Sunteți pe pagina 1din 75

CGE

CEARÁ
PETRO

AUDITORIA GOVERNAMENTAL
AUDITOR DE CONTROLE INTERNO
PROF. TONYVAN CARVALHO
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Introdução
Bem-vindo, Concursante! É com grande satisfação estar iniciando
nossa sexta aula do curso de Auditoria Governamental para Auditor de
Controle Interno da CGE CE. Daremos continuidade com as Normas vigentes
de auditoria independente das demonstrações contábeis emanadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC): NBC TA 200(R1) .

Feita essa breve introdução, daremos início ao curso, seguindo rotei ro


abaixo:

Au la Tem a In í ci o em Pr o gr es so Por cen ta gem


Governança e análise de risco. Governança
no setor público. O papel da auditoria na
estrutura de governança. Estrutura
Au la 0 conceitual de análise de risco (COSO). 12/12 0%
Elementos de risco e controle. Aplicação da
estrutura conceitual de análise de risco.
(PARTE 01)
Governança e análise de risco. Governança
no setor público. O papel da auditoria na
estrutura de governança. Estrutura
Au la 1 conceitual de análise de risco (COSO). 17/12 8%
Elementos de risco e controle. Aplicação da
estrutura conceitual de análise de risco.
(PARTE 02)
Nor mas da INT OSAI: Declaração de Li ma.
Códi go de ética e padrões de auditoria.
Au la 2 Auditoria no setor público estadual. 22/12 17%
Operacionalidade. Nor mas relativas à
execução dos trabalhos. (PARTE 01)
Nor mas da INT OSAI: Declaração de Li ma.
Códi go de ética e padrões de auditoria.
Au la 3 Auditoria no setor público estadual. 27/12 25%
Operacionalidade. Nor mas relativas à
execução dos trabalhos. (PARTE 02)
Nor mas do IIA: O papel das nor mas de
auditoria. Nor mas internacionais para o
exercício profissional da auditoria interna.
Definição de auditoria interna,
independência, proficiência e zelo
profissional, desenvolvi mento profissional
Au la 4 02/01 33%
contínuo, programa de garantia de
qualidade, planej amento, execução do
trabalho de auditoria, comunicação de
resultados, monitoramento do progresso,
resolução da aceitação dos riscos pela
administração.
Nor mas vi gentes de auditoria independente
Au la 5 das demonstrações contábeis emanadas pelo 07/01 42%
Conselho Federal de Contabilidade (CFC):
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Au la Tem a In í ci o em Pr o gr es so Por cen ta gem


NBC TA 200( R1)
Planej amento. Progr amas de auditoria.
Au la 6 09/01 8% 50%
Papéis de trabalho.
Amostragem estatística em auditoria.
Au la 7 18/01 8% 58%
Eventos ou transações subsequentes.
Testes de auditoria. Revisão analítica.
Entrevista. Conferência de cálculo.
Au la 8 20/01 8% 67%
Confir mação. Interpretação das
infor mações. Obser vação.
Procedi mentos de auditoria em áreas
Au la 9 23/01 8% 75%
específicas das demonstrações contábeis.
Au la Nor mas relati vas à opinião do auditor .
25/01 8% 83%
10 Relatórios e pareceres de auditoria
Au la Aspectos Gerais de Auditoria
31/01 8% 92%
11 Governamental
Au la
Si mulado e revisão em mapas. 02/02 8% 100%
12
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Normas vigentes de auditoria independente das


demonstrações contábeis emanadas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC): NBC TA 200(R1)

1 CONTEXTUALIZAÇ ÃO ....................................................................... 4

2 PRINCIP AIS PONTOS DAS NBC TA 200(R1) ..................................... 13

3 LISTA DE QUESTÕES ...................................................................... 26

4 QUESTÕES COMENTAD AS .............................................................. 36

5 REFERÊNCI AS BIBLIO GRÁFICAS .................................................... 74


Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

1 Contextualização
Hoje iremos abordar a norma -base da Auditoria, que trata dos objetivos gerais
do auditor independente. Ela é fundamental para que você entenda como são
aplicados os conceitos durante a execução dos trabalhos realizados pelo
Auditor.
Antes de adentramos nas normas, faremos um breve resumo dos conceitos
iniciais inerentes à Auditoria.
Neste caso, o que é Auditoria? Existem diversas definições acerca de
Auditoria, mas todas decidem se por dizer que Auditoria é uma técnica
contábil cujo objetivo precípuo é constatar se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável. Em outros termos, o Auditor vai
avaliar se o ente au ditado seguiu as normas que orientam a forma de
apresentar as demonstrações contábeis, uma vez que as mesmas são
importantes no processo de tomadas de decisões.
As auditorias podem estar em conformidade com diversos critérios, como por
exemplo, o objetivo, a periodicidade e o posicionamento do auditor/órgão
fiscalizador. O objetivo de uma auditoria pode estar relacionado à
necessidade de se verificarem falhas em um processo e, assim, poder corrigi -
las. A periodicidade de uma auditoria pode estar relacionada à necessidade,
bem como ao tipo de negócio.
Sendo assim, Neto e Solonca (2007) apresentam um quadro com os tipos de
auditoria, separando -os em 3 classes abrangentes: forma de abordagem;
órgão fiscalizador e área envolvida. Com isso, oferecem uma ampla vi são dos
diversos tipos de auditoria que podem existir.

A) Quanto à forma de abordagem:


1. Auditoria Horizontal – Auditoria com tema específico, realizada em várias
entidades ou serviços, paralelamente.
2. Auditoria Orientada – Foca em uma atividade espec ífica qualquer ou
atividades com fortes indícios de fraudes ou erros.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

B) Quanto ao órgão fiscalizador:


1. Auditoria Interna – Auditoria realizada por um departamento interno,
responsável pela verificação e avaliação dos sistemas e procedimentos
internos de uma entidade. Um de seus objetivos é reduzir a probabilidade de
fraudes, erros, práticas ineficientes ou ineficazes. Esse serviço deve ser
independente e prestar contas diretamente à classe executiva da corporação.
2. Auditoria Externa – Auditoria realizada por uma empresa externa e
independente da entidade que está sendo fiscalizada, com o objetivo de emitir
um parecer sobre a gestão de recursos da entidade, sua situação financeira,
a legalidade e regularidade de suas operações.
3. Auditoria Articulada – Trabalho conjunto de auditorias internas e
externas, devido à superposição de responsabilidades dos órgãos
fiscalizadores, caracterizado pelo uso comum de recursos e comunicação
recíproca dos resultados.

c) Quanto à área envolvida:


1. Auditoria de programas de governo – Acompanhamento, exame e
avaliação da execução de programas e projetos governamentais. A auditoria
do planejamento estratégico verifica, não só se os principais objetivos da
entidade foram atingidos, mas ainda, se as políticas e estratégias, também.
2. Auditoria Administrativa – Engloba o plano da organização, seus
procedimentos, diretrizes e documentos de sup orte à tomada de decisão.
3. Auditoria Contábil – É relativa à fidedignidade das contas da instituição.
Essa auditoria, consequentemente, tem como finalidade fornecer alguma
garantia de que as operações e o acesso aos ativos se efetuem de acordo
com as de vidas autorizações.
4. Auditoria Financeira – Conhecida também como auditoria das contas.
Consiste na análise das contas, da situação financeira, da legalidade e
regularidade das operações e aspectos contábeis, financeiros, orçamentários
e patrimoniais, verificando se todas as operações foram corretamente
autorizadas, liquidadas, ordenadas, pagas e registradas.
5. Auditoria de legalidade – conhecida como auditoria de conformidade.
Consiste na análise da legalidade e regularidade das atividades, funções,
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

operações ou gestão de recursos, verificando se estão em conformidade com


a legislação em vigor.
6. Auditoria Operacional – Incide em todos os níveis de gestão, nas fases de
programação, execução e supervisão, sob a ótica da economia, eficiência e
eficácia. Analisa também a execução das decisões tomadas e aprecia até que
ponto os resultados pretendidos foram atingidos.
7. Auditoria da Tecnologia da Informação – Tipo de auditoria
essencialmente operacional, por meio da qual os auditores analisam os
sistemas de informática, o ambiente computacional, a segurança de
informações e o controle interno da entidade fiscalizada, identificando seus
pontos fortes e deficiências.

CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORI A

Abordagem Órgão fiscalizador Área envolvida


• Auditoria • Auditoria Interna • Auditoria de programas de
Horizontal • Auditoria Externa governo
• Auditoria • Auditoria Articulada • Auditoria Administrativa
Orientada • Auditoria Contábil
• Auditoria Financeira
• Auditoria de Legalidade
• Auditoria Operacional
• Auditoria da Tecnologia da
Informação

A classificação quanto ao órgão fiscalizador/posicionamento do auditor


destaca 2 tipos de auditoria aplicados, em sua maioria, nas organizações,
independente da área de atuação ou forma de abordagem. Essa terminologia
é utilizada pela grande maioria dos au ditores para classificar um processo de
auditoria. Desta forma, este item busca um maior detalhamento das
características das auditorias internas e externas, dando maior atenção à
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

auditoria interna, tendo em vista a sua aplicabilidade dentro das


organizações. Segundo CONAB e COAUD (2008, p. 5):

A aud ito r ia int e rn a é o co nju nt o d e té cn i ca s qu e vi sa av al i ar , d e for m a a mos tr al , a


ges t ão d a c o m pa n h i a, p el os p ro c es so s e r e su lta dos ge r en ci ai s , m e di a nt e a
c on fr on taç ã o e ntr e u ma s it u aç ã o e nc on tr ad a c o m u m d et er m i n a d o c ri tér i o t éc n ic o ,
op er ac io n a l o u n or m at iv o. Tr a ta - s e d e u m im p ort a nt e c o mp o ne n te d e c on tro l e d as
c orp or aç ões na bus c a da m e l hor a loc aç ão d os rec urs os d o c o ntr i b u in te , n ã o s ó a tu a nd o
par a c orr i g ir os d es pe r díc i os , as i m pro pr i ed ad es / d is fu nç ões , a n eg l i g ê nc i a e a o m is s ã o,
mas , pr inc i p al m e nt e, a nt ec ip a nd o - s e a es s as oc orr ê nc i as , b us c a n do g ar an t ir os
res u l ta d os pr et en d i do s , a l é m de d es tac ar o s i m pac tos e b e ne fíc i os s oc ia is a dv in d os , e m
es p ec i al s o b a d i m e ns ã o da e q ui d ad e , i nt i ma m e nt e li g a da a o i mp er at iv o d e j us t iç a
s oc ia l . [g r if o no ss o]

A necessidade de realizar auditorias internas corresponde aos objetivos de


controle, controle de processos, processos e procedimentos do sistema de
gestão. Logo, qualquer organização deverá garantir que as auditorias sejam
realizadas em intervalos de tempo planejados, de acordo com os elementos
citados.
Quanto à auditoria externa, existem algumas definições, principalmente,
relacionadas à questão financeira/contábil da organização, como a citada no
portal da auditoria, que expõe como o exame das demonstraç ões financeiras,
com o propósito de expressar uma opinião sobre a propriedade com que estas
apresentam a situação patrimonial e financeira da empresa e o resultado das
operações no período do exame. Entretanto uma definição mais genérica de
auditoria externa ocorre quando se audita um fornecedor ou quando se é
auditado por um cliente, por exemplo. Um exemplo simples é quando uma
organização sofre uma auditoria de segurança da informação com base na
norma ISO 27001. O auditor externo, de forma macro, verific a se todos os
controles de segurança da informação necessários foram implantados.
Segue um quadro comparativo, muito cobrado em provas, entre Auditoria
Interna externa.

