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Objectivos específicos:
Adquirir conhecimentos das técnicas e sistemas de representação do espaço pela utilização directa da
linguagem do desenho.
Desenvolver capacidades de observação e representação do espaço e das formas no espaço, pelo
exercício prático do desenho.
Saber adequar as diferenças expressivas dos materiais à representação de cada espaço e forma,
qualificando-a enquanto mensagem visual.
Léxico específico:
CAMPO VISUAL: O campo visual é limitado pelas nossas capacidades ópticas: máximo 60º e está contido no
cone visual cujo vértice se encontra no olho.
RAIOS VISUAIS: São rectas que ao interceptarem o plano de quadro, determinam a projecção cónica do
objecto ou cena que se pretende representar.
PLANO DE QUADRO: É o plano de projecção que podemos imaginar como sendo um plano de vidro situado
entre o observador e as formas que ele observa.
CENTRO VISUAL: É o ponto que se situa no centro do campo visual, no centro da imagem e que corresponde
ao ponto para onde olhamos (este ponto pode não se encontrar sobre a linha do horizonte).
LINHA DO HORIZONTE: É uma linha imaginária em posição horizontal que está contida num plano horizontal e
que tem a particularidade de passar à altura dos nossos olhos, do nível do olhar. A linha do horizonte tem
posições diferentes no campo visual devido ao sentido do olhar, ela passa à altura dos nossos olhos e não para
onde olhamos podendo, por vezes, não aparecer no nosso campo visual.
PONTOS DE FUGA: Ponto para o qual duas ou mais linhas paralelas (linhas de fuga) parecem convergir e que
se situam sobre a linha do horizonte.
PLANO DE QUADRO VERTICAL: Quando o plano de quadro é vertical e perpendicular ao plano de terra
(plano horizontal), todas as linhas verticais são paralelas ao plano de quadro e perpendiculares ao plano de terra.
Nestes casos a LH verifica-se através do paralelismo em relação a qualquer linha horizontal ou através da
perpendicularidade em relação a qualquer linha vertical.
Podem existir vários pontos de fuga (F1, F2, F3 …) sobre a linha do horizonte que correspondem a linhas
pertencentes a planos oblíquos em relação ao plano de quadro.
Quando existem planos inclinados (de rampa) em relação ao plano de terra , as linhas de fuga desses planos
convergem para um ponto de fuga de rampa (Fr) que não se encontra sobre a LH, mas sim numa outra linha
horizontal paralela à LH (acima ou abaixo)
PLANO DE QUADRO INCLINADO: Quando o plano de quadro é inclinado em relação ao plano de terra
horizontal, todas as verticais deixam de ser paralelas ao plano de quadro e passam a convergir para um ponto
de fuga para verticais (Fv) acima ou abaixo da linha do horizonte (efeito da convergência vertical).
PLANO DE QUADRO HORIZONTAL: Plano de quadro paralelo ao plano horizontal de terra. Encontramos esta
situação quando olhamos para o céu na vertical.
DESENVOLVIMENTO PRÁTICO
Exercício
Objectivos específicos:
Descobrir alguns dos princípios básicos da perspectiva linear.
1. Analisar as imagens e encontrar alguns dos elementos fundamentais da perspectiva tais como ponto(s) de
fuga (F1,F2,…Fr, Fv), linha do horizonte (LH) e linhas de fuga.
1.1. Verificar que alguns dos elementos da perspectiva não se encontram no campo visual de quem
fotografou. Imaginá-los, prolongá-los mentalmente, ajuda a pré-visualizar o espaço fora da imagem que
vão necessitar para os registar sobre a folha de desenho.
1.2. Recortar, enquadrar e colar a(s) imagens nas folhas de desenho.
1.3. Com marcadores de cor, traçar sobre cada imagem e/ou sobre papel vegetal, esses elementos,
diferenciando-os através de linhas e pontos com diferentes expressões e/ou diferentes cores.
Material: Fotocópias a preto e branco de imagens de espaços interiores e exteriores com diferentes
características, papel de desenho A3, papel de engenharia A3, marcadores de cor e/ou lápis de cor.
2. Exercício
Objectivos específicos:
Conhecer os limites do nosso campo visual através de um método empírico de representar a
profundidade em perspectiva linear.
Posicionar a linha do horizonte no suporte de intervenção com uma maior assertividade.
Representar uma imagem perspectivada com mais facilidade.
Distinguir com clareza o olhar, do representar.
2.1. Quando começamos a desenhar torna-se difícil decidir quanto do que vemos deverá ser transposto para
o papel, visto que não nos conseguimos abstrair dos objectos percepcionados pela nossa visão
periférica. Delimitar aquilo que por tendência tende ao infinito é o principal objectivo deste método. Para
evitar a distorção, qualquer objecto deverá encontrar-se num ângulo de visão de 60º (cone de visão).
ESQUEMA DE ACTUAÇÃO
Este exercício tem duas partes: o olhar e o representar.
1º - Escolher um ponto ou objecto pequeno no campo visual onde se vai fixar o olhar. Este ponto vai ser o
centro visual da imagem que nos interessa. Ao escolher o ponto que vai ser o centro do campo visual, ter a
atenção de não o fazer coincidir com a linha do horizonte.
2º - Verificar onde passa a linha do horizonte.
3º - Verificar ainda, que a linha do horizonte, pode ficar acima do centro visual ou abaixo, mas sempre à altura
dos nossos olhos.
4º - Medir a distância entre a LH e o centro visual. Esta vai a ser a nossa unidade de medida (x).
Para REPRESENTAR ou passar à transferência destas relações para o suporte do desenho é necessário:
Nota: A transferência proporcional de dados e as mudanças de escala é o que pemite relacionar o que se vê com
o que se quer desenhar
Imagens fotográficas do Exercício 1.