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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO


CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL (6º a 9º ano), MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.

JOSEMILDO DO NASCIMENTO SOUSA

PROGRAMA EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS – PROERD


ENQUANTO AÇÃO SOCIAL SIGNIFICATIVA DA POLÍCIA MILITAR NO 7º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE
ASSIS: uma alternativa para o combate ao uso de drogas no município de
Axixá do Tocantins.

Imperatriz
2019
JOSEMILDO DO NASCIMENTO SOUSA

PROGRAMA EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS – PROERD


ENQUANTO AÇÃO SOCIAL SIGNIFICATIVA DA POLÍCIA MILITAR NO 7º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE
ASSIS: uma alternativa para o combate ao uso de drogas no município de
Axixá do Tocantins.

Monografia apresentada ao Curso de Formação


Pedagógica de Docentes para o Ensino
Fundamental (6º a 9º ano), Médio e Educação
Profissional, da Universidade Estadual do
Maranhão, Núcleo de Tecnologias para a
Educação, para obtenção do grau de Licenciado.

Orientador (a): Prof ª Esp. Dayse Costa dos


Santos

Imperatriz
2019
Sousa, Josemildo do Nascimento

Programa educacional de resistência às drogas – PROERD enquanto


ação social significativa da polícia militar no 7º ano do ensino fundamental
na escola estadual São Francisco de Assis: uma alternativa para o combate
ao uso de drogas no município de Axixá do Tocantins. / Josemildo do
Nascimento Sousa – Imperatriz, 2019.

65 f.

Orientadora: Profa. Esp. Dayse Costa dos Santos.

Monografia (Graduação) – Curso de Formação Pedagógica de Docentes


para o ensino fundamental, médio e educação profissional. Universidade
Estadual do Maranhão, Núcleo de Tecnologia para Educação, 2019.

1. Educação. 2. Prevenção. 3. PROERD. I. Título.

CDU: 37.613.83:615.32
JOSEMILDO DO NASCIMENTO SOUSA

PROGRAMA EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS – PROERD


ENQUANTO AÇÃO SOCIAL SIGNIFICATIVA DA POLÍCIA MILITAR NO 7º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE
ASSIS: uma alternativa para o combate ao uso de drogas no município de
Axixá do Tocantins.

Monografia apresentada ao Curso de Formação


Pedagógica de Docentes para o Ensino
Fundamental (6º a 9º ano), Médio e Educação
Profissional, da Universidade Estadual do
Maranhão, Núcleo de Tecnologias para a
Educação, para obtenção do grau de Licenciado.

Orientador (a): Prof.ª Esp. Dayse Costa dos


Santos

Aprovada em: ___/___/_____

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof.ª Dayse Costa dos Santos (Orientadora)
Especialista em Docência do Nível Superior

_________________________________________
Prof.ª Wilany Costa Franco (2º Examinadora)
Especialista em Educação Especial, Atendimento Educacional especializado, e
Educação em Direitos Humanos.

___________________________________________
Prof.ª Francisca Selma Soares (3º Examinadora)
Especialista em Informática da Educação
“Dedico esta pesquisa а Deus, essência de minha vida, autor
de meu destino, socorro presente nas horas de angústia”; a
minha mãe, Maria Jose do Nascimento Sousa – que sempre
acreditou em meu potencial – e aos demais entes queridos de
minha família: Meu pai João Piauí de Sousa, minha esposa
Vanderléia Silva Carvalho, minha Filha Ana Júlia Carvalho do
Nascimento Sousa e meus Irmãos Josenildo do Nascimento
Sousa, Josilene do Nascimento Sousa, Joelma do Nascimento
Sousa, Josilene Rodrigues de Sousa e Joseildo Rodrigues de
Sousa, por se constituírem enquanto pessoas, igualmente
belas e admiráveis em essência, estímulos que me
impulsionaram a buscar vida nova a cada dia, meus
agradecimentos por terem aceitado se privar de minha
companhia pelos estudos, concedendo a mim a oportunidade
de me realizar ainda mais.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me


proporcionado chegar até aqui. Em especial a minha família por toda a dedicação e
paciência contribuindo diretamente para que eu pudesse ter um caminho mais fácil e
prazeroso durante esses anos.
Aos meus professores e tutores EAD e presencial que nesses anos de
luta, e labuta diária estiveram sempre contribuindo para o meu crescimento
acadêmico.
A minha orientadora Prof.ª Dayse Costa dos Santos pelos incentivos,
simpatia e destreza no auxilio as atividades e discussões sobre o andamento e
normalização deste trabalho de conclusão de curso.
Especialmente à professora Esp. Wilany Costa Franco, tutora presencial
pelo seu espírito inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus
conhecimentos, pela sua disciplina nos ensinando a importância dos trabalhos em
grupo e pela oportunidade de participação em eventos e exercícios simulados.
Aos demais idealizadores, coordenadores e funcionários da Universidade
Estadual do Maranhão – UEMA, Núcleo De Tecnologias Para Educação –
UEMANET, Polo da Universidade Aberta de Imperatriz – UAB Imperatriz.
“A ciência nunca teria sido ciência se não tivesse sido transdisciplinar”
Edgar Morin
RESUMO

O presente trabalho investiga o PROERD, enquanto ação social significativa da


Polícia Militar na conscientização de crianças e adolescentes. Verifica-se a
efetividade das ações e atividades desenvolvidas de forma efetiva pelo Programa,
na área do 9º Batalhão de Polícia Militar, especificamente na Escola Estadual São
Francisco de Assis, cidade de Axixá do Tocantins. Neste interim, busca-se
estabelecer uma visão sobre a prevenção ao uso de Drogas no Brasil, pois ela se
apresenta como a melhor alternativa em se tratando do combate ao envolvimento
cada vez mais precoce de jovens com álcool, tabaco e outras drogas. Verifica-se
que a prevenção pode ser perfeitamente aliada a transdisciplinaridade articulando
elementos que passam entre, além e através das disciplinas, relacionando os
conhecimentos do ambiente escolar. Como objetivos traçados, buscou-se: descrever
o surgimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD;
Investigar a historicidade, e desenvolvimento deste Programa no Estado de
Tocantins e Região do 9º Batalhão de Polícia Militar – Araguatins; Verificar se
durante as aulas, das mais diversas disciplinas, na Escola Estadual São Francisco
de Assis, na cidade de Axixá do Tocantins, assuntos tão polêmicos, (como a
prevenção e o combate ao uso de drogas) podem ser efetivadas à luz da
transdisciplinaridade do Sociólogo Edgar Morin; Analisar o papel do Programa
Educacional de Resistência às Drogas - PROERD frente à redução da violência
escolar, no que diz respeito ao uso de Drogas da Escola Estadual São Francisco de
Assis, nas turmas do 7º Ano do Ensino Fundamental. Metodologicamente, o estudo
se deu por um viés bibliográfico, descritivo e exploratório, sobre a história, a
formação dos instrutores e a atuação do PROERD. Como pesquisa de campo na
qual o público alvo foram os alunos, professores e corpo auxiliar da escola
supramencionada. Os principais autores utilizados para fundamentar a construção
do texto monográfico: Cavalcante (2001); Freire (1996), Gil (2000); Morin (2000)
entre outros. Verifica-se, ao longo deste trabalho que a prevenção ao uso/abuso de
drogas, tem se intensificado por meio de projetos e programas educacionais, tais
como o PROERD, no entanto, ainda há muito a se trabalhar.

Palavras - chave: Educação. Prevenção. PROERD.


ABSTRACT

The present work investigates the PROERD, as a significant social action of the
Military Police in the awareness of children and adolescents. The effectiveness of the
actions and activities effectively developed by the Program in the area of the 9th
Military Police Battalion, specifically at the São Francisco de Assis State School,
Axixá do Tocantins, is verified. In this interim, it is intended to establish a vision about
the prevention of drug use in Brazil, as it presents itself as the best alternative in the
fight against the increasingly early involvement of young people with alcohol, tobacco
and other drugs. It is verified that prevention can be perfectly allied to
transdisciplinarity articulating elements that pass between, in addition to and through
the disciplines, relating the knowledge of the school environment. As objectives
outlined, we sought to: describe the emergence of the Drug Resistance Education
Program - PROERD; To investigate the historicity, and development of this Program
in the State of Tocantins and Region of the 9th Military Police Battalion - Araguatins;
To verify if, during the classes of the most diverse disciplines, in the State School of
São Francisco de Assis, in the city of Axixá do Tocantins, such controversial subjects
(such as the prevention and the combat to the use of drugs) can be realized in the
light of the transdisciplinarity of the Sociologist Edgar Morin; To analyze the role of
the Drug Resistance Education Program (PROERD) in face of the reduction of
school violence, regarding the use of Drugs of the São Francisco de Assis State
School, in the classes of the 7th Year of Primary Education. Methodologically, the
study was based on a bibliographic, descriptive and exploratory bias, on the history,
the training of the instructors and the performance of PROERD. With field research in
which the target audience were the students, teachers and auxiliary body of the
aforementioned school. The main authors used to support the construction of the
monographic text: Cavalcante (2001); Freire (1996), Gil (2000); Morin (2000) and
others. Throughout this work it is verified that drug use / abuse prevention has been
intensified through educational projects and programs, such as PROERD, however,
there is still a lot to work on.

Key - words: Education. Prevention. PROERD.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BPM – Batalhão da Polícia Militar


DARE - Drug Abuse Resistance Education
GREA – Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas
LDB - Lei de Diretrizes e Bases
MEC - Ministério da Educação e Cultura
PEA – Plano Estadual de Atendimento
PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais
PEA – Plano Estadual de Atendimento
PMTO – Polícia Militar do Estado do Tocantins
PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência
SENAD – Secretaria Nacional de Política sobre Drogas
SISNAD - Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas
TO – Tocantins
UPM – Unidade Policial Militar
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 12
2. A EDUCAÇÃO, A AÇÃO SOCIAL E O PROERD..................................... 16
2.1. A Educação, o Educador e a Percepção do uso de Drogas................. 16
2.2. Weber e a Ação Social Positiva............................................................... 18
2.3. As primeiras impressões sobre o PROERD no Brasil...........................18
3. A PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS NO BRASIL............................... 20
3.1. A Transdisciplinaridade na Prevenção ao Uso de Drogas................... 22
4. PROERD E A SUA ORIGEM...................................................................... 26
4.1. Histórico PROERD ................................................................................... 26
4.2. A Formação de Instrutores...................................................................... 28
4.3. Currículos do PROERD e o Currículo do 7º Ano – “Caindo na Real”. 30
5. A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO TOCANTINS E O PROERD.............. 33
5.1. As Ações Sociais Positivas da Polícia Militar do Tocantins.................35
5.2. O PEA PROERD e a Aplicação do Programa......................................... 37
5.3. O desenvolvimento do PROERD no 9º BPM – Araguatins................... 38
6. UMA ANÁLISE DO PROERD NO CAMPO DE PESQUISA...................... 40
6.1. O ambiente de Pesquisa e a aplicação do Programa em Sala........... 40
6.2. Aspectos metodológicos da Pesquisa................................................... 41
6.3. Resultados da Pesquisa.......................................................................... 43
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 52

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 57

APÊNDICES ............................................................................................... 58

ANEXOS..................................................................................................... 61
12

1. INTRODUÇÃO.

Diariamente observa-se que a violência e o uso de drogas vêm


aumentando gradativamente de maneira assustadora, nos dias atuais, inclusive nas
unidades de ensino, e as crianças e adolescentes brasileiros são alvos fáceis para o
chamado “mundo das drogas”.
Frente a estes problemas, as polícias militares têm buscado atenuar este
problema de natureza pública, com um projeto que vem ganhando espaço em
muitas instituições de ensino. Conhecido como PROERD (Programa Educacional de
Resistência as Drogas), o programa consiste na presença da polícia militar no
âmbito escolar.
Neste programa um instrutor policial desenvolve um trabalho educativo de
conscientização das crianças e dos adolescentes quanto ao uso das drogas e de
todos os males causados por estas substâncias que podem entorpecer e trazer
diversos problemas tanto para as crianças, para a família, para a escola como para
a sociedade.
O PROERD fundamenta-se no programa norte-americano “D.A.R.E.”,
Drug Abuse Resistence Education, inicialmente desenvolvido e aplicado pelo
Departamento de Polícia, no Distrito Escolar unificado da cidade de Los
Angeles/EUA, no ano de 1983.
Já no Brasil o mesmo, somente começou a ser desdobrado no ano de
1992, após as adaptações necessárias à nossa realidade cultural, com as primeiras
turmas do ensino fundamental que passaram a receber este projeto na cidade do
Rio de Janeiro, com a finalidade de diminuir o uso de drogas entre as crianças e os
adolescentes das diversas comunidades daquela cidade.
O Programa Educacional de Resistências às Drogas e a violência -
PROERD, enquanto ação positiva, executada pelas Polícias Militares Brasileiras tem
seu desenvolvimento firmado num esforço cooperativo da Polícia Militar, Escola e
Família, visando através de atividades educacionais em sala de aula, prevenir o uso
e abuso de drogas e a prática de violência entre estudantes dos Anos Iniciais e
Ensino Fundamental no País.
As ações realizadas nesta pesquisa não tem um escopo finalístico–
esgotando discussões sobre a temática, mas tão somente dar um foco a estas e
buscar aprimoramento de conhecimentos junto a uma proposta nacional que
13

