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.,
- Moralidade e Julgamento Moral ••••••••• ~;~.:~.~~ •• ;.~ ••• ~~~.247
O estudo de Piaget do Julgamento moral ••.•••• ~: •• ;.~ ••• ~.~.247
A elaboráção por Kohlberg da teoria de Piaget ••.. ~~~~~.:~.~.248
- Desenvolvimento de Valores e Escola Secundáriá • . ~.~.~ .• ;~ •• 250
A pesição sd~io-educacional de Friedenb~rg ~ •••• ~ •• :;~~ . ~;~;252
A escolá. secundária coino sociedade adolescente •• ;~~ .•• ~ •.•• 255
aealização académica na eséóla ' secundária .~ ••• ~.~~ •• ; .•. ~ •• 259
o desistente •••••.•••....•......••..•.•.•...•... ::.:. ~ •.•• 261
- Valores Durante o período final da Adolescência ' ~:.; •• :: •••• 263
- Valores Politicos é Socializáção Politi~a ••••••••.• :: . ~ . ~ •• 265
- :rte sumo •••• - . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ . • '" '" : '" ~ ~ ~ ~ '" ~ ~ ; • '" '" '" '" '" '" '" '" '"
"'. '" 267
269 - Adolescencia - A Vontade de Viver •••• ••••• aIGUES ~.;~.;Márlene · R
- Adolescencia: Tempo ' de Contrádições •• ~; •••••• ;~.~. : ~ •••• ~ •• 273
- Os Confl i tos •••.. :. . ~ ..•.••..•• . ~ ... : ••.•.• . •.••.• . •.. ; ••• 277
- A Emot"ividade .••. ;. ~ ..•... .. ~.~ .....•................... ~~.279
- O Amo r • '" '" '" '" '" '" ~ '" .. '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" '" ~ '" '" '" '" '" '" '" ~ '" '" '" '" ~ ~ ~ '" '" ~ '" ~ '" ~ 280
- Medo e Agressividade: a Violência ••. :;.; ••• ;; ; .: ••• ~ .; •.••• 281
- As fteacçõés: ' Éxplosão ou Silêncio •• : •••• : •.•••.••••. : .••• :.282
- O Me do '" '" • , ~ •• : ~ ~ ~ ~ ~ ~ '" ~ ~ ~ '" '" '" ~ '" '" '" '" '" ~ '" ~ '" ~ ~ '" '" '" ~ '" ~ ~ ~ ~ '" '" '" '" '" '" • ~ '" ~ ~ 28:3
~ A Ale ,~ria • '•• ~ • ~ • ~ • ; • ; ~ ~ ~ ••••••••.• ~ .................. ~ ••••• • 284
- A Maturidade ....................................... . . . . . . . . . 286
VI - FACTORES CONTEXTUAIS DA ESCOLA FACE AO DESENVULVIMENTO. O "E'rHUS" DA ES-
COLA. O SUCESSO PESSOAL E AS QUESTOES SOBRE O DESINTERESSE, IN~ISCIPLINA
INEFICACIA~ AS EXPECTATIVAS E PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
289 - Auto-Estima, Auto':Con~ei to Ãcadémico " Alienação e
sucesso escolar ••• ~ ........ -.......... J.O •. FORWSINHO/C. ALVES.:.PINTO
1. O Estudo da Auto-Imagem Da Psicologia ••••••••••••••••. ~ ••• 289
2. Problemas ' ConceptuaiS e "metodoldgicos no estudo dà · auto ... · ,t
- est i ma ........... ~ ••••• "••••••••••••••••••••••••' •• ~ ~ ~ • ~ ~ ~ ~ ; 291
3~ Os estudos de auto-estima no contexto educacionál ••• ~.; ••• 293
4. Apresentação e investigàção de campo em curso ••• ~ ••.•.•••• 295
4 ~ I - Ob j e c t i vo s ~.. ~ . ~ • ~ : • ; • . • ; • . . • • . . • ; . : . • ~ • • • ~ • • • . ~ • ~ • ~ 29 5
4. ~ 2 - Amo s t ra •..••........• '" ~ .• ~ . . •........•• : ...... . .. ~ ; • ~ 295
4~J ~ Instrumentos dê me.ida •... ~ .~; ~ .:~ .. ~;.: .. ~~ ... . ; ••. 296
4 . 4 - Hi pót e ses ••. ~ •.• ~ .•.• ~ •• ~ : •• ~ ~ •.•• ~ •• ~ '•••• ~ • ~ ~ •• ~ • ~ • 296
5. Análise des n~dos ••• ~.~ ••.••• . ::.~~; •• ;; • . ••••. ; ••. :.~;.;297
6. Direcção Futura dá. Investigação .~ •.•.•••.•.•...••••••• :.~305
7. -Alienação Escolar, Auto-Estima e auto-conceito acádémico ••. 305
309 - o Desinteresse escolar no Ensino Secundário •••••••• W. P. ROBINSON
327 - Auto-Estima, Desinteresse e Insucesso escolar
em alunos da escola secundária~ ••••••• C. A. TAYLER/W. · P. ______~_
- Exames de refer~ncia normátiva e insucesso escolar •• . • . •••• 32
- O Ciclo do Desinteresse a
- Auto~Estima e Insucesso escolar: Teoria ••.•••••• ~.~ ••.•• 332
- Auto-Estima e Insucesso escolar: dados emPlricos .~ ••••••••• 337
343 - As competencias inter -pessoais do professor ••••••Santos BREDERUDE ~
,.
i
....:.. • lJ .
.1
S. R
FORMAÇAO EM EXERCICIO
PSICOLOGI A DO DESENVOLVIMENTO
1. INTRODUÇAO
2. OBJECTI VOS:
. ... / ...
~.
s. R.
3. PRINCIPIOS METODOLOGICOS:
4. AVALIAÇAO:
..
O processo de ava l iação integrar-se-á no percurso de aprendizagem con-
ducente à rea l ização dos objectivos indicados para o programa e nos parâmetros
definidos no actual modelo de Formação em Exercício.
5. PROGRAMA:
... / ...
s. R
7. Avaliação.
\.. _ - -
s. R.
Concepções da ADOLESCENCIA
II
A adolescência caracteriza-se: a) pe-
la descoberta do eu; b) pela função paul!
tina de um pl ano de vida; c) pela integr!
ção nas diversas esferas da ex istência"
II
A adolescência define-se a) pela des-
coberta de valores; b) pela separação en-
tre valores subjectivos do eu e os valo-
res do mundo objectivo"
II
A adolescência caracteriza-se: a)
pela alteração do esq uema fisico e obri-
gação de reajus tamento entre o ser e o
parecer; ... d) pela busca ansiosa do mi~
tério da vi da e da morte com preocupação
crescente pelo futuro; e) pela indepen-
dência do ambiente familiar e pela libe~
tação de tutelas; f) pela fixação do pa-
pel a representar (trabalhos a executar,
meios de vida, ambições a satisfazer)
na vida socia l".
s. • R.
II
Os problemas da adolescência gravitam
em torno ... a) aparecimento dos interesses
heterossexuais; •.. c) maturidade emocional;
d) maturidade intelectual; e) maturidade
social; f) inicio de independência economl
ca; g) uso do lazer; h) filosofia de vida ll
•
Isolina BORGES
1 . Considerações genéricas
1-1
Conceitos de Adolescência
1-2
Conceitos de Adolescência
1 - 3
J
Conceitos de Adolescência
1-4
Conceitos de Adolescência
1-5
l
o ADOLESCENTE E A FAMÍLIA (*)
INTRODUÇÃO
1 . História
1-7
",
Conceitos de Adolescência
2. O conceito de adolescência
1-8
Conceitos de Adolescência
1 -9
Conceitos de Adolescência
--
deste modo. um potencial benéfico". (P. BIos, 1967)
I - 10
º QUE ~ UM ADOLESCENTE
René DIATKlNE
I - 11
Conceitos de Adolescência
I - 12
Conceitos de Adolescência
I - 13
Conceitos de Ado lescênci a
I - 14
Conceitos de Adolescência
f
problemas terríveis - porque saímos do todo poderoso. do
imaginário, para cair em qualquer coisa que deve ser ~
organizada, planificada. com um passo. que faz com Q~Je se
1
jogamos bem ganhamos. mas quando jogamos mal deprimimo-nos
porque nessa altura pensamos que não valemos nada.
