INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES II

CODIFICAÇÃO DE CANAL
(CORRECÇÃO E DETECÇÃO DE ERROS)

DOCENTE
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COSTA ANTÓNIO

LUANDA
2019
 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES II

CODIFICAÇÃO DE CANAL
(CORRECÇÃO E DETECÇÃO DE ERROS)

Trabalho de investigação sobre a Codificação de Canal,

apresentado ao Instituto Superior Politécnico
Metropolitano de Angola como Avaliação de Sistemas de
Telecomunicação II, sob orientação do Prof. Engº Costa
António.

Aprovado por: _________________________

Data: ____/____/____.

LUANDA
2019
 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES II

TURMA: LEE4M
ANO CURRICULAR: 4º
DISCENTES:
ARNALDO CÉSAR DE SÁ INÁCIO – 20160092
ÁUREO NUNO DE ALMEIDA SARDINHA – 20160479
EDNILSON MARCOS GOMES DA VEIGA – 20160616
JOÃO BATISTA DIANGA ANTÓNIO - 20160838

II
 ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

1.1. OBJECTIVOS ............................................................................................................. 1

1.2. Objectivo Geral ............................................................................................................ 1

1.3. Objectivo Específico .................................................................................................... 1

2. CODIFICAÇÃO DE CANAL ............................................................................................ 2

2.1. CORREÇÃO E DETECÇÃO DE ERROS .................................................................. 2

2.2. DETECÇÃO DE ERROS ............................................................................................ 3

2.2.1. Método De Repetição ............................................................................................... 3

2.2.2. Método De Paridade ................................................................................................. 4

2.2.3. Checksum ................................................................................................................. 4

2.2.4. Redundância cíclica (CRC) ...................................................................................... 5

2.2.5. Códigos De Hamming .............................................................................................. 6

2.3. CORREÇÃO DE ERROS ........................................................................................... 6

2.3.1. Codigos Para Correção De Erros ............................................................................. 6

2.3.2. Técnicas De Correcção De Erros ............................................................................. 7

2.4. BENEFÍCIOS DA CODIFICAÇÃO DO CANAL ...................................................... 8

2.5. APLICAÇÕES ............................................................................................................. 8

3. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 9

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................. 10

III
 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Codificação de Canal 2

Ilustração 2 - Esquema de codificação de blocos 7
Ilustração 3 - Esquema de codificação convolucional 7

IV
 1. INTRODUÇÃO

O canal é um conjunto de recursos técnicos que possibilitam a transmissão da

informação de um ponto para outro. Em processamento digital de sinais, Codificação é a
modificação de chave de um sinal para torná-lo mais apropriado para uma aplicação
específica, como por exemplo transmissão ou armazenamento de dados.

Neste contexto, existem três tipos de codificação:

 Codificação de canal: Códigos detectores ou corretores de erros.

 Codificação de fonte: Criptografia e compressão de dados.

 Códigos de linha: Especificam a forma do sinal elétrico que será usado para
representar os símbolos de informação. No caso binário, especifica o sinal elétrico
dos bits 0 e 1.

Em telecomunicações devido às imperfeições e ruído no canal, toda comunicação está

sujeita a erros. Sendo assim, uma determinada sequência de dados pode ser enviada pelo
transmissor e outra ser recebida pelo receptor. A codificação de canal, consiste em adicionar
informação redundante à mensagem original, essa redundância é utilizada na recepção de
modo a possibilitar a detecção ou correcção de erros que tenham eventualmente ocorrido
durante a transmissão.
Por tanto há a necessidade de codificar-se o canal de modo a evitar esses erros e
também de formas a poder transmitir vários sinais no mesmo canal.

1.1. OBJECTIVOS

1.2. Objectivo Geral

Abortar sobre a codificação de canal em sistemas de telecomunicações.

1.3. Objectivo Específico

 Ter conhecimentos científicos e tecnológicos a codificação de canal bem como

correção e detenção de erro;
 Conhecer os tipos de codificação e porquê codifica-se um canal.

1
 2. CODIFICAÇÃO DE CANAL

Um canal de comunicação pode apresentar uma série de imperfeições que dificultam a

correta interpretação e perfeita reprodução dos sinais transmitidos. Tais imperfeições se
apresentam como ruídos, distorções, interferências, entre outros, e como consequência, a
função do receptor pode ser resumida como sendo habilidade de apresentar em sua saída a
melhor estimativa da informação ou mensagem que foi transmitida.

