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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Integrais Definidas ­ parte 1

Integrais Definidas ­ parte 1
Site: AVA ­ Moodle UTFPR
Curso: CDI1 ­ Câmpus CP, FB, MD, PG e TD
Livro: Integrais Definidas ­ parte 1
Impresso por: RODRIGO PEREIRA ALVES
Data: quarta, 10 junho 2015, 18:00

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Sumário
6 Integrais definidas
6.1. Um Pouco De História Sobre O Conceito de Integral Definida
6.2 Relembrando as notações de somatória e de limite para a convergência
6.3 O Conceito De Integral Definida
6.4 O teorema fundamental do cálculo
6.5 Aplicações da integral definida
6.6 Outras aplicações

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6 Integrais definidas
Vamos continuar nosso estudo do Cálculo Diferencial e Integral, aprendendo sobre a Integral Definida.
Aqui, nossos objetivos são:

  

Compreender o conceito da Soma de Riemann;
Estudar o Teorema Fundamental do Cálculo;
Resolver integrais definidas;
Conhecer e resolver algumas aplicações das integrais Definidas;

  

Para isto, estudaremos:

Um pouco da história da Integral de Riemann (Integral Definida)
A definição de Integral Definida
Partição
Soma de Riemann
A Integral
Como calcular uma Integral Definida
Algumas Aplicações.

  

Para tanto, vamos admitir que você domine os seguintes conceitos:

I  Operações elementares (numéricas e algébricas) da matemática 

II  Função

III  Limites e suas notações 

IV  Regras de Derivação

V  Como calcular integrais indefinidas

  

Caso você tenha dificuldade em algum dos requisitos mencionados, volte ao tópico ou procure outras
informações na internet.

   

http://novaeradoconhecimento.blogspot.com.br/2009/05/novo­
telecurso­2000­matematica.html

Aqui  você  encontra  vídeoaulas  do  Telecurso  2000  com


conteúdos de Matemática para o Ensino Médio

  

  

  

  Para  auxiliar  na  compreensão  de  exemplos  da  Soma  de  Riemann  e  no  cálculo  de  áreas  de  uma

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região limitada por uma função contínua,  usaremos um recurso computacional, o software Geogebra.
É  um  software  livre  que  pode  ser  baixado  facilmente.  Para  isso,  acesse  a  página
http://www.geogebra.org/cms/download,  e  siga  as  instruções  para  o  sistema  operacional  do  seu
computador.

No  decorrer  do  texto,  serão  apresentados  exemplos  resolvidos,  para  ilustrar  a
teoria em questão.

É  importante  que  você  tente  refazê­los  sozinho,  para  verificar  se  realmente
entendeu  o  conceito  e  a  forma  de  trabalhar  com  ele.  Da  mesma  forma,  é  preciso
que você faça os exercícios sugeridos. Junto deles são apresentadas as respostas.
Sempre que sentir necessidade, reveja os exemplos resolvidos!  Se, mesmo assim,
você tiver dúvidas, ou não conseguir resolvê­los, procure ajuda!!!!

  

com o monitor...no moodle
pesquisando em outros livros...
com colegas de classe...
com seu professor de Cálculo!

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6.1. Um Pouco De História Sobre O Conceito de
Integral Definida
O conceito que estudaremos nesta seção é devido a Georg Friedrich Bernhard Riemann, que nasceu
em  17  de  setembro  de  1826,  em  Breselens,  Hanover,  atual  Alemanha.  Até  os  10  anos  teve  seu  pai
como  professor,  passando,  depois  disso,  a  ser  acompanhado  por  um  professor  da  escola  local,  de
nome Schulz.

  

Quando  foi  para  o  Ginásio  Johanneum,  em  Lüneburg,  em  1842,  demonstrou  interesse  em  estudar
matemática, e o diretor do ginásio permitiu que Riemann estudasse­a na sua biblioteca particular. Em
1846 Riemann matriculou­se na Universidade de Göttingen, inicialmente num curso de teologia, mas
depois transferiu para filosofia, para estudar matemática.

  

Alguns  autores  consideram  Riemann  como  o  homem  que  mais  influenciou  o  curso  da  matemática
moderna.  Ele  estudou  a  teoria  das  variáveis  complexas  e,  em  particular,  o  que  agora  é  chamado  de
superfícies de Riemann. Introduziu métodos topológicos na teoria das funções complexas e baseando­
se  na  teoria  de  variáveis  complexas  de  Cauchy,  examinou  propriedades  geométricas  de  funções
analíticas e a conectividade de superfícies.

  

Além disso, ele deu a definição que conhecemos hoje por integral de Riemann, e a qual foi substituída
apenas no século XX, pela integral de Lebesgue. É essa definição que estudaremos aqui!

  

Mas  você  deve  estar  se  perguntando:  pra  quê  estudar  integrais  definidas???    O  que  eu  tenho  a  ver
com  esse  tal  Riemann??    Graças  a  ele,  podemos  calcular  rapidamente  várias  coisas,  como,  por
exemplo, a área sob uma curva qualquer, o volume de um sólido cujos lados não são poligonais, entre
outras. Esses cálculos são necessários quando você for determinar a quantidade de peixes que pode
ser deixada em um lago, por exemplo! Mais adiante, em outras disciplinas como a Física, a Química,
Resistência dos Materiais, você vai encontrar outras possibilidades de uso da Integral Definida.

Entretanto, para você saber usar depois, vai precisar saber calcular agora...  Vamos lá????

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6.2 Relembrando as notações de somatória e de
limite para a convergência
As  notações  de  somatória  e  de  limite  nos  serão  muito  úteis  para  compreendermos  alguns  novos
conceitos associados à Integral Definida. Por isso, antes de iniciarmos nossos estudos sobre a Integral
Definida, vamos relembrar um pouco dessas notações.

  

  

O símbolo ∑(chamado de sigma) é usado para representar, de forma concisa, a soma de termos de
uma sequência. 

Por exemplo: Para indicar a soma   usamos a notação na forma concisa: 

Esta forma é estabelecida a partir da percepção do padrão ao qual segue cada um dos números que
estão sendo somados. Veja:

  

Observe  que  cada  um  dos  números  da  soma    é  da  forma  ,  com 
. Desta forma, podemos escrever:

 
Por  outro  lado,  em  alguns  exemplos,  pode  acontecer  de  termos  a  notação  de  uma  soma  na  forma
concisa (usando o símbolo de somatório) e queremos desenvolvê­la, como no exemplo seguinte:

   

  

  

Para o estudo da Integral Definida, ainda vamos precisar de alguns conceitos (que você já aprendeu!),
como os limites e suas notações. Vamos relembrar um pouco???

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Pra  começar,  vamos  analisar  o  comportamento  da  sequência  ,  no  qual  é  um
número natural.

 
Para  facilitar,  vamos  visualizar,  com  o  auxilio  do  software  Geogebra,  a  representação  gráfica  desta
sequência na Figura 6.1. No eixo das abscissas (eixo ­ eixo horizontal) estão localizados os valores de 
, e no eixo das ordenadas (eixo y – eixo vertical) os resultados obtidos para  .

 Figura 6.1: Representação Gráfica da sequência   .

 
  
Agora, observe a Figura 6.1 e responda: O que acontece com os valores dos termos da sequência à
medida que se aumentam a quantidade de pontos?