Então, o que é importante é constatar que,
contrariamente ao que julgámos, esta fase que os
psicanalistas chamaram durante mui to tempo "fase de
latência" com o sentimento de que não se passava grande
coisa, é uma fase de uma extraordinária riqueza e de uma
extraordinária importância. E em particular, agora, sabemos
cada vez mais que existe toda uma série de transformações
que permitem justamente que laços e relações se estabeleçam
entre o imaginário do desejo e tod~ uma séri e de
I - 15
Conce i t os de Ado lescência
I - 16
Conceitos de Adolescência
I - 17
Conceitos de Ado lescência
I - 18
Conceitos de Adolescência
I - 19
Conceitos de Adolescência
I - 20
Conceitos de Adolesc ência
I - 21
Conceitos de Adolescência
I - 22
Conce itos de Adole s cênri 8
I - 23
SEXUALIDADE E AUTO-ESTIMA NA ADOLESCÊNCIA (*)
II - 25
Aspectos Maturacionais
I I - 26
Aspectos Maturacionai s
II - 2 7
Aspectos MaturaC l. OnalS
II - 28
Aspectos Maturacionais
1
coerentes capazes de relegarem para o silêncio do
inconsciente, excepto durante o sonho ueles ob' ecti vos
que sejam discordantes. Trata-se de um trabalho cheio de
dificuldades, de avanços e recuos e eventualmente de
rupturas. Estas afectam sempre a au to-es tima das
auto-ima ens e constituem o rikson chamou fusão de
[
identidade. O meio ambiente, referência
inevi tável, é talvez, nas condições actuais de acelerada
transformação das colectivi dades, sob certos pontos de
. vista , um meio pouco facilitador .
Em referência a um dos artigos fundamentais de
{!e~ os Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, pode
dizer-se que tudo o que se passa n a adolescência é~u'!@ /
tentativa para ~grar o tipo de relação pregenital ~ópr~ l
J da infância no modo de relação genital desejável na vida
adulta. substituindo a tendência para o controlo omnipotente (
~ objecto pela aceitação da realidade d~, na sua)
( diferença e especificidade individual .
II - 29
OS JOVENS E A SEXUALIDADE
I
A ADOLESCÊNCIA (*)
Migue l NUNES
O que é?
II 31
Aspectos Maturacionais
- no corpo
nas relações com os pais
nas relações com os ou tros da mesma idade
nas relações com os adultos - na família, na
escola, nos grupos d esportivos e recreativos ,
no trabalho, etc.
na forma de encarar o futur?
nas raparigas:
- o desenvolvimento das glândulas mamárias
o aparecimento de pêlos púbicas e axilares
II - 32
Aspectos Maturacionais
nos rapazes:
- o desenvolvimento dos órgãos sexuais
- a mudança de vqz
- o aparecimento dos pêlos púbicos. axilares,
barba, bigode, etc.
- nalguns casos, um ligeiro desenvolvimento das
glândulas mamárias, ou apenas duma delas (sem
importância e que desaparece algum tempo
depois) .
II - 33
Aspectos Maturacionais
II - 34
Aspectos Maturacionais
II - 35
Aspectos Maturacionais
--~---:-
- medo de não ser suficientemente potente:
não se excitar como os outros
· não ejacular como os outros
· não satisfazer uma mulher nas relações
sexuais
- medo de ter ou vir a ter tendências
homossexuais:
· culpabilizado por p·ossíveis experiências
infantis ou adolescentes sem significado.
medo de não ser atraente:
· o tamanho do nariz
· a deproporção do corpo (pés grandes , rabo
espetado , etc.)
· o acne
II - 36
;::
Aspectos Maturacionais
SOBRE AS IDEIAS:
· os pais procuram transmitir ideias e valores
em que acreditam e têm uma grande preocupação
com a segurança
· os filhos gostam da invenção, da descoberta,
da aventura , do risco e têm também vontade de
marcar as diferenças.
SOBRE O FUTURO:
· os pais têm uma preocupação quase exclusiva
com o futuro (que mui tas vezes se decide na
adolescência) e em certos casos o desejo de
que os filhos realizem o que eles próprios não
conseguiram
• os fi lhos dão importância ao presente e ao
prazer actual, adiando a preocupação com o
futuro.
II - 37
Aspectos Maturacionais
II - 38
Aspectos Maturacionai s
~ (J..J~ d/>~
Por que é que se fala hoje tanto na a dolescência?
·
Porque embora sempre t e nh am ' t1.'od
ex1.S '
cr1anças
adultos, essa transformação é, na nossa sociedade:
que se t ornam vc, C~
/?of 1/-
~'
S\10~
$
Á - RECONHECIDA SOCIALMENTE - a esco l a veio dar
existência social a um período ent r e a v i d a de criança e a
vida adulta (trabalha, independênci a , etc,),
L- DIFÍCIL
pela indefinição n ão h á mome ntos concre tos e
assinalados de pass agem à i d ade adulta (a
maioridade não têm esse signi fic ado e ê v ivida
muitas vezes ainda numa si t uação de preparação
para a vida adulta e de dependência fami l i a r) .
• pela duração - d e v ido aos estudos cada vez
mais longos , mantendo a situação de
dependência económica, social, etc .
II - 39
Aspectos Maturacionais
porque
carác t er injustificad8 de certas vergonhas femininas e medos
masculinos que têm a ver com a forma como as raparigas e os
rapazes são educados
dJ- porque pode ajudar a perceber melhor o
conflito com os pais, sem culpabilidade e sem dramatismos
~) - porque o facto de se saber que as dificuldades
são comuns permite um maior à vontade e uma maior capacjdªd~
de as Il l t r apas s ar::
fi - porque permi te perceber melhor e uI trapassar
as contradicÕes na forma de encarar o futurO .
II
A AFECTIVIDADE
II - 40
Aspectos Maturacionais
-
outro
II - 41
Aspectos Maturacionais
'"
MUITOS ADOLESCENTES VIVEM COM ANGÚSTIA O FACTO DE NUNCA
TEREM NAMORADO E TÊM MEDO DE NÃO VIREM A ENCONTRAR ALGUÉM
QUE GOSTE SUFICIENTEMENTE DELES OU DE NÃO TEREM CORAGEM DE
MOSTRAR À PESSOA DE QUEM GOSTAM OS SEUS SENTIMENTOS E
DESEJOS.
II - 42
Aspectos Maturacionais
III
A SEXUALIDADE
na violação
na prostituição
II - 43
Aspectos Maturacionais
Na inI'ancia
Existem manifestações de sexualidade, natural-
mente pouco definidas, como é próprio da idade.
II - 44
Aspectos Maturaci onais
B Na adolescência
A sexualidade manifesta-se de
intensa e clara e começa a estabelecer-se a
uma forma mais
ligação entre a
sexualidade e a afectividade. Ligação que na nos s a sociedade
existe de forma diferente nos rapazes e nas rap arigas, como
veremos adiante.
II - 45
Aspectos Maturacionais
a) Sonhos sexuais
Estes sonhos:
são involuntários, como todos os sonhos
de frequência mui to variável de pessoa para
pessoa, podendo mesmo não existir
acompanhados de excitação sexual e por vezes
de orgasmo.
Aparecem
• nas raparigas habitualmente duma forma menos
intensa (veremos mais adiante porquê) e
relacionados com a sua vida afectiva
II - 46
Aspectos Maturacionais
e) Fantasias sexuais
.J..) Masturbação
II - 47
Aspectos Maturacionais
II - 48
Aspectos Maturacionais
II - 49
Aspectos Maturacionais
II - 50
Aspectos Maturacionais
II - 51
Aspectos Maturacionais
Nas raparigas
%
II - 52
Aspectos Maturacionais
~) Nos r apazes
11 - 53
Aspectos Maturaci onais
II - 54
Aspectos Maturacionais
A Homossexualidade
II - 55
Aspectos Maturacionais
II - 56
Aspectos M&turacion~is
II - 57
'.
:.
II - 59
Aspectos Maturacionais
II - 60
Aspectos Maturacionais
II - 61
Aspectos Maturacionais
.- -
um nós em relação a um eles.
-
Considerar a identidade como uma construção (
psicosocial não implica eSquecer a ideia de uma identidade
Bessoal, enquanto sentimento de unidade de d i ferença, ~
continuidade (10). Supõe porém que se foca lize a atenção no
papel do outro (indivíduo ou grupo) na construção do sujeito
(identidade e pertença são duas faces da mesma moeda) (11);
que se distingam os aspectos da identi dade · que derivam da
comparação do indivíduo com as categorias sociais que para
ele são relevantes : e que,. final emente , se atente no papel
dos valores na construção das auto e hetero imagens.
