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Já pensou se isso se aplicasse a outras doenças? Imagine se 60% das pessoas com
fraturas não fosse ao médico ou se 60% dos pacientes com apendicite não se tratasse e
você vai perceber que é estranho que tanta gente não busque ajuda. Isso porque nós, como
sociedade, não falamos do assunto, não informamos as pessoas.
A cor amarela é usada para representar o mês da prevenção do suicídio por causa
de Dale Emme e Darlene Emme. O casal foi o início do programa de prevenção de suicídio
“fita amarela”, ou “Yellow Ribbon” em inglês.
Em 1994, Mike Emme, filho do casal, com apenas 17, se matou. Mike era
conhecido por sua personalidade caridosa e por sua habilidade mecânica. Restaurou um
Mustang 68 e o pintou de amarelo. Mike amava aquele carro e por causa dele começou a
ser conhecido como “Mustang Mike”.
A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que
têm pensamentos suicidas a buscar ajuda.
Diálogo e mídia
Entretanto, os suicídios não são causados pela notícia ou pelo vídeo. As pessoas
que se mataram ao ver esse tipo de coisa já tinham tendências antes de assistir e se
encontravam no grupo de risco. Pessoas com depressão, pensamentos
suicidas, esquizofrenia ou diversas outras doenças mentais não tratadas são vulneráveis ao
efeito Werther.
Basta ligar para o número 188 ou 141 (no caso dos estados do Maranhão, Paraná,
Pará e Bahia). O atendimento é anônimo e realizado por voluntários que guardam sigilo.
Também é possível acessar o chat online, enviar um e-mail ou ir a um dos postos de
atendimento físico.
O que é o suicídio?
Este sofrimento pode ter várias naturezas: culpa, remorso, depressão, ansiedade,
medo, humilhação, entre outros.
Se você estiver pensando em tirar sua própria vida, saiba que você não está
sozinho e que existem formas de superar o sofrimento.
Em geral, suicídios são planejados e as pessoas dão sinais. Elas avisam e pedem
por ajuda de maneiras conscientes e inconscientes. Reconhecer estes sinais e ofertar apoio
pode prevenir uma tentativa e começar um caminho de superação do sofrimento.
Fatores de risco
Tentativas anteriores;
Abuso de substâncias;
Ter entre 15 e 35 anos ou mais de 75 anos;
Histórico de suicídio familiar;
Falta de vínculos sociais e familiares;
Doenças terminais ou incapacitantes;
Desemprego;
Declínio social;
Divórcio;
Estresse continuado.
Extremos monetários
Estudos apontam que pessoas com muitos problemas monetários ou com dinheiro
demais apresentam maiores chances de tentar o suicídio.
Transtornos mentais
Naturalmente, transtornos mentais como depressão e esquizofrenia são fatores de
risco para o suicídio. O transtorno mental que mais apresenta suicídios é o transtorno de
personalidade bipolar.
Se você está com pensamentos suicidas, é importante pedir ajuda. Fale com
alguém próximo, conte para as pessoas o que passa pela sua cabeça. Ter alguém para
conversar faz toda a diferença.
Se você não tem ninguém próximo com quem conversar, não hesite em ligar para
o 141 ou 188 e conversar com um dos voluntários do Centro de Valorização da Vida. Eles
estão lá para você e podem entender pelo que você está passando.
Nem sempre é fácil saber o que fazer quando alguém próximo revela ter
pensamentos suicida, mas saiba que, se isso acontece, esta pessoa está se abrindo para
você e isso é um passo importante para a melhora. Caso isso aconteça, ou caso perceba
sinais de alerta em alguém próximo, existem algumas coisas que não se deve fazer.
Condenar
Não julgue a pessoa. Você não sabe pelo que ela está passando e ela está pedindo
ajuda, portanto busque não decepcioná-la. Dizer que o suicídio é covardia ou fraqueza não
é nem verdade, nem ajuda.
Banalizar
Lembre-se de que a maneira como sentimos as coisas é diferente para todo mundo.
Aquilo que a pessoa com pensamentos suicidas está sentindo é só dela e se está levando-
a a sentir-se daquela maneira, é porque é sério.
Dar opinião
Pensamentos suicidas não são questão de opinião. Dizer que é “falta de Deus” ou
que a pessoa “quer chamar atenção” não ajuda, só piora.
Brigar
Os pensamentos suicidas são um sintoma e não uma escolha. Fazer a pessoa sentir-
se culpada só piora a situação.
Frases de incentivo
Dizer para a pessoa “pensar positivo” ou que “a vida é boa” não ajuda. A pessoa
com pensamentos suicidas pode sentir-se ainda pior por não conseguir sentir-se melhor,
achando que a culpa disso é dela, quando não é.
Como ajudar?
Caso perceba sinais de alerta de suicídio ou alguém próximo entre em contato para
pedir ajuda, algumas coisas podem ajudar.
