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MARABÁ, PA
2014
MILENE DA CRUZ SANTANA
MARABÁ, PA
2014
MILENE DA CRUZ SANTANA
Conceito: ____________
Banca examinadora:
_________________________________________
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A minha Mãe Leonor, pelo amor, carinho e por ter me inspirado por todos os
anos de minha vida, pois sem ela não teria chegado tão longe.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
À minha amada Mãe, dona Leonor que sempre foi meu espelho e a outra
metade de mim. A você só tenho a agradecer por tudo que sou, pelo que
conquistei e por tudo que ainda vou conquistar. Essa vitória é toda dedicada a
você. Amo-te.
Aos meus dois grandes amigos que hoje considero irmãos Ana Luiza Coelho
Braga e Anderson Pontes Chaves de Lima, obrigado pelo carinho,
cumplicidade e amor. Sempre levarei vocês em meu coração.
Aos queridos colegas Ovídio Albino, Paulo Sérgio, Jesiele Tavares, Fabiano
Tembé e Kássio Silva por terem me ajudado no desenvolvimento do trabalho e,
pelos momentos de descontração.
Ted Perry
RESUMO
The society evolution and its needs make the man go way to fast on the natural
environment, which often generate damage that may be irreversible due to the
imbalance causing to the middle. Between human activities generating large
impacts we can quote mining activity, since for its realization, the removal of
large amounts of plant and soil cover is needed beyond what is also generating
heavy metal contamination due to the large amount of tailings and waste from
your process improvement. The environmental impact assessment contributes
significantly to the development of measures that may alleviate such problems,
where we have these measures as a technique of phytoremediation, which is
the ability that the plants have to absorb heavy metals from the soil
decontaminating them. Thus, by evaluating plant species collected around the
tailings dam Sossego mine, we sought to detect their phytoremediation
potential. Among the species present in the environment, collected for the study
were: aninga (Montrichardia linifera), branquiarão (Brachiaria brizantha),
embaúba (Cecropia pachystachya), guizo de Cascavel (Crotalaria incana L.),
mamona (Ricinus comunnis L.), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), taboa (Typha
domingensis), tiririca (Cyperus rotundus L.). In addition to the plant species,
were also collected soil samples and water to perform physical-chemical and
chemical physical analysis through an objective dataset information on the
amount of metals present in that soil and water, and check how the species
present there managed to absorb them.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................14
2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................15
...........................................................................................................................16
2.6.2.1 Macronutrientes...................................................................................39
2.6.2.2 Micronutrientes....................................................................................42
3 MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................55
4 RESULTADOS E DISCURSSÃO...................................................................65
5 CONCLUSÃO.................................................................................................82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................83
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
O uso cada vez maior e mais diversificado faz do cobre um dos metais
não preciosos mais valorizados do mundo. Matéria-prima estratégica é o mais
usado depois do ferro e do alumínio. Seu comércio global movimenta cerca de
US$ 100 bilhões por ano. As reservas mundiais de cobre, medidas e indicadas,
são estimadas em mais de 600 milhões de toneladas – 60% se concentram no
Chile, Peru, Estados Unidos e China (CPRM, 2010).
O cobre é um elemento essencial aos organismos vivos em pequenas
quantidades. A população em geral pode ser exposta por inalação, ingestão de
alimentos e água ou contato dérmico, porém a principal via de exposição não
ocupacional é a oral (CETESB, 2012). O corpo exige uma ingestão de cobre
para manter-se são. Distintas autoridades nacionais e internacionais definiram
normas de ingestão de cobre a níveis que se consideram adequadas para
manter a saúde (PROCOBRE, 2003).
A ONG ambiental Blacksmith Institute publicou, no ano de 2007, o
ranking dos 300 lugares mais poluídos do planeta, e apontou uma lista com as
10 cidades onde o índice de poluição é alarmante. Entre as cidades citadas,
está a de Norilsk na Rússia, onde os dados fornecidos sobre a população
potencialmente afetada é de 134 mil, e que estão não somente expostas à
contaminação por cobre, mas também a contaminação de outros metais
pesados como níquel, chumbo, etc., oriundos da atividade de mineração.