 
Nesta  representação,  estão  sendo  mostrados  apenas  13  pontos,  mas  você  pode  aumentar  sua
visualização, tente!

 
Note  que  quanto  mais  pontos  você  representa  no  gráfico,  mais  o  valor  da  ordenada  do  ponto  se
aproxima  de  2.  Quando  isso  acontece,  dizemos  que  a  sequência  converge  (colocar  um  link  para
definição de convergência ­ parte de limite) para 2, e escrevemos:

  

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6.3 O Conceito De Integral Definida
Antes de falarmos propriamente da Integral Definida, vamos estudar um conceito subjacente a esse: o conceito de
Soma de Riemann.

Soma de Riemann é o nome dado ao processo de calcular uma determinada medida por meio da soma de infinitas
parcelas.

 
Um  exemplo  é  o  seguinte:  podemos  calcular  a  área  de  uma  determinada  região  subdividindo­a  em  vários
retângulos, e somando­se a área desses retângulos. Quanto mais retângulos usarmos para a decomposição, melhor
será a aproximação dessa soma com o valor real da área da região. Veja o exemplo 1.

Exemplo 1: O dono de um terreno gostaria de saber qual é a medida da área do seu lote, sendo que esse terreno
tem como frente uma rua reta e como fundo as margens de um lago. Foram feitas medidas da distância entre a rua
e  a  margem  do  lago  em  intervalos  de  20  m,  iniciando  com  a  medida  de  10  m  de  um  dos  cantos  do  lote.  Essas
medidas foram anotadas em um gráfico (Veja Figura 6.2).  Utilize  esses  dados  para  obter  uma  aproximação  da
área do lote com uma soma de Riemann.

Figura 6.2: Medições do terreno do exemplo 1.

Solução:
  
Podemos considerar a rua como sendo o eixo das abscissas (eixo x) e a margem do lago, ao longo da propriedade,
como sendo o gráfico de uma função f(x) definida no intervalo de 0 a 100. Note que as cinco distâncias verticais
correspondem respectivamente a  , em que  . A existência
desses  cinco  pontos    considerados  ao  longo  do  intervalo  ,  nos  permite  dividir  o
intervalo    em  cinco  subintervalos  de  mesmo  amplitude  ,  com  .  Neste  caso,  cada
subintervalo contém um dos  . Assim, a área do lote pode ser aproximada pela soma de Rieman.
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Para obter uma melhor aproximação da área, um número maior de medidas entre a distância da rua e a linha da
água deverá ser feita, diminuindo o intervalo de 20 m.

Como foi dito, quanto mais retângulos, melhor a aproximação da área. Fazer esse cálculo “na mão” é trabalhoso
demais. O software Geogebra pode nos ajudar nessa tarefa.

 
Por isso, agora vamos descrever um processo computacional para fazer a soma de Riemann usada no exemplo 1.
Faremos isso supondo que queiramos calcular a área de um lago. Veja o exemplo 2.

  

Exemplo 2: A Figura 6.3 é uma imagem de parte do Lago da Usina Mourão, em Campo Mourão –PR. Suponha
que  queiramos  calcular  a  área  do  lago,  que  está  demarcada  pelo  retângulo  em  vermelho.  Como  podemos  fazer
isso?

  

Figura 6.3: Parte do Lago Azul, do Parque Estadual Lago Azul em Campo Mourão­PR.

Solução:
Observe que as Margens do lago são irregulares, não há uma única forma da geometria plana que podemos usar
diretamente  para  determinar  essa  área.  É  claro  que  podemos  subdividir  a  superfície  do  lago  em  várias  figuras
como triângulos, retângulos, etc e calcular a área parcial do lago somando as áreas das figuras. Entretanto, este
procedimento pode ser trabalhoso demais.

 
Nesse caso, a soma de Riemann pode facilitar nosso trabalho, antes, porém, precisamos determinar as funções que
delimitam as margens do lago. Aqui, novamente vamos utilizar o software Geogebra. De modo geral, devemos
seguir o seguinte procedimento:

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1º determinar funções para representar cada uma das margens;
2º usar a soma de Riemann para determinar a área sob o gráfico da função
3º calcular a área entre as funções que delimitam as margens do lago, no trecho especificado.

Acompanhe a resolução! Primeiramente, faremos para a função delimitante da margem superior do lago:
1º  Para  determinar  a  função  da  margem  superior  do  lago,  vamos  tomar  pontos  que  delimitam  essa  margem  e
inseri­los no Geogebra. O passo a passo é o seguinte:

a) Salve a imagem como .jpeg em seu computador;

b) Abra um arquivo novo no geogebra.

c) Insira a imagem no Geogebra – veja como:

c.1) siga o caminho: Editar>Inserir Imagem de > Arquivo>(Vide Figura 6.4)

Figura 6.4: Caminho para Inserir Imagem do Arquivo para o Geogebra.

c.2) escolha o arquivo da figura.

c.3) Deixe a figura como imagem de fundo. Clique sobre a figura com o botão direito do mouse e siga o
caminho:  propriedades>básico.  Assinale  a  opção  “imagem  de  fundo”.  (Vide  Figura  6.5)  Clique  em
fechar.

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Figura 6.5: Inserir Figura como Imagem de Fundo no Geogebra.

d) Marque pontos para delimitar a margem superior: Clique no ícone que aparece um ponto e a letra A, na
barra  de  ferramentas  do  Geogebra.  Depois,  clique  sobre  a  imagem  nos  lugares  que  você  deseja  que  sejam
marcados os pontos. Você deve encontrar algo como o indicado na Figura 6.6:

Figura 6.6: Pontos marcados sobre a imagem da margem superior do lago no Geogebra.

Na janela de álgebra (indicada pela flecha em vermelho na Figura 6.6), aparecem as coordenadas dos pontos que
você marcou sobre a imagem.

e)  Determine  a  função  que  melhor  representar  a  margem  do  lago.  Isso  será  feito  com  base  na  observação
visual do traçado da curva com a margem do lago. Para facilitar esse trabalho, use os seguintes comandos do
Geogebra:

e.1)  insira  o  controle  deslizante:  basta  digitar  no  campo  de  entrada  “b=1”,  sem  as  aspas.  Clique  enter.
Certifique­se que o círculo que aparece na janela de álgebra antes da expressão b=1 esteja preenchido
(na  dúvida,  clique  sobre  ele  para  perceber  a  diferença).  Clique  com  o  botão  direito  sobre  a  expressão

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“b=1” na janela de álgebra e escolha propriedades (vide Figura 6.7):

Figura 6.7: Formatando o controle deslizante – parte 1.

e.2) Programe o controle deslizante. Estabeleça min=0, Max=50, incremento=1. (Vide Figura 6.8)

Figura 6.8: Formatando Controle deslizante – parte 2.

e.3) Clique em Fechar (o X que aparece no canto superior direito da Figura 6.8).

e.4)  Use  o  comando:  Regressãopolinomial[<Lista  de  pontos>,  <grau>]:  no  lugar  de  <Lista  de  pontos>
escreva o nome dos pontos que aparece na janela de álgebra, separando­os com vírgula: A, B, C,... , L,
M (vide Figura 6.9). Depois, no lugar de <grau> escreva “b”, sem as aspas.

