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1 INTRODUÇÃO _______________________________________________________ 37
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Ulisses Thadeu V Guedes
CAP 258 - REDES E COMUNICAÇÃO DE DADOS - Redes
MODELO DE REFERÊNCIA, MEIOS, TOPOLOGIAS E EQUIPAMENTOS
4 Topologias de Redes____________________________________________________ 51
5 Equipamentos de Rede__________________________________________________ 54
5.7 PROXY__________________________________________________________________ 59
6 EXERCÍCIOS:________________________________________________________ 64
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CAP 258 - REDES E COMUNICAÇÃO DE DADOS - Redes
MODELO DE REFERÊNCIA, MEIOS, TOPOLOGIAS E EQUIPAMENTOS
Redes - Parte I
1 INTRODUÇÃO
Define-se redes de computadores como sendo a interligação entre dois ou mais nós
envolvendo os aspectos físico e lógico. Nesta interligação circulam protocolos de
comunicação que implantam regras de conversação.
O meio utilizado na interligação entre os nós físicos denominamos de rede física. Exemplos
de nó físico: uma porta serial, uma porta paralela, uma porta BNC de uma interface de rede,
uma porta infravermelho, uma porta BNC de um conversor. Assim, numa rede física
circulam sinais elétricos, ou óticos, ou acústicos ou, até mesmo, puramente binários, que
representam frames contendo as informações, segundo algum padrão de transmissão
usado para aquele meio. Um frame é uma estrutura de bits organizados, onde cada
campo traduz um tipo de informação pertinente à conexão. Assim, um nó físico só
admite enlace com outro nó físico da mesma espécie. Porta serial com outra porta serial,
placa com conector BNC com outra com conector da mesma espécie. Para uma mudança
de meio existirão, pelo menos, 2 nós físicos envolvidos.
Considere, por exemplo, uma rede física interligando apenas dois nós com identidade sem
qualquer possibilidade de inserir um terceiro nó entre eles. Nesta rede, os frames enviados
por um nó só poderiam ser dirigidos ao outro nó. Isto implica numa possível simplificação de
cabeçalhos. Já numa rede física com mais de dois nós o sinal gerado por um emissor é
passado para o meio físico, e aquele sinal deve conter dados sobre o destinatário (um
receptor). Os possíveis receptores devem verificar qual deles é o destinatário daquele
frame. O que nos leva a concluir que este tipo de frame possuirá um cabeçalho maior, mais
completo, até mesmo mais complexo, e com uma estrutura bem definida.
Sobre este enlace, um frame pode conter um pacote. Este pacote é evolvido pelo frame.
Este pacote, que também possui cabeçalho ainda mais completo, apresenta
característica própria e pode ser dependente ou independente do meio de
transmissão. É como se este pacote estabelecesse uma rede própria que denominaremos
de rede lógica constituída por nós lógicos.
Nestes termos, poderemos ter novos pacotes envolvendo outros pacotes de forma
independente do meio físico, gerando cascas sobre cascas, ou encapsulamentos
constituindo redes lógicas de níveis superiores.
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Uma vez que se admite esta transparência então, a forma de diálogo, o tratamento e as
negociações também se tornam transparentes entre níveis, mas dependentes naquele nível
entre o emissor e o receptor. A linguagem, o sotaque, o tratamento visto na "conversa
entre os nós" é denominada de protocolo de comunicação.
Veremos alguns protocolos: X.25, NETBEUI, IPX, e o TCP/IP e a estrutura deles em relação
ao modelo de referencia OSI. Daremos um maior enfoque ao TCP/IP. Os outros serão vistos
de forma superficial, mas as referencias bibliográficas serão passadas convenientemente.
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O modelo de referencia OSI é composto por 7 camadas (ou layers). Cada camada tem uma
finalidade e trabalham em conjunto, de modo que na conexão (física e lógica) entre nós a
camada de um equipamento veja (ou pense ver) a camada do mesmo nível do outro
equipamento. As camadas mais altas (Nível 3 ao Nível 7) tratam as conexões de forma
lógica e podem se preocupar com informações referentes às camadas vizinhas, mas não
interferir nelas. As camadas mais baixas (Nível 1 e 2) estão relacionadas à rede física.
