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T

IMÁGENES EN PROYECCIÓN.
IMPERIO, REGIÓN y NACIÓN DESDE
LA ÓPTICA DEL CINE NORTEAMERICANO,
1914-1945'

EL CÓNSUL G E N ü R A L DE C H I L E en N u e v a York, Luis E. Feíiú, mani-


festó en 1930 su desagrado por la forma en que se representaba a
los sudamericanos en Us películas holíywoodenses. En una carta en-
viada a Will Hays, conocido entonces como el «Zar» de la industria
ríirmca, indicó que no se debía «convertir a unos pocos países tro-
picales atrasados en los representantes de toda S u d a m é n c a » . Fcliú
c o n t i n u a b a apuntando oue «no veo la razón de por qué el villano, ei
traidor, el c h a n c a j i s i a , el que acuchilla por la espalda [...] tiene que
se: tan a menudo un sudamericano o alguien que h a b í a un ingles
entrecortado con acento español» 2 . Sin entrar en deraíles sobre la ac-
t i t u d despectiva de! cónsul chileno contra los «países tropicales», lo
que queda en evidencia ts que algunas de ¡as películas de Hollywood
de a q u e l l o s años eran ¡o suficientemente poderosas como para creai
representaciones que, al reforzar estereotipos negativos, generaban
un grado de tensión en distintas sociedades latinoamericanas, pese a
su popularidad indiscutida.
Este tipo de polémicas ya había alcanzado un grado de n o t o r i e -
dad especial en México, en 1922, cuando el público y las a u t o n d a -

tbte t r a b a j e - ci p r o d u c t o de i<i i n v e s n g a u ó n tinanuiatU p£>f,eL^WH'£cto Fcn-


Jecyr R e g u l a r de íri.ciaaón N c 11060303. Se agradece la recopilación de
-¡ücur.KíUOi de Cannh G«jr,ca y Najólas Lema
Csrta de Luis Fcísú a V v i l ! Ha,.i, ¿¿ de ¡y.^tzo de Í93ü. iX'iU'g^ref H e r i . u k
L i b i a r y , Los Ang¿l--í ;.'i) ddeia.ire MHL;, Mctiori Picture Producéis and Di c ,-
!T¡burois oí Aiiier¡i:a Rscoids, C¡-:nera¡ C o i r e s c t i d e n c e Files, re::.! 1
Jes de ese país reaccionaron vehementemente luego cié la exhibición
!:1 í n t e r e s po:' el éxito del cinc era compartido p'">r variri. os a c t o -
de las películas Moran of the Laüv Beity, que daba una impresión
res g u b e r n a m e n t a l e s v de la socitvlad c i v i , tiorqr.e e eme se c o n s t i t u -
l ú g u b r e y decadente de México, y Hushan.'j's T'\'¡a'e M::rk. en la que
yó en una meExan.ua que, además de generar réditos económicos p-'c>r
ia e s t r e l l a del momento, Gloria Swanson. a c t u a n d o conio I.oís Mi-
su comercialización, p e r m i t i ó la a p e r t u r a de nuevos meixadcs p a r a
li e r, es atacada por b a n d i d o s m e x i c a n o s u>n i-i intención de v i o l a r l a .
u;: •qnnúrnei'o de m a n u f a c t u r a s pubbcirada 5 . inciire>.t;im; n t e en ios
La respuesta del presídeme mexicano Á K a r o Ubrcgón haría llevado
films, como a u t o m ó v i l e s , electrodomésticos v p r e n d a s de vrstirA í. ; n
a la censura de rucias las películas de las Compañías i n v o l u c r a d a s en
agente: del Hureau of Foreign and Domestu. (Jomnicrcc de litado-
la producción de esos t ü m s ' . Los grandes empresarios h'lrr.icos nor- i,'nidos v a l o r a b a , en 19.>8. la r e l e v a n c i a de! cine en la prouvción del
teamericanos t o r n a r o n nota de ¡a situación y optaron por tratar de
corncixio de esc país, ai s e ñ a l a r que
evitar herir sensibilidades con sus películas, de forma de mantener
e! l u c r a t i v o negocio internacional' 1 . Para esto se estableció ia Motion los m^xados c x i r a n j e : os no son ¡n'porLintes pr¡r,i ;•>'- D r o -
Picture Producers and D t s t r i b u t o r s of America {en a d e l a n t e Mi'PDA.i dujroi^s de hstíuios l ' n U o s sólo por la cant.d.u 1 ' j'.: •Jin-u 1 '..' q u e f.f-
en 1922, organismo üderado por Wiíl Hays, q u i e n creó un comité de p a n a p ntgi-esa -,\e país. También esrá eí i n i p o ü a n r c b t c t o r de l-i
i n f l u e n c i a q u e l?s pe i íc u Lis tienen -:n "trniMios de l a m i h a r i ^ a r -A p¡'i-
relaciones exteriores cuya misión fue establecer contacto permanen-
b!;co extv.init'L'o con el estilo d<: v¡d", csriiii¡.:¡;indn de p;-S(; '.'1 d-:s;;.-i
te con agentes ubicados en todos los mercados del mundo, de modo üt 1 puseec p r e n d a s , inuebícs. ui?i'i c i!¡(js c- i : i n o v , i , ü i ^ e s !.•:• lüi'r^.-'ib
de evitar que ocurrieran censuras como las de México, que d a ñ a r a n q L i e a p a r e c e n cu Lis p d L u h i " ' .
el creciente negocio de !a i n d u s t r i a fíimica a nive! m u n d i a l ' . Estados
Unidos no quería retroceder sino reforzar su atractivo «sistema -de Walíer Wanger sinreuzaba el p u n r o en un a r t í c u l o pub'.Radcj un
estre!ias-\n que finalmente logro 7 . año más t a r d e en la revista Fo>-ei%n Aítar^, al i n d i t a i ' oue • ; 1 come:'-
cío es lo que sucede al film», p o n i e n d o t o m o eiemplo que -daí veiKa-,
A u r e i t o de los Revés, C:nc y suciedad en Máxic.* ¡S9Í-- \'j M (Ciudad de de automóviles a u m e n t a n en c o m u n i d a d e s e x t r a n j í a s L t i a n d o ven
México: i n s t i t u t o de Investigaciones Í£sté;ii:as-Ejn;veí<;idad N a o i c j n a í Autó- a alguna de sus estrellas f a v o r i t a s conduciendo un n u e v o v arra-, t ; v t ;
noma de México, 19931,11, 185-1 Sí?.
R u t h V;ise>, 7'Av World A w>rdin-¿ ti, H^Uyu-niid. i ^¡8-! v.!? (M.-.disorr Tho
modelo'- : : : .
Universir;. of Wtsconsin U n t v e r s i t y Press, 19971, 29-62. Esta r e a l i d a d desuita nos permite e n t e n d e r eí papel p r o t a g ' ' > -
Vasfy, The Warlt* ALi(}rdin}> tu HtiHywnud.... 5. nico del eme nortearnencano. no sólo en t é r m i n o s Je su ¡mp r K;-,'
Con respecto .1 tas f o r m a s en que la i n d u s t r i a cinemaroi;ráh^a Jt- Estados
económico, sino t a m b i é n como pieza i m p o r t a n t e en e! pro' r ec.to u >
Unidos logró imponerse en los mercados m u n d i a l r s , ver; I.ITI í a r v i e , H<il-
n lí'imfi's Oi'Crtí.'ííí Campaign: Thc Nnrth AtíaxT:/' M"uic Tráete. 1^20- / H íí) consolidación de un verdadero ( • i m p e r i o m l o r m a U ncrt'MrT:enc;inrj.
(Cambridge: Cambridge U n i v e r s i t y Press, 1992); Krisrin Thompson, L,X-
porriiiít fLnt<;rta¡i:Fr;i>n!; America tu ¡he Wnrlti Film Ma-kec í y d 7 - / y . í - í . Bf'I
i os p r i m e r o s meses de ¡942 h i b í a n sido p r o d u c i d a s en l'S!;ido> UniCÍC'S, iK",.i
( L o n d r e s 1 Bri P u b i i s h i n g , 1935!; Krrrv Sc.t;ríríC, Amc.'-^-a". fiímí Ahr.izd.
t e n d e n c i a que había c o m e n t a d o ,1 L o r i s o l i d i i r s r de'.d," c o n n e n / o s cíe L- dru 1 -
Ht'H-j-n'ni'd's D n f n i ' i a t i t ' n nfíhc. Wnrlá's Mn<jie Si'rcc'ns frt'tn {he ¡8ls'0s fu
tia d? 1920. M- ;;<»: Pictum H c i a M , S de (xrui-rc de }'^»'l í > n r e i p ? , i u -i 1
thc Present (Jefíerson. N o r t h Carolina: McFartand & Cunip3¡i\,
merendó m u n d i c i ! v e r Thompson, hxí/>» n,>:¿; /'>:í,;-.':;;rficn' .
1997¡ y el t r a b a j o de V i c t o r i a de Cirazia, li-i-csistth'e Emlni-a. M ^ S H C Í T Í A>i-
Ai reípt-ito vpi- Femando P'.IUTÜ, fUn.í nicn ;m/M !;Tes¡snh!v 1 : ; cüic no¡ ''.•-
vaacc thmugh 2<"''h-Cc'in/ry Eif;'i;¡ia ( C a m b n d g e : H a r v a r d U n i v e r s i t v Press,
2005], ¿Tncnumo y su impacto en C'hrlí?, 1 9 1 0 - 1 9 3 0 » , H:si<>rui €.-:•:• .1 ."•>á. i 46-'o; ) .
jolin r.u^ciii' Híicley, '^'i Tid- \V;:ie InfiUí'HiCS , •/ íh;: Cr.'Ji,'"•:.-,•. -\, : r .-'
Tal f u e el c\i;o qi:e a ¡nicios de la década de 1940 el A-Iní:,.';- P^ ture He-'ala
fn.irt'. Cc'f!i'!i'íí,'í/' and íhc. ir;-;rnr,'i'»u:i cití!i'.>:ii et-í^cUí <^ " T M / I . ' Í ; f'-.ctii- '.-,
i n f o r m a lia qL'c dt acuerdo ?t ias esradísticris del D e p a i T a n ^ n r o cíe Coniercto
i L o s Angele 1 .. Ti;e U n i v f f s ü y (¡1 S o n r h f r n C!,UIÍO:T,I;I Prc i -'¡. 1 9>!í) . 24.S
de Estados 'unidos, el 75 % de las peliYubs e x h i b i d a s en Chile en I'JAI 11 H ñ i ' i e v , 'Jí'V.,1 ld-\\'i:ÍL' ¡>¡'¡itcit'••• . . ?/•':
<.. u vos oncenos se remontan a mediados dei s¡ejo d i e c i n u e v e , D;cbo ¡•arte de du'ha m a q u i n a r i a r e p r e s e n t a c i o n a l , transformánJose e r ;
p¡-.: -\ct;i - ornaba con característica-; peculiares, p o r q u e se susienta- ui! v t h i c a i o a t r a v é s del cua! se p r o d u j e r o n y propagaron e n u n c i a -
bu p n i K i p a L a u n q u e no ú n K a m e n L e , r.n e! uso de medios pacíficos do;, sobre o n a s c u l t u r a s , que reforzaron la identidad hegernónica
en d<~Tide p r e d o m i n a b a e! libre comercio y la integración económica n^rrearnL'LU'tina a la \ e z que causaron ia reacción de las d i s t i n t a s
por sobre la i-oeraon" sociedades donde se e x h i b U n sus películss' 4 .
bebido a la enorme presencia e impacto de la i n d u s t r i a c u l t u -
r a l c;n¡Lmatográ¡ica hollywoodense, ^e hace necesario c o m p r e n d e r
f\o i m p e r i a l i n f o r m a l de les Forados Unido 1 ), escapando
de! n i í i K o de .-¡náhsis en donde el dominio c la hegemonía es exa-
!:'. L;IÍ(- n o r r e a i n E r í c a n o tendió a reproducir muchas de las logj-
m i n a d a e x c l u s i v a m e n t e , desde ¡o económico, diplomático y mih-
ca-. do valoración y apreciación propias Je un imperio. En ese sen-
r a i . Re^onoci-eriJo la contra helad de los intereses comerciales en la
tido st puede comprender la tendencia a representar ai conjunto de
consecuuón de u n a hegemonía imperial, es necesario i n t r o d u c i r
países de América 1,atina, a p l i c a n d o una óptica en donde las particu-
v a r i a b l e s C u l t ú r a l e ; ; en e! análisis, en ta medida en que hay m ú l t i -
laridades nacionales distintivas de cada país quedaban normalmente
ples mter.'enciories de orden c u l t u r a l desarrolladas por científicos,
•iíiuuias, producto del predominio de una mirada regional aplicada
e m p r e s a r i o s , v i a j e r o s , r e f o r m i s t a s , religiosos, académicos o pro-
sobre el conjunto de America Latina. Dicha íorma de representa!
d u c t o r e s de ; me, que «eneraron un impacto en el múñelo, ai trans-
a ¡a l e g i ó n puede ser rastreada desde inicios del siglo X!X cuando,
ror r u a r s e , como lia destacado Ricardo Salvatore, en verdaderos em-
como ha señalac.o uretchen. Murphy, la Doctrina Monroe estable-
b a l a d o r e s de la c u l t u r a de los Estados Unidos en A m í r i c a L a t i n a -.
ció h u n a construcción geográfica clel Hemisferio Occidental», con
Asi. tenemos que e n t e n d e r que el proyecto i m p e r i a l i n f o r m a l esta-
u n a «división política binaria entre la tiranía del Viejo Muñólo y U
dounidense no dependía exclusivamente de! g o b i e r n o de Fstados
democracia del N u e v o Mando», en la que Estados Unidos a s u m í a
U n i d o s o MIS d e p a r t a m e n t o s de Estado y Comercio, sino t a m b i é n
implícitamente un papel preponderante y tutelar por sobre toda la
de m ú i t i p i e s acores de la sociedad civil, quienes contribuyeron a región, entendida ésta como un área natural de infidencia con carac-
r e f o r z a r ur.a i d e n t i d a d construida a p a r t i r de « u n a m a q u i n a r i a que terísticas homogéneas' 1 . Jiste tipo de nociones generahzadoras sobre
d i s e m i n a b a v a r i a d o s a r g u m e n t o s y ra/ones de dominio, contaba la Legión perduraron en el tiempo e hicieron reflexionar a Ua-jd
Lo¡¡ numerosos m e d i a d o r e s o agentes y necesitaba de diversos tipos
<J. Bowers, embajador de los Estados Unidos en Chile e n t i e 1939
de i-epr-.^enisi. iones'•• : . derrámente que el cine iiollywoodense íue v 19^3. quien eu sus memorias explicó que la tendencia del pueblo
de los listados Unidos a no hacer distinciones mayores entre las di-
\í'Mi;! Í.X':noí>h, -\*r,c>'ii.z>i í,>iinrn.*í':íic* ¡n "••'. ^'.~_v •. f f . - n / > ; ' _ ¡Ni".'- Yí.'ik 1 versas naciones latinoamericanas tenía que ver con ¡a «aplastante
llouik'J.j.c, 'L I Ü 6 1 . 3. ignora ni, i;i de mis compatriotas respecto a este vasto y neo ^ominen-
i<i..' ( >¡-dü b . s l v d i o i e . "1 he t n r c r p r i i C oi Knowledge R c p r e s e n i a t i o ü a l V¡a !(.-•> v a i hecho de cjue en Estados Uniíios se entendía comúnmente
-Tune-, oí I n r o i n u i Ei^pü e » , en C n l b e r r .Vi j o s ^ p h , C n t h f n n e (.. L.egranc! v Liiit' codas Jró naciones de America Latina eran «exactamente iguales
li.i' ;uvlo O. S,iSv t it,ji-e . e d ^ . j , C/.-si- Lmaunscrs •>< L^t¡:u c. VVMÍÍ'I.I,' :hc Cu!-
ítí-íií H ; ^ i ' . ' ' y ..•' li.^.-t.jl:'! ."fríen.'.•': í-^la!¡"ii^ i l j u r f i ñ i i i : [ ) u k c l . ' ^ i v c r j t t y
en psicología, ideología, tradiciones y aspiraciones». 1 •"> que resulta
señaLidos nos permiten al menos relanvizai' la ¡gn^ianí, i i norteame-
discutible es ?u aseveración sobre la existencia de una «aplastan-
te ignorancia» de i;i sociedad norteamericana ".Aspecto de América ricana sobre ia región, ia que no era tan <-ap!a.st.amx •> como afirma
La:ina, que no era tal. Ricardo Salvatore ha estudiado el fenómeno e¡ embalador Bowers en sus memorias. Eran otros los tactores que
de lo que él denomina "instituciones del conocimiento- norteame- influían en aquella tendencia a homologar las variopintas realidades
ricanas y su papel en la masiva divulgación de información sobre: latinoamericanas y entre ellos se puede mencionar el pnmorJuii: el
América Latina en Fstados Unidos 1 ''. Universidades, muscos y .socie- desarrollo de una mentalidad ¡mper.ai y ia i-üiiiecuer,re tendencia ,1
dades como Na¡;rj^.ií Gsofrr-jfthic son ejemplos de instituciones que diluir las diferencias en regiones compuestas de países que cobribín
difundieron con mucha presencia mediática, información específica sentido sólo en su conjunto, ya sea por aspectos de o id en rnihtai.
y diferenciada sobre América Latina, generando un interés sobre las diplomático, económico o cultural.
características de distintos países que alcanzó a ciudadanos comu- "El cine es una ventana que nos permite evidenciar U ;ender,v. i,¡
nes de distinras partes de Estados Unidos. Como ejemplo se puede hollywoodense a representar América Lamia como un;; región ,;u:-
mencionar que en ios primeros años de la decada de H3Ü existía forme. Kjemplos hay vanos y es as: ^omo a las críncas ya citad,u
la costumbre de que niños de escuelas norteamericanas escribieran (Jei cónsul chileno Luii FcJn'i cíe 1930, agregamos ia^ p'alabra^ dr;
cartas a ios cónsules de Estados Unidos en Chile y otros rugares argentino Alberto Fourmer, quien escribió un artículo en la revista
de América Latina, solicitando información especitica de cada país argentina Nosotros, que fue traducido y publicado en Thf ! ¡i iny
para la realización de trabajos. Francis Machín, un niño de 10 años Age, de listados Unidos, en l?2g. En dicho arríenlo íout nier se
-*