   

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Figura 6.9: Determinando a função polinomial para a margem do Lago no Geogebra.

e.5)  Clique  enter  e  vá  alterando  valor  do  controle  deslizante  (aquela  semirreta  que  aparece  no  canto
superior esquerdo da janela de visualização) até encontrar uma função cujo traçado se ajusta à margem
do lago. Na janela deálgebra vai aparecer a expressão da função (vide Figura 6.10)

  

Figura 6.10: A expressão da função polinomial.

É essa função que será usada nos passos seguintes.

2º O segundo passo do procedimento dado é usar a soma de Riemann para calcular a área sob o gráfico da função.
Para isso, devemos seguir os seguintes passos:

a)  Inserir  um  novo  controle  deslizante  (como  feito  no  1º  passo),  agora  para  a  quantidade  de  retângulos.
Digite, na linha de comandos do Geogebra, c=1. Clique enter.

b)  Clique  com  o  botão  direito  sobre  a  expressão  c=1,  escolha  propriedades>  controle  deslizante:  min=0,
Max=5000, incremento=1. Feche a janela.

c)  Use  o  comando  somadeRiemann  (há  dois  comandos  no  geogebra:  somadeRiemannSuperior  e
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somadeRiemannInferior. A diferença entre eles está apenas na posição dos retângulos em relação ao gráfico
da função. (O comando somasuperior usa o cálculo por meio de retângulos que extrapolam (ficam acima da)
a linha do gráfico, enquanto o comando somaInferior usa retângulos que ficam internos à região que se quer
calcular a área).

c.1)  SomaDeRiemannInferior[  <Função>,  <Valor  de  x  Inicial>,  <Valor  de  x  Final>,  <Número  de
Retângulos> ]

c.2)  SomaDeRiemannSuperior[  <Função>,  <Valor  de  x  Inicial>,  <Valor  de  x  Final>,  <Número  de
Retângulos> ]

d)  digite  o  comando  soma  de  Riemann.  Substitua  a  expressão  <Função>  pelo  nome  da  expressão  dada  na
janela de álgebra: no nosso caso “f”. Substitua o valor de x inicial e final pelas abscissas do primeiro e último
pontos  marcados  na  margem.  Substitua  o  <Número  de  Retângulos>  pela  letra  que  designa  o  controle
deslizante: “c” (veja Figura 6.11).

Figura 6.11: Comando Soma de Riemann no Geogebra.

e)  aumente  a  quantidade  de  retângulos.  Basta  aumentar  o  valor  de  c.  Quanto  maior  a  quantidade  de
retângulos, melhor a aproximação da área. Observe a Figura 6.12.

  

Figura 6.12: Aproximação da área do lago de acordo com o número de retângulos.

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Quando aumentamos muito a quantidade de retângulos, obtemos algo como na Figura 6.13:

  

Figura 6.13: Área sob o gráfico para retângulos.

Na janela de álgebra aparece o valor da área sob o gráfico da função (flecha vermelha da Figura 6.13). Note que o
comando determina a área da região compreendida entre o eixo x e o gráfico da função, no intervalo entre o valor
de x do primeiro ponto marcado e o valor de x do último ponto marcado.

 
A área pintada na imagem mede 37,35  .

 
Para determinarmos a área do lago nesse intervalo, devemos ainda calcular a área da região compreendida entre o
eixo x e a margem inferior do lago.

 
Sugestão: siga os mesmos passos descritos aqui, nos procedimentos 1 e 2. Você deve encontrar algo indicado na
Figura 6.14:

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Figura 6.14: Área sob o gráfico da função que descreve a margem inferior do Lago.

3º  ­ O terceiro passo para calcular a área da parte do lago que está delimitada. Para tanto, precisamos subtrair a
área obtida para a parte inferior da área obtida para a parte superior. Isto é: Devemos fazer  , em que  . e
 A A área da região calculada  é a que está marcada em rosa na Figura 6.15.

Figura 6.15: Área aproximada do lago.

 Já que vimos como usar a soma de Riemann, vamos ver como definimos, formalmente, a soma de Riemann. Para
isso, vamos inserir algumas nomenclaturas novas: intervalo  , partição. Preste atenção!

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

No  procedimento  que  descrevemos  no  exemplo  2,  o  intervalo  entre  o  valor  de  x  inicial  e  o  valor  de  x  final  da
região, é chamado, genericamente, de intervalo  . Uma partição de   é uma divisão do intervalo   em
subintervalos.  A  base  de  cada  um  dos  retângulos  usados  no  exemplo  2  (ou  no  exemplo  1)  determina  um
subintervalo dessa partição, e pode ser obtido fazendo a diferença entre os valores de x que determinam o início e
o fim da medida da base do retângulo. Algumas vezes esse subintervalo é denominado por  .

 
Vamos à generalização????? 

Vamos entender melhor os termos usados na Definição 1, com o exemplo 3:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1
 

Exemplo 3: Considere a função  , no intervalo  .

Vamos dividir esse intervalo   em 4 partes iguais. Assim, dividindo o intervalo   em 4 partes iguais,


obtemos  . Desta forma, a partição é dada por 
, e o comprimento de cada subintervalo   é  .

 
Os subintervalos   são os intervalos   que formam as
bases de cada subretângulo. Observe estes elementos na Figura 6.16.

Figura 6.16: Soma de Riemann para função do exemplo 3, para quatro subintervalos.

Os elementos   da definição são pontos quaisquer sobre cada um dos subintervalos   considerados. Em


particular, vamos considerar aqui os seguintes valores para :  .

A soma de Riemann, dada por 

para este exemplo 3, será

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

(observe que os valores de   são   e que  ). Assim, 

 
Portanto, considerando a divisão do intervalo   em quatro partes iguais, a soma de Riemann é 13,75.

Agora, note que se considerarmos a partição:

Cada  um  dos  dez  subintervalos    tem


comprimento

Observe a Figura 6.17:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Figura 6.17: Soma de Riemann para 10 subintervalos.

  

Ao considerarmos   como sendo cada um dos dez primeiros números de  , e usando o mesmo procedimento do


início deste exemplo, teremos que a soma de Riemann, será

Podemos calcular a soma de Riemann para qualquer partição (qualquer quantidade de subintervalos).

 
A Tabela 1 apresenta alguns valores para soma de Riemann:

Tabela 1: Valores para Soma de Riemann para a função   em 

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Observe a maneira pela qual as somas de Riemann foram calculadas no exemplo 1 ou exemplo 3 e
estabeleça um procedimento algébrico (uma forma) para o seu cálculo.
Qual interpretação podemos fazer a respeito dos dados que estão apresentados na tabela 1?
Como escrever algebricamente (usando a linguagem matemática) esta interpretação?
Envie sua sugestão para o Fórum!!!!

Solução: 

 
Inicialmente, observe que a soma de Riemann é o valor da soma das áreas dos retângulos tomados sob a curva.
Sabemos,  da  geometria  plana,  que  a  área  de  um  retângulo  é  dada  pela  fórmula:  .  Neste
caso, a medida da base é o valor atribuído ao   e a altura do retângulo é o valor de  .

 
Então, a área de um retângulo pode ser escrita como 

 
Como   varia em cada subintervalo,   assume valores diferentes.

 Assim, para escrevermos a soma das áreas de todos os retângulos, genericamente, escrevemos:

 
que pode ser escrita na seguinte forma concisa:

 
A observação dos dados apresentados na Tabela 1 nos indica que como estamos aumentando indefinidamente a
quantidade  de  subintervalos  ,  podemos  dizer  que  .  Entretanto,  à  medida  que  esse  valor  aumenta,  o
valor da soma aproxima­se de 16.66, o que significa que esta soma de Riemann é uma série convergente.

