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Brasília - DF
2019
O recurso mais precioso que temos é a natureza,
nela encontramos vários meios de exploração, manutenção da vida,
reaproveitamento de recursos naturais e tantas outras possibilidades,
quanto mais disponíveis os recursos naturais, mais seu uso se torna
desenfreado e inconsequente, se tornando necessário a conscientização
popular. Tempos atrás, o ser humano não possuía a compreensão da
importância do meio ambiente para perpetuar e manter a existência da
vida e do seu bom desenvolvimento, foi com a informação que a
realidade mudou e criou meios para sua preservação, assim, a figura do
Estado como um dos principais defensores desse recurso é essencial,
também como a sua responsabilização por quaisquer danos, e a
consequente reparação é de suma importância para uma maior
conservação.
É necessário destacar antes de apontar a responsabilidade do
estado, as teorias acerca desta, essa tem um alinhamento com as
transformações da sociedade, Yussef Said Cahali, partindo do ponto de
um Estado irresponsável, chegou a teoria da responsabilidade objetiva,
a doutrina enfatiza 4 principais vertentes, a primeira é a teoria da
irresponsabilidade do Estado, em que o poder público não era
responsável por eventuais danos causados a terceiros, a segunda se
trata da teoria civilista e derivações, responsabilidade subjetiva do
Estado, superou a teoria da responsabilidade, se reconhece a
responsabilização do agente público por culpa ou dolo, a terceira é a
teoria publicística em que tem sustento na ausência de serviço, que
procura desvincular a responsabilidade do Estado da ideia de culpa do
agente público, assim não necessariamente a culpa de um será a culpa
de outro e a quarta teoria é a responsabilidade objetiva, que não é mais
a ausência de serviço, mas a causa do serviço, assim nasce a obrigação
de reparar ou indenizar em razão da existência de um ato que
ocasionou danos a terceiros, bastando demonstrar o nexo causal.
O código civil de 1916, em seu artigo 15 traz, “aquele que por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito, ou
causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.” Anteriormente
a responsabilidade civil estava diretamente correlacionada com a ideia
de culpa, mas com a evolução do direito civil e seus entendimentos, a
culpa não é mais elemento essencial para apontar a responsabilidade
sobre algo, ela é independente, ou seja, mesmo em sua ausência a
responsabilidade de reparar em alguns casos é direta, assim, ocorrendo
dano ambiental o interesse que será agredido é o de todos, quando se
preserva ou repara o ambiente, o direito que está protegido é o coletivo,
difuso, assim por ser o Estado pessoa jurídica de direito público, como
prevê o artigo 3 da lei 6.938/81, este responde de forma solidária junto
ao ente particular.
Diante do exposto, o poder público é responsável objetiva,
solidária e ilimitada pelo que provocar, por atos omissivos ou comissivos
pelos danos ambientais, é responsabilidade deste assegurar a
reparação total ou indenizações para os danos que causar, nossa
legislação ambiental é bastante vasta, o que se mostra favoráveis aos
interesses coletivos, visto tantas tragédias cotidianas que acontecem, é
preciso trazer previsões sobre as penalidades a serem adotadas, não
apenas para o Estado, mas para o ente privado que precisa e ao mesmo
tempo degrada o meio, é muito importante ressaltar que se o Estado for
condenado a reparar o dano que gerou prejuízo popular e o dano a
fauna e a flora, será recuperado com recursos financeiros do
contribuinte, ou seja, de forma indireta o cidadão pagará pela
recuperação do dano ambiental.
Bibliografia