de Newton Ccnter, Massachussets, escribió que «en nuestra escuela quejaba de que rodos los latinoamericanos, sm di<r:ru !Ór.¡ er-jn
estarnos estudiando sobre Sudamérica. Estaría muy agradecido si m¿ tratados como villanos en las películas hohywoodenses. Founner,
pudiera mandar fotos de cosas de Chile para mostrarle a mis com- quien escribía désele el Medio Oriente, se refería a lo que califico
pañeros en clases». Como respuesta, e] cónsul Thomas Bo/.vman íe como una Acampana» para desacreditar América Latina. Aludien-
mandó panfletos con información y fotos de Chile, ci 14 de julio de! do a una película que había visto en Damasco cuya trama o-,ur-í-; :
mismo año. El mismo cónsul Boxvman se transformo un imermedia-- en Sudamérica, protestaba porque en la película se mostraba un
no entre escolares del pequeño poblado de Elk Gty en. Oklahorna. mapa con el nombre de Sudamcrica sin distinguir los límites e n t r e
que tenían un «club de español», y estudiantes del Santiago Coílc- países ni sus nombres, con una flecha indicando eí punto e x a c t r -
ge, facilitando e] intercambio epistolar en marzo del mismo año. La donde ocurría ia trama. Sólo quienes conocían b;cn la tegion po-
misma lógica se repetía comúnmente con niños de localidades de dían identificar que la flecha apuntaba a Chile, frente a las c e s t a s
diversos estados como Arkansas o Washington, quienes a través de de Valparaíso. La película transcurría en una isla ¡iamada í ' P a i ^ -
las facilidades del consulado y del intercambio epistolar se infor- so",donde
maban de las características de Chile regularmente' . Los ejemplos
un ciudadano Y-íiikeL*, dé;;ii y üir.ido mursrrn ;u ios de nor,:b!r
w.for, rnieiiUMv ls o;jd;uí y su? h<íbit<tn;<-:$ •-QI; prt:ie!H,ulc''- con;o -;
'''' $ a ¡ v a t o r e , íifteií^cncf de un ;w/'t?j ;o..., 77-100. vivieran en la más miserable iond¡ción posible, lo qje ¡irepnM ,1 la
C.íirr.t dt- ]'-'i,)i!Li^ Machín ,d ( ón^-il de Ksr;id(^iJmdí!> r" v au.lie.ncí;) paia mofarse cuantío e) ciudadano de \n< í:.j:.id..v; '.h^do.
liuwinjn, 6 di- junio iyjU, Cortn de Vrnd.i Frrcirun ,1! v.cir on !ci íiyijdci de LUÍ fLipJütí' s a l v a j e , a roció un ;:¡'""-c:tn i.>.'
Unidos cu Srimuiiío fhtimns Bowman, 3 de ¡r.juvo cv J : )." ; l. hombres coU.u'de; des^ilz. •.-. v muen"rros'"
chsvcs II. Colitgc P a - k , Miirvland (en JiMam? KA ¡L. Rea
Service Fc,v^, (,onsn¡,T FCM S.inn-njn f "hi(" vo! 5, 1 '•) 1]. <;/r
A ;a; p u n t e íic-í;aio¡i las rnoles'Las. que M~- i i e?, ó a tirrnar a c u e r
doi J:1 ^ c n s L i r d erure d i s t i n t o s países, (.'hile f i r m ó en 1937 un tra-
• a d o t o n tostel R i ^ a . en e! que arribos países se c o m p r o m e t í a n a
}; 1 problema es que el público chileno no estaba tampoco dispuesto
Censura;- la e x h i b i c i ó n de películas que se considerasen d a ñ i n a s a
a esi u c h a r cualquier cipo de acento castellano ni menos mezclas en una
las ''Costumbit.'s, i n s t i t u c i o n e s , h á b i t o s , ^aracierísncas, p e c u l i a r i d a -
misma película, porque esto podía producir una "anarquía de diccio-
des y .icnvidades tic Chile y Costa R x a » 1 ' ' . El a r t í c u l o 4 del acuerdo
nes», por '.:! '-distinto acento con que-'di.en' sus papeles, Ici anist^
s e ñ a l a b a q u e se a p l i c a r í a t a m b i é n un p r i n c i p i o de reciprocidad coi"!
mejicanos, españoles, argentinos, yanqius, etc. que se escojen para 're
> j t r a s naciones de A m e n t a batiría q u e s i n t i e r a n heridos sus orguíios
vocaíi/ar' las películas primeramente ritmadas en inglés»-. Detrás dei
n a c i o n a l e s Dicho t r a t a d o t u v o corno precedente los acuerdos que
ultimo Comentario quedaba er; evidencia la estrecha vinculación entre
C'iine Minó ( on P e r ú , ei 5 de j u l i o de 1935, \n F.spaña, e¡ 1 de fr-
lenguaje y nacionalismo, algo que se mantuvo en silencio, ral corno las
b;>'ro de Í V 3 6 , los q u e estipularon condicionen similares al de 1937
con Cosca R i c a " . Sin e m b a r g o , pese a las prorestas, resultaba d i f í c i i peiLuUs, hasta fines de la década de 1920-'.
El fenómeno y las reacciones nacionalistas al eme sonoro norte-
sobreponerse a estereotipos que ¡eman un arraigo, p r o f u n d o y que
americano no f u e r o n exclusivamente chilenas, sino globales, y afec-
encaban siendo constatados desde muchos años atrás por chilenos y
taron también a naciones angloparíantes como A u s t r a l i a . A inicios
otros l a t i n o a m e r i c a n o s - 1 .
de la década de 1930, las películas sonoras o «talkies» i'ueron vis-
MuJ:as de las representaciones de Sa industria cinematográfica
tas en dicho país corno interiores a ías películas mudas s producto
holly woo-dense respecto de América Latina t e r m i n a r o n hiriendo el
de que se consideró que el acento «americano» cié las películas era
o r g u l l o nacional de d i s t i n t a s sociedades latinoamericanas. AI mo-
«crudo»' y í-otensivo» para los australianos e iba en detrimento no
mento de u i s c u t í t e! f u t u r o impacto dei eme sonoro, tras el reciente
sólo del inglés hablado sino del «sentido a u d i t i v o » ' 4 . Las respuestas
estreno de Melo.lías de Bioadu:ay \i Canica de Jazz en Chile, la
de la sociedad australiana T u v i e r o n que ver, en parte, con una reac-
revista C"¡t¡ca puso en evidencia aquellos casos «verdaderamente
ción negativa a los efectos del imperialismo c u l t u r a l de ios Estados
cómicos 1 ' q u e acontecían c u a n d o
U n i d o s , pero por sobre todo con ia importancia de los acentos, el
vpivins <ilpi.ni h . j o ds hi n:b:a Y a : i q u : ! á n d i r , voc.iüznnJu en LM.J- l e n g u a j e y las voces en ia definición de! carácter e identidad nacional
;-_>!l. ni:"! ' a s n e a d o ' lo ']i;e {) nosotros n ú p u cele; d á r s e n o s en i n g l é s . de A u s t r a l i a , E! caso chileno fue s i m i l a r ai australiano su eí fondo,
p o r q u e ruir.quo seamos muchos los q u e rn la Amérn:<i L a t i n a kcn¡o^ pero no en la f o r m a , porque Estados Unidos, a diferencia de lo que
o L r j i n u r e i l J e n i O : , LUÍ poto el i d i o m a -,1e Shakespeare, i.i v e r d i i d e<
ocurrió con ei mundo angíoparlante, tuvo que diseñar una estrategia
q u e ei pú!;!ico. s o p o r t a r í a Us películas en ir^ies ;íri.jan-ieri[e cunv.i
especial p a r a adaptar el cinc sonoro a ios requerimientos de España
v América í a t i n a , lo que hi¿o itiK¡alíñente considerando a todos los