 
Contudo, já que a quantidade de áreas de retângulos somadas está aumentando constantemente, admitimos que 
, o que nos permite escrever que a soma de Riemann é: 

 
Para esse exemplo em particular, podemos interpretar esse resultado como a área sob a curva 
 no intervalo  .

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

http://calculemais.com.br/matematica/limite.html

 
Que tal você testar suas habilidades de Cálculo de área?? Temos um desafio!

Desafio 1: Calcular a área de uma folha (folhagem).
1. Após escolher uma folha/folhagem, calcule a área da folha usando as formas geométricas que você já conhece.
Use uma folha de papel milimetrado para isso.
2. Use os procedimentos descritos no exemplo 2 para calcular a área da folha usando o Geogebra.
3. Compare e comente os resultados obtidos por você nos passos 1 e 2.

 
Estamos  enfatizando  a  soma  de  Riemann  porque  é  a  partir  dela  que  definimos  a  Integral  Definida,  usada  para
calcular áreas, volumes, comprimentos de arco, momentos de massa, de inércia, trabalho, entre outras coisas.

 
Caso  você  não  tenha  compreendido  o  raciocínio  usado  na  soma  de  Riemann,  reveja  os  exemplos  e  procure
outros....

Já que sabemos calcular uma soma de Riemann, vamos conhecer um outro conceito, estabelecido na Definição 2.

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Na Definição 2, as letras e que aparecem na notação   são chamadas de limites de integração inferior
e superior, respectivamente;   indica a função que está sendo integrada em relação à variável independente 
 (identificada pelo   da notação).

O Teorema 1 estabelece a condição para que uma função seja integrável num intervalo:

Note que o Teorema 1 afirma que se a função for contínua, então ela será integrável, mas não diz que uma função
não contínua não será integrável!!!!

 
Para as funções integráveis, não negativas em um intervalo  , a Definição 3 atribui um significado à Integral
Definida. Veja:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1
 

Esta Definição 3 estabelece que se   para todo   em  , a integral definida   poderá ser


interpretada  geometricamente  como  a  medida  da  área  da  região  .  Usaremos  esta  definição  nesse  contexto  na
seção 6.4.

Para as integrais definidas valem as seguintes propriedades:

Note que algumas dessas propriedades você já estudou para as integrais indefinidas.

 
As  propriedades  das  integrais  definidas  podem  ser  verificadas  geometricamente,  usando  a  idéia  da  soma  de
Riemann. Faremos isso apenas para a propriedade 1 e 5.

Para a propriedade 1:

Considere a função constante  , no intervalo  . Observe que essa região (veja Figura 6.18) é um


retângulo e sua área é dada pela multiplicação da medida da base,  , pela medida da altura, que é
3, ou seja,  .

 
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Figura 6.18: Área da região limitada pela função constante   no intervalo  , para  .

Por  outro  lado,  pela  definição  3,  a  medida  da  área  dessa  região  retangular  é  dada  por  ,  e  pela
propriedade 1, 

Para exemplificar a propriedade 5, considere as funções   e   no intervalo  .


Observe que   neste intervalo. Veja a Figura 6.19.

Figura 6.19: gráfico da função   em azul, e   em vermelho.


 

Observe geometricamente que a área sob a função  , vide Figura 6.20, é maior que a área sob a função 
, (vide Figura 6.21) no intervalo  .

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Figura 6.20: área da região limitada pela função   no intervalo  , no primeiro quadrante.

Figura 6.21: área da região limitada pela função   no intervalo  , no primeiro quadrante.

Após estudar o Teorema Fundamental do Cálculo, vamos aprender a calcular as integrais definidas. Por enquanto,
acredite que   e  , confirmando que 

 
Você pode conferir usando o que aprendeu sobre soma de Riemann!!

Ainda para as Integrais Definidas vale o Teorema 2:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1
 

Note que o Teorema 2 é uma generalização da propriedade 3 das Integrais Definidas. Agora, como já mencionado
anteriormente,  vamos  estudar  o  Teorema  Fundamental  do  Cálculo,  que  estabelece  um  modo  fácil  de  calcular  a
integral definida, para as funções que são integráveis segundo Riemann.

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6.4 O teorema fundamental do cálculo

A demonstração desse teorema pode ser encontrada nos livros de Cálculo que constam na bibliografia
no  plano  de  ensino  da  disciplina.  Aqui,  mostraremos  apenas  como  usá­lo  para  calcular  uma  integral
definida de um modo mais rápido que a soma de Riemann.

No Teorema 3, a antiderivada é calculada como você aprendeu na seção de integral indefinida! 

 
Quando  usamos  o  Teorema  3,  estamos,  na  verdade,  calculando  a  soma  de  Riemann  considerando
infinitos retângulos.

Vamos apresentar exemplos que utilizam o Teorema Fundamental do Cálculo:

Exemplo 1: Calcular 

 
Solução:

Uma  antiderivada  de    é  ,  em  que  c  é  uma  constante  qualquer.  Então 

Portanto,

Observe  nessa  resolução  que  a  constante  foi  “eliminada”,  uma  vez  que  ela  é  usada  na  soma  e
subtração.  Isto  nos  indica  que,  para  calcular  uma  integral  definida,  não  se  faz  necessário  usar  a
constante de integração. Por isso é que, geralmente, nas resoluções elas não “aparecem”.

A representação gráfica para o resultado da integral definida do exemplo 1 está apresentada na Figura
22:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Figura 6.22: Região referente à integral da função  , em 

  

Note que a área hachurada na Figura 6.22 representa um trapézio de altura 2, base maior 3 e base
menor 1. Usando as fórmulas de geometria plana, calculamos a área dessa figura, que é 4 , o mesmo
valor obtido na integral definida.

 
Obviamente,  não  precisamos  da  integral  definida  para  calcular  áreas  desse  tipo,  já  que  a  geometria
plana nos fornece as informações necessárias. O problema é calcular a área de figuras planas cujos
“lados” não são retos ou circulares, que são aqueles considerados no que aprendemos em geometria
até o momento. Voltaremos a essa questão mais tarde!

  

Exemplo 2: Calcular 

 
Solução:

Pela segunda propriedade das integrais definidas, 
                   (2)

A propriedade 3, nos indica que 

 
Assim, (2) pode ser reescrita como:

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Logo, 

Exemplo 3: Calcular 

 
Solução:

Usando a segunda e terceira propriedades das integrais definidas, podemos escrever:

 
Assim,

Isto é,

 
Este número    representa  a  área  sob  a  curva  (isto  é,  a  área  entre  o  eixo    e  o  traço  do  gráfico  da
função)  , no intervalo  .

A representação gráfica da área é do exemplo 3 está na Figura 6.23:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Figura 6.23: Área referente ao exemplo 3.

  

 IntegralSomaRiemann.flv

Exemplo 4: Calcular 

 
Solução:

  

Exemplo 5: Calcular 

 
Solução:
Em funções modulares, o valor absoluto de x (ou módulo de x), denotado por  , é dado por: 

  

Portanto temos que dividir o intervalo [­2,3] em dois subintervalos: [­2,0] e [0,3]. A integral fica: 

 
A resolução da integral é:

A  integração  de  funções  modulares  exige  o  nosso  cuidado  no  sentido  de  perceber  se  a  função  é
inteiramente positiva ou negativa dentro do intervalo de integração. 

