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Citar:"CAPÍTULO II
LOGO que o Senhor São Lúcifer entrou no Paraíso, todos os anjos voaram
para junto dele e disseram-lhe:
E Santa Astarote, que fora iluminada pelo Espírito, explicou que o Mal era o
oposto do Bem e um Bem necessário, pois que Deus o criara.
São Belzebu explicou-lhe que, sem o Mal, não seria possível o Bem, e que,
por isso, fazendo o Mal, não fizera Deus senão engendrar o Bem.
— Todavia — objetou São Peliel — Deus todo poderoso não era obrigado a
criar o Mal para manifestar a sua divindade...
— Pela minha parte, meu irmão, duvido que um Deus criador do Mal possa
ser Deus!...
Com efeito, onde quer que a Bíblia não é a alimentação diária dos Irmãos, ela
se desvanece ou desaparece em favor do “livro da Constituição” na Bélgica e
na França – evolução que não é de forma alguma incompatível com a crença
no Grande Arquiteto conforme mostra a história do Rito Francês de 1787-
1878, onde se prestava juramento ao Grande Arquiteto sobre o “Livro da Lei”.
Em Israel é, obviamente, a Torah , sem o Novo Testamento, e em outros
lugares o Alcorão, o Avesta, Confúcio. O REAA especifica, além da Bíblia, os
Vedas, o Thipitaka, o Alcorão, o Zend Avesta, o Tao Teh King e os quatro
livros de Kung Fu Tsen. Na loja (Inglesa) de Singapura, os irmãos têm uma
dúzia de livros sagrados. E o Ir.´. Rudyard Kipling expressa perfeitamente
este ecumenismo: “Cada um de nós falava do Deus que conhecia melhor.”
Mas, onde começa e onde termina o sagrado? Por que não os Pensamentos
do Presidente Mao? Pode-se ainda se perguntar se a prática de religiões
como o confucionismo está em harmonia com o conceito de “Vontade
Revelada”, tal como concebido pelas religiões monoteístas da Europa ou no
Oriente Médio.
É difícil afirmar que a Bíblia figurava entre o “material” das lojas operativas
inglesas antes da Reforma, pelo menos segundo o que pudemos deduzir das
“Old Charges”. Por outro lado, sabemos que se prestava juramento ali, e que
nada há de original, já que o “negócio jurado” era a regra um pouco por toda
parte. O fato é que os primeiros documentos – o Regius (cerca de 1370) e o
Cooke (cerca de 1420) – são perfeitamente silenciosos. Assim nenhuma
suposição deve ser excluída: a Bíblia, quando se podia ter uma, o que, antes
do desenvolvimento da impressão talvez não fosse tão fácil, o “livro” do
estatutos e regulamentos corporativos, relíquias como é tão frequentemente
o caso na França? De qualquer forma, o juramento tinha um caráter religioso
que ele conservou – exceto na Maçonaria “secularizada”.
Se a Maçonaria tinha se mantido fiel a esta ortodoxia, ela não pode ter
pretensões de Universalismo. E é isso, aliás, é que é regularmente produzido
sempre que se quer vincular mais estritamente o ritual maçônico a uma
confissão religiosa. O Rito Sueco, de essência luterana, não saiu de seu país
de origem. O Rito Escocês Retificado, de tom nitidamente cristão, viu sua
expansão limitada.
Na França, nos anos 1745, de acordo com o Segredo dos Maçons do Abade
Perau, o candidato se ajoelhava, o joelho direito descoberto, a garganta
exposta, um compasso sobre o peito esquerdo e a mão direita sobre o
Evangelho, “na presença de Deus Todo-Poderoso e desta sociedade.”
Observe-se que o Rito Francês de 1785 prescrevia o juramento “sobre os
estatutos gerais da Ordem, sobre esta espada, símbolo da honra e diante do
Grande Arquiteto do Universo (que é Deus).”
FONTE; https://bibliot3ca.wordpress.com/a-biblia-dos-macons/
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