h , i iíM-eri';; [ a n c i e d o P i n o c h e ú Le-tiri!: 1 ., ^¡iiier, v i v í ; . ait; t ¡¡),;s .n'ios er: K-'icdof. 1 O-C;.-.;, 1 •) Je ábrd ¡Se 193Ü
:' .V,in;c ?Í ¡T.p.icto Jei an? Canoro en Chile ver J a c q u e b n e Monesca, E:1 J,^
Un.íiüs. re .i;c rn su libro Vb:.'- di> L t f i t v z > Je ] : )14 lo o c u r r i d o en ei ano
•de íu rcLi,-;óri coi; un rod.utor Jü avisos p'.ihhc.r^noí. p<u"/' Amér¡ :H L ,rm<i ; ii C'.::c. C n í ' i i a í L>H rrüí :um/)u,-, (Santiago. Ediioíi-al Ptariecj-Univei-sidaJ
,'\ ; síp^s t o , l'ii'.ocliet í e - í j i - j n '">e futió que: --ve ,:iec q u í MI p r i n c i p a l iorpiesn N,i, ioii,íl .-\ruirci Bello. 199 ?\. 1 i-53. Sobte i'i -.me mudo chile r¡o ver E liar, a
i-;j¡.s:ítui en "fe deLinr': LÍS sí ^ un 5¡icia¡iicrsc:Hí¡L. 0"f n^ Ciíalia vesrulo con Un:. Donoso, Cuis >nudn ¿'^ilcno (Santiago- Imprenta Los Héroes, 1994L
p;Liiv,,ij ce IL.ÍÍÜ: L-;)Sürcb, que h;ibl,t¡i;i ingles y, lo .(U': (."i r.iái, ;]i:t deíc.r.pe- r' ioy r'aiv.oíi'.i, -'The r i h n y American Twang 1 ; Elocmion, the Advera oí
:uil ,1 l j i!. •••ion de i n f o i ' n i . i r <;obre su m b . i i < i " . Liiieicdii FIDÍ cher I c - h r i i n , r.i.:t': n-.in '"UlkitV, and A ^ i f j l . a n C u i u u a i I d e n u t y » , Amerita;, líistwica!
. i:;:c ¿i ' f J Ñ U Í ' Z . - J ; San t i ,i» o iiTipiTrita linivi-sitar;;!, l g l': / , A02 fíe:vjv l \ ¿ - ' ¿ , j v q .
países como pare 'Je :_m mercado ú n i c o , s i n n i n g ú n tipo de distin-
ción lingüística L a s reacciones no se h i c i e r o n esperar y en Chile, -i Nelson R o c k e f e l l e r f u e q u i e n , a c a i g o de ¡a O h c m a del (ico; 1
d i f e r e n c i a de o t i o s kigar.es, se prefino el s u b t i t u l a d o ni doMaie, de d m a d o r de A p u n t o s Í n t e r - A m e r i c a n o s ' O C I A A en su sigU T¡ i n g l é s )
modo de e v i t a r r i;cntos f o r á n e o s . creada en Ü-MO, ¡e dio vida a una d i v i s i ó n l í h n i ^ a . í i ' n t r o de it
O i g a r i i z a c i ó n ( M o t i o n Picture D i v i s i ó n ! , la que ¿n un esruer;'.
m a n c o m u n a d o con el D e p a r t a m e n t o de Hitado se c o o r d i n ó ta;;i-
hier: con la d e n o m i n a d a Motion Picture Socieiy f o r rhe A m e r i c a -
iMPSA¡, o r g a n i z a c i ó n creada por l a s grandes c o m p a ñ í a s prodiK.r •
ras de cine para: « e s t r e c h a r los la¿os e n t r e los H s t a d o . í ' r u d o s de
Los países u b i c a d o s a! sur de! río Grande h i e r o n vistos norrio America y iss otras r e p ú b l i c a s amencdna.s'^'. í.:n estri- t o ngnr. ; ¡
parre c o n s t i r u t i v a de una gran región con s i m n i r u d e s c u l t u r a l e s des- labor de Nelson R o c k e f e l l e r fue la de desarrollar p r o g r a m a s q u «
de ¡nicios de! siglo d i e c i n u e v e , pero h u b o coyunturas h i s t ó r i c a s pun- p e r m i t i e s e n , a t r a v é s de a c t i v i d a d e s c u l t u r a l e s que i n c o r p o r a s e n í l
t u a l e s en las que se reforzaron a q u e l l a s miradas que prescindieron cine, ía r a d i o , la e d u c a c i ó n y ai -ircn, estrechar los v í n c u l o s y el en-
de las s i n g u l a r i d a d e s nacionales por motivos estratégicos y diplomá- tendimiento e n t r e Estados U n i d o s y A m é r i c a L a t i n a . U n a ve/ a u n
ticos, tn esa línea se puede destacar el periodo de la Segunda Gue- Estados l.'nidos se incorporó d e c i d i d a m e n t e a la g u e r r a , tr-.s d ar-j-
rra M u n d i a l y los años i n m e d i a t a m e n t e precedentes, que estuvieron que a l'earl H a r b o r de d i c i e m b r e de. ) 9 4 Í . la l a b o r de R o c k e í e l ! e r
marcados por la i n i c i a t i v a n o r t e a m e r i c a n a t e n d i e n t e a fortalecer los y de !a i n d u s t r i a f í l m i c a en g e n e r a l a d q u i r i ó una m n v o i ificv-nic:.-;
lazos y solidaridad' hemisférica. diplomática y propagandística. Es así como se ¡ r n p í e i n e n t a r o n p r > '
Cuando Estados Unidos diseñó su «política del buen vecino», a gramas que llevaron a la p r o j u c c i ó r i de cientos de f i l m s de hccto::.
inicios de Ja década de 1930, la i n d u s t r i a til mica liderada por Wiü educacionaies. documentales y de p r o p a g a n d a q u e u'ini.iror, ;.;:•;•
Hays se comprometió a e v i t a r los excesos en las representaciones ternas. locaciones, música y actores p r o v e n i e n t e s de L a E n i O r i r i i é n c ^ .
de las sociedades ubicadas al sur del río Grande, de modo de poder todo con la finalidad de m a n t e n e r y fortalecer la a l i a n z a ^ r r a r e g L . i
de Estados Unidos con la r e g i ó n .
consolidar la s o l i d a r i d a d hemisférica deseada por la nueva política
d i p l o m á t i c a . Es así como hubo avances significativos en esa década A d i f e r e n c i a de lo acontecido en la década de 192'.}, la p r o d u , -
üón cinematográfica v i n c u l a d a a temas U t m o a m e r i c a n o i , d u r a n t e ;a
con respecto a las formas de representar lo latinoamericano, pero no
Segunda G u e r r a M u n d i a l , estuvo cercanamente v i g i l a d a por a g e n r e i
fue basta el inicio de la Segunda Guerra -Mundial c u a n d o producto
que t r a b a j a b a n en distintas agencias corno el O c p a r r a n o r u o Je !":-.--
del enorme significado político, es-tratégico e ideológico de la guerra.
tado, la OC.IAA, la Office of War ínformaiion y la MPvi, e n t r e cetras
se t r a b a j ó tan intensamente para e v i t a r la producción de películas
Ademas, m u c h a s de estas agencias contaron coa !a ( . p U N > r a i , u T i de
que incluyeran visiones, ideas y representaciones que pudiesen herir
personas que supieron evitar muchas de las C o n t r o v e r s i a s , debid •
las sensibilidades de las naciones que componían América Latina.
a la revisión acuciosa de guiones y r e p r e s e n t a c i o n e s , como H esp,i-
Sin embargo, al mismo liempo q u e se buscó evitar los problemas
ño! L u i s B u ñ u e i , quien t r a b a j ó para la ¡XIAA desde el .Víuse'ün ,-.:
suscitados por representaciones negativas, se desplegó una enorme
Modern Art, n el caricaturista a r g e n t i n o f r a n c i s c o Molina Campo 4 -.
red de propaganda que contribuyó a potenciar, implícitamente, la
óptica regional gensralizadora, lo que generó controversias c u a n d o
se h i r i e r o n sentimientos nacionales.
FKRNANDO PURCHLÍ. IMÁGENES EN PROYECCIÓN

quien colaboró cercanamente a Disney en la producción de sus films Además del éxito en la realización de cambios «sutiles» en Us
sobre Latinoamérica. Conocedores de las sensibilidades y diferencias narraciones, el reporte enfatizaba con orgullo que gracias al espe-
entre las sociedades latinoamericanas, personas corno etlos ayudaron cia! cuidado en el trabajo desarrollado, «el rigor y la precisión en
a evitar conflictos derivados de representaciones hirientes, tal como ¡a adaptación y edición de las películas nos permiten concluir que
había ocurrido en la década de 1920 con mucha frecuencia. Además, nuestras versiones contienen un mínimo de error en lo que concierne
muchas de las producciones de guerra, y en particular los documen- a lenguaje y contenido ideológico» 27 . La visión era tal vez demasiado
tales sobre países latinoamericanos, fueron revisados y aprobados optimista, pero se había progresado en el arte de evitar representa-
por diplomáticos de los respectivos países antes de su exhibición, ciones abiertamente injuriosas, gracias a la labor de una gran canti-
como aconteció con documentales sobre Latinoamérica que fueron dad de personas de agencias públicas y privadas comprometidas con
producidos en e! periodo por Julien Bryan i f > . la causa de la guerra, quienes luchaban por contrarrestar la propa-
El denominado Report on the Latín American Film Project del ganda de sus enemigos en América Latina.
departamento fílmico de la OCIAA, elaborado en 1943, es un ejemplo No sólo en la OCIAA prestaron atención a este tipo de «sutile-
de los «avances» que se lograron en las formas de representar Amé- zas ». La MPSA se asesoró con el Departamento de Estado al momen-
rica Latina. Al referirse al proceso de adaptación del lenguaje origi- to de preparar guiones de algunas de sus películas. Así aconteció con
nal de muchos films de propaganda a la realidad latinoamericana, el la película Chile: Valiant Nation, cuyo guión comenzó a prepararse
reporte indicaba que, «a través del proceso de adaptación uno deiie a fines de 1942. Tal como explicó su guionista John Higgins,en abrí!
tener en mente los principios generales sobre los que se basa todo de 1943, ía película buscaba
tipo de propaganda, adaptando las normas generales a la sicología y
peculiaridades de América Latina como entidad». Al mismo tiempo, explicíli Chile y ios chilenos a nuestra gente, mostrándoles las
e! documento daba claras muestras de progreso en el arte de evitar diferencias en topografía, lenguaje y características, pero mostran-
do también las similitudes con nosotros como su larga lucha por la
conflictos, citando un ejemplo del cambio realizado a la película de independencia, el avance logrado en materia social, su libertad, que
propaganda This Amazing America, en donde es parecida <í la nuestra y su posicionamiento en un mundo donde
lucha la libertad contra la esclavitud.
se hace referencia en un episodio al ataque del Álamo, en la
guerní de independencia de Texas. Esre episodio, más u]la de lo Los protagonistas de !a película iban a ser «Juan Pérez» y su
glorioso que pueda ser en ía historia de los Estados Unidos, inevi-
tablemente provocaría una reacción negativa entre los mexicanos. esposa «María Pérez», quienes fluctúan en el guión, temporalmente
Hn nuestra versión alterada, el comentario en relación al Álamo hablando, entre el presente de un ChÜe progresista y la guerra por ia
fue reemplazado por una explicación sobre el papel que le cupo a independencia, en ia que lucharon contra una España «totalitaria»,
los colonizadores españoles en ía incorporación det arte religioso elemento esencial del proyecto, en la medida que se buscaba que los
barroco a América, todo lo cual quedó a tono con la secuencia.
espectadores establecieran una relación directa entre el nazismo y el
proyecto colonial español contra el que habían luchado ios chilenos.
De hecho, en el guión se hace mención explícita al capitán San Bru-
Un ejemplo es la solicitud de revisión de la versión en inglés del documental no como «el Heinrich Himmler de aquellos días» y al presidio de
Funciu ¡n Chile por parte de autoridades diplomáticas chilenas. Curta de ].
Noel Mdcv a Thomas Kilparcick cíe la Moción Picrure División de la OCiAA, Report on the L a t í n American Film Pmject, Moñón Pictuie División, OCiAA,
8 de febrero de 1945. NA II, Record Group 229, Cija 956, Carpeta «Pro¡- s/í, 5. NA II, Record Group 229, Caía 957, Carpeta «Renewal of Contracts
ects Reports». íor Processing Films».

107
Jcan Fernández como un «campo de concentración de ia croes-, a
propósito de su unhzauón como lugar de reclusión de- pan iotas chi-
leno? durante el período de la independencia. Asi", Chiíe se convertía
en un eiemplo para América Latina de. cómo Lis tuncamente, y no A pesar de que la película estaba dedicada a Chile, e! aiguir.erito
sólo durante la Segunda Guerra Mundial, se habían «sobrellevado cobra senrido sólo en su vinculación regional y es por lo mismo uno
dificultades en baso al respeto del orden y [as icyes^, demostrando eí guión señalaba que la película partiría i.on imágci:rs de pie/ai J».
que los chilenos, ta! como los estadounidenses, «han luchado siem- un rompecabezas dispersas que poco a poco se van junnnclu raía
pre por su libertad cuando esta ha sido amenazada y así lo harán formar un mapa del hemisferio occidental, con la vo/. de un comen
cada vez que sea necesario^-*. íarista que dina: «Hstc es eí hemisferio occidental -12. naciones-
A propósito del cuidado en !a elaboración de guiones durante ;;i.:e albei'gan a 2"5 millones de personas casi comph'rame:irf unida1,
¡a Segunda Guerra Mundial, hubo algunos problemas en el guión de .onrra ías fuerzas de ía agresión y e! terror»' 1 , !:.! nifnsa'j df unida.!
esta película, que personal del Departamen.ro de Kstaco no tardo en es relevante y se enmarca dentro del esfuerzo norteamericano de
corregir. En una carta del 29 de enero de 194"í, L.iurence Duegan, LOnsohdación de un bloque hemisférico en el que había nauom1;
quien cumplía funciones de asesor de relacione^ políticas del Depar- díscolas como Argentina y Chile, que se negaban a romper reiauo-
tamento de Estado, expresó una serie de. objeciones con el guión de nes con e! E¡o. Por lo mismo, Karl Kamb. de la .\:i'SA, ie ^ugnió ;\s incluir un
ia película, cuya finalidad era: «cambiar la neutralidad de Chile por
una declaración de guerra contra los nazis, pero será pioducida de tan duro>-, pero que hiciesen ver la falta de compromiso de Ar.eenn-
modo que en caso de que Chile declare la guerra antes de que el film na con ia causa. i'Jbiic en cambio resultaba ser un buen CsOmpio, v c-,
esté listo, podamos darle e! carácter de presentación institucional».^ 1 así como fue representado en el guión tomo, «una nauon que le ¡rae
Entre las correcciones hechas al guionista Joím Higgms, se pueden beneficios a su gente sin tener que recurrir :i ninguno de 'os ¡SITIOS:
mencionar las siguientes: fascismo, nazismo, comunismo, y sin utilizar la violencia propí:; de
esos 'ismos'» 5 '. K! guión nunca se convirtió en película, porque Cinie
PííCüifis 2-3-4, Debido a que los ehilcnos son qente orgutiusa v
sensible y ÍLLS seissihihdades son muy dtsnnras Je las ^ngioíajnnas, dejó la neutralidad cíe lado a >:omien?.os de 1943, pero v] : ¡(,cíar.o;i MS
ellos segímiTísitri.: se molestarán con la secuencia que eoniieiua di- guiones y cartas que testifican sobre el impacto regional qr.c se biz-
cien jo 'Vamos a tomar ía República de Chile', c'-'e conrÍP.ud hasra caba con una película dedicada a Chile.
la pagina 4. P.ígin.i 9. La afirmación de que todos en Chile poseen
una r.tdio es incoiTecra y la afirmación de qu:- la mayoría de i?s
Más allá del enorme esfuerzo de vanadas msmuoone^ para evi
ñutieres chilena, incluso la? de familia-: ncas, h'ibnerui íu propia tar roces a partir de la producción cíe ri'ms para Aménca Latina-
ropa, seguriimenre procíuciiJ una reacción ¡uivcrSíi emie los chi- igual se produjeron tensiones. Lstas se explican por la forma a s i -
lenos. Página 10. La reíerenciíi úe que los tm:v,;aJores i.hii"nos
métrica de ver y valorar las rc-prescmaciones procb.K id-is sobr'' ia
gnnan un salaiio muy bajo y que Chile es demasiado pobre como
para aumenrar >;¡s sueldos Jebe ser evitada. Pacmd 3 d - L/ ¡"cfeicn- región. Así como toda representación d<' algo o alguien no1' pfTi7i¡rf:
aproximarnos a la identidad de quien la elabora, roda reKxión jrm-