A ligação entre os valores e a identidade está ,
suposta no trabalho de<:ia~!!}) (12) quando este sublinha o
papel dos valores na formação das categorias sociais.
Categor ização social e valores contribuem para a atribuição
de um lugar particular a cada indivíduo na sociedade e para
II - 62
Aspectos Maturacionais
~
valores sociais repercute-se na imagem ideal de pessoa e na
forma como cada sujeito e cada categoria social se
auto-percepcionam e percepcionam os outros. Esta perspectiva
de enfoque da identidade leva-nos a pôr em causa as
orientações teóricas que postulam processos a-situacionais e
a-históricos de construção da iden tidade e especificamente
da identidade dos jovens. Será v e rdade que "derriere les
visages changeantes de la jeunesse, iI y... ~ la jeunesse
éternelle, remarquablement identiqu e ~ elle = même au cours '
des siecles dans ses tendances, ses lois de developpement,
sa façon de se représenter le monde des choses et des
êtres?" (15).
II - 63
Aspectos Maturacionais
II - 64
Aspectos Maturacionais
2. Questões Metodológicas
II - 65
Aspectos Maturacionais
II - 66
Aspectos Maturacionais
associados,
dos jovens
II - 67
Aspectos Maturacionais
II - 68
Aspectos Maturacionais
II - 69
Aspe c t os Maturacionais
QUADRO 1
EVOLUÇÃO DOS VALORES IGUALDADE E LIVERDADE
NA HIERARQUIA DE VALORES DOS JOVENS
Igualdade 3 Q
Liberdade 1 Q
II - 70
Aspectos Maturacionais
II-71
Aspectos Maturacionais
NOTAS
II - 72
j
Aspectos Maturacionais
II - 73
Aspectos Maturacionais
II - 74
Aspectos Maturacionais
II - 75
MODELO COM INCIDÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA (*)
Isolina BORGES
III - 77
Construção do Conhecimento
III - 78
Construção do Conhecimento
- Proporcionali dade
- Coordenação de dois s i stemas de refer ênci a e a
relati vidade dos movimentos o u das veloc i dades
- Equilíbrio dinâmico
- Probabilidade
Correlação
- Compen saçõ es multiplicativas
III - 79
Construção do Conhecimento
III - 80
-'
A ADOLEScÊNCIA (*)
Jean PIAGET
III - 81
Construção do Conhecimento
".,tI1.
lJ 112- ().
própria r ealidade e, em p articular, nos objectos tangíveis,
III - 82
Construção do Conhecimento
III - 83
Construção do Conhecimento
III - 84
Construção do Conhecimento
t
"u
numa assimilação egocêntri ca . para sÓ depois encontrar o
equilíbrio, combinando- se com uma acomodacão ao real. Há
assi m um egocentrismo intelectual da adolescênc i a, compará-
vel ao egocentrismo do bebé, que assimila o universo à sua
actividade corporal , e ao egocentrismo da primeira infância ,
que assimila as coisas ao pensamento nascente (jogo
simbÓlico, etc. ) . Esta última forma de egocentrismo
5
II I - 85
OS ASPECTOS INTELECTUAIS DA CRISE JUVENIL *
III - 87
C6~truçio do Conhecimento
' ".' ,- .
o:.: :-q:~U~e;:; ;f:;o;;i~a;.d; ,;q~u=i.r_!. i~d::o=.;:;: ;n:;:.o~~p:.:l; .:a.~n:.;o:-.: c;.:o;.; n.:; c;. r~e,;ta. o:;=d~e_v,;ej~s~e:r.:. : . . r~e:.;c::20::n~s.:.t.,;r~u:. l_1~d.O=.
120 plano formal, exactamente ue se adquiria no
\ O
CI'
_n&-tr,yJ ti'
níve sensorio-motor devia ser reconstruido no nível da
~presen tação. A partir dos sete ou oi to anos, a criança
está na posse das operações necessárias para classificar,
seriar, enumerar os objectos , mas não domina ainda a s ope-
rações que lhe permitirão classifi c ar , ser i ar, enumera r em
abstracto, isto é, a partir de p roposições simplesmente
assumidas. Isto mostra "que as ope r a ç ões h ipotetico-deduti-
vas se situam num plano diferente do raciocínio conc reto ,
porque uma acção efectuada com sinais desligados do real é
totalmente diferente de uma accão sobre a realidade como
tal, ou sobre os mesmos sinais ligad os a esta reali dade " ( 2)
Ora, o novo instrumento que é o pensamento
formal (3), abrindo ao adolescente o domínio do pensamento
"puro", abre-lhe as portas de toda a especulação, se j a ela
filosófica, política, social , estéti ca, etc . - e veremos q u e
ele não se furta a ela . Emancipa-o especialidade da r eali-
dade e, sobretudo, do mundo adulto , ao qual lhe dá acesso .
~ela inteligência, o adolescente é i gual ao adulto , do qual ,
?ifere pela falta de exper i ência. E igual e como tal se
considera: julga , critica , objec t a , projecta planos de
reforma da sociedade; é em pé de igualdade que discute com o
adulto , o que ele aprecia acima de t udo, desde que o tomem a
sério e o tratem precisamente como igual. O despertar do
pensamento abstracto vai, de uma v e z por todas, subl i nhar ,
acentuar as contradições e ambigui d ade inerentes à pOSlçao
do adolescente (ele é, e sente-se i n telectualmente um adul-
to, como é e se sente fisiologicamente maduro) . Vai t ambém
atenuá-las, na medida em que a inteligência permite agora ao
III - 88
Costrução do Conhecimento
III - 89
Costrução do Conhecimento
III - 90
Costrução do Conhecimento
III - 91
Costrução do Conhec imento
III .:.. 92
Costrução do Conhecimento
III - 93
Costrução do Conhecimento
III - 94
Costrução do Conhecimento
III - 95
I/ ,
I •
Costrução do Conhecimento
NOTAS
III - 96
,, ,
\ .
\
/
A PROCURA DA INTEGRAÇÃO
DA TEORIA DE JEAN PIAGET
NA ACÇÃO PEDAGÓGICA
III - 97
l/
Construção do Conhecimento
JEAN PIAGET
III - 98
Construção do Conhecimento
III - 99
Construção do Conhecimento
III - 100
Construção do Conhecimento
III - 101
Construção do Conhecimento
III - 102
~ ·I
Construção do Conhecimen to
III - 103
Construção do Conhecimento
III - 104
-I
Construç ão do Conhecimento
III - 105
Construção do Conhecimento
III - 106
Construção do Conhecimento
III - 107
Construção do Conhecimento
III - 108
o PENSAMENTO DO ADOLESCRNTE
- Uma reflexão sobre Psicologia Genética,
Epistemologia, Educação - .
Deolinda BOTELHO
Lisboa, 1987
III - 109
Construção do Cor.hecimento
III - 110
Construção do Conhecim~nto
1
forma como se constrói o conhecimento, de que a inteligência
não é senão um caso particular. Esses mesmos estímulos são
provenientes de todas as disciplinas do currículo, das mais
práticas às mais teóricas, das mais artísticas às mais
III - 111
Construção do Conhecimento
III - 112
Construção do Conhecimento
III - 113
Construção do Conhecimento
III - 114
-- ~ --
Construção do Conhecimento
•
OBRAS CONSULTÁVEIS
1. ELKIND.
David - Crianças e adolescentes - Zahar
2. PIAGET.
Jean - Logique et Connaissance - de la Pleiade
3. PIAGET.
Jean - Biologie et Connaissance - Gallimard
4. PIAGET.
Jean - Psicologie de l ' intelligence - Fundo de
Cultura
5. PIAGET, Jean - De la Logique de L'Enfant à la Logique de
L'Adolescent - P . U.F.