DIFERENÇAS ENTRE AUDITORI A INTERNA E EXTERNA


Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa
Funcionários da
Sujeito Profissional independente
empresa
Exames dos Exame das demonstrações
Ação e Objetivo
controles financeiras
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

operacionais

Promover
melhorias nos Opinar sobre as demonstrações
Finalidade
controles financeiras
operacionais
Relatório principal Recomendações Relatório
Grau de
Menos amplo Mais amplo
independência
Interessados no
Empresa Empresa e público em geral
trabalho
Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal
Continuidade do
Contínuo Periódico / Pontual
trabalho
Contábil e
Tipo de Auditoria Contábil
operacional
Quem exerce a 2
Contador com registro no CRC
atividades
Documento que
Relatório
produz
Fonte : A ud i tor i a C on t áb i l – T eor i a e Prá t ic a – Cr e pa l d i ( 2 01 2) – A da p ta d o

2
Um ponto polêmico que existe é a formação exigida de auditor
interno. Vejamos o que as normas mencionam sobre a formação
desse profissional:

NB C T 1 2 – D A AU DI T O RI A INT E RN A
12 . 1 – CO N C EI TU AÇ Ã O E DI S PO SI ÇÕ E S G ER AI S
12 . 1. 1 – CO NC EI TU A ÇÃO E O BJ E TI VO S D A AU DITO RI A IN T ER NA
[.. .]
12 . 1. 1. 2 – A a ud i tor i a i n ter n a é d e c o m p et ê nc i a ex c lus iv a d e c on t ad or, r e g is tr a do em
Co ns el h o Re g i on a l d e Co nt a b i li d ad e , nes t a no rm a d en o m in a do a ud i to r i nt ern o . [gr i fo
nos s o ]

Essa norma foi revogada pela NBC TI 01 – Da auditoria interna. Esta, por
sua vez, não faz menção de quem é a competência da execução das
atribuições de auditor interno, ou seja, não traz expresso que formação deve
ter o auditor interno.
Conclusão: o auditor interno pode ter qualquer formação.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Complementarmente, a Resolução nº560/1983 (Dispõe sobre as prerrogativas


profissionais de que trata o artigo 25 do Decreto -lei nº 9.295, de 27 de maio
de 1946) traz as atribuições privativas dos profissionais de contabilidade.
Veja:

Art . 3 º S ão at r ibu iç õ e s p ri v at i v as do s pr o fis si on ai s d a c ont abi lid ad e: [ .. .]


33 ) aud ito ri a int e rn a e o pe r ac ion a l;
[.. .]
§ 1 º S ã o at r i b u iç õ es pr iv at iv as d os c o nt ad or es , obs erv ad o o dis p os t o n o § 2 º , as
en u nc ia d as n es t e ar ti go , s o b os n ú me ros 1, 2, 3 , 4, 5, 6 , 8 , 1 9, 2 0, 2 1 , 2 2, 2 3 , 24 , 2 5, 26 ,
29 , 3 0, 3 2, 3 3 , 34 , 3 5, 3 6, 4 2 , 43 , a lé m d os 44 e 45 , q ua n do s e r e fer ir e m a nív e l s u per i o r.
[gr i fo n os s o]

Se for tomado por base a Resolução nº560/1983, o auditor interno deve ser
Contador.
Nem sempre as questões são bem redigidas ou f azem referência às normas.
Você deve está consciente disso e deve escolher a melhor alternativa, pois
raramente é anulada questão em auditoria. Para não restar dúvidas quanto à
formação do auditor, segue esquema abaixo:

Interno: em regra,
formado em
Contabilidade.
Privado
Auditor

Externo: formado em
Contabilidade.

Interno: em regra, sem


formação específica.
Ex: CGE e Tribunais. Receita pública:
Governamental Auditor Fiscal. Ex:
Externo: em regra, sem AFRFB.
formação específica. Despesa pública:
Auditor de Controle
Externo. Ex: TCE.

Ressalta-se que uma das questões mais cobradas na área fiscal quanto à
classificação de auditoria é a da 3 Instrução Normativa da Secretaria Federal
de Controle Interno (atual Controladoria Geral da União) nº 01/2001. Veja:
I. Auditoria de Avaliação da Ges tão: esse tipo de auditoria objetiva emitir
opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a
execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na
aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de
valores e outros bens da União ou a ela confiados, compreendendo, entre
outros, os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação


comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência
dos sistemas de controles administrativo e contábil; verificação do
cumprimento da legislação pertinente ; e avaliação dos resultados
operacionais e da execução dos programas de governo quanto à
economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

II. Auditoria de Acompanhamento da Gestão : realizada ao longo dos


processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os
atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma
unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias
existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua
missão institucional .

III. Auditoria Contábil : compreende o exame dos registros e documentos e


na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos
específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade, entidade
ou projeto. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo
com os princípios fundamentais de contabilidade e se as dem onstrações
deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais
relevantes, a situação econômico -financeira do patrimônio, os resultados
do período administrativo examinado e as demais situações nelas
demonstradas. Tem por objeto, também, verif icar a efetividade e a aplicação
de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos
internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos
celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a
adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.
IV. Auditoria Operacional : consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das
unidades ou entidades da administração pública federal, programas de
governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência,
eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

gerência e nos resultados, por meio de recomendaç ões, que visem


aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial, consiste
numa atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar
as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma
tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus
programas governamentais e sistemas informatizados.

V. Auditoria Especial : objetiva o exame de fatos ou situações


consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo
realizadas para atender determinação expressa de autoridade
competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não
inseridos em outras classes de atividades.

3
Ressalte -se que a norma supracita da – IN nº01/2001/CGU - encontra-se
revogada pela IN nº 03/2017/Ministério da Transparência e CGU (norma
que aprovou o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna
Governamental do Poder Executivo Federal, que estabelece os princípios,
as diretrizes e os requisitos fundamentais para a prática profissional da
atividade de auditoria interna governamental do Poder Executivo Federal).
Essa, por sua vez, aprovou o Manual de Orientações Técnicas da
Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Ex ecutivo
Federal, estabelecendo os procedimentos para a prática profissional da
atividade de auditoria interna governamental do Poder Executivo Federal.
Essa é a norma equivalente à IN nº01/2001/CGU. Ela não prever os tipos
de auditoria.
Atenção: embora a IN nº01/2001/CGU tenha sido revogada, essa
classificação já foi cobrada pelas bancas nas provas realizadas em 2018.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

2 Principais pontos das NBC TA 200(R1)


A NBC TA 200(R1) trata das responsabilidades gerais do auditor independente na
condução da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as
normas brasileiras e internacionais de auditoria. Especificamente, e la expõe os
objetivos gerais do auditor independente e explica a natureza e o alcance da
auditoria para possibilitar ao auditor independente o cumprimento desses
objetivos. É a “norma -mãe” ou “norma-base” da Auditoria Independente.

Conforme mencionado ant eriormente, extrairemos literalmente os dispositivos


mais cobrados dessa norma. Veja:

3. O ob jet i vo da aud i t or ia é au me nt a r o g ra u de conf ia nç a n as demo nst r aç õe s c ont áb ei s


por p a rt e do s u su á r ios . I s so é a l can ç ad o me di ant e a e xp r e ss ão de u m a op ini ã o pe lo
aud ito r so br e se a s dem on st r a çõ es cont áb ei s fo ra m e la bo ra da s, em tod os o s as pe cto s
re l ev ant e s, e m conf orm id ad e com um a est ru tu ra de r e lat ór i o fin an c ei ro ap li c áv el . [ .. .]
[gr i fo n os s o]

Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas.


Segue mapa mental para ajudá -los na sua memorização.

Aqui, a norma deixa claro que as demonstrações contábeis são de


responsabilidade da entidade auditada. Veja:
4. As d e mon st ra çõ e s cont áb ei s s uj eit a s à aud ito ri a s ão a s da ent ida de , e l abo r ada s pel a
su a ad min i str a ç ão, com sup e rv i sã o ge r al do s re spo ns á ve i s pel a go ve rn an ç a. A s NB C
TAs n ão i m põ e m r es p ons a b il i d ad es à ad m i n is tr aç ã o o u a os r es p ons áv e is p e l a g ov er n anç a e
nã o s e s obr e põ e às le is e r e g u la m en t os q u e gov er n am as s uas re s po ns ab i l i da d es . Co n t ud o , a
au d it or i a e m c on fo r m i da d e c o m as n or mas de a ud i tor i a é c o nd u zi da c o m b as e n a p re m i s s a d e
qu e a a dm i n is tr aç ã o e, q ua n do a pr o p ri ad o, os res p ons áv e is p e l a gov er na nç a t ê m
c on h ec im e nt o de c er tas r es po ns ab i l i da d es qu e s ã o f un d a me nt a is p ar a a c o n duç ã o d a
au d it or i a. A a ud i tor i a das d e mo ns tr aç õ es c on t áb e is nã o ex im e des s as r es po ns ab i l i da des a
ad m i n is tr aç ã o o u os r es p o ns áv e is p e la gov e rna nç a. [ gr if o n os s o]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Ressalte-se que as NBC TAs exigem que o auditor obtenha segurança razoável
de que estas demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções
relevantes, independentemente se cau sadas por fraudes ou erro. Veja:

5. C omo b a se p a r a a opin iã o do a udit or , a s NB C T As ex ig em q ue e l e obt enh a s e g ur anç a


r a zo áv e l de q u e as de m ons tr aç õ es c o nt á be is c o m o u m t o do es t ã o l iv res d e d is to rç ão
r e lev a nt e, i n de p en d en te m en te s e c a us a d as por fr au d e ou err o. A s s eg ur aç ão r a zo áv e l é u m
nív e l e l ev a d o d e s e gu r anç a . E s se n ív e l é c ons egu ido qu an do o a udit or o bté m ev i dê nc ia
de au d it or i a a pr o pr i ad a e s u f ic i e nt e p ar a re du zi r a u m nív e l ac e it av e l m en t e ba ix o o r is c o d e
au d it or i a (i sto é , o r i sc o d e qu e o a udit or e xp re s se um a op in i ão in ade qu ad a qu an do a s
dem on str a çõ es con t áb ei s co nt i v er em dis to rç ão r e le v ant e ). Contu do, as s e g ur aç ã o
r a zo áv e l nã o é um n ív e l a bs o l ut o de s e g ura nç a por q ue h á l i m it aç ões i n er en tes e m u ma
au d it or i a, as q u ais r e s u lt am d o f at o de q u e a m a ior i a d as ev i d ên c i as de a u di t or ia e m qu e o
au d it or b as e ia s u as c o nc lus õ es e s u a op i n i ã o, é pers u as iv a e nã o c onc l us iv a .