enxerga programas de prevenção como o Proerd, numa importante ferramenta no


conscientizar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, em
escolas públicas e privadas.
O Objetivo Geral da pesquisa reside em: investigar a atuação do
PROERD enquanto ação social significativa da Polícia Militar na conscientização das
crianças e adolescentes da turma de 7º ano do Ensino Fundamental na Escola
Estadual São Francisco de Assis. Enquanto alternativa para o combate ao uso de
drogas no município de Axixá do Tocantins. Enquanto os Objetivos Específicos se
firmam em:
Descrever o surgimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas -
PROERD;
Investigar a historicidade, e desenvolvimento deste Programa no Estado de
Tocantins e Região do 9º Batalhão de Polícia Militar – Araguatins;
Verificar se durante as aulas, das mais diversas disciplinas, na Escola Estadual
São Francisco de Assis, na cidade de Axixá do Tocantins, assuntos tão
polêmicos, (como a prevenção e o combate ao uso de drogas) podem ser
efetivadas à luz da transdisciplinaridade do Sociólogo Edgar Morin;
Analisar o papel do Programa Educacional de Resistência às Drogas -
PROERD frente à redução da violência escolar, no que diz respeito ao uso de
Drogas da Escola Estadual São Francisco de Assis, nas turmas do 7º Ano do
Ensino Fundamental.
Por meio desta pesquisa buscar-se-á responder algumas indagações que
permeiam esta temática, no que tange a historicidade e desenvolvimento do
Programa no Brasil, no Estado do Tocantins e, na Cidade de Axixá do Tocantins.
Observe-se, tais questionamentos necessários à investigação:
Como surgiu o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD?
Como se deu a sua história e desenvolvimento, principalmente, no Estado de
Tocantins e Região do 9º Batalhão de Polícia Militar – Araguatins?
Como durante as aulas, das mais diversas disciplinas, na Escola Estadual São
Francisco de Assis, na cidade de Axixá do Tocantins, assuntos tão polêmicos,
(como a prevenção e o combate ao uso de Drogas) podem ser efetivadas à luz
da transdisciplinaridade do Sociólogo Edgar Morin?
Qual o papel do Programa Educacional de Resistência às Drogas - PROERD
frente à redução da violência escolar, no que diz respeito ao uso de Drogas da
14

Escola Estadual São Francisco de Assis, nas turmas do 7º Ano do Ensino


Fundamental?
Atualmente, debates sobre o crescimento do uso de drogas por crianças e
adolescentes têm sido uma constante, e se confrontam com discussões e reflexões
com ênfase nos mais diversos sentidos e opiniões, e uma destas vertentes
fundamentam-se na liberação da maconha no Brasil.
E, mesmo respeitando as opiniões e reflexões científicas que convergem
neste sentido, observamos que a liberação para uso consumo desta, ou de qualquer
outra substância há que ser feito analisando, acima de todas as questões os
impactos sociais, que podem incidir em todas as camadas e faixas etárias da
sociedade.
N’outro polo desta discursão, cujo presente trabalho dará enfoque, o
Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD vem se consolidando
no ambiente escolar com teorias e práticas, na busca das melhores tomadas de
decisões.
Fundamentando-se em diversas experiências pedagógicas e
comprovando sua eficácia nas diferentes faixas etárias, sobretudo entre os 10 e 16
anos, tanto no processo de aprendizagem, como, também contribuindo para o
benefício combinatório no comportamento disciplinar.
Neste sentido, um estudo aplicado sobre PROERD, apontará soluções
positivas e/ou deficiências do programa, somando como uma importante ferramenta
para que o programa seja, melhor, entendido e difundido no meio acadêmico.
Por conseguinte, acredita-se que uma das formas para atenuar o
ambiente imediatamente, descrito, pode se dar com a implantação de programas de
prevenção, tais como o PROERD, enquanto uma das diversas matrizes curriculares.
Justifica-se a realização desta pesquisa acadêmica por trazer uma
discussão acerca do papel do PROERD e os estudos realizados estabelecem
evidencias sobre as possíveis mudanças de compreensão de mundo, sentidas por
estas crianças e adolescentes diante do âmbito educacional e suas diversidades,
buscando envolver a escola e a família a serviço do respeito aos valores, costumes,
crenças e cultura; focando, exclusivamente, na importância da socialização sem o
uso das drogas e da violência junta a sua comunidade.
A presente pesquisa se dar, inicialmente, através de estudos
bibliográficos e neste quesito o estudo estará voltado para o embasamento
15

referencial: através de artigos, dissertações e teses sobre o Programa Educacional


de Resistência às Drogas – PROERD.
O estudo terá base descritiva das características apresentadas pelos
vários autores sobre a importância do PROERD, principalmente focando nos
desafios da prevenção ao uso de drogas. E nesta face se verifica como se dar a
utilização da Transdisciplinaridade aliada à prevenção.
Num viés exploratório investiga a Origem do Proerd: sua história, a
formação dos instrutores, e a atuação de seus principais currículos, sobretudo o
currículo do 7º Ano – “Caindo na Real”.
Investiga também, a atuação do PROERD por meio da Polícia Militar do
Estado do Tocantins, e as Ações Sociais Positivas desenvolvidas por esta polícia,
principalmente na área do 9º BPM – Araguatins.
Na pesquisa de campo, realizada com os alunos, matriculados no 7º ano
do ensino fundamental será realizada a descrição do ambiente de pesquisa; dos
aspectos metodológicos; e, dos resultados da pesquisa obtidos por instrumentos de
observação e coleta de dados, por meio de entrevista num formulário/questionário.
Esta pesquisa em por finalidade científica a observação, a coleta de
dados e a análise e interpretação de fatos e fenômenos que ocorrem na Escola São
Francisco de Assis em Axixá do Tocantins, escola em que o Programa Educacional
de Resistência às Drogas vem sendo aplicado.
Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o avanço da discussão
da problemática da prevenção ao uso de drogas por meio da transversalidade de
conteúdos, ou ainda por meio da transdisciplinalidade, executada pelos professores
ou por programas especializados como o PROERD. E, em se tratando do programa
em apreço, desde sua inserção na realidade brasileira, incansavelmente tem
buscado, em sua aplicação pedagógica, desenvolver habilidades e conhecimentos
das crianças e de jovens para resistirem às drogas de todos os tipos e, em
contrapartida, haver menos violência no cenário em que este é aplicado.
16

2. A EDUCAÇÃO, A AÇÃO SOCIAL E O PROERD.

Os referenciais desta pesquisa se apresentam enquanto perspectivas


centradas no papel da educação e dos educadores, perfazendo molas impulsoras do
desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. Apoiando-se em diversos pensadores
que influenciam a pedagogia e os meios de aprendizagem.
A educação tem um papel chave no desenvolvimento de uma sociedade,
pode até não ser a cura pra todas as moléstias, mas é um importante remédio assim
entende Paulo Freire: “Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda.” (FREIRE, 2000, p.67).
A sociedade se desenvolve e aprimora seu conhecimento nas mais
distintas áreas do saber, trazendo gradativamente mudanças, que podem ser
sentidas, com maior nitidez, quando a Educação é bilateral e respeita a
individualidade e singularidade dos discentes. “A educação é vista como parte do
processo geral de evolução pela qual todos os indivíduos estão unidos à natureza e
fazem parte do mesmo processo” Kishimoto & Pinazza (2007, p. 46)
A pesquisa busca estabelecer uma reflexão sobre o combate ao uso de
drogas através da educação. Seja por meio da concepção da transdisciplinaridade
educacional, com o próprio corpo docente ou ainda, pela inserção de programas
específicos, voltados para esta prevenção. Mesmo porque, o mundo das drogas vem
sendo conhecido pelos adolescentes cada dia mais cedo.
Nos subitens seguintes, observaremos ação social positiva, pela visão
Werberiana, e a importância que as polícias militares têm atribuído a estas ações e
atividades, sobretudo explicando o Programa Educacional de Resistencia as Drogas,
por meio da literatura disponível.
O referencial, também, tem seu alicerce em publicações literárias,
monografias, artigos e portais informativos e oficiais que destacam a importância do
Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD.

2.1. A Educação, o Educador e a Percepção do uso de Drogas.


De acordo com Freire (1996, p. 43) ensinar exige alegria e esperança. Há
uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A
esperança de professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos,
produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos à nossa alegria.
17

A partir desta fração textual podemos conceber que o ambiente de


ensino, deve ser repleto de esperança. Que dê propulsão ao aprendizado e que seja
bilateral na medida em que há uma conjunção de saberes que se somam entre os
envolvidos.
O autor chama a atenção para uma concepção de educação ligada à
construção de uma cidadania consciente e ativa, que ofereça aos alunos as bases
culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente as transformações em
curso e participarem de forma consciente na vida produtiva e sociopolítica.
Entende-se que a educação melhor funciona dentro de um contexto
social, com um sistema de valores fundamentais, onde o exemplo e as ações se
sobrepõem a fala ou as orientações, meramente, verbais. Assim sendo faz-se
necessária à honestidade do exemplo.
O exemplo constitui-se num objeto simbólico que designa também um
fenômeno a seu favor. Portanto, permite ao educando a identificação de um sistema
de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua moralidade.
Sobre a moralidade, Sanchez (2000, p 34) acredita que, na maioria dos
casos de usuários de drogas ilícitas, quem prepara a criança para a criminalidade
são os próprios pais ou responsável pela sua educação. A criança e adolescente
buscam nestes educadores um espelho de seu próprio mundo.
Neste sentido, a educação tem um papel muito importante para essas
crianças e adolescentes. O papel de mostrar a relação que os diversos tipos de
drogas causam na saúde de diversas crianças e adolescentes em todo o mundo.
E, a escola frente aos, mais diversos, problemas enfrentados pela
sociedade atual, têm por objetivo principalmente trabalhar a formação dos discentes
desenvolvendo a cidadania, como bem alude OLIVEIRA:
O que hoje pode ser erigido como marco maior de todo o processo de
educação infantil é o trabalho de formação para a cidadania. Ser cidadão
significa ser tratado com urbanidade e aprender a fazer o mesmo em
relação às demais pessoas, ter acesso a formas mais interessantes de
conhecer e aprender a enriquecer-se com a troca de experiências com
outros indivíduos. (OLIVEIRA, 2011, p. 52)

O educador, por sua vez, se incumbe de identificar corretamente os


usuários e os conscientizar da realidade e dos riscos de saúde que estão correndo.
Dos malefícios sociais, onde usuários são mal vistos por sua comunidade, tidos
muitas vezes como pessoas que oferecem insegurança para qualquer pessoa que
se encontre em seu clico de convivência e afetividade.
18

2.2. Weber e a Ação Social Positiva


A Ação social, sob a perspectiva de Weber, constitui um esquema
interpretativo fundamentado na neutralidade axiológica, ou seja, o autor buscou
construir uma ciência social sem pressupostos. E, preocupado com o problema da
ação, desenvolveu o conceito de ação social significativa, tendo como ponto de
partida o indivíduo.
Segundo Weber, só ocorrerá a Ação Social no momento que se
estabelece uma relação significativa, isto é, só vai existir quando o indivíduo tentar
estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais.
Neste sentido, a ação social tem como ideia principal a existência de
orientação significativa, um sentido na ação de um indivíduo para o outro, seja
positiva ou negativa. Pelo menos um deles está ciente do ato, intercâmbio ou
relação. A relação social é determinada não só pelos resultados para o agente
(emissor), mas também pelo que causa ao outro (receptor), ou seja, envolve o
processo de comunicação como um todo.
A partir desta concepção, a Polícia Militar do Estado do Tocantins, ao
desenvolver ações positivas, principalmente via programas educacionais realiza um
benefício social, aos discentes; ao corpo docente; e a comunidades a qual se
encontram inseridas suas respectivas famílias. E, em virtude deste axioma, se faz
necessário conhecer um pouco mais desta instituição, bem como suas atividades e
programas sócio educacionais.

2.3. As primeiras impressões sobre o PROERD no Brasil


O PROERD é um programa Educacional desenvolvido pelas polícias
militares dos Estados brasileiros, oriundo de uma adaptação do programa oriundo
dos Estados Unidos para prevenção ao uso de Drogas e tratamento de usuários.
Segundo o Portal PROERD Brasil (2018), o Programa se originou em
1983, nos Estados Unidos da América, e somente teve sua iniciação no Brasil na
década de 90, na Cidade do Rio de Janeiro, com a finalidade de diminuir os índices
de violência oriundos do consumo de drogas que envolviam as crianças e
adolescentes das classes média e baixa.
Depreende-se a partir do Portal PMTO (2018) que, o programa
Educacional passou a ser uma referência entre: as crianças e adolescentes;
19

discentes, e os profissionais da Segurança Pública que atuavam no programa e a


comunidade em que fora implantado. Em seguida foi difundido por outras e novos
Estados, auxiliando no combate ao uso de drogas lícitas e Ilícitas.
Atualmente, o programa está atuante em várias cidades, em todos os
estados da federação, com policiais treinados e preparados para compreender a
importância da prevenção e combater ao uso de drogas entre as crianças e
adolescentes do nosso país.
Concebe-se a partir do Portal PMTO (2018) que o programa tem entre
seus objetivos a compreensão, por parte do instrutor policial militar, que enquanto
mediador no exercício de sua atividade busca relacionar e auxiliar nos problemas
que envolvem a violência na comunidade, educacional, em que está inserido.
O PROERD é desenvolvido com linguagem apropriada às faixas etárias
conforme cada currículo, e busca estimular os discentes ao compreenderem e
resolverem seus problemas em sua respectiva fase, como acentua BRITO (2017,
26):
O Programa oferece, em linguagem acessível às faixas etárias a que se
direciona, uma variedade de atividades interativas com a participação de
grupos em aprendizado cooperativo; atividades que foram projetadas para
estimular os estudantes a resolverem os principais problemas na fase em
que se encontram. Após quatro meses de curso as crianças recebem o
certificado PROERD, por ter concluído o curso, ocasião que prestam o
compromisso de se manter longe das drogas.