C.h'.íc:\ahant Nítti *n [guión]. MHL, Moriun i'icnirr Sn^ier-- tor riic ,\nieric¿is G.!rta de Lauíencc Duggau do] DepEUtinento de f s r d d ' 1 n ¡o-
Records, C;ii^ 8, Carpeta "Chile: Valia ni Na non". r.icls, Bons^l v Stiíbier, 29 ds enero de 1^43. MHL, Moñón rí.Tc
Reporte mer.v.iaí de Wakír Wangcr, Presidente de Is VPS,\ N'Hson Kocke- che AmenUii Re^crcis, C,i|,i 3, C-irpet^i .-('lnk: V/iíi r mf N'Lilu->:i
ffelcr. Director de to f'C.iAA, noviembre de ti>42, 15. N,-\, Recotcl Group Chile: V(¡!LI>¡: Ví7/¿¡»! (gLi¡( : -nJ.
229, Ca;a 961, Caipetn «Monthly Repom»
•. ; i,h:¡s r'Ti'í'soriMi. iones nos brmd'i la o p o r t u n i d a d de Compren _íer que el p i n g ü i n o v i a j a Jesde el polo sur hacia ti norre para ti'i'rrnriar
r n e í o i bs i d e n t i d a d e s de los receptores. Es así como 'as lepresr-n- sudando en una hamaca en las islas CiaUpagos, de Ecuador".
ta, iones p l a s m a d a s en r-1 cine norteamericano clan cuenta de una Las expectativas con respecto a las películas cíe Disney d u r a n t e
v e r d a d e r a i d e n t i d a d i m p e n a ! con características paternalistas con la Secunda Guerra M u n d i a l tueron muy altas en América L a t i n e ,
íespccto a L a t i n o a m é r i c a , lo que los llevó, más a l l á de! reconoci- por ia presencia del propio Disney en la región d u r a n t e los ultimes
m i e n t o de. m u c h a s Je sus peculiaridades, a entender y representar a meses de 1941. En Uruguay, Disney se reunió con el Presidente de
cada nación cono parte cié un escenario mucho más amplio. Por su la R e p ú b l i c a , siendo declarado «invitado de honor» en ia ciudad de
parce, d i s t i n t a s naciones latinoamericanas como Chile observaron Montevideo. Además, el ministro de Educación suspendió las clases
l i s representaciones de ellos deseie una lógica que siempre tendió a de ías escuelas para que los niños pudieran s a l u d a r al gran Wah
p; . v i i e q i a r e¡ orgullo y la identidad nacional. Disney en las calles de la capital. El problema es que Saludas Awigos
[ :< emblemática producción Je Disney, Saludo- Amigo.!:, cíe no incluyo a U r u g u a y en n i n g u n a de sus secciones, lo que explica
1S'42. nos í i r \ ^omo un buen e i e m p i o para e x a m i n a r las tensiones la amarga desilusión de los uruguayos luego del estreno de la pelí-
p r o d u c t o ele las miradas y valoraciones identitanas asimétricas en- cula, en donde, ral como explicó un agente norteamericano desde
riT Estados Unidos y distintos países iannoa.menc.anGS. Para reali.-'.ar Buenos Aires, <das críticas a r r a s a n porque Uruguay no rué represen-
esn p e l í c u l a . D i s n e y v i a j ó ron v a r i o s asistentes a Sudamérica entre t a d o en la película. Los periódicos han señalado: ; apait'ntemente nc
agosto y o<,r:;hre ;ie 1941. La ¡dea original, ral como se estableció existimos'»' 1 .
;TI el contrato con el D e p a r t a m e n t o de Estado, era p r o d u c i r 12 pelí- Observando desde ia perspectiva nacional, pero con d i ü t m i a
' u l a s Je.ueada^ a d i s t i n t o s teny-JS y países, pero ya a inicios de ]942 suerte en la película, la prensa Argentina reaccionó favorablemente
se h.ibs'a d e c i d i d o ar.ruparlas en rres hims con cuatro episodios cada «1 hím, aunque exagerando el protagonismo del personaje «argen-
'.i:u. de "¡odo de. '.<enían/.ar los lazos comunes due u n e n a la enrice t i n o " , el GüuJio Cjoofy (conocido como Bucéfalo en A r g e n t i n a y
ck- la? A m e n c a S " \e el momento en que se tomó esa decisión, Tribilín en C h i l e ) . En la reviera Estampa, Goofy es ¿indicado CO.TQ
,:,¡d,¡ país. <j ti; tíar representado cobraba importancia en r e l a c i ó n al el "personaje cenital» de toda la película, destacando incluso por
resto, ciluyendo las d i f e r e n c i a s nacionales. Esto se [levó a tal extremo
]ue c! pr¡me¿ episodio de- Salad-'is Am¡$o± sobre el I.ago Titicaca, en 'J F.r. el ¡>iüvecrj onecía! si1 contempUtbar. 12 coiTDineíraiCi. PULO n : ás rr.itlt
donde apare, e e! Palo Donnkl (unco a la llama P u í u , fue concebido -e d-.'C^lió ha •.>•[" n e s películas •. on c u a t r o episodios cada un¿i. Lúe ti o Je !^.
in:.en;.TiTK'ije en los estudios Disney como «un episodio b o ' i v i a n o f ' V u l x M c u j r . de lí película '~>,TÍ:id»s ,Aw;^(j3, los estudios Disnev optaron po/
jx'ahzdi i i ü a ií^nrixlu p^ií^ula que si- t u u í a f i a S n . p r f i e 1Ja<,1i^\ii'- donde se .i:>:¿-
\ p e r u a n o ' - . :>;;! i m p o r t a r ¡as sensib^s distinciones nacionales enrte
I-Í,H: ía¡¡ uiitnitai. ¡:sc¿nas de va¡ ;aüa^i lugares de modo de evn ir tener c u a u o
ambos paí>ei. Algo parrado ocurrió en el case de! P i n g ü i n o Pablo, -v^memuj c l a r a m e n t e diíeuencudo!.. Ese proy?L!o tetinmó estrenándose en
que o n g i n a l m e n t e íue Breado corno un personaie chileno y después H4,i r,jio el t i t u i o Tbrcs C.i^íí¡/¿'r;,'í. La tercera pelícuii-, es;ipi:Lida en *. I
sr- tr.nis'ocmó en representativo de !a «costa oe^te sudamericana». ooatrvitC' íiLinca st reaSnó, y para ello se inzo u n a enmiendd al c o n r i - e i o
e n r í e L-t ü!Íci;¡a tie¡ Coordinador de Asamos Inceramer^anas y W^St Di^r.u,'
!.T. L\a r."v í'ah\?¡ís<-ij<, estrenada por Disney en 1945, en U Prod.'.ermni Iiv.. Carta de Wailaos Harri ; on i Roy Düney. 13 d; nuivo de
i ^ 4 S . NA il, Record Cn^aip 229, Caja 960, Caipeta «Conir.K-ts and íhuile
in^nts > , s/t.
. u r o n z j a ó n Je! Pro;, tvso « W a l t D Ü D C V See^ Soiuí1. Ainencíp-, i 2 Jt 1 d i u e n i - ' Repone conndenc:al Je la Oticinn del Cooi'cÜnador de Asuntos Intenuiier: •
••? :c 19-! ' . . ' c M n i í i L i i i i r j r i o i i s D i v i s i ó n , Moñón P^aire Staian and Lesa! i.ü'.üi- - I J i ' u g L i á / j n s i c s ^ n t winission oí rh,u country fron- Disney g o o d - w i l i
) i v ü i > j n , i it!](.-: oí ri-,f Coo: J i r u u ü r of l i K f i - A n i e i i t . u i A;!airs. NA II. Record M n i i « , ^ de i i i m o de 1943 NA II, Re^rd Group 229 : Ca¡.i 95^, Caí per.t
p¡ou| /.¿-). í. ?.-;i 2 l o , ( ,2;r;ifta i-Wjlt D i s n e y Se¡-^ Sooth Ames i ^ a - , s't
scv'i! c José Carioca, a q u i e n a p e n a s se menciona er 1 el r e p ó r t a l e . Así
m i s m o , el film era considerado como un verdadero ' ( h o m e n a j e a ;a con un t i t u l a r que cecía «Wair D i s n e y rio se o i v i d ó ck >. .n,.!'. 1 ^, pe ( i o
A i g e n t m a » de p a r t e de Disney, algo reafirmado por ios mismos pos- con una visión ¿ hsohiumcnte n a c i o n a l i s t a q u e i n r e i p r e r o rl c a p . t u i o
rcrs de p u b l i c i d a d d i s t r i b u i d o s er, ese país, que m o s t r a b a n a Goofy de Pedio como un v e r d a d e r o ^ r e c o n o c i m i e n t o , de in que C h i l e im tu--
b a i l a n d o m i l o n g a con su c a b a l l o , dejando en segundo plano al resto ci:o por la a v i a c i ó n c o m e r c i a l . Representa ¡o heroico, ¡o e^orzado,
de los personajes. o que está más a í l á des c á l c u l o v el gesto interesado»' 1 '.
Es n o t a b l e corno el episodio sobre el lago Titicaca, que rra el D i s n e y y todos q u i e n e s p a r t i c i p a r o n en das distauas a^er^Ms
•o de !nc r-i-.^f^ -••- - q u e produjeron películas dedicadas a la propaganda de gun-ra, s:
... . . ^. ; ¡iü un c a p i i u i bien hic-ieron un esfuerzo por e v i t a r fricciones a p a r n r df las rt-pre-
La p u b l i c i d a d de £/ Cerne?ció de Lima i n d i c a b a el estreno de. ia sc'ntaciones. nunca d c i a r o n cíe representar A m é r i c a Latir.a en su con-
película en el Cine Campoamor, a n u n c i a n d o que el film coníema junto, considerando a ^acla pais r e l e v a n t e sólo en f u n c i ó n del resto.
"escenas típicas del Perú, Chile, Argentina y Bra/.il por el mago Walt A d e m á s , e l simple h e c h o de que Esrad.cs U n i d o s q u i s i e r a desarrollar
Disney»'"' 5 . proyectos fíimicos para representar a otros, en este k,aso Lat;noamc
Las reacciones en C h i l e f u e r o n negativas por d i s t i n t o s motivos. rica, es sintomático de su actitud i m p e r i a l , especialmente ^ -,*• c.o¡n-
Primero porque e! personaje chileno, el Avioncito Pedro, n o m b r e ele- para lo acontecido con los proyectos íHrrücos l a t i n o a m e r i c a n o s de
gido para h o n r a r al presidente A g u i r r e Cerda, q u i e n cruza los Ancles ¡a época (mexicanos y argentinos p r i n c i p a l m e n t e ; , que t e n d i e r o n a
}• l u c h a contra las dificultades climáticas y el temible monte Aconca- destacar lo n a c i o n a l , dando claras muestras de estr diálogo a s i m é t r i -
gua para traer una posta! desde Mendoza, es mucho menos atractivo co en donde no se producía ni v a l o r a b a el cine de i g u a l mod<~>.
que Dónale!, Goofy o el alegre José Carioca, protagonistas de los
otros segmentos. También h u b o decepción porque se trataba de una
película <<sobre temas sudamericanos», que no destacaba a Chile lo
suficiente, como a n u n c i a b a El Mercurio con un tono de decepción 1 '.
L& revista Hoy apuntó con desilusión que «e! Aconcagua apatece Un ten¡a como el aquí desarrollado, que tiene que ver con re-
como un gigante a m e n a z a d o r y terrible. Pero ni las ciudades ni los presentaciones de ia aíteridad, recepción y \ a l o r a c i o n cié las mismas,
campos de Chile impresionaron ni a Vv'ait Disney ni a los de su equi- imperialismo e i d e n t i d a d b r i n d a posibilidades enormes al escoger
po», algo que esperaban con ansias luego de las enormes expectati- como punto de observación ai cinc. Ksto debido a su m a r c a d o impe-
vas generadas producto de la visita de Disney el año anterior, c u a n d o ro socio-cultural y a que constituyó una de las forman mas poderosas
lo h a b í a n visto filmar "los pasos de la cueca, e! rasguear de las g u i t a - de divulgación de representaciones en e! periodo c o m p r e n d i d o en f l
rras y ti rápido m o v i m i e n t o de las manos en el clásico 'tamboreo':», estudio. Los alcances sociales, económicos, políticos y d i p l o m á t i c o s
así como "los vistosos t r a j e s cíe buaso de 'Los Quir.cheros'», todo del cine, evidenciados en los ejemplos entregados, dan c l a r a mués h a
esto representativo de la "verdadera crulenidad"'*. A pesar de todo, del sentido articulado!' de fuerzas y proceso^ históricos m u n d i a l e s
h u b o algo de complacencia y se agradeció a Disney en revista Ecran por parte del cine n o r t e a m e r i c a n o ; d u r a n t e la p r i m e r a muad del
siglo XX. Este rasgo sobresaliente del cine abre p o s i b i l i d a d e s para
vincular Instoi ¡as. actores y procesos históricos, c o n t r i b u y e n d o de
FFRNANUO

paso a internacionalizar nuestras miradas históricas, comúnmente DE LA HIGIENE INDUSTRIAL


¿in (Jactas a la nación como categoría de análisis preponderante. A LA MEDICINA DEL TRABAJO:
Convencido de que las relaciones internacionales involucran no l.A SALUD DE LOS TRABAJADORES
sólo ¿i estados y servicios diplomáticos, sino fundamentalmente a EN AMÉRICA LATINA, 19x0-1970
sociedades, cuyos intereses son sólo mediados por e! Estado y su
apararaje diplomático, considero fundamental el que se preste más
atención a aspectos culturales y su impacto en las relaciones interna- Ángela Ver gara Marshall
cionales, como ía circulación de representaciones cinematográficas
que marcan, moldean o influyen en las relaciones entre sujetos histó-
ricos de distintas naciones. De ese modo podremos avanzar hacia un
marco interpretativo más amplio de las relaciones internacionales,
que se complemente con el político-diplomático. Una mirada de este
tipo puede contribuir a insertar en forma renovada nuevos actores.
Introducción
teínas y problemas dentro de las narraciones históricas que vinculan
io particular de las naciones a procesos históricos compartidos con EN MAYO UF 1955, el Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana
otras naciones o de orden global, porque, tal como nos recuerda Joa- señalaba la necesidad de crear oficinas especializadas en higiene in-
quín Ferrnandois, «este país no ha sido jamás una realidad aislada, dustrial en América L a u n a . Citando el trabajo realizado por médi-
que se pueda comprender en sí misma»'". cos en Estados Unidos, la Oficina Sanitaria Panamericana indicaba
Si bien es cierto las tradiciones histonograficas modernas están que sólo a través de la organización de servicios públicos de higiene
vinculadas inextricablemente a la nación, también lo es que existen industrial se podría mejorar sustancialrnente la salud de los obreros.
recursos metodológicos y temas para diversificar ¡35 posibilidades de Máb que sanar, la higiene industrial buscaba prevenir los maSes y
comprender problemas históricos que trascienden ios amuraÜamicn- riesgos que aquejaban a ia clase trabajadora.
tos ficticios de las historias nacionales. En !a linea de lo postulado
por Thomas Bender, se puede agregar que propuestas como éstas no L,¡s enfft medades profesionales son en gran parte prevenibles,
buscan superar las n a r r a t i v a s nacionales, sino apelar a la existencia y roda profilaxia implantada se reflejará en el mejoramiento de la
de una plenitud de narraciones históricas en ¡as que las historias na- salud general de la localidad d.ida. Dada la creciente, y a veces has-
ta lamentable, tendencia universal hacia 1?. industrialización, pocas
cionales son sólo una posibilidad y no ia norma 4 1 . Este trabajo, que ramíis de la medicina preventiva superan en importancia a ¡a hi-
considera diversas escalas de análisis que van desde lo imperial hasta giene industrial, pues ésta se ocupa de \ salud, el bienestar y hasta
lo nacional, constituye un ejemplo de los esfuerzos que se pueden los derechos de una gran masa de \ población y que puede hasta
dar para internacionalizar las miradas sobre la historia chilena. comprender la mayoría de ésta 1 .

La opinión de la Oficina Sanitaria Panamericana es representa-


Joaquín Fermandois, Mundo y fin de mundo. Chile cu la pnliíica mundial tiva del «.reciente interés de médicos e higienistas latinoamericanos
IVfíO-ZnfH (Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2005}, ¡6. por el mundo del trabajo y las consecuencias sociales y médicas de
Thomas Bentler, «Historiaos, che Nation, and thc Plcnitude of Narrarives»,
t>n Thomas Bender (ed.) Rethinkiiig American Histmy tu a Gliihát~A'ge "Un programa práctico de higiene ¡ndusmí 3n/eíÍH cíii ia Oficina Sainla-
(Berkeley: Univcrsiry of California Press, 2002}, 1-2!. na Pciiiamüriccina, mayo de 1935, 480-482.

