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AULA 2
PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E
ETANOL
Profa. Dra. Patricia Moreira Lima
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
C ANA-DE-AÇÚCAR
Origem provável a 6
mil anos A.C em
regiões próximas a
Índia.
Em 1535 Jerônimo de
Albuquerque funda o
primeiro engenho de açúcar
no Nordeste, em
Pernambuco, chamado de
engenho da Nossa Senhora
da Ajuda, nas proximidades
de Olinda.
Sorgo
Cevada Trigo
Aveia
Milho
OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS
Beterraba
açucareira
Sorgo
sacarino
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https://www.youtube.com/watch?v=M0v72GqKYwo&list=PL0WGmHaMFwEjwGajerh8qZiH8q23b7tZx
Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
http://www.cocal.com.br/conteudo/21/3/fluxograma-de-fabricacao.html
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
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Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
http://www.cocal.com.br/conteudo/21/3/fluxograma-de-fabricacao.html
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2) Colheita da cana
• Manual – queimada (Encerrada em 2017)
• Mecanizada
• Região Centro-Sul: abril – novembro
• Região Nordeste: novembro – abril
PLANTIO, COLHEITA E TRANSPORTE
• Predominantemente rodoviário
• Colheita mecanizada: cana picada
• Pesagem:
• Antes e após o descarregamento
• Controle da moagem
• Cálculo do rendimento industrial
e do teor de sacarose da cana.
• Descarregamento:
• Diretamente nas esteiras
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
F L U X O G R A M A D E P RO D U Ç Ã O D E E TA N O L , A Ç Ú C A R E E N E R G I A
Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
http://www.cocal.com.br/conteudo/21/3/fluxograma-de-fabricacao.html
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
• O caldo é uma solução aquosa de açúcares e impurezas. A indústria açucareira utiliza para o
acompanhamento do processo algumas unidades de medidas específicas:
• O termo açúcares redutores totais (ART) consiste na soma de todos os açúcares contidos
numa solução açucarada.
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
1) Processo de Preparo
Fonte: http://mundodacana.blogspot.com/2009/01/processo-de-limpeza-e-preparo-da-cana.html
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
1) Processo de Preparo
Nivelador
Prepara a cana a ser enviada ao desfibrador
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
1) Processo de Preparo
Picador
Equipamento rotativo de facas fixas, que opera a uma velocidade
periférica de 60m/s, e tem por finalidade aumentar a densidade da cana,
cortando-a em pedaços menores, preparando-a para o trabalho do
desfibrador.
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
1) Processo de Preparo
Desfibrador
O desfibrador contém um conjunto de martelos oscilantes que gira em
sentido contrário à esteira, forçando a passagem da cana por uma
pequena abertura ao longo da placa desfibradora.
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
2) Processo de extração
CANA PICADA
E DESFIBRADA EXTRAÇÃO CALDO
~50% umidade
~1,5% POL
~46% Fibra
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
2) Processo de extração DIFUSORES
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
2) Processo de extração
MOENDAS
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
2) Processo de extração
ATRIBUTO DIFUSOR MOENDA
Por osmose; Capacidade de extração de
Por pressão; Extração em torno de
97,5% a 98,5% de caldo; POL% variando
EXTRAÇÃO 96,5% a 97,5%;Variação da POL%
entre 0,7% a 1%, não excedendo este
girando em torno de 1,6% a 2,3%.
limite.
Não há dificuldades de extração
QUALIDADE DA Extração deficiente quando a matéria-
relacionados à qualidade da matéria-
MATÉRIA-PRIMA prima possui baixo teor de fibra.
prima.
O bagaço é ruim para queima, pois Bagaço excelente para queima (pouca
BAGAÇO
contém muitas impurezas e alta umidade. umidade).
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
2) Processo de extração
ATRIBUTO DIFUSOR MOENDA
Para o mesmo nível de extração, o grau de embebição é o mesmo para
EMBEBIÇÃO
ambos.
BALANÇO Geração de 60MW e consumo de Geração de 40MW e consumo
ENERGÉTICO 12MW. Saldo = 48MW. de 40MW. Saldo = 0MW.
Há a possibilidade de expansão
CUSTO INICIAL Possui custo inicial maior. dos ternos conforme a
necessidade/desejo.