APLICAÇÃO Nível 7
APRESENTAÇÃO Nível 6
Rede
SESSÃO Nível 5
Lógica
TRANSPORTE Nível 4
REDE Nível 3
ENLACE Nível 2
Rede
Física
FÍSICO Nível 1
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A camada física está relacionada com o meio físico usado para conectar diferentes
sistemas numa rede quanto a forma de envio dos frames por aquele meio físico (bit-a-bit,
byte-a-byte, formas de sinal, etc. EX: "cabos" seriais, paralelos, cabos ethernet, cabos
telefônicos, fibras óticas... e até mesmo os tipos de conectores usados no cabeamento. As
informações estão codificadas em sinais elétricos, luminosos, acústicos, etc. seguindo
padrões rigorosos. Estes padrões garantem condições mínimas para que um determinado
hardware de um fabricante "fale" com o hardware, da mesma espécie, de outro fabricante.
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A camada de link ou de enlace (ou DATA-LINK) é usada para definir como a informação é
transmitida através da camada física, e certificar se a camada física está funcionando
corretamente. O software existente é o elo de comunicação entre a camada anterior
(camada de rede) e o hardware da parte física. Algumas redes - tais como sistemas de
telefonia pública, estações AM/FM e de televisões - usam sinais analógicos para transmitir a
informação, enquanto que as redes de computadores usam sinais digitais. Havendo algum
problema com a transmissão da informação no meio físico (cabeamento rompido ou em
curto-circuito, linha desbalanceada, colisões), o hardware sinaliza tais problemas e o
software interno tratará tais eventos tomando as ações previstas. Então esta camada deve
tratar destes erros, retransmitindo ou notificando a falha para a camada de rede (superior),
caso seja possível, ou atuando diretamente sobre o hardware.
Esta camada de enlace também trata da identificação do frame quanto a origem ou destino
do mesmo. Uma vez que as informações já estão digitalizadas, torna-se possível a
identificação de hardware da origem e o destino do frame. Nesta camada os frames já
identificam sua origem e destino, assim como o tamanho do frame. Algumas topologias e
mecanismos de transferência adotam tamanhos de frames diferentes. É o caso, como
veremos, do sistema Token-Ring (topologia em Anel) que usa frames de 4 Kbytes. Já um
rede tipo estrela e que emprega um protocolo Ethernet utiliza um frame de tamanho de 1500
bytes (octetos). Se o protocolo de baixo nível for para uma rede ATM, este frame se resume
em poucas dezenas de bytes. A camada de enlace tem, portanto, a responsabilidade de
preparar o frame que envolverá a informação para os protocolos de baixo nível que atuam
no meio físico.
Numa rede ethernet, por exemplo, temos os endereços ethernet, ou seja, o nó físico é
perfeitamente identificável através de 6 bytes, representados na forma hexadecimal. Os três
primeiros bytes identificam o fabricante quando usado por uma máquina sem atividades
especiais, e os outros 3 (menos significativos) representam o número da placa.
FAB. Placa
00:60:08 A4:48:4E
Este endereço também está relacionado com a finalidade do sistema e com os protocolo
utilizado. Se a máquina que contém uma placa ethernet com a numeração acima, executa
DECnet, a numeração do fabricante é mascarada, aparecendo como:
0A:00:04:A4:48:4E
Caso esta máquina rode TCP/IP, qualquer que seja o sistema operacional, e esteja
configurada como um roteador, o endereço de identificação do fabricante é alterado para o
padrão: 08:00:XX.
08:00:20:A4:48:4E
Em redes TCP/IP, este tipo de informação é prestado por um protocolo denominado ARP
(Address Resolution Protocol) que associa o endereço Ethernet ao endereço IP.