¿15
160 Los pobres de la clase media: estilo de vida,
consumo e identidad en una ciudad tradicional
Bibliografía
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edición antoiógica. Lirria- Ed;'.Concejo Provincial de Lima, tomo VI En 1907, dos inspectores municipales publicaron un informe
crónica, - , "'-', sobre la vivienda en Lima, en ei cual escribieron que la clase
Cisneros. Carlos, provincia de Lima, Lima £d Litográfica de Carlos Fabn °krejQjjr_baiTa^se dividía en dps_grupos El primero, conformado
1911 por "trabajadores de humilde condición, artesanos, obreros v
Diez Canseco. José. (Muítatuli). Las caí/es de Lima. Lima 1945, capítulo jornaleros' 1 , y el segundo por "los que pertenecen a la clase media.
Vil!. mujeres en su mayor parte, para los que otrece rnaycre£_esco!lo.j
Fuentes. Manuel Atanasio, "Amancaes; bailes nacionales", en Festival de I ¿"lucha por ja existeñ^rT^pTíH^c^éscnbír las condicione?
Lima' edición antológica. Lima; Ed. Concejo Provincial de Lima insafübres de los callejones y solares en ¡os cuales vivían ios del
tomo VIII.
primer grupo, continuaron:
Gamarra. "Abelardo. Lima: unos cuantos barrías y unos cuantos tipos tal
comienzo del siglo XX). Lima- Ed. Pedro Berr;o. 1907
"En condiciones aún más desventajosas se hallan Sos sujetos
Uaguirre. Rómulo. Influencia de las habitaciones en L'ma sobre las causes
pertenecientes ai segundo grupo, porque por preocupacio-
de mortalidad. Tesis de Doctorado de la UNMSM. Facultad de
nes infundadas, por pretendidos respetos sociales y por
Medicina. Lima: Ed Imprenla Opinión Nacional, 1906.
otras causas igü'áTmélVlenirnias. se alejají de ios solares"y de
Mariátegut. Ricardo, El Rimac, barrio limeño de Abaio e! Puente. Lima 1
16T caite fon es, para buscar su albergue sea en las gran des
1956. • í
casaste inquilinato o en las llamadas casas de familia Y en
Marquma. Hugo. Una exploración médico social de 50 cosos de uecindcd
ambos casos, en particular
p a r t i c u l a r eenn e segundo, ocupan
de Francisco Pizorro. Tesis de Bachiller de ¡a Facultad de Medicina
entresuelos, sotabancos, habitaciones interiores ubicadas
de la UNMSM. Lima. 1955 •' :
cerca de los corrales y otros lugares excluidos, i n m u n d o s
Miró Quesada, Carlos, "Lima ciudad de Santa Rosa", en Fesüuaí de Lima.
retretes, pequeños, húmedos, sin luz y sin ventilación,
edición antoiógica, tomo I.
verdaderas madrigueras en las que sus moradores viven,
Panfich:. Aldo. "Juventud, .tradición y Irabajo". en Poríocarrero. Gonzalo.
cocinan, satisfacen todas sus necesidades, respirando una
Los nueuos limeños. Lima' Ed, SUR y TAFOS, 1993.
atmósfera infecta, sufriendo todas las penalidades inherentes
Pardal, Tornas. "Las misiones de Malambo", en La Protesta año 11. No
a la permanencia en un ambiente en que el aire está
38. 13 de febrero de 1909
confinado Esas son_en_realidad las habitaciones jj¡¡i_a-aiitL
Portal, Ismael, Cosos /i/nenas: historia y costumbres. Lima 1911
hjQiénicas ue
Portocarrero. Julio. Sindico/ísmoperuonc: primera etapa 1911-1930. Lima:
Ed Gráfica. 19S7
5(ein. Síeve. "De ¡a clase a la política Víctor Raúl Haya de la Torre y la
institucionalización de la protesta social en los años veinte . en F.l
APRA. de la ideología a la práctica. Lima: Ed. Nuevo Mundo.
1989.
1 La investigación que hizo posible es'.e trabajo fue pairo-cenada por la
Comisión Fulbright. la Fundación Interarnericana y el Social Science Research
Tejada R . Luis. La cuestión del pan (el armrccjnsjndica/ismo en el Perú
Council de los Estados Unidos. E! autor agradece a los edi!0 r es ríe este
1880-1919}. Luna Edj Instituto Nacional de Cultura y Banco
volumen y a Max Líbano por su ayuda en !a redacción de! texto
1988 ! f
2 Sasurco, Santiago y Leónidas Avendaño "Iníorme e r r i t i d o pnr i.-',
comisión encargada de estudiar las condiciones s a n i t a r i a s cié l^s casas de
vecindad en Lima, purera partt; 1 , en Perú, Ministerio de Forrer'o P.rprcr'r;
de SaiubriEted. Bcreíín 3 1 L:ma abrí! ¡907 p 6
de vida

F:l informe I ama la atención por dos razones vPnmcró) en b¿uaas_£xclusivarnentc j;icos o pobres. Era cierto que la élite
re s u jid sorp re n d e n t e que los inspectores tenía su zona de preferencia en el centro de !a ciudad (distritos 2
j^jjn_c;rupo de j3ej^onas_ y 3), mientras,que las. farnilias pobres se,agrupaban con mayor
miseria, s;n mayores recursos económicos. Pero así f u e ; los densidad en los Barrios Altos, alrededor del Mercado Central, o en
inspectores destacaron que esas mujeres eran de clase media, a ios distritos del Rímac y La Victoria, Sin embargo, no había
pesar de sufrir una pobreza aguda que las obligó a vivir en avanzado mucho el proceso eje segregación residencial, de modo-¿-
condiciones aun peores a las que tenían ios artesanos, obreros y que ricos y pobres seguían siendo vecinos, y la mansión elegante
iornal<?rjs. En fin, manejaron una definición de la ciase rnedia_qjje frecuentemente se encontraba al lado Sel callejón 4 ; Así, pues, no,,
uoco o nada te nía _ querer con los índices soctoeconórmeos que era el barrio sino d tipo de domicilio ¡o que contribuíala marcar_gj. -L
:anto utilizamos en las ciencias sociales. Retomaremos este lema status del habitante.
mas adelante. Feto el problema es nnás complicado aún v En la Lima del
•^egunclq} el informe notó que un gran número de personas, 1900, la vivienda mas común todavía era la^cason^ colonial,
teniendo isT opción de vivir, de alguna manera, mejor en los norrnalmenrir~cíe~uno i p~dos~plsos, con sus docenaTcle cuartos
callejones o solares, no obstante escogieron jfi/grjc?r alojamiento' en rodeando los patios interiores. En teoría, la casona debía albergar
las casas de inquilinato o llamadas casas_dc familia. Pero ¿por qué? a una familia aristocrática extensa, con todos sus parientes,
¿Cuáles eran las "preocupaciones infundadas", los "pretendidos servidores y agregados. No se imaginaba a la casa colonial como
respetos sociales" que los llevaron a actuar de esa manera? Según una simple inversión en bienes raíces, sino como un espacio
los inspectores, estas familias simplemente "prefieren vivir en cnn. sij_prppia hklnria raracler y porvenir. Pero, en la
recintos inmundos e insalubres, para cubrirse con lo engañoso de ..práctica eran pocas^bs .familias que no precisaban del dinero
la residencia en una casa decente"3'.~En otras" palabras, ¡as casas de por el alquiler de varios departamentos. Por consiguiente.
vec i rielad y casas de familia gozaban de un status socio/ superior al las familias déla élite haciaKarab esíuerzopara buscar a inqudinos
de los callejones o solares. Aquéllas eran consideradas "decentes", "decentes'', y escogían a sus arrendatarios con mucho cuidado,
a pesar de una realidad que a menudo contradecía tales prejuicios. pidiendo referencias como si se tratase de un empleo de alta
Y evidentemente .parejos "pobres de dase media", el prestigio de ^-confianza. Sus motivos eran dos: por un lado, era sincero su temor
la vivie_nda_era rrjá5_¡jTvportante_guc su condición física e higiénica. vl-tüe que un extraño indeseable estorbara la seguridad y tranquilidad
dei hogar"1 Por otro lado, insistir en inquilinos "decentes" les
r\a ocultar su interés económico tras la fachada de un
í. La vivienda "decente" en la Lima de 1900 patcrnalismo laudable. Al encontrar un arrendatario lo suficiente-
mente respetable, se acostumbraba tratarlo corno si fuera un amigo
Para entender el actuar de los sujetos de! informe, hay que
considerar la jerarquía soaaLcjgjiaj4yjg-Qda_.g_r). Lima_aj2rincipios de
sigip y la geografía humana de una ciudad todavía con fuertes
rá39£5_£oionialet, Entre 1910 y 1920. la ciudad^noj^staba dividida '1 Sobre las características de los distritos de Lima, véase Basurco. Santiago
y Leónidas Avendaño, op e j e . "primera parte", pp. 38-58. Tejada. Luis. Lo
cuesnón del pan. Lima; INC. 1988, pp. 33-40.
5 Véase ¡a disiincion entre'casa y calle que es tan importante en el trabajo
3 Basiirco Santiago Leónidas Avendaña del lamoso historiador brasiteiro- Freyre, Gilbeno. Sobrados e rnucomfcos 1
encargada de estbdiat las condiciones sanitarias de ¡as casas de decadencia do patriarcado rural e desenuo/uimento do urbano. 3a. ed.. 2 vols..
ennaad en Lima, segunda parte", en Perú. M.nisteno de Fomento. Direcnór Río de Janeiro- José Olympio, I96i También Graham. Sandra Lauderdale.
Salubridad Boletín 3'5. Lima: mayo 1907 pn 65-66 HouseandSíreer The Domesfic World of Servante and Mas¡ers ¡n Nmeteeníh-
Centuty R1® d*' Janeiro. Cambridge: Cambridge Universtty Press. 1988
166 . vid S. Parker Los pobres de ta cía .nedia: estilo de vida. . 167

cada año. Perojajeorfa persistí^ no obstante la realidad. El peso censos), mientras la ciudad cambió de lina aldea colonia! a una
deja tradición^ y sobre todo esta desconexión entre una jerarquía ciudad compleja, se hizo cada vez más difícil saber a primera vista
de prestigio y otra de dinero nos explica por qué los inspectores quién era quién. A pesar de una Ideología que reivindicaba ei
municipales hablaban de 1a£Dobres de la cíase medía". Auñg^uesin apellido como el determinante del.síofus, ya no había manera de
f dinero y viviendo en condiciones miserables, las mujeres de ¡as que hacer efectivo un sistema de jerarquía por árbol.genealógico. Es
~K*habla el informejgjj^íaQjsg_rgauisitos de decencia porque eran evidente que en la gran mayoría de los casos no hubo controversia
blancas, edúcadásy. sobre todo, de .,aJ?f!Jjjgg_Sgriocidos. "Clase -un Prado o un Miró Quesada no se confundía con el panadero de
media", entonces, parecía una descripción apta -según las regías la esquina-. Pero surgieron excepciones con mayor frecuencia de
vigentes de estratificación social- para estas personas que la que la élite admitiría. Con el rjo^kirüg ^nfíp."?*'0 urbano, el
difícilmente se ubicaban dentro de uno u otro de los dos oligarca venido a menos bien se podía confundir con e! arribista
estamentos 7 . que lograba efectuar un estilo correctamente aristocrático. Ninguno
En la Lima de ios años 1910 y 1920, muchos miembros de de ios dos poseía la fortuna de los nuevos ricos, pero según el
la élite sagú ion T u i vindicando ia idea de que las clases sociales no oligarca venido a menos, el dinero nada tenía que ver con ei
se defiman por _ej___d|nero. Paradójicamente, este hecho prestigio. En oirás palabras,_cuand_o ia antigua élite luchabajoor
explicarse como una respxi^sía al crecimiento de un nuevo grupo defender su pos i c ion Iré n le a I poder de| _d i ne ro recie n a d q u i ridg.
de enriquecidos en e^oorr) exportador ¡que siguió a ¡a Primera deicTqüe en el proceso ¿e^abrierdn.nuevos caminos de movilidad
Guejra Mundia! . Mientras que los^nuevos ricos buscaban redefinjr para algunos -acaso ios más uíuos- que no tenían apellido, nf
las regías de estratificación para privilegiar los atributos de riqueza tarirpoco dinero,7 pero^TTIunL buen manT|o"~de la cuilura y ios
V consumo, sus adversarios dentro de ¡a aristocracia tradicional. modales de los privilegiados.
cuyas propias fortunas a veces estaban en crisis, insistieron nías
que nunca en preservar una definición de "decencia" basada en ei
ape 11 KJÜ , la tradición yjod o~io que "e Pdi nero no podía co mp ra r" E n
este esfuerzo, ia cute antigua recibió ayuda de fiüuras ///, El status como fachada, la movilidad como engaño
en el gobierno, la prensa y eLmundojnjeiectual. sectores donde no
era~ñada raro encontrar a los hijos de fanoilias de noble abolengo Años más tarde, Sebastián Salazar Bondy escribiría acerca
y- POCO dinero. Por cons i gu i ente", wtfattü luy io^ife" td SQclé d^TcTc! e de esta situación tan limeña:
estamentgscobró nueua_viria justo prTeTrññmpntn __ ?l_que su
fundamento-económico empezaba, a desmoronarse. "Si el pobre (...) niega su pobreza como deslino, se le abren
El problema para la aristocracia tradicionaTera ei siguiente, dos caminos: la. subversión contra los opresores o la
infiltración entre ellos. La primera equivale a una guerra y
en cuánto crecióla población de Lima (103,956 personas en 1891,
se la libra negando la legitimidad de los poderes y sus
140,884 en 1908; 223,807 en 1920; 373,875 en 1931 según los estamentos. La segunda es una maniobra y se ejecuta
mediante ardides. Por ejemplo, mediante ia imitación de
aquéllos entre quienes quiere el advenedizo situarse. Para
ser lo que no se es se precisa de un disfraz. Demos una
7 La ¡dea de una "clase media pobre" también aparece en un clásico
mirada alrededor y hallaremos decenas: la dependiente de
estudio antropológico:: Whiteford.Andrew Hunter, TuioCiíies oj Latín America:
A Comparoíiue Descrípfíon of Social Classes. Carden City. New York. tienda que remeda los modelos de fa damisela de las fiestas
Doubleday/Anchor. 1964. pp. 103-105. 114-119. de sociedad, el burócrata que se reviste de lorense
8. Basadre. Jorge, "La aristocracia y las clases medias civiles en el Perú gravedad verba!, el pequeño burgués que acomete su casita
republicano", en Mercurio Peruano. Nos 437-440. setiembre-diciembre 1963. propia copiando en modesto los regustos arquitectónicos del
pp 465-466. palacio, e! grafómeno que redacta con hinchazón y
o pariente, tj^rirodudendo__.así_el sistema ..patrimonial qi^Japjo Y esios gritos contribuían significativamente a la formación historie^'
caracterizaba a la época de las clames
Por motivos análogos a los que llevaban a las élites a buscar
inquilinos de cierta condición social, todos los que se autoestima-
ban miembros de la geme_decente -si no podían comprar casa //. Geníe decente, gente de pueblo y las regías de jerarquía
propia- querían en_cg_n_t_r_ar hogar en la casona de una familia de
prestigio, esperando que e! vivir "en la casa de Don Fulano" les Obviamente, una declaración persona/ de identidad como
cuera el selio de respeto como amigo y allegado de la familia. Por miembro de tal o cual clase, tomada por sí sola, no significaba
eso es que despreciaban tanto los solares y callejones, que eran absolutamente nada l^_pQSición^üdaU=>e~fadicafad en..cómo el
considerados solamente j3aíaJn.^.U£gmsJjDdÍQ§_y, gpntp de .rango individuo se autoidentificaba. sino en cómo era identificado por los;*
infgno_r. Sin embargo, dada la escasez de viviendas baratas en demás.. Y eso, por su parte, dependía de los prejuicios, costumbres
Lima a partir del siglo XX. ¡a realidad iue muchas.veces cruelmente y tradiciones que formaban ia ideología dominante de la sociedad
distinta. Gran parte de esta población con pretensión de decente -y Por lo tanto, e! investigador tiene que empezar con las reglas de
hasta mucha gente que sí gozaba de cierta consideración social- no estratificación social como fueron entendidas por la población de
tenía e! ingreso suficiente para alquilar im cuarto sano. limpio y la época. En cuanto a la Lima de 1900, varios historiadores,
espacioso en ia casona de algún aristócrata. Por consiguiente, estas sociólogos y antropólogos coinciden en que sí existía una visión
en edificios que por dominante de la sociedad -una idea específica _.de jerarquía_g u e
fuera tal vez parecían decentes, pero cuyos dueños -o por podernos caracterizar rnmo beaejnónjca-. Según este concepto
desesperación económica o por falta de escrúpulos- los sybdjvidían dominante, las personas se distribuían sólo entre dos clases o -para
y sobrepobiaban, con virtiéndolos en. insalubres y hasta peligrosos. ser más exacto- dos_eslümentos^ la gente decente y tangente_del
Y como bien entendían los inspectores, allí -y no en los tan pueblo. La gente decente consistía de aquellas personas que
criticados callejones- s_e hajjgkcyilas^pjidicioa^ reunían ciertas cualidades 'superiores" de raza, apellido, educación,
.eje Lima. profesión y estilo de vida".
Este ejemplo ilustra un punto fundamental, ia eleC-cJpn.de la Pero es sumamente importante entender que, según ia
.vivienda, que en cierta forma no era_nLmás ni menos que_una cu/tura¿_ideo/ogr'a dominantes, estas cualidades debían formarse
"T^decision de consumo, tenía gn signifiradn sonai muy fuerte. De en !a(^una.)ya que no era posible adquirirlas en el curso de la vida.
ninguna manera se buscaba simplemente e! sitio que mejor le La ideología dominante imaginaba que la riqueza, debido a que
protegiera del frío y del viento: se buscaba también el estilo de tiene por definición un carácter transitorio y no innato, jamás podía
hogar que contribuyera a preservar o mejorar su posición en la determinar el status del 1 hombre. En la práctica, por supuesto, la
sociedad. La vivienda indicaba la clase social a la cuaj_ung fortuna sí importaba, y docenas de nuevos ricos entraban a la élite
pertenecía -o ' intentaba, pertenecer-. Indicaba el círculo de
amistades y conocidos con los cuales uno se identificaba o quería
identificarse, e indicaba el gstlío de"üK?foque uno buscaba llevaj o 6. larson. Magali Saríaiti y Arier.e F.isen Bergniarv Socio/ Síraü/icaíion ir.
aparentar. Ahora bien, para el jornalero de medianos ingresos, Perú Betkeiey Insíituíe oí Internationa! Studies Univeisity oí California. 1969.
Jomar un cuarto en uno de ios mejores callejones de Lima no le p ! 13. Ei mismo concepto aparece en «ludios de otros países de
Latinoamérica en la misma época. Por ejempío. Scotie. James R . Buenos
parecía nada malo. Pero para los que se creían miembros Ares Pioza lo Sub'jrb. 1870-¡910. New York Oxford Untversity Press. 1974.
respetables de la sociedad, eso era un sacrificio insoportable no p 208. DaMatta. Roberto. Camináis, Ragúes, and Héroes An Interpretaron
por lo que era. sino por lo que significaba. En fin. ia elección de la o; / f i e Brazi/¡Gn Dt/emmo. Notie Dame 1 Umversify oí Nctte Dame Press. 1991
^vivienda erñ, un grifo de identidad, una manera de decir "¡así soy1". p 157, Beezley. Wiüiarn H.. Judas o! (he Jodcey Club ?nd Otber Episodes o/
Pnr/tr/on México Lincoln. University o! Nebraska Presi 1987, pp. 5-6
<

