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MODALIDADES DE DESAPROPRIAÇÃO

Intervenção do Estado na propriedade é a demonstração da supremacia do interesse público agindo sobre a


propriedade que não cumpre sua função social. Restrições unilaterais que obrigarão o proprietário do bem.

Possibilidades de indenização devidas pelo Estado:

Contratos administrativos (8666); responsabilidade civil do Estado (37, §6º CF); sacrifício do direito
(intervenção do estado na propriedade privada – art 5º, XXIV).

→ Intervenção restritiva: restringem o exercício do direito de propriedade. O particular continua com o bem,
mas a adm limita seu direito. Normalmente decorre do poder de polícia do Estado. Ex: servidões,
tombamentos, limitações, requisições adm e requisições temporárias.

→ Intervenção supressiva: retira o direito de propriedade do particular. Bem passa a pertencer ao Estado.
Desapropriação é forma originária de aquisição de propriedade.
O bem chega ao Estado livre e desembaraçado, não é aquisição derivada. Os direitos que o bem possuía,
ficam sub-rogados no valor da indenização.

Art. 5º, XXIV CF


Espécies:

a) COMUM
- Por utilidade pública: utilização feita pelo próprio poder público. Obra, serviço... DL 3365/41
- Por necessidade pública
- Interesse social: motivação: função social. Pode ser pra uso do Estado ou de terceiros. Ex: reforma agrária.
Lei 4132/62

Indenização prévia, justa, em dinheiro. Ressalvadas as exceções previstas pela própria CONSTITUIÇÃO.

- Entes de maior abrangência podem desapropriar entes de menor abrangência.


Crítica: Interferência no sistema federativo. Alguns doutrinadores dizem que não foi recepcionada pela
CF/88.

- Competência legislativa sobre desapropriação: privativa da União.

- Competência declaratória de interesse público/social: somente o município na desapropriação especial


urbana. Na rural, e na confisco, é de competência da União. Na desapropriação comum, qualquer um tem
competência.
Exceções: DNIT e ANEEL podem, com a pertinência temática devida.
É indelegável.
- Competência executória: promover a desapropriação. Pagar e entrar no bem. O próprio ente federativo
que declarou pode executar.
Pode ser delegada a entidades da adm indireta, a consórcios públicos e concessionárias de serviço público
(lei ou contrato).

→ FASES:

1- Declaratória, na qual o Estado declara a utilidade pública ou o interesse social. Competência exclusiva dos
entes federativos. Pode ser feita por meio de decreto expropriatório (executivo) ou lei de efeitos concretos
(legislativo). A aquisição só se dará, pelo Estado, após o pagamento de indenização prévia, justa e em
dinheiro.
Declarada a utilidade pública ou interesse social, o Estado pode penetrar no bem para fazer
avaliações, medições etc, para calcular o valor da indenização. Então, ocorrerá a fixação do estado do bem,
quando o poder público diz ao particular que quer o bem no estado em que se encontra. O Estado não
pagará nenhuma melhoria feita no bem após a declaração. Exceção: benfeitorias (necessárias) e úteis
(autorizadas).
Construções são acessões e não benfeitorias, portanto, se feitas após a declaração, não serão
indenizadas. Licenças concedidas continuam valendo, mas construções não serão indenizáveis.
A declaração de utilidade pública ou interesse social tem prazo de caducidade para execução. Se for
para utilidade ou necessidade pública, é de 05 anos. Se for de interesse social: 02 anos. poder público não
pode executar mais, mas pode fazer nova declaração sobre o mesmo bem, desde que respeite 1 ano como
período de carência. Não pode emendar uma declaração na outra. Nova declaração, nova fixação de estado
do bem.

2- Executória, na qual o Estado, ou quem seja delegado por ele, promova a desapropriação, entregando o
dinheiro e recebendo o bem.