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Em condições especiais, (multicast e/ou broadcast), uma interface pode apresentar mais de
um endereço físico completo. A escolha do endereço propagado fica por conta do sistema
operacional (device-drivers). Veremos isto com mais detalhes quando estudarmos o
protocolo TCP/IP
A camada de rede é usada para identificar os endereços dos sistemas na rede, e para a
transmissão dos dados entre os sistemas. A camada de rede deve estar ciente do meio
físico da rede, e empacotar a informação de tal forma que a camada de link possa enviá-la
para a camada física. Por exemplo, se a linha telefônica é o meio físico, então a camada de
rede deve preparar a informação de tal forma que a camada de link possa enviá-la por um
circuito analógico. Da mesma forma, se a informação é uma placa de rede Ethernet, então a
camada de rede deve encapsular a informação nos sinais digitais apropriados para a
Ethernet, e então passá-la para a camada de enlace que a enviará. Em muitas redes, a
camada de rede não verifica a integridade da informação. Ela, simplesmente, fornece o
empacotamento e o serviço de envio. Caso a camada de rede não reporte algum erro então
a rede está operacional. Estações de rádio e televisão trabalham desta maneira, assumindo
que se eles transmitem um sinal, então os aparelhos de TV e rádio irão recebê-los sem
problemas. Da mesma forma, encontram-se tecnologias de redes assumindo este
procedimento, deixando que os protocolos de camadas de nível maior forneçam este
rastreio de envio e garantam a integridade. Assim como na camada de enlace, a camada de
rede também pode apresentar uma identificação do equipamento. É o caso, por exemplo, do
protocolo IPX e do TCP/IP. No IPX a identificação da rede lógica é representada por valores
hexadecimais seguidos pelo endereço físico da placa de rede. No TCP/IP, como veremos, a
identidade da rede segue o conceito de classes e está embutido no endereço da máquina.
Apesar da preocupação com a forma de empacotamento do meio físico, a camada de rede
deve atender aos meios físicos existentes, estabelecendo o conceito de nível e nó lógicos.
Uma vez que a camada de rede estabelece a identidade lógica é nela que encontramos
funções importantes de roteamento. Roteamento lógico é a capacidade de redirecionar
datagramas entre redes lógicas da mesma espécie (mesmo protocolo).
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2.8 Exercícios:
1) Segundo o modelo OSI, uma placa de rede pertence à(s) camada(s)...?
2) Uma impressora está conectada ao computador via porta paralela. Faça uma análise da
transmissão de um conjunto de bytes enviados pelo computador para a impressora e
vice-versa, seguindo o modelo OSI.
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Dependendo deste meio e dos recursos eletrônicos aplicáveis, o fluxo dos dados entre dois
nós pode ocorrer segundo alguns modos de operação
MODO SIMPLEX
O fluxo dos dados opera nos dois sentidos, porém alternadamente. Um mesmo canal lógico
ou físico recebe e transmite alternadamente. O modo Half-Duplex consiste no uso de um
único canal por onde as informações são transmitidas e recebidas de forma não-simultanea,
mas alternadamente segundo algum critério.
O fluxo de dados opera nos dois sentidos, simultaneamente. Este modo de operação
necessita de 2 (dois) canais (lógicos ou físicos) operando no modo SIMPLEX.
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Vamos tomar uma linha serial operando em FULL-DUPLEX. Neste caso temos um canal de
TX e outro de RX, transmissão e recepção respectivamente. Se esta linha opera em 19200
bps (bits por segundo), ela é equivalente, teoricamente, a uma linha em HALF-DUPLEX
operando em qual velocidade? Para responder esta pergunta, considere a situação onde
temos 2 frames com 19200 bits que serão transmitido por um sistema A para um sistema B
e recebido pelo sistema A de um sistema B. No modo FULL DUPLEX, admitindo ausência
de erros de transmissão/recepção, os dois frames levariam 1 segundo, pois as linhas são
independentes. Mas circularam 38400 bits (19200 na transmissão + 19200 na recepção).
Numa linha HALF-DUPLEX, admitindo as mesmas condições e velocidade de linha,
teremos, por exemplo, a transmissão dos 19200 bits, que consumiriam 1 segundo e depois,
no segundo seguinte, estaríamos recebendo os 19200 bits, consumindo 2 segundos nas
transferências. Conclusão: teoricamente, conexões em FULL-DUPLEX tem o dobro de
desempenho de conexões em HALF-DUPLEX com a mesma velocidade. As conexões
FULL-DUPLEX exigem canais (lógicos ou físicos) independentes.
O cabo coaxial veio proporcionar maior velocidade de comunicação, embora aplique técnica
HALF-DUPLEX, operando em velocidade entre 2 a 15 Mhz.
Os sinais luminosos são utilizados há muito mais tempo que se possa imaginar e remonta
da época do descobrimento do fogo. Naquela época, a informação era codificada através da
obstrução da luz na direção desejada . Hoje, com o advento do Laser, infravermelhos e
fibras óticas e dispositivos especiais, a transmissão é feita através da oscilação da
intensidade luminosa ou da variação de cores proporcionando grandes velocidades. (Não
deixa de ser quase a mesma técnica!)
