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ESCOLA TÉCNICA SUPREMO REDENTOR

TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS


DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA
NOMES: CAMILA ÍRIS / JAYNARA MARIA

DOENÇA DE CHAGAS

PHO-MA
2019
ESCOLA TÉCNICA SUPREMO REDENTOR
TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA

DOENÇA DE CHAGAS

"Quanto à trypanozomíase americana nada custará erradica-la das zonas


extensas onde é endêmica, uma vez que tudo ali depende da providência
elementar de melhorar a residência humana e não mais consentir que o
nosso camponês tenha como abrigo a cafua primitiva, infestada pelo
inseto que lhe suga o sangue e lhe injeta o parasito, cafua às vezes
imprestável como habitação de suínos e de todo incompatível com a
civilização de um povo". Carlos Chagas 1934.

O que é?

Descrita em 1909 por Carlos Chagas, que foi pesquisador e diretor do Instituto
Oswaldo Cruz (que deu origem à atual Fiocruz), a doença de Chagas também é
conhecida como tripanossomíase por Trypanosoma cruzi ou tripanossomíase
americana (terminologia adotada pela Nomenclatura Internacional de Doenças, a
NID). Diz-se tripanossomíase qualquer enfermidade causada por protozoários do
gênero Trypanosoma, que parasitam o sangue e os tecidos de pessoas e animais.
O Trypanosoma geralmente é transmitido de um hospedeiro a outro por insetos –
no caso humano, o principal vetor é um percevejo popularmente conhecido como
barbeiro ou chupão (insetos das espécies Triatoma infestans, Rhodnius
prolixus e Panstrongylus megistus, dentre mais de 300 espécies que podem
transmitir o Trypanosoma cruzi).

Causas

A Doença de Chagas é transmitida pelo Trypanosoma cruzi, um parasita da


mesma família do tripanosoma africano, responsável pela doença do sono. O
parasita pode ser encontrado nas fezes de alguns insetos, principalmente um
conhecido como barbeiro, e é um dos maiores problemas de saúde na América do
Sul, América Central e também do México. Devido à imigração, a doença também
afeta pessoas em outros continentes atualmente.
É possível contaminar-se também com a doença a partir da ingestão de
alimentos crus e contaminados com fezes do parasita, da transfusão de sangue ou
transplantes de órgãos contaminados com a doença, do contato direto com o
parasita e com outros animais que estejam infectados. A Doença de Chagas
também pode ser congênita, no caso de mães infectadas que transmitem esse mal
para o filho durante a gravidez.

Transmissão

As principais formas de transmissão da doença de chagas são:

 Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto


(os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro,
chupão, procotó ou bicudo).
 Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de
triatomíneos infectados.
 Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T.
cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
 Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a
receptores sadios.
 Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material
contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.

O período de incubação da Doença de Chagas, ou seja, o tempo que os


sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é dividido da seguinte forma:

 Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.


 Transmissão transfusional / transplante – de 30 a 40 dias ou mais.
 Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
 Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.

Sintomas

A doença de Chagas tem dois estágios: agudo e crônico. A fase aguda pode
apresentar sintomas moderados ou nenhum sintoma. Entre os principais sintomas
estão:

 Febre
 Mal-estar
 Inchaço de um olho
 Inchaço e vermelhidão no local da picada do inseto
 Fadiga
 Irritação sobre a pele
 Dores no corpo
 Dor de cabeça
 Náusea, diarreia ou vômito
 Surgimento de nódulos
 Aumento do tamanho do fígado e do baço.

Os sintomas deste estágio da Doença de Chagas podem desaparecer


sozinhos. Se eles persistirem e não forem tratados, a doença pode evoluir para sua
fase crônica, mas somente após a fase de remissão. Podem-se passar anos até
que outros sintomas apareçam. Quando os sintomas finalmente se desenvolverem,
eles podem incluir:

 Constipação
 Problemas digestivos
 Dor no abdômen
 Dificuldades para engolir
 Batimentos cardíacos irregulares

DIAGNÓSTICO

Normalmente a fase aguda é assintomática e inaparente. Quando aparente,


o quadro clínico da infecção surge de 5 a 14 dias após a transmissão pelo vetor e
30 a 40 dias para as infecções por transfusão sanguínea, mas as manifestações
crônicas da doença de Chagas aparecem mais tarde, na vida adulta, 20 a 40 anos
depois da infecção original. O quadro grave é caracterizado por febre de
intensidade variável, mal-estar, inflamação dos gânglios linfáticos e inchaço do
fígado e do baço. Pode ocorrer e persistir durante até oito semanas uma reação
inflamatória no local da penetração do parasito (inchação, edema), conhecida como
chagoma. O edema inflamatório unilateral das pálpebras (sinal de Romaña) ocorre
em 10% a 20% dos casos quando a contaminação ocorre na mucosa ocular. Em
alguns casos há manifestações fatais, ou que podem constituir uma ameaça à vida,
incluindo inflamação do coração e inflamações que comprometem a meninge e o
cérebro. A fase crônica sintomática decorre com maior frequência de lesões
cardíacas, com aumento do volume do coração, alterações do ritmo de contração,
e comprometimento do tubo digestivo, com inchação do esôfago e do estômago.

Na fase aguda e nas formas crônicas da doença de Chagas o diagnóstico do


agente causador poderá ser realizado pela detecção do parasito por meio de
métodos laboratoriais de visualização do parasito direta ou indiretamente e pela
presença de anticorpos no soro, por meio de testes específicos, conhecidos como
imunofluorescência indireta (IFI), hemaglutinação indireta (HAI) e enzimas (Elisa).
Testes de maiores complexidades como o teste molecular, utilizando reação em
cadeia da polimerase (PCR) acoplado à hibridização com sondas moleculares, e o
western blot (WB) têm apresentado resultados promissores e podem ser utilizados
como teste confirmatório em qualquer fase da doença.

A doença crônica é majoritariamente benigna, não trazendo maiores


problemas para 7 em cada 10 portadores. Nos outros 3 podem ocorrer problemas
cardíacos, digestivos ou neurológicos, nessa ordem de frequência. No Brasil a
cardiopatia da doença de Chagas é uma importante causa de morte entre adultos
de 30 a 60 anos e uma grande causa de implante de marcapasso cardíaco e de
transplante de coração.

TRATAMENTO

Existem dois medicamentos que são utilizados para tratar a infecção


por Trypanosoma cruzi, e só um deles é usado no Brasil, o benzonidazol, produzido
pelo Laboratório Federal de Pernambuco (Fafepe). O Sistema Único de Saúde
distribui o medicamento após a indicação médica, seja em casos agudos ou
crônicos. No entanto, não há garantia ainda de eficácia total do tratamento, que
varia muito. Boa alimentação e fortalecimento do sistema imunológico dos
portadores da doença de Chagas, bem como uma atenção integral no sistema de
saúde são procedimentos que retardam a evolução da doença. Como na maioria
dos casos a doença crônica é benigna e sem sintomas, é importante o
acompanhamento anual dos pacientes para que intervenções possam ser feitas no
momento certo da progressão da doença.
Referências

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/22doenca_chagas.pdf. bvsms. s.d. 04


de setembro de 2019.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/22doenca_chagas.pdf>.
Infoescola. https://www.infoescola.com/doencas/doenca-de-chagas/. s.d. 04 de
setembro de 2019.
Saúde, Ministério da. http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doenca-de-chagas.
s.d. 04 de setembro de 2019.
Varella, Drauzio. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/doenca-de-
chagas/. s.d. 03 de setembro de 2019.

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