Sunteți pe pagina 1din 5

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2017

Tema geral: O Espírito Santo e a espiritualidade


Lição 1: 31 de dezembro a 7 de janeiro
O Espírito e a Palavra ​–​ 2 Timóteo 3: 16, 17

Autor: Érico Tadeu Xavier


Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

A lição desta semana trata da Obra do Espírito Santo em sua relação com as
Escrituras. Discute o papel do Espírito no que diz respeito à revelação e à
inspiração. Fala da veracidade das Escrituras, da atuação do Espírito Santo como
professor e Sua relação com a Palavra.

1.​ ​O Espírito Santo, a revelação e a inspiração

Significado de revelação
O termo “revelação” vem​ do latim ​revelare, que significa retirar o véu,
descobrir o que estava oculto. Revelação, portanto, significa tornar conhecido o que
é desconhecido, ou visível o que está oculto à vista de todos. Já a revelação bíblica
representa o ato divino pelo qual Deus Se permite descobrir a Si mesmo, Seu
caráter, Sua vontade e Seus planos, dando ao homem um conhecimento que ele
não poderia conseguir por si mesmo.
Conforme destaca Daniel 2:22, o grande Revelador é Deus: “Ele revela o
profundo e o escondido.” Deuteronômio 29:29 destaca que é Ele quem revela o que
quer que seja relevado aos homens, e o que não está revelado a Ele pertence.
Deus Se revela aos homens mostrando-Se não apenas o Revelador mas o objeto
da revelação, como se observa em 1 Samuel 3:21: “Continuou o Senhor a aparecer
em Siló, enquanto por Sua palavra o Senhor Se manifestava ali a Samuel”; e há
grande variedade de qualidades divinas descritas como tendo sido reveladas (a
Glória de Deus, Is 40:5; Rm 8:18; Sua justiça, Rm 1:17; Seu braço, Is 53:1; Sua ira,
Rm 1:18). De igual maneira, as Escrituras Sagradas apontam Deus como Autor das
verdades nelas reveladas, manifestando em seu conteúdo Sua vontade mediante a
inspiração do Espírito Santo (O capítulo​ introdutório de ​O Grande Conflito é
bastante esclarecedor a esse respeito. Ver em: Ellen G. White, ​O Grande Conflito.
Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985, p. 8-10).
Quanto aos instrumentos utilizados como meios de revelação, a teologia
analisa duas subdivisões da revelação divina: a revelação geral e a revelação
especial.

Revelação geral

A revelação geral é uma forma pela qual Deus desvenda parte de Seu
conhecimento e vontade, compartilhando com a humanidade Sua luz divina. É
chamada geral por ser direcionada a todos os homens, em todas as épocas e

lugares. (Ver: Raoul Dederen, ​Revelação e inspiração: uma perspectiva adventista
do sétimo dia. Brasília: Divisão Sul Americana da IASD, 1979, p. 19-20.)
A revelação geral se expressa através de três formas que possibilitam
reconhecer Deus, mesmo sem apelar à fé:
1) ​Natureza​: Deus Se revela por meio das obras da Criação, conforme
destacou o apóstolo Paulo em Romanos 1:20.
2) ​Consciência​: Pelo senso moral ou consciência, Deus Se revela ao ser
humano. As Escrituras Sagradas afirmam que a revelação divina se faz presente
por meio da consciência humana a todos os homens: ​“Quando, pois, os gentios, que
não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei,
servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu
coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos,
mutuamente acusando-se ou defendendo-se” ​(Rm 2:14, 15).​ Atos 17:23 mostra que
muitos honram a Deus sem O conhecerem.
3) ​História​: Na história da humanidade, a revelação geral destaca a presença
divina, em especial na época do cativeiro do povo de Israel e Judá. Ezequiel 39:28
enfatiza a revelação divina dos acontecimentos, assim como a soberania de Deus
entre Seu povo e os demais povos da Terra: “Saberão que Eu sou o ​SENHOR​, seu
Deus, quando virem que Eu os fiz ir para o cativeiro entre as nações, e os tornei a
ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles.”
Assim, a presença de Deus é reconhecida no curso da História, revelando-Se
aos homens por meio de Sua participação nos acontecimentos que fizeram a
história da humanidade. Mediante Suas intervenções, Deus Se dirige pessoalmente
à humanidade, libertando Seu povo, ou mudando o curso da História, para Se fazer
conhecer e mostrar interesse por Seu povo.

