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Resumo:
Introdução/Objetivos: As patologias testiculares podem ser neoplásicas ou não. O câncer testicular representa apenas 1,5% das
neoplasias malignas em homens, predominantemente adultos jovens com altas taxas de cura quando realizado o tratamento
precoce. O presente estudo avaliou diagnósticos de espécimes cirúrgicos testiculares e paratesticulares submetidos a estudo
anatomopatológico. Material/Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, realizado em serviço especializado de patologia no
período de 2002 a 2015, aprovado pelo CEP/UEFS. Resultados/Conclusões: Dos 332 casos diagnosticados com alterações
testiculares/paratesticulares 281(85,5%) foram não neoplásicos e 48(14,5%) neoplásicos, com idades de 0,17 a 81 anos, médias
de 37 e 34 anos, respectivamente, sem diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,471). Dos 48 casos de neoplasias
testiculares, 27(56,25%) eram tumores de células germinativas, 6(12,5%) tumores mistos de células germinativas e 15(31,25%)
tumores de células não germinativas. Seminomas predominaram nas neoplasias germinativas compondo 67% dos casos. Dentre
as alterações não neoplásicas, observamos 112(39,4%) casos com alterações do epitélio germinativo, 79(27,81%) com
infarto/torção testicular, 47(17%) de orquiectomias para ablação hormonal, 12(4%) com processos inflamatórios, 10(4%) com
hidrocele, espermatocele e varicocele, 7(2%) com alterações em pele de escroto, 3(1%) trauma, dentre outras alterações em 14
casos (5%). A maioria das biópsias testiculares/paratesticulares é por causas não neoplásicas, predominando achados de
alterações do epitélio germinativo, infarto/torção e orquiectomias para ablação hormonal. Dentre as causas neoplásicas, mais de
50% dos casos são de tumores germinativos, predominantemente seminomas.