Nessa relação, os profissionais que atuam no ambiente educacional,


desenvolvem um serviço que desperta não somente o respeito, mas a afetividade
dos educandos, crianças e adolescentes, bem como pelo corpo do docente,
professores e serventuários, que acabam por considerarem estes Policiais Militares,
Heróis de Farda.
20

3. A PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS NO BRASIL


No Brasil a norma que dispõe sobre o assunto prevenção às drogas é a
lei nº 11.343/2006, dispondo sobre a Secretaria Nacional sobre Drogas (BRASIL,
2006) e demais órgãos; e, define conceitos e modelos. Mas o que é prevenção? O
termo “prevenir” tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira
que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). No mesmo sentido
acentua Cavalcanti (2001, p. 112) é “[...] toda iniciativa coletiva visando à
sobrevivência da espécie”. Prevenção pode ser definida também como “[...] uma
ação antecipada com intervenções direcionadas objetivando evitar o surgimento ou
a evolução de doenças progressivas” (BRASIL. MJ, 2011, p. 121), em se tratando de
drogas, sejam lícitas ou ilícitas, no cenário atual é um problema que exorbita a
esfera da saúde, se fazendo sistêmico.
A atuação preventiva, ao uso das drogas, pode ser realizada de diversas
formas, contudo sob os holofotes do “Curso de prevenção do uso de drogas para
educadores de escolas públicas” a prevenção se acentua em três categorias
BRASIL.MJ, (2011, p. 121), sendo elas:
Prevenção primária: objetiva evitar que o uso de drogas se instale ou
adiar o contato de um determinado público ou comunidade que não foi
afetada;
Prevenção secundária: direcionada a um grupo específico ou pessoas
que já experimentaram ou fazem o uso moderado e esta prevenção objetiva
evitar o avanço para usos mais frequentes e que causem prejuízos. Há a
necessidade de diagnose e o reconhecimento antecipado dos que estão em
risco de progredir para usos mais frequentes e que causam danos;
Prevenção terciária: compreende as abordagens necessárias no
processo de recuperação e possível reinserção do indivíduo ou indivíduos
que já foram diagnosticados com problemas referentes ao uso abusivo de
drogas ou que já apresentam dependência.

O Instituto de Medicina dos EUA propôs, em 1998, a adoção dos


seguintes níveis de prevenção.
Prevenção universal - dirigida a um público geral, que não apresenta
risco maior de envolvimento com drogas do que o esperado para a faixa
etária e a cultura onde vive.
Prevenção seletiva - dirigida a grupos sociais específicos que
apresentam maiores riscos do que a média de se envolverem com drogas.
São exemplos: crianças com comportamento agressivo desde a educação
infantil, filhos de dependentes de drogas, grupos sociais que tendem a usar
drogas como parte de sua identidade enquanto grupo.
Prevenção indicada - dirigida a indivíduos que já vêm usando
substâncias, de modo arriscado, mas que não são dependentes.
DROGAS: CARTILHA PARA EDUCADORES / SECRETARIA NACIONAL
DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS (SENAD) 2011
21

Desde o ano de 2011, o Ministério da Justiça entende que a prevenção


efetiva se consolida na parceria entre diversos segmentos:
A efetiva prevenção é fruto do comprometimento, da cooperação e da
parceria entre os diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos
governamentais, federal, estadual e municipal, fundamentada na filosofia da
“Responsabilidade Compartilhada”, com a construção de redes sociais que
visem à melhoria das condições de vida e promoção geral da saúde.
LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS NO BRASIL.
BRASIL.MJ. (2011, p. 18).

Neste sentido a prevenção se organiza direcionando todas as ações para


o indivíduo ou a comunidade ou grupo populacional, em que se fazem necessários
os fatores de “proteção e risco” potencialmente envolvidos ao uso abusivo e na
dependência de drogas.
Estes fatores visam proteger o indivíduo da melhor maneira possível.
Fatores de risco são “[...] as circunstâncias ou situações que conduzem o indivíduo
ou um grupo ao uso de drogas”. (BRASIL.MJ. 2011, p. 113).
Em fim, seja qual for a perspectiva a prevenção se apresenta como a
melhor alternativa em se tratando do combate ao envolvimento cada vez mais
precoce de jovens com álcool, tabaco e outras drogas.
O custo de reabilitação de dependentes químicos se faz até dez vezes
maior do que com a prevenção, de acordo com Secretaria Nacional de Políticas
sobre drogas – SENAD, assim sendo, um programa preventivo é uma alternativa
menos dispendiosa e de resultados mais promissores a longo prazo.
O Programa Educacional de Resistencia às Drogas – PROERD tem numa
de suas faces a atuação direcionada à prevenção primária, ou seja, o programa
objetiva o não contato com qualquer tipo de drogas, e o currículo do 7º ano, objeto
de analise desta pesquisa apresenta informações, em suas lições que consideram
as: Opções e Escolhas, Riscos, Comunicação e Conflitos, entre outros
(DARE/Proerd - PMMG. 2011).
N’outra o programa também atua na intervenção global ou universal, ou
seja, nesta face não “[...] há qualquer fator associado ao risco do uso e abuso de
drogas (não constatado) e neste caso, são programas de prevenção destinados à
população geral.” (BRASIL.MJ, 2011, p. 121).
22

3.1. A Transdisciplinaridade na Prevenção ao Uso de Drogas


Originalmente criado por Piaget, no I seminário Internacional sobre pluri e
interdisciplinaridade, realizado na Universidade de Nice, o termo
Transdisciplinaridade perfaz uma abordagem científica que objetiva a unidade do
conhecimento. Visa a integração e o diálogo entre as várias áreas de conhecimento,
transpondo as barreiras da disciplinaridade facilitando a apreensão do objeto de
estudo em sua essência.
Nicolescu (1999), Explica que a palavra transdisciplinar surgiu a partir da
década de 1970 nos escritos de pensadores como Jean Piaget, Eric Jantsch e o
próprio Edgar Morin, para explicar a emergente necessidade de se transpor as
barreiras que limitavam o ir e vir entre as diferentes áreas do conhecimento.
Para Morin (2000a), a transdisciplinaridade inova a maneira de ver o
mundo, com um novo jeito de pensar o ensinar e o aprender.
Descreve Nicolescu, numa acepção mais etimológica a
transdisciplinaridade, como o prefixo trans indica (...) diz respeito àquilo que está ao
mesmo tempo entre as disciplinas, através das disciplinas e além de qualquer
disciplina (NICOLESCU, 2000, p.15).
Nesta abordagem o termo estabelece um estimulo a uma nova
compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através
das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade. FOLLMANN apud
LOBO (2003, p.10), menciona A transdisciplinaridade como a integração de saberes
diferente:
A transdisciplinaridade reflete em si todos esses “movimentos”
metodológicos, acrescendo-lhes uma abertura madura para a integração de
saberes diferentes, sejam eles saberes de disciplina ou combinação de
disciplinas ou, ainda, saberes de outras ordens, que transcendem as
disciplinas, atuando como “interrogantes externos”.

Ver-se que o Autor propõe, portanto, um movimento que se direciona à


definição das relações entre os conhecimentos; entre disciplinas quando
relacionado ao ambiente escolar. Âmbito em que tais conhecimentos devem se
integrar de forma interativa, de modo a favorecer ao educando a melhor percepção
dos saberes.
Nesse sentido, Morin (1997) faz uma inferência quando fala das
emergências tratando o todo como sendo mais que a soma das partes. Assim, o
conceito de transdisciplinaridade supera o conceito de disciplina representando um
23

nível de integração inter e multiidisciplinar, no qual não existe fronteira entre as


diversas disciplinas – mas antes busca um sentido para a vida, tentando recuperar o
estudo do todo integrado.
Refletindo sobre o multi, o inter e o trans o professor Torres Santomé
afirma: “A MULTIdiscilpinaridade é o nível inferior de integração; a
INTERdisciplinaridade é o segundo nível de associação entre disciplinas; e a
TRANSdisciplinaridade é a etapa superior da integração.” (TORRES SANTOMÉ,
1998 apud COIMBRA, 2000).
Na transdisciplinaridade existe um nível de integração disciplinar além da
pluridisciplinaridade e da interdisciplinaridade. Configura-se numa etapa superior de
integração no qual não existe fronteira entre as disciplinas. É um sistema de ensino
que supera o conceito de disciplina e busca um sentido para a vida através das
relações entre os diversos saberes, como por exemplo, das ciências exatas,
humanas e das artes.
Sob a perspectiva das relações humanas a transdisciplinaridade pode ser
concebida como uma atitude empática de abertura ao outro e seu conhecimento.
Assim sendo, no campo da administração pública e seus órgãos ou setores de
atuação, pode-se admitir como a interação ou aceite das contribuições um órgão ou
setor pode favorecer a outro.
Para aclarar esta última inferência remontar-se-á ao artigo 227 da
Constituição Federal de 1988, onde cita em seu caput o dever assecuratório de
proteção da criança e do adolesce que deve ser garantido por todos os seres
sociais:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010). (GRIFO NOSSO)

Desta venha, o resguardo da educação da criança e do adolescente e sua


aplicação tem um caráter multifacetário diante do conjunto social. Não ficando a
cargo de apenas de um ator a sua realização, vez que a família, bem como a
sociedade e seus diversos atores tem um papel, reservado e garantido diante de sua
aplicação. Assim sendo, além da família, se reveste no primeiro núcleo educacional;
a escola se faz responsável pela instrução e formação sendo complementada pelos
24

mais diversos núcleos sociais e pedagógicos em que esta criança ou adolescente


vier a se inserir.
Ainda considerando o artigo constitucional em tela, o inciso VII do § 3º
firma a importância da prevenção ao uso de drogas por meio de programas de
cunho social. VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança,
ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010).
O texto constitucional estampa a necessidade de estabelecer uma linha
de atuação preventiva ao uso de Drogas, entre outros vieses, direcionada às
crianças e adolescentes. Uma temática que carece de discussão que se faça
constante, bem como uma Ação que se faça permanente.
Neste sentido, acentua Bo Mathiasen (2010):
O debate sobre as formas e áreas de prevenção é, de fato, urgente. A
temática deve ser abordada de forma abrangente nas escolas, junto às
famílias e às comunidades por meio de campanhas educativas e
informativas sobre o uso de drogas, sobre a responsabilidade que cada um
tem diante do problema, sobre os perigos que o tráfico representa, sobre a
violência associada ao tráfico e sua associação ao crime organizado.

A prevenção ao uso de Drogas não consiste numa disciplina específica,


entre as várias estudadas no ambiente escolar, contudo é um tema de grande
relevância que somente pode ganhar consistência e integrar os saberes a serem
adquiridos pelo discente, principalmente no tocante aos malefícios causados pelo
uso ou abuso de drogas, sejam lícitas ou ilícitas; se o corpo docente bem como a
família e todos os serem sociais admitirem a sua aplicação, de forma direta por cada
professor no contexto de suas respectivas disciplinas, e de maneira informal em
todas as atividades como: jogos, gincanas, danças, músicas, festas e outras tantas.
Outra forma de aplicação deste conteúdo, e realização da prevenção ao
uso de drogas na comunidade escolar é através dos programas voltados a educação
preventiva, que, também, se dar pela abordagem transdisciplinar relacionando a
importância destas informações ao conteúdo disciplinar da escola.
A educação é a melhor ferramenta no combate ao uso de Drogas. Levar
conhecimento às crianças e adolescentes por meio das conversas familiares,
educação escolar e apoio de programas de prevenção como o Proerd é muito
importante para formar cidadãos com um mínimo de criticidade, começando em seus
lares como orienta TIBA (2007, p.260): “O risco de um jovem entrar em contato com
25

drogas é muito grande. A melhor prevenção é dar formação ao filho para que tenha
força de enfrentar as mais diversas situações ao longo de sua vida”.
Os Programas de Prevenção podem atuar de forma transdisciplinar por
meio de temas transversais e de forma sistematizada. A transdisciplinarídade, a
sistematização e o Projeto Político Pedagógico da Escola, isto é, o que se deseja
com a educação naquela escola, que ações se articulam com a formação do
cidadão, que visão de homem, mundo, sociedade e educação os educadores
daquela escola desejam assumir nas suas práticas pedagógicas.
A educação primária, realizada nos lares, associada ao ensino
transdisciplinar contra o uso das drogas para os jovens, realizado no ambiente
escolar, são de importância vital, para evitar que os filhos e alunos venham a se
envolver com um mal, muitas vezes irremediável, o vício. Mal este, que uma vez
iniciado se faz difícil de ser controlado, jamais extinto, contudo amenizado, como
bem ilustra Içami Tiba:
Um viciado pode separar-se da droga, mas nunca do vício, que fica
adormecido no ex-usuário. Por essa razão, temos de lutar muito diante da
tormentosa questão do envolvimento de nossos jovens com o mundo das
drogas. A maioria dos jovens não pensa na própria família quando se
associa com a droga, mas é a família que tem de arcar com as
consequências desse problema [...]. (TIBA, 2002, p.27)