Figura 1 – Cidade de Norilsk, Rússia.
Fonte: BRASIL MINIGSITE, (2009).
2.6.2.1 Macronutrientes
O ferro pode chegar às raízes das plantas como Fe 2+, Fe3+ e como
quelato. O íon requerido no metabolismo é o Fe2+ e esta forma é absorvida
pelas plantas. Ao que parece, a eficiência de absorção está relacionada com a
capacidade das raízes em efetuar a redução do ferro férrico (Fe 3+) para ferroso
(Fe2+) na rizosfera. Algumas plantas eficientes em absorver ferro baixam o pH
da solução e excretam substâncias redutoras capazes de reduzir o Fe 3+ para
Fe2+. Concentrações elevadas de outros cátions na solução diminuem a
absorção de ferro. O transporte do Fe se dá pelo xilema, via corrente
transpiratória, predominante na forma de quelato do ácido cítrico (FAQUIN,
2005).
O manganês é absorvido ativamente pelo sistema radicular da planta
como Mn2+. A presença de altas concentrações de outros cátions no meio
diminui competitivamente a absorção dos micronutrientes. O transporte do
manganês no xilema, via corrente transpiratória, se faz na forma de Mn 2+,
devido possivelmente a baixa estabilidade do quelato de Mn. O manganês é
pouco redistribuído na planta, em consequência, os sintomas de carência se
manifestam primeiro nas folhas mais novas (FAQUIN, 2005).
O zinco é absorvido pelas plantas na forma de Zn 2+. Outros cátions em
elevadas concentrações inibem competitivamente a absorção do Zn. Esse
elemento é transportado das raízes para a parte aérea pelo xilema,
predominantemente na forma de Zn2+, o que talvez se explique pela baixa
constante de estabilidade dos quelantes orgânicos. O Zn é pouco móvel na
planta, particularmente nas plantas deficientes, por isso os sintomas de
carência aparecem nos órgãos mais novos (FAQUIN, 2005).
O cobre é absorvido do solo como Cu2+; existem controvérsias se o
mesmo também é absorvido na forma de quelato. No xilema, o cobre é
transportado na forma de quelato com aminoácidos. Considera-se o cobre
como um elemento imóvel no floema, portanto, os sintomas de deficiência
aparecem primeiro nas folhas mais novas. Mas, a redistribuição é dependente
do nível de cobre no tecido: não se dá quando há deficiência, podendo ocorrer
quando o teor é elevado (FAQUIN, 2005).
O boro nas plantas existe na forma do ânion borato (BO33-), onde seu
principal papel é o de regulador do metabolismo de carboidratos (MENDES,
2007). Ele provavelmente é absorvido pelas raízes das plantas na forma de
ácido bórico não dissociado (H3BO3), a principal forma solúvel no solo. O boro
sofre um transporte unidirecional no xilema, via corrente transpiratória, das
raízes para a parte aérea; no floema, o B é praticamente imóvel e assim o boro
não é redistribuído nas plantas de acordo com Faquin (2005).
O molibdênio é absorvido predominantemente como MoO42- em solos
onde os valores de pH são maiores do que 5,O H2PO4- apresenta um efeito
sinergético na absorção e transporte do MoO42-, possivelmente, pelo
deslocamento do Mo dos pontos de adsorção no solo, tornando-o mais
disponível e/ou formação do composto fosfomolibdato mais solúvel na
membrana. Já o SO42- apresenta efeito inibitório na absorção de MoO42-. O
transporte do Mo no xilema pode ocorrer como MoO42-, ligado a grupos –SH de
aminoácidos ou complexado a açúcares ou com outros compostos
polihidroxilados. O Mo é considerado moderadamente móvel na planta
(FAQUIN, 2005).