Veja que os objetivos gerais do Auditor estão alinhados com os objetivos gerais
da Auditoria:
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

11 . A o c o nd u zi r a a u d i tor i a d e d em o ns tr aç õe s c o nt á be is , os o b je t iv os g era is d o a u di t or s ão :
( a ) o bte r s egu r an ça raz oá v el de qu e as dem on str a çõ es c ont áb ei s com o u m tod o e stã o
li vr e s de d is to rç ão re le v ant e, i nd epe n dent em ent e s e c au s ad as po r f ra ud e ou er ro ,
pos si bi lit and o a ss im que o aud it o r e xp r es s e s ua o pin iã o s o br e s e a s d em on str aç õe s
cont áb ei s f o r am el ab or ad as , e m t odo s o s asp e cto s r e le v ant es , em con fo rmi da de c om a
est ru tu ra d e r el at ó ri o f in an c ei ro a pli c á ve l; e
( b) ap re s ent ar r el at ó rio so br e as de mon s tr açõ e s c ont áb ei s e c om u n ic ar - s e c o mo e x i gi d o
pe l as N BC T As , em c o nf or m id a de c o m as c o ns t at aç ões do a u d it or. [gr i fo n os s o]

Preste bastante atenção neste dispositivo, porque ele expressa o comportamento


do auditor quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender
aos usuários previstos das demonstrações contábeis. Veja:

12 . E m to do s o s c a s os e m qu e n ão f or p os sí ve l obt er seg ur a nç a r az oá v el e a o pi niã o


com re s s al va n o r el at ó ri o do au dit o r fo r insuf i ci ent e na s c i r cun st ân ci as p a ra at end e r
ao s usu á ri os p r ev i st os d as d em ons t r a çõ e s co ntá be is , as NB C TAs r eq u ere m qu e o a ud i tor
se a bst enh a de e mi t ir s ua opi ni ão ou re nun ci e ao tr ab al h o, qu an do a r enún c ia fo r
pos sí v el d e ac or do o m l e i o u re gul a me nta çã o ap li cá v el . [gr i fo n os s o ]

Em todas as NBC TAs, existe um item que traz as definições que serão utilizada s
no decorrer da explicação de cada norma. É, sem dúvidas, um dos dispositivos
quase certos em qualquer prova de Auditoria é o item 13 da NBC TA 200 (R1),
conforme exposto a seguir:

13 . P ar a f ins d as N B C T As , os s e g u in t es ter mos pos s u em os s i gn i f ic ad os a tr ib uí d os a s e gu ir :


Es t ru tur a de r e l at ór io fi n anc e ir o a p l ic áv e l é a es tr u tur a de r e l at ór io f in a nc e ir o a d ot a d a p e la
ad m i n is tr aç ã o e , q ua n do a pr o pr ia d o, p e los res p o ns áv e is p e la go v ern a nç a na e l a bor aç ão d as
de m ons tr aç õ es c o nt á b e is , q ue é ac ei t áv e l e m v is t a da n a tur e za d a en t id a de e d o ob j et i v o das
de m ons tr aç õ es c o nt á b e is ou qu e s e j a ex ig i d a p or l ei ou r eg u l am e n to .
A ex pr es s ã o “es tr ut ur a d e ap r es e nt aç ã o a d eq u ad a ” é ut i l i za d a p a ra s e re fe rir a u ma es tru tu ra
de r el a tór i o f in a nc eir o q u e ex ig e c o nf or m id a de c om as ex ig ê nc i as des s a es tru t ura e:
( i) r ec o n h ec e ex pl íc it a o u i mp l ic it a m en te q ue , par a c ons e gu ir a apr es e nt aç ã o ad e qu a da d as
de m ons tr aç õ es c o nt áb e is , po d e s e r n ec es s á ri o q u e a a d mi n is tr aç ã o f or neç a d iv u l gaç õ es a lé m
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

das es p ec if ic a me nt e e x i gi d as p el a es tr ut ur a; o u
( i i) rec o nh ec e ex pl ic i t am e nt e q u e po d e s er nec es s ár io qu e a a d m i nis tr aç ã o s e d es v i e d e u ma
ex ig ê nc i a da es tr u tu r a p ar a c o ns eg u ir a a pr es e n taç ã o a d e qu a da d as d e mo ns t r aç õ es
c on t áb e is . Es p er a - s e qu e ta is des v i os s e ja m n ec es s ár i os ap e nas em c irc uns t ânc i as
ex tr e ma m e nt e r ar as .
A ex pr es s ã o “es tr ut u r a d e c o nf or mi d ad e ” (c o mp l i anc e) é u t i l i z ad a p ar a s e re fer ir a u ma
es tr ut ur a d e re l a tór i o fi n anc e ir o q ue ex i ja a c on f orm i d ad e c o m as ex ig ê nc i as des s a es tr ut ur a,
mas nã o rec o nh ec e os as p ec t os c o nt i dos e m (i ) e ( i i) ac i m a.
Ev id ê nc ias d e a u d it or i a s ã o as i nf or m aç õ e s ut i l i za d as p e l o a u di tor p ara fu n da m e nt ar s uas
c onc l us ões e m q u e s e bas e i a a s u a o p in i ã o . As ev i dê nc ias d e a u d it or ia i nc lu e m in fo rm aç õ es
c on t id as n os r eg is tr os c o nt á be is s ub j ac en t es às d e mo ns tra ç ões c on t áb e is e ou tr as
i nf or maç õ es . Par a f ins d as N BC T As :
( i) a s u fic i ê nc i a d as ev i dê nc ias d e a u di t or ia é a m e d id a d a qu a nt i da d e da ev i d ên c i a de
au d it or i a. A q ua n t id a de nec es s ár ia da ev i dê nc i a d e a ud i tor i a é af et ad a p e l a av a li aç ão do
au d it or d os ris c os d e d is t or ç ã o r e l ev an t e e t am b é m pe l a q ua l i d ad e d e t al ev i d ênc i a;
( i i) a a d eq u aç ã o d a e v i dê nc ia d e a ud i t ori a é a me d i da d a q ua l i da de d a ev i dê nc ia d e a u d it or ia ;
is t o é , s ua r el ev ânc i a e c o nf i a bi l i da d e n o f orn ec i me n to d e s u po r te às c o nc l us õ es e m qu e s e
bas e i a a o pi n i ão do a u d it or .
Ris c o d e au d it or i a é o r is c o d e qu e o au d i tor ex pr es s e u m a o p i n iã o d e a u d it or ia i na d eq u ad a
qu a nd o as de m o ns tr a ç ões c o nt á be is c o nt iv ere m d is t orç ã o re l ev a nt e. O r is c o d e au d i t or ia é
um a f unç ã o d os r is c os d e d is t or ç ã o r e lev a nt e e d o r is c o d e d et ec ç ão .
Ris c o de d et ec ç ão é o r is c o d e q u e os pr o c ed i m en t os ex ec ut ad o s pe l o au d it or par a r e du zi r o
r is c o de a u di t or ia a u m nív e l ac e i tav e l me n t e ba ix o nã o d et ec t e m um a d is t orç ã o ex is t en te q ue
pos s a s er r el ev an t e, i nd iv i du a l me n te o u e m c on j u nt o c o m o utr as d i s torç õ es .
De m ons tr aç õ es c o nt á be is s ã o a r epr es e nt aç ão es tru t ura d a de i n for m aç õ es f in a nc e ir as
h is t ór ic as , i nc lu i n do d iv ul g aç õ es , c o m a fi n a li d ad e d e i nf or m ar o s rec urs os ec o n ô mic o s o u as
obr i g aç õ es da en t id a d e e m d e ter m i na d a d at a n o t e mp o o u as m u taç õ es d e t ais r ec urs os o u
obr i g aç õ es d ura n te u m per í od o d e t e m po e m c on f orm i d ad e c o m a es tr ut ur a d e r el at ór io
fi n anc e ir o. O t er mo “ de m ons tr aç õ es c o nt á be is ” re fe re - s e n orm a l me nt e a o c on j un t o c om p l et o
de d e mo ns t raç õ es c on t á b e is c om o de t er m in a do p e la es tru t u ra de r e l at ór io f i na nc e ir o
ap l ic áv e l , mas t am b é m po d e r e f er ir - s e a q ua dr os is o l a dos d as d em o ns tr aç ões c o nt á be is . As
d iv u l gaç õ es c o mpr e e nd e m i nf or maç õ es e x p lic a tiv as o u d es c r i tiv as , el a bo ra d as c o nf or me
r eq u er id as , p erm i t id a s ex pr es s a m en t e o u de outr a f or ma pe l a es tr ut ur a d e re la t óri o f i na nc e ir o
ap l ic áv e l , i nc l u íd as n a s d em o ns tr aç ões c o nt áb e is , o u n as n o tas e x p lic a tiv as , o u i nc orp o rad as
por r ef er ênc i a c r u za d a ( v er it e ns A l e A 2) . [ A lt er ad o p e l a NB C T A 2 00 (R 1) ]
A dm i n is tr aç ão é a p e s s oa c o m r es po ns ab i l i da d e ex ec ut iv a pe l a c on d uç ã o d as op er aç ões d a
en t id a de . Pa ra a lg u m as e n ti d ad es , c o m o n o Bras i l , a ad m i n is tr a ç ão i nc lu i a lg u ns o u t od os os
r es p o ns áv e is pe l a g ov er n a nç a , p or ex e mp l o, m e mbr os ex ec ut iv os d e u m c ons e l ho de
gov er n anç a, ou s óc i o - d ir e to r .
Dis t orç ã o é a d i fe r e nç a e n tr e o v a l or , a c l as s if ic aç ão , a a pr es en ta ç ão o u a d iv u l gaç ã o d e u m a
de m ons tr aç ã o c on tá b i l r el a ta d a e o v a lor , a c l as s i f ic aç ã o, a a pr es en t aç ã o o u a d iv u l g aç ão qu e
é ex i g id a pa ra q ue o i te m es t e ja d e ac or d o c om a es tr u tur a de r e l at ór io f in a nc e ir o ap l ic áv e l .
As d is t orç õ es po d em or ig i n ar - s e de er r o o u fr au d e. Q ua n do o au d it or ex pres s a u m a o p in i ão
s obr e s e as de m ons tr aç õ es c o n tá b e is f or am a pr es e n ta d as a d eq u ad a m en te , em t o dos os
as p ec tos r e lev a nt es , as d is t or ç õ es t am b é m i nc lu e m os a ju s t es d e v al or , c l as s if i c aç ã o ,
apr es e nt aç ã o o u d iv u l gaç ã o qu e , no j u l ga me n to d o a ud i to r, s ã o nec es s ár ios p ar a q ue as
de m ons tr aç õ es c o nt á be is es te j a m a pr es e nt a das a de q ua d a me n te , e m t od os os as pec t os
r e lev a nt es .
Pr em is s a, r e la t iv a à s r es p ons a b i li d ad es da a d m in is traç ã o e, qu a nd o a pr opr i a d o, dos
r es p o ns áv e is p e l a g ov er n a nç a , c o m b as e n a q ua l a au d it o ri a é c o nd u zi d a – Q u e a
ad m i n is tr aç ã o e , q ua n do a pr o pr ia d o, os res po ns áv e is p e l a gov er n anç a , t e nh a m c o nh ec i me n to
e e nt e n di d o q u e e l es tê m as s e g ui n te s r es p ons a b il i d ad es , f un d am en t ais p ara a c on d uç ã o d a
au d it or i a e m c on f or m i da d e c o m as n or mas d e a ud i tor i a. Is t o é, a r es p o ns a b i l id a de :
( i) p e l a e la b oraç ã o das de m ons tr aç õ es c on t áb e is e m c o nf or m i da d e c o m a es tru t u ra d e
r e la tó ri o f i na nc e ir o a p l ic áv e l , i nc l u i nd o q u an do r el ev a nt e s u a ap re s en t aç ã o a de q u ad a;
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