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Muitas vezes precisamos unir redes físicas que estão em meios físicos diferentes. Existem
várias especificações. Para uma rede padrão Ethernet: 10Base2, 10Base-T, 10Base-FL
Estes padrões seguem a ordem genérica vvBASEx, sendo vv a velocidade de comunicação,
e x o meio; (2 - cabo coaxial fino, 5 cabo coaxial, T - par trançado, FL - Fibra ótica). Cada
padrão define, claramente, requisitos únicos de comunicação entre redes usando
componentes e cabos diferentes.
UTP ( par-trançado)
Full: RX+, RX-, TX+, TX-, CD+, CD-, Link +, Link-
Half: RX+, RX-, TX+, TX-
AUI - Os mesmos sinais do UTP acrescidos de alimentação (+12, +/- 5 V, GND)
BNC - Malha (externo) + Alma (Interno)
FL - Conectores ST e SC.
ST SC
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outros nós recebem a transmissão realizada por algum deles. No caso de um destes nós
estar desligado ou desativado, a informação é perdida por aquele nó.
3.5.1 CSMA/CD
Mesmo assim, após este intervalo de "silencio", um outro nó pode tentar assumir o
barramento ao mesmo instante que outro, gerando uma colisão. Na presença desta, os
transmissores perceberão a colisão e suspenderão o envio de pacotes por algum tempo.
Este método denominamos de CD (Colision Detect), constituindo um padrão CSMA/CD.
3.5.2 CSMA/CA
Existe um outro tipo de controle que difere do anterior quando ao problema de colisão,
denominado de CSMA/CA - (CA = Colision Avoided). Neste, quando um nó pretende usar o
barramento, ele envia um pacote de tamanho muito menor (menor duração) para sinalizar
um início de transmissão, antes de enviar um pacote completo, o que deverá ser feito dentro
de um intervalo de tempo. Este sistema é exclusivo de máquinas Apple, mas nada impede
que placas com esta característica sejam aplicadas em outras plataformas, desde que
apresente driver adequado (Isto exige que todas as interfaces dos nós existentes siga o
mesmo mecanismo de controle...)
FABR. HDW-ID
00:4E:5F D8:22:41
00:4E:5F:D8:22:41
O endereço Ethernet pode fazer mais que especificar o endereço de uma interface. Ele pode
ser usado como:
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FDDI (Fiber Distributed Data Interconnect) é uma tecnologia de redes que proporciona uma
largura de passagem muito maior que a Ethernet. Diferentemente das tecnologias que usam
sinais elétricos em meio de cobre, a tecnologia FDDI utiliza fibra ótica, transferindo os dados
pela codificação destes em pulsos de luz.
As Redes de fibra ótica tem duas vantagens sobre as de cobre. A primeira delas é que a
fibra não está sujeita às interferências elétricas, mesmo passando próximas de fontes de
ruídos. Segundo, porque, usando luz, a quantidade de dados por unidade de tempo é muito
maior que em cabos, além de permitir maiores distâncias.
Redes FDDI operam em velocidade de 100Mbps (ou mais) e usam a tecnologia de token
ring com capacidade de auto-restauração (self-healing). A tecnologia token ring consiste na
transmissão de um sinalizador (o token) que passa de nó em nó controlando a vez de
transmissão. Cada estação pertencente ao anel e que tem dados para transmitir, aguarda a
chegada do token, transmite um único pacote de dados e repassa o token para a próxima
máquina do anel.
Como em outras tecnologias, cada interface conectada à rede FDDI tem um endereço e
cada frame contém um campo de endereço de destino. Entretanto, para tornar a rede mais
flexível e para proporcionar um padrão de interconectar 2 anéis FDDI, os projetistas
conceberam frames com mais de uma formato. O endereço de uma interface pode ser de 16
ou 48 bits, seguindo um padrão semelhante ao da Ethernet.
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PA SD FC DA SA RI DADO FCS ED FS
4 ou + 2 2 4 ou 12 4 ou 12 0 a 60 0 ou + 8 1 3 ou +
onde:
PA é o preambulo (sincronismo)
SD um delimitador de início
FC controle do frame
DA Endereço de destino
SA Endereço de Origem
RI Informações de Rotas
DADO Campo de DADOS
FCS Seqüência de verificação do Frame
ED Delimitador Final
FS Status do Frame
Uma vez que o cabeçalho não ocupa mais que uma centena de octetos, um simples frame
pode transportar 4KB de dados. Assim, uma rede FDDI é adequada para aplicações
envolvendo um grande volume de dados, sem sobrecarga e um alto throughput.
