1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser
apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do
valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

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- O valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a


Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em
gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;
- Caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse
utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000
unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto
Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do
produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma
que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no
final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia.
Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de
$400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos
médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é
$9,50;

- A Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer


tributo;

- O custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

- O Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008


imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido
reconhecido contabilmente é o seguinte:

Passivo
Ativo Circulante 20.000,00 25.000,00
Circulante

Ativo Não Passivo Não


80.000,00 35.000,00
Circulante Circulante

im obilizado
Patrim ônio
bruto (custo de 75.000,00 40.000,00
Liquido
aquisição)

(-) depreciação
acum ulada do 55.000,00
Im obilizado

outros ativos
não circulantes
60.000,00
exceto
im obilizado

(A) Maior que $19.200,00.


(B) Entre $18.800,01 e 19.200,00.
(C) Entre $18.400,01 e 18.800,00.
(D) Entre $18.000,01 e 18.400,00.
(e ) Menor ou igual a $18.000,00.

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15. (Agente Fiscal de Rendas/RJ/2009/FGV)Em 01.04.2009, a Cia. Platina


adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua fábrica no valor de $
113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente relacionados ao ativo:

F r e te :................................................................................................................................................$ 5 .0 0 0 ;

S e g u ro do tra n s p o rte :............................................................................................................$ 2 .0 0 0 ;

S e g u ro a n u a l:...........................................................................................................................$ 1 2 .0 0 0 .

O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor
residual é estimado em zero. Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC,
deve ser efetuada em 31.12.2009 a avaliação do valor recuperável do ativo.
As informações obtidas nesta data são as seguintes:

Valor líquido de venda:............................................................................. $90.000;


Valor presente dos benefícios futuros em uso:................................... $140.000.

Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no


Balanço Patrimonial da Cia. Platina será:

(A) $ 120.063.
(B) $ 112.500.
(C) $ 111.500.
(D) $ 140.000.
(E) $ 90.000.

16. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quais


os elementos que devem ser considerados no cálculo do valor em uso do ativo?

a. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de
juros livre de risco; inflação e taxa de câmbio.
b. ( ) Expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses
fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa
de juros livre de risco; e o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo;
inflação e taxa de câmbio.
c. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do
mercado iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a
entidade espera obter com o ativo.
d. ( ) Expectativas presentes dos fluxos de caixa futuros; taxa de juros ajustada
e livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo e ao setor
empresarial; e outros fatores, tais como falta de liquidez, inflação, taxa de
câmbio, etc.
e. ( ) Estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com
esse ativo; expectativas sobre possíveis variações no montante ou período

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desses fluxos de caixa futuros; o valor do dinheiro no tempo, representado pela
atual taxa de juros livre de risco; o preço decorrente da incerteza inerente ao
ativo; e outros fatores, tais como falta de liquidez que participantes do mercado
iriam considerar, ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade
espera obter com o ativo.

17. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) De


acordo com o CPC-01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, Vida Útil é
definida como:

a. ( ) apenas o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo,


independentemente do número de unidades de produção que a entidade espera
obter ou produzir com esse ativo.
b. ( ) o período de tempo, não superior ao ciclo operacional da entidade, no
qual a entidade espera usar um ativo.
c. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo ou o número
de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
obter do ativo.
d. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando o ciclo operacional
especifico da atividade da entidade.
e. ( ) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo com objetivo
de gerar benefícios presentes e futuros, respeitando sua vida remanescente
além do ciclo operacional especifico da atividade.

18. (Auditor Fiscal da Receita Estadual de Santa Catarina/FEPESE/2010) Quanto


à unidade geradora de caixa, pode afirmar:

a. ( ) A identificação de uma unidade geradora de caixa não requer julgamento.


b. ( ) As unidades geradoras de caixa são apenas aquelas responsáveis pela
geração de caixa decorrentes das atividades operacionais apresentadas na
demonstração do fluxo de caixa.
c. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
d. ( ) Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que
gera as saídas de caixa, que são em grande parte independentes das saídas de
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.
e. ( ) Unidade geradora de caixa é o maior grupo identificável de ativos que
gera as entradas e saídas de caixa, que são em grande parte independentes
das entradas e das saídas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos

19. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Determinada entidade, ao realizar


os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou mercado ativo
para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o correspondente
valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da unidade
geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a entidade deveria

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reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do período pelo valor
da diferença de R$ 2 milhões.

20. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Ao realizar os testes para a


recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas
para o valor recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um
valor realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O
valor contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4
milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor
recuperável de R$ 1 milhão.

21. (Ciências Contábeis/ABIN/2010/Cespe) Diante dos testes para a


recuperabilidade de seus ativos, determinada entidade levou em conta a
possibilidade de uma futura reorganização. As estimativas do valor em uso
foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita marginal advinda da
reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A entidade não encontrou
mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O valor contábil líquido da
unidade geradora de caixa estava registrado como R$ 8 milhões. Nessa
situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à unidade geradora
de caixa.

22. (Analista Judiciário/TRT 4a região/FCC) Cia. Delfim Verde, em obediência às


normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de
recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina utilizada na
fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo
departamento de contabilidade da empresa (em R$):

Valor em uso da máquina 620.000,00


Valor líquido de venda 610.000,00
Custo de aquisição 710.000. 00
Depreciação acumulada 70.000. 00

A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$

a) 100.000,00.
b) 90.000,00.
c) 10.000,00.
d) 30.000,00.
e) 20.000,00.

23. (Agente Legislativo/FCC/2010) A empresa Lâmbda S.A. realizou o teste de


recuperabilidade de ativos e constatou a perda de valor em um ativo
reavaliado, em montante inferior ao saldo da Reserva de Reavaliação. Essa
empresa deve:

a) manter o valor do bem, uma vez que o mesmo apresenta o valor reavaliado.

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b) lançar a perda a débito da conta de resultado, pelo valor total, realizando o
valor da reserva de reavaliação.
c) reverter a reserva de reavaliação do Patrimônio Líquido contra a conta de
reserva de reavaliação no Ativo.
d) lançar a perda a crédito da conta de ajuste especial no Patrimônio Líquido.
e) registrar contra a conta de reavaliação no Patrimônio Líquido, até o
montante do valor da perda.

24. (Analista de Controle Externo/TCE/GO/2009/FCC) De acordo com a Lei n°


11.638/07, um ativo intangível com vida útil econômica indefinida, após o
reconhecimento inicial,

a) deve ser amortizado.


b) deve ser depreciado.
c) deve ser exaurido.
d) deve ser trazido a valor presente.
e) está sujeito ao teste de recuperabilidade.

25. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) Recentemente, foi instituída uma


obrigação acessória a ser observada por 100% das empresas, chamada "teste
de impairment", ou recuperabilidade dos ativos. Essa obrigação surge em um
contexto de mudança de paradigma no setor contábil. Nossa contabilidade, que,
em alguns aspectos, acompanhava a escola americana, passou a observar os
pronunciamentos internacionais, os chamados IFRS (International Financial
Reporting Standards). Isso permitirá, entre outros aspectos, que as
demonstrações contábeis de empresas brasileiras sejam inteligíveis aos
investidores europeus. Com a contabilidade uniformizada, nossas empresas
gozarão de maior confiança, o que poderá resultar em maiores investimentos,
contribuindo para alavancar o crescimento de nosso país. Essas alterações têm
demandado muitos estudos por parte dos contadores, para adaptar as
empresas a essa nova realidade. Em termos práticos, já fazem parte da nossa
realidade a nota fiscal eletrônica, o SPED (Sistema Público de Escrituração
Digital), etc. O impairment faz parte dessa nova realidade." (Carvalho, Jornal
do CRC-SC) A respeito do impairment, consoante o disposto na Res. 1.292/10,
é correto afirmar que

(A) a recuperabilidade dos investimentos feitos nos estoques deve ser apurada
por meio do valor de uso.
(B) a recuperabilidade de ativos advindos de planos de benefícios a empregados
deve ser apurada por meio do valor de uso.
(C) a recuperabilidade de ativos financeiros que estejam dentro do alcance das
normas do CFC que disciplinam instrumentos financeiros será apurada por meio
do valor de uso.
(D) a recuperabilidade do intangível será apurada por meio exclusivamente do
valor de venda, não sendo permitida sua alocação em uma unidade geradora de
caixa.