A codificação de canal é um processo em que redundâncias são introduzidas antes da

transmissão, com o objetivo de permitir que no receptor a semelhança entre o sinal que foi
transmitido e o sinal que foi reproduzido seja a máxima possível.

Ilustração 1 - Codificação de Canal

2.1. CORREÇÃO E DETECÇÃO DE ERROS

Em áreas como à matemática, ciência da computação e telecomunicações a detecção e

correcção de erros é um assunto de grande importância e relevância na manutenção da
integridade dos dados em canais com ruído ou em sistemas de armazenamento não imunes a
falhas. É importante ter em conta que à Detecção de erros significa receber o aviso de erro e
em seguida encontrar este erro, que pode ser causado por interferências, ruídos, entre outros
fatores já citado, durante a passagem da mensagem do emissor para o receptor, a fim de que
possa ser corrigido pela correção de erros. Já à Correção de erros é receber informações do
erro e fazer sua correção.
Em um sistema de comunicação pode se dizer que é normal a ocorrência de erros, pois
funciona por troca de mensagens a todo instante de um local com outro. Os erros podem ser
causados por interferências eletromagnéticas, envelhecimento de componentes, curto-circuito,
que acabam afetando as mensagens, fazendo com que, por exemplo, um bit 0 é enviado, e na
transmissão acaba sendo transformado em 0, ou seja, receptor recebe informação diferente
daquela que foi enviada. Portanto existem varias formas de tratar os erros, de modo à detectar
e corrigir erros.

2
 2.2. DETECÇÃO DE ERROS

Nesta codificação o receptor não consegue corrigir os erros, mas pode detectá-los e
efectuar um pedido de retransmissão da informação errada. É apropriado para canais com
pouco atraso e canais com uma ligação de retorno. Não é apropriado para dados sensíveis ao
atraso, como a transmissão de voz ou vídeo em tempo real. Em alguns sistemas, esta forma de
controlo de erros é utilizada apenas com o propósito de determinar a qualidade da
comunicação, e não de garantir uma comunicação isenta de erros.

Em detecção de erros, pode ser utilizado por diversos métodos como:

 Método de repetição;
 Método de paridade;
 Checksum;
 Método de redundância cíclica (CRC);
 Códigos de Hamming.

Estes métodos, seguindo seus próprios conceitos, irão de alguma maneira, detectar o
erro para passar a correção de erros. O que tem em comum entre todos estes métodos é a
utilização de inserção de bits extras, funcionando de uma maneira fácil de compreender:
emissor enviar junto à informação original bits a mais, então o receptor calcula estes bits a
mais, enviados, bits extras.

2.2.1. Método De Repetição

Este método é considerado problemático, muito comum, sem muita eficiência, pois ao
enviar uma mensagem, são enviados três repetições desta mensagem, ou seja, um método que
apenas envia repetições da mensagem e, a partir da comparação destas mensagens se detecta
se há ou não erro.

Exemplo 1: Se pretender enviar a mensagem “Ola Mundo” será enviado “Ola Mundo
Ola Mundo Ola Mundo”. Então se caso chegar ao receptor a mensagem “Ola Mundo Ola
Mundo Ola Mundo” este método observa que há uma discordância nas mensagens então
detecta o erro.

A má eficiência deste método está no caso de enviar a três vezes uma mensagem e estas
três estiverem erradas.

3
 Exemplo 2: O emissor pode enviar “Ola Mundo”, pode ocorrer o erro sendo
transformado em “Ola Mnuod” e então chegará ao receptor a seguinte mensagem: “Ola
Mnuod Ola Mnuod Ola Mnuod”, ou seja, aqui está o problema deste método, pois a
mensagem irá ser considerada como correta, não será detectado erro algum.

2.2.2. Método De Paridade

O método de paridade também é considerado ineficiente, porém é o mais utilizado na

detecção de erros. Este método não tem segredo algum, é fácil de entender. Ele consiste em
ser adicionado, pelo transmissor, um bit de redundância (bit de paridade) após ou antes da
sequência de bits que pertence à mensagem. Esse bit adicionado segue a seguinte regra:

 Caso apareça o bit “1” número ímpar de vezes é adicionado 1, exemplo: 0100101
paridade = 1;

 Caso apareça o bit “1” número par de vezes é adicionado 0, exemplo:

010101010010100, paridade = 0;

Exemplo 3: O caractere “O” na mensagem “Ola Mundo” é dado em bits por: 1000001.
Em seguida, o bit de paridade é calculado e depois enviado: 1000001x, ou seja, existem dois
bit “1” então seu bit de paridade é par, adicionando bit de paridade “0”, sendo enviado:
10000010. No receptor, esse calcula a paridade da mensagem enviada com o bit de paridade x
adicionado, observa que x = paridade então determina mensagem correta.