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Nesse  exemplo  5,  se  tivéssemos  que  calcular,  por  exemplo,  ,  não  teríamos  que  dividir  a
integral  em  outras  duas,  porque  a  função    é  positiva  no  intervalo    (note  que  esse
intervalo  está  contemplado  na  primeira  sentença  da  definição  de  função  modular).  Para  este  caso,
teríamos:

 
Para esclarecer melhor os cuidados com a função modular, observe o exemplo 6.

  

Exemplo 6: Calcular 

 
Solução:

Quando temos uma função modular para ser integrada, precisamos analisar primeiro os intervalos em
que esta função é positiva e onde ela é negativa. Fazemos isso com o apoio da definição de função
modular.

 
Neste exemplo, a função modular em questão é:

 
Esta forma pode ser escrita como:

Esta  forma  de  apresentação  da  função  modular  nos  diz  que  ela  é  positiva  para    e  negativa
para  , o que nos faz ter que dividir o intervalo   em dois subintervalos:   e  .
Para cada um destes intervalos, usamos a respectiva função para calcular a integral. Veja: 

 
A resolução da integral é:

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Logo, 

  

Exemplo 7: Calcular 

 
Solução:

Ou seja, 

Se ainda não, a diferença está nos limites de integração. Enquanto a integral definida, que possui
os  limites  de  integração,  resulta  em  um  número,  a  integral  indefinida  resulta  numa  família  de
funções.

 
Pelo Teorema Fundamental do Cálculo podemos perceber que a integral definida consiste em dar um
passo a mais na resolução de uma integral indefinida!! 

Diante  disto,  podemos  dizer  que  para  calcular  o  valor  de  uma  integral  definida,  devemos  seguir  o
seguinte procedimento:

 
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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1
1º  :  Calcular  a  integral  indefinida  da  função  (nem  sempre  elas  são  imediatas,  às  vezes  precisamos
aplicar os métodos de integração).

 
2º  :Substituir  a  variável  pelos  respectivos  limites  de  integração,  primeiro  pelo  limite  superior,  depois
pelo limite inferior, realizando as operações envolvidas.

 
3º : Em seguida, fazer a diferença dos resultados obtidos no segundo passo.

 
Vamos ver como esse procedimento funciona?

Vamos aplicá­lo para calcular o exemplo 8.

  

Exemplo 8: Calcular  .

 
Solução:

1º: O primeiro passo é calcular a integral indefinida. Esta integral não é imediata, mas pode ser
resolvida aplicando o método da substituição de variável.

 
Chamemos 
          (3)

 
Para  mudarmos  a  integral  da  variável   para a variável  ,  precisamos  mudar  também  os  limites  de
integração, o que é feito da seguinte forma:

  

Então, os novos limites de integração serão 4 e 9, respectivamente, inferior e superior. 

Derivando (3) em relação a teremos:

            (4)

Substituindo os valores para efetivar a mudança de variável, teremos:
             (5)

A integral à direita em (5) é imediata. Aplicando as regras de integração, teremos:

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Até  aqui,  fizemos  o  primeiro  passo  (calculamos  a  integral  indefinida).  Agora,  façamos  o  segundo  e
terceiro passos:

  

Portanto,

Esperamos  que  você  já  tenha  entendido  como  calcular  as  integrais  definidas.  Embora  os  exemplos
resolvidos tenham sido simples, existe uma variedade de integrais definidas que podemos calcular.

 
Aqui,  os  métodos  de  integração  que  você  aprendeu  na  seção  de  integrais  indefinidas  poderão  ser
usados! Para aumentar a diversidade de situações possíveis, vejamos mais alguns exemplos:

  

Exemplo 9: Calcule 

 
Solução:

Essa  integral  também  deve  ser  resolvida  usando  o  método  da  substituição.  Para  usar  a  tabela  de
integrais imediatas, devemos fazer a seguinte substituição:

  
Os novos limites de integração para a variável   serão:
  

 
Assim, 

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Fazendo a divisão da fração, e substituindo os limites de integração, temos:

  

Exemplo 10: Calcular 

 
Solução:
Seja  . Então 

 
Os limites de integração para a variável   são: 

Exemplo 11: Calcular 

 
Solução:

Seja  .  Os  limites  de  integração  para  a  variável    são  1  e  5,


respectivamente.

 
Se 

 
Assim,

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Fatorando as raízes encontramos:

 
Logo, 

  
Somando os termos semelhantes obtemos:

  

Exemplo 12: Calcular 

 
Solução:

Como  , então

 
Seja

 
Os limites de integração para a variável são: 
  e  

 
Resolvendo a integral:

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Exemplo  13:  Calcular  .  Lembre­se  que  aqui  estamos  falando  da  função  secante
hiperbólica.

 
Solução:

Da mesma forma como resolvemos os exemplos anteriores, fazemos com a secante hiperbólica. Você
estudou que 

 
Assim, 

Como  , devemos ter:

  e   

Desta forma, 

  VideoIntegralPorPartes.flv

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R: 

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6.5 Aplicações da integral definida
Nesta seção estudaremos algumas das inúmeras aplicações das Integrais Definidas.

    

Já  observamos  que  se  quisermos  calcular  a  área  de  uma  região  que  se  enquadre  nas  fórmulas  que  foram
aprendidas  quando  estudamos  geometria  plana  no  ensino  médio  (triângulos,  retângulos,  trapézios...),  não  temos
porque pensar em integral definida. Mas, considere ter que calcular a área mostrada na Figura 6.24 

caso I: caso em que a região fica inteiramente acima do  :

Figura 6.24: Região inteiramente acima do eixo x.

Até podemos tentar uma aproximação e calcular a área como um triângulo, mas nesse caso, teríamos uma área
menor que a real ou uma área superestimada (se isto fosse uma área que precisasse ser concretada, e se você fosse
comprar o concreto de alguma empresa, você teria problemas, provavelmente, ou com sobra de concreto (o que
deixaria seu cliente “uma onça”), ou com a falta dele). A integral definida como já vimos e está na definição 3 da
página 23,   nos fornece o valor exato dessa área.

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1
 

calculo_de_area_usando_integral_definida­caso1.flv

Exemplo 1: Calcular a área compreendida entre o eixo   e a curva   entre 


 e  , como indicado na Figura 25.

Figura 6.25: Área sob o gráfico da função   em   .

Solução:

Portanto, a área desejada mede 

  

Caso II:  Caso em que a região fica inteiramente abaixo do   :

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area_de_uma_regiao_plana_por_integral_definida­caso2.flv

Exemplo 2: Calcular a área da região representada no gráfico representado na Figura 26:

Figura 26: Área de uma região inteiramente abaixo do eixo x.

Solução:

Neste caso, a área pode ser escrita como 

Usando as regras de integração:

Usando  o  Teorema  Fundamental  do  Cálculo,  obtemos: 

Observe  que  obtivemos  um  valor  negativo  para  a  integral,  mas  sabemos  que  não  existe  área  negativa,  como
podemos considerar o resultado obtido para a integral definida como uma área?? Por que a integral definida deu
um valor negativo???

