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POLÍTICA
5 ANOS DAS 'JORNADAS'
Junho de 2013 é parte de um movimento político e mostra di

Pesquisadores se reúnem para entender as chamadas 'jornadas de junho'. Pautas democráticas
em um momento de rupturas de velhas instituições
Publicado por Gabriel Valery, Da RBA 12/06/2018 18:45
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ARQUIVO/EBC
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/06/junho-de-2013-foi-um-movimento-politico-se-e-politico-tem-disputa-de-ideias/ 1/7
Movimento que balançou a política nacional completa cinco ano
São Paulo – Junho de 2013 entrou para a história do Brasil como um momento de ebulição da insatisfação pop
pessoas tomaram as ruas de todo o país, não apenas nas capitais, em protestos com pautas difusas, sem orde
são os mais diferentes possíveis. Da ampliação do uso do espaço público e dos pedidos por maior efetividade
chegaram a derrubar uma presidente eleita sem o cumprimento dos critérios legais.
As contradições das chamadas “jornadas de junho” foram tema de um debate nesta segunda-feira (11) na livra
divulgou estudo sobre um dos resultados mais cruéis das mobilizações: a ampliação da repressão do Estado c
cientista político Rudá Ricci, autor de obras sobre o tema, e Daniela Haj Mussi, doutora em Ciência Política pela
“Junho de 2013 ssurou a normalidade institucional, ele sincronizou insatisfações. Isso não signi ca que o proc
processo similar com a greve dos caminhoneiros. Foram explosões de insatisfações sociais. Não podemos neg
político e, se é político, é campo de disputa”, resumiu Daniela.
Ricci apresentou um panorama histórico que construiu o caldo necessário para a ebulição social de junho de 2
sistema. Um ideário que acabou possibilitando a argumentação de que junho pode ter aberto as portas para a
é romper com todas as estruturas modernas dos séculos 19 e 20”, disse.
“Tínhamos estruturas verticalizadas, em que todos os membros de organizações tinham seus espaços preench
são organizações lacunares, com buracos. As pessoas não se identi cam mais com organizações, mas com os
movidas por situações espetaculares que atingem não pela organização em si, mas em função do impacto que
função a um chamamento. Ao contrário, vou porque alguém que conheço chamou. É mais afetivo, emocional d
Para o pensador, essas rupturas in uenciam negativamente nas antigas organizações de luta de classes. “Parti
sindicalização do mundo. Mas agora há uma corrosão da legitimidade. As lideranças, desse sistema, não conse 
nacional estável com autoridade pública seja o Lula. De alguma maneira, junho inaugura essa fase de corrosão
Veja também: Breno Altman analisa o que foram as “jornadas de junho”
Em vídeo de sua série 20 Minutos, no YouTube, jornalista, fundador do site Opera Mundi comenta o início da re
pelo comando das ruas. O predomínio da narrativa antipetista. Conspiração reacionária ou rebelião legítima? C
20 Minutos História - Junho de 2013: Rebeldia ou Golpismo?
Direita e esquerda
Mesmo com o recrudescimento de uma extrema-direita barulhenta em âmbito nacional, seguindo passos de d
Estados Unidos, ou do partido de extrema-direita na Áustria, Ricci considera que a natureza das jornadas de ju
centro nem de direita. Foi uma mobilização social que colocou mais de 4 milhões de pessoas nas ruas. Um fen
dirigentes. Foi surpreendente. Entrevistei muitas lideranças que organizavam, decidiam. Eram mobilizações be
emocional grande.” 
“O ethos era de esquerda. Em São Paulo, temos uma zona sul e uma zona leste que não é de extrema-direita. P
da cidade e em regiões mais ricas, houve uma disputa com a extrema-direita. Mas isso foi concentrado em Bra
fortalecimento da democracia direta e da ocupação do espaço público. Ocupar o espaço para realizar o projeto
século 20. Havia uma pauta de democratização de políticas públicas, de atendimento mais universal. Lembrem
área social para que o mercado que responsável. Mas os manifestantes sempre falavam de políticas públicas
Uma das questões, entretanto, foi a forte presença jovem como característica, que buscava uma luta contra o
uma década sob comando de um governo progressista, com maior pegada social, com o PT, o que acabou por
ordem. Quem tem 23, 25 anos, na sua adolescência, só foi governado pelo PT. Evidentemente que a juventude
adultos, tendo um governo de mais de uma década, ele era o responsável pela minha não realização. Ainda m
dado de manutenção do poder. 2013 foi a provisoriedade e a utopia no presente”, concluiu.