t,dvid S. Parker
Los pobres de la cía* media: estilo .de vida. 171
Muy lejos del setf-mqde man del autor norteamericano
Horatio Alger, el héroe peruano sube la escala social no por en muchos casos, no era la pobreza propiamente dicha, sino la
trabajo, ni por talento o por fortuna, sino por medio de ¡a incapacidad de seguir los patrones exigidos de comportamiento
autóinvención. Beingolea satiriza la sociedad aristocrática y, (incluyendo los requerimientos de consumo), lo que frustraba los
obviamente, el cuento no debe ser tomado como una historia intentos de movilidad o hasta .impulsaba la movilidad descendente
verídica, pero hay evidencia de que muchas personas reales
buscaban autoinventarse justamente a la manera en que Reingoiea
describe. Es difícil, pues, comprender su actuar si no fuera posible IV. Huachafería: el engaño que no engaña
que unos cuantos hábiles tuvieran éxito convirtiendo ía fachada en
realidad.
Tomando en cuenta estas modalidades de ascenso social,
Más importante aun, Beingolea nos enseña que en muchos podemos comprender también la tragedia (o tragicomedia) de
casos ia cfa,ye que abríaja puerta de_jTp^aÍida^porapjrjencia (o aquellos que buscaron auíoinventarse en pos dejajiu^iálidad pero
engaño) era~~eT^ransum^ Comohemos visto, ¡a ideología que no lograron su propósito. La palabra\huacbo¿cpsurgió
dominante suponíaTqtre-éí dinero no determinaba el status. Sin justamente a fines de! siglo XIX o principios del sigjcTXX en Lima.
embargo, es evidente que el dinero jugó un papel fundamental en para tachar a aquellos que intentaban aparentar un status ficticio1 .
este proceso de construir la fachada correcta. La sociedad La palabra servía, para los queja utilizaban, como una suerte de
aristocrática tenía sus reglas de comportamiento, que no por no ser sanción, un_ castigo simbólico para los cjjje_j^üejnansuj^^ :'el
escritas eran menos reales. Existían tradiciones estrictas que orden natura! eje la sociedad". Si las apariencias y el engaño
definían una vivienda aceptable para la .familia decente. Habían constituían ¡as armas preferidas del arribista, la crítica a la
costumbres igualmente estrictas que definían los gustos y modales huachaíería era la mejor defensa del privilegiado. Tildar ai
de un caballeroso dama -ia manera de Vestirse, cómo movilizarse adversario de huachafo era una estrategia sumamente efectiva:
de una parte a otra, dónde comer, en qué divertirse-. Para tener contrarrestaba todo el trabajo de autoinvención y. por ende,
posibilidad alguna de éxito, el arribista tenía que cumplir estos ritos disminuía el sfatus mismo del' pretendido arribista. La tacha de
sociales al pie de ia letra. Tenía que mandar a sus hijos al colegio huachafo despresiigiaba a! advenedizo con sólo pronunciarse
correero, de "mejor roce" -donde podría conocer a ios hijos de la porque, al fin y al cabo, la posición social radicaba en la estimación
buena sociedad (La Recoleta si era posible}-15. Tenía que ir al de los demás y por eso era, encima de todo, algo simbólico. Negar
sastre correcto, uno que importaba las telas de moda. Tenía que simbólicamente la existencia de! prestigio detenía el proceso de
cenar en el restaurante correcto. Tenía que pasar el invierno en ascenso tan efectivamente como quitarle la fortuna. O mejor dicho,
Chosica y el verano en Barranco. era tal vez más efectivo que quitarle la fortuna porque ésta, corno
La pobreza ponía una barrera inmensa a la movilidad por hemos visto, sólo importaba por su valor para la compra de
apariencia. Los colegios con "mejor roce" eran los más costosos; la prestigio. Es con este sentido que Salazar Bondy ubica la lucha de
vivienda decente y el traje inglés valían más que el cuarto del clases en el conflicto de calificativas:
callejón y la camisa de tela nacional. Pero lo importante es quejíl
dinero por sí solo no tenía significjicjárera1, el dinero correctamente "A fin de cuentas, el apelativo ("huachafo") sujeta el
e mpíea-d^Te rT e I consTjmgTcTqug_gaxiabái pos i cjón soci a I. Además, desborde mediocre. Pero no se olvide que también cierra
una ruta hacia la toma de la fortaleza oligárquica y el cobro

15. Descripciones de los varios colegios particulares, con sus precios de


matrícula, aparecen en Laos. Cipriano A.. Lima: Ciudad de los Reyes (el libro 16. Sobre la palabra y sus orígenes ver Pinto Gamboa. Willy. Lo huachafo:
peruano). Lima: Editorial Perú. 1928. pp. 315-323 tramo y perfil ¡Jorge Miofq, y.idp y obrgj,.L¡ma: Editorial Cibeles. 1981. pp 21-
31. 39-47
168 David S Parker Los pobres de la cíase media estilo de vtda 169

vacuidad porque supone que así es una pluma académtca. mejor traje y sombrero para marchar en las plazas públicas,
Éstos son casos de disfracismo en pos dé la categoría ..' presentándose no como proletarios, sino como hombres dignos de
respeto' . Por el mismo motivo, no eran raras las personas que
-^r E! mimetismo del arribista, muy bien descrito por Saíazar preferían tener un puesto de empleado -aunque ma! remunerado-
Bondy y muy comentado en la historia de Lima, se explica en lugar de un trabajo manual con mejor salario. Hasta los
perfectamente en este contexto-que surgió a principios del siglo. apellidos se manipulaban con vista al status social. El hijo de una
Hemos visto que la imagen hegernónica postulaba una_jerarcjuía familia sin prestigio preservaría, como segundo o tercer apellido, el
social e n r a i zadaen~a tri b_u tos" 1 nñafbs y "per rña nenie s, pe ro no era apellido de una abuela o bisabuela más distinguida. Por ejemplo.
jjiQsible saber con precisión absoluta quién poseía I osanlecécTeñtes Lucho Gómez García se convertiría en Luis G. García Calderón del
notables yjgjJJe'njio. Para el arribista, entonces, et^secretp 3e~ta Prado, aunque no se había visto a un Calderón o Prado en la
movilidad no residía en ganar_ fortuna: sino en convencer a los familia desde 80 años atrás. Tendría, por supuesto, aun más éxito
demás que uno siempre había sic/o miembro respetable de la si lograba llamarse Don Luis G. García Calderón de! Prado.
sociedad. La clave era hacerse de nuevo, reinventar su pasado, su Un cuento de la época, "Mi corbata" de Manuel Beingolea,
abolengo, su propio ser. Y debido a que e! dinero no era la única muestra claramente elparjehdeja^apanencia comojiefii
marca de prestigio, existía un sinnúmero de maneras de realizar y del engaño como medio de movilidad. Julio Ortega narra el
esta tarea_cte ju toi méDrián . Quien quería ascender socíalmente argumento del cuento: la historia de un joven empleado con un
podía escoger entre varias opciones: el serrano buscaba blanquear- sueldo mensual de 50 soles, que se convierte en un arribista
se cu !t u raímente, aprendiendo el hablar, el acento y las maneras exitoso:
del limeño' 0 . E! hombre que carecía de enseñanza formal buscaba
educarse de cualquier manera posible: hay que imaginar que las "(...) en un baile donde [el protagonista) acude invitado por
Universidades Populares González Prada de los años veinte error, las muchachas rehusan bailar con él. y alguien se lo
cumplían esa finalidad para no pocos artesanos y hasta algunos explica; 'tiene usled una corbata imposible. ¡Lo mejor que
obreros 1 '. Debido a que el trabajo manual era considerado como puede usted hacer es largarse, joven!'. Pero ha estado en
una marca insuperable de inferioridad, los artesanos buscaban un salón de clase alta, que es como haber entrevistado el
ocultar su profesión, negándose, por ejemplo, a salir a la calle con cielo y sus ángeles, y asume aplicadamente y con desenfa-
do los códigos previstos: se hace confeccionar un chaquet
su uniforme de trabajo12. Obreros en huelga se vestían con su
según la moda inglesa, finge tener un puesto público,
obtiene un adelanto a cargo de futuros favores, y recorre la
calle Mercaderes y el Paseo Colón con !a corbata más
9. Salazar Bondy. Sebastián. Limo ia horrible. Lima: Ediciones PEISA. 1974. correcta de todas. Pronto es invitado, se casa, enriquece, y
p 117. se dedica a !a política. Con agudeza. Beingolea construye
10. El historiador Steve Stein afirma que también se vendían prodvictos que esta parábola del ascenso social desde sus bases; el
prometían "blanquear la piel y alisar el cabello, pero no sabemos si muchos matrimonio, ia apariencia"".
los compraban o no. Conversación personal. 28 de diciembre. 19S8 De todos
modos era posible "blanquearse" culturalmente sin necesidad de efectuar un
cambio físico.
11. Klaiber. Jeflrey L. S J.. "The Popular Universities and the Ongins of 13. Esto se ñola en las fotografías de manifestaciones obreras que aparecen,
Aprismo. 1921-1924". en Híspame American Histórica! Reuiew. 55:4. por ejemplo, en Lo Crónica y Variedades en enero de 1913. o enero, mayo y
noviembre 1975. junio de 1919.
12. Para un caso análogo ver Pike. Frederick.B . "Aspects of Class Rglátigos 14 Ortega. Julio, Cultura v modernización en ia Lima del 900. Lima:
. 1850-1960". en Hismjii£j±m£ncQa±Íj&Qjj£Q¡_Re¡úe_ui- 4iU febrero CEDER. 1986. p. 177. Beingoiea. Manuel. "Mí corbata", en Bajo ías lilas,
24. ~ cuentos pretéritos, selección. Lima: Editorial Jurídica, 1967. pp. 93-102-
172