Revelação especial

A revelação especial, sobrenatural, transcende a revelação ​natural e


“consiste principalmente em Deus manifestar Sua pessoa e Sua vontade pela
comunicação direta com a humanidade”.
Essa comunicação direta foi necessária para restaurar o relacionamento
rompido entre Deus e o ser humano por ocasião do pecado, para trazer o Universo
de volta à harmonia com Deus. As Escrituras Sagradas e o próprio Cristo foram os
principais meios pelos quais a revelação especial ocorreu. Mas Deus usou muitas
formas de revelação, como: falando diretamente (1Sm 3:4; Lc 3:21-22; Mt 17:5; Jo
12:28); por meio de anjos (Mt 1:20-21; At 10:3-6); de Urim e Tumim (Êx 28:30; 1Sm
23:6-13); dos profetas (Am 3:7); de sonhos (Gn 20:3; 41:7; Dn 2:1, 28); visões (Is
2:1; Ez 1:1; Dn 10:7); teofanias (Êx 3:1-5), entre outras (Hb 1:1; Ap 1:1-3; Êx 31:18).

Significado de inspiração
A inspiração é um ato divino através do qual o Espírito Santo capacitou
homens a escrever as revelações a eles comunicadas por Deus, de forma fidedigna.
Analisando o termo “inspiração”, percebe-se que, embora seja aceito como
conceito bíblico, essa palavra não existe nos escritos originais. Em 2 Timóteo 3:16,
ao afirmar que “Toda a Escritura divinamente inspirada [...]” Paulo se referiu ao
termo grego ​theopneustos, que significa, literalmente ​“soprado por Deus”. Ou seja, a
ação de Deus, o processo pelo qual o Espírito Santo trabalha nos seres humanos
escolhidos por Deus, não representa exatamente uma inspiração, mas um sopro de
Deus sobre o homem, no sentido de movê-lo para que proclame as mensagens
recebidas. Nessa perspectiva, a revelação vem ao homem por meio da união da
mente e da vontade divina com a humana. Inspiração é, assim, o trabalho do
Espírito Santo na mente do profeta.​ ​Confirmando esse conceito, em 2 Pedro 1:21, o
apóstolo afirmou que “homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo”. Percebe-se que é o Espírito Santo quem toma a iniciativa, quem chama e
quem concede as revelações, movendo ou inspirando a pessoa escolhida (Je 36:1,
2; Lc 1:1-4). Assim sendo, os profetas e apóstolos não foram meros copistas do que
ouviam ou viam, mas, enquanto eram movidos pelo Espírito, escreviam,
envolvendo-se para realizar da melhor forma possível a tarefa deles requerida.
“A Escritura Sagrada aponta Deus como seu Autor; no entanto, foi escrita por
mãos humanas (...). As verdades reveladas são dadas por inspiração de Deus;
acham-se, contudo, expressas em palavras de homens” (​O Grande Conflito, p. 8).
Quanto das Escrituras é inspirado? Não existe na Bíblia nenhuma evidência
de que alguns trechos foram mais ou menos inspirados que outros. Toda a Escritura
foi inspirada por Deus (2Tm 3:16). Mesmo nos livros em que os autores faziam
maior uso de suas expressões, como nos salmos e livros poéticos, por exemplo, a
inspiração divina se sobrepõe à humana. A Bíblia é um livro divino-humano escrito
por pessoas escolhidas que registraram o que Deus lhes mandou.