Em caso de erro, vamos citar um exemplo. Há o envio do bit “00101”, sendo primeiro
“0” como o bit de paridade, porém o receptor recebe o seguinte código: “00001”, ou seja, o
circuito de verificação de paridade percebe que há apenas um único “1”, isto é impar, então é
detectado o erro.

2.2.3. Checksum

Este método é muito simples e fácil de compreender, consiste em transmitir todas as

palavras junto com o resultado da soma dos bits delas.

Exemplo 4: Dados os dados iniciais de duas palavras de 8 bits: 00111101 00001101,

estes valores são somados dando resultado ao Checksum: 01001010. 00111101 + 00001101 =
01001010 → Checksum 10110101→ Checksum Invertido.

4
 O emissor envia o Checksum invertido ao receptor. Em seguida, como o próprio nome
desse método já diz, no receptor as palavras são novamente somadas e comparadas com
Checksum que foi enviado, ou seja, verificar a soma.

Para a detecção de algum erro, se em qualquer um dos dados transmitidos tiver algum
erro este será descoberto, pois no receptor é recalculado e ocorre a soma do novo Checksum
com o Checksum enviado que terá um resultado diferente de “1”.

Exemplo 5 (transmissão sem algum erro): 01001010 + 10110101 = 11111111 Onde

01001010 representa novo Checksum, que representa as palavras recebidas, 10110101
representa checksum enviado (Invertido) e 11111111 indica que não ocorreu erro.

2.2.4. Redundância cíclica (CRC)

Caracterizado por ser de boa eficiência, que funciona basicamente em cima de uma
concordância polinomial gerador “G(x)”, que quanto maior o grau deste G, maior a eficiência
desse método para detectar um erro. Deixamos claro aqui que o neste polinômio, o bit de
maior e menor ordem devem obrigatoriamente ser iguais a 1.

Exemplo 6: Sendo à Palavra inicial → 10110001, o polinômio p(x) é igual aos bits da
palavra inicial somada com bits de paridade, além disso, deve ser divisível pelo polinômio
gerador G(x), ou seja, deve ter resto “0”, caso contrário houve erro.

Ocorrendo erro, para detectar, este método faz com que o receptor receba T(x) + E(x)
em vez de receber o polinômio T(x) apenas, destacando que cada bit “1” em E(x) corresponde
um bit inverso e, usando T(x) e dividir por G(x) o resultado será sempre “0”.

Exemplo 7: Tendo a mensagem com bits 10111011, é calculado o polinômio do

gerador, utilizando a fórmula: G(x) = x4 + x + 1 resultando em 10011, conforme a mensagem
já citada e, para enviar ao receptor é adicionado nessa mensagem ainda a quantidade de zeros
determinado pela equivalência do grau do gerador G(x), ficando como: 10111011 0000. Logo
em seguida é feita a divisão da mensagem original sem os zeros do gerador com o polinômio
gerador utilizando a operação XOR, ou seja: 101110110000 / 10011

No fim desta divisão sobra resto 01111, que é adicionado à mensagem original ficando:
101110111111, e é aqui com este código a mais que se detecta se houver erro, pois no
receptor é novamente calculado este mesmo resto e caso não de o mesmo resultado é
detectado e avisado o erro.

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 2.2.5. Códigos De Hamming

Nesse método basicamente funciona com o envio de uma mensagem em códigos de 7

posições de bits que são numerados da esquerda para a direita e começando com “1”. Porém
tem suas regras e especificações como, os bits que são potência de 2 vão ser bits 2n, já os
outros são preenchidos com bits com a mensagem que será transmitida.

É feito a conversão das posições que são diferentes de 2n e valor igual a “1”, ficando na
posição 3 e 7 respectivamente, 011 e 111. Pegando estes valores e aplicando OR exclusivo ou
conhecido também como XOR, dá origem às 3 primeiras posições da mensagem: “0 0 1”.

Em seguida é inserido os valores obtidos nas posições do bit de paridade, por fim sendo
enviada a mensagem: “0011001”.