Repressão
A advogada Camila Marques, da Artigo 19, fez uma breve exposição sobre um estudo da ONG lançado ontem,
daquele momento histórico. “Lançamos este infográ co que trás um pouco da nossa análise do que foi junho
Estado a junho de 2013. Temos em mente que a violência do Estado é elemento histórico do Brasil. Mas tivemo
de so sticar e aprimorar a criminalização”, disse.
Para a especialista, houve “uma estratégia coordenada das três esferas de poder para criar um ambiente de cr
Legislativo, vemos cerca de 70 projetos de lei que visam restringir o direito e protesto. Além disso, vimos a Lei
Copa e das Olimpíadas. No Executivo, vimos um investimento muito maior no aparato repressivo. Passaram a
canhões sônicos. Vimos uma polícia cada vez mais aprimorada em seus instrumentos de vigilância. Dizemos q
registro esse que não sabemos o que eles fazem depois”, disse.
“Temos também uma Justiça que consolida todo esse processo. Tivemos o caso, por exemplo, do Rafael Braga
um pinho sol. Vimos a Roberta Pereira, manifestante com os seios à mostra condenada por ato obsceno que a
detido. Vimos proibições de ocupações, interditos proibitórios. Vimos o Sérgio Silva, que teve uma decisão em
dele.”
Veja íntegra estudo que organiza os métodos adotados pelo Estado para aprimorar a repressão contra o
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SENADO
‘Alckmin não vai a lugar nenhum, a menos que dê golpe’, a r

Em discurso no Senado, senadora ataca política neoliberal de Temer e dos tucanos, cortes em pr
avisa: 'Vamos lutar, e vamos lutar com Lula'
Publicado por Redação RBA 12/06/2018 18:00
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AGÊNCIA SENADO
“Não vamos desistir do Brasil. Vamos lutar, e vamos lutar com Lula”, avisou a senador
São Paulo – Em discurso na tribuna do Senado na tarde de hoje (12), a senadora Gleisi Ho mann (PR), presiden
Temer, citou uma série de notícias reveladoras da crise brasileira e destacou a responsabilidade do PSDB sobr
que ia consertar Brasil? Essa gente não entende o povo brasileiro. Vamos explicar para o mercado, para a Rede
ganha até dois salários mínimos”, disse. “É o que essa gente paga por um jantar. Eles não têm noção do que é
Segundo ela, o baixo índice de intenção de votos no pré-candidato tucano à Presidência da República, o ex-gov
população do papel dos tucanos na política de ajuste neoliberal de Temer. “Alckmin não sobe nas pesquisas e
golpe. Temer é que está fazendo isso, com o PSDB, com os tucanos”, a rmou. “Não vão ter candidato competit
Uma eleição se faz com o povo, e o povo não quer a política neoliberal.”
Ela destacou os cortes em programas sociais, na educação e na saúde como os principais exemplos de política
aumentando o sofrimento de gente. Aí não sabem por que, quando fazem uma pesquisa, dá 30% para Lula me
Segundo pesquisa Datafolha divulgada no domingo (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 30% e é
com até 15%, e Ciro Gomes (PDT), entre 10% e 11%. Alckmin aparece apenas em quinto lugar, com 7%.
A petista mandou um recado “aos algozes do Lula: não vamos desistir do Brasil. Vamos lutar, e vamos lutar com
Além das di culdades vividas pela população com o preço do gás de cozinha e o custo da energia elétrica, ela c
de 44,5%; as inde nições sobre a tabela de frete, “que travam o transporte de carga no país”; o dólar em alta; a
Bolsa em queda; e o risco Brasil, que subiu para 76% em três meses.
“Era esse resultado que o mercado queria? Infelizmente, a notícia é que tudo só vai piorar. Não tem como dar
política de privatizações na Petrobras e no setor elétrico do país. “Daqui a pouco o preço da energia elétrica so 
“Estamos falando sobre gente. Não estamos falando sobre números, indicadores macroeconômicos. Mercado,
vi um analista de mercado dizendo que a população tem que entender que tem de ter ajuste scal. Que pérola
REGISTRADO EM: AJUSTE FISCAL, COMBUSTÍVEIS, ENERGIA ELÉTRICA, GERALDO ALCKMIN, GLEISI HOFFMANN, MDB, MICHEL TEMER
Fruto de parceria entre alguns sindicatos de trabalhadores liderados pelo Sindicato dos Bancár
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