A resposta é simples, porque a região está totalmente abaixo do   .  Em  outras  palavras,  o  resultado  da


integral definida foi negativo porque a função é negativa no intervalo considerado. Então, para calcularmos a
área,  devemos  considerar  o  valor  absoluto  deste  valor,  ou  seja,  a  área  da  região 

  
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Caso III: caso em que a função é parcialmente positiva e parcialmente negativa:

area_de_uma_figura_plana.flv

Exemplo 3: Calcular a área da região hachurada no gráfico da Figura 27.

68
 

Figura 6.27: Área de uma região parcialmente acima e  parcialmente abaixo do eixo x

Solução:

Aqui,  precisamos  calcular  a  área  em  duas  partes:  primeiro,  calculamos  a  área  da  região  que  está  acima  do 
 , dada por    , depois, calculamos a área que está abaixo do eixo x, dada por 
  e a consideramos em módulo. Em seguida, somamos os dois valores obtidos para a área. Esta soma nos fornece
a área total da região.

Isto é, 

Calculando as integrais separadamente, temos:

141

  

Desta forma,

  

Em  síntese:  Para  calcular  a  área  de  uma  região  por  meio  da  integral  definida,  devemos  usar  o  seguinte
procedimento:

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AreaDeUmaRegiaoLimitada.flv

CalculoDeAreas.flv

Propomos um outro desafio: Calcular a   e comparar com o resultado da área calculada no
exemplo 18 do caso III.

Solução: 

A  diferença  é  devido  ao  fato  de  que  a  função    é  parte  positiva  e  parte  negativa  no  intervalo  .
Quando não levamos isso em conta, como é o caso deste exemplo, o resultado é a diferença dos valores entre a
área da parte positiva da função e da parte negativa da função.

 Vamos começar investigando o exemplo 4:

  

area_entre_curvas.flv

Exemplo 4: Achar a área da região limitada pelos Gráficos das equações   e   .

Solução:

Antes da apresentação da solução, pense você e descubra como essa área pode ser calculada... o Gráfico com as
duas  funções  e  a  área  a  ser  calculada  está  apresentada  na  Figura  6.28.  Lembra  que  no  início  do  capítulo,
quando  estudamos  a  soma  de  Riemann,  calculamos  a  área  de  uma  parte  represada  de  um  rio?  Aqui  é
semelhante!!!

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Figura 6.28: Área da região limitada pelas funções   e      .

 Inicialmente, devemos encontrar os pontos de interseção entre as duas curvas. Para isso, precisamos resolver a
equação:      

                                                                        

Vamos lá....

Elevando ambos os membros desta equação ao quadrado, temos:

Colocando    em evidência:

Daí, segue que      ou  

 
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Se    então 

Se    então 

Logo, as duas curvas se interceptam nos pontos em que    e   . Estes dois números serão os limites de


integração, porque as respectivas retas delimitam a região hachurada.

Chamemos de     e  

Como ambas funções são positivas ou zero no intervalo   , a integral    fornece a área entre a


curva    e o    enquanto que a integral    fornece a área entre a curva    e o 
 Assim, para determinar a área entre as curvas basta fazer:

         

                               (6)

Vamos calcular cada uma das integrais em (5) separadamente:

Substituindo os respectivos valores em (6):

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Inicialmente,  os  limites  de  integração  são  os  pontos  comuns  às  duas  curvas.  Para  determiná­los,  resolvemos  a
equação:  , que é equivalente à equação  , cuja solução são os números reais 0 e 3.
Desta forma, temos:

 
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Exemplo 6: Determine a área da região delimitada pelas curvas   e  .

Solução:

Inicialmente,  vamos  encontrar  quais  os  valores  de    delimitam  a  área.  Estes  números  servirão  de  limites  de
integração. Para encontrar tais valores, precisamos resolver o seguinte sistema de equações:

Como   , podemos reescrever a equação    assim:

a qual podemos escrever como

Esta equação de 2º grau é resolvida aplicando­se a fórmula de Bháskara. Para a equação   ,

                                                                                       

 temos:

    e  

Assim,

Para calcular a área usando a integração em relação à variável   , precisamos descobrir quais são os valores
de  comuns às duas curvas em questão (   e  ).

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Uma das equações do sistema era   . Podemos usá­la para determinar correspondentes valores de   ,
como indicado a seguir:

   

Observe, ainda, que a curva    determina duas funções no plano, que são obtidas ao isolar o valor de   ,
que são:    e   . Veja o gráfico na Figura 6.29.

Figura 6.29: Região limitada pelas curvas    e   .

   

Pelo gráfico da Figura 6.29 podemos perceber que a área da região hachurada não pode ser calculada apenas
para  o  intervalo    ;  é  preciso  também  calcular  a  área  entre  curvas  no  intervalo    .  Dessa  forma,
podemos escrever:

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O volume de um sólido obtido pela rotação em torno de um eixo é geralmente determinado usando­se um método

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chamado de método dos invólucros cilíndricos ou método das cascas. É este método que vamos aprender aqui.

Para começar, você lembra o que significa a palavra rotação? Segundo o dicionário Aurélio, rotação significa ato
ou efeito de realizar movimento circular, em torno de um eixo fixo; revolução, giro.

 
Para compreender melhor, faça o seguinte experimento: Pegue um papel e recorte­o na forma retangular (Figura
6.30 (a)). Cole um dos lados desse retângulo a uma vareta (Figura 6.30(b)). Gire o retângulo em torno da vareta,
por meio de movimentos circulares. Se você girar muito rápido, que sólido você conseguirá enxergar?

                      
         
a)
b)

Figura 6.30: rotação de um retângulo em torno de um dos seus lados.

Resposta:
Se você não fez, ou pelo menos imaginou a situação acima, faça antes de procurar a resposta...

 
A rotação do retângulo em torno de um eixo fixo, no nosso caso, em torno da vareta, gera um sólido chamado de
cilindro reto. Por isso, no ensino médio, o cilindro foi lhes apresentado como um sólido de revolução, porque ele
pode ser gerado mediante a rotação de um retângulo sobre um dos seus eixos. Veja a Figura 6.31.

                                   
         
a)
b) c)

Figura 6.31: Cilindro de revolução.

Em cálculo, podemos calcular a rotação em torno do eixo  , ou do eixo  , ou outro eixo (uma reta, por exemplo).


Neste caso, veja como podemos calcular o volume:

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Observação: Lembre que algumas vezes as funções   são denominadas de  , ou seja,  .

Exemplo 1: Encontre o volume do sólido obtido pela rotação, ao redor do eixo  , da região sob a curva  ,
de   até  .

 
Solução 1:

A região de que fala o enunciado é mostrado no gráfico da Figura 6.32.

Figura 32: região sob a curva   , de   até  .

Imagine  essa  região  (o  triângulo  em  destaque  no  gráfico  acima)  sendo  girada  em  torno  do  eixo  .  O  sólido
gerado  será  um  cone  de  altura  2  u.c  (unidade  de  comprimento)  e  área  da  base 
 (unidade de área).

 
Sabemos  da  geometria  espacial,  estudada  no  ensino  médio,  que  o  volume  de  um  cone  é  dado  por 
, o que nos dá:
 (unidade de volume)

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Simples, nem sempre o sólido terá um aspecto que se encaixa nas formas que aprendemos no ensino médio (veja
o exemplo 2), e, para estes casos, precisamos de outros métodos. Aqui apresentamos um deles...

Vamos resolver este mesmo exemplo 1 usando a definição de volume dada. Acompanhe!