ATM (Asyncronous Transfer Mode) é o nome de uma tecnologia de rede de alta velocidade
com garantias de envio e recebimento de seus pacotes. Opera através de chaveamento em
altas velocidades (ordem de Gigabits) de frames de tamanho fixo denominados de célula.
Para garantir tais velocidades as redes ATM utilizam de hardware e software especiais. A
conexão é feita através de fibra ótica entre o equipamento de chaveamento (switch) e a
interface ATM do computador. Assim, as redes ATM são caras (em 2000), mas permitem a
transferencia de voz e dados.
Uma célula ATM tem 53 bytes, dos quais 5 bytes correspondem ao cabeçalho e os 48
restantes aos dados.
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Por implementar muito mais que um protocolo de enlace, trataremos do ATM como um
protocolo de rede.
4 Topologias de Redes
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4.1 PONTO-A-PONTO
O nó físico de uma máquina está ligado de forma única ao nó físico da mesma espécie de
outra máquina diretamente. Onde encontramos? Conexão entre computadores via modem,
portas seriais, portas paralelas e segmentos de rede outras topologias (estrela e anel).
Cada nó é um ponto crítico. A sua expansão leva à topologia estrela sendo que o
equipamento central pode não ser dedicado (uso exclusivo).
4.2 BARRAMENTO
Em redes de barramento que usam cabo coaxial fino, usam-se conectores BNC machos e
tipo T. Quando se usa cabos coaxiais grossos há a necessidade de adaptadores (MAU -
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Midia Adapter Unit) que convertem para um padrão de conectores AUI. A topologia toma a
forma:
O ponto crítico desta topologia é o próprio barramento. Uma vez que o meio é passivo (os
sinais de portadora são gerados pelos equipamentos conectados à ela), falhas de
conectorização e cabeamento levam qualquer "ser humano normal" ao delírio e stress. Mas
é a topologia mais flexível quanto à expansão, pois apresenta o menor custo de
equipamentos e é ideal para redes com pequeno número de equipamentos ( < 20 máquinas)
e pequeno fluxo de dados.
4.3 ANEL
As máquinas estão interligadas em um barramento fechado. O meio pode ser de cobre (par-
trançado) ou fibra ótica. As Redes FDDI empregam esta topologia.
As redes em anel se caracterizam pela redundância de caminhos (anel duplo), tamanho dos
pacotes e velocidade. A principal desvantagem deste tipo de topologia é a limitação quanto
ao número de máquinas que deve ser pequeno (redes com mais de 8 nós apresentam
queda acentuada de desempenho).
Não apresenta ponto crítico quando na configuração de anel duplo. Em anel simples cada
nó da rede é um ponto crítico (condição herdada da topologia ponto-a-ponto), pois sua falha
compromete o funcionamento da mesma.
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4.4 ESTRELA
Nesta topologia é praxe o uso de equipamento central (A) dedicado, sendo ele o foco crítico
da rede. A expansão pode ocorrer a partir dos nós extremos ou pelo nó central (mais
adequado).
5 Equipamentos de Rede
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Os repetidores tem a finalidade de reforçar os sinais, concentrando num único ponto todas
os nós físicos de um segmento ao outro e vice-versa. É como se fosse uma única rede
física. Embora possam ser usados como conversores, os repetidores diferem do primeiro
quanto ao reforço os sinais. Eles, os repetidores, corrigem distorções do meio. Por exemplo:
intensidade dos sinais nos extremos de um cabo coaxial ou par-trançado, fibras óticas de
grandes comprimentos. Pode ser considerado um concentrador pois, numa expansão, ele
está transportando para o nó de um segmento os nós dos outros segmentos. Os repetidores
podem ser classificados em REPETIDORES LOCAIS e REMOTOS. A diferença está na sua
sensibilidade/amplificação dos sinais.
O maior problema do uso de cabos coaxiais como meio físico é a dificuldade de encontrar
pontos de falha. Numa rede expandida, dotada de repetidores tradicionais, a falha de
qualquer segmento físico implica na falha de todos os segmentos. Esta falha pode ser
gerada por: falta de contato nos conectores (oxidação e má conectorização), cabo rompido,
cabo aberto "inadvertidamente" pelo usuário... ou seja, houve um desbalanceamento da
impedância da linha. Se é assim, a idéia de trazer toda a linha para dentro de um
equipamento não seria tão absurda. Se dotássemos estes pontos com conversores (ou
repetidores), poderemos mudar a topologia da rede de barramento para estrela.