Manutenção difícil e de alto
MANUTENÇÃO Manutenção fácil e de baixo custo.
custo.
3) Tratamento
PENEIRAMENTO AREIA
DECANTADOR ARGILA
CALDO HIDROCICLONES BAGACILHO
~9% Brix - Destilaria
~17% Brix - Fábrica CALDO
SULFITAÇÃO CALAGEM
TORTA
~2,5 % Brix ~9% Brix - Destilaria
~6,0% Fibra ~17% Brix - Fábrica
CALDO FILTRADO CALDO CLARIFICADO
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
3) Tratamento
- Sulfitação
Consiste na absorção de SO2 pelo caldo baixando o pH a 3,8 - 4,0.
• Inibe reações que causam
formação de cor;
• Coagulação de colóides
• Formação do precipitado CaSO3;
• Diminuir a viscosidade do caldo;
Coluna de
absorção
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
3) Tratamento
- Calagem
Adição de leite de cal para ajuste de pH final.
• pH = 7,2 ~ 7,4
• Decantação de matérias orgânicas e inorgânicas
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
3) Tratamento
- Aquecimento
O caldo é enviado para um conjunto de aquecedores (trocadores de
calor), e aquecido a 105°C – 110°C.
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
3) Tratamento
- Decantação
• O caldo aquecido é enviado aos clarificadores ou decantadores,
onde permanece por 2 a 3 horas em baixa velocidade (descanso),
onde neste processo, ele decanta as impurezas (lodo).
• O caldo sai limpo e claro, com tonalidade levemente amarelada e
totalmente transparente a luz (sem turbidez).
PREPARO, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO
3) Tratamento
- Filtração
• O lodo da decantação é filtrado e obtem-se a torta de filtro e o caldo
filtrado.
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
F L U X O G R A M A D E P RO D U Ç Ã O D E E TA N O L , A Ç Ú C A R E E N E R G I A
Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
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PRODUÇÃO DE ETANOL
PREPARO DO
MOSTO FÁBRICA DE
CALDO LEVEDURA
MÉIS LEVEDURA
~15-19% Brix
VINHAÇA
DESIDRATAÇÃO DESTILAÇÃO FLEGMA
FLEGMAÇA
ÓLEO FÚSEL
1) Fermentação
C12H22O11 CH3CH2OH
Sacarose Etanol
1) Fermentação
• Processo contínuo • Facilidade e baixo custo
de automação
• Custo baixo de
instalação
• Difícil controle
microbiológico
• Dificuldade de limpeza
das dornas (reatores)
~ 7 – 12% EtOH
PRODUÇÃO DE ETANOL
~ 7 – 12% EtOH
PRODUÇÃO DE ETANOL
3) Desidratação
Não é possível obter por destilação etanol em concentração superior a 95,6% (em massa),
pois nessa concentração a mistura de etanol e água é azeotrópica.
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
F L U X O G R A M A D E P RO D U Ç Ã O D E E TA N O L , A Ç Ú C A R E E N E R G I A
Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
http://www.cocal.com.br/conteudo/21/3/fluxograma-de-fabricacao.html
PRODUÇÃO DE AÇÚC AR
COZIMENTO CRISTALIZAÇÃO
MASSA COZIDA
~95% Brix
MEL ou MELAÇO
(para destilaria)
PRODUÇÃO DE AÇÚC AR
1) Evaporação
• Concentração do caldo para a etapa de cristalização
• Emprego de evaporadores de múltiplos efeitos
CALDO XAROPE
~17-23% Brix ~65% Brix
PRODUÇÃO DE AÇÚC AR
AÇÚCAR ÚMIDO
~95% Brix
PRODUÇÃO DE AÇÚC AR
3) Secagem e Ensaque
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
F L U X O G R A M A D E P RO D U Ç Ã O D E E TA N O L , A Ç Ú C A R E E N E R G I A
Preparo I
Colheita
Preparo II Bagaço
Destilação Transporte
Tratamento
Fermentação
Evaporação
Cristalização
Secagem
