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O próximo sínodo será “amazônico” ou... “maçônico”?

O sigiloso papel da seita do “anel de tucum” na sua preparação

Depois dos jornalistas belgas Jürgen Mettepenningen et Karim


Schelkens terem revelado, na sua biografia do cardeal belga Godfried
Daneels, a existência da “máffia de Sankt Gall” – que contribuiu
possantemente para a eleição do Papa Francisco – o comum dos
católicos ficou conhecendo a força dos grupos de pressão até mesmo
dentro da Igreja.

Mas os historiadores e analistas conheciam há muito tempo o peso


dos lobbies na vida eclesial. Logo após o encerramento do Concilio
Vaticano II ficou-se sabendo, por exemplo, o papel desenvolvido no
seu desenrolar pelo polvo publicitário do IDO-C1 (International Centre
of Information and Documentation concerning the Conciliar Church)
para criar “o concílio dos jornalistas”, “o concílio dos meios de
comunicação, que era quase um concílio à parte”, como afirmou
Bento XVI no seu último discurso na véspera da sua renúncia tornar-
se efetiva.

Recentemente veio a lume o papel desenvolvido pelo grupo de


Padres Conciliares que operava sob a denominação “Igreja dos
Pobres”, signatário de um sigiloso “Pacto das Catacumbas”2 que
parece estar atingindo sua execução em nível universal com o
pontificado do papa Bergoglio3.

1 https://gazetawarszawska.net/antykosciol/1274-wojtyla-i-zydomasoneria-dossier-on-ido-c
2
https://web.archive.org/web/20161021195411/http://www.missiologia.org.br/cms/UserFiles/cms_documento
s_pdf_15.pdf
3
https://web.archive.org/web/20161021195411/http://www.missiologia.org.br/cms/UserFiles/cms_documento
s_pdf_15.pdf
O antigo núncio em Washington, Dom Carlo Maria Viganò, criou um
celeuma ao denunciar a existência de uma rede homossexual que se
entreajuda e garante aos seus membros uma boa carreira eclesiástica
(e cobertura em caso de verem-se envolvidos em escândalos).

Para serem eficazes, esses grupos de pressão com interesses pessoais


ou ideológicos particulares tem que agir de concerto, mas devem
fazê-lo na sombra, imitando o proceder da Maçonaria, com seus
misteriosos sinais de reconhecimento mútuo entre irmãos que não
pertencem à mesma loja.

É conhecida a passagem em que Marcel Proust faz o paralelo entre o


proceder dos “irmãos” e aquele dos homossexuais do seu tempo, a
respeito dos quais falava com conhecimento de causa: « [Ils]
form[ent] une franc-maçonnerie bien plus étendue, plus efficace et
moins soupçonnée que celle des loges, car elle repose sur une
identité de goûts, de besoins, d’habitudes, de dangers,
d’apprentissage, de savoir, de trafic, de glossaire, et dans laquelle les
membres mêmes qui souhaitent de ne pas se connaître aussitôt se
reconnaissent à des signes naturels ou de convention »4.

Com certeza, no futuro saber-se-á qual o impacto que terá tido na


próxima Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos sobre a região
Pan-Amazônica o grupo de prelados e missionários comprometidos
com a Teologia Indígena, versão mais atualizada da Teologia da
Libertação, os quais adotaram o chamado “anel de tucum” como sinal
convencional de reconhecimento.

Tucumã é o nome de uma palmeira da Amazônia, cuja madeira é


utilizada para fazer um anel preto, supostamente usado pelo negros
no tempo do Império, à falta do anel de ouro dos seus senhores. Teria
servido como símbolo de pacto matrimonial ou de amizade entre si

4 Sodome et Gomorrhe, p. 21.


ou de resistência. “Era símbolo clandestino cuja linguagem somente
eles sabiam”, afirma o blog da Pastoral da Juventude da Diocese de
Piracicaba.

Foi na década de 1970 que dois organismos da Conferência Nacional


dos Bispos do Brasil, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a
Comissão Pastoral da Terra (CPT), adotaram e divulgaram o anel de
tucum como símbolo do engajamento dos seus militantes na luta de
classes e nas assim chamadas “causas sociais”.