No viés preventivo, observa-se a importância dos programas


educacionais voltados à prevenção ao uso de drogas. E, nesta seara vislumbra-se o
PROERD e seus currículos educacionais, que podem representar uma ação
permanente do Estado na prevenção primária. Formando um sistema completo no
qual os conceitos e habilidades enfatizadas pelo programa são desenvolvidos de
forma gradual e progressiva, desde o jardim de infância até o Ensino Fundamental
Anos Finais, contando ainda com um currículo especial que prepara adultos para
ajudar as crianças e adolescente a colocarem em prática esses conhecimentos.
No mesmo sentido de todo o exposto, pode-se concluir, portanto, que a
função preventiva atribuída à escola sobre o uso de drogas, tem como objetivo
promover uma atividade transdisciplinar de conscientização através de um trabalho
conjunto envolvendo as famílias, diversos órgãos estatais e toda a comunidade
escolar.
26

4. PROERD E A SUA ORIGEM


Os trabalhos desenvolvidos objetivando a prevenção ao uso de Drogas
tiveram um importante reforço a partir de 1992, com a inserção do Programa
Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, no contexto nacional. PORTALl
PMTO (2019).
O programa ano a ano apresenta “marcas” históricas na prevenção
primária, e, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), na conjuntura
atual tem atuado em parceria com os programas e projetos nos vários níveis de
prevenção às drogas existentes no Brasil. Em se tratando do PROERD, a parceria
consiste em: financiamento, fornecimento de panfletos, participação nos Centros de
Capacitação PROERD e na formação curricular dos educadores do programa.
Ao longo dos anos, no Brasil, diversas normas foram criadas como o
escopo na prevenção de dependência e combate ao tráfico de drogas ilícitas, como
por exemplo, a Lei número 11.343/2006 que entre outras ações institui o Sistema
Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD), este voltado a articulação e a
coordenação das atividades de prevenção e da reinserção social de usuários e
dependentes de drogas (SENAD, 2008).
O programa objeto de deste estudo se fundamenta na lei 11.343, no seu
Art. 19, inciso XI, que diz: “a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do
uso indevido de drogas, nas instituições de ensino público e privado, alinhados às
Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas”.
(BRASIL, 2006).
Este importante programa de prevenção, que a quase três décadas é
aplicado no Brasil, tem sua história iniciada n’outro país, originando-se nos Estados
Unidos da América - (EUA), e de acordo Loos (2014, p. 22) o “Brasil é considerado
o segundo país com a maior atuação do programa PROERD. O programa é aplicado
em 60 países.”

4.1. Histórico PROERD


No ano de 1983, segundo o Portal PROERD Brasil, o Departamento de
Polícia de Los Angeles – EUA, avaliando sua atuação pelo viés repressivo, frente
aos dados estatísticos de ocorrências de uso e tráfico de drogas entre crianças e
adolescentes daquela cidade, concluiu que, por esta face, a atuação da força policial
não estava atingindo a eficiência esperada. Diante desta dura realidade, o
27

Departamento de Polícia, somou esforços com Distrito Escolar de Los Angeles,


criando, sob a supervisão e coordenação da pedagoga Ruth Rich, o DARE (Drugs
Abuse Resistance Education), fazendo uso de materiais didáticos que se
amoldassem à realidade das crianças, compreendidas na faixa etária de 09 a 12
anos de idade. .
Segundo Loos (2014, p. 4) anos 80 e 90: “os Estados Unidos
estabeleceram a política de prevenção às drogas em duas frentes: repressão ao
tráfico de cocaína, produção e venda do crack, maconha, entre outras; e o trabalho
preventivo nas escolas, creches e várias instituições públicas”.
Segundo Major Ferraz da PMMG, na plataforma Proerd Brasil, o D.A.R.E.,
programa originário que amoldou-se à cultura escolar Brasileira nasceu da
conjugação de esforços entre o distrito escolar e o distrito policial de Los Angeles,
vejamos:
Em Janeiro de 1983, o Chefe de Polícia Daryl F. Gates, do Departamento
de Polícia de Los Angeles (L.A.P.D.), reuniu-se como Dr. Harry Handler,
Superintendente do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles (L.A.U.S.D.)
para discutir sobre como parar o ciclo gerador do abuso de drogas, das
condutas criminosas e das prisões relacionadas ao abuso de drogas.
(...) foi designada uma força tarefa, composta por integrantes do L.A.P.D. e
do L.A.U.S.D., para desenvolver um programa de prevenção ao abuso de
drogas destinado às crianças do Ensino Fundamental.
A força tarefa estudou muitos programas de prevenção já existentes antes
de criar o Drug Abuse Resistance Education (D.A.R.E.). Ficou estabelecido
que os currículos devessem ser ministrados policiais especialmente
selecionados e treinados.
(...) Foram selecionados dez policiais para participar de um treinamento de
cinco semanas, que os capacitou para aplicar as lições do D.A.R.E. em 50
escolas do L.A.U.S.D..

Seguindo os passos deste importante programa norte-americano, às Policias


Militares Brasileiras vêm, desde 1992, segundo o Portal PROERD Brasil, com às
devidas adequações à sua realidade, desenvolvendo este programa educacional,
que visa prevenir crianças, em idade escolar, dos males causados pelo uso das
drogas.
Com a Denominação de Programa Educacional de Resistência às Drogas
– PROERD, oriundo da importante parceria entre Brasil e os Estados Unidos da
América e sua boa relação nas políticas de prevenção às drogas possibilitou ao
Brasil o acesso ao programa de prevenção Norte-americano D.A.R.E. América. Este
programa financiado por uma ONG (Organização não governamental) que faz a
captação de recursos, (SC.PROERD, 2010) por meio de vários projetos de
prevenção ao uso de drogas, contatou o governo brasileiro e ofereceu o curso de
28

formação de instrutores PROERD de forma inicial e laboratorial ao governo do


Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Militar deste Estado federado.
Segundo Loos (2014, p. 4), o D.A.R.E. América por meio do consulado
americano oportunizou a vinda de “[...] policiais americanos que atuavam no
programa de prevenção americano para a formação e habilitação de policiais
militares do estado fluminense como instrutores proerdianos”.
A polícia militar do Estado do Rio de Janeiro realizou “[...] a seleção de 30
policiais militares para a inclusão no curso de prevenção às drogas. O nome
PROERD surgiu após a conclusão do curso aplicado por policiais americanos que
atuavam como instrutores e mentores nos Estados Unidos”. (LOOS, 2014, p. 5).
O Programa Educacional de Resistência à Drogas é uma adaptação
brasileira, programa norte-americano Drug Abuse Resistence Education - D.A.R.E. e
é considerado uma ação de promoção à saúde e qualidade de vida pelo governo
brasileiro. Atualmente, os cursos de formação em solo brasileiro são realizados por
policiais militares formados pelos centros de capacitação existentes.
(BRASIL.PROERD, 2014).
O Programa Educacional de Resistencia às Drogas teve sua inserção na
realidade de Estado do Tocantins no ano de 2002, com primeiro curso de formação
de instrutores, segundo o Portal PMTO. E, desde esta data a Polícia Militar por meio
de seus policiais docentes desenvolve uma atuação preventiva ao uso de drogas
lícitas ou ilícitas nas escolas públicas (estaduais e municipais) e, em algumas
escolas da rede privada, com aulas dinamizadas e criteriosas que auxiliam o
desenvolvimento de forma pedagógica e consciente, dos alunos, no tocante a
capacidade para se realizar a tomada de decisões proveitosas contra as condutas
infratoras.

4.2. A Formação de Instrutores


Os Policiais, instrutores do programa, inicialmente passavam por um
Curso de Formação, cuja duração era de 80 horas. Contudo, a carga horária e a
matriz curricular sofreram adaptações em virtude da política de prevenção às drogas
aplicada no Brasil. Além disso, foram necessárias adequações pedagógicas, que
refletissem a realidade das escolas brasileiras.
Segundo Loos (2014, p. 9) inicialmente o período do curso preparatório
“[...] era de 80 horas aula, depois passou para 120 horas aula e, atualmente, a carga
29

horária do curso, incluindo o estágio, perfaz o total de 200 horas aula”. Orientados
por um corpo docente composto por outros policiais mais experientes na aplicação
do programa e que receberam uma capacitação específica para tornarem-se
multiplicadores, além de profissionais pedagogos especialistas em educação.
O primeiro curso de instrutores PROERD, no Brasil, foi realizado no
estado do Rio de Janeiro, conforme descreve Loos (2014, p.7):
Na realização do primeiro curso D.A.R.E. América em solo brasileiro, a
polícia militar do Rio de Janeiro estabeleceu contatos e contratos com a
Secretaria Estadual de Educação do referido Estado, sendo assim,
pedagogos, professores, psicólogos e orientadores educacionais
participaram da realização do primeiro curso, percebendo as necessidades
de adaptação e também analisando tecnicamente a ferramenta preventiva
que estava chegando ao Brasil. A Secretaria de Educação do Rio de
Janeiro acompanhou o programa por meio de profissionais específicos para
a tradução da matriz, adaptação e acompanhamento dos policiais em sala
de aula e ambiente escolar, sendo que de acordo com contato de forma
oficial estava ocorrendo pela primeira vez e ocorreram visitações, palestras,
mas de forma casual.

No Brasil, o programa foi implantado em 1992, pela Polícia Militar do


Estado do Rio de Janeiro, e em 1993 pela Polícia Militar de São Paulo, recebendo o
nome na língua portuguesa de Proerd.
Segundo o portal PMTO, a partir do ano de 2002, a Polícia Militar do
Estado do Tocantins, estabelecendo um novo horizonte na prevenção às drogas e
ações que gerem violência, passou a enviar militares com perfil requerido pelo
programa, para os estados que possuíam centro de formação. Desenvolvendo suas
primeiras equipes de instrutores. Já em agosto do ano de 2010 a Polícia Militar do
Tocantins Vinculada aos centros de formação das Polícias Militares de Santa
Catarina, Minas Gerais e Paraná, realizou o seu primeiro Curso de Mentores. E,
atualmente, o programa, no Estado do Tocantins, possui 54 instrutores habilitados,
que foram preparados para desenvolver o trabalho de prevenção nas escolas e na
comunidade envolvendo pais, professores e alunos.
Os instrutores do Proerd são policiais de ambos os sexos, que se
apresentam voluntariamente para trabalhar com as crianças. Após se apresentarem,
passam por uma avaliação de personalidade e conduta. Ressalte-se que, possuindo
algum vício, cigarro ou bebida, não entram no programa. Passam por cursos de
formação onde são repassadas várias informações sobre narcóticos e
entorpecentes, perfis de aprendizagem, e a melhor forma de desenvolver cada aula
dos respectivos currículos.
30

O curso de capacitação enfatiza a doutrina do PROERD, ensinado


técnicas e métodos de ensino direcionados ao público infantil e adolescente, além
de conhecimentos específicos sobre dependência das drogas, suas causas e efeitos
além do tratamento adequado, entre outros temas necessários ao binômio ensino e
aprendizagem.
Após a formação, o policial instrutor, realiza visitas às escolas e
estabelece parcerias, que se dão após reuniões com direção, coordenação e
professores das escolas, bem como com os pais ou responsáveis, e inicia a
aplicação do programa.
Com compromisso firmado, o policial passa a comparecer às escolas,
fardado, uma vez por semana, ao longo de quatro meses, acompanhado de um dos
professores da turma, para ministrar uma hora/aula por semana aos estudantes.

4.3. Currículos do PROERD e o Currículo do 7º Ano – “Caindo na Real”


O Programa Educacional de Resistência às Drogas desenvolve suas
atividades em 04 campos de atuação distintos que se destinam a públicos
diferentes, cada um tem suas peculiaridades tanto nos conteúdos, quanto na forma
de execução, o primeiro deles é: Currículo para educação infantil, que segundo
OLIVEIRA (2013, p20): é destinado para os primeiros anos escolares das crianças e
é subdividido em três seções:
A Seção 01 que é composta por duas lições/encontros, possui como
público-alvo crianças com faixa etária de 4 a 5 anos de idade. É destinado
aos dois últimos anos da educação infantil, denominada pré-escola, sendo
que cada explanação possui duração de aplicação de 20 a 30 minutos.
A Seção 02 composta por quatro lições/encontros direcionados a crianças
com faixa etária de 6 a 8 anos, que estejam cursando do 1º ao 3º Ano do
Ensino Fundamental, sendo que cada explanação possui duração de 45
minutos;
A Seção 03 formada por cinco lições/encontros a serem dirigidos a crianças
que estejam cursando o 4º Ano do Ensino Fundamental, cada aula possui
duração de 45 minutos.