( i i) pe l o c on tr ol e i nt er no q u e os a d mi n is t ra d ores e , qu a nd o ap ro pr i ad o, os r es po ns áv eis pe l a
gov er n anç a, d et er mi n am s er nec es s ár io par a per m i ti r a el a b oraç ã o d e de m ons tr aç õ es
c on t áb e is qu e es t e ja m l iv r es d e d is t orç ã o r el ev an t e, i nd e pe n de n te m en t e s e c a us a da p o r
fr a u de o u er ro ;
( i i i) p or for n ec e r ao au d it or :
a. ac es s o às in f or m aç ões q u e os ad m i n is tr a dor es e , qu a nd o a pr o pr ia d o, os res p ons áv e is p el a
gov er n anç a, t en h a m c on h ec im e nt o qu e s e j a m r e lev a nt es par a a e la b o raç ã o e a pr es en taç ã o
das de m ons tr aç õ es c o nt á be is c o m o r e gis tr os , doc u me n taç ã o e o utr os as s un tos ;
b. q ua is qu er i nf or ma ç ões a d ic i o n ais q ue o au d it or p os s a s o l ic it ar da a d mi n is t raç ã o e , qu a nd o
apr o pr ia d o, d os r es p o ns áv e is p e la g ov er na n ç a p ara o pro p ós it o d a a u di t ori a ; e
c . ac es s o i rres tr it o à q ue l es d en tr o d a e nt i d ad e q u e o a ud i to r de t er mi n a s er n ec es s ár i o obt er
ev id ê nc i as d e a u di t or i a.
J u lg a me n to pr of is s io n a l é a a p l ic aç ã o do tre i na m en t o, c on h ec im e n to e ex p er iê nc i a re l ev an t es ,
de n tro d o c o n tex to f o r nec i d o p el a s n or mas d e a ud i to ri a , c on t áb e is e ét ic as , na t o ma da de
dec is õ es i nf or ma d as a r es p e it o d os c ur s os d e aç ã o a pr o pri ad os n as c irc u ns t â nc i as do
tr a b al h o d e a ud i tor i a.
Ce t ic is m o pro f is s io n a l é a p os t ur a qu e i nc lu i u ma m en t e q u es t i on a do ra e a ler t a pa ra
c on d iç ões qu e p os s a m i n d ic ar pos s ív el d i s torç ã o d ev id o a err o ou fr a ud e e u ma av a li aç ão
c r ít ic a das ev i d ê nc i as de au d it or i a.
As s eg ur aç ã o r a zo áv e l é, n o c on t ex t o da a u d it or ia d e de m o ns tr aç ões c o nt á be is , um n ív e l a l to ,
mas nã o a bs ol u to , d e s eg ur a nç a .
Ris c o d e dis t or ç ã o r e lev a nt e é o r is c o de q u e as d e m ons tr aç õ es c o nt áb e is c o nt en h am
d is t orç ã o r e l ev a nt e an tes d a a u d it or ia . C o ns is t e e m d o is c om p on e nt es , d es c r it os a s e g u ir no
nív e l d as af ir m aç õ es :
( i) r is c o in er en t e é a s us c e t ib i l i da d e d e u ma a f irm aç ão a r es pe it o de u m a t r a ns aç ã o, s a ld o
c on t áb i l o u d iv u lg aç ã o, a u ma dis t or ç ã o q ue pos s a s er r e lev a n te , i n div i d ua l m en te o u e m
c on j u nt o c o m o utr as d i s tor ç õ es , a nt es d a c o n s i der aç ão de q u a is q u e r c o nt ro l es r e l ac i o na d os ;
( i i) r is c o de c on tr o le é o r is c o d e q ue u ma dis to rç ã o q u e p os s a oc orr er e m um a a f ir maç ã o
s obr e um a c las s e d e tr a ns aç ã o, s al d o c o nt á bi l ou d iv u l gaç ã o e q ue po s s a s er re l e v an t e,
i nd iv i du a l me nt e ou e m c o n j un to c o m o u tr as d is torç õ es , n ão s e ja pr ev e n i da , d et ec t ad a e
c or r ig i d a te m pes t iv a m en t e pe l o c o ntr o l e i nt e rno da e n t id a de . [gr i fo n os s o]

Esquematizando informações mais relevantes sobre evidências, extraídas dessa


norma, que já foram objeto de prova:
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Agora, iremos explorar a Sessão “Aplicação e outros materiais explicativos”. São


detalhamentos das informações contidas na Introdução da norma. Essas
aplicações serão identificadas pela letra “A”.

A 1. A op i n iã o d o a u d it or s o br e as de m o ns tr aç ões c o n tá b e is tra ta de d e ter m i nar s e as


de m ons tr aç õ es c on t áb e is s ã o e l a bor a das , e m t o dos os as p ec t os r e lev a nt es , e m c o nf or m id a de
c om a es tr ut ur a d e r e l at ór io f in a nc e ir o a p l ic áv e l . Ta l op i n i ão é c o mu m a t od as as a ud i to ri as d e
de m ons tr aç õ es c on t á be is . A op in iã o do a udito r , po rta nto , nã o as s egu r a, po r ex e m plo, a
vi ab il ida de fut ur a d a ent id ad e n em a efi c iên c ia ou efi c ác i a co m a qu al a adm in ist r aç ão
cond uz iu o s n egó c i os da en t id ad e. Em a l gu m as s it u aç õ es , p oré m , l ei e r eg u la me n to
ap l ic áv e is p o d em ex i g ir q ue o a ud i tor f or ne ç a o pi n i ão s o br e o utr os as s un tos es p ec í f ic os , t a is
c om o a ef ic ác i a d o c on tr ol e in ter n o o u a c o mp a ti b i l id a de de um re l at ór i o s e par a do da
ad m i n is tr aç ã o j u nt o c o m as d e mo ns tr aç õ es c on t áb e is . [ .. .] [gr i fo no s s o]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

O dispositivo abaixo é cobrado de forma bem simples. O examinador costuma


retirar ou trocar um dos princípios fundamentais de ética profissional relevante
para o auditor e pergunta qual deles não faz parte do rol desses princípios,
consoante o item A15.

A 15 . O s pr i nc í p ios fu nd a me n ta is de ét ic a pro f is s io n a l re l ev a nt e s par a o au d it or qu a nd o d a


c on d uç ã o d e a u di t or i a d e de m o ns tr aç ões c ont á be is es t ão i m p líc it os n o C ód i g o d e É tic a
Pr of is s i on a l d o C o nt a b il is ta e n a N B C P A 0 1, q u e t ra ta d o c o ntr o le de q u al i d ad e . Es s es
pr inc íp i os es t ã o e m l i nh a c o m os pr inc í pi os d o C ó d ig o d e Ét ic a d o I F AC , c uj o c u m pri m en t o é
ex ig i do dos a u d it or es . Es s es pr i nc í p i os s ão :
( a) I nt egr i d ad e ;
( b) O b j et iv i da d e;
( c ) C o mp et ê nc ia e ze l o pr of is s i on a l;
( d) C on f id e nc i a l i da d e; e
( e) C om p ort a me n to ( o u c o nd ut a) pr o fis s i o na l. [ gr if o n os s o]

Atualmente, as bancas têm inovado em cobranças de questões em relação à NBC


TA 200 (R1), mais especificamente no que tange às situações que caracterizam o
ceticismo profissional. Por prudência, reproduziremos exemplos de situações
expressos nessa norma qu e caracterizam o ceticismo e o julgamento
profissionais dos auditores, respectivamente. Veja:

Ce t ic is m o pr of is s i on a l
A 18 . O c et ic is mo pr o f i s s i on a l i nc lu i es t ar a le rta , p or ex em p l o, a :
• ev id ê nc i as d e a u di t o r i a qu e c o n tr a d ig a m o utr as ev i dê nc i as ob t id as ;
• inf orm aç õ es qu e c o lo q ue m e m d úv i d a a c on f ia b i l id a de dos d oc u m e nt os e r es p os t as a
i nd a gaç õ es a s er e m u s ad as c o m o ev id ê nc ia s d e a ud i to ri a ;
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

• c ond iç ões q u e p os s a m i nd ic ar p os s ív e l fr a ud e ;
• c irc uns t â nc ias q u e s ug ir a m a n ec es s id a de d e pr oc ed i m en t os d e au d it or i a al é m dos ex i g id os
pe l as N BC T As .
A 19 . A m an ut e nç ã o d o c e tic is m o pr of is s i on a l a o l o ng o d e t o da a au d it or ia é n ec es s ár i a, por
ex e m p lo , p ara qu e o a ud i tor r ed u za os ris c o s d e:
• ign or ar c irc u ns t ânc i a s n ã o us u a is ;
• gen er al i za ç ão ex c es s iv a ao t ir ar c o nc lus õ e s d as o bs erv aç õ es de au d it or i a;
• us o in ad e qu a do de pr e m is s as ao d e ter m in ar a na tur e za , a ép oc a e a ex t e ns ã o d os
pr oc e d im e nt os d e a ud i tor i a e a o av a li ar os r es u l ta d os d es t es .
[.. .]
A 21 . O a u d it or p od e a c e it ar r e gis tr os e d oc u me n tos c o m o g en uí n o s , a me n os qu e t en h a ra zã o
par a c re r n o c on tr ár i o. C o nt ud o , ex ig e - s e qu e o a u di t or c o ns i der e a c on f ia b i l id a de das
i nf or maç õ es a s er em us a d as c o m o ev i d ên c i as d e a u d it or ia ( N BC T A 5 0 0 – Ev i dê n c i a d e
A ud i tor i a, i t ens 7 a 9) . Em c as os de d úv id a a r es p e it o d a c o n fi a b i l id a de d as in f orm aç õ es o u
i nd ic aç õ es de p os s ív e l fr au d e ( p or ex e m p l o, s e c o n d iç õ es id e nt if ic a das d ura nt e a a u d it or ia
fi ze r e m o a ud i to r c r er qu e u m d oc um e nt o p o de nã o s er au tê n tic o o u q ue t er m os d e doc u me n to
po d em t er s i d o fa ls i fic ad os ) , as no r m as d e au d it or i a ex ig e m q ue o au d it or f aç a inv es ti g aç õ es
ad ic i on a is e d e ter m i n e q u e m o d if ic aç õ es ou a d iç õ es aos pr oc ed i m en t os d e au d it or i a s ã o
nec es s ár ias par a s o l u c i on ar o as s u nt o (N B C TA 2 40 , i te m 1 3 ; N B C TA 5 00 , i te m 1 1 ; e N BC T A
50 5 – C o nf ir maç õ es E x ter n as , i t ens 1 0 , 1 1 e 1 6). [ gr i fo n os s o]

O dispositivo abaixo é muito cobrado pelas bancas. Normalmente, são invertidos


os conceitos de suficiência e adequação. Além disso, ressaltamos que a
obtenção de mais evidência de auditoria, porém, pode não compensar a sua
má qualidade.
A 29 . A s uf ic i ênc i a e ad eq u aç ã o das ev i d ênc i as d e a u d it or ia es t ã o i nt er - r e lac i o na d as . A
s uf ic i ênc i a é a m ed i d a d a q u an t id a de de e v i dê nc ia d e a ud i tor i a. A q ua n ti d ad e nec es s ár ia de
ev id ê nc i a d e a u d it or ia é af et a da p e l a av al i a ç ão pe l o a ud i to r d os ris c os d e d is t orç ão ( q ua n to
ma is e lev a dos os r is c os av a l ia d os , ma i or a pr ob a b i li d ad e de qu e s e j a n ec es s ár i a m a is
ev id ê nc i a de au d it or i a) e t a mb é m p e l a q ua l i da d e d e t a is ev i d ênc i as d e a u d it or i a ( qu a nt o
me l h or a q ua l i da d e, m en os ev i dê nc i a po d e s er n ec es s ár i a). A ob t e nç ã o d e m a is ev id ê nc i a d e
au d it or i a, p or é m, p o de n ã o c om p e ns ar a s ua má qu a l id a de .
A 30 . A a d eq u aç ã o é a me d i da da q ua l i da d e da ev id ê nc ia d e a u di t or ia , is t o é , a s u a re l e v ânc i a
e c o nf i a bi l i da d e n o s up or te das c o nc l us õ es e m q u e s e bas e i a a op i n iã o d o au d it or. A
c on f ia b i l id a de d a ev i dê nc i a é i nf l ue nc i ad a p e la s u a f on t e e s u a na t ure za e d e pe n d e das
c ir c uns tâ nc i as i nd iv i d ua is e m q u e s ã o ob t id as . [ gr if o n os s o ]