Ao que parece, foi Dom Pedro Casaldáliga, religioso cordimariano


catalão feito bispo de São Félix do Araguaia pelo papa Paulo VI,
impulsor do CIMI e da CPT, quem popularizou esse símbolo. Assim
relata o fato outro representante de destaque da Teologia da
Libertação, Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás Velho e por
muitos anos presidente do CIMI:

“Pedro foi sagrado bispo em 1971, na cidade de São Félix, circundado


pelo povo pobre de toda aquela região. Ele recebeu os símbolos
litúrgicos que foram inculturados nas culturas dos povos indígenas e
camponeses. A mitra era um chapéu de palha, o báculo um remo
tapirapé e o anel era feito de tucum, tornando-se, em seu dedo e no
de muitos agentes de pastoral, um sinal do empenho pela caminhada
da libertação.”5

Com dotes poéticas inegáveis, o prelado resumiu o sentido dessa


“caminhada”, no seguinte poema: “Con un callo por anillo, /
monseñor cortaba arroz. / ¿Monseñor "martillo y hoz"? / Me
llamarán subversivo. / Y yo les diré: lo soy. / Por mi pueblo en lucha,
vivo. / Con mi pueblo en marcha, voy. / Tengo fe de guerrillero / y
amor de revolución.”

De tal maneira o anel de tucum passou a identificar a personalidade e


a agenda revolucionaria do bispo de São Félix do Araguaia que uma
das teses de mestrado sobre ele, defendida por Agnaldo Divino
Gonzaga ante o departamento de Teologia da Universidade Católica
de Góias, leva precisamente como título “Anel de tucum: A missão
evangelizadora de Pedro Casaldáliga”.

5 http://leigoscombonianos.blogspot.com/2012/06/anel-de-tucum.html
Prova ainda mais expressiva da relevância que a corrente da Teologia
da Libertação dá ao anel de tucum é o relato feito pelo jornal
Alvorada, órgão de conscientização editado pela Prelazia de São Félix,
a respeito da cerimónia na qual Dom Pedro Casaldáliga transmitiu o
governo diocesano ao seu sucessor Dom Leonardo Steiner:

“Pedro, ao entregar a
Leonardo o anel de
tucum, relembrou que
as causas que
defendemos definem
quem somos e que as
causas desta Igreja são
de todos conhecidas:
opção pelos pobres,
defesa dos povos
indígenas, compromisso com os lavradores e sem-terra, formação de
comunidades inculturadas e participativas, vivência eficaz da
solidariedade”6.

Como diz um poema publicado na página Facebook das Comunidades


Eclesiais de Base do Brasil, dirigindo-se ao anel de tucum: “És dos
povos excluídos, / A marca da nova aliança”.

Em 1994 foi lançado o filme “O anel de tucum”, uma ficção na qual


um grupo de fazendeiros infiltra um jornalista nas Comunidades
Eclesiais de Base para tentar provar seu caráter comunista e
subversivo, o qual acaba por “converter-se” à causa das CEBs. Na
cena culminante, na qual se opera a referida conversão, o jornalista-
investigador tem com Dom Casaldáliga (que atua, ele próprio, no
filme) o seguinte diálogo:

6 Agnaldo Divino Gonzaga, op. cit. , p. 115.


“— Uma curiosidade, Dom Pedro: O que significa esse anel preto?

“— É o anel de tucum, uma palmeira da Amazônia. Aliás, com uns


espinhos meio bravos. Sinal da aliança com a causa dos indígenas,
causas populares. Quem carrega este anel, normalmente significa que
assumiu estas causas e as suas consequências. Você toparia levar um
anel? Topa?

“— Topo.

“— Olha, isso compromete, viu? Queima. Muitos, muitas por essa


causa, com esse compromisso, foram até a morte. Nós mesmos, aqui
na Igreja de São Félix do Araguaia, temos o santuário dos mártires da
caminhada.”7

A mesma pergunta sobre o significado do anel preto que ele usa, fez
o jornalista Edoardo Salles de Lima ao já mencionado bispo Dom
Tomás Balduino, em 2012, nas
vésperas de seu 90° aniversário.
Ele respondeu:

“Isso é o casamento com a causa


indígena. Essa peça foi feita pelos
índios Tapirapé e dá para ver como
7 https://www.youtube.com/watch?v=55blfFGeyPc, a cena se passa a partir do minuto 43’:20”.
é bonito, ele brilha até. E a gente assumiu como uma ligação com a
causa indígena, mas não só com essa causa, mas com toda a causa de
mudança e de transformação com o povo em busca do Brasil que
queremos.”8

A função “identificadora” – diante do público, mas sobre tudo aos


olhos dos outros comprometidos com a Teologia da Libertação – foi
ressaltada pelo missionário comboniano italiano padre João Pedro
Baresi, já falecido, à revista Brasil de Fato:

“— O que significa o anel de tucum que está na sua mão? — É a


opção pelos pobres. (...) É a fidelidade a essa opção. E por que
carrego comigo? Para que seja público que eu sou esse. O anel de
tucum é a solidariedade com os pobres. (...) Quando eu vejo o anel
de um eu
conheço uma
visão igual, um
compromisso
igual.”9

A nocividade do
emprego do
anel de tucum
por parte dos
militantes da
Teologia da
Libertação já foi denunciada há muitos anos pelo falecido Dom
Amaury Castanho, quando era bispo emérito de Jundiaí, nas páginas
do jornal Testemunho da Fé, órgão oficial da Arquidiocese de Rio de
Janeiro.