- Via administrativa: quando há acordo no valor indenizatório. Não precisa de homologação judicial, nem
chancela. Entrega do valor + entrega do bem.
- Via judicial: particular não concorda com o valor ou o poder público não sabe quem é o proprietário. Ação
de desapropriação. Juiz decide se o valor é justo ou não.
Rito: ação é proposta pelo ente expropriante. O particular é chamado a contestar o feito, e a matéria de
contestação é restrita: só pode se discutir o valor indenizatório e matérias processuais (litispendência, coisa
julgada etc). No mérito, só pode discutir o valor e a extensão. Se o proprietário ganhar a ação, só ganhará
quanto ao valor, o bem será do Estado de qualquer jeito.
Por isso, o juiz pode conceder liminar de emissão provisória na posse do bem pelo Estado (a
propriedade continua do particular, mas o Estado se imiti provisoriamente na posse do bem, dando
destinação pública). Requisitos: tem que fazer declaração de urgência (validade de 120 dias), justificando pq
precisa ingressar no bem + depósito em juízo do valor incontroverso.
No momento em que o Estado faz isso, o particular tem direito a levantar 80% da quantia
depositada, e continuar discutindo o valor. O resto fica como garantia de juízo. Se levantar 100%, entende-se
que ele aceitou o valor e não quer mais discutir.
Ao final, com a sentença transitada em julgado, ocorre a transferência da propriedade ao poder
público. Registro posterior é meramente declaratório, para produzir efeitos erga omnes.

OBS: Ilegalidade do poder judiciário, ou falta de utilidade pública/interesse social é discutível? SIM.
Requisitos regulamentados na CF para a prática do ato não são considerados méritos, mas aspectos de
legalidade. Mas não podem ser discutidos na ação de desapropriação, tem que ser por ação direta –
anulatória, distribuída por dependência pelo juízo da desapropriação.

A quantia eventualmente acrescida pelo juiz na sentença, como é contra a fazenda pública, só pode
ser paga como ordem cronológica de pagamento por precatório. Ou seja, a indenização já não será mais
“prévia”. Então para que seja pelo menos justa, terão que incidir correção monetária, juros compensatórios,
moratórios e honorários advocatícios. Tudo no mesmo processo.
- Correção monetária: atualização da moeda para garantia do valor real da indenização. CF diz que a
correção monetária é a partir do trânsito em julgado da sentença, mas tbm pode ser desde o momento em
que foi efetivada a perícia!
Obs: Índice usado para correção da caderneta de poupança? STF suspendeu. Hoje, aplica-se o índice oficial
de inflação do período.
- Juros compensatórios: serve para recompensar o particular que já perdeu a posse do bem antes de
receber o valor compensatório justo. Começam a partir da imissão provisória. 12% ao ano, sobre aquilo que
não foi levantado pelo particular e não estava disponível no momento em que perdeu a posse do bem.
- Juros moratórios: São pagos pela demora no cumprimento da decisão judicial. O valor a mais
decretado pelo juiz, quando forem pagos, deverão ser adicionados os juros de mora. Valor excedente
determinado pela sentença. 6% ano.
CF dá o prazo de um ano para pagar precatório. Se o poder público demorar esse tempo, está dentro da
permissão constitucional, aí não há mora. Só há juros moratórios depois que passa o prazo paga pagamento
do precatório. Só começa a incidir a partir de 1º de janeiro do ano seguinte àquele que o precatório deveria
ter sido pago e não foi.
- Honorários advocatícios: sucumbenciais. Incidem no valor exato da sucumbência. Ou seja, no valor
excedente determinado pelo juiz. Súmula 617 STF: sobre o valor da sentença menos o valor depositado.
Não se aplica o CPC. Os honorários na desapropriação variam entre 0,5% a 5% do valor da sucumbência.
Obs: 27, §1º do Decreto limita os honorários a 151.000,00. STF suspendeu. Não há teto, pode ser pago valor
maior, desde que entre as porcentagens.

Súmula 12 STJ: possibilidade de cumulação de juros compensatórios e moratórios no mesmo processo de


desapropriação. Cumulatividade de juros = juros compostos! Não é possível.
Juros compensatórios incidem da imissão na posse ate a sentença. Os moratórios só começam a incidir a
partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao que precatório deveria ter sido pago. Incidem em momentos
diferentes, por isso não há cumulação.

→ Pode haver a desapropriação parcial. A indenização justa na desapropriação tem que acabar também
os lucros cessantes da área remanescente, quando a destinação da área desapropriada prejudica-la.

→ Direito de extensão: se a área remanescente é inutilizável isoladamente, surge ao particular o direito de


extensão. Exigir do Estado que estenda a desapropriação ao terreno inteiro e o indenize por tudo. LC 76.
Pode ser pleiteado na contestação de ação desapropriatória.