Adicionando alguma eletrônica para monitorar um sinal de colisão, por exemplo, de forma
mais eficiente, é possível isolar aquele segmento com problema muito antes que toda a rede
entre em colapso ou até mesmo reduzir a velocidade do barramento num caso de excesso
de tráfego. Em condições normais, um HUB eqüivale ao repetidor, ou seja, é um copiador de
sinais. O sinal de uma porta é copiado para todas as outras portas.
Há, porém, os conversores de Midia que atuam como conversores de protocolos de enlace
físico. É caso de conversores de linhas que operam em modo FULL-DUPLEX para HALF-
DUPLEX (par trançado de 10Mbps em modo FULL-DUPLEX para Coaxial, FDDI para par-
trançado ). Estas conversões requerem a remontagem da forma de endereçamento
(conversão IEE802.5/IEE802.3). Estes conversores atuam nos limites da camada de enlace
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(Data Link) e, neste caso, exigem algum processamento e memória. Normalmente, eles são
encontrados em equipamentos já dotados de recursos de processamento (roteadores,
switches e até mesmo em alguns hubs).
5.3 SWITCH-HUB/BRIDGES
Até então, os equipamentos anteriores tratavam, basicamente, dos sinais elétricos e não se
importavam com "o quê aqueles sinais carregavam". Numa rede de muitos nós físicos
(identificáveis ou não) os atrasos, o fluxo de dados, a repetição dos sinais para todos os
segmentos pode ser desnecessário. As perguntas são:
1. "Por que devo retransmitir um sinal para um segmento de rede que não detém o nó
físico de destino daquela informação, como acontecem com os hubs e repetidores?"
As respostas:
1. Não é preciso retransmitir. Olhando para o modelo OSI e para o protocolo de enlace de
uma rede Ethernet temos que os frames são perfeitamente identificáveis através de seus
endereços MAC. Não é preciso saber o que estes frames carregam. Basta conhecer os
endereços que estão num cabeçalho inicial, montar uma tabela com tais endereços
identificando os respectivos nós de conexão e usar um algoritmo de busca. Tem-se,
agora, o isolamento dos segmentos físicos pelos sinais e endereços Ethernet além da
redução do tráfego, o que implica num maior desempenho da rede. Para isto, é
necessário hardware mais sofisticado (mais que um HUB), com uma ou mais CPUs para
processar o algoritmo de busca e roteamento de baixo nível e Memória para guardar o
código do software e os endereços em tabelas. Os dados das tabelas são coletados
através de transmissão de pacotes de broadcast. Isto se chama SWITCH-HUB. Então
Switches e Bridges, são considerados gateways de enlace.
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5.4 ROTEADORES
Nem tudo é perfeito!! E como fica os protocolos de camadas superiores? Nível Lógico?
Vimos no modelo de referencia OSI que o protocolo de rede implementa alguma
identificação lógica. Para se obter esta identificação o pacote precisa ser extraído do frame
e ter o seu cabeçalho observado. Reparem que o roteador deve identificar não só o
protocolo de enlace como também o protocolo de rede. Isto significa que o software
executado é ainda mais completo.
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Um roteador pode se comportar como um switch? Pode! Lembrem-se de que para chegar à
camada de rede (pacote) é preciso desmontar um frame (camada de enlace). Logo, se um
certo roteador não o faz é uma decisão do fabricante não fornecer comandos para explorar
o recurso, pois as funções existem. E pode se comportar como um HUB? Também, e pelo
mesmo motivo. (É um desperdício!). Esta idéia é de um roteador BÁSICO. Roteadores
disponíveis no mercado implementam recursos de camadas lógicas superiores e são
capazes de se comportar como redirecionadores.
5.5 REDIRECIONADORES
Embora não tenha um equipamento específico que trate deste mecanismo, vamos tentar
explicar seu funcionamento. Normalmente, um roteador simplesmente analisa o destino de
um datagrama. Por ser um recurso de software, um redirecionador não só analisa, como
também é capaz de modificar o destino de um datagrama. Esta característica é encontrada
em filtros de pacotes.