6. PIAGET. Jean - Psychologie et Pedagogie - Mediations
7. D~OZ. R - Ler Piaget - Socicultur
8. PIAGET. Jean - Ou va L ' Éducation - Denoel
9. PIAGET, Jean - Le Structuralisme - Que Sais-je
10. PIAGET. Jean - Le Jugement Moral Chez L'énfant - P.U.F.
III - 115
Construção do Conhecimento
NOTAS
(1) PIAGET Jean
Psychologie et Pédagogie Ed. Mediations pag.47
(2) PIAGET Jean
Psychologie de l'In,telligence Ed. A. Colin. pago 170
(3) Idem Pago 166
(4) PIAGET Jean
Ou vá l'educ ~tion ; ed. DENOEL, pag.24
(5) PIAGET Jean
Ou vá l'éducation, ed. DENOEL, pag.55
(6 ) PIAGET Jean
Le structuralisme, ed. que sais-j e?, pag.6
(7) PIAGET, INHELDER
De la logique de l'enfant à la logique de l'adolescent,
P . U. F., pag . 303
(8) PIAGE'l', ET INHELDER, De la logique de I' enfant à la
logique de l'adolescent., PUF , pág.110
(9) PIAGET, Jean
Le jugement moral chez l'enfant, Ed. PUF, pág. 324.
(10) ELKIND, David
Crianças e Adolescentes, ZAHAR, pág.100
(11) PIAGET Jean
Ou va l'éducation , DENOEL, pag.52
III - 116
ADOLEScÊNCIA ( it )
Isolina BORGES
A Per~pe~tiva Psicanalítica
IV - 118
Construção de Identidade
IV - 119
Construção de Identidade
IV - 120
Construç ã o de I den tidade
I V - 121
Construção de Identidade
IV - 122
Construção de Identidade
IV - 123
Construção de Identi dade
-
Esta crise é comparada por Wallon (1956) à crise dos três
a nos no sentido em que as exigências da p ersonalidade passam
de novo para primeiro plano (orientaç ã o centrípta) . Segundo
Wallon (1941) estas duas crises são mais simétricas que
semelhantes, visto que, a p esar d e ambas começarem por uma
oposição, os aI vos dessa oposição e as f ormas de resolução
do conflito são diferenciados. Assim, enquanto a criança
vi"s a as pessoas, o adol escente visa essencialmente os
hábitos de vida do adulto e aquilo que eles represent am. Por
outro lado, enquanto a c r iança converge finalmente para a
imi tação do adulto , o jovem parece desejar distinguir-se
dele a todo o custo ,. Trata-se da clássica " crise da
originalidade" que é fruto de grande necessidade de reforma
e de transformação, que por sua v ez resulta de um sentimento
de descontentamento.
A crise que marca o início da adolescência,
começa por um sentimento de transformação - o adol escente
sente que algo se modificou tanto a nível físico como a
nível psicológico. A nível do seu próprio cor po , as
transformações advindas da puberdade (essencialmente os
caracteres sexuais secundários) p r ovocam uma necessidade de
reajustamento do esquema corporal . Nesta altura o adoles-
cente dispende uma quantidade razoavel de temp " em f r ente ao
espelho, examinando as mudanças operadas no s eu rosto e no
IV - 124
Construçã-Ç> de Identidade
IV - 125
Construção de Ident idade
IV - 126
~ SEPARAÇÃO ADOLESCENTE-PROGENITORES (*) .
IV - 127
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
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Construção de Iden tidade
IV - 130
Construção de Identidade
IV - 131
Construção de Identidade
A separação adolescente-progenitores
IV - 132
Construção de Iden tidade
~
volvimento do Homem e da Soc i edade: "o desligar do indivíduo
da autoridade dos país é uma das mais necessárias mas também
uma das mais penosas realizações do desenvolv i mento , É
inteiramente necessário que se realize e devemos supor que
todo o ser humano normal consegue, em certa medida , consumar
essa separação. Com efeito , o processo da sociedade dep~nde,
em geral, da oposição das duas gerações" (2). Freud (1917)
subordi na, mais tarde,a aquisição do estatuto de adulto, em
termos maturacionais, à realização da tarefa da separação
interna dos ob,j ectos primi ti vos, acentuando os aspectos
pulsionais e mudanças envolvidas pe l a ocorrência da puber-
~ " ... na puberdade, quando o instinto sexual faz as suas
IV - 133
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
IV - 135
Construção de Identidade
IV - 136
---~
Construção de Identidade
IV - 137
Construção de Identidade
-
Erikson com as fases infantis desc r itas por Mahler : na 1a.~-~
fase, a necessidade da criança em reconhecer a sua separação
da mãe é posta em analogia com a necessidade do adolescente
em livrar-se da dependência familiar; na '2a. fase, o exer- to"
cício físico da autonomia é comparado à moratória psicosso-
cial; a ~. fase de aproximação é comparada à crise de ~.'f.
identidade e, na~. fase, a aquisição dum sentimento pri- ~.~
mi tivo do self 6posta em analogia com a aquisição dum
sentimento de identidade.
Esta visão do p rocesso adolescente como recap ~
tulação do processo infantil, retirando-lhe oro a e e
inovação enquan o processo de desenvolvimento com objectivos
e funções evolutivas próprias, não merece a nossa total
adesão (Figueiredo, Fleming, Paúl, 1 984). Pensamos que, se o
processo adolescente se enraíza em processos infantis e é
influenciado pelas suas vicissitudes, ele tem a sua dinâmica
própria, na medida em que ocorrem fenómenos novos, não
conhecidos na infância.
A problemática da separação adolescente, que. na
nossa perspectiva. se alicerça no desenvolvimento da iden-
tidade adolescente, encontra na obra de Erik Erikson (1959,
1968) uma contribuição teórica notáv el.
IV - 138
Construção de Identi dade
t'
. ,a ío#4
fl/1lft1 poderiamos chamar interacional, o processo de separação tem
. L sido objecto, como atrás referimos, de conceptualização
.:>/<> -g: ('1/ teórica e investigação por parte de autores que se reclamam
IV - 139
Construção de Identidade
IV - 140
;,
Construção de Identidade
IV - 141
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
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~.
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
IV ~ 150
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
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Construção de Identidade
~
consegUir, por si próprio, quer física, 'Quer psicologica-
mente, o que era previamente providenciado pela pessoa que
se perdeu or outras alavras a ca acidade de se iden-
ificar com os pais. A identificação seria, portanto. pri-
IV - 153
Construção de Identidade
IV - 154
Construção de Identidade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
IV - 156
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
NOTAS
IV - 158
--- - - ... . . --. - ---- ~----
Construção de Identidade
BIBLIOGRAFIA
IV - 159
Construção de Identidade
IV - 160
Construção de Identidade
BRANDT, (1977)
D.E. "Separation and identi ty in
adolescence: Erikson and Mahler - some similari ties",
Contemporany Psychoanalysis, 13 (4). 507-518.
IV - 161
~~- -- ~--- ------.. ---- -
Construção de Identidade
IV :.. 162
Construção de Identidade
IV - 163
Construção de Identidade
IV - 164
=
Construção de Identidade
IV - 165
Construção de Identidade
MOORE, D. , F.
HOTCH (1980)
D. "Late adolescent's
conceptualization of home-Ieaving", J. Youth and
Adolesc., 10 (1), 1-10.
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Construção de Identidade
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University of Ottawa, 6 (1), 43-46 .
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adolescence ", J . Nery . Ment. Dis . 167 (1), 38- 55 .
IV - 168
Construção de Identidade
IV - 169
TEORIAS DA PERSONALIDADE (*')
Teorias Humanísticas
IV - 171
Construção . de Identidade
:(0-1') /~)
Ne c essidades fisiológicas ( por e xemp l o ,
f'
Necessidades sociais (por exemplo , ac e i t ação
s ocial) .
4. Necessidades de "ego" ( por e x emplo ,
1
amo r-próprio, categoria s oci a l).
5 . Necessidade de auto-realizac ã o (por e x e mpl o ,
perspicácia).
estádios de
desenv olvime n to 3) . Através da
satis f ação das necessidades 1 e 2, a criança aprende a
IV :.. . 172
Construção de Identidade
IV - 173
Construção de Iden tidade
I V - 174
Construção de Identidade
IV - 175
Construção de Identidade
própr i as como crianças que devem fazer o que querem (i. e.,
os seus eus ideais ) es tariam todos em completa harmonia, e,
por isso, em congruênci a , uns com os outros.
Infeli zmente , contudo , o mundo n ão é um lugar
onde cada um de nós pode faz er o que quer. Por isso, .i.
inevi t ável gue todos nós desenvolvamos gua lg uer
incongruência ao longo da vida. Temos de evitar perigos
físicos, por muito sedutores que sejam, e temos de estudar
os desejos e direitos dos outros. A criança que quer
obedecer aos ditames do seu organismo e fazer prevalecer a
sua vontade sobre a de outre m tem ' de ser reprimida. A
criança que exige atenção constante dos pais tem de aprender
que também eles têm vidas próprias para vi v e r.