de los puestos de mando hasta ahora reservados a las 'L- ron e! mismo si^n ¡ficticio ^-ir-
progénitos de la casta colonial, que, alguna vez fue de distintos
intrusos, remedadores y, por ende. Huachafos ' ) A veces En t i n . ¡a palabra huachafo no era. cerno han dicho ">'r:.^-
de acuerdo con el terreno, la lucha de clases asume. como auiores. ¡a descripción objetiva de un grjpo cié individuos, pn-
en el caso expuesto formas insospechadas éstas, de índole mornialmente huachafo? LO huachafería no era de rung 1 .;:^:
semántica, aparentemente inocuas, son peculiares de manera solo la patología de una ciase media seducicU por !-;¡ ilusión
Lima" 1 '.
dt1: ascenso. Ai contrario, la palabra tenía una fundón conciern e i ,
la Jucha de clases -o mejor dicho, tenia 'ara variedad de f u n c i o n e i
Para decirlo de otra ma n e ra , 1 a p ai a bi^LJiua&ha-f o-s c rv ía
según quien la emplease- Su obietivo común era detener e!
como un estrategia -particularmente bien adaptada al medio
ascenso social que si ocurría (por lo menos en aiquno? casos I p o "
peruano- para mantener la exclusividad en el con5umo_ck_ag-ucilos
medio de la apariencia, el engaño y la au;oinvf,nción. No es po'
bÍenes_Que identificaban a la gente decgj^e. En sociedades donde
casualidad, pues, que el u^o de la palabra creció en ei mornení''
el dinero jugaba un papel, más determinante en la definición de !a
histórico que hemos descrito, un momento en el que la expansión
élite (Estados Unidos, por ejemplo)-, era comparativamente fácil
urbana empezó a desbordar tos caudales de la sociedad tradicional.
mantener esta exclusividad sin recurrir a semejante sanción
simbólica. En aquellas sociedades, con valores más burgueses que
y el nuevo rico, el aristócrata venido a menos y e! arnbisU;
aristocráticos, era el mercado ei que hacía subir el precio de los
empezaron a mezclarse y a confundirse en e! Raíais Conccrt o en
bienes simbólicos de consumo privilegiado (status symbois}. Pero en
el Jardín Estrasburgo, en e! Jirón de la Unión y hasta en k¡
la sociedad peruana, donde la élite incluía a muchos que carecían
Universidad 1 8 A fin de cuentas, es sumamente difícil explicar ei
de fortuna, se necesitaba jj e olro^criterio de exclusión que no
nacimiento de un discurso agresivo de exclusividad -cuya arma
dep_ejTd¡ej^_dej_c!inero^ La solución fue l!amaj"_huachaJ¿L-dJodo5
preferida era la palabra huachafo- a menos que se postule la idea
aquellos que buscaban pero que no "debían" estar en condiciones
de que los privilegiados habían empezado a sentirse amenazados
Írn^
Cabe aclarar, sin embargo, que no eran sólo los privilegiados
los que recurrían a la palabra huachafo para deslegitimar al
V. Mimetismo, consumo y estiío de vida en perspectiva
arribista y así frenar su movilidad. Era igualmente efectiva en
manos de otro arribista, quien la empleaba para "disminuir" a un
rival, puesto que el éxito de algunos dependía dei fracaso de la
mayoría. De no ser así, el ascenso social no sería tan raro y
En los ejemplos que siquen, veremos una característica común ••
cotizado, y no tendría importancia. La palabra también era
constante el intento de llevar, a todo costo, un estilo de v¡d<i
utilizada por personas que aceptaban su lugar en las clases
conforme a las pautas Eradicionales de decencia. Lejos de señala-*
subalternas y reivindicaban una conciencia colectiva En este caso,
una 'conciencia f a l s a ' , estas acciones muestran la única conciencia
se empleaba para castigar a aquel que traicionara a sus compatrio-
posible 1 /a conciencia de que su posición soda/ dependía /i/ncb
tas, que quebrara la solidaridad frente a los de arriba, quf
denigrara como inferiores la cultura y los modales de la clase desde
la cual provenia y que debía defender. De esta manera la palabra
huachafo llegó a extenderse hacia la población entera, esencialrnen- IB No £5 por casualidad que un -irííc',j:o pub'icado en h revista Hoyar ,?;;
1920 identifica al hu-ict-aío ÚOTIO partidario de ía Piina NIKJV^ dr A'.:qus:- P

ins'r-jp'irj^ social que dio r;r;qcn a 'a pa'db-i f'irro G^rnooíí v'.'i'í, í.1? .';r
118
Javid S. Parker Los pebres c't; !a -.dse media, esiilo de vida.. t?;

mentalmente de su éxito o fracaso en construir la fachada conecta, su dignidad. Aunque .pobres, tenían una identidad clara: eran
en asumir una identidad respetable. Al comienzo de este trabajo empleados decentes, na 'peones, y arriesgarían el despido antes de
vimos la importancia de la selección de la vivienda para el trabajo hacer trabajos que supuestamente no les -correspondían. Deza, en
de engendrar una ¡denudad visible. Ahora veamos otros elementos. cambio, era un ingeniero bien pagado, pero estaba dispuesto a
salir de su trabajo .porque . la .empresa le había quitado la
designación de "empleado",, símbolo por excelencia de! trabajo
Rechazo al trabajo manual decente. Otra vez vemos una preocupación por el status y e!
prestigio, más olla de! dinero..
Daniel Flores trabajaba, según su propio testimonio, como La imagen de que el trabajo manual era incompatible con
ayudante de mostrador en la casa comercial de Luis Gotuzzo y una vida decente tenía más importancia todavía cuando se trataba
Cía-, con un modesto sueldo de 90 soles. En 1925 fue despedido del trabajo femenino. Aunque se encontraba a mujeres en una
por negarse a "trabajar como peón en el depósito", moviendo y variedad de _.ocupaciones, desde las fábricas textiles hasta el
abriendo cajones. Flores dice en un expediente de arbitraje que Mercado Central, la ideología dominante no daba ninguna
habría cumplido'el mandado si no hubiera estado enfermo, pero legitimidad a su labor. En el^peor de los casos, habían personas
hace constar que esa tarea "no estaba comprendida dentro de las que consideraban a la mujer, .trabajadora -por lo menos hasta los
que debería hacer como ayudante de mostrador"19. años veinte- al nivel de prostituta. Pero hasta en el mejor de los
En un caso parecido, Fernando Fernández, un menor de casos, e! trabajo femenino, .fue visto por la élite como una
edad que trabajaba en la casa comercial de Abel Aguiiar por sólo vergüenza triste y si alguien "de buena familia" tenía que hacerlo
50 soles mensuales, se quejó cuando el patrón "quiso encargar(le) era mejor que ocultara, e! hecho. Por eso encontramos que la
funciones que no correspondían, tales como llevar bultos a la calle". ocupación habitual de la mujer decente era la costura a domicilio,
Cuando Fernández ie hizo "la más respetuosa observación al un trabajo que ofrecía la gran ventaja de la clandestinidad. La
respecto", Aguilar también lo despidió20. mujer que confeccionaba ropa en casa típicamente dependía de
Finalmente,en 1926, la CerrodePascoCopperCorporation, una red de contactos personales, familias conocidas que "le
hizo descender al dibujante técnico S.E. Deza de la categoría de pasaban trabajo" sin .divulgar rmós allá de un círculo íntimo de
empleado a la de obrero Aunque sus funciones y sueldo seguían amigos- su penoso secreto. Así, las apariencias se mantenían.
iguales. Deza renunció en lugar de aceptar e! cambio de designa- Manuel Moncioa y. Covarrubias satirizó esta condición en su
ción21. novelitaí-ascp/inouas; costumbres limeñas... cursis (1905), cuando
Estos tres casos son ilustrativos Rores y Fernández eran describió el .pánico de una madre cuando llega una visita
empleados de baja categoría, con sueldos inferiores al salario que inesperada, y ¡ella y sus dos hijas no logran esconder el traje que
ganaba gran número de obreros. A pesar de eso, ambos se tienen a medio hacer. Miente ella:
negaron a hacer tareas-manuales, las que veían como un insulto a
"--Qué le parece a Üd el capricho de estas niñas: se les ha
ocurrido hacerse ellas mismas un traje de baile. Va sabe
Ud. que estamos invitadas, para el baile del señor Mucho-
19. Daniel E. Flores versus Gotuzzo y Cia . 1925, No 579 Archivo General Irigo. (. .) y, aquí nos ha sorprendido Ud con la iabor.
de la Nadqn (AGN), Sección Poderes Públicos. Ministerio de Trabajo.
"Expedientes Laborales Varios" (ELV|, Legajo No. 3.
20. Fernando Fernández versus Abei Aguílar, 1927. No. 592. AGN Ei.V.
Legajo No. 6.
21. 5 E. Deza versus Cerro de Pasco Copper Corporation, 1926. No. 500.
AGN. ELV. Legajo No 4.
176 David S. Parker pobres de la clase media: estilo de vida. 177

-Y qué torpes tengo las manos. Jesús se lo digo a Ud. que Los patrones de comportamiento decente tampoco tenían
como no cogía una aguja desdé el colegio, cuando asistía lugar para !a labor doméstica. Toda familia digna, de respeto debía
a la clase de costura, no acierlo a dar puntada buena"22. tener a su chica para hacer las tareas de la casa. Y a pesar del
costo mínimo del trabajo doméstico en e! Perú -producto del
Vale decir que el cliché de la costurera clandestina no se subempleo, las migraciones internas y las grandes desigualdades
limitaba a las fuentes literarias. En e! informe sobre la vivienda, entre e! campo y la ciudad- parece que habían muchas familias que
escribían los inspectores municipales-que la más típica "pobre de hacían sacrificios enormes para poder emplear a una sirvienta.
clase media" era "la costurera "mal remunerada". Además, decían Faltan datos sobre presupuestos domésticos para las décadas de los
que esta clase incluía a "muchas desgraciadas mujeres dignas de años veinte y treinta, pero es indicador un artículo publicado en
mejor suerte, para las que no hay una mano tutelar que las 1949 que recopila las finanzas de un empleado típico, Con un
proteja..."23. sueldo mensual de 600 soles, el sujeto del informe pagaba SA 50
Mujeres que se estimaban decentes sólo entraron abierta- (8.3 por ciento del tota!) para tener una sirvienta -más de lo que
mente ai mercado de trabajo a partir de ia Primera Guerra gastaba en ropa, agua, luz. kerosene y varias otras cosas-. Sólo
Mundial, cuando las grandes casas importadoras empezaron a gastaba más para la renta (S/. 100), la comida (S/. 240) y la
expandir sus operaciones en el comercio minorista. Siguiendo el educación de su hijo en un colegio particular (S/ 80. otro gasto
modelo del deparímení .sfore estadounidense, tiendas como propio de su clase)í .
Oechsle emplearon a las hijas de la clase media para vender ropa
femenina, perfumes y otros artículos de moda. Los bancos Honor y reputación
siguieron ei ejemplo, y poco a pocct el trabajo de oficina ie quitó el
lugar a la costura a domicilio2 - Pero este cambio era mucho menos Otro-aspecto que formaba parte de una identidad respetable
revolucionario de lo que supondríamos. Según ¡a ideología era una preocupación por el honor. Para la mujer, sabemos que e!
dominante, estos trabajos no podrían ser más que un pasatiempo honor radicaba en la castidad sexual: para e! hombre, ei honor
para la muchacha de familia respetable: algo que hacer hasta que significaba algo más amplio, aunque menos concreto. Veamos
se casaba, pero ahí nomás. Consecuentemente, los sueldos que algunos ejemplos. Otto Standke, un empleado en la empresa de C
percibían estas empleadas eran criminalmente bajos, y hay E. Guyant, at ser despedido llevó un caso de arbitraje contra su
evidencia de que no pocas jóvenes buscaron trabajar en una tienda patrón. Sus declaraciones ante el tribunal indican que su
de modas no íanto por el dinero sino por la independencia y -tal preocupación mayor no íue su situación económica, sino e! hecho
vez igualmente importante- por la posibilidad de comprar con de que ei despido había "dañado su prestigio y reputación
descuento. Hasta decían que la jerarquía de empleos tenía mucho adquiridos después de muchos años de circunspección y
que ver con el prestigio relativo de cada ti'enda y la popularidad de honorabilidad"26. Sobre todo Standke se sintió insultado' por la
sus productos. Todo esto contribuyó a perpetuar la imagen de que carta de despido, que según él:
la mujer decente no trabajaba, ".o si trabajaba era por capricho, no
por necesidad. "contiene términos y expresiones que no son dignos de la
seriedad de la casa comercial que Uds. dirigen, ni de
ninguna otra, que felizmente no me alcanzan como

22. Mondoa y Covarrubias. Manuel. Las cojínouas costumbres limeñas...


cursis. Lima: Badiola y Berno, 1905. p. 36.
23 Basurco. Santiago y Leónidas Avendaño. op. cit.. "primera parte' p. 6 25. "El empleado. (* gran víctima" er. ¡Yo'. No. 16. ¡ulio 1949, pp 18-19
Véase también p. 33 26 Otto Standke versus CE Guyant. 1928. No. 1417 AGN ELV. Legajo
24. "Las mujeres que trabajan", en Hogar No. 19. 21 de mayo de 1920. No 11
esa misma actitud llevó a la organización a huir de compromisos
con la clase obrera o con grupos políticos de oposición . Aunque
estos ejemplos no se traten necesariamente de personas pobres,
El caso de Leónidas Gardillo, Presidente de la Sociedad muestran de todos modos una visión clara de la sociedad, donde
Empleados de Comercio, es igualmente un indicador. En 1921 la posición social radica finalmente en los patrones de comporta-
buscó interceder por parle de un empleado que se encontraba en miento, en el honor, en ser un caballero. La fortuna seguía siendo
conflicto con sus patrones, los heimanos Ferrand. Cuando los
Ferrand se negaron a discutir el caso, desprestigiando aiía Gordillo
y a la sociedad de auxilios mutuos que representaba, Cordilla se
sintió agudamente ofendido: Modrj/iJüdes de consumo

"Su primer impulso, A\r conocimiento del hecho, fue Finalmente, no es posible negar que las clases sociales
desafiar a los señores [Ferrand] nombrando par¿i el electo muchas veces se formaban según las apariencias, y los patrones de
corno padrinos a los Srcs Soiaci Hurtado y Pacheco
consumo jugaban un papel sumamente importante. Los restauran-
Bena'-'ides. [El duelo] tío se llevó a cabo pc,i haber
te^, ios cafés y confiterías, el teatro y e! hipódromo, y las calles
íianscurrtdo las 43 horas que señatd i¿\o respectivo
Te: mina reclümanuo el paptl de ofendido"^ servían de escenario,1 donde "el oligarca tradicional, el nuevo
enriquecido y el arribista armaban sus propios espectáculos per-
Era extremadamente raro que dos antagonistas realmente sonales. Allí veían y eran vistos; allí cada día inventaban y
llegaran a enírentarse con pistolas a 30 pasos, pero ios requisitos remventaban sus identidades para exposición pública . Y como
de etiqueta para un caballero respetable incluían el conocimiento hemos visto, era éste un escenario lleno de peligro para ei pobre
el u las armas y el protocolo del desafio No es por casualidad que de clase media. Un paso en falso, un traje de mal guslo, un
yian número de empleados de comercio, hasta empleados de comentario infeliz y todo el trabajo de ascenso por apariencia
modestos recursos, se encontraran entre los socios de los clubes de podía derrumbarse Pero las reglas del consumo correcto casi
tito al blanco, tan numerosos en Lima durante esa época29. siempre significaban tener gastos difíciles de asumir.
Seriedad y prestigio eran casi como consignas para la gente Otra vez Mondos y Covarrubias nos ilustra esa realidad a
que buscaba reivindicar una identidad decente. Por ejemplo, la Iravés de su prosa satírica. Describe a un pobre empleado que hace
Sociedad Empleados de Comercio cuidaba su reputación pública un esfuerzo nada menos que heroico para llevar a su querida a la
con tanto ahínco que en 1911, sus miembros rechazaron una ópera: íiene que tener un palco (SA 15 más 1 sol por entrada) y
propuesta de patrocinar una función de cine para recaudar fondos alquilar además un coche para llegar al teatro en ei estilo correcto.
Dijeron que ese tipo de entretenimitrilo podrid "perjudicar el buen Para recaudar esa suma empeña todas sus pertenencias (que sólo
nombre de la institución"^'. En otros cci¿os. mu,:ho menos frivolos valen SA 8) y pide a su patrón que le preste 20 soles más, cantidad