→ Desapropriação indireta: esbulho, invasão. Estado invade sem respeitar as regras da desapropriação, sem
procedimento. Se o Estado deu ao bem destinação pública, é supremacia do interesse público sobre o
privado. Só resta ao particular pedir indenização, perdas e danos. Ação de indenização por desapropriação
indireta ou ação de indenização por apossamento administrativo.
O Estado não pode, por meio de servidão, impossibilitar o uso do imóvel pelo particular. Seria uma
desapropriação indireta! Particular pode propor ação indenizatória pedindo que o juiz reconheça que ele foi
desapropriado e defina valor indenizatório justo.
Juros compensatórios: a partir do momento em que o Estado invadiu, mesmo que o particular ainda
não saiba. 12% ao ano, incidindo sobre o valor integral da indenização.
Prescrição: art. 10, §único Decreto 3365/41: prescreve em 5 anos o direito de pleitear indenização por atos
de constrição do poder público (sacrifício de direitos). Porém, desapropriação indireta não é ato
administrativo de constrição, é fato administrativo. O estado invade, faticamente. Logo, não se aplica o
prazo. Súmula 119 STJ: na desapropriação indireta o prazo prescricional é de 20 anos (prazo da usucapião
extraordinária). CC novo não tem mais esse prazo de usucapião! Prevalece que, como há função social, o
prazo é de 10 anos, conforme a usucapião ordinária, por função social.

→ Desapropriação por zona: ocorre quando há desapropriação de zona vizinha a uma obra. Possibilidades:
- Motivo de posterior extensão da obra. No próprio decreto expropriatório tem que vir descrito qual é
desapropriado por interesse público e qual é por zona.
- Supervalorização dos terrenos vizinhos: para vender depois e se remunerar dos gastos que teve com a
obra. Crítica: seria especulação imobiliária; doutrina no sentido de que não foi recepcionada, pois a CF já traz
a contribuição de melhoria, que seria a forma correta de proceder.
STF diz é constitucional e diferencia que quando a obra gera supervalorização dos terrenos vizinhos
pode ser: valorização ordinária: obra valoriza todos os terrenos vizinhos da mesma forma, no mesmo
percentual. Aqui, contribuição de melhoria é eficaz, pois abarca toda a valorização efetivada, com alíquota
específica. Já a valorização extraordinária acontece quando cada terreno se valoriza de uma forma, não
sendo possível estabelecer alíquota única. Nestes casos, é possível a desapropriação por zona, pq é mais
fácil. Na teoria ninguém sairia prejudicado.

→ Retrocessão: direito do particular reaver o bem se o Estado não cumprir a finalidade específica.
- Tredestinação: inicialmente, a desapropriação tinha uma justificativa de utilidade pública. Após o ato
finalizado, por uma situação de interesse público superveniente, devidamente justificado, o poder público
constrói outra coisa. É um desvio de finalidade, chamado de tredestinação, mas é permitido pela lei, pois
manteve a busca do interesse público, só mudando a finalidade específica. Não enseja possibilidade de
anulação do ato de desapropriação.
NÃO VALE EM DESAPROPRIAÇÕES ESPECIAIS, QUE TÊM DESTINAÇÃO VINCULADA!
Se o Estado não conclui a finalidade específica, e nem faz outra, e ainda decide vender o bem para
terceiro, é tredestinação ilícita ou adestinação. O particular pode pedir a retrocessão do bem, já que o
Estado não fez nada. E o terceiro que adquiriu o bem?
- 1ª corrente: retrocessão é direito real de propriedade: particular tem o direito de reaver o bem
com quem quer que esteja. Direito real tem sequela. Doutrina majoritária e jurisprudência.
- 2ª corrente: retrocessão é direito pessoal: particular só pode pleitear perdas e danos do Estado.
- 3ª corrente (Di Pietro): é direito real ou pessoa, o proprietário escolhe.
Art. 519 CC diz regula a retrocessão nos direitos pessoais – direito pessoal de preferência. Estado tem que
dar preferência ao antigo proprietário. Se não der, o particular pode pedir indenização (perdas e danos).

b) ESPECIAIS: somente a CF pode estipular.

→ Art. 182 desapropriação especial urbana: imóvel urbano que não está cumprindo a função social prevista
no plano diretor da cidade. Prevista pela CF mas regulamentada pelo estatuto da cidade.

