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Posted maio 30, 2009 by Thaís Pachêco Freitas in Aulas online. 65 Comentários
Uma das coisas importantes da técnica do clarinete é a sonoridade. Geralmente essa faceta da
técnica é negligenciada pelos métodos do instrumento – por se tratar de um assunto subjetivo –
e até mesmo professores renomados evitam ensinar os pequenos detalhes que valem ouro e
podem ajudar a melhorar o som no instrumento, por acharem “óbvio” ou não relevante. Quando
digo sonoridade, me refiro a várias coisas, como timbre, emissão,controle de
dinâmica e projeção do som.
Basta um nota longa para sabermos a qualidade do clarinetista, independente da técnica que
possui com os dedos. Começaremos pelo “óbvio”, pois esses conselhos podem não ser óbvios
a todos.Vou tentar explicar de maneira simples como melhorar principalmente dois apectos que
compõem o som na clarineta: timbre e a emissão. O primeiro passo para começar a trabalhar
o som é possuir uma boa palheta e uma boa boquilha, pois sem o aparato necessário não há
condições físicas para tal. O segundo passo, é o mais importante: a referência. Como é que
pretendemos chegar a uma bonita sonoridade se não sabemos o que é? Existem muitas
maneiras e estilos de se tocar, e cada uma delas pode aportar um timbre específico, sem dizer
que cada solista tem sua sonoridade particular. Precisamos ouvir muitas gravações, ir a muitos
concertos e shows, até formarmos um sólida referencia do timbre que nos agrada mais.
Experimente imitar o timbre que gostaria de ter.
Um grande obstáculo para quem quer ter um bom timbre de clarineta é
uma embocaduraincorreta (foto 1 – errada). Deve-se esticar o queixo para baixo a fim de
liberar o excesso de pele dos lábios inferiores em contato com a palheta (foto 2 – correta). Isso
vai otimizar a vibração dela, fazendo o instrumento soar mais e com menos ar. Outro i
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O Som
· Físico
· Técnico
· Material
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A Respiração
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Os primeiros sons
O emitir do som no clarinete deve estar baseado numa atmosfera de
descontracção e “relaxe”. O aluno não deverá estar preocupado com alturas
definidas, posições da mão ou outros factores, mas sim com a coluna de ar e
posição da embocadura. Desta forma, os primeiros sons deverão ser
experimentados na boquilha mais barrilete, ambos separados do
instrumento, libertando o aluno de qualquer pressão. Através de sílabas tipo
TE ou TA, o aluno deve procurar o som e a partir do mesmo usar diferentes
durações.
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O Clarinete em França
A França foi extremamente importante na história deste instrumento,
nomeadamente no século XIX, quando as inovações técnicas do clarinetista
parisiense Klosé se juntaram às novidades do construtor de instrumentos
Louis Buffet. Aliado a isso, houve no mesmo período uma série de cursos
promovidos pelo Conservatório de Paris, que ajudaram a consolidar um
estilo genuinamente francês de música para o clarinete. Um bom exemplo
deste estilo é a Rapsódia para Clarinete em Si bemol e Piano de Debussy,
que era um dos membros que examinava os instrumentistas de sopro no
Conservatório de Paris.
Podemos assim dizer que o sucesso que o clarinete alcançou na história da
música deve-se, em grande parte, ao seu timbre, que é comparável à voz
humana. Além disso, trata-se de um instrumento de grande extensão e
agilidade, que funciona bem em todos os registros.
A obra de Darius Milhaud, Sonatina op. 100, explora de forma bastante
curiosa as possibilidades expressivas do clarinete, com ritmos quebrados e
uma certa atmosfera cubista baseada na poli tonalidade. Milhaud integrou
um grupo de compositores que entrou para a história da música como "O
Grupo dos Seis". A importância deste grupo deve-se ao facto de ter sido a
grande ponte para o modernismo francês, pois as suas obras apontam para
um caminho bastante original da produção musical francesa.
Outro membro importante do Grupo dos Seis foi Arthur Honnegger, um suíço
formado pelo Conservatório de Paris. Embora se diga que este grupo se
colocava de forma oposta à estética impressionista, a influência de Debussy
sobre Honegger foi enorme e realçada pelo próprio compositor, que não
escondia a sua admiração por Debussy. Para o clarinete, Honegger
escreveu uma Sonatina bastante idiomática composta em três movimentos.
Outro membro do Grupo dos Seis a escrever uma obra importante para o
clarinete foi Francis Poulenc. A sua Sonata, escrita em 1962, uma ano antes
da sua morte, tem em comum com a última fase de Debussy a mesma busca
da beleza sonora e a exploração das possibilidades técnicas do instrumento.
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