Escute
Encontre lugar apropriado e particular e escute o que a pessoa tem para falar. Deixe
ela saber que você está lá para ouvir e apoiar e escute. Este não é o momento para oferecer
soluções práticas, mas sim para escutar e estar lá pela pessoa, dando à ela a certeza de que
ela não está sozinha.
Mantenha o contato
Acompanhe a pessoa, mantenha o contato e fique por perto. Esteja lá para a pessoa
e a apoie em sua doença e tratamento.
Em caso de crises
Se você acha que a pessoa está em perigo de se machucar no momento, entre em
contato com profissionais de emergência e busque atendimento, ou consulte um familiar
da pessoa para que ela fique segura.
Sinais de alerta
Existe o mito de que a pessoa com pensamentos suicidas não dá sinais, mas isso
não é verdade e aqueles próximos podem perceber. É extremamente raro que um suicídio
ocorra sem sinais. Esta lista mostra alguns destes avisos, mas eles não devem ser
considerados isoladamente.
Não existe uma maneira certeira de se identificar alguém em uma crise suicida,
mas detectar estes avisos pode ser a diferença entre a vida e a morte. Lembre-se de que,
especialmente se muitos deles aparecerem ao mesmo tempo, você pode conversar com a
pessoa sobre suicídio, o que pode ajudar.
Seja compreensivo. Estes indicadores não são ameaças ou chantagens, mas sim
avisos. Converse com a pessoa e incentive a busca de ajuda profissional.
“Vou desaparecer”;
“Queria nunca mais acordar”;
“Vou deixar vocês em paz”;
“É inútil tentar mudar, só quero me matar”.
Isolamento
Pessoas com pensamentos suicidas tendem a se isolar, não atendendo telefonemas
ou cancelando eventos e atividades, mesmo as que costumavam gostar de fazer. Preste
atenção especialmente se algum isolamento surge de maneira repentina. Mesmo pessoas
naturalmente mais introvertidas podem demonstrar este sinal.
Desfazer-se de objetos
Um sinal que costuma aparecer quando a pessoa está próxima de se suicidar é dar
de presente diversos objetos pessoais e importantes. Se algum amigo com depressão ou
outros sinais de repente resolver te dar uma coleção de livros, um videogame, algo de
valor, desfazendo-se de objetos pessoais, fale com esta pessoa, ofereça ajuda, incentive o
contato com profissionais e, se necessário, entre em contato com a família ou profissionais
você mesmo.
Tranquilidade repentina
Outro sinal emergencial é a tranquilidade e aparente felicidade repentina. Se
alguém com depressão severa de repente parece muito feliz, aqueles a seu redor podem
pensar que a pessoa está melhorando quando na verdade este é um sinal alarmante.
Quando alguém com pensamentos suicidas decide que vai seguir com um plano
de suicídio, a sensação de que seus problemas irão se resolver pode tirar um grande peso
das costas dela, o que aparece como tranquilidade e felicidade. Esta pessoa precisa de
atendimento urgente.
O suicida é alguém que sofre muito e não consegue enxergar esperanças. Não tem
nada a ver com força ou fraqueza e dizer isso só piora.
A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o
assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui
pensamentos suicidas, peça ajuda.
Compartilhe este texto com seus amigos para que o diálogo sobre o suicídio se
espalhe ainda mais e possamos evitar estas mortes de pessoas que merecem viver!
O que é Ansiedade?
O que é estresse?
O organismo passa por diversos tipos de alterações durante nosso dia a dia; isso
acontece sempre que o cérebro entende alguma atividade como ameaçadora ou que cause
pressão, denominada Síndrome Geral de Adaptação ao Estresse. Essas alterações no
organismos podem ser muito positivas, como por exemplo: se alguém está passando por
períodos de pressão no trabalho, o cérebro percebe e responde com alterações que ajudarão
o indivíduo a concluir suas atividades com eficiência. Porém, se a pressão persistir por um
longo tempo, as alterações benéficas passam a ser prejudiciais, manifestando-se no
organismo de formas patológicas e com sintomas como dores de cabeça e dores de
estômago.
Buscando atender a demanda de uma maneira mais científica, vamos listar abaixo
os principais sintomas da depressão, usando como parâmetro para confecção da lista o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM-5.
De acordo com o DSM-5, para que um paciente seja considerado ou não com a
doença, é necessário que ele apresente ao menos 5 dos sintomas principais (listados a
seguir), sendo que é obrigatória a presença de humor deprimido ou perda de interesse
e prazer.
Os sintomas físicos são aqueles que são sentidos pelo corpo, como:
Fadiga
Não é nada incomum que o paciente depressivo se sinta cansado na maior parte do
dia. Esse estado em que parece que a pessoa não tem forças sequer para levantar da cama
é conhecido como fadiga.
Parece que a falta de energia paralisa a pessoa, que com o tempo não quer sair,
nem mesmo para ver os amigos ou comer a comida favorita. Em casos extremos, o
paciente deixa de ter os cuidados básicos de higiene, como tomar banho ou escovar os
dentes.