Poder público primeiro notifica o proprietário, para que ele faça o parcelamento ou a edificação do
terreno (parcelamento compulsório), exercício do poder de polícia. Depois de notificado, o proprietário tem
até 1 ano para apresentar o projeto. Depois tem mais 2 anos para dar início às obras (ou seja, tem três anos
ao todo). Se passar o prazo e o proprietário for omisso, o poder público faz incidir o IPTU progressivo,
aumentando a alíquota anualmente como forma de coerção (extrafiscalidade).
Prazo máximo: 5 anos. Limite máximo: 15%. Não modifica a base de cálculo, o que muda é a
alíquota. Anualmente, só se admite a duplicação da alíquota.
Última medida: incidência da desapropriação: desapropriação sanção. Indenização não é paga em
dinheiro, mas integralmente em títulos da dívida pública, resgatados em até 10 anos a partir da emissão. É
EXCLUSIVA DO MUNICÍPIO QUE TENHA PLANO DIRETOR.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar
de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da
cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
→ Art. 184/186 especial rural: EXCLUSIVA DA UNIÃO.
Imóvel que não está cumprindo a função social da propriedade rural e será desapropriado para fins de
reforma agrária. Destinação vinculada, o bem só poderá ser utilizado para isso. Regulado pela LC 73/96.
Caráter sancionatório. Paga em títulos da dívida agrária resgatados em até 20 anos a partir do 2º ano de
emissão. OBS: Benfeitorias úteis e necessárias serão pagas em dinheiro.
Função social da propriedade rural está definido na CF, art. 186. Produtividade é apenas um dos
requisitos. “Utilização racional e adequada; não exploração de trabalho escravo/infantil; respeito ao meio
ambiente; utilização do bem de forma que favoreça o bem-estar de todos etc.” Assim, um imóvel rural pode
ser produtivo e mesmo assim descumprir a função social. MAS O IMÓVEL RURAL PRODUTIVO, AINDA QUE
NÃO CUMPRA TODOS OS REQUISITOS DA FUNÇÃO SOCIAL, NÃO PODERÁ SER DESAPROPRIADO PARA
REFORMA AGRÁRIA. Vedação constitucional: art. 185 – desapropriação especial rural não índice sobre
pequena e média propriedade que seja única do sujeito, e sobre propriedade produtiva.

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja
cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a
ação de desapropriação.
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial
de desapropriação.
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos
para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados
para fins de reforma agrária.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos
requisitos relativos a sua função social.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de
exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

→Art. 243 desapropriação confisco: expropriação. EXCLUSIVA DA UNIÃO. Não há indenização. Imóveis
utilizados para plantação de psicotrópicos e móveis utilizados para o tráfico de drogas.
Destinação específica: imóveis na utilização de reforma agrária e programas de habitação popular.
STF: ainda que o terreno seja alugado, e ainda que seja plantado apenas em uma parte – perde todo o
terreno. Elemento subjetivo dolo ou culpa não é relevante.
EC 81: serão expropriadas tbm as propriedades utilizadas para exploração de trabalho escravo, na forma da
lei.

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e
a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com
destinação específica, na forma da lei.
INTERVENÇÕES RESTRITIVAS
Restringem o direito de uso, mas não tomam o bem do particular. Não pode impedir o uso do bem, se não é
desapropriação.

- Limitação administrativa: intervenção restritiva na propriedade privada de caráter geral e abstrato. Não
incide sobre determinado bem, mas sobre bens que estejam na mesma condição jurídica. A princípio não é
indenizável, pois não causa dano específico a ninguém.
Produz efeitos ex nunc, não retroage. Opera efeitos prospectivos.
Estatuto da cidade, art. 25, estabeleceu o direito de preempção/preferência público: poder público
municipal. Por meio de lei, podem ser declaradas determinadas áreas de seu território como áreas de
preferência. Os proprietários que quiserem alienar os bens encontrados nessa área, devem oferecer
primeiro ao município, que tem até 30 dias para manifestar seu interesse. Se não se manifestou, presume-se
a recusa tácita. O particular só pode alienar para terceiro pelo mesmo valor que o ofereceu ao município.
Se o particular não oferecer primeiro ao município, ele pode anular a venda e buscar o bem para si,
pelo valor da transação ou pelo valor venal do imóvel, o que for mais baixo.
Obs: A declaração de preferência tem validade máxima de 5 anos. Passado o prazo, para que se declare
novamente a área de preferência, o município deve respeitar a carência de 1 ano.
Direito de preempção é espécie de limitação administrativa. Não é negocial, é legal, a lei define a área. Não
se confunde com o direito civil.