O currículo seguinte, conhecido por seus instrutores como currículo


principal, é voltado para as crianças do ensino fundamental e aplicado nas turmas
de 5 ano, segundo OLIVEIRA (2013, p21) “Esta divisão possui como título “Uma
visão de suas decisões” e é considerado o currículo base do programa, aplicado
através de doze lições/encontros, este é direcionado a crianças com faixa etária de
10 a 11 anos, sendo que a duração da aula é de 45 a 50 minutos”.
31

Este currículo sofreu uma reformulação neste mesmo ano, mantendo o


número de 10 lições, (10 semanas) e considerando a partir de então a Teoria de
Aprendizagem Socioemocional, conforme a ementa do Manual do 5º Ano Caindo na
Real:
O currículo Proerd “Caindo na REAL” para o 5º ano foi projetado com base
na Teoria de Aprendizagem Socioemocional (Socio-Emotional Learning
Theory - SEL). A teoria SEL identifica as habilidades básicas e
fundamentais e o processo de desenvolvimento do indivíduo, necessários à
promoção da saúde, incluindo:
autoconhecimento e autogerenciamento;
tomada de decisão responsável;
compreensão dos outros (alteridade);
habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal;
habilidade de lidar com desafios e responsabilidades.
5º ANO CAINDO NA REAL PMMG, (2013, p6).

O currículo em referência utiliza essa teoria para ensinar aos alunos do


programa como controlar seus impulsos e pensar nos riscos e consequências, o que
resultará em escolhas mais responsáveis.
A terceira frente de atuação é voltada para os adolescentes do ensino
fundamental, nas turmas de 7º ano. Conforme OLIVEIRA (2013, p21):
Este currículo é utilizado de forma a reforçar o currículo base, com o título
“Caindo na Real” possui dez lições/encontros, tendo como público-alvo
adolescentes com idades entre 12 e 14 anos, sendo que as explanações
tem a duração de 45 a 50 minutos.

O currículo escolar Caindo na REAL para o 7º ano, também, é organizado


em 10 lições (duração de 10 semanas) e é planejado para promover a interação
entre instrutores Proerd e estudantes. Em suas lições busca estabelecer interações
entre o instrutor e os educandos, por meio do compartilhamento de suas próprias
histórias no exercício das praticas da tomada de decisão. Quando da encenação de
situações, as quais podem se utilizar das estratégias de resistência do “REAL”.
Conforme o manual do estudante 7º Ano, os vídeos são feramentas muito
importante para estas encenações:
A ferramenta chave do programa é uma série de vídeos que mostram
jovens do Ensino Fundamental e histórias reais sobre a demanda e oferta
de drogas. Os vídeos demonstram como os estudantes usam as estratégias
do “REAL” para resistir às drogas em situações reais vividas em
comunidades rurais, suburbanas e urbanas.
7º ANO CAINDO NA REAL PMMG, (2013, P7).

A intenção deste currículo é fazer com que os estudantes tenham domínio


de novas habilidades. E, a sustentação do programa são as estratégias do “REAL”
para resistir às ofertas de drogas: Recusar, Explicar, Abster-se e Livrar-se. Ao
32

enfatizar essas quatro estratégias, o programa auxilia o estudante a aprender como


tomar decisões efetivas e desenvolver habilidades de comunicação, ajudando-os a
resistir ao impulso para o consumo de drogas.
O quarto e último, currículo do programa, se direciona não a crianças ou
adolescente, mas, aos pais. E, busca realizar uma Capacitação aos pais para
ajudarem os filhos a fazerem escolhas positivas. Descreve OLIVEIRA (2013, p21),
que o curso é:
É direcionado a pais e responsáveis legais. O currículo tem a duração de 2
horas cada encontro, num total de 5 encontros. E, aborda assuntos
relacionados à instrução de crianças e jovens e fala sobre como orientar
jovens sobre o flagelo das drogas, bem como capacita os pais a ajudarem
os filhos a fazerem escolhas positivas.

As Lições do PROERD, em seus módulos: Infantil, 5º ano e 7º ano;


objetivam o desenvolvimento da auto-estima, controle das tensões, civilidade, além
de ensinar técnicas de autocontrole e resistência às pressões dos companheiros e
às formas de oferecimento de drogas por pessoas estranhas ao convívio das
crianças e adolescentes. Assim descreve o Portal PMTO (2019).
Atualmente, todos os currículos são apropriados para cada faixa etária,
fundamentados em pesquisa científica e escritos por um painel de especialistas
curriculares e de prevenção, estando em consonância aos Parâmetros Curriculares
Nacionais (no Brasil) e aos Padrões Educacionais Fundamentais da Saúde, Artes da
Linguagem e Matemática (nos Estados Unidos).
33

5. A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO TOCANTINS E O PROERD


A Polícia Militar do Estado do Tocantins tem sua origem definida com o
nascimento do Estado, em 05 de outubro de 1988, trata-se de uma instituição
permanente balizada na hierarquia e disciplina, como bem descreve OLIVEIRA
(2013, p.17):
A Polícia Militar do Estado do Tocantins – PMTO é uma instituição
permanente, força auxiliar e reservado Exército Brasileiro, sendo que sua
organização se baseia nos pilares da hierarquia e da disciplina militar, tendo
como objetivo e destinação a preservação da ordem pública e realização do
policiamento ostensivo no território do Estado do Tocantins, atribuições
estas contidas na carta magna.

A criação desta importante força policial do Estado do Tocantins tem sua


previsão garantida tanto na Constituição Federal de 1988, onde dispõe no artigo 144
§5º a seguinte redação: “Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil”.
(Grifo nosso). Como na Constituição do Estado do Tocantins de 1989, onde traz em
seu artigo 121, IV o disposto:
Art. 121 O Estado e os Municípios prestarão assistência social e psicológica
a quem delas necessitar, obedecidos aos princípios e normas da
Constituição Federal, tendo por base, primeiro o trabalho, e por objetivos o
bem-estar e a justiça sociais, protegendo a família, a maternidade, a
infância, a adolescência, a velhice e o deficiente.Parágrafo único...
IV – programas de prevenção e atendimento especializado, incluindo
educação física, desporto e lazer à criança e ao adolescente dependente de
entorpecentes e drogas afins.(BRASIL, 1989, s.p) (Grifo nosso).

Observe-se a Constituição Federal de 1988, traz como competência


exclusiva das Polícias Militares o exercício de polícia ostensiva e de preservação da
ordem pública. Esta preservação tem sua concretude, principalmente nas atividades
de cunho preventivo, como a estruturação e aplicação de políticas e programas que
objetivam a prevenção da criminalidade e violência, assim sendo ações
desenvolvidas de forma anterior ao acontecimento do fato delituoso.
A Constituição Estadual no mesmo sentido, mas de forma mais específica
clarifica a preocupação do estado e municípios em normatizar a responsabilidade de
criação de programas que previnam a dependência de droga, bem como do
tratamento e assistência aos dependentes.
Dando continuidade a execução destas normas constitucionais, O
Programa Educacional de Resistência às Drogas – Proerd se faz uma ferramenta
importante no combate ao uso de drogas e crescente número de casos de violência
34

dentro e fora do ambiente escolar e tem amparo tanto no texto constitucional no


âmbito federal quanto no estadual que previram de forma implícita ou explicita a
criação de programas preventivos de combate ao uso de substâncias psicoativas.
Além da previsão constitucional em âmbito Federal e Estadual, o
PROERD no Estado Tocantins, está previsto em texto normativo específico:
A Lei Nº 2.755, de 28 de Agosto de 2013. Dispõe sobre o programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência - PROERD, e adota
outras providências. O Governador do Estado do Tocantins: Faço saber
que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1º É reconhecido como programação institucional do Estado do
Tocantins o programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência - PROERD.
Art. 2º O PROERD, reunindo esforços dos governos e da sociedade, em
especial as famílias, as escolas e a polícia militar do Estado do Tocantins –
PMTO tem por finalidades:
I - conscientizar as crianças e os adolescentes quanto aos efeitos negativos
do uso de drogas lícitas e ilícitas;
II - fortalecer a autoestima das crianças e dos adolescentes, com opções
para uma vida saudável, longe das drogas e da violência;
III - sensibilizar as crianças e os adolescentes para os valores morais e
éticos, de modo a viabilizar a construção de uma sociedade justa,
sadia, segura e feliz;
IV - esclarecer os pais ou responsáveis sobre os efeitos nocivos das drogas
e a importância do fortalecimento da estrutura familiar;
V - prevenir a criminalidade;
VI - fortalecer a interação da PMTO com a comunidade.
(...)
Art. 8º As despesas decorrentes desta Lei correm à conta dos órgãos
envolvidos, na conformidade do disposto em convênio.
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Araguaia,
em Palmas, aos 28 dias do mês de agosto de
2013; 192º da Independência, 125º da República e 25º do Estado.
JOSÉ WILSON SIQUEIRA CAMPOS
Governador do Estado

Em síntese, no Estado do Tocantins, as finalidades do PROERD


consistem em conscientizar as crianças e os adolescentes quanto aos efeitos
negativos do uso de drogas lícitas e ilícitas, buscando fortalecer a autoestima dos
discentes com opções para uma vida saudável, longe destes males, prevenindo a
criminalidade e sensibilizando-os para os valores morais e éticos, de modo a
viabilizar a construção de uma sociedade justa, sadia, segura e feliz.
Já em relação aos pais ou responsáveis, o programa busca esclarecer
sobre os efeitos nocivos das drogas e a importância do fortalecimento da estrutura
familiar.
Por fim, o PROERD produz o fortalecimento da filosofia de policiamento
comunitário, aproximando e fortalecendo o diálogo da Escola, Família e Polícia
35

Militar, no enfrentamento ao consumo de drogas e às práticas de violência. As ações


positivas desenvolvidas pelos instrutores fortalecem a auto-estima dos alunos, por
meio de exemplos contextualizados e muito presentes no cotidiano das crianças e
adolescentes.
Ressalte que, somente em 2002, segundo o Portal da PMTO, a Polícia
Militar do Estado do Tocantins, buscando estabelecer uma política na prevenção às
drogas e ações que gerem violência, aderiu ao PROERD. E desde sua adesão, já
foram atendidas até o ano de 2017, 408.182 crianças e adolescentes e 5.794 Pais.

5.1. As Ações Sociais Positivas da Polícia Militar do Tocantins


A Ação social, sob a perspectiva de Weber procurou construir um
esquema interpretativo fundamentado na neutralidade axiológica, ou seja, buscou
construir uma ciência social sem pressupostos.
A compreensão da ação social é feita a partir do observador, o qual para
obter êxito em sua tarefa procura a evidência da mesma. Com nós mostra Freund
(2003), em sua obra Sociologia de Max Weber, a compreensão está vinculada
diretamente com a busca do sentido da ação. A compreensão se torna possível na
medida em que podemos estabelecer uma conexão de sentido visada:
Explicação significa, portanto, para uma ciência ocupada com o sentido da
ação, algo como: apreensão da conexão de sentido a que pertence uma
ação compreensível de maneira atual, segundo seu sentido subjetivamente
visado. (WEBER, 2004, p.6)

Tal evidência pode ser tanto de caráter racional quanto intuitivamente compreensiva.
O primeiro caso tem um sentido lógico, se fincado na racionalidade, e o segundo diz
respeito à dimensão emocional/artística.
O autor, preocupado com o problema da ação, desenvolveu o conceito
de ação social significativa, tendo como ponto de partida o indivíduo.
Weber compreende a ação social como “uma ação que, quanto a seu
sentido visado pelo agente ou os agentes, se refere ao comportamento dos outros,
orientando-se por este em seu curso” (WEBER, 2004, p. 3). Logo, toda a ação se
enquadra como social na medida em que o ator orienta seu agir com base no
comportamento de outro.
Segundo Weber, só ocorrerá a Ação Social no momento que se
estabelecer uma relação significativa, isto é, só vai existir quando o indivíduo tentar
estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais.
36

Neste sentido, a ação social tem como ideia principal a existência de


orientação significativa, um sentido na ação de um indivíduo para o outro, seja
positiva ou negativa. Pelo menos um deles está ciente do ato, intercâmbio ou
relação. A relação social é determinada não só pelos resultados para o agente
(emissor), mas também pelo que causa ao outro (receptor), ou seja, envolve o
processo de comunicação como um todo.
Considerando os ensinamentos Weberianos, podemos depreender que:
Ação Social significativa, consiste numa ação realizada por um indivíduo, grupo,
instituição, corporação, que positivamente procure beneficiar, outro indivíduo ou
grupo parcela da população que realmente precise deste auxílio. A ação Social
Positiva favorece uma quebra de paradigmas, mudanças de concepções e o
desenvolvimento social.
Partindo desta concepção, a Polícia Militar do Estado do Tocantins ao
desenvolver ações positivas, principalmente via programas educacionais, ou ações
de polícia comunitária realiza um benefício social, aos discentes; ao corpo docente;
e a comunidades a qual se encontram inseridas suas respectivas famílias. E, em
virtude deste axioma, se faz necessário conhecer um pouco mais desta instituição,
bem como suas atividades e programas sócio educacionais.
As ações de polícia comunitária comungam dos fundamentos da Ação
Social significativa realizada pela Polícia Militar do Estado do Tocantins. E, suas
ações educativas, segundo o Portal PMTO (2019) constitui um dos pilares da
filosofia de polícia comunitária, perfazendo a antecipação à incidência criminal e, tais
ações de parâmetro pedagógico ajudam a estabelecer estratégias para alcançar a
prevenção ao delito, uma vez que a orientação, o aconselhamento e a advertência
devem sempre anteceder as ações repressivas.
O portal PM TO, ainda esclarece que as ações educativas não podem
ocorrer apenas no momento das infrações, mas através dos organismos
comunitários encarregados de promoverem a defesa social da comunidade,
principalmente junto às escolas e associações; promovendo-se capacitações,
palestras, campanhas e outras formas de divulgação e orientação.
Já o Programa Educacional constituído de Policiais Militares
especializados em orientar crianças sobre as drogas e a violência são exemplos de
cidadania. A presença do Policial PROERD na escola traz segurança a toda
37

comunidade escolar, firma-se na principal ação social positiva realizada pela Polícia
Militar do Estado do Tocantins.
As informações transmitidas às crianças a respeito das drogas e dos
tipos de abordagens que estão sujeitas, atuam como uma vacina, para que
conscientizadas, elas possam dizer NÃO às drogas.
Por fim pode-se depreender a partir do Portal PMTO (2019) que: o
PROERD, sendo uma atividade educacional preventiva, é mais um fator de proteção
e uma ação social significativa desenvolvida de forma transdisciplinar pela Polícia
Militar, em ambiente escolar, para a valorização da vida, que busca contribuir para o
fortalecimento da cultura da Paz e a construção de uma sociedade mais saudável,
feliz e principalmente mais segura.

