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Penalismo Iluminista

Publicado por Caroline Lamaison

há 3 anos

O Antigo Regime tem suas principais características definidas


em uma monarquia absolutista, com economia mercantilista,
sociedade estamental e pensamento teocêntrico. Ficou
conhecida como a “idade das trevas”, tendo em vista que, nesta
época, predominava a Inquisição e os tribunais de Santo Ofício
que determinavam as cruéis penas à luz da religião propagada
pela Igreja Católica.

O pensamento iluminista, que veio para contestar o Antigo


Regime, tinha sua ideia basilar fundamentando a razão e a
ciência como o caminho mais adequado para alcançar a
liberdade, a autonomia e a emancipação. Tinha como
principais pensadores deste período Voltaire, Locke e
Montesquieu.

O pensamento de Voltaire era em sentido contrário às ideias


dos protestantes católicos e Rousseau. Colocava-se contra
abuso político, corrupção e desigualdade. Locke criticava o
direito divino, defendendo a separação entre a Igreja e o
Estado, pregando que os indivíduos deveriam ter seus direitos
civis respeitados e preservados. Montesquieu defendia que o
campo político deveria ser ocupado pela alta sociedade e que o
Estado absolutista era ruim para a sociedade, que precisaria
ser dividida em três poderes, sendo estes, executivo, legislativo
e judiciário.

Os ideais iluministas de liberdade, fraternidade e igualdade


influenciaram grandes revoluções pelo mundo, tais como a
independência das 13 colônias inglesas e inconfidência
mineira.
O iluminismo culminou ainda na Revolução Francesa de 1789,
que incorporou suas ideias, tendo esta sido uma resposta ao
absolutismo vigente na França do século XVIII, e, após
inúmeros movimentos sociais, como por exemplo, a queda da
Bastilha, atribuiu ao povo autonomia e garantiram seus
direitos civis.

Cesare Beccaria, 1738 – 1794, foi um grande jurista, filósofo,


economista e literato italiano. Em vida, entregou-se com
entusiasmo ao estudo da literatura e da matemática. Em 1764
escreveu sua principal obra, Dos Delitos e das
Penas, abraçando os pensamentos dos filósofos Montesquieu,
Rousseau, Diderot e Buffon.
A obra se insere no movimento filosófico e humanitário da
segunda metade do século XVIII. Neste período, era propagada
a tese de que as penas constituíam uma espécie de vingança
coletiva - essa concepção havia induzido a aplicação de
punições de consequências muito superiores e mais terríveis do
que os males produzidos pelos delitos. É um clássico e sua
leitura é considerada basilar para a compreensão da História
do Direito, tendo em vista que apresenta princípios penais que
revolucionaram a época sendo que alguns perduram até hoje,
os quais serão discorridos a seguir.

Ao tempo de Beccaria, o sistema penal vigente tinha como


característica a ausência de uma tipificação dos delito, ou seja,
inexistia a determinação de qual pena seria aplicada a qual
delito, o que dispunha aos juízes uma grande margem de
arbítrio na aplicação da lei. Arbítrio este, condenado por
Beccaria que, por sua vez, propunha o Princípio da Legalidade,
ainda que sem intitulá-lo assim.

Dispõe que apenas as leis, elaboradas pelo legislador, podem


fixar as penas aplicadas aos delitos, limitando, desta forma, o
poder arbitrário do magistrado que deixaria de extrapolar, sob
o pretexto de zelo ou de bem público, os limites legais. Ao juiz,
atribuiu-se apenas um “silogismo perfeito”, sem que este tenha
que fazer subsunção do fato à norma porque esta função
caberia a um terceiro órgão (nítida influência de Montesquieu
com sua teoria de separação dos poderes). Com isso, a
liberdade individual ficava protegida diante do poder estatal.

Cesare combate a pena de morte por três


razões: ilegitimidade, inutilidade e desnecessidade. Em sua
argumentação sobre a ilegitimidade, baseia-se na teoria do
Contrato Social, em que o homem cede uma cota de sua
liberdade individual para viver em sociedade, entretanto, não
poderia renunciar sua vida, tampouco poderia escolher não
viver (pune-se o suicídio).
Para sustentar a inutilidade e desnecessidade, o autor afirma
que “a finalidade da pena não é o de atormentar e afligir a um
ser sensível, nem o de desfazer um crime já cometido”.
Defende ainda que, a pena deve ter um caráter preventivo de
evitar que outros, ou que o mesmo infrator, se encoraje diante
da impunidade a praticar outro delito.
No mesmo contexto de pena de morte, Beccaria condena ainda
a disparidade entre a pena e o crime. Dispõe que se houver a
previsão de, por exemplo, pena de morte para delitos de
lesividades diferentes, não será feita a distinção entre a
gravidade de tais delitos. Oferece a ideia que o freio da
criminalidade não seria a crueldade da pena e sim, a certeza de
sua aplicação.

O autor atacou a possibilidade que existia, da pena atingir os


descendentes do condenado. Defendeu o Princípio da
Personalidade, segundo o qual deve recair a punição apenas
sob a pessoa que infringiu a lei. Assim, definiu como “injusta e
tirânica” as penas que não eram “meramente pessoais”.

Cesare frisa a ideia de que não deve ser promulgada nenhuma


lei sem força suficiente pra vigorar, evitando assim, leis que se
tornariam inúteis. A lei não deve ser mero indicador moral da
sociedade, simbolizando as condutas inadequadas, mas deve
ter utilidade. A pena tem uma finalidade pré-definida, que é a
prevenção geral, e para atingir esse objetivo, é necessário
penalizar de forma útil e não meramente cruel.
Por fim, Beccaria insiste que a maior parcela da população é
cumpridora da lei, portanto, que é enorme a possibilidade de
atormentar um inocente ao utilizar a tortura como método de
busca. Sustenta em sua argumentação, que o sofrimento
imposto não é o caminho para a busca da verdade e que, com
ele apenas se comprova a resistência física do que é
atormentado. A dor do tormento faz, muitas vezes, com que a
pessoa opte pela confissão para libertar-se do sofrimento
imediato.

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