- Servidão administrativa: incide sobre bens específicos. Direito real que incide sobre bens imóveis.
Registrada no cartório. Assim como na servidão civil, na administrativa há o dominante (serviço público) e o
serviente (bem privado). Ex: postes em terrenos particulares; placas de rua etc. Bem privado utilizado para
atender necessidade pública, sem tomar o bem.
Havendo dano, a servidão é indenizável. Assim como na desapropriação, tem a fase declaratória e
executória, e pode ser administrativa, judicial ou por lei, a depender da concordância indenizatória. Commented [V1]: Dissenso se são servidões ou não, pq
Tem caráter perpétuo, não tem prazo determinado (diferente de eterno). Pode ser desfeita se são gerais e abstratas
ausência de interesse público, desaparecimento do bem ou consolidação (poder público adquire o bem).

A limitação afeta o caráter absoluto da propriedade. O proprietário utiliza o bem, mas fica limitado
às imposições do Estado. Ex: limitação de andares na construção de prédio.
Já a servidão afeta o caráter exclusivo do bem. O proprietário não utiliza o bem sozinho, a servidão
do Estado tbm o utiliza. Ex: placa no muro de casa.

- Tombamento: forma de intervenção autônoma. Direito real. Visa a proteção do meio ambiente histórico, Commented [V2]: C.A.B.M. acha que tombamento é
artístico e cultural de determinada sociedade. Pode incidir sobre bens móveis e imóveis e corpóreos. espécie de servidão (minoritário)
Incorpóreos sofrem registro ambiental! Commented [V3]: Di Pietro acha que imateriais tbm
Deve ser registrado no livro do tombo. Se for imóvel, também tem que registrar no cartório de imóveis. podem.
O mesmo bem pode sofrer vários tombamentos: interesse local, pelo município; interesse regional,
pelo Estado; interesse nacional, pela União. Não há interferência de um pelo outro. Inclusive admite-se
tombamento de bens públicos, sem precisar respeitar hierarquia administrativa. Ex: município pode tombar
bem do Estado ou da União.
Tombamento é perpétuo, não há prazo determinado. Pode ser desfeito pelo desaparecimento do
bem ou falta de interesse do poder público. Não impede o particular de alienar, hipotecar, empenhar.
Obs: tombamento provisório é medida cautelar administrativa, no bojo do proceso administrativo de
tombamento, para evitar que p particular destrua o bem durante o processo. Quando é convertido em
definitivo acontece o tombamento em si, perpétuo.

Uma vez declarado o tombamento, ele enseja ao particular obrigações de:


- Fazer: conservação do bem no estado em que se encontra, não fazer e tolerar. Se ele não tiver
condições, deve informar ao poder público, justificando; em caso de alienação, primeiro deve oferecer ao
poder público em preferência, que tem 30d para exercê-lo. No caso de ter sido tombado por vários entes,
deve oferecer a todos. Se todos manifestarem interesse, a União tem preferência, seguida do Estado e
depois o município;
- Não fazer: não pode destruir nem modificar o bem tombado. Qualquer reforma depende de
autorização especial do poder público. Em caso de tombamento parcial, as restrições existem apenas em
relação a parte tombada; não pode retirar o bem do país, salvo por curto período de tempo e com
autorização do poder público.
- Tolerar: suportar a fiscalização do Estado, que verificará se estão sendo cumpridas as regras
estabelecidas pelo tombamento; tombamento gera automaticamente servidão dos prédios vizinhos ao bem Commented [V4]: Essa servidão é geral a todos os
tombado (prédio vizinho não pode impedir a visualização nem o acesso ao bem tombado). vizinhos e fere o caráter absoluto. Tem características de
limitação administrativa, e não de servidão. É instituída por
lei e tem características gerais de limitação administrativa.
- Requisição administrativa, art. 5º, XXV CF: eminente perigo público. Requisição de bens particulares para Não gera dever de indenizar, de início.
resolução de perigo, ressalvada indenização posterior em caso de dano.
Doutrina: aplica-se a bens móveis, imóveis e serviços. Ex: hospital, aparelhos e enfermeiros.
Obs: Requisição de bens consumíveis? Requisição ou desapropriação? Requisição, desde que sejam Commented [V5]: No primeiro uso perde sua utilidade.
fungíveis. Estado deve devolver bem exatamente igual. Se for infungível, é desapropriação.

- Ocupação temporária de bens: como se fosse requisição administrativa, mas sem eminente perigo. Ex:
decreto lei 3365/41 diz que quando o Estado estiver executando uma obra, ele pode ocupar
temporariamente o terreno vizinho para dar suporte à obra. Prazo determinado, por utilidade pública. Se
houver dano, indeniza.

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