  
Solução 2:

Comparando as informações dadas no enunciado do problema às informações necessárias para obter o volume
do sólido, chegamos aos seguintes valores:

 
Assim,

Veja, agora, um exemplo em que não é possível encontrar na geometria espacial estudada no ensino médio uma
forma que se aproxima da apresentada.

Exemplo  2:  Determine  o  volume  do  sólido  gerado  pela  rotação,  em  torno  do  eixo  ,  da  região  limitada  pela
função  , no intervalo  , e o eixo  .

 
Solução:

A região em questão está mostrada no gráfico da Figura 6.33:

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Figura 6.33: região limitada pela função   , no intervalo  , e o eixo  .

Vamos calcular o volume usando a fórmula

Assim, o volume do sólido gerado é de aproximadamente  .

VolumeDeUmSolidoEx1.flv

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Nem  sempre  a  rotação  da  curva  é  feita  apenas  em  relação  ao  eixo  .  A  definição  4  nos  diz  como  calcular  o
volume de um sólido quando a rotação é feita em torno do eixo  . Vejamos:

O exemplo 3 nos mostra como aplicar essa definição.

Exemplo  3:  Calcule  o  volume  do  sólido  gerado  pela  rotação,  em  torno  do  eixo  y,  da  região  limitada  por 
 e o eixo x, como indicado na Figura 6.34.

  

Figura 6.34: região limitada por   e o eixo x.

Solução:

Usando a fórmula dada para o volume,  , e substituindo os valores obtemos:

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Note  que  quando  a  revolução  se  dá  em  torno  do  eixo  x,  a  fórmula  do  volume  usa  a  expressão    que,
comparada às fórmulas da geometria espacial, estudadas na educação básica, é a expressão para a área de um
círculo de raio  . Já quando a revolução se dá em torno do eixo y, a fórmula do volume usa a expressão 
 que é a expressão para a área de um retângulo de base   e altura  .

 
Isto nos permite sintetizar essa aplicação da seguinte forma:

   VolumeDeUmSolidoEx2.flv

De modo análogo ao que foi feito na seção 6.5.2, podemos também calcular o volume de um sólido limitado por
curvas. Veja o exemplo 4.

Exemplo 4: Calcular o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x, da região limitada pelas funções 
, as retas   e   e o eixo x.

 
Solução:

A Região geradora do sólido é mostrada na Figura 6.35:

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Figura 6.35: região limitada pelas funções   , as retas   e   e o


eixo x.

Observe que a região pode ser subdividida em outras duas sub­regiões I e II. O volume do sólido resultante pode
ser obtido pela soma dos volumes dos sólidos determinados pelas sub­regiões I e II. Vamos chamá­los de volume
I e volume II, respectivamente.
Calculemos então, o volume I.
Como  a  revolução  acontece  em  torno  do  eixo  x,  devemos  usar  a  fórmula    em  que 
 e  . Assim,

 
Para o volume II, teremos que fazer algumas adaptações à fórmula, já que a área da seção transversal agora é
dada pela diferença entre as funções. Assim, 

Assim,o volume resultante será

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Intuitivamente, o comprimento de arco de uma curva pode ser calculado se conseguirmos passar um barbante por
sobre a linha que determina a curva, em um determinado trecho dessa curva, que estamos chamando de arco. A
medida do barbante esticado é a medida do comprimento do arco.

 
Quando temos uma função cuja representação gráfica é uma curva suave, podemos obter o valor do comprimento
do arco de acordo com a definição 5.

Exemplo 5: Calcule o comprimento da curva   com  .

 
Solução:

Devemos calcular, inicialmente, o valor de  , que é a derivada da função. Isto é, 
 
Assim, o comprimento de arco será:

          (7)

Note  que  a  integral  dada  em  (7)  não  é  imediata  e  exige  a  substituição  trigonométrica.  Neste  caso,  usando  os
procedimentos já aprendidos ao estudar o método da integração por substituição trigonométrica

Substituindo (8) em (7), segue

 
Da trigonometria, sabemos que  . Então, 

 
Na seção de integração de funções potência , você estudou que
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Logo, 

 
Substituindo os limites de integração, encontramos

 
O que nos dá, 

 IntegracaoPorSubstituicaoTrigonometrica.flv

 
Exemplo 6: Determine quantos metros de alumínio são necessários para construir um luminoso que tem um arco
cujo formato pode ser aproximado por uma parábola. Considere que a distância entre os extremos desse arco seja
de  2  metros  e  que  estes  extremos  sejam  simétricos  em  relação  ao  eixo  de  simetria  da  parábola.  Além  disso,
considere que a distância do vértice da parábola ao segmento formado pelos extremos do arco seja de 1 metro.

Solução:

Podemos supor, sem perda de generalidade, que a função seja   e que os pontos são    e 
. (Verifique que estas condições satisfazem o enunciado!).
A  Figura  6.36  mostra  a  função  ,  os  pontos  A  e  B,  e  o  arco    (em  vermelho)  que  se  deseja  calcular  o
comprimento.

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10/06/2015 Integrais Definidas ­ parte 1

Figura 6.36: Possível ilustração do arco do luminoso.

Para usarmos a fórmula dada na definição 5,  , precisamos saber quem são os valores
que devemos usar nas substituições. Este é o primeiro passo.

 
Observe que:

o valor de x inicial para o arco é ­1 (abscissa do ponto A). Então, devemos adotar  ;
o valor de x final para o arco é 1 (abscissa do ponto B), então, devemos adotar  ;
a função para a qual queremos calcular o arco é  . É esta função que temos que derivar para
substituirmos na fórmula mencionada. Então, usando as regras de derivação escrevemos 

Substituindo os valores para   e  :

 
Novamente precisamos usar a integração trigonométrica, pois temos uma integral que não tem como ser calculada
mediante aplicação direta das regras de integração.

 
Lembramos  que  quando  um  integrando  é  da  forma    devemos  usar  a  substituição  .

Comparando    com  ,  concluímos  que  devemos  ter    e  o  x  da  fórmula  de


substituição trigonométrica equivale a no integrando da atual função. 

 
Portanto, devemos ter

 
Derivando x em relação a  ,

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Para  facilitar  a  resolução,  podemos  calcular  a  integral  indefinida    e  depois  usar  os


limites de integração para x.

 
Assim, 

 
Como  , podemos escrever

 
Como

 
Temos

 
Como   e 1, então,  , de onde segue que:

 
Assim, 

 
Lembramos que a integral que deveríamos calcular era

 
A que calculamos é 

 
Ou seja, precisamos ainda usar os limites de integração para obter o comprimento do arco. Dessa forma,

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  ComprimentoDeArco.flv

ComprimentoDeArco1.flv

Quando as curvas forem parametrizadas, o comprimento de arco curva é calculado de acordo com a definição 6:

Exemplo 7: Determine o comprimento da circunferência de um círculo de raio a partir das equações paramétricas:

 
Solução:

Exemplo 8: Determine o comprimento do arco da catenária definida por   entre os pontos (0,2)
e  .

 
Solução:
Neste exemplo, não temos a curva parametrizada, então, devemos usar a definição 5. Assim, 

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Logo, 

Como  , podemos escrever que:

 
Usando as propriedades operatórias dos logaritmos, 

Podemos escrever também que 

 
Assim, o comprimento do arco da catenária é:

“Catenária é a curva formada por um cabo flexível, com densidade uniforme, pendurado entre dois pontos, sob a
ação de seu próprio peso. [...] Se o ponto mais baixo da catenária for  , podemos mostrar que a equação dela
é   (LEITHOLD, 1994, p.520)

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O valor médio de uma função é calculado conforme a definição 7.