Um item que aparece com f requência em provas é a natureza da confiabilidade


da evidência. Informações obtidas de uma fonte externa são mais seguras do que
obtida internamente na entidade auditada. Veja:
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

A 8. G er al m e nt e o b té m - s e m a is s e g ur anç a c om ev i dê nc ia d e a ud i tor i a c ons is te n te o bt i da a


par t ir d e f on tes d if er e nt es o u d e n at ur e za d if er en t e d o q ue a p art ir d e i t ens de ev i d ênc i a d e
au d it or i a c ons i d er a d o s i n div i d ua l m en te . P o r ex e mp l o, in for m aç õ es c orr ob or at iv as o bt i das d e
um a fo n te i nd e p en d e nt e da e nt i da d e p o d e m a u m en ta r a s e gur a nç a q ue o a ud i tor o bt ém d a
ev id ê nc i a d e a ud i t or i a g er a d a i nt er na m en t e, t a is c o mo a ev i d ê nc ia ex is te n te e m re g is tr os
c on t áb e is , m i n ut as d e r eu n i ões ou r e pr es en t aç ã o d a a d mi n is tr aç ã o .
A 9. En tr e as in for m aç ões de fo nt es in d ep e n de n tes da en t id a de qu e o a u d it or p o de us ar c om o
ev id ê nc i a d e a u d it or ia po de m es ta r c o nf ir ma ç ões de t erc e iros , re l at ór ios de an a l is t as e da d os
c om p ar áv e is s o br e c o nc or r e nt es ( d a dos r ef e renc i a is p ara be nc hm a rk i ng) .[ g r if o n os s o]

Ressalte-se que o risco de distorção relevante pode existir em dois níveis: nível
geral da demonstração (se relacionam de forma disseminada às demonstrações
contábeis como um todo) e nível de afirmações para classes de transações,
saldos contábeis e divulgações (são avaliados para que se determine a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria),
conforme delineado a seguir:

Ris c o d e d is t orç ã o r e l ev a n te
A 34 . O s r is c os de dis t or ç ã o r e l ev an te po d e m ex is t ir e m d o is n ív e i s :
• no nív e l ge ra l d a d e mo ns tr aç ã o c o nt áb i l ; e
• no nív e l da af ir maç ã o p ar a c las s es d e tr an s aç õ es , s a ld os c o nt á b e is e d iv u l g aç õ es .
A 35 . Ris c os d e d is t or ç ão r e l ev an t e n o n ív e l g era l d a de m o ns tr a ç ão c o n tá b i l r ef er em - s e aos
r is c os d e dis t or ç ã o r e lev a nt e q u e s e r e l a c i on a m d e f or m a d is s em i n ad a às d e mo ns t raç õ es
c on t áb e is c o mo um t o do e qu e a fe t am po te n c i al m e nt e m ui t as af ir m aç õ es .
A 36 . O s r is c os de d i s tor ç ã o r e l ev an t e n o nív e l da af ir m aç ão s ão av a l ia d o s p ar a q ue s e
de t erm i n e a n a tur e za , a é p oc a e a ex te n s ão d os pr oc e d i me n t os ad ic i on a is d e a u d it or i a
nec es s ár ios p ar a a ob t enç ã o d e ev i dê nc i a de a ud i to ri a a pro p ri ad a e s uf ic i en te . [. .][ gr i fo
nos s o ]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

CAIU NA PROVA

(CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna /CESPE


- 2018) Determinado auditor defrontou -se com evidências circunstanciais acerca
de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus
achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela
relacionados, julgue o item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade
da evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da
evidência.

Comentário:

Item errado. Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para
chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Ele possui duas características:
uma qualitativa (adequação) e outra quantitativa (suficiência). Veja que o item inverteu as
definições. Segundo a NBC TA 500(R1):

Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é,


a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião
do auditor.

Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A


quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos
de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. [grifo nosso]

Gabarito: Errado
(FCC - Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) - 2016) O risco de
distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria.
Segundo a NBC TA 200, podem ocorrer no nível
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

a) geral da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de


transações, saldos contábeis e divulgações.
b) de controle das normas e registros contábeis e no nível dos processos
operacionais e administrativos.
c) da implementação e manutenção do controle interno e no nível da afirmação
para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.
d) de controle das normas e registros contábeis e no nível da afirmação para
classes de transações, sa ldos contábeis e divulgações.
e) geral da demonstração contábil e no nível dos processos operacionais e
administrativos.
Comentário:

Questão aborda detalhes do risco de distorção relevante, segundo a NBC TA 200(R1),


especificamente item A34. Veja:

Risco de distorção relevante

A34. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:

• no nível geral da demonstração contábil; e

• no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações. [grifo


nosso]

Ressalte-se que os riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil


referem-se aos riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às
demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.

Já os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que se determine a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria necessários para a
obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Essa evidência possibilita ao auditor
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em um nível aceitavelmente baixo de
risco de auditoria.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Por fim, os riscos de distorção relevante no nível da afirmação que consistem em dois
componentes: risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco de controle são riscos
da entidade; eles existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis.

Portanto, questão extraída literalmente dessa norma. Alternativa correta é A.

Gabarito: A.
(FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado -2017)
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser
suficiente, que é a medida da quantidade des sas evidências. Nos termos da NBC
TA 200, essa quantidade pode ser afetada
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.
b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.
e) pelo histórico da informação contábil.
Comentário:
Questão aborda detalhes de uma das características da evidência de auditoria –
a suficiência. Segundo a NBC TA 200(R1):
13. [...]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

(b) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para


fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de
auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às
demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das NBCs TA:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção rele vante e també m
pela qualidade de tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência
de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte
às conclusões em que se baseia a opinião do au ditor. [grifo nosso]

Dessa forma, a quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela


avaliação do auditor dos riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os
riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de
auditoria.
Gabarito: A.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

3 Lista de Questões
CONCEITOS INICIAIS DE AUDITORIA

1. (CESPE – Técnico (EBSERH) / Contabilidade / CESPE – 2018) Acerca das conciliações


contábeis e do balancete de verificação, julgue o item a seguir.
A auditoria contábil tem a mesma finalidade da perícia contábil.

2. (CESPE – Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz


das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do
auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item
subsequente.
Os objetivos gerais do auditor na condução de auditoria de demonstrações contábeis consistem
em: obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante; apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis em conformidade
com as normas.

3. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) A respeito de auditoria de demonstrações


financeiras, assinale a opção correta.
a) O controle interno é responsável por preparar demonstrações financeiras livres de distorções,
fraudes e erros.
b) Para que o trabalho do auditor seja realizado com eficiência, basta que a ele seja franqueado
o acesso às informações consideradas no processo de elaboração das demonstrações.
c) Cabe ao auditor fazer estimativas contábeis, selecionar e aplicar políticas e práticas contábeis
adequadas.
d) As notas explicativas devem atender exclusivamente a usuários específicos, com propósitos
especiais.
e) A auditoria realizada nas demonstrações financeiras não exime a responsabilidade da
administração pela sua elaboração.

4. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO) / Contabilidade / Administrativa – 2017) O


julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho,
bem como a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o
trabalho, especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a:


1. condições que podem indicar distorções.
2. evidência inconsistente com outras evidências obtidas.
3. circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos
pelas normas de asseguração.
4. informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a
indagações que serão usadas como evidências.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

5. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO) / Contabilidade/ Administrativa – 2017) Ao


conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor, segundo a NBC
TA 200 (R1) - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria, são:
a) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
parte dos aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
b) Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis com segurança razoável de que as
demonstrações contábeis como um todo estão livres de fraudes e erros, e comunicar-se como
exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
c) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
E apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas
NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
d) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

demonstrações contábeis foram elaboradas, em parte dos aspectos relevantes, em


conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. E apresentar relatório sobre as
fraudes e erros relevantes, e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com
as constatações do auditor.
e) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
fraudes ou erros, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. E apresentar relatório sobre as fraudes e erros
relevantes, e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
constatações do auditor.

6. (CESPE – Auditor Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / Geral / Auditoria,
Fiscalização, Ouvidoria e Transparência – 2018) A respeito dos objetivos e dos
procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.
A auditoria interna e a externa são atividades que presumem independência na execução de
seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro contratado ou servidor público.

7. (CESPE – Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2011) Com


base nas normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue o item a seguir.
O trabalho realizado pelos auditores internos pode ser relevante para os auditores
independentes, visto que, embora os meios utilizados por ambos, para alcançar seus objetivos,
sejam, necessariamente, diferentes, os objetivos de suas respectivas funções são semelhantes.

8. (FGV – Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal (Cuiabá) - 2016) Os princípios


fundamentais de ética profissional, quando da condução de auditoria de demonstrações
contábeis, estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que
trata do controle de qualidade.
Assinale a opção que indica alguns dos princípios fundamentais da ética profissional relevantes
para o auditor de acordo com a norma vigente no Brasil.
a) Competência, comportamento profissional e tempestividade.
b) Conduta profissional, zelo e representatividade.
c) Integridade, objetividade e confidencialidade.
d) Representatividade, objetividade e tempestividade.
e) Comportamento profissional, confidencialidade e transparência.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

9. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) A atitude


de ceticismo profissional refere-se à maneira pela qual o auditor independente avalia
criticamente, de forma mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida e mantém-se
alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de
documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação, assinale a
opção que corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo profissional.
a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas
que possam indicar possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito
policial.
b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se alerta
para circunstâncias que causem distorções relevantes nas demonstrações financeiras.
c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a
considerar evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas.
d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às
indagações a ser usadas como evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das
futuras auditorias.
e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não
estejam previstos nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se
refere a ceticismo profissional.

10. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade / Administrativa – 2017) Caso
um auditor interno de determinado órgão público esteja interessado em analisar os pagamentos
efetuados pelo órgão, ele deve estar preparado para distinguir as situações caracterizadas como
risco para a entidade, para então escolher determinado procedimento de controle. Considerando
essa informação, assinale a opção que corresponde a uma situação caracterizada como tipo de
controle a ser analisado pela auditoria no ciclo de pagamentos.
a) repasse de cheques a recebedores não autorizados
b) falhas em equipamentos que podem resultar em erros de processamento
c) acesso a equipamentos de tecnologia da informação por usuários não autorizados
d) continuidade de operações que podem ser afetadas ou interrompidas por desastres (incêndio,
inundação etc.)
e) segregação de funções para programação e operação de computadores
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

11. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade / Administrativa – 2017) De


acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade, o planejamento do
trabalho da auditoria interna compreende exames preliminares das áreas, atividades, produtos e
processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. Acerca das
características da auditoria interna, assinale a opção correta.
a) Uma vez que é realizada pelo órgão fiscalizador da instituição, o processo de auditoria
interna, ao visar à segurança de que o objetivo esteja sendo alcançado, dispensa a supervisão.
b) O acesso a papéis de trabalho e relatórios da auditoria interna é vedado à auditoria externa,
uma vez que os objetivos e as conclusões de ambas podem ser contraditórios.
c) Os procedimentos e objetivos da auditoria interna são os mesmos da auditoria externa,
devendo, entretanto, ser executados previamente à análise da auditoria externa, para prevenir
problemas.
d) Quanto à essência dos procedimentos, os conceitos de controle interno e de auditoria interna
são equivalentes.
e) Quanto às características e aos procedimentos, considera-se que a auditoria interna faz parte
dos controles internos abrangentes.

12. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade / Administrativa - 2010) Com
relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir.
A auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.

13. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo TCU/Auditoria Governamental /


Controle Externo - 2015) Julgue o item subsecutivo, referente aos principais grupos de
usuários das demonstrações contábeis bem como às responsabilidades a elas
relacionadas.
No exercício de suas atividades de auditoria, o auditor independente, usuário interno da
informação contábil, deve pautar-se pelos seguintes princípios éticos: integridade, objetividade,
impessoalidade, competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento
profissional.