8 “A trajetória libertadora de Dom Tomás”, Brasil de fato, julho de 2012,


https://www.brasildefato.com.br/node/9958/
9 http://eanessilva.blogspot.com/2012/08/sacerdote-comboniano-relata-seus.html
No seu artigo, o prelado começa por ressaltar que “sempre houve e
sempre haverá tensões mais ou menos graves, no interior da Igreja” e
que após o Concílio Vaticano II “uma terrível tempestade abateu-se
sobre a barca de Pedro”, um de cujos efeitos foi o de que “a Teologia
da Libertação, de corte marxista, extremou-se em posições
radicalizadas e contestadoras, ideologizadas e
partidárias”.

Mas, logo após, embeste contra o signo de


reconhecimento mútuo dos seus promotores:
“O curioso anel de tucum, feito do caroço de
uma palmeira nordestina, é hoje o sinal da
contestação no seio da Igreja. Um deles, e
talvez, o mais sério. Está nos dedos da mão de
bom número de padres e seminaristas,
religiosos, religiosas e leigos. Se é verdade que
alguns o usam inconsciente[mente] — sempre haverá “inocentes
úteis” mesmo na Igreja —, não é menos verdade que a maioria o traz,
numa acintosa afirmação de sua clara opção por uma eclesiologia que
não é , certamente, a eclesiologia da ‘Lumem Gentium’, do Concílio
Vaticano II.

“O anel de tucum envolve, implícita e explicitamente, opções


heterodoxas, por uma Igreja tida como Igreja popular, em oposição à
Igreja hierárquica, a única instituída por Cristo. Expressa uma
discutível e já condenada opção ‘excludente e exclusiva’ pelos pobres,
marginalizando quem não o seja, como opressor. A partir de uma
análise marxista e parcial da realidade, os que portam o anel de
tucum não titubeiam em propor soluções revolucionárias, lutas de
classes, guerrilhas, violências e terrorismo, que nada tem de
evangélico e cristão. (...)
“É a divisão no interior da Igreja de Cristo, enfraquecendo-a,
distanciando as ovelhas dos pastores, opondo bispos ao Papa, bispos
entre si, padres e leigos a bispos (...)

“Enquanto isso os inimigos da Igreja se divertem, aplaudem e


felicitam-se. É o que desejam: uma Igreja que não seja uma
comunidade de amor, unindo os fiéis a Cristo e entre si, os fiéis com
seus pastores.”10

No artigo seguinte, Dom Amaury voltou à carga com sua acusação de


sectarismo:

“O artigo sobre o anel de tucum, que escrevi dias atrás, causou


celeuma. Melhor, levantou polêmica. Muitos gostaram e acharam que
era tempo de alguém ir ao fundo do problema, revelando o sentido
mais exato e total do uso do anel. Alguns sentiram certo desconforto,
pois o usavam pensando que apenas fosse um sinal de opção pelos

10 https://medium.com/@leandrovksousa/por-que-o-anel-de-tucum-846a6520eb27
pobres. Acabaram tirando-os de seus dedos! Desejavam viver em
comunhão plena com os pastores da Igreja e esta é por vontade de
Cristo, hierárquica. Fui aplaudido, censurado e interrogado várias
vezes sobre o anel de tucum.

“Em conversas com certo presbítero, que já chegou a usar o anel de


tucum, dei outras informações para esclarecê-lo. Entre outras coisas,
disse-lhe que não estou só em minha interpretação. Anos atrás, li um
livro de um zeloso e inteligente bispo maranhense. Nele, um capítulo
inteiro, chegava às mesmas conclusões: o anel de tucum é um traço
de união visível entre os que além de uma ‘opção pelos pobres’,
também são partidários de uma Igreja ‘popular’.”11

Pode-se, então, dizer que, enquanto traço de união visível de uma


corrente revolucionária que faz o papel de quinta coluna na Igreja, o

11 https://medium.com/@leandrovksousa/por-que-o-anel-de-tucum-parte-ii-a4dc8f4560f6
anel de tucum tem uma dimensão análoga à dos sinais de
identificação da Maçonaria.

Resta saber quantos participantes do próximo Sínodo vão usá-lo...


Saber-se-á, então, se a Assembleia Especial foi “amazônica”... ou
“maçônica”!

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