21 ¡b'd. 31. Una rnayqr proiundiíacíón bobre este punto puede encontrarse en mi
28 S-xiPaad lirr.pieüdos cié Concreto Acías de,'as JuníasD.'ipaíuaí (orno tes.s doctoral Parker. David. The Rise ~o¡ the Peruuian Midd/'e C/oss- A Socio/
II il9l9-l e »24; 22'de dic.err.bie de 1921 p 165 and Poi'dicaí History o/ Whiié-Cvlíar. Emp/oyees fn Urna, ¡ 900-1950, Stanford
29 R¿]t-rcr.cias a Sos. clubes de Uro apetece", i'.unieros-is veces ¿n \o-, !ibr:.r, Uruversity. 1990. :
".*.' actai de í?. Sociedad Ernp'eadcs ce Comercio 32. Véase Walker Charles, "Lima de Manátegui los intelectuales y ia capital
30 S'.'.c.fdad f-'rnpieacios de Con,e;eo. ¿.líes de ':¡i J'jnlas D;iejíi'^i !c.¡r,o ilutante- el uncen.u" en Socialismo y Partí cipa cien No 35. Lma. setiembre
I J r ' O J - ] 9 l y 2 de abril de 1VI. p 10 = 1966. p 79
180 David S Parker Los pobres de ia clase media: estiio de vida 18!

que le es descontada mensualmentej3. Nos interesa e! relato sobre un lenguaje esnobista como parte integral de su propaganda:
todo por la idea de que el palco y el coche alquilado fueran vistos destacaban la fineza y exclusividad de sus modas, y la calidad
como gastos imprescindibles; no obstante el sacrificio que innata de sus parroquianos. Pero, por el otro lado, colocaban
implicaban. anuncios en revistas y periódicos populares, cuyos lectores eran
Aparte de la literatura, abundan ejemplos parecidos. En otra frecuentemente empleados o artesanos de modestos recursos36. La
publicación he indicado que los empleados de comercio fueron a contradicción indica una vez más ia amplitud del afán de seguir las
la huelga en 1919 con el argumento de que el alto costo de vida pautas supuestamente "oligárquicas" del consumo.
los perjudicaba más a ellos que;a !a propia ciase obrera, porque su Existen otros elementos de un estilo de vida decente que
identidad decente les obligaba a gastar más en bienes de consumo: podríamos enumerar. Cada ííenda y cada restaurante tenía su
"categoría" y su clientela habitual, segregada de los de abajo no
"nacidos en clases sociales distinguidas,'perteneciendo a sólo por su costo, sino también por e! mal trato que podría esperar
veces a familias aristocráticas (...) poseyendo educación y • cualquier intruso. En cuanto al comportamiento. Jorge Basadre
cultura.( ..) esta clase social (es) obligada a vivir en casas recuerda que se consideraba una transgresión seria caminar por la
decentes y vestirse con relativa elegancia y alimentarse con Plaza de Armas o el Jirón de !a Unión sin corbata o con un bullo
algún confort (...} sin que su renta guarde proporción con
el alza perenne de esos elementos vitales" . en los brazos- Los jueves y domingos era casi obligatorio aparecer
por la tarde en el Paseo Colón37. Otros han destacado que hasta
finales de los años veinte la gente decente nada tendría que ver
Hemos visto lo que era y no éra'una "casa decente". Vestirse
con la música criolla: según las reglas del buen gusto la única
"con relativa elegancia" generalmente significaba usar ropa de ielas
música aceptable era la europea o !a norteamericana 38 . Los
importadas. Aunque el Perú exportaba lana y algodón y tenia su
propia industria textil, la decencia masculina no se alcanzaba sin el ejemplos siguen hasta e! cansancio. Pero para terminar, sólo
íerno inglés. La mayoría de las sastrerías de Lima eran también importa subrayar un hecho fundamental: eran estos factores -la
importadoras, y su propaganda destacaba el origen europeo de su vivienda, el consumo, las costumbres, el estilo de vida- lo que
material 35 . La moda femenina seguía igualmente el ejemplo del separaba las clases sociales en la Lima de principios de siglo. El
viejo continente. Los tres grandes almacenes franceses (£/ Bon dinero importaba, eso es claro, pero sólo según la manera en que
Marché. Prínfemps, y Galeries Lafayétte] tenían sus agencias en era gaslado. Y en esa Lima había kigar para Ips pobres de clase
Lima donde recibían pedidos de sus catálogos. Las tiendas media, para aquellas personas que a pesar de su pobreza tenían
por nacimiento, educación o suerte algún acceso al mundo cultural
nacionales también ofrecían una selección amplia de productos
importados, y sus anuncios enfatizaban la elegancia y distinción
que daban a quien los comprara. De igua! importancia es la
evidencia de que los importadores no se contentaban con vender 36. Ver, por ejemplo, tos anuncios en La Mesocracia. el boletín publicado
sólo a la aristocracia, sino que buscaban llegar a una clientela por la Sociedad Empleados de Comercio o en Ilustración Obrera, una revista
dirigid?, al artesanado.
bastante más amplia. Por un lado, es cierto que !as tiendas usaban
37 Basadre. Jorge. La vida y lo historia; ensayos sobre persones, lugares
y problemas. 2a. ed.. Lima: Industrial Gráfica. 1981. p. 162
38. Lloréns Amtco. José Antonio. Música popular en Lima, criollos y
33. Moncloa y Covarrubias. Manuel op df.. pp. 22-25. andinos. Lima- iEP e Instituto Indigenista Interamericano. 1983 Y una vez más
34. £/ Tiempo. Lima; 27 de setiembre de 1919. p. 3. También citado en hay evidencia de que esta regla fue seguida religiosamente por l¿s
Parker. David. "White-CollarLima, 1910-1929. Comrnercia! Employees and the organizaciones de clase media -en sus actos sociales, la Sociedad Empleados
Rise of the Peruvian Middle Class" en Hisj-.anic American Histórica! Rf.uiew. de Comercio seguía un programa musical estrictamente a ta manera europea
72:1. febrero 1992 pp 47-72 durante torio ese período- LaMesocracia, No 3. febrero 1924 pp, II-¡2: No.
35. Ver eí directorio comercial en Laos. Cipriano A., op cif., pp. 381 628. 5. marzo 1924 pp 6-7,
Los pobres de la v^ase media: estilo de vida . 183

de las élites. No era la suya una vida fácil, pero era una vida
posible, algo que no ha existido en todos los países ni en iodos los creyendo lograr así ei objeto que persiguen, sin más
tiempos. fundamento que la audacia, el cinismo, la miopía moral,
cualidades todas, propias precisamente, para traer abajo y
no para subir ¡Cuántos desgraciados lloran hoy, el pasado
Conclusión bienestar y la modesta existencia, que no pudieron
conservar, por haber querido saltar más allá de sus
posibilidades y vivir en el medio a que sus propios esfuerzos
En una conocida cita de Jorge Basadre. é! describió así a la estaban tan lejos de corresponder!40.
clase media peruana en esta época;
*
En estas páginas hemos observado que esta visión de la
"[SuJ tragedia ( ,.) derivó de su heroico esfuerzo para clase media era simultáneamente correcta y engañosa. Por un lado,
acercarse a la aristocracia y diferenciarse de la masa obrera
es cierto que muchas personas se encontraban en la frontera de la
o artesanal. Estuvo condenada al estilo de vida y a los ritos
sociedad respetable, y buscaban a todo costo seguir las pautas de!
sociales en el vestir y en el presentarse, constantemente
comportamiento decente. Su manera de vivir no era nada com-
superiores a sus posibilidades efectivas (. .) Fue la suya una
vida de ínfima;, tragedias, cuidadosamente ocultadas39 patible con ta práctica de economía y ahorro, y seguramente
contribuyó al empobrecimiento paulatino de muchos. Pero, por el
Esta apreciación de Basadre se basaba no sólo en su propia otro ¡ado, en la Lima de 1900 tener una cantidad de dinero
experiencia, sino también en los escrilos de intelectuales de ¡a ahorrado no traía ningún beneficio en cuanto a! síotus. Por el
época, como Víctor Andrés Belaunde. Manuel Vicente Vilíarán. contrario, ei dinero sólo tenia significado social cuando se gastaba
Joaquín Capelo y otros. Todos destacaron que la clase media sufría en un estilo de vida correcto. No corresponde entonces criticar el
las peores privaciones económicas porque siempre intentaba llevar intento de invertir capitales en la compra o el mantenimiento de
un estilo de vida que imitaba al de las élites. En otras palabras, la una ¡denudad respetable. Era como otra inversión' podría llevar al
pobreza objetiua de la clase media se debía a su ajan de vivir mas triunfo (entrada de! inversionista a los círculos de "buena sociedad")
allá de sus medios económicos. Capelo lo dijo así: o al fracaso (acusación de huachafería). Es cierto que muchos
vivían, como dijo Capelo, "más allá de sus posibilidades". Pero, por
"(La clase media csj amenazada constantemente de las un tiempo ai menos, se sentían decentes y en muchos casos
invasiones de la clase inferior y excitada por su parte a electivamente io eran. A! fin y al cabo, es posible interpretar la vida
penetrar en el campo de la clase superior, tendencias de los pobres de clase.media como tragedia o como éxito; tai vez
encontradas que la condenan a llevar vida intranquila y vivieron y murieron pobres pero, a pesar de todo, no dejaron de
desequilibrada, incompatible con todo bienestar físico y ser -en ojos propios y ajenos- de clase media.
moral Débese a esta causal que la clase media, en Lima,
sea ia más visitada por la estrechez y la miseria: y esle mal
se agrava, con la dosis de vanidad y desconocimiento de sí
mismo, que Üeva a sus individuos a pretender lugar más
alto que les corresponde por lo que electivamente son. y
que ios induce a suplantar la realidad con las apariencias

39, Basadre. Jorge. "La aristocracia y las ciases medias...


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LAS TORRES DE BABEL DEL SIGLO XX:
i n n i v r i U ' de su propia gobierno nacional: gran p a r r e de la violencia
CAMBIO URBANO, CULTURA DE MASAS
c o t i d i a n a -] u c c e n i a lugar en las provincias ha sido asociada cor: estas
Y NORTEAMHRJCANIZACIÓN EN CHILE.
oi'gauí/.a^onc-s n a c i o n a l i s t a s . Los líderes, políticos y propagandistas 1918-I93I 1
J . t i ' n o s >.in embargo, enfrentados ai desafío de una v i b r a n t e clase
i : Y Í b a j a d o r a en su propio país, c o n s t r u y e r o n u n a identidad n a c i o n a l
•••as.ida '-a¡ de una presunta supenondad racial sobre un reciente ri-
val In-hco; para eílo reforzaron eino^.iona.lrneiKe lo que los chilenos
'e.ui,;M en i-omun y nú io que a m e n a z a b a LOII separarlos. No v.abe
• "¡(ida de que e I t r a b a j o de pensadora n a c i o n a l i s t a ^ contemporáneos,

Lsíadci unidos, para rancha gente, es un gran :irtp sonde ±?. riáLr-c.-
b u la ¡romera, en l a c n a y Anca, la contingencia histórica llevó Líír, mandíbula* y se ganan millones, un grjn cJoant en Broadi-^ay, •.> ur.
-: p e í n a n o s v elídenos a v o n v i v i r en un momento en que la nación- estudie pai¡,:u'esc(i en ! os '\ngchí. Litados L'n;d•._<•; e'-, uncí iit1,"'.- de -J'.';^-
b o t a d o a l c a n z a b a su i. h n u x conio marco de referencia político y c.¡ri} que producé una intense. Jíisan-jción1
^ . h u r a l a n i v e l m u n d i a l . I n i c i a r o n un proceso social que los llevó a
••xarnLp.ar sus relaciones con ¡as naciones-Estado que r i v a l i z a b a n por
..-! •..or.Lro! s o b r e esa íro:.tei;a t e r r i t o n a l . El hecho de que los líderes fki. C:OMÜ v-N LA M i S r O R i O ü R A F Í A LL'KOPtA y Tionearnencaua U h i s
pc:!1".',-?^ e nuelectualt--:- de un Perú y un Chile en proceso cíe moder- toria de Chile suele escribirse desde una perspectiva p r o f u n d a m e n t e
n í : - í C i n n ^O!i!igurara:i í d e n i i d a d e s nacionales tan específicas entre nacionalista, Siguiendo los modelos hisronograncos europeos que
Us i-iudrs sus po'iibies c i u d a d a n o s podían elegir y, que esas i d c n t i - dominaron ¡a profesión desde el siglo XíX ; hoy, en tiempos de plena
iad"s n a c i o n a l e s r n v i c t a n que competir con otras i d e n t i d a d e s púb!¡- glohah/.ac!Ón, la ^oTicentración en la natrón se disuelve y n u e v a s
(.,;s que i n t e r a c t ú a n h a b i t u a l m e n f e dentro de c u a l q u i e r formación perspectiva^ ofieccn tina historia rijas mterrclacionada y t r a n s n a -
>uc¡ai, b¡a> c de la c o n t r o v e r s i a de Íacna-Ari^a un p r o m i s o r i o punto Cjonai.
.'•: comr.arac:óri para otros estudios de situaciones fronterizas. Ob- La presencia de Fstados Unidos en el siglo XX t u v o una i n f l u e n -
•.v:.r'.'.ir la ^or.troversi?, de Tacna y A r L a a través de! k'nte analítico del cia m u y f u e r t e en Chile, a! p u n t o de que no se puede entendei ¡a
i'acior.aiiámo y de ¡a identidad n a c i o n a l , se t r a d u c e en una h i s t o r i a msiuria de este país sin considerar las interacciones con este «co-
íO^.i.il íVia-> ci'u?. y m u c h o rn<;s amplia a c e r c a de io ¡.¡ue sucedió en la lov) del norte". Ya en los años 20 se estableció el concepto de ía
i i o n i e i a n o r t e 'de Chik;. « ¡ ¡ o r t e a m e i i c a n i z a u o n » , entendido como penetración pacír:ca, fm
mis ¡nvestigaci(Mies recientes he establecido una nueva deñrnaor: de
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