De facto, as idei as de Rogers sobre a forma de
auxil i ar melhor a criança a aprend er a viver com um certo
grau de incongruência são a sua contribuição mais importante
para o pensamento educativo . Rogers concorda com Freud que o
bébé é egoísta , mas atribui · isso n ão tanto aos impulsos
básicos do id, como ao simples facto de a cri ança h a bitar o
seu próprio campo fenomenal. Ela n ão sabe . (como p oderia
saber?) que as outras pessoas têm campos fenomenais
diferen tes de dela, e, por isso, não estão ali apenas para
benefí cio dela. Tem de a render que os outros também têm os
seus c ampos fenomenais . A forma de conseguir que ela o faca.
não é , argumenta Rogers fazê-la senti r - se cul ada
que é , mas sim levá-la a identificar se afeç tjyamente com os
outros, isto é . a pôr-se no lugar dele s e â i mâginar c omo se
sentiria nesse caso . Assim, a criança que quer oprimir uma
outra criança não deve s er rotulada de perversa por i sso , o
que só pode levar a uma incongruência excessiva e ntre o seu
organi smo (que talvez queira genuiname nte afirmar-se na
escola para compensar a opressão a que está sujeita e m casa)
e o seu eu (que se quiser evi tar o rótulo de perverso, tem
agora de se convencer de que afinal não quer oprimir). Em
vez d i sso, devemos lembrar-lhe que n o seu campo fenomenal
ela não gosta n ada de ser oprimida , e que as outras c rianç as
-.
sentem e~actamen te a mesma coi sa . As outras crianças sente m,
de facto, como ela a mesma d or e o me smo medo.
IV - 176
c
Construção de Identidade
IV - 177
,'. ,
.
Const rução de Identidade
~
empatia em relação a ela. Isto é tudo parte integrante da (
necessidade que a criança tem da atenção positiva dos
adul tos pela sua vida, do seu amor e aprovacao. Ro~ers
considera que isto é uma das necessidades mais fortes que
entrou no organismo. (É significativo que não tenha apare-
cido entre os instintos mais importantes de Freud). É esta
necessidade que faz a criança obedecer aos pais e aos pro-
fessores, mesmo quando esta obediência significa renunciar a
outros desejos do organismo. Grande parte do eu da criança,
e do seu eu ideal, é formado em resposta à necessidade de
ganhar e conversar esta atenção positiva. Quando a atenção
só lhe é dada condicionalmente, e existe a ameaça constante
de lhe ser retirada como castigo por mau comportamento, a
criança sacrificará cada vez mais os seus desejos do orga-
nismo para a conservar, e tornar-se-á assim cada vez mais
incongruente . Referimo-nos a este ponto quando analisámos o
amor-próprio no capítulo 2 . Nenhuma criança terá possibi-
lidade de experimentar um desenvolvimento satisfatório da
personalidade se passar a vida com medo que os adultos, que
a rodeiam, estejam prontos a abrir e a fechar os seus
sentimentos em relação a ela como se fossem uma torneira.
A insistência de Rogers neste ponto ~ no
carácter único do campo fenomenal de cada pessoa, está bem
patente nas técnicás de psicoterap i a e de orientação que ele
desenvolveu. A psicoterapia (tratamento de pessoas com
problemas de personalidade extremos )pertence, tal como as
técnicas psicanalíticas, à psicologia clínica, mas a
orientação é largamente utilizada na educação, ainda que por
orientadores especialistas e não por professores. Os métodos
de orientação de Rogers são conhecidos como centrados no
paciente (p. ex. Rogers, 1957) porque se dá ênfase à
resolução dos problemas pelo próprio paciente, na atmosfera
de atenção positiva e compreensão da empatia que o
orientador lhe oferece, e não à actuação do orientador como ·
uma figura autori tária que lhe diz ao paciente o que deve e
não deve fazer. Uma vez. que cada paciente é único não podem
existir fórmulas feitas para se lhe dar como acontece por
vezes nas formas de orientação que derivam das teorias
IV - 178
\
l
I. \ \
,\
Construção de Identidade
IV - 179
Construção de Identidade
IV - 180
Constr u ç ã o de Iden t i dade
I V - 1 81
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
IV - 183
/ .
Construção de Identidade
IV - 184
kf uy
IV - 185
Construção de Identidade
IV - 186
Construção de Identi dade
==~=================================================== ======
SEVERO DIVERTIDO
============================================================
MÃE 1
PROFESSOR 1
PAI O 1
TIO 1
DIRECTOR DA ESCOLA O
AVÔ
TIA
AMIGO
============================================================
Figura 1
IV - 188
Construção de Iden tidade
IV - 189
Construção de Identidade
IV - 190
os ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DE ERIKSON (*)
Fontana DAVID
IV - 191
Construção de Identidade
iJl t~~tJit 4
analisemo-los no contexto do trabalho do prof "sor. ·
. (t~iClO JA
1º. Confiança contra Desconfiança. a
importância crítica da relação criança-mãe mae
substi tuta) nos três primeiros anos de vida. Divide estes
três anos nos seus dois primeiros estádios de
desenvolvimento, o estádio um cobri ndo o primeiro ano e o
estádio dois o segundo e o terceiro. No primeiro ano de
vida, Erikson vê todos ·os vários aspectos dos bons cui dados t/JflfiAIJCA
maternais combinando-se para produzir na criança uma •
sensação de confianca. A partir do amor e cuidados da mãe,
da atenção que ela presta às suas necessidades, do seu
pronto fornecimento de comida e conforto táctil, em resumo,
da sua presença constante como aque l a que lhe satisfaz todas
as necessidades, a criança aprende que o mundo à sua volta é
um lugar com que pode contar, um lugar seguro em que pode,
sem perigo, confiar o seu conforto físico e emocional aos
IV - 192
Construção de Identidade
IV - 193
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
IV - 195
.-
Construção de Identidade
IV - 196
Const~ução de Identidade
IV - 197
Construç ão de Iden tidade
IV - 198
Construção de Identidade
t
se tornam mui tas vezes as coisas. O seu fracasso em dominar 'I
l
as primeiras aptidões tornam-na menos apta a dominar as
i\ posteriores. O fracasso , tal como o sucesso, multiplica-se
em si próprio. A cada experiência fracassada, a criança
vai-se tornando cada vez menos segura, cada vez menos capaz
de enfrentar coisas novas , cada vez menos confiante nas suas
IV - 199
Construção de Identidade
J
provas significativas do papel que os pais desempenham,
nesta área, no trabalho realizado por Stanley Coopersmi th
nos E . U. A. ~oopersmit!D (1986) acompanhou um grupo de
rapazes desde os 10 anos até à idade adulta e com base . em
IV - 200
Construção de Identidade
IV _ 201
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
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Construção de Identidade
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I
;1
. 1
Construção de Identidade
IV - 205
Construção de Iden tidade
1
crianças em articular das crian as da classe
têm um conceito de amor-próprio baixo. Isto
estranho, mas não é d ifíci l descobrir a razão. Se uma
criança verifica que em tudo o que faz, na escola e em casa
parecer
lhe recordam o facto de não ser tão boa como a maioria das
crianças da sua idade, pode aceitar esta informação e
tornar-se uma das tristes crianças a que Coopersmi th se
refere, ou tentar proteger o que lhe resta do seu
IV - 206
Construção de Identidade
~
à aI tura dos padrões da escola o ue faz na realidade é
dizer: não sou eu que sou incompetente os padrões
estão errados.
IV -207
·,
Construção de I dentidade
IV - 208
Construção de Ident i dade
~
utoridade! e estão preparadas para o deixar tornar-se uma
delas, então as suas batalhas pessoais contra os professores
e os pais devem também ser justifi cadas! ou pelo menos é
ssim que ele raciocina .
IV - 209
Construção de Identidade
IV - 210
Construção de Identidade
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Construção de Identidade
IV - 212
Construção de Identidade
IV - 213
Construção de Identidade
IV - 214
•
Construção de Identidade
IV - 215
Construção de Identidade
IV - 216
Construção de Identidade
IV - 217
Construção de Identidade
IV - 218
ORIGENS DA MORAL
1. As regras do jogo.
2. O realismo moral: as desonestidades e
mentiras.
3. A noção de justiça.
v - 21 9
Construção de Valores
AS REGRAS DO JOGO
Técnica
Observações
v- 220
.