2.​ ​O Espírito Santo e a Palavra

Cremos que o Espírito Santo usou pessoas, os autores, não como meros
secretários. Ele usou mentes humanas e guiou os pensamentos de acordo com os
propósitos divinos.
“Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o
foram. A inspiração não atua nas palavras do homem nem em suas expressões,
mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é imbuído de
pensamentos” (​Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 21).
Daí observamos na Bíblia estilos, linguagem, figuras diferentes, entretanto há
harmonia e sintonia, tanto nos profetas como nos poetas e apóstolos. Uma das
maravilhas da Bíblia é que ela não se contradiz, mas se completa. Foram cerca de
40 diferentes autores. Em épocas diferentes, culturas diferentes, situações
diferentes, mas todos escrevendo sob o sopro (inspiração) do Espírito Santo.
“Entretanto, as atuações do Espírito estão sempre em harmonia com a
Palavra escrita. Como sucede no mundo natural, assim também se dá no espiritual.
A vida natural é preservada a todo momento pelo divino poder; mas não é
sustentada por um milagre direto, porém mediante o uso de bênçãos colocadas ao
nosso alcance. De igual forma a vida espiritual é sustentada pelo uso dos meios
supridos pela Providência” (​Atos dos Apóstolos, p. 284).
Conclusão
Um jovem muito desencaminhado fugiu de casa. Durante muitos anos seu
paradeiro foi desconhecido. Certo dia, ele soube que o pai havia falecido e voltou
para casa, onde foi bondosamente recebido pela mãe. Chegou o dia da leitura do
testamento do pai. Toda a família estava reunida. O advogado começou a ler o
documento. Para grande surpresa de todos os parentes, o testamento se referira
pormenorizadamente aos descaminhos do filho. Ele ergueu-se irado e saiu,
deixando a família sem notícia por três anos. Afinal, descobriam seu paradeiro.
Informaram-no de que o testamento, depois de se referir ao seu mau procedimento,
legava-lhe uma fortuna em dinheiro. Imagine de quanta tristeza ele teria se poupado
se tivesse ficado para ouvir até ao fim a leitura do testamento! Assim, muita gente lê
a Bíblia apenas pela metade, e dela se volve descontente.
“Devemos tomar um versículo, e concentrar a mente na tarefa de averiguar o
pensamento nele posto por Deus para nós. Convém que nos demoremos sobre
esse pensamento até que nos apoderemos dele, e saibamos “o que diz o Senhor”
(​O Desejado de Todas as Nações, p. 390).
“Conta-se que, certa vez, um dos paroquianos de Moody foi ter com ele,
lamentando-se de não poder compreender certos passos da Escritura.”
– O senhor gosta de peixe?, perguntou-lhe o grande orador sacro.
– Gosto, como não!
– E que faz com as espinhas?
– Ora, separo-as com cuidado, deixando-as a um lado no prato.
– Pois faça o mesmo com a Palavra de Deus. Alimente-se de suas verdades
claras, compreensíveis, e deixe de lado aquilo que não puder compreender. Você
encontrará nela alimento em abundância, amigo!”

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: É ​ rico Tadeu Xavier possui graduação
em Teologia Pastoral (1991) e mestrado (2000) pelo Seminario Adventista
Latino-Americano de Teologia; Mestrado em Ciências da Religião pela Universidad
Evangélica de las Américas, Costa Rica, e reconhecido pela EST - Escola Superior de
Teologia (2009); e Doutorado em Ministério pela Faculdade Teológica Sul Americana
(2004); Doutorado (PhD) pelo South African Theological Seminary (2011), reconhecido pela
PUC, Rio, em 2012. Pós-doutorado (2014) na área de teologia sistemática pela FAJE -
Faculdade de Filosofia e Teologia Jesuíta, de Belo Horizonte. Foi professor de teologia na
Bolívia e na Bahia, no SALT-IAENE. Atualmente é professor visitante no Mestrado em
Teologia do SALT-UNASP, e atua como pastor no Rio Grande do Sul. Autor de 11 livros e
mais de 40 artigos, em revistas da denominação e em revistas acadêmicas de seminários
adventistas, evangélicos e católicos. É casado com a psicopedagoga Noemi, com que tem
dois filhos, Aline e Joezer, que são casados e vivem no Paraná.

S-ar putea să vă placă și