Alterações no sono
É muito comum que pessoas depressivas apresentem alterações de sono que, assim
como as alterações de peso, variam de paciente para paciente.
Essas alterações do sono são muito prejudiciais para a saúde e podem agravar o
quadro dos sintomas depressivos, pois o sono é extremamente importante na regulação de
diversas funções do nosso organismo, bem como na manutenção do humor.
Não à toa muita gente acorda rabugenta depois de despertar cedo tendo dormido
tarde no dia anterior.
O ciclo do sono completo, de 6 a 8 horas — mas que pode variar de pessoa para
pessoa —, ajuda na regulação da insulina, previne os riscos de osteoporose, melhora o
humor e a memória, além de ajudar a prevenir os sintomas de depressão.
Mas isso vale para dormir dentro dos padrões, ou seja, nem mais nem menos.
Ambos, o excesso e a falta, podem trazer consequências ruins para o organismo.
Esses sintomas podem trazer consequências mais sérias, como rasgar ou mastigar
a pele em torno das unhas ou de um lápis (no caso da agitação psicomotora), além de poder
deixar o paciente prostrado na cama (no caso do retardo psicomotor).
Humor deprimido
Segundo o DSM-5, este sintoma acontece quando o paciente apresenta “humor
depressivo na maior parte do dia, quase todos os dias”. No início, pode ser que o paciente
negue estar sentindo tristeza, porém, após algum tempo, é possível notar a presença desse
sentimento através das atitudes da pessoa.
Esse humor mais deprimido pode ter ou não uma causa específica, como a perda
de um familiar ou o fim de um relacionamento.
Apatia ou desinteresse
É muito comum que os pacientes depressivos comecem a perder o interesse em
atividades cotidianas e até mesmo em coisas que costumavam gostar. Como muitos relatos
costumam mostrar, é como se o pai deixasse de ver o brilho no olhar dos filhos.
Nada mais tem graça para o paciente com depressão. Um dia ensolarado não tem
mais o mesmo apelo e é tedioso. Nesses casos, ficar na cama parece mais interessante do
que ter de se levantar e curtir um dia de sol no parque.
Com isso, é comum que as pessoas se queixem de serem inúteis e sintam remorso
e culpa por conta disso. Em casos mais graves, tais pensamentos podem até mesmo ser
delirantes, ou seja, não representam a realidade.
Pode ser que um artista extremamente talentoso, por exemplo, deixe de ver o valor
que ele e sua arte têm, ou que uma mãe ou pai se sintam inúteis, mesmo desempenhando
a maternidade e paternidade da melhor forma que podem.
Diminuição da concentração
Pacientes depressivos apresentam uma dificuldade de concentração, seja com falta
ou excesso de sono. Segundo o DSM-5, esse sintoma se caracteriza por “capacidade
diminuída de pensar ou se concentrar, ou indecisão”.
Tal qual os outros sintomas, esse deve ser recorrente e se apresentar quase todos
os dias e pode ser facilmente observado pelo próprio paciente ou pelos outros ao seu redor.
A pessoa com depressão tem dificuldade para escolher um sabor de pizza, por exemplo,
mesmo tendo aquele que é seu favorito.
Esse sintoma pode muito se confundir com a apatia e o desinteresse e, de fato, os
dois estão, de certa forma, relacionados.
Uma hora passa na mente do paciente ser atingido por um raio, ou atropelado por
um ônibus. Em outro momento, pode ter ideação suicida, mesmo que não haja um plano
específico para cometer o ato.
Depressão na gravidez
A depressão atinge mais ou menos 10% a 20% das mulheres grávidas e, em alguns
destes casos, pode ser necessário o uso de medicação. Não existe nenhum antidepressivo
que seja completamente seguro para o bebê, mas, em casos graves, é fundamental que a
mãe e o médico avaliem o risco-benefício do tratamento.
Depressão pós-parto
Vale lembrar que não há nada de errado com a depressão pós-parto. Na verdade,
ela é até relativamente comum. Segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz,
aproximadamente 1 em cada 4 mulheres sofrem com os sintomas da depressão pós-parto.
Entretanto, com o tratamento adequado, essas mães podem voltar a ter o ânimo e
o humor normais e até mesmos necessários para esse momento da vida. Ou seja, o quadro
pode ser passageiro.
Eles são os mesmos nos dois casos, com a diferença de que, na distimia, os
sintomas são persistentes e costumam permanecer por um período superior a 2 anos sendo
que o paciente não consegue ficar mais de 2 meses sem apresentar nenhum sintoma.
Além disso, na distimia, nem sempre a pessoa aparenta estar triste, ou seja, os
estados depressivos e “normais” se alternam.
Por essa razão, a distimia é considerada uma forma de depressão leve ou moderada
crônica, enquanto a depressão maior é considerada aguda, ou seja, apresenta os sintomas
com maior intensidade.
É por isso que a depressão maior é considerada mais grave que a distimia. Na
depressão maior, as ideações e o risco de suicídio são geralmente maiores.