Construção de Valores
Técnica
Observações
V - 221
Construção de Val ores
o REALISMO MORAL
Técnica
V - 222
Construção de Valores
Observações
v- 223
Construção de Valores
Definição da mentira
Técnica
Observações
Técnica
V - 224
Construção de Valores
Observações
V - 225
, ..
Construção de Valores
As sanções
Técnica
Observações
V - 226
Construção de Valor€s
=;::;;=~~)===;:;===;:~~===~~:~;~~~~~
% 30 44 78 do r
==============~====================
A responsabilidade colectiva
Técnica
v- 227
Construção de Valores
Observações
V - 228
Construção de Valores
A justiça imanente
Técnica
Observações
86 73 54 34
=========================== ===========
V - 229
Construç ão de Valores
Técnica
Observações
7~1o
das crianças dos 6 aos 9 anos (e apenas 40%
das crianças dos 10 aos 13) aprova ram o comportamento da mãe
ou seja, foram a favor duma justiça retribuitiva .
Piaget crê que as crianças dão mais p re f erência
à justiça retribuitiva que distribui tiva quando o aceitam o
ponto de vista do adulto . Preferem , no entanto. a igualdade
à sanção. quando as suas r elações com as outras crianças lhe
tenham ensinado a compreender melhor as situações psico-
lógicas e a julgar segun do normas morais de recí p rocidade.
Técnica
V - 230
Construção de Valores
Observações
Técnica
Observações
V - 231
Construção de Val ores
A noção de justiça
Técnica
Observações
V - 232
o DESENVILVIMENTO DO JUÍZO MORAL NA ADOLESCÊNCIA
V - 233
Construção de Val ores
V - 234
Construção de Val ores
Quadro 6
Os estádios do desenvolvimento moral segundo Kohlberg
I. --
-------------------- --- --------------- _._--------------------
rimeiro níve . nível pré-moral ( ou pré-convencional). A
dos actos é comandada po r acontecimentos e x-
trínsecos , as normas são ditad a s de exterio r - o poder
faz a lei - e as motivações referem-:;e à conformidade com
os imperativos do poder: evitar o castigo e obter recom-
pensas . Este nível caracteriza a inf'incia.
Estádio 1: moralidade heterónoma. Trata-se de evitar
romper as regras regidas por sanções, de evitar os
castigos e de respeitar o poder não causando danos,
às pessoas nem à propriedade .
Estádio 2 : individuali smo e troca instrumental. A
moralidade dos comportamentos depende do resultado da
acção . O acto é julgado moral se o resultado coincide
com os interesses e as necessidades do indivíduo ou
dos outros . A reciprocidade tem o seu lugar, mas sem
espirito de equidade ou de le aldade .
. V - 235
Construção de Valores
" V - 236
Construção de Valores
familiar.
Kohlberg baseou as suas afirmações sobre a
--
das normas e dos valores da cultura no decur so da educação
V - 237
Construção de Valores
V - 238
Construção de Valores
V - 239
w_
"
VALORES: SEU DESENVOLVIMENTO E INFLuÊNCIA
--- -
SOBRE O COMPORTAMENTO ADOLESCENTE ( * )
----- -
V - 241
Constru ção de Valores
V - 24 2
Construção de Val ores
V - 243
Construção de Valores
V - 244
Construção de Valores
v- 245
· ·I·~t ~ , I I '., · .. ..
Construção de Valores
v - 246
Construção de Valores
v - 247
Con s truç ão de Val ores
V - 248
Construção de Valores
TABELA 8-1
============================================================
ESTÁGIO LÓGICO ESTÁGIO MORAL
V - 249
Construção de Valores
V - 250
Construção de Val ores
Q,.
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,
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r .poi ----,
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Topo 2 " \
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......
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gráfico
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C--_~
.......
~-o
Idade
v - 251
Construção de Valores
V - 252
Construção de Valores
V - 253
Cons t r ução de Valores
V - 254
Construç ão de Valores
V - 255
Construção de Valores
V - 256
-
Construção de Valores
lC\.."
triangulo
E.sc:t.lt'.á.~t!
V - 257
Construção de Valores
Tabela 8-2
Respostas de rapazes e moças a perguntas sobre as circuns-
tâncias em que seus pais se orgulhariam deles.
===========================================================
Bill (Ann) estava indo mui to bem em biologia porque seu
passatempo era colecionar e identificar insectos. Um di a, o
professor de biologia perguntou a Bill (Ann) se gostaria de
ser assistente da classe . Se algo desse género acontecesse
com você, isso deixaria seus pais orgulhosos, ou não seria
esse o caso?
Percentagem Percentagem
de rapazes de moças
(N= 3.831) (N= 3.956)
Ambos teriam muito orgulho de mim 60,2 63 , 5
Sentir-se-iam um pouqinho orgulhosos
A mãe ficaria orgulhosa, o pai não
se interessaria 31 , 6 30 , 9
° pai ficaria orgulhoso , a mãe não
se interessaria
Eles não se interessariam 5,3 4,6
Sem resposta 2,9 1,1
Qual seria a reacção se ocorresse uma situação diferente -
você entrasse na equipe de basquete (se tornasse chefe de
tordicial), para sua grande surpresa. Isso - orgulharia seus
pais ou não mostrariam qual quer interesse?
Perc-entagem Percentagem
de rapazes de moças
(N= 3 . 831) (N= 3 . 956)
Ambos teriam muito orgu~ho de mim 68,2 77,00
Sentir-se-iam um pouqinho orgulhosos
A mãe ficaria orgulhosa , o pai não
se interessaria - 23,8 18,9
O pai ficaria orgulhoso, a mãe não
se interessaria
Eles não se interessariam 5,6 3,4
Sem resposta 2,5 0,8
============================================================
Fonte: J. Coleman, Soc i al climates in high schools
(Washington, D.e . :U.S. Governemen t Pri ting Office, 1961) .
Com permissão do autor .
v- 258
Construção de Val ores
V - 259
Construção de Valores
V - 260
Construção de Va l ores
o desistente
V - 261
Construção de Valores
* Testes bicaudais
** Coeficiente de confiabilidade par-impar, corrigido pela
fórmula Spearman-Brown.
V - 262
Construção de Valores
V - 263
Construção de Valores
V - 264
Construção de Valores
V - 265
Construção de Valores
V - 266
Construção de Valores
RESUMO
V - 267
Construção de Valores
V - 268
ADOLESCÊNCIA A VONTADE DE VIVER ( * )
Marlene RODRIGUES
V - 269 ·
Construção de Valores
V - 270
Construção de Va lores
í
sob pretexto de proteger "os menin inhos" , elaboraram para \
eles uma longa e pouco generosa lista de proibi~ões e r
I
preconceitos, cujo objecti vo real é a preservaçao dos
valores socialmente instituí do s .
"A adolescência não apre senta mais o momento da
vida em que o indivíduo .pode ser ori en tado para adqu i ri r uma
consciência ética : tornou-se um gru po marginal, defi n ido
sociologicamente como u m espaço qu e, por b em ou por mal ,
deve ser integrado na sociedade para que melhor se possa
controlá-lo" (67) .
V - 271
Construção de Valores
necessidade
A imperiosa de auto-afirmação
origina comportamentos excêntricos e uma verdadeira crise de
originalidade é, então, deflagrada pela extrema dificuldade
que o jovem tem para dist i nguir seu eu mais profundo do eu
superficial (FURTER).
V - 272
Construção de Valores
I
aceita a infalibilidade dos pais, contesta sua autoridade e
reivindica vida própria.
V - 273
Construção de Valores
V - 274
Construção de Val ores
V - 275
Construção de Valores
V - 276
Construção de Valores
OS CONFLITOS
V - 277
Construção de Valores
"Tudo me acanha:
As chaminés da fábrica do lado.
E numa sala fechada, numa fábrica fechada,
Eu me acanho com as confecções mentais.
E se eu tivesse a primavera,
Ainda que fosse por um dia,
E se eu tivesse alguma chama,
Alguma veia, alguma vida,
v - 278
Construção de Valores
A EMOTIVIDADE
v - 279
Construção de Valores
o AMOR
V - 280
,I
Construção de Valores
V - 281
Construção de Valores
v- 282
Construção de Val ores
o MEDO
V - 283
Construção de Valores
A ALEGRIA
V - 284
Construção de Val ores
V - 285
Construção de Valores
o
espírito juvenil, caracteristicamente propenso
à aventura, deleita-se com o imprevisível e com tudo quanto -
de gratificante e auto-afirmador possa ocorrer espontanea-
mente e sem sua participação directa .