5.6 SWITCH-ROUTER
Um SWITCH-ROUTER é um switch cujo software tem mais recursos que um switch normal,
porém está aquém de um roteador. Ele é capaz de ler um pacote, mas não tem a
capacidade de decidir sua rota. Para isto ele envia o pacote para um roteador decidir. Isto
traz à tona o conceito de VLAN. Para entendermos este conceito convém lembrar de que
existem frames de broadcast enviados por máquinas de um segmento lógico. VLAN
corresponde ao segmento lógico. Estes frames têm que seguir para segmentos que não
fazem parte de sua rede lógica? Não. Já os frames enviados pelo Switch são necessários
para a atualização das tabelas, mas frames de broadcast enviados por um segmento lógico
não precisam ser propagados para os outros segmentos lógicos da mesma switch (ou
VLANs).
5.7 PROXY
Vamos tentar explicar isto. Considere três máquinas: máquina A, proxy e máquina B. A
aplicação da máquina A está configurada para enviar ao proxy suas requisições. Digamos
que a máquina A queira estabelecer uma conexão com a máquina B. A solicitação desta
conexão é enviada para o proxy e este se encarrega de estabelecer a conexão com B. A
aplicação da máquina B, por sua vez, tem como cliente o proxy e não a máquina A. Então
as respostas enviadas ao proxy são transmitidas para a máquina A. Ou seja, o proxy é um
intermediário "ativo" pois interfere nos cabeçalhos e também pode interferir no conteúdo,
isolando as partes envolvidas.
Exemplos de proxy:
- Proxy-Mail: Agindo como um Mail-Hub, um proxy mail não vai centralizar as mensagens,
mas servirá como elo de ligação e redirecionador. Uma vez que a mensagem ficará
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armazenada temporariamente, ela poderá aplicar filtros mais sofisticados ao receber e entes
de enviar as mensagens.
5.8 GATEWAY
Um GATEWAY é a "passagem". Este nome veio de épocas "remotas" quando não havia
tantos protocolos de comunicação como hoje. Os protocolos de comunicação eram presos à
plataforma. O panorama encontrado era o seguinte: "Imaginem 2 máquinas constituindo
uma rede rodando um protocolo experimental. Uma destas máquinas roda mais um
protocolo. Digamos, X.25, que era o protocolo usado para interligar esta máquina numa
terceira e esta ligada numa quarta máquina.
Uma vez que o protocolo é experimental (sem funcionalidade comprovada), a única solução
viável para passar o "dado" da primeira máquina para a quarta máquina, é o
desempacotamento total deste dado na segunda máquina, incluí-lo no protocolo conhecido
(X.25), transferi-lo para a terceira máquina, empacotá-lo novamente no protocolo
desconhecido e, através deste, transferi-lo para a quarta máquina.
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Uma vez aceito que a Internet é um meio inseguro de transmissão de dados, que os pacotes
podem ser adulterados, tipos de pacotes podem ser modificados sem qualquer "aviso
prévio" por falsificação dos cabeçalhos, tornou-se comum, nos dias atuais, citarmos o
FIREWALL. O que é um FIREWALL?
Um sistema Firewall que implementa filtros de pacotes é capaz de tomar suas decisões
(aceitar ou rejeitar a passagem de um pacote) em função dos endereços de origem/destino,
e do tipo de protocolo de transporte e portas utilizados. Ou seja, uma análise rápida do
conteúdo do cabeçalho de rede e dos pseudo cabeçalhos da camada de transporte. Neste
caso, é possível o bloqueio aceite de um determinado protocolo em função da origem do
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pacote ou vice-versa. Exemplo: bloquear qualquer pacote UDP (User Datagam Protocol)
que venha da rede A.B.C, e bloquear pacotes ICMP (Internet Control Message Protocol).
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6 EXERCÍCIOS:
2) Na rede da questão acima, uma máquina instalada em um extremo verá todo o tráfego
da rede?
4) Digamos que seja necessário segmentar a rede por corredor de salas. Que tipo de
equipamento pode ser utilizado? Neste caso uma máquina deste segmento veria o
tráfego de todos os segmentos de rede? Explique em função dos equipamentos
adotados.
6) Um usuário da rede resultante da questão (4) teve sua máquina invadida. Se ele usa a
máquina apenas para processamento matemático, esta máquina poderia ser utilizada
para capturar alguma senha, sabendo que estas circulam "livremente" nos outros
segmentos? Em que condições isto será possível e impossível?
Planta do Prédio
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