O cloro é obtido pelas plantas de diferentes fontes: reservas do solo,
água da chuva, fertilizantes e poluição aérea. Pelas raízes, o cloro é absorvido
da solução do solo como Cl-. O cloro pode também ser absorvido pela parte
aérea, diretamente da atmosfera (FAQUIN, 2005). O cloro não é encontrado
em nenhum metabólito em plantas superiores. Sua atuação parece estar
relacionada a um papel de neutralizador de cátions e do equilíbrio osmótico de
espécies vegetais (MENDES, 2007).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Braquiarão 6o 45’645” S
50o 101’ 17” W
Foram selecionados seis pontos de coleta e feito oito furos para retirada
de solo.
No 1o ponto a retirada de material do primeiro perfil só foi possível até a
profundidade 0 – 20 cm, devido à compactação do solo que dificultou a
penetração do trado holandês. Nos perfis 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 foi possível a
retirada de todos os incrementos da amostra, onde os perfis 7 e 8
apresentaram bastante umidade.
No 2o ponto foi feita a retirada de material em oito perfis, onde em todas
as profundidades foi possível coletar material apesar de apresentarem
umidade.
No 3o ponto foi possível à retirada completa de material dos perfis 1, 2,
3, 5 e 6, onde os mesmos também apresentaram umidade. Do perfil quatro só
foi possível retirar incremento até a profundidade 40 – 60 cm; no perfil sete a
retirada de material só foi possível até a profundidade 20 – 40 cm e, no perfil
oito só foi possível retirar material até a profundidade 0 – 20 cm. Os três
últimos perfis citados tiveram a retirada das demais profundidades
comprometidas devido à elevada umidade apresentada.
No 4o ponto foi possível retirar amostra, do perfil um, até a profundidade
20 – 40 cm, as demais profundidades ficaram comprometidas devido a
umidade que o solo apresentava. No perfil dois só foi possível retirar amostra
até a profundidade 40 – 60 cm e, devido à umidade não foi possível a retirada
das demais. Dos perfis 3, 4, 5, 6, 7 e 8 podem-se retirar todos os incrementos.
No 5o ponto foram feitas coletas de apenas seis perfis, onde em cada
um deles foi possível a retirada de todas as profundidades. Devido ao excesso
de água presente, não foi possível a coleta dos perfis sete e oito.
No 6o ponto foram coletadas amostras, de todas as profundidades, do
primeiro ao sétimo perfil. No oitavo perfil devido à compactação do solo, só foi
possível retirar incremento até a profundidade 40 -60 cm.
=( ) (
(1)
)
A A1 A2
A3 A4
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6 6,2
5,6
5,4 5,4
5 5,1 5
4,8 4,8
4,6
4,5 4,5
4 1º Ponto
pH
2º Ponto
3
3º Ponto
2
0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 22 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 1, 2 e 3, e diferentes
profundidades para coleta de solo.
7
6,8
6,3
6,1 6,3
6 6
5,5 5,7 5,5
5,4
5 5,1 5
4º Ponto
4,2
pH
4
5º Ponto
3 6º Ponto
2
0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 23 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 4, 5 e 6, e diferentes
profundidades para coleta de solo.
0,06 0,06
Condutividade 0,05
0
0-20 20-40 40-60 >60
0,045
0,03 0,03
Condutividade
0,025 4º Ponto
0,015 6º Ponto
0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 25 – Condutividade elétrica (CE) analisada nos perfis 4, 5 e 6, e diferentes
profundidades para coleta de solo.
7,6
7,5
7,4
7,3
7,2
pH
7,1
6,9
6,8
6,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostras de água coletada
1,8
1,6
1,4
Condutividade
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostras de água coletada
BINEY, C.; AMUZU, A. T.; CALAMARI, D.; KABA, N.; Mbome, I. L.; NAEVE, H.;
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