5.2. O PEA PROERD e a aplicação do Programa.


O Plano Estadual de Atendimento – PEA consiste num importante
programa de metas de atendimento ao público, onde se atribui a cada um dos
instrutores em suas respectivas unidades um quantitativo, dentro de cada um dos
currículos Proerd a ser alcançado dentro de cada ano letivo.
Sua finalidade é Regular o atendimento do Programa Educacional de
Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), na Polícia Militar do Tocantins. E,
padronizar e estipular metas de atendimento para as Unidades Policiais Militares –
UPM’s.
Diante de cada meta estipulada cabe ao instrutor atender os ofícios de
requerimento de atuação PROERD, oriundo das escolas que desejam firmar o
convênio, ou, ainda, se deslocar às escolas com vista a apresentar o programa para
a comunidade escolar.
Uma vez estando na escola pretendida, apresentar-se-á à coordenação
pedagógica, bem como a diretoria às faces do programa e, com a anuência da
administração realizar-se-á um protocolo de intenções, uma espécie de convenio
onde se estabelece os papeis de cada um dos envolvidos na educação dos alunos:
Pais, Escola e Polícia militar por meio de seu instrutor policial. Assim assevera Portal
PMTO:
A aplicação do PROERD deve ser precedida de um Protocolo de Intenções,
firmado entre a policia Militar do Estado do Tocantins e as Secretárias
Estadual e Municipal da Educação, podendo ser aplicado em qualquer
estabelecimento de ensino que o queira.
38

A aplicação do PROERD será antecedida de um termo de compromisso a


ser firmado entre os participantes (UPM e direções dos estabelecimentos de ensino).
Durante a confecção do termo de compromisso, deverão ser elencadas: a
obrigatoriedade da presença do professor responsável pela turma em sala de aula.
O apoio da escola na preparação das formaturas dos alunos do 5º ano e outras
ações que forem acordadas entre os partícipes.
Em relação ao protocolo de intenções, os pais, apesar de não darem sua
autorização expressa por meio de assinatura do convênio, são de extrema
importância nesta relação e são comunicados da atuação do policial instrutor em
reunião de pais e mestres realizada com a finalidade dar-lhes ciência sobre a
aplicação do programa e qual o seu papel nesta relação de ensino.
A título de exemplo das atribuições/obrigações do policial militar no
referido convênio, firmado com escola:
II - As aulas serão ministradas por Policial Militar fardado, possuidor do
Curso de Capacitação de Instrutor PROERD, previamente designados para
a referida escola;
(...)
VII - O Policial Militar Instrutor deverá ser assíduo com suas obrigações
escolares e em caso de imprevistos, o Policial Instrutor deverá comunicar
sua ausência ou atrasos superiores a 15 (quinze) minutos, diretamente para
a Coordenação Pedagógica e ou Direção da Unidade Educacional em
questão;
PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO DO PROGRAMA
EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS E À VIOLÊNCIA –
PROERD, PARA O ANO DE 2018

Por fim. É importante ressaltar que, em virtude desta parceria entre a


polícia militar e a Secretaria Estadual de Educação, o Programa possui como
material didático o Livro do Estudante, o Livro dos Pais e o Manual do Instrutor, que
auxiliam aos respectivos alunos e Policiais PROERD no desenvolvimento das lições.

5.3. O desenvolvimento do PROERD no 9º BPM – Araguatins


O 9º Batalhão da Polícia Militar - Batalhão Tocantins-Araguaia (BPM),
sediado na cidade de Araguatins (TO) é uma Unidade Operacional da PMTO,
pertencente ao Comando do Policiamento do Interior (CPI), conhecido pela
denominação de “O guardião do Bico”. Segundo o portal 9BPM:
(...) foi criado em 07 de fevereiro de 1991 recebendo naquela oportunidade
a denominação de 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM) – Batalhão
Coronel Carlos Costa.
Em 19 de outubro de 1992, foi passada à condição de Companhia
Independente, através do Decreto Estadual nº 6.383 datado de 19/10/1992,
39

recebendo, portanto, uma nova denominação: 4ª CIPM – Companhia


Independente da Polícia Militar (Coronel Carlos Costa).
Por meio do Decreto Estadual nº 5.471 de 26 de julho de 2016 e
republicado em 12/08/2016, a Companhia retorna novamente a condição de
Batalhão, 9º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Tocantins, Batalhão
Tocantins-Araguaia, o "Guardião do Bico".

Em sua história nasceu como 6º Batalhão de Polícia Militar,


homenageando o Coronel Carlos Costa, contudo, em 1922esta unidade policial
militar passou a condição de Companhia independente, conservando a homenagem,
passou a ser denominada 4ª Companhia Independente de Polícia Militar.
O portal eletrônico 9BPM, em uma narrativa histórica, ainda mais precisa
afirma que:
(...) antes da criação do Estado do Tocantins e do 9º BPM, a região
denominada “Bico do Papagaio” era policiada pela então 3ª Companhia
Destacada do 3º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás (hoje, 2º
BPM) sediado na cidade Araguaína. Com a criação do Estado do Tocantins,
posteriormente a região veio a ser beneficiada com o 9º BPM, o qual veio ao
encontro das necessidades existentes e aos anseios da população do Bico
do Papagaio.

O 9º Batalhão de Polícia Militar, em âmbito regionalizado tem sua missão


materializada nos ditames da Polícia militar do Estado do Tocantins, e no tocante
preservação da ordem pública, competência já estabelecida na Constituição Federal
de 1998, e também na constituição do Estado do Tocantins, busca área de atuação
suprir às necessidades e os anseios da população da macro região do Bico do
Papagaio.
Em relação às políticas e programas, de prevenção ao uso de Drogas,
realizados pela Polícia Militar do Estado do Tocantins, esta unidade tem buscado dar
sua máxima contribuição para o alcance dos objetivos preestabelecidos.
O Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, bem
como as ações de Polícia comunitária tem entre seus números e resultados uma
parcela de suor e trabalhos de todos os componentes desta unidade policial militar.
40

6. UMA ANÁLISE DO PROERD NO CAMPO DE PESQUISA


A pesquisa em apreço objetiva uma analise da prática pedagógica do
educador PROERD na instituição de ensino, visualizando a dualidade de sua
condição: ocupando a função de “educador”, sem dissociar de sua atividade policial
militar, ou seja, “profissional da segurança pública”. E, foi realizada através da
distribuição de questionários com perguntas fechadas para que fossem respondidos
pelo corpo docente (professores, coordenadores pedagógicos e diretores), corpo
auxiliar (serventuários) e, pelos discentes das turmas de 7º ano, da Escola Estadual
São Francisco de Assis na Cidade de Axixá do Tocantins, atendidos pelo PROERD
no ano de 2018, quando aplicado o currículo para crianças e adolescentes do ensino
fundamental (7º ano – entre 11 e 17 anos).

6.1. O ambiente de Pesquisa e a aplicação do Programa em Sala.


A Escola Estadual São Francisco de Assis, campo desta pesquisa, atual
no ensino fundamental da rede estadual de ensino da cidade de Axixá do Tocantins
– TO., situada à Rua 13 de maio S/N, Centro; com Código de Endereçamento
Postal: 77930-000. O contato com a escola pode ser feito através do telefone: (63)
3444-1130; e, o endereço eletrônico (e-mail): escolasfranciscodeassis@gmail.com.
A presente unidade de ensino atua no segmento educacional do Ensino
fundamental anos finais, nos períodos matutino e vespertino e atende
aproximadamente 550 alunos num total de 14 turmas.
As dependências da Escola, contam com 10 salas de aulas, das quais 07
com uso efetivamente utilizadas pelas turmas matutinas e vespertinas, sala de
biblioteca com espaço de leitura, salas de diretoria e professores, laboratório de
informática, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional
Especializado (AEE), Quadra de Esportes coberta, Cozinha, acesso a pessoas
portadoras de deficiência, porém, as dependências e vias não estão adequadas a
alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, há banheiros dentro e fora do prédio;
sala de secretaria, e pátios coberto e descoberto.
Os recursos humanos da escola contam com 37 servidores, entre
docentes e corpo administrativo. Os recursos tecnológicos contam com diversos
equipamentos, como: Computadores para administrativos, Computadores para
alunos, Televisores, Aparelhos de DVD, Antena parabólica, Retroprojetor,
41

Impressoras, Aparelhos de som, Projetores multimídia (datashow), e Câmera


fotográfica/filmadora.
As salas são climatizadas, por ventiladores e possuem espaço interno
apropriado ao quantitativo de alunos. Contam com uma mesa e uma cadeira,
localizadas no canto da sala, para uso professor, possuem carteiras com
braço/mesa (integrados), para cada aluno, posicionadas em fileiras, e um quadro
branco para o professor passar o conteúdo, de sua respectiva disciplina. Quando da
aplicação das lições PROERD, os alunos são remanejados para a sala de Multimídia
que é climatizada por centrais de ar refrigerado.
Durante as ministrações das lições PROERD, as turmas de 7º ano,
algumas vezes, apresentam-se bastante agitadas, se perdendo em algumas
conversas paralelas, gerando pequenos desconfortos de ordem disciplinar; mas, no
geral são cordiais e demonstram atenção e interesse ao conteúdo apresentado. O
professor se faz presente e acompanha a atuação do policial instrutor, dando apoio,
quando necessário, nas atividades desenvolvidas.
No geral, durante as aulas PROERD, alguns alunos se destacam pela
participação, outros pela atenção dedicada, priorizando a observação do conteúdo
ministrado ou as discussões opinativas diante das indagações realizadas, pelo
policial instrutor nas situações/problemas.

6.2. Aspectos metodológicos da Pesquisa


Para a realização desta pesquisa, inicialmente, foram levantados vários
dados a partir da combinação de técnicas de pesquisa bibliográfica (ou de fontes
secundárias) e de pesquisa documental (ou de fontes primárias). Frente a esta
concepção, se faz necessário esclarecer, o que se entende por pesquisa
bibliográfica e pesquisa documental na perspectiva das autoras Marconi e Lakatos
(2011, p. 43-44):
(...) “a pesquisa documental engloba todos os materiais, ainda não
elaborados, escritos ou não, que podem servir como fonte de informação
para a pesquisa científica” (...) e a pesquisa bibliográfica “trata-se do
levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre
determinado assunto (...) (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 43-44)”.
Neste interim o estudo foi voltado para o referencial teórico, através de
artigos, dissertações e teses que abrangiam o tema e assuntos correlatos como a
42

preservação da ordem pública presente em textos normativos e na constituição


federal; prevenção e combate ao uso de drogas, contido em norma específica bem
como em vários artigos, voltados ao estudo do Programa Educacional de
Resistência às Drogas.
Em conformidade com os objetivos, o estudo, também, se concentrou
numa base descritiva e exploratória. E, conforme Silva & Menezes (2000, p.21), a
pesquisa descritiva visa:
“a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e
observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento”.

Desta forma, ateve-se às características descritas e apresentadas pelos


vários autores sobre a importância do PROERD, principalmente focando nos
desafios da prevenção ao uso de drogas para os adolescentes, oriundos dos 7º
(sétimos) anos, no ensino fundamental anos finais.
Segundo Gil (2000), o estudo exploratório aprimora as ideias ou descobre
intuições. Geralmente, o estudo é exploratório quando há pouco conhecimento sobre
o tema a ser abordado (AAKER et al., 2004), que é o caso desta dissertação.
Vale ressaltar que os estudos exploratórios do presente tema foram
concebidos a partir de uma ótica objetiva, onde se fizeram presentes métodos de
estudos de forma lúdica, em face ao uso/abuso de drogas nas escolas e na vida de
nossas crianças e adolescentes. De acordo com Prestes (2003 p.26) a pesquisa
exploratória:
(...) configura-se como a que acontece na fase preliminar, antes do
planejamento formal do trabalho. [...] tem como objetivo proporcionar
maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado, facilitar a
delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos objetivos e a
formulação das hipóteses ou descobrir uma nova possibilidade de enfoque
para o assunto.