A liberação de energi as acumuladas há longo
tempo e o sentimento de superioridade podem causar um estado
de transitória felicidade. Aliás , nada é definitivo ou
eterno para a criança e o adolescente.
Como a própria evolução -humana, tudo - felici-
dade e infelicidade, emoção e inteligência, indivíduo e
sociedade - é um processo permanente, continuamente sujeito
a revoluções e mudanças.
A MATURIDADE
V 286
Construção de Valores
V 287
Construção de Valores
NOTAS
V - 288
AUTO-ESTIMA, AUTO-CONCEI TO ACADÉMICO
ALIENAÇÃO ~ SUCESSO ESCOLAR (* )
VI - 289
Factores Contextuais da Escola
VI - 290
Fac tores Contextuais da Escola
o
anos antes:
Q.efinições imprecisas do próprio concei to ; CD falta de
dados acerca da equivalência dos instrumentos de medida .
Este facto é agr avado pela situação de muitos investigadores
terem construí do os seus próprios instrumentos para a
si tuação especí fica que querem estudar, de tal maneira que
os instrumentos crescem tão rapidamente c omo os estudos
sobre o auto-conceito . Torna-se assim difícil a generali-
zação dos dados recolhidos .
Isto s ignifica que há probl emas de definição e
de medida que não foram resolvidos ante s do crescimento da
investigação na área . Daqui advém o facto da investigação
sobre a validade do " constructo" se tornar indispensável
(ver estudos recentes sobre o assunto - Shavelson 1976,
Byrne 1984).
são muitas as definições do termo auto-conceito.
Para c€ge~ (1967) é um conjunto organj z;ad Q e evolutivo de
percepç ões acerca do indivíduo. Para ~omb~ (1971) é a
or aniza ão das perce ões acerca de si mesmo ue faz o
indi víduo ser quem é i para é um sistema de
crenças complexo e d i nâmico que o i ndiví duo mantém acerca de
VI - 291
Factores Contextuais da Escola
VI - 292
Factores Contextuais da Esco la
VI - 293
Factores Contextuai E da Escola
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Factores Contextuais da Escola
-
mútua (Burns 1979, Espinar 1982). Na verdade, parec e p oder
d izer-s e q u e os dois sentidos da relação causal existem.
4. 1 - Objectivos
4. 2 - AMOSTRA
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Factores Contextuais da Escola
4.4 - HIPÓTESES
VI - 296
Fa ctores Contextuais da Escola
3 - A auto-estima varia:
a. no mesmo sentido do níve l de rendimento escolar;
b . no mesmo sentido da relação c om os colegas;
c. em s enti do inverso ao nível de ali e nação
escol ar .
QUADRO 1
AUTO-ESTIMA E AUTO- CONCEITO ACADÉMICO
====--=========== ==================================== ======
AUTO- MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO -BAIXO MÉDIO -ALTO ALTO TOTAL
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Factore s Contextuais da Escola
VI - 298
~~~ ~----------~-------------
QUADRO 2
AUTO-CONCEITO ACADÉMICO E RENDIMENTO ESCOLAR
-===================================================--======
RENDIMENTO
ESCOLAR MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO -BAIXO MÉDIO -ALTO ALTO TOTAL
ACADÉMICO
Escalão:
----,-----------------------------
BAIXO 25,2 ' 22,0 18,7 11,5 5,0 17,0
, '
---,------ ~-------- -- ------ -------
MÉDIO-BAIXO 29 , 5 '
,
34, 1 "- 26, 3
........
---------- -,------~---------- -----
19 , 3 11 , 8 25,1
VI - 299
Factores Contextuais da Escola
QUADRO 3
AUTO-CONCEI TO ACADÉMICO E RELAÇÃO COM OS COLEGAS
==================================== ===== == ======== =========
RELAÇÃO COM
COLEGAS MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO - BAIXO MÉDIO -ALTO ALTO .TOTAL
AUTO-
ACADÉMICO
Escalão:
MÉDIO-BAIXO 31,4 28 , 2 27 ,4 25 , 5 16 ,4 25 , 1
MÉDIO 24 , 3 27 ,7 3 2 ,4 30 , 8 27,8 28 , 8
MÉDIO-ALTO 10 , 6 16 ,9 15 , 0 21 , 7 30 , 6 19,8
----------- - -- -------- - ---- --- - - - - - --- -- -- --- ---- -- --- - -~ ---
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Factores Contextuais da Escola
QUADRO 4
AUTO-CONCEI TO ACADiMICO E ALIENAÇÃO ESCOLAR
-===========================================================
ALIENAÇÃO
ESCOLAR MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO -BAIXO MiDIO -ALTO ALTO TOTAL
ACADÉMICO
Escalão :
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Factores Contextuais da Escola
BAIXO 22 , 4 24,8 19 ,4 16 ,7 12 ,1 19 , 5
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Factores Contextuais da Escola
QUADRO 6
AUTO- ESTIMA E RELAÇÃO COM OS COLEGAS
=== === = ======================================~=====~====~=~~
MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO - BAIXO MÉDIO - ALTO ALTO TOTAL
Escalão:
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Factores Con textuais da Escola
QUADRO 7
AUTO-ESTIMA E ALIENAÇÃO ESCOLAR
=========================== =================================
ALIENAÇÃO
ESCOLAR MÉDIO- MÉDIO-
BAIXO -BAIXO MÉDIO -ALTO ALTO TOTAL
AUTO-
CONCEITO
ACADÉMICO
Escalão:
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Factores Contex tuais da Escola
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Factores Contextuai s da Escola
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Factores Contextuais da Escola
BIBLIOGRAFIA
VI - 307
Factores Contextuais da Escola
NOTAS
VI - 308
o DESINTERESSE ESCOLAR NO ENSINO SECUNDÁRIO (*)
lN. P. ROBINSON
VI - 309
Factores Contextuais d 9 Escola
VI - 310
Factores Contextuais da Escola
VI - 311
I
I.
VI - 312
-.. = ~I
VI - 313
Factores Contextuais da Escola
VI - 314
Factores Contextuai s da Escola
VI - 315
Factores Contextuais da Escola
Noç:i$) de
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nos do valor DO ei) aluno interesse
pros· ..·os b)ensino nos
do :lluno auuntos
Bai"o
rendimento
cc:on6mico
VI - 316
..~....:-_.... - -...=.
~
O.s professores podem tgrnar se modelos para os \\
estudantes. Se os professores se desinteressam pelas maté-
rias que dão, os estudantes terão menos probabilidades de se
ntusiasmarem com elas. Os professores também podem mostrar
\
VI - 317
Factores Contextuais da Escola
~
o comportamento dos professores será sem dúvida condicionado \
Relas meios da · escola .e pelos comportamentos dos outros
professores e directores - e por aí adiante até chegar ao
ministro da Educação. Tanto o interesse como o encorajamento
dado pelos colegas e pelos pais podem também afectar o
desinteresse, sendo aqueles, por sua vez, expressões de uma
confiança mais geral no valor da educação para a vida . . Tal
como em relação aos professores, não se deve esquecer t"ambém
o poder dos pais e colegas enquanto modelos.
Podem faltar às crianças meios materiais capazes
de evitar ou de atenuar o ciclo desinteresse-baixos resul-
tados - como acontece quando, por exemplo, há excesso de
gente em casa. O bom ambiente familiar pode, em parte, mas
só em parte, depender dos meios económicos das famílias. O
concei to de "classe social" normalmente abrange mui tas ca-
racterísticas covariantes de estilos de vida diferentes, que
afectarão o desinteresse das crianças · em relação às matérias
'l escolares. As crianças das classes trabalhadoras mais baixas _)
são particularmente vítimas do ciclo do desinteresse. . .
--- Graças aos bon's ofícios de Roma Morton-Williams
e Stewart Finch, e com a autorização do Conselho para as
Escolas e do Departamento da Educação e Ciência, pudemos
realizar uma segunda análise dos seus dados, coligidos a
partir de entrevistas a 4618 estudantes de treze a dezasseis
anos. No seu relatório podem ver-se os pormenores dos pro-
cessos de amostragem, da recolha .e codificação dos dados.