Para detectar se há erro ou não, é aplicado novamente o XOR aos valores obtidos e se o
resultado for igual a 0 é que não houve erro na transmissão, mas se for diferente indica que há
erro, e para descobrir a posição onde está o erro é converter o resultado obtido para decimal.

Exemplo 8: Sem erro → 0011001

Posição: 3- 011; 4-100, 7-111. 011 XOR 100 = 111 111 XOR 111 = 000

Exemplo 9: Com erro→ 0001001

Posição: 4-100; 7-111 100 XOR 111 = 011-> indica erro na posição 3

2.3. CORREÇÃO DE ERROS

Esta codificação possibilita a correcção de erros que tenham ocorrido durante a

transmissão. É introduzida maior redundância do que na codificação para detecção de erros, a
codificação e descodificação são também mais complexas. É apropriado para dados sensíveis
ao atraso e transmissão unidireccional.

2.3.1. Codigos Para Correção De Erros

Ela utiliza dois tipos principais de códigos para correção de erros:

 Códigos de blocos: a sequência de entrada é agrupada em palavras de k símbolos.

Cada palavra de k símbolos é transformada pelo codificador de canal numa palavra de n
símbolos onde n>k de modo que vamos ter n-k símbolos redundantes para permitir detecção e

6
correção de erros no receptor, a operação de um codificador de blocos está esquematizada na
ilustração abaixo.

Ilustração 2 - Esquema de codificação de blocos

 Códigos convolucionais ou códigos recorrentes: Neste tipo de codificação uma

palavra de saída de n símbolos depende de várias palavras de entrada de k símbolos tal como
ilustrado abaixo:

Ilustração 3 - Esquema de codificação convolucional

2.3.2. Técnicas De Correcção De Erros

As técnicas de controlo de erros dividem-se em duas classes fundamentais:

 FEC (Forward Error Correction): Corresponde à inclusão de redundância na
transmissão de modo a permitir não só detectar como corrigir erros.
 ARQ (Automatic Repeat Request): Se se dispuser de um canal de retorno, após
a detecção da ocorrência de erros pede-se ao emissor uma retransmissão da
mensagem errada.

7
 2.4. BENEFÍCIOS DA CODIFICAÇÃO DO CANAL

O uso de codificação de canal pode aumentar a faixa de operação de um sistema de

comunicação, reduzir a taxa de erros, diminuir os requerimentos de potência transmitida ou
uma combinação destes benefícios. Um bom projeto de sistema de comunicação precisa
encontrar o melhor compromisso entre largura de banda, potência e taxa de erro de bits para
uma determinada aplicação.

2.5. APLICAÇÕES

A codificação do canal pode ser aplicada nas seguintes áreas:

1. Armazenamento de dados:
 Memórias RAM;
 Sistemas de armazenamento ópticos e magnéticos (discos rígidos, CD,
DVD).
2. Comunicações digitais:
 Comunicações via-satélite;
 Comunicações móveis celulares;
 Comunicações de áudio e vídeo (DAB, DVB);
 Redes de computadores (protocolo TCP/IP).

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 3. CONCLUSÃO

Contudo, após vários estudos, pesquisas e investigações, pudemos concluir que a

codificação de canal é bastante importante e relevante nos sistemas de telecomunicação pois
sem ela a informação a ser transmitida sofreria muitas perdas. Sendo que codificação de canal
analisa a informação recebida de modo a possibilitar a detecção ou correcção de erros que
tenham eventualmente ocorrido durante a transmissão.

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 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. Jeszensky, P. J. E., Sistemas Telefônicos, Editora Manole, 2004.

2. Wandel & Golterman., Modulação por Código de Pulsos – Técnicas e Instrumentos de
Medições, Editora Latinoamericana, 1981.
3. Apostila Promon – Princípios Básicos de PCM, 1997.
4. Notas de Aula – Sistemas de Telecomunicações I
5. http://www.lee.eng.uerj.br/~gil/redesII/Tecnicas%20de%20Detecao%20e%20Correca
o%20de%20Erros.pdf
6. Litro "Sistemas Digitais - Fundamentos e Aplicações - 9ª edição"
7. https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/1970943312297211/ECC_STele.pdf
8. https://web.archive.org/web/20160303185707/http://www.patentesonline.com.br/siste
ma-e-processo-para-correcao-de-erros-em-sinais-de-dados-digitais-150221.html

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