Exemplo  9:  Uma  companhia  de  monitoramento  de  tráfego  observa  o  trânsito  numa  certa  avenida  da  cidade  A
durante uma hora no horário de pico da tarde. A partir dos dados levantados, estimou­se que, entre as 4 horas e 30
minutos e as 5 horas e 30 minutos da tarde, a taxa   segundo a qual os carros entram na avenida é dada pela
fórmula   carros por minuto, onde t é o tempo (em minutos) desde as 4 horas e
30 minutos. Encontre a taxa média, em carros por minuto, segundo a qual os carros entram na avenida entre as 4
horas e 30 minutos e 5 horas da tarde.

 
Solução:

Inicialmente, vamos retirar os dados do enunciado:
Função:   carros por minuto
Limites de Integração: 0 e 30, pois t é dado em minutos e o intervalo que se deseja calcular a taxa média é de 4
horas e 30 minutos a 5 horas da tarde, ou seja, 30 minutos.

A Integração também é bastante usada na Física. Vejamos alguns exemplos.

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Considere  que  uma  partícula  em  movimento  tenha  uma  função  posição  ,  velocidade    e  aceleração
instantânea  . Já vimos no tópico “aplicações das derivadas” (colocar link) que estas funções estão associadas
entre si. 

 
Como  a  integração  é  a  operação  inversa  da  derivação,  podemos  estabelecer  outras  fórmulas  para  associar  as
funções posição ( ) , velocidade   e aceleração  . Veja no quadro seguinte:

Decorrem destas relações que:

Exemplo  10:  Uma  partícula  move­se  com  velocidade    ao  longo  de  um  eixo  coordenado.
Sabendo que a partícula tem a coordenada   no instante  , encontre sua função posição.

Solução:

Sabemos que  . Então,

No enunciado foi dito que   quando  . Assim, podemos escrever:

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Portanto, 

É a função posição pedida no enunciado.

Esta é uma grandeza física, estudada nos cursos de Física. Podemos dizer, intuitivamente, que Trabalho é a força
aplicada  sobre  um  determinado  objeto  para  fazê­lo  deslocar­se.  Realizamos  um  trabalho,  no  sentido  da  física,
quando,  por  exemplo,  empurramos  um  carro,  por  alguns  metros,  para  sair  de  um  atolamento.  Esse  tipo  de
movimento põe em ação uma energia chamada de energia cinética, que você vai estudar mais detalhadamente nas
disciplinas  de  Física.  Aqui,  no  Cálculo  1,  apenas  vamos  explicar  como  a  integração  colabora  no  cálculo  do
Trabalho. 

 
Antes de iniciar nosso estudo, vejamos a definição de Trabalho:

Note  que  o  trabalho  tem  uma  unidade  que  é  dada  por:  unidade  de  força  vezes  unidade  de  distância.  As
principais unidades de trabalho são:

Newton­metro, denotada por  , também chamado de joule (J),
o dina­centímetro  , chamado de  ,
o pé­libra, que equivale a 1,36J.

Estas unidades dependem do sistema de medidas adotado.

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A fórmula apresentada na definição 8 é aplicável apenas quando a força é constante, como no exemplo 11:

Exemplo  11:  Um  objeto  move­se  ao  longo  de  uma  reta,  quando  está  sujeito  a  uma  força  constante  de  4N,  no
sentido do seu movimento. O trabalho realizado é calculado pela fórmula:

Ou seja, o trabalho realizado foi de 20J.

Quando a força aplicada é variável, a situação muda um pouco... Precisamos considerar que ela, temporariamente,
se mantém constante, o que nos permitirá usar a fórmula dada na definição 8 para aquele momento. Entretanto,
isso  resolve  apenas  parcialmente  o  nosso  problema...  pois  não  temos  apenas  aquele  momento  para  calcular  o
trabalho, mas sim vários “momentos”.

 
Para  este  caso,  é  preciso  considerar  algo  como  foi  feito  em  seções  anteriores,  usando  a  soma  de  Riemann.
Intuitivamente, consideramos que calcular o trabalho realizado em uma determinada distância significa calcular o
trabalho em cada momento (chamemos de trabalho momentâneo) e somar todas os trabalhos momentâneos.

Essa idéia está implícita na definição 9:

Exemplo 12: Suponha que uma mola exerce uma força de 5 N quando esticada por 1m além de seu comprimento
natural.

a) Encontre a constante   da mola
b) Quanto trabalho é necessário para esticar a mola 120m além de seu comprimento natural?

 
Solução:

a) A Lei de Hooke para esse caso, nos permite escrever a função que a associa a força ao deslocamento como 
, onde   é chamada de constante da mola,    é  o  comprimento  esticado  na  mola,  e    é  a  força
exercida.
O enunciado do problema nos informa que   e  . Então, aplicando estes valores na Lei de
Hooke,

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Logo, a constante da mola é 5.

b) Note que a força exercida é variável, pois encontramos, pela Lei de Hooke,  , e x indica o quanto
a mola foi esticada. Assim, devemos usar a seguinte fórmula para o trabalho: 

 
Nesta  fórmula,  os  limites  inferior  e  superior  de  integração  serão  0  e  1,2,  respectivamente,  porque  queremos
calcular o trabalho quando a mola estica   além do seu comprimento natural.

 
Assim, Substituindo os valores:

Exemplo 13: Imagine uma mola de 1mm alongando­se, gerando uma força de atração de 30N. Calcule o trabalho
necessário para alongar a mola de 20 mm, sabendo que a força de atração é proporcional ao deslocamento. 

 
Solução:

Seja    o  alongamento  total.  O  trabalho  total  não  é  ,  pois    está  variando  em  cada  instante.
Colocamos a uma distância x da origem; a força de atração é dada por: 

 
Damos a x um aumento  . Durante o deslocamento  , o trabalho é:  .

 
Quando  ,  temos    (informação  dada  no  enunciado  da  questão),  então 

 
Para  determinar  o  trabalho  total  (com  ),  integramos    de  0  a  .  Assim, 

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6.6 Outras aplicações
Exemplo 14: A transcrição de dados de um mapa cartográfico para um plano cartesiano, nos mostra
que, em um determinado trecho, há um rio cujo leito pode ser representado graficamente pela curva 
.  Em  uma  fazenda  em  que  há  esse  rio,  há  uma  estrada  que  o  corta  em  um
ponto e que volta a se aproximar dele, 2 km à frente, como indica a Figura 6.37. O fazendeiro deseja
plantar  árvores  no  espaço  entre  a  estrada  e  o  rio,  nesse  trecho  de  2km.  Para  isso,  ele  precisa
descobrir  a  área  total  para  saber  quantas  mudas  de  árvore  deve  adquirir.  O  tipo  de  árvore  será
decidido posteriormente.

  

Figura 6.37: Representação do mapa cartográfico da estrada e do rio

  

Solução:

Como 

Para  descobrirmos  os  limites  de  integração,  precisamos  resolver  a  equação    ,  pois  queremos
calcular a área do terreno que fica entre a estrada e o rio. Assim,

Para resolver essa equação, note que, usando a fatoração, podemos escrever:

Logo,

Então, devemos integrar a função y no intervalo   . Isto é:

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