Não pudemos ter em conta todas as variáveis por
eles retidas. Por razões económicas e administrativas, fomos
obrigados a limitar a nossa análise a três das suas seis
di visões dos dados. Dentro dos condicionalismos aceites,
tentámos seleccionar as fichas com os dados mais imediata-
mente relevantes, assegurando-nos que as três fontes de
informações (estudante, professor e pais) estavam represen-
tadas em todas.
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F~ctores Contextuais da Escola
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- ---~
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Factores Contextuais da Escola
VI - 325
Factores Contextuais da Escola
REFERÊNCIAS
VI - 326
AUTO-ESTIMA. DESINTERESSE E INSUCESSO ESCOLAR EM ALUNOS DA
ESCOLA SECUNDÁRIA (*)
w. P. ROBINSON
Carol A. TAYLER
VI - 327
Factores Contextuais da Escola
VI - 328
-~-
o CICLO DO DESINTERESSE
VI - 329
Factores Contextuais da Escola
'
VI - 330
~--
Desilusão geral
com a escola·
Esforço reduzido·
/ Baixos
NoçOes de --"'*~:"-_:"'_..!:""'------"'\7f,-~----tresultadoslll
inutilidade
das matérias- Afastamento t_
Insucesso no
Monotonia --~~------"'--~Agressão. sistema
das aulas· competitivo
interindividual*
Ausência
de ambiente
familiar
favorável- Baixo interesse Baixo·
ai no aluno· interesse
bi no ensino· na matéria
Baixo
interesse
no progresso
do aluno.
Baixos recursos
motivacionais
e de interesse
Baixo (sem dados)
rendimento
l'I
económico Crenças sobre
o valor da educação
e o papel dos pais·
CLASSE
BAIXA-
SOCIAL~ '
,
significa aumento da probabilidade de
• significa diferenças significativas encontradas
"
VI - 331
Factores Contextuais da Escola
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. Factores Contextuais da Escola
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-.-. _- ,
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VI - 339
Factores Contextuais da Escola
BIBLIOGRAFIA
VI - 340
'., :.',
VI - 341
---------
AS COMPETÊNCIAS INTER-PESSOAIS DO PROFESSOR (*)
Santos BREDERODE
VI - 343
Factores Cont extuai s da Escola
VI - 344
Factores Contextuais da Escola
-
o ambiente das escolas, muito maiores, mais anónimas, mais
frias ...
Em contrapartida, a maioria das "experiências
felizes", de que os estudantes se recordam, si tua-se no
ensino secundário e refere-se principalmente ao convívio com
colegas e ao contacto com determinado professor que eles
consideram tê-los "marcado" especialmente. No curso geral,
as referências aos professores "marcantes" dizem-nos que são
os que conseguiram criar um "ambiente de à-vontade",
"simpático", onde se podia "conversar de tudo' ~ ao mesmo
tempo que explicavam bem a matéria e conseguiam interessar
os alunos. O convívio com colegas é tanto ou mais ~ eferido e
VI - 345
Factores Contextuais da Escola
-
~, contribuíram "para a sua formacão humanística e
ç ientífica", ~ "deram a ler livros não escolares",-2!!
desafiaram para o teatro ou o cinema. os convidaram "para
conversarem em sua casa", eram "estimulantes", "tinham
confiança" neles. Ou seja: professores que tratam os alunos
como adultos e que ao mesmo tempo funcionam como iniciadores
noutros campos culturais extra-escolares.
De qualquer forma, o que decorre essencialmente
destes trabalhos - e para isso chamo a atenção dos estudan-
tes na apreciação geral sobre eles - é qúe aquilo que eles
recordam da escola com mais prazer qu mais desgosto · são
experiências de inter-acção aluno-alunos ou aluno-professor.
Uma segunda dedução que avanço a título de hipótese é que
essas experiências são diferentes consoante a idade dos
alunos, ou seja, que as exigências dos alunos quanto a essas
inter-acções variariam com a idade.
Porque me pareceu que estas eram constatações
importantes que interessaria aprofundar, nos últimos anos
tenho proposto aos estudantes que se tentem recordar de um
professor particularmente mau, que descrevam o seu
comportamento e os efeitos que esse comportamento tinha na
turma em geral e nos seus sentimentos em particular.
Destes trabalhos, já exclusivamente centrados
sobre o professor, verifico Qpe. enquanto a maioria das boas
r:.ecordações de professores se si tua! de novo, no comple-
~entar, a maioria das "más recordações" divide-se entre os
~rofessores da escola primária e os da faculdade. Períodos
particularmente sensíveis? Situações em que o desnível
professor-alunos é demasiadamente acentuado? Ou haverá que
procurar razões diferentes para o desagrado nesses níveis
tão diferentes também?
VI - 346
1
-
Gilles Ferry; "Saber", "saber fazer" e "saber ser".
Mas se as duas primeiras categorias têm sido
estudadas e recebem uma atenção razoável na formação dos
professores, o mesmo não se pode dizer da última. De facto ,
como pode alguém aprender a "ser"? Ou, pior ainda, como se
pode ensinar alguém a "ser"?
Rogers foi um dos primeiros autores que aceitou
este desafio impossível e que avançou propostas atinentes ao
"ser" (ou, na sua perspectiva, ao "tornar-se") do professor,
aliás mais especificamente às suas capacidades de relacio-
namento. Com base em Rogers (1957) e em outros investiga-
dores como Truax, Berenson , Mitchell, etc . , 8~ck::iED (2)
desenvolveu um modelo sequencial de competências i n ter-
-pessoais constituído por uma fase de auto-exploracão (em :r
que as características inter-p essoa i s do "facilitador". são
essencialmente a empatia, o calor e o respeito). uma fase de
transição para a acçãp (especifi cidade, autenticidade, ~
auto-exposição) e uma fase de acção prop riamente dita ~
(confronto, imediaticidade) ,
No Seminário que descrevo não tomamos em conta
com rigor este modelo nem esse seu eventual carácter
sequencial. Pessoalmente interessa-me esta classificação das
"oito competências inter-p essoais" como instrumento que
permita aos estudantes tomarem consc i ência das suas próprias
capacidades e incapacidades no domínio relacional z
apontando, · e sempre que possível praticando, processos de
aperfeiçoamento. Ou seja, compreender que também aqu i é
possível aprender.
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~- .
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'-o . .
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- --
Factores Contextuais da Escola
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Factores Contextuais da Escola
.....
- "Dizia uma coisa e fa zi a outra".
~_,/IWi~ ~v~a~
Auto-Exposição
os alunos de frente", etc. ·
A auto-exposição é aqui
entendida como a revelação de uma experiência pessoal
delicada que possa servir de ajuda ao interlocutor,
nomeadamente por semelhança com uma experiência difícil que
este esteja a sofrer.
É uma competência poucas vezes mencionada nas
recordações dos ' estudantes, mas, sempre que surge ! é como
uma característica positiva do "professor bom" e nunca do
~au'~
Exemplos:
"Mui tas vezes apresentava casos por ele vi-
vidos, partilhava a s u a experiência connosco".
"Contava-nos experiências de quando era
aluna".
- "Contava histórias da vida dela e de situações
que tinha vivido como professora".
"Sempre o vi como uma pessoa aberta, que não
escondia certas falhas eventuais que pudesse
ter, que procurava fazer sentir aos alunos que
"errar é humano", ao mesmo tempo qu e gostava
de nos falar das suas experiências pessoais.
Recordo-me perfeitamente de numa ocasião nos
ter di to o seguinte: Não tenho "peneiras" em
considerar que vocês me poderão pôr dúvidas ou
trazer problemas que eu não poderei resolver
ou ajudá-los a resolver logo na altura, mas o
que vos posso garantir é que em casa estudarei
essas questões pormenorizadamente para os
esclarecer na aula seguinte".
VI - 363
- ---
A especificidade ou a
capacidade de tornar a conversa concreta, de pedir
esclarecimentos até compreender bem o interlocutor em vez· de
"deixar a conversa pairar em generalidades", é a menos
referida das competências mencionadas pelos estudantes. ·
Em todo ó caso a sua presença é notada de vez em
quando no "professor bom" como nos exemplo seguintes:
- "Por vezes solicitava aos alunos Que lhe
repetissem certas perguntas ou guest-ões que
não entendia à p rimeira para melhor
compreender a dúvida".
"Quando um a l uno põe um problema de um modo
muito vago pede-lhe que seja mais concreto" .
- "Quando não percebe bem algo que se esteja a
dizer, faz perguntas até se esclarecer" ,
VI - 364
Factores Contextuais da Escola
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Factores Contextuais da Escola
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VI - 366