http://www.cocal.com.br/conteudo/21/3/fluxograma-de-fabricacao.html
PRODUÇÃO DE BIOELETRICIDADE
ÁGUA
BAGAÇO
~50% umidade
~1,5% POL CALDEIRAS GASES DE COMBUSTÃO
~46% Fibra
VAPOR
TURBINAS
GERADOR
ENERGIA ELÉTRICA
PRODUÇÃO DE BIOELETRICIDADE
ÁGUA
BAGAÇO
~50% umidade
~1,5% POL CALDEIRAS GASES DE COMBUSTÃO
~46% Fibra
VAPOR
TURBINAS CONDENSADO
GERADOR
ENERGIA ELÉTRICA
PRODUÇÃO DE BIOELETRICIDADE
1) Caldeiras
• Podem ser de :
• baixa (~22 bar/300ºC)
• média (~42 bar/ 400°C)
• alta pressão (~65 bar/480°C)
• Possuem um ciclo de água separado do restante da usina
• Produz vapor de baixa,média ou alta pressão
• O vapor pode ser utilizado diretamente em outros
equipamentos da usina ou enviados para o sistema turbina-
gerador Fonte: Ramos et al. (2003)
PRODUÇÃO DE BIOELETRICIDADE
1) Caldeiras
PRODUÇÃO DE BIOELETRICIDADE
2) Turbinas e geradores
2) Turbinas e geradores
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas para o
setor
HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DO ETANOL NO
BRASIL
2003 – Lanaçamento do
carro-flex
A UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar – é a entidade
representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol
(álcool combustível) e bioeletricidade da região Centro-Sul do Brasil,
principalmente do Estado de São Paulo.
DISTRIBUIÇÃO DAS USINAS NO BRASIL
Fonte: https://afdc.energy.gov/data/10331
PRODUÇÃO GLOBAL DE AÇÚC AR
Produção da cana-de-açúcar
Unidade: Mil toneladas
Fonte: UNICA, ALCOPAR, BIOSUL, SIAMIG, SINDALCOOL, SIFAEG, SINDAAF, SUDES e MAPA
DADOS DE PRODUÇÃO - BRASIL: AÇÚCAR
Produção de açúcar
Fonte: UNICA, ALCOPAR, BIOSUL, SIAMIG, SINDALCOOL, SIFAEG, SINDAAF, SUDES e MAPA
DADOS DE PRODUÇÃO - BRASIL: ETANOL
Produção de etanol
Unidade: Mil m³
Safra 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019
Região
Centro- 25.575 26.232 28.225 25.651 26.088 30.953
Sul
Região
Norte-
Nordest 1.901 2.249 2.008 1.603 1.771 2.150
e
Brasil 27.476 28.480 30.232 27.254 27.859 33.103
Fonte: UNICA, ALCOPAR, BIOSUL, SIAMIG, SINDALCOOL, SIFAEG, SINDAAF, SUDES e MAPA
MIX PRODUTIVO
Fonte: Conab
SUMÁRIO
1. Cana-de-açúcar
2. Descrição do Processo
i. Plantio, Colheita e Transporte
ii. Preparo: Extração e Tratamento
iii. Produção de Etanol
iv. Produção de Açúcar
v. Produção de Bioeletricidade
3. Situação no Brasil da Indústria de Cana-de-açúcar
4. Considerações gerais, Novas Tecnologias e Perspectivas
para o setor
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Considerando-se:
• MIX ~ 61%
• Moagem ~ 12200 TCD com ART ~16% e 13% de fibra
• 0,8 m³/TC de água captada
• Gera-se:
• 21800 sc/dia de açúcar (~1 ton/dia)
• 450 m³/dia de etanol anidro
• 29 MW de energia com exportação de 20 MV
• 350 ton/dia de CO2
• 5190 m³/dia de vinhaça (10 – 13 L vinhaça/L etanol)
QUESTÕES AMBIENTAIS
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis/programas/renovabio/principal
PERSPECTIVAS
1. Estabelecimento de metas nacionais de redução de emissões para a matriz de
combustíveis, definidas para um período de 10 anos. As metas nacionais serão desdobradas em metas
individuais, anualmente, para os distribuidores de combustíveis, conforme sua participação no mercado
de combustíveis fósseis;
https://www.novacana.com/n/combate/carro-eletrico/erros-dados-tendenciosos-
centro-pesquisa-etanol-atacando-carro-eletrico-190219
REFERÊNCIAS