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(E) a recuperabilidade do imobilizado será feita por meio do valor de uso ou de
venda.

26. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2011) A respeito do impairment, consoante o


disposto na Resolução CFC 1.292/10, é INCORRETO afirmar que:

a) o prazo para o teste de recuperabilidade dos ativos sugerido pelo CFC é de,
no mínimo, 10 anos.
b) unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera
entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de
caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
c) ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras
unidades geradoras de caixa.
d) independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao
valor recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao
valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo
intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser
executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja
executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem
ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais
ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente,
devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente.
e) a capacidade de um ativo intangível gerar benefícios econômicos futuros
suficientes para recuperar seu valor contábil é usualmente sujeita a maior
incerteza na fase em que o ativo ainda não está disponível para uso do que na
fase em que ele já se encontra disponível para uso.

27. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A empresa Intangível S.A.


possuía, em 31.12.X9, um ativo intangível com vida útil indefinida, no valor de
R$ 130.000,00, o qual é composto por:
- Valor de custo: R$ 150.000,00
- Perda por desvalorização reconhecida (em X9): R$ 20.000,00

Em 31.12.X10, a empresa realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo e


obteve as seguintes informações:

- Valor em uso: R$ 120.000,00


- Valor líquido de venda: R$ 160.000,00

Com base nessas informações, em 31.12.X10, a empresa:

a) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00 e


reconhece um ganho no valor de R$ 10.000,00.
b) não faz nenhum registro.

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c) reconhece um ganho no valor de R$ 30.000,00.
d) reconhece uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.000,00
e) reverte a perda por desvalorização reconhecida no valor de R$ 20.000,00

28. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/AP/2012) A empresa Inovação S.A.


fez um novo investimento em uma nova unidade de negócios, no nordeste
brasileiro, no valor de R$ 1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve
alagamento na região e inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de
negócios, neste momento, era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e
gastos com recuperação. Seu valor de venda apurado, mediante propostas
formais de interessados a comprá-la, apresentava valor médio de R$
1.500.000. 00 e o valor do fluxo de caixa descontado da unidade sugeria a
recuperação do valor de R$ 800.000,00. Neste caso a empresa deverá

(A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.


(b ) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$
600.000. 00.
(C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
(D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
(E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

29. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A empresa Highlith


S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na unidade
foram de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a
empresa contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$
15.000,00. No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o
concorrente e único interessado na aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao
analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um valor
de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:

a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.


b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.

30. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) A Cia. Gráfica


Firmamento adquire uma máquina copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$
1,2 milhões, com vida útil estimada na capacidade total de reprodução de 5
milhões de cópias. A expectativa é de que, após o uso total da máquina, a
empresa obtenha por este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um
prazo máximo de até 5 anos para atingir a utilização integral da máquina.

No período de 2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das


cópias esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000
cópias. Ao final de 2010, o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa
determina como valor recuperável desse ativo R$ 440.000,00.

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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
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Com base nos dados fornecidos, é possível afirmar que:

a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.


b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de
R$ 640.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$
200.000,00.

31. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012) Na identificação e


determinação de erro contábil de períodos anteriores, devem ser consideradas
as omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade de um ou
mais períodos anteriores que

a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das


demonstrações contábeis desses períodos e não retroagissem a prazo superior
a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos
cálculos e informações que respaldaram as informações sobre as quais as
demonstrações retrospectivas foram baseadas.
c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos
matemáticos ou aplicação equivocada de políticas contábeis que não
retroagissem a cinco períodos contábeis.
d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e
levadas em consideração na elaboração e na apresentação dessas
demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento
passado e não produzissem efeitos fiscais.

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Teoria e exercícios comentados
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO
1 A
2 D
3 C
4 D
5 C
6 B
7 C
8 E
9 B
10 D
11 C
12 D
13 B
14 ANULADA
15 B
16 E
17 C
18 C
19 C
20 E
21 E
22 E
23 E
24 E
25 E
26 A
27 E
28 C
29 B
30 A
31 D

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