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DIREITO CIVIL

DIA 3 DE JUNHO
PROF. CASSETARI

Classificação das Obrigações

1. Obrigações Positivas – consistem na entrega de coisa, móvel ou imóvel. O que


interessa é o objeto da obrigação. Dividem-se em:
A. Obrigações de dar:
A1. dar coisa certa – existe uma individualização da coisa, do bem.
Divide-se em:
I – obrigação de transferir – quando o credor recebe coisa do
devedor para instituir um direito real. Ex: contrato de compra e venda,
em que o vendedor transfere a coisa ao comprador com a finalidade de
instituir o direito real de propriedade;
II – obrigação de entregar – o devedor não deseja transferir a
propriedade, mas sim a posse. Ex: contrato de locação e contrato de
comodato.
Nessas duas modalidades a coisa pertence ao devedor.
III – obrigação de restituir, onde há a devolução do objeto já
entregue. A propriedade pertence ao credor.
A2. dar coisa incerta – haverá a indicação de quantidade e gênero, mas
não de espécie. Ex: compra de cem caixas de refrigerante, sem especificar qual
a marca. Pelo art. 244 do CC, a escolha pertence ao devedor. Este artigo
estabelece o “critério mediano”.
Perecimento na obrigação de dar coisa incerta. Art. 246, CC – antes da
escolha, que deve ser cientificada a outra parte, não pode ser alegada a perda
ou deterioração da coisa.
Na obrigação de dar há tutela específica no CPC: pode ser satisfeita a
obrigação de dar coisa certa pelo processo executivo (art. 621, CPC) ou por
processo de conhecimento (art. 461, CPC). O art. 461, §4º do CPC prevê que o
juiz pode fixar multa diária ou astreintes. Essa multa não se confunde com a
cláusula penal, que é fixada pelas partes.
A3. pecuniária – a dívida deverá ser paga em dinheiro. O art. 315 do CC
prevê que deve ser sempre em moeda corrente.

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Características da obrigação de dar:


1. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios. Art. 233, CC. Bens
acessórios: benfeitorias, frutos, produtos e pertenças (conceito novo,
trazido pelo CC/02). Pertenças não seguem o principal, e esta característica
as diferencia das benfeitorias voluptuárias. Art. 94, CC – os negócios
jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças. É
uma exceção ao art. 233, CC.
2. Se a coisa perecer antes da entrega, quem arca com o prejuízo? A regra é
que o prejuízo será suportado pelo dono: “res perit domino”. Nas obrigações
de transferir e entregar, o dono é o devedor. Ex: compro um carro, pago e o
dono fica de me entregar em uma semana. Se o perecimento ocorrer entre
a data da obrigação e a da transferência, quem responde é o vendedor do
carro. Se o perecimento foi sem culpa do devedor, haverá a devolução do
valor pago. Se ocorreu por culpa, além da devolução haverá indenização por
perdas e danos. Nos dois casos a devolução do valor visa impedir o
enriquecimento ilícito. Na obrigação de restituir, o proprietário é o credor e
terá que arcar com o prejuízo. Se o perecimento ocorre sem culpa, há a
extinção da obrigação, sem penalidade. Se houver perecimento culposo,
haverá possibilidade de cobrar o valor da coisa e perdas e danos. Se ocorrer
o perecimento parcial, é possível ficar com a coisa, requerendo abatimento
no preço.
3. Melhoramento na coisa – art. 237, CC. Se houver melhoramento na coisa e o
seu credor não quiser pagar por ela, o devedor poderá resolver a obrigação.
O art. 242 do CC traz o melhoramento em virtude do trabalho do devedor.
Se o melhoramento ocorrer sem trabalho do devedor, ou seja, por força da
natureza, pertencerá ao credor, pois na obrigação de restituir a propriedade
é dele. A regra é a inversa da “res perit domino” – o acessório também deve
pertencer ao dono.

B. Obrigação de fazer (prestação de serviço ou realização de tarefa);


B1. de natureza fungível – pode haver substituição. A fungibilidade está
ligada ao sujeito da obrigação, que pode sr cumprida por qualquer pessoa. O
inadimplemento dessa obrigação está regulado pelo art. 249 do CC – o credor
terá liberdade para mandar que terceiro a realize, às custas do devedor, sem

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prejuízo da indenização cabível. São devidas também perdas e danos. Art. 634,
CPC. A doutrina entende que, para dar efetividade ao art. 249 do CC é preciso
haver vários orçamentos. Cabem astreintes. O parágrafo único do art. 249 do
CC prevê que, em caso de urgência, pode o credor, independente de
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois
ressarcido. Alguns doutrinadores entendem que esse dispositivo é
inconstitucional, por falar em desnecessidade de autorização judicial. O
professor entende que o “segredo” desse artigo está na expressão “caso de
urgência”. Foi uma inovação colocar uma possibilidade de autotutela no Direito
das Obrigações. O ressarcimento posterior será cobrado via ação de regresso.
B2. de natureza infungível – não pode ser feita por outra pessoa, pois é
“intuitu personae” ou personalíssima. Nesses casos não existe possibilidade de
um terceiro realizar a obrigação. Seu cumprimento é exigido de acordo com o
art. 461 do CPC. Há possibilidade de cobrança de astreintes.
Há um tipo de contrato que gera obrigação de realizar um contrato
definitivo: “pactum de contraendo” ou contrato preliminar. Ex: compromisso de
compra e venda. Geralmente refere-se a bem imóvel com pagamento
parcelado. Esse contrato de compra e venda gera dois tipos de obrigação:
1ª - obrigação de dar – se o bem é móvel e o vendedor dá a coisa, entrega
a propriedade;
2ª - obrigação de fazer a transferência do domínio, se o bem for imóvel.
Se a promessa de compra e venda for irretratável, a obrigação gera direito
real. Art. 1.417 do CC.
A ação de adjudicação compulsória também é meio de executar obrigação
de fazer.