Este estudo de caráter descritivo e exploratório, sobre o PROERD, foi


realizado junto aos alunos matriculados na Escola São Francisco de Assis, da
cidade de Axixá do Tocantins, que participem efetivamente no Programa
Educacional de Resistencia as Drogas, tendo como faixa etária crianças e
adolescentes, com faixa etária entre 11 e 17 anos de ambos os sexos e de
diferentes classes sociais.
A pesquisa de campo foi realizada na escola, com os alunos nesta faixa
etária, matriculados no 7º ano do ensino fundamental onde se utilizou instrumentos
43

de observação e coleta de dados, por meio de entrevista num


formulário/questionário.
A pesquisa utilizará o método de caráter quantitativo descritivo dentro de
um aspecto metodológico hipotético-dedutivo. Godoy (1995, p.58) explicita algumas
características principais de uma pesquisa qualitativa, as quais embasam também
este trabalho:
Considera o ambiente como fonte direta dos dados e o pesquisador como
instrumento chave; possui caráter descritivo; o processo é o foco principal
de abordagem e não o resultado ou o produto; a análise dos dados foi
realizada de forma intuitiva e indutivamente pelo pesquisador; não requereu
o uso de técnicas e métodos estatísticos; e, por fim, teve como preocupação
maior a interpretação de fenômenos e a atribuição de resultados.

Nesta questão, reside um aspecto que será de grande importância, para


compreender como alunos que veem a importância polícia, por meio de seu
programa de prevenção, para o bem social desta comunidade em suas ações
positivas, a abordagem se sobrepõe aos resultados. Apesar da face quantitativa,
quando da restrição numerária da pesquisa, sendo realizada com um público de
aproximadamente 80 pessoas, entre alunos assistidos pelo programa e corpo
docente (professores e auxiliares) que estão diretamente envolvidos com a
educação destes alunos esta é prioritariamente qualitativa.
Por fim, a pesquisa tem em suas finalidades científicas a observação, na
descrição de Lakatos & Marconi(1992), a observação direta intensiva é um tipo de
observação que "[...] utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também examinar fatos ou
fenômenos que se deseja estudar". Associada à coleta de dados e a análise e
interpretação de fatos e fenômenos que ocorrem na Escola São Francisco de Assis
em Axixá do Tocantins, escola em que o Programa Educacional de Resistência às
Drogas vem sendo aplicado.

6.3. Resultados da Pesquisa


A Escola Estadual São Francisco de Assis, campo utilizado para esta
pesquisa, atua diretamente no ensino fundamental anos finais (ou seja, turmas do 6º
ao 9º ano) no ensino regular diurno. E, atua com duas turmas de 7º ano, um no turno
matutino e outra no turno vespertino, ambas selecionadas para aplicação do
Programa Educacional de Resistencia à Drogas e para a pesquisa de campo .
44

Para facilitar a análise, discussão e compreensão dos dados foram


estabelecidas restritivamente duas categorias, ou grupos que participaram desta
pesquisa de campo: discentes (composto pelos alunos de 7º ano que participaram
das aulas PROERD) e corpo docente (composto por professores, coordenadores,
serventes e diretor).
Conforme Garcia (1999, p. 45), “[...] ensinar, é algo que qualquer um faz
em qualquer momento, não é o mesmo que ser professor”. A partir desta concepção
pode-se entender a importância da extensão da pesquisa não se restringir somente
aos professores. Vez que se estendeu a todos os atores que contribuem para o
ensino e a aprendizagem dos alunos. Por compreender que no ambiente escolar
não se assimila, apenas o conteúdo disciplinar, mas toda uma gama de
conhecimentos que se estende para além; de forma: interdisciplinar, multidisciplinar
e transdisciplinar materializada por todos os atores deste ambiente.
A categoria dos “discentes” foi eleita em virtude de se fazer necessária a
obtenção visão de retorno, daqueles que são diretamente assistidos pelo programa;
enquanto a de “corpo docente” foi estabelecida levando em consideração o
envolvimento de seus atores com os assistidos e a sua percepção das eventuais
mudanças de comportamento em virtude da inserção do policial instrutor.
Para dar os contornos desta parte do estudo, toma-se Libâneo (1990, p.
77), em sua afirmação: “há uma relação recíproca e necessária entre a atividade de
ensino e a atividade de estudo dos alunos”. Os alunos são os principais receptores
no programa educacional. Para eles o PROERD é moldado e reformulado
continuamente, pois a ferramenta que o educador social, ou seja, o instrutor
PROERD faz uso é a estrutura da escola, isto é, os professores e corpo docente e
auxiliar, a estrutura física, mas, sobretudo, o Aluno.
No primeiro bloco da pesquisa, no formulário direcionado aos Professores
e demais integrantes que completam a categoria corpo docente, de público fechado
em 22 servidores que têm contato direto com os assistidos, traçou-se uma avaliação
da atuação do instrutor, da qualidade de sua ministração, da qualidade material
utilizado e, uma assimilação da participação dos pais e dos discentes envolvidos no
processo de prevenção. Conforme pode ser conferido no apêndice A e no Gráfico da
página seguinte.
45

Gráfico 1 - questionário de pesquisa objetiva “Avaliando o PROERD –


Direcionado aos Professores, demais integrante do corpo docente e
Auxiliar”. 1ª parte

Fonte: SOUSA, Josemildo do Nascimento. Axixá do Tocantins – TO. 2019.

Os dados obtidos nesta parte do questionário possibilitaram observar


graficamente, a percepção do público em relação à atuação do policial instrutor; em
relação aos materiais utilizados e, as participações dos alunos, da família e da
escola nestas atividades.
Os resultados, compilados, no gráfico em apreço evidenciam a aprovação
do público pesquisado quanto à atuação e domínio do tema e linguagem de
aplicação, por parte do instrutor. A mesma comprovação se solidifica em relação aos
materiais, duração do curso, atividades desenvolvidas e participação do corpo
escolar no desenvolvimento do Programa Educacional de Resistencia às Drogas.
Contudo, dois aspectos, nesta etapa da pesquisa, merecem atenção: a percepção
46

do corpo docente diante da tímida participação dos alunos durantes às aulas e


atividades desenvolvidas, mas, acima de tudo, o qual fez ainda mais tímida a
participação dos pais, em volume e efetividade durante a realização do programa.
Dessa forma entende-se que,
“em termos de ação educativa, o educador com seus determinantes será
aquele que tem a responsabilidade de dar direção ao ensino e o educando
aquele que, participando do processo, aprende e se desenvolve, formando-
se como sujeito ativo de sua história pessoal quanto como da história
humana” (LUCKESI, 1993, p.114).

Neste aspecto o professor titular ou instrutor PROERD, cada um, em sua


respectiva função, devem, em sala de aula, exercer um papel diferente do docente
tradicional, “desafiando” seus alunos a pensarem, a observarem, gerando dúvidas,
problematizando situações para que o aluno possa aprender e reaprender sem
receber respostas prontas, ou seja, seu papel é o de oportunizar situações em que o
educando vai progressivamente construindo sua autonomia e um pensamento
reflexivo percebendo-se também enquanto um agente ativo que tem assegurado um
papel em sala de aula.
E quando da inserção e discussão de temas tão polêmicos quanto a
prevenção ao uso de drogas, faz-se importante frisar, que para que isso ocorra da
forma mais linear e sem tantos percalços, a família e os professores têm que se
relacionar e atuar em um clima de confiança e de troca de informações que
possibilitem ações conjuntas na educação de seus alunos e filhos. Paralelamente,
os professores serão os responsáveis, dentro da escola, por proporcionar reflexões
junto aos alunos de forma que possam enfrentar as situações conflitantes inerentes
a adolescência e a sociedade moderna.
O primeiro bloco das questões realizadas junto ao público discente,
composto por 58 alunos das turmas de 7º ano, foi muito semelhante aos resultados
anteriormente apresentados, vejamos o questionário e o resultado na próxima
página:
47

Gráfico 2 – Questionário de pesquisa objetiva “Avaliando o PROERD –


Direcionado aos Educandos, que participaram pelo menos uma vez, do
PROERD modalidade 7º Ano”. 1ª parte

Fonte: SOUSA, Josemildo do Nascimento. Axixá do Tocantins – TO. 2019.

As questões apresentadas aos alunos em seu questionário são muito


parecidas aos quesitos apresentados ao corpo docente, no entanto duas questões a
mais encerram este bloco, são elas relacionadas ao entendimento do aluno com
vistas à participação de seus colegas e professores.
Na apuração números se mostram muito positivos em praticamente toda a
pesquisa, no entanto, mais uma vez, as participações dos pais, na realização do
programa e suas atividades, se mostram bem modesta, carecendo um envolvimento
maior.
“O envolvimento dos pais na educação das crianças tem uma justificativa
pedagógica e moral, bem como legal [...] Quando os pais iniciam uma
parceria com a escola, o trabalho com as crianças pode ir além da sala de
aula, e as aprendizagens na escola e em casa possam se complementares
mutuamente” (SPODEK; SARACHO, 1998, p. 167).
48

Observa-se que a família, pais ou tutores, têm a função de complementar


à formação do indivíduo, pois são os responsáveis diretos, deles são requeridas
incumbências pedagógicas, morais e legais. Já a educação formal é
responsabilidade da escola, ou seja, ambas são corresponsáveis pela formação
cognitiva, afetiva, social e da personalidade das crianças e adolescentes.
A parceria entre escola e família também é um ponto positivo no combate
à indisciplina, pois, o aluno está presente nesses ambientes, tornando-os assim,
espaços de aprendizagem. Segundo Cury (2017), “a família traz segurança para a
criança, e essa segurança auxilia na formação de um adulto confiante”.
Importante ressaltar que uma das principais características do Programa
Educacional de Resistencia às Drogas – PROERD reside na relação de parceria
entre a Polícia Militar representada por seu policial instrutor; a Escola com seu corpo
docente e auxiliar; e, a família dos discentes todos envolvidos em pró da prevenção
ao uso de drogas por parte das crianças e adolescentes.
Nesse sentido, se faz importante enfatiza que a base para o não ingresso
dos jovens nesse mundo quase sempre sem volta está na família e na escola. A
primeira deve dialogar, conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das
drogas, e ensinar valores humanos e valorização da saúde e da vida. A segunda,
por sua vez, deve promover a transdisciplinariade em sala de aula ou por meio de
palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos entre outros profissionais que
estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
O PROERD mesmo sendo o programa voltado à prevenção ao uso de
Drogas tem se mostrado uma ferramenta muito eficiente, também, frente a alguns
comportamentos, considerados, frutos da indisciplina escolar.
Diante desta assertiva a segunda parte do questionário, buscou verificar
junto ao corpo docente, se houve alguma mudança, que pudesse ser levada em
consideração, diante da aplicação do Programa Educacional, desenvolvido pela
Polícia Militar do Estado do Tocantins. Vejamos na próxima página:
49

Gráfico 3 – Questionário de pesquisa objetiva “Avaliando o PROERD –


Direcionado aos Professores, demais integrante do corpo docente e
Auxiliar”. 2ª parte.

Fonte: SOUSA, Josemildo do Nascimento. Axixá do Tocantins – TO. 2019.

As questões, num primeiro momento, buscam evidenciar uma percepção


dos resultados positivos quando da aplicação do programa, e da efetiva participação
dos alunos durante as lições. Mas a questão seguinte, considerando os aspectos
preventivos ao uso de drogas e a diminuição violência, busca verificar junto ao corpo
docente se houve alguma mudança positiva.
Constata-se, a partir do gráfico, que há a corroboração, na concepção dos
educadores, do PROERD na diminuição da indisciplina e violência na escola em que
o programa é aplicado. A mesma concepção pode ser visualizada n’’outra pesquisa
realizada entre os docentes pelo (GREA, 2003, p. 10): “[...] um programa que
segundo eles provoca mudanças positivas no comportamento das crianças, cada
vez mais indisciplinadas dentro das salas de aula”.
50

Sabe-se que o combate à indisciplina escolar tem sido um processo difícil,


considerando que a escola necessita do apoio da família, se fazendo de corpo
presente sempre que se fizer necessária; dos órgãos públicos, que entendam a sua
função, também por um viés pedagógico; e, de toda a sociedade envidando esforços
em pro da educação. Para que juntos consigam atingirem os objetivos traçados para
estas crianças e adolescentes.
Na segunda faze do questionário aplicado aos discentes, uma questão
também buscou evidencias desta mudança de comportamento. Ao serem
questionados (os alunos) sobre a contribuição do PROERD no entendimento da
importância de não agir com violência, e os resultados foram no mesmo sentido do
que os professores e corpo docente expressaram. Vejamos:
Gráfico 4 – Questionário de pesquisa objetiva “Avaliando o PROERD –
Direcionado aos Educandos, que participaram pelo menos uma vez, do
PROERD modalidade 7º Ano”. 2ª parte

Fonte: SOUSA, Josemildo do Nascimento. Axixá do Tocantins – TO. 2019.