2. Obrigações Negativas – consistem em um dever de omissão. No art. 251, parágrafo


único do CC há a mesma autotutela das obrigações de fazer.
Meios processuais: art. 461, §§ 4º e 5º do CPC.

Classificação quanto aos elementos


1. obrigações simples:
1.1. quanto ao sujeito – único sujeito em cada pólo;
1.2. quanto ao objeto – se houver uma única prestação;

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2. obrigação composta ou complexa – mais de um sujeito em cada pólo ou mais de


um objeto;
2.1. quanto ao objeto – cumulativa ou conjuntiva; alternativa ou disjuntiva;
2.2. quanto ao sujeito – solidária.

Obrigação simples facultativa – aquela em que há uma única prestação. Prevê uma
relação subsidiária. Há uma prestação única, que deve ser cumprida de uma
determinada maneira. Ex: contrato estimatório – art. 534, CC. A lei permite que a
obrigação seja cumprida de outra forma.

Obrigação facultativa por vontade das partes – ex: contrato de compra e venda
para entrega de arroz, mas se não puder ser cumprido, poderá entregar feijão.
Somente o objeto principal pode ser exigido.

Obrigação alternativa – possui várias prestações. É composta. O que liga cada


prestação é uma conjunção que dá idéia de alternância. A extinção se dá com o
cumprimento de uma delas. Art. 252, CC.
* Tese da redução do objeto na obrigação alternativa – aparece quando uma das
prestações se torna impossível. Não há invalidade da obrigação como um todo,
apenas tira-se a obrigação da jogada. O devedor apenas perde a oportunidade de
escolher. A obrigação composta se torna simples.

Obrigação cumulativa – há várias prestações. É composta. O que a diferencia da


anterior é a conjunção “e”. A extinção da obrigação se dá com o cumprimento de todas
as prestações.

Obrigação divisível e indivisível – arts. 257 e 258 do CC.


Na prestação indivisível há pluralidade de devedores. O credor pode cobrar a
totalidade da obrigação de qualquer um deles. Não há solidariedade. Só pode exigir o
todo de um dos devedores por causa do objeto indivisível a prestação. É o que a
doutrina chama de “aparência de solidariedade”. Art. 259, CC. Aquele que paga a
totalidade pode exercer o direito de regresso contra os demais. A obrigação solidária
não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes. Art. 256, CC. O credor pode
perdoar um dos devedores, não se estendendo aos demais. Se a obrigação for

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indivisível, haverá a exclusão do devedor perdoado. Se for divisível, será preciso


calcular o valor a ser descontado, a quota do devedor perdoado.
Art. 271, CC – deixa de ser indivisível a obrigação que se resolve em perdas e
danos.
Obrigação Solidária ou composta quanto ao sujeito – pode ser tanto no pólo ativo
quanto no passivo.
Solidariedade fruto de lei – art. 2º da lei nº. 8.245/91.

Regras da solidariedade ativa


1. cada credor pode exigir a obrigação por inteiro, conforme dispõe o art. 267 do
CC. Cada credor pode constituir em mora todos os devedores;
2. um credor, isoladamente, pode ingressar em juízo para obrar toda a prestação
(executar toda a obrigação);
3. se um dos credores se tornar incapaz, os demais podem exigir a sua parte. A
incapacidade de um dos credores não se estende aos demais;
4. o devedor poderá pagar a qualquer um dos credores até o momento da
execução. A partir de então, só pode pagar ao exeqüente. O pagamento feito para
outro, que não o exeqüente, não terá força extintiva quanto à obrigação. Art. 268, CC.
O pagamento da totalidade para um dos credores antes da execução, causa a
extinção do débito assim como o pagamento indireto. Se houver conversão em perdas
e danos, não se extingue a solidariedade.
Qualquer dos credores pode perdoar a dívida inteira. O perdão total é válido.
Se um co-credor falecer, o que acontecerá? Ocorrerá a sucessão, a troca dos
credores. Os herdeiros do credor ficarão em seu lugar. Extingue-se a solidariedade. O
herdeiro pode exigir, no máximo, a sua parte.

Observações quanto à solidariedade passiva – art. 275, CC.


Se um dos co-credores solidários paga 100 reais, de uma dívida de 900, a
solidariedade continua quanto aos 800 reais restantes. Art. 276, CC.
Em razão do falecimento de um dos co-credores, os herdeiros responderão até as
forças da herança. A solidariedade é extinta, da mesma forma que na solidariedade
ativa, mas há indivisibilidade do bem. Quando uma pessoa falece, forma-se o espólio,
que é um conjunto de direitos e deveres, este permanece indivisível até a partilha.

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Essa massa continua sendo solidária, mas quando se extingue cada herdeiro fica
responsável pelo seu quinhão.
Art. 277, CC – o credor pode perdoar um dos devedores, sem que isso aproveite
aos demais, porém a dívida deve ser adequada (reduzido o valor da parcela do
perdoado).
Art. 278, CC – qualquer mudança feita no contrato por um dos devedores, sem a
anuência dos demais, não pode piorar a situação destes.
Art. 279, CC – a regra de inadimplemento é a mesma, mas se houver culpa, as
perdas e danos serão de responsabilidade do culpado.
Art. 280, CC – os juros de mora são de responsabilidade de todos os devedores.
Art. 282, CC – renúncia à solidariedade – se o credor renuncia à solidariedade de
um dos devedores, este não fica desobrigado do pagamento, porque renúncia não é
perdão. A conseqüência é que este devedor fica desobrigado às quotas dos demais. Se
ocorrer o pagamento de toda a dívida existe o direito de regresso.

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