51

O ultimo questionamento desta pesquisa, presente nos formulários tanto


dos discentes como do corpo docente e auxiliar, vislumbra a recomendação do
programa educacional a outras escolas.
Nesta etapa instiga-se o público sobre a recomendação numa situação
futura e distinta, posterior à aplicação do PROERD. E, como pode ser observado os
resultados se fazem semelhantes, a grande maioria opinou por sugerir a aplicação
do Programa educacional à direção de outra escola em que estejam estudando ou
trabalho respectivamente.
Programas e projetos de prevenção ao uso de drogas tem previsão legal,
e, neste âmbito, são recomendados numa perspectiva pedagógica sua aplicação,
tanto no ensino público quanto privado:
No âmbito da legislação brasileira, embora a Lei nº 9.394/96 não apresente
um item sobre drogas, a Lei nº 11.343/2006 regulamenta a formação
continuada de professores na área de prevenção ao uso indevido de drogas
e recomenda a implantação de projetos pedagógicos no ensino público e
privado (BIZZOTTO; RODRIGUES, 2007).

A prevenção aos problemas relacionados ao uso de drogas, atualmente,


mais do que nunca, tem se materializada. Pois, as ciências sociais têm fornecido
ferramentas para melhor adaptar as ações de prevenção, o que estimula a
implantação de programas baseados em evidências científicas, tanto nas escolas
quanto nas famílias e nas comunidades.
A prevenção é um dos instrumentos no combate ao uso de drogas. A
Política Nacional sobre Drogas, aprovada em 2005 pelo Conselho Nacional
Antidrogas, argumenta que a efetiva prevenção acontece quando se tem um
comprometimento e uma cooperação entre as diferentes parcelas da sociedade
brasileira e dos órgãos governamentais, federal, estadual e municipal, ou seja, é
preciso a articulação entre setores, formando redes de comunicação para a geração
de resultados em longo prazo (BRASIL, 2005).
Por fim, a prevenção ao uso de drogas é uma atividade que requer ações
interdisciplinares, pois abordam questões nos campos da antropologia, sociologia,
psicologia, pedagogia, ciências políticas, econômicas (CRUZ, 1990).
52

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação, em todas as fases da existência humana, tem um papel de
grande relevância, sobretudo para as crianças e adolescentes. Ela tem função
transformadora, desenvolvendo a educação e lapidando a informação convertendo-a
em instrução e conhecimento.
Frente à política nacional de prevenção e combate ao uso de Drogas, a
educação tem um papel fundamental. Orientando e mostrando a relação que os
diversos tipos de drogas causam na saúde de diversas crianças e adolescentes em
todo o mundo.
A prevenção ao uso de drogas, no ambiente escolar, pode se dar por uma
abordagem transdisciplinar. Visto que, na pratica a transdisciplinaridade estabelece
um estimulo a uma nova compreensão da realidade articulando elementos que
passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da
complexidade. Neste viés, prevenção desenvolvida pelo PROERD é transdisciplinar.
Este trabalho buscou estabelecer uma analise da historicidade do
Programa Educacional de Resistencia às Drogas - PROERD. Principal programa de
prevenção desenvolvido pelas Polícias Militares.
O PROERD é oriundo de um programa de prevenção Norte-americano, e
no Brasil aplicação piloto se deu no Rio de Janeiro. Sendo, posteriormente, difundido
para todos os estado do país. O programa atua diretamente na prevenção primária,
com currículos direcionados a educação infantil, 5º ano e 7º ano do ensino
fundamental; e, um curriculum direcionado aos pais.
A Polícia Militar do Estado do Tocantins ao desenvolver ações positivas,
principalmente via programas educacionais, ou ações de polícia comunitária realiza
um benefício social, aos discentes; ao corpo docente; e a comunidades a qual se
encontram inseridas suas respectivas famílias.
Os instrutores do Proerd são policiais de ambos os sexos, que se
apresentam voluntariamente para trabalhar com as crianças. Os voluntários passam
por um curso de formação, ministrado por instrutores mais experientes, onde se alia
a teoria à prática, atualmente perfazendo um total de 200 horas o com estágio.
O currículo escolar “Caindo na REAL para o 7º ano”, organizado em 10
lições, foi ministrado na escola campo, e os discente compuseram o público
pesquisado. Neste, verificou-se que a intenção é fazer com que os estudantes
tenham domínio de novas habilidades. E, a sustentação desta faixa do programa
53

são as estratégias do “REAL” para resistir às ofertas de drogas: Recusar, Explicar,


Abster-se e Livrar-se.
A avaliação do programa na Escola Estadual São Francisco de Assis,
município de Axixá do Tocantins – TO, foi favorável e demonstrou que os discentes,
bem como, corpo docente estão satisfeitos, com o modo em que tem sido
desenvolvido o programa; e, o quanto a relação de proximidade entre
instrutor/policial e discente trazem mudanças comportamentais positivas para os
alunos, crianças e adolescentes.
A pesquisa de campo, realizada com o corpo docente e os discentes,
demonstrou várias percepções. Sobretudo, uma que realça a necessidade de
participação dos pais ou responsáveis no desenvolvimento das atividades do
Programa Educacional, e, modo geral, no ambiente escolar. E, justamente neste
quesito, que reside um ponto se melhorado na atuação do programa, e que poderá
dar margem, no futuro, a outra pesquisa, que busque sanar a seguinte indagação:
“Como fazer para os pais se engajarem de forma mais efetiva no ambiente escolar
para ajudar seus filhos e os instrutores e professores que se doam para, de forma
efetiva, educar, instruir e favorecer a percepção do conhecimento?”.
A família tem a função primária na educação das crianças e adolescentes,
nela se situa o alicerce com as primeiras noções de vivencia e convivência em
sociedade. O acompanhamento dos pais e responsáveis se faz imprescindível, de
forma a complementar à formação do educando, dentro e fora do ambiente escolar,
pois são os responsáveis diretos. No entanto durante a atuação do programa ou,
ainda, durante a pesquisa verificou-se o quão tímida de fez esta participação. Os
pais comparecem e participam em volume e efetividade bastante reduzida.
A pesquisa, também, verificou a efetividade do PROERD enquanto
programa de prevenção que a Polícia Militar do Estado do Tocantins desenvolve
desde 2002, ou seja, aproximadamente 17 anos, buscando prevenir e combater, por
meio da educação, o uso de drogas nas escolas públicas e privadas.
Esta efetividade traduz-se num ponto positivo da atuação do programa no
ambiente a que se propõe atuar o PROERD, sinalizando o quão tem se tornado
importante para escola, à participação de um policial instrutor abordando um tema
tão importante quanto paradigmático, “a prevenção ao uso de Drogas por meio de
escolhas positivas”.
54

Na prática, verifica-se que a maioria das escolas não possui um projeto


continuado de prevenção ao uso de Drogas, tampouco desenvolve atividades
sintonizadas com a realidade vivida pelos alunos e, ainda, grande parte dos
professores não é preparada para lidar com o tema de forma contextualizada. E, a
escola objeto de estudo se enquadra nesta realidade. Por outro lado, vale ressaltar
que a receptividade do público, em relação ao pesquisador, e sua participação
inconteste quando da resposta ao questionário, com certeza foram o ponto ápice
desta pesquisa.
Frente a esta realidade das escolas brasileiras, (sobretudo das escolas de
Axixá do Tocantins – TO), evidencia-se a necessidade de se pensar estratégias que
promovam ações, projetos e programas de prevenção nas escolas, com um
envolvimento, ainda maior, com a proposta de prevenção, que se materialize para
além do período de execução das atividades do programa analisado.
Por fim constata-se que a prevenção ao uso/abuso de drogas, tem se
intensificado por meio de projetos e programas educacionais, tais como o PROERD,
no entanto, diante dos inúmeros problemas causados por essa doença social, se
fazem necessários o engajamento potencializado dos educadores, junto à escola e
os discentes; e uma maior participação da família tanto no ambiente escolar
acompanhando seus filhos ou tutelados, como também na discussão doméstica
deste tema, enquanto malefício, e, da educação enquanto chave para o crescimento
e desenvolvimento do indivíduo, da família e da sociedade.
55

REFERÊNCIAS

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BIZZOTTO, Alexandre; RODRIGUES, Andreia. Nova lei sobre drogas:


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Brasil, disponivel em: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/imprensa/artigos/2010/25-
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______.MEC. Parâmetros curriculares nacionais. Terceiro e quarto ciclos do


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_______.MJ. Curso de prevenção do uso de drogas para educadores de


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em: 26 jun.2018.

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para educadores / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD);
conteúdo e texto original: Beatriz H. Carlini. -- 2. ed., reimpr. – Brasília : Ministério da
Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2011.

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Violência - PROERD - Uma análise de sua efetividade na prevenção na cidade
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TO.PMTO. Informações institucionais Proerd. Localizado em:


http://pm.to.gov.br/institucional/estrutura-geral/04-rgaos-especiais/proerd---
programa-educacional-de-resistencia-as-drogas-e-a-violencia/03---informacoes-
historicas/ pesquisado em: 13 jan. 2019
58

APÊNDICES
59

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA


Núcleo De Tecnologias Para Educação – UEMANET
Curso de Formação Pedagógica de Docentes Para o Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano),
Médio e Educação Profissional.
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

Apêndice A - Avaliando o PROERD (Direcionado aos Educandos, que participaram pelo


menos uma vez, do PROERD modalidade 7º Ano).

Marque somente UMA alternativa em cada linha: A=EXCELENTE; B= BOM; C= RUIM.


01 Como você avalia o domínio dos policiais sobre o tema? A B C

02 A linguagem utilizada pelos policiais foi?

03 O material do Curso como você classifica


?

04 Como foi o contato dos policiais com os alunos?

05 E, sua participação nas atividades foi?

06 E, a participação de seus colegas nas atividades?

07 O tempo de duração do curso você defini como?

08 Como você avalia as atividades realizadas?

09 A participação dos(as) seus(suas) professores(as) nas atividades?

10 Como você percebeu o envolvimento da sua família nestas?


Atividades

11 E, como foi percebida participação da sua escola nestas atividades?

12 – O PROERD contribuiu para que você perceba a importância de não agir, com violência
para resolver problemas?
(A) Sim, Integralmente
(B) Parcialmente
(C) Não
13 – O PROERD contribuiu para que você entendesse a importância de você cuidar de sua
saúde?
(A) Sim, Integralmente
(B) Parcialmente
(C) Não
14 – caso você estudasse em uma escola que não tivesse O PROERD, você sugeriria à direção
que o incluísse nas suas atividades escolares?
(A) Sim, Integralmente
(B) Parcialmente
(C) Não
60

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA


Núcleo De Tecnologias Para Educação – UEMANET
Curso de Formação Pedagógica de Docentes Para o Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano),
Médio e Educação Profissional.
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

Apêndice B – Avaliando o PROERD ( Direcionado aos Professores, demais integrante do


corpo docente e Auxiliar).

Marque somente UMA alternativa em cada linha: A=EXCELENTE; B= BOM; C= RUIM.


01 Como você avalia o domínio dos policiais sobre o tema? A B C

02 A linguagem utilizada pelos policiais foi?

03 O material do Curso como você classifica?

04 Como você observou o contato dos policiais com os alunos?

05 Como você define o tempo de duração do curso?

06 Como você avalia as atividades realizadas?

07 Como você avalia a participação dos alunos nas atividades


desenvolvidas em sala e na escola?

08 Como você percebeu o envolvimento das famílias nestas? Atividades

09 E, como foi a participação de sua escola nestas atividades?

10 – Você consegue perceber os resultados positivos das atividades desenvolvidas pelo


PROERD, em sua escola?
(A) Sim, integralmente.
(B) Sim, parcialmente.
(B) Não.
11 – Durante as aulas/atividades do PROERD, você percebeu a existência de um tempo
especialmente dedicado para os alunos falarem o que pensam sobre o assunto drogas?
(A) Sim, Integralmente;
(B) Sim, Parcialmente
(B) Não.
12 – Lembrando-se que o objetivo do PROERD é evitar/ diminuir a violência e o uso de drogas
entre os jovens. Você acredita nos resultados positivos deste Programa de prevenção?
(A) Sim, integralmente.
(B) Sim, parcialmente.
(C) Não.
13 – A partir de sua interação com o PROERD: caso você estivesse desenvolvendo outras
atividades (trabalhando) n’outra escola, que não tivesse acesso a este Programa, você
sugeriria, à direção, a inclusão deste programa em suas atividades escolares?
(A) Sim, integralmente;
(B) Sim, parcialmente
(B) Não.
61

ANEXOS
62
63

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO


NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO

ANEXO A - Termo de Autorização para divulgação da pesquisa

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Eu, Cleomison Alves de Andrade, Diretor da Escola Estadual São

Francisco de Assis, autorizo o aluno Josemildo do Nascimento Sousa,


do Curso de Formação Pedagógica de Docentes Para o Ensino Fundamental (do
6º ao 9º ano), Médio e Educação Profissional da Universidade Estadual do
Maranhão – UEMA, Núcleo De Tecnologias Para Educação – UEMANET, a
divulgação de depoimentos na sua Monografia e imagens internas da instituição.

Axixá do Tocantins, 11 de abril de 2019.

Diretor da Escola Estadual São Francisco de Assis


64

Manual do Instrutor
Currículo Proerd para Adolescentes do 7º Ano

DIRETORIA DE APOIO OPERACIONAL


CENTRO DE TREINAMENTO DARE/PROERD PMMG
65

ESTADO DO TOCANTINS
POLÍCIA MILITAR
QUARTEL DE COMANDO GERAL
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PROERD

DIRETRIZ Nº 001 DE FEVEREIRO DE 2008: REGULA O PROGRAMA


EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS E À VIOLÊNCIA (PROERD),
NA POLÍCIA MILITAR DO TOCANTINS.

Palmas 2008

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