14. (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior (CNPq) – 2011) Com base nas
normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Pareceres sobre demonstrações contábeis emitidos por auditores independentes contribuem


para elevar o grau de confiança dos usuários nas informações auditadas. Ao elaborar parecer, o
auditor busca a asseguração razoável.

15. (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior (CNPq) – 2011) Com base nas
normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Ao executar uma auditoria, deve o auditor manter o ceticismo profissional, a fim de identificar e
avaliar os riscos de distorções relevantes decorrentes de fraude ou erro.

16. (FCC – Auditor Fiscal da SEFAZ MA – 2016) As demonstrações contábeis do exercício de


2015 da Companhia de Fornecimento de Energia Solar do Estado serão auditadas pela firma
Absolutos Auditores. Os princípios fundamentais da ética profissional a serem observados pelos
auditores na realização da auditoria de demonstrações contábeis incluem:
I. Moralidade e Independência Técnica.
II. Probidade e Afinidade Profissional.
III. Integridade e Comportamento Profissional.
IV. Objetividade e Confidencialidade.
V. Competência Profissional e Devido Zelo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) III, IV e V.
c) I, II, III.
d) I, IV e V.
e) II, III e V.

17. (VUNESP – Controlador Interno (PAULIPREV) – 2018) Sobre o objetivo e o alcance da


auditoria de demonstrações contábeis, é correto afirmar que
a) o objetivo da auditoria é confirmar que as informações apresentadas pelos administradores
nas demonstrações financeiras são verdadeiras, sem espaço para dúvidas.
b) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por
parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo auditor.
c) a auditoria das demonstrações contábeis exime de responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança da entidade auditada.
d) as normas brasileiras aplicáveis aos trabalhos de auditoria exigem, como base para a opinião
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

do auditor, que ele obtenha segurança absoluta de que as demonstrações contábeis como um
todo estão livres de distorção relevante.
e) a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião
é de natureza conclusiva e não persuasiva.

18. (VUNESP – Analista Legislativo (CMSJC)/Contador – 2018) A auditoria independente


a) observa as normas escritas por especialistas internos da entidade auditada, que são
considerados parte da equipe de trabalho.
b) aumenta a credibilidade das demonstrações contábeis.
c) atua conforme as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade auditada.
d) atua em conjunto com a administração da entidade para o cumprimento dos seus objetivos,
garantindo a sua viabilidade futura.
e) implementa os controles internos necessários pelo fato de ser um trabalho contínuo.

19. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013) Com relação aos conceitos gerais sobre auditoria, julgue o
item subsequente.
A função precípua da auditoria é a detecção de fraudes com base nos registros contábeis e na
documentação existente na entidade. A obtenção de informações de terceiros e o caráter
preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação.

20. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Ciências Contábeis / Fiscalização -


2016) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
São princípios inerentes ao trabalho de asseguração do auditor a integridade, a objetividade, o
sigilo e o comportamento profissional.

21. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Ciências Contábeis / Fiscalização -


2016) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma classe de
transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de
uma transação, saldo contábil ou divulgação.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

22. (CESPE – Perito Criminal (PC PE)/Ciências Contábeis / Área 8 - 2016) Acerca de
auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
a) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados das
demonstrações contábeis.
b) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de governança da
administração das entidades auditadas.
c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente
determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade.
d) Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor obtém
evidência de que o risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente baixos.
e) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstrações é o
principal objetivo da auditoria.

23. (CESPE – Especialista em Gestão de Telecomunicações (TELEBRAS) / Auditoria /


Analista Superior - 2015) No que diz respeito aos conceitos e às classificações aplicados à
auditoria, julgue o item a seguir.
Auditoria é um processo sistemático em que o auditor procura avaliar se as evidências
encontradas produzem informação convergente com os critérios preestabelecidos e se essas
evidências são competentes e suficientes para lhe permitir fundamentar sua opinião.

24. (FCC – Analista Legislativo (ALESE)/Contabilidade/Apoio Técnico Administrativo -


2018) A NBC TA 200, que estabelece os objetivos gerais do auditor independente e a condução
da auditoria em conformidade com normas de auditoria, definiu alguns termos e expressões de
relevância para interpretação destas Normas. De acordo com a referida NBC TA 200,
a) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
b) asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações econômico-financeiras
da entidade, a interpretação de dados desta natureza, flexibilizada pelo ceticismo profissional.
c) risco de distorção relevante é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções.
d) risco de detecção é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

e) ceticismo profissional é postura do auditor que reflete a maneira de processar,


cautelosamente, informação expressa em termos financeiros, a respeito de eventos econômicos
positivos ocorridos em períodos passados, relativamente a uma entidade específica.

25. (FGV – Auditor do Ministério Público (MPE AL) - 2018) O planejamento da auditoria
governamental deve considerar os riscos da auditoria, que representa a possibilidade de o
profissional emitir uma opinião tecnicamente inadequada.
Em relação à classificação do risco de auditoria, assinale a afirmativa correta.
a) O risco de planejamento é a possibilidade de o erro acontecer devido às falhas no
planejamento.
b) O risco inerente é a possibilidade de o erro acontecer em face de não existir controle.
c) O risco de controle é a possibilidade de o erro não ser detectado pelo profissional de auditoria
governamental.
d) O risco de detecção é a possibilidade de o erro acontecer e não ser detectado, em face das
limitações dos controles existentes.
e) O risco de resultado é a possibilidade de não se obter o resultado esperado, devido a fatores
externos.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

GABARITO

1 ERRADO
2 CERTO
3 E
4 E
5 C
6 CERTO
7 ERRADO
8 C
9 B
10 E
11 E
12 CERTO
13 ERRADO
14 CERTO
15 CERTO
16 B
17 B
18 B
19 ERRADO
20 CERTO
21 ERRADO
22 D
23 CERTO
24 A
25 B
4 Questões Comentadas

1. (CESPE – Técnico (EBSERH)/Contabilidade /CESPE – 2018) Acerca das conciliações


contábeis e do balancete de verificação, julgue o item a seguir.
A auditoria contábil tem a mesma finalidade da perícia contábil.
Comentários:
Item errado. Elas têm finalidades ou objetivos diferentes. A auditoria contábil pode ser interna e
externa.
O objetivo da auditoria contábil externa, segundo a NBC TA 200(R1):
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.

O objetivo da auditoria contábil interna, segundo a NBC TI 01:


12.1.1.4 – A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque
técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado
da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e
dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-
conformidades apontadas nos relatórios. [grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Já a perícia contábil, segundo a NBC TP 01, apresenta o seguinte objetivo:


2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a
levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do
litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade
com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.
[grifo nosso]

Portanto, item errado.

2. (CESPE – Analista Judiciário (STM)/Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz


das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do
auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item
subsequente.
Os objetivos gerais do auditor na condução de auditoria de demonstrações contábeis consistem
em: obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres
de distorção relevante; apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis em conformidade
com as normas.
Comentários:
Item certo. Questão está alinhada aos objetivos gerais do auditor independente (externo),
segundo a NBC TA 200(R1). Veja:
11. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:
(a)obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro,
possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido
pelas NBCs TA, em conformidade com as constatações do auditor.[grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portanto, item certo.

3. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) A respeito de auditoria de demonstrações


financeiras, assinale a opção correta.
a) O controle interno é responsável por preparar demonstrações financeiras livres de distorções,
fraudes e erros.
b) Para que o trabalho do auditor seja realizado com eficiência, basta que a ele seja franqueado
o acesso às informações consideradas no processo de elaboração das demonstrações.
c) Cabe ao auditor fazer estimativas contábeis, selecionar e aplicar políticas e práticas contábeis
adequadas.
d) As notas explicativas devem atender exclusivamente a usuários específicos, com propósitos
especiais.
e) A auditoria realizada nas demonstrações financeiras não exime a responsabilidade da
administração pela sua elaboração.
Comentários:
Questão aborda aspectos gerais acerca da auditoria independente. Analisando cada
alternativa:
a) O controle interno é responsável por preparar demonstrações financeiras livres de
distorções, fraudes e erros. Alternativa errada. A responsabilidade sobre a preparação e o
conteúdo das demonstrações contábeis é da própria administração da entidade. Veja:
4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela
sua administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. [...] [NBC TA
200(R1)]
b) Para que o trabalho do auditor seja realizado com eficiência, basta que a ele seja franqueado
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

o acesso às informações consideradas no processo de elaboração das demonstrações.


Alternativa errada. Há outras premissas além dessa para que o trabalho do auditor seja
realizado com eficiência, segundo a NBC TA 200(R1):
(j) Premissa, relativa às responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos
responsáveis pela governança, com base na qual a auditoria é conduzida – Que a
administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, tenham conhecimento e
entendido que eles têm as seguintes responsabilidades, fundamentais para a condução da
auditoria em conformidade com as normas de auditoria. Isto é, a responsabilidade:
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada;
(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis
que estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro;
(iii) por fornecer ao auditor:

a. acesso às informações que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis


pela governança, tenham conhecimento que sejam relevantes para a elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis como registros, documentação e outros
assuntos;

b. quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e,


quando apropriado, dos responsáveis pela governança para o propósito da auditoria; e

c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário
obter evidências de auditoria.[grifo nosso]

c) Cabe ao auditor fazer estimativas contábeis, selecionar e aplicar políticas e práticas


contábeis adequadas. Alternativa errada. Segundo a NBC TA 540, “Estimativa contábil é a
aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de mensuração preciso. Este
termo é usado para um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de estimativa,
bem como para outros valores que requerem estimativas”. Embora a responsabilidade pelas
estimativas contábeis seja da administração, o auditor deve determinar se, no seu julgamento,
algumas dessas estimativas contábeis identificadas como tendo alto grau de incerteza na
estimativa gera riscos significativos, ou seja, ele não deve se limitar, apenas, em verificar se
essas estimativas estão coerentes com o comportamento da entidade em períodos anteriores. A
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

alternativa aborda aspecto da responsabilidade pela elaboração dessas estimativas, segundo a


NBC T 11.11. Veja:
11.2.11 – ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
11.2.11.1 – As estimativas contábeis são de responsabilidade da administração da
entidade e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos, requerendo o seu julgamento na
determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis.[grifo nosso]

Ressalte-se que a NBC T 11 foi revogada pela NBC TA 200. É comum, em auditoria, cobrar
dispositivos de normas revogadas. Por isso, nada de querer “brigar” com a banca quanto a essa
prática. Além disso, muitos dispositivos de normas revogadas encontram-se reproduzidos
literalmente nos livros dos melhores doutrinadores da área de auditoria, dependendo da edição
da obra.

d) As notas explicativas devem atender exclusivamente a usuários específicos, com propósitos


especiais. Alternativa errada. Não necessariamente usuários específicos.

e) A auditoria realizada nas demonstrações financeiras não exime a responsabilidade da


administração pela sua elaboração. Alternativa correta. Está em conformidade com a NBC
TA 200(R1). Veja:
4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua
administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBCs TA não
impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se
sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria
em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a
administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de
certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das
demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança (ver itens A2 a A11).[grifo nosso] [NBC TA 200(R1)]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portanto, alternativa correta é E.

4. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO) / Contabilidade / Administrativa – 2017) O


julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho,
bem como a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o
trabalho, especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.
O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a:
1. condições que podem indicar distorções.
2. evidência inconsistente com outras evidências obtidas.
3. circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos
pelas normas de asseguração.
4. informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a
indagações que serão usadas como evidências.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
Comentários:

As normas de auditoria independente exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e


mantenha o ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria.
A questão aborda exemplos de situações que caracterizam o ceticismo profissional, que é a
postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
Segundo a NBC TA 200(R1):
Ceticismo profissional
A20. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:
• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a
indagações a serem usadas como evidências de auditoria;
• condições que possam indicar possível fraude;
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

exigidos pelas NBCs TA.[grifo nosso]

Analisando cada item:

1. condições que podem indicar distorções. “Distorção é a diferença entre o valor, a


classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor,
a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável”. Assim, uma distorção pode ser originária de
erro ou fraude e, dessa forma, o auditor deve ficar em alerta quando se deparar com uma
distorção e fazer uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

2. evidência inconsistente com outras evidências obtidas. Divergências nas evidências precisam
ser analisadas com mais atenção para evitar que as informações sobre o objeto em análise
estejam significativamente corretas.

3. circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos


pelas normas de asseguração. Procedimentos adicionais são necessários para obter evidências
de auditoria adicionais devido a alguma limitação nas evidências de auditoria disponíveis. O
auditor deve ficar em alerta às situações que necessitem de procedimentos adicionais para
validar informações e, dessa forma, detectar possíveis fraudes ou erros específicos que possam
resultar em distorções relevantes nas demonstrações contábeis.

4. informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a


indagações que serão usadas como evidências. Se o auditor tiver dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude (por exemplo, se condições
identificadas durante a auditoria fizerem o auditor crer que um documento pode não ser
autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados), as normas de auditoria
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

exigem que ele faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos
procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto.

Portanto, alternativa correta é E

5. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) Ao


conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor, segundo a
NBC TA 200 (R1) - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria, são:
a) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
parte dos aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
b) Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis com segurança razoável de que as
demonstrações contábeis como um todo estão livres de fraudes e erros, e comunicar-se como
exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
c) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
E apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas
NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
d) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em parte dos aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. E apresentar relatório sobre as
fraudes e erros relevantes, e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com
as constatações do auditor.
e) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
fraudes ou erros, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. E apresentar relatório sobre as
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

fraudes e erros relevantes, e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com
as constatações do auditor.
Comentários:
Questão aborda os objetivos gerais do auditor independente (externo), segundo a NBC TA
200(R1). Veja:
11. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro,
possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido
pelas NBCs TA, em conformidade com as constatações do auditor. [grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portanto, alternativa correta é C.


Ressalte-se que as demais alternativas contêm erros com troca ou ausência de palavras, tais
como: a expressão da opinião do auditor ser em parte (ao invés de “em todos”) aspectos
relevantes e as demonstrações contábeis como um todo estão livres de fraudes e erros (faltou a
palavra “independentemente”).

6. (CESPE – Auditor Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / Geral / Auditoria,
Fiscalização, Ouvidoria e Transparência – 2018) A respeito dos objetivos e dos
procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir.
A auditoria interna e a externa são atividades que presumem independência na execução de
seus trabalhos, independentemente se o auditor é terceiro contratado ou servidor público.
Coment ários:
Item certo. Independência é dos princípios que norteiam a auditoria, sendo a base para a
imparcialidade da auditoria e objetividade das conclusões de auditoria. Dessa forma, tanto o
auditor interno quanto o auditor externo, seja contratado ou servidor público, não podem ficar
subordinados a pessoas que possam ter seus trabalhos por ele examinados. De fato, os
auditores não podem ter sua independência comprometida, já que não está subordinado à
entidade que ele está auditando. Em relação aos auditores internos, este só está subordinado à
alta administração, garantindo-se, dessa forma, a sua autonomia funcional para desempenhar
seu trabalho sem influência do avaliado. O quadro a seguir demonstra que a independência é
inerente aos auditores – interno externo, embora em graus diferentes:

DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA

Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa


Sujeito Funcionários da empresa Profissional independente
Ação e Objetivo Exames dos controles Exame das demonstrações
operacionais financeiras
Finalidade Promover melhorias nos controles Opinar sobre as demonstrações
operacionais financeiras
Relatório principal Recomendações Relatório
Grau de
Menos amplo Mais amplo
independência
Interessados no
Empresa Empresa e público em geral
trabalho
Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Continuidade do
Contínuo Periódico / Pontual
trabalho
Tipo de Auditoria Contábil e operacional Contábil
Quem exerce a 2
Contador com registro no CRC
atividades
Documento que
Relatório
produz
Fonte: Auditoria Contábil – Teoria e Prática – Crepaldi (2012) – Adaptado

Portanto, item certo.

7. (CESPE – Analista Judiciário (STM)/Contabilidade/Apoio Especializado - 2011) Com


base nas normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue o item a seguir.
O trabalho realizado pelos auditores internos pode ser relevante para os auditores
independentes, visto que, embora os meios utilizados por ambos, para alcançar seus objetivos,
sejam, necessariamente, diferentes, os objetivos de suas respectivas funções são semelhantes.
Comentários:
Item errado. A primeira parte da questão correta. Segundo a NBC TI 01, “o auditor interno,
quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que atua, e no âmbito
de planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho
ao auditor independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário”. Por
outro lado, os meios utilizados (normalmente os procedimentos de auditoria) por eles – interno e
externo – não são necessariamente diferentes. Dessa forma, essa parte encontra-se errada. Por
fim, os objetivos deles são diferentes. Veja a seguir essa diferença.
O objetivo precípuo da auditoria interna. Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria
Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016,p. 9/98” explicita que:
Um dos principais objetivos do auditor interno é examinar a integridade, a adequação e a
eficácia dos controles internos. Para o fornecimento de evidências às conclusões e
recomendações da auditoria interna, as informações devem ser suficientes, adequadas,
relevantes e úteis.
A principal finalidade do trabalho da auditoria interna é avalizar a qualidade e aderência
às normas da empresa no que se refere aos procedimentos operacionais e controles
internos exercidos pela empresa. A auditoria interna, como um controle gerencial, funciona
medindo e avaliando a eficiência dos outros controles internos existentes, e permite
fornecer assistência e aconselhamento a todos os níveis da empresa, o que é praticado por
intermédio de programas de treinamento.[grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Já o objetivo precípuo da auditoria externa, segundo a NBC TA 200(R1):


3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.

Portanto, item errado.

8. (FGV – Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal (Cuiabá) - 2016) Os princípios


fundamentais de ética profissional, quando da condução de auditoria de demonstrações
contábeis, estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que
trata do controle de qualidade.
Assinale a opção que indica alguns dos princípios fundamentais da ética profissional relevantes
para o auditor de acordo com a norma vigente no Brasil.
a) Competência, comportamento profissional e tempestividade.
b) Conduta profissional, zelo e representatividade.
c) Integridade, objetividade e confidencialidade.
d) Representatividade, objetividade e tempestividade.
e) Comportamento profissional, confidencialidade e transparência.
Comentários:
Segundo item A15, da NBC TA 200, os princípios fundamentais de ética profissional relevantes
para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos
no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de
qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:


(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento (ou conduta) profissional.
Ao realizar o cotejo entre a norma e alternativas, concluímos que são exemplos de princípios:
Integridade, Objetividade, Competência e zelo profissional, Confidencialidade e Comportamento
(ou conduta) profissional.
Portanto, alternativa correta é C.

Ressalte-se competência, tempestividade, representatividade e transparência não são princípios


éticos.

9. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) A atitude


de ceticismo profissional refere-se à maneira pela qual o auditor independente avalia
criticamente, de forma mentalmente questionadora, a validade da evidência obtida e mantém-se
alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de
documentos ou representações da parte responsável. A partir dessa informação, assinale a
opção que corresponde à realidade de auditoria quanto ao ceticismo profissional.
a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas
que possam indicar possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito
policial.
b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se alerta
para circunstâncias que causem distorções relevantes nas demonstrações financeiras.
c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a
considerar evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às


indagações a ser usadas como evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das
futuras auditorias.
e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não
estejam previstos nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se
refere a ceticismo profissional.
Coment ários:
Questão aborda aspectos de uma característica inerente ao auditor – o ceticismo profissional.
Segundo a NBC TA 200(R1), “ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente
questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou
fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria”.
A norma supracitada exemplifica situações que caracterizam o ceticismo. Veja:
Ceticismo profissional
A20. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:
• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a
indagações a serem usadas como evidências de auditoria;
• condições que possam indicar possível fraude;
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos
exigidos pelas NBCs TA.[grifo nosso]

Analisando cada alternativa:


a) As situações que o auditor deve observar com cuidado mais apurado não incluem aquelas
que possam indicar possíveis fraudes, pois tais situações ensejam a instauração de inquérito
policial. Alternativa errada, pois condições que possam indicar possível fraude são possíveis
alertas no que se referem ao ceticismo profissional, sem prejuízos de instauração de inquérito
policial.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

b) O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, mantendo-se


alerta para circunstâncias que causem distorções relevantes nas demonstrações
financeiras. Alternativa correta. Está em conformidade com NBC TA 200(R1). Veja:
Ceticismo profissional
15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional,
reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas
demonstrações contábeis (ver itens A18 a A22). [grifo nosso]
c) O ceticismo profissional inclui executar a auditoria com máximo zelo, o que não obriga a
considerar evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas. Alternativa
errada, pois evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas são possíveis
alertas no que se referem ao ceticismo profissional, obrigando-o a considerar tais evidências.
d) Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas às
indagações a ser usadas como evidências de auditoria em exame são fatos para a análise das
futuras auditorias. Alternativa errada, pois essas informações são possíveis alertas no que se
referem ao ceticismo profissional e são analisadas durante a realização da auditoria, e não em
futuras auditorias.
e) Circunstâncias que gerem a necessidade de outros procedimentos de auditoria, que não
estejam previstos nos padrões profissionais, não correspondem a possíveis alertas no que se
refere a ceticismo profissional. Alternativa errada, pois circunstâncias que sugiram a
necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas, incluindo entre elas as que
não estejam previstos nos padrões profissionais, correspondem a possíveis alertas no que se
referem ao ceticismo profissional.
Portanto, alternativa correta é B.

10. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) Caso um


auditor interno de determinado órgão público esteja interessado em analisar os pagamentos
efetuados pelo órgão, ele deve estar preparado para distinguir as situações caracterizadas
como risco para a entidade, para então escolher determinado procedimento de controle.
Considerando essa informação, assinale a opção que corresponde a uma situação
caracterizada como tipo de controle a ser analisado pela auditoria no ciclo de pagamentos.
a) repasse de cheques a recebedores não autorizados
b) falhas em equipamentos que podem resultar em erros de processamento
c) acesso a equipamentos de tecnologia da informação por usuários não autorizados
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

d) continuidade de operações que podem ser afetadas ou interrompidas por desastres


(incêndio, inundação etc.)
e) segregação de funções para programação e operação de computadores
Comentários:
Questão aborda uma situação que caracteriza um risco de controle associado ao princípio da
segregação de funções.
Segregação de funções é o principio administrativo de controle interno mais explorado pelas
bancas, por isso, elaboramos um resumo sobre o tema.
Segundo a IN nº01/2001/CGU, “segregação de funções - a estrutura das unidades/entidades
deve prever a separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução,
controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e
atribuições em desacordo com este princípio”.
Adicionalmente, a estrutura do Coso define segregação de funções da seguinte forma:
Segregação de funções – as obrigações são atribuídas ou divididas entre pessoas diferentes
com a finalidade de reduzir o risco de erro ou de fraude. Por exemplo, as responsabilidades de
autorização de transações, do registro e da entrega do bem em questão são divididas.
O gerente que autoriza vendas a crédito não deve ser responsável por manter os registros de
contas a pagar nem pela distribuição de recibos de pagamentos. Da mesma forma, os
vendedores não devem modificar arquivos de preços de produtos nem as taxas de comissão.
Além disso, a doutrina reconhece que os registros contábeis compreendem o razão geral, os
registros inicial, intermediário e final. O acesso a esses registros representa para as pessoas
que os preparam ou manuseiam informações que servem de base para sua elaboração, em
circunstâncias que lhes permitam modificam os dados desses registros. Por exemplo, caso o
funcionário tenha acesso aos ativos e registros contábeis, poderá desviar fisicamente o ativo e
baixá-lo contabilmente para despesa, o que ocultaria permanentemente essa transação.
Segundo a NBC TA 200(R1), “risco de controle é o risco de que uma distorção que possa
ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida,
detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade”. Por outro lado, a
mesma norma define “risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer
controles relacionados”. Veja que risco de controle é ocasionado em sua essência pela falta ou
falha no controle interno da entidade.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Ante o exposto, a alternativa que apresenta uma situação que caracterizada como tipo de risco
de controle a ser analisado pela auditoria no ciclo de pagamentos é a segregação de funções
para programação e operação de computadores. Nesse caso, deve-se ser analisado se
quem manipula os programas de gerenciamento de pagamentos – programação - é diferente de
quem o opera - operação, para evitar fraudes e burlar as fragilidades do sistema e, com isso,
impedir que haja desfalque de ativos.
Em relação às demais alternativas:
a) repasse de cheques a recebedores não autorizados: risco de controle associado ao princípio
administrativo de controle interno - responsabilidade.
b) falhas em equipamentos que podem resultar em erros de processamento: risco inerente.
c) acesso a equipamentos de tecnologia da informação por usuários não autorizados: risco de
controle associado ao princípio administrativo de controle interno acesso aos ativos.
d) continuidade de operações que podem ser afetadas ou interrompidas por desastres
(incêndio, inundação etc.): risco inerente.
Portanto, alternativa correta é E.

11. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) De


acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade, o planejamento do
trabalho da auditoria interna compreende exames preliminares das áreas, atividades, produtos e
processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. Acerca das
características da auditoria interna, assinale a opção correta.
a) Uma vez que é realizada pelo órgão fiscalizador da instituição, o processo de auditoria
interna, ao visar à segurança de que o objetivo esteja sendo alcançado, dispensa a supervisão.
b) O acesso a papéis de trabalho e relatórios da auditoria interna é vedado à auditoria externa,
uma vez que os objetivos e as conclusões de ambas podem ser contraditórios.
c) Os procedimentos e objetivos da auditoria interna são os mesmos da auditoria externa,
devendo, entretanto, ser executados previamente à análise da auditoria externa, para prevenir
problemas.
d) Quanto à essência dos procedimentos, os conceitos de controle interno e de auditoria interna
são equivalentes.
e) Quanto às características e aos procedimentos, considera-se que a auditoria interna faz parte
dos controles internos abrangentes.
Comentários:
Questão aborda aspectos gerais acerca da Auditoria Interna. Analisando cada alternativa:
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

a) Uma vez que é realizado pelo órgão fiscalizador da instituição, o processo de auditoria
interna, ao visar à segurança de que o objetivo esteja sendo alcançado, dispensa a
supervisão. Alternativa errada, pois, embora a auditoria interna seja autônoma, sempre está
sujeita à supervisão por parte do responsável pela governança. Segundo a NBC TA 200(R1):
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
[...]
o) Responsável pela governança é a pessoa ou organização com a responsabilidade de
supervisionar de forma geral a direção estratégica da entidade e obrigações relacionadas
com a responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatório
financeiro. Para algumas entidades, os responsáveis pela governança podem incluir
empregados da administração, por exemplo, membros executivos de conselho de governança
de uma entidade do setor privado ou público, ou sócio-diretor. [grifo nosso]

b) O acesso a papéis de trabalho e relatórios da auditoria interna é vedado à auditoria externa,


uma vez que os objetivos e as conclusões de ambas podem ser contraditórios. Alternativa
errada, pois quando previamente autorizados pela administração, o auditor interno deve
apresentar seus papéis de trabalho ao auditor externo, segundo a NBC PI 01. Veja:
3.6 – COOPERAÇÃO COM O AUDITOR INDEPENDENTE
3.6.1 – O auditor interno, quando previamente estabelecido com a administração da
entidade em que atua, e no âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve
apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente e entregar-lhe cópias,
quando este entender necessário. [grifo nosso]

c) Os procedimentos e objetivos da auditoria interna são os mesmos da auditoria externa,


devendo, entretanto, ser executados previamente à análise da auditoria externa, para prevenir
problemas. Alternativa errada, pois objetivos da auditoria interna e externa são diferentes.
Veja:
O objetivo da auditoria externa, segundo a NBC TA 200(R1):
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]


Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.

O objetivo da auditoria interna, segundo a NBC TI 01:

12.1.1.4 – A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque


técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado
da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da
gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-
conformidades apontadas nos relatórios. [...] [grifo nosso]

Em relação aos procedimentos de auditoria, no geral, são os mesmos. Por fim, ressalte-se
que, devido à autonomia da auditoria interna, não há qualquer imposição legal ou normativa que
imponha revisão dos trabalhos da auditoria interna por parte da externa.
d) Quanto à essência dos procedimentos, os conceitos de controle interno e de auditoria interna
são equivalentes. Alternativa errada, pois controle interno (gênero) é mais amplo do que
auditoria interna (espécie). Segundo a doutrina, controle interno consiste no processo de
avaliação e regulamentação dos desempenhos operacionais da entidade, visando sua eficiência
e eficácia através do cumprimento da governança coorporativa, bem como salvaguardando os
seus ativos e controlando os exigíveis por meio de registros contábeis confiáveis, tempestivos e
oportunos. Diferentemente, a auditoria interna assessora a administração com o intuito de
revisar e avaliar a adequação dos sistemas de controles internos agregando valor as operações
da entidade, por intermédio de testes de observância e testes substantivos, dos papéis de
trabalho, embasando-se desta forma suas conclusões e recomendações.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

e) Quanto às características e aos procedimentos, considera-se que a auditoria interna


faz parte dos controles internos abrangentes. Alternativa correta. Veja explicação da
alternativa “d”.
Portanto, alternativa correta é E.

12. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa - 2010) Com


relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir.
A auditoria interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros.
Comentários:
Item certo. Essa é a principal finalidade da auditoria interna e está alinhada com a NBC TI 01.
Veja:
12.1.3.1 – A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de
prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira
reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer
de seu trabalho.[grifo nosso]
Portanto, item certo.

13. (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo TCU/Auditoria Governamental /


Controle Externo - 2015) Julgue o item subsecutivo, referente aos principais grupos de
usuários das demonstrações contábeis bem como às responsabilidades a elas
relacionadas.
No exercício de suas atividades de auditoria, o auditor independente, usuário interno da
informação contábil, deve pautar-se pelos seguintes princípios éticos: integridade, objetividade,
impessoalidade, competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento
profissional.
Comentários:
Item errado. Há dois erros nessa quest ão. Preliminarmente, o auditor independente é
usuário externo da inf ormação contábil. Os usuários internos da inf ormação contábil
são: sócios, administração, cont ador da empresa e acionistas. O outro erro é que
impessoalidade não é pr incípio ét ico, mas pr incipio da adm inistração pública. Segundo
item A15, da NBC TA 200(R1), “os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o audit or quando da condução de auditor ia de demonst rações
contábeis estão implícitos no Código de Ética Prof issional do Contabilista e na NBC PA
01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumpr imento é exigido dos auditores.
Esses pr incí pios são: ”
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo pr ofissional;
(d) Conf idencialidade; e
(e) Comportamento ( ou conduta) prof issional.

Portant o, item errado.

14. (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior (CNPq) – 2011) Com base nas
normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Pareceres sobre demonstrações contábeis emitidos por auditores independentes contribuem
para elevar o grau de confiança dos usuários nas informações auditadas. Ao elaborar parecer, o
auditor busca a asseguração razoável.
Coment ários:
Item certo. Questão aborda os objet ivos gerais da audit oria, segundo a NBC TA
200(R1). Veja:
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portant o, item certo.

15. (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior (CNPq) – 2011) Com base nas
normas aplicáveis à auditoria independente, julgue o item que se segue.
Ao executar uma auditoria, deve o auditor manter o ceticismo profissional, a fim de identificar e
avaliar os riscos de distorções relevantes decorrentes de fraude ou erro.
Coment ários:
Item certo. Ceticismo prof issional é a postura que inclui uma mente quest ionadora e
alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a err o ou f raude e
uma avaliação cr ít ica das evidências de audit oria. Adicionalmente, a NBC TA 200(R1)
explicita que:
A21. A manut enção do ceticismo profissional ao longo de toda a audit oria é
necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de :
• ignorar circunst âncias não usuais;
• generali zação excessiva ao tirar conclusões das observações de audit oria;
• uso inadequado de premissas ao det erminar a nature za, a época e a extensão dos
procedimentos de auditor ia e ao avaliar os resultados destes. [grifo nosso]
Portant o, item certo.

16. (FCC – Auditor Fiscal da SEFAZ MA – 2016) As demonstrações contábeis do exercício de


2015 da Companhia de Fornecimento de Energia Solar do Estado serão auditadas pela firma
Absolutos Auditores. Os princípios fundamentais da ética profissional a serem observados pelos
auditores na realização da auditoria de demonstrações contábeis incluem:
I. Moralidade e Independência Técnica.
II. Probidade e Afinidade Profissional.
III. Integridade e Comportamento Profissional.
IV. Objetividade e Confidencialidade.
V. Competência Profissional e Devido Zelo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

b) III, IV e V.
c) I, II, III.
d) I, IV e V.
e) II, III e V.
Coment ários:

Segundo item A15, da NBC TA 200, os princípios fundamentais de ética profissional relevantes
para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos
no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de
qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:

(a) Integridade;

(b) Objetividade;

(c) Competência e zelo profissional;

(d) Confidencialidade; e

(e) Comportamento (ou conduta) profissional.

Ao realizar o cotejo entre a norma e alternativas, concluímos que são exemplos de princípios:
Integridade, Objetividade, Competência e zelo profissional, Confidencialidade e Comportamento
(ou conduta) profissional.

Portanto, alternativa correta é B.


Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Ressalte-se Moralidade, Independência Técnica, Probidade e Afinidade


Profissional não são princípios éticos.

17. (VUNESP – Controlador Interno (PAULIPREV) – 2018) Sobre o objetivo e o alcance da


auditoria de demonstrações contábeis, é correto afirmar que
a) o objetivo da auditoria é confirmar que as informações apresentadas pelos administradores
nas demonstrações financeiras são verdadeiras, sem espaço para dúvidas.
b) o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por
parte dos usuários, mediante a expressão de uma opinião pelo auditor.
c) a auditoria das demonstrações contábeis exime de responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança da entidade auditada.
d) as normas brasileiras aplicáveis aos trabalhos de auditoria exigem, como base para a opinião
do auditor, que ele obtenha segurança absoluta de que as demonstrações contábeis como um
todo estão livres de distorção relevante.
e) a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião
é de natureza conclusiva e não persuasiva.
Coment ários:

Questão aborda o objetivo precípuo da auditoria independente (externa), segundo a NBC TA


200(R1). Veja:

3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis


por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]

Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portanto, alternativa correta é B.

Em relação aos erros das demais alternativas:

Letra A) ERRADA. Ver explicação da alternativa “b”.

Letra C) ERRADA. A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação


das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, a
auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração.
Veja:

4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua


administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBCs TA não
impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se
sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria
em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na premissa de que a
administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de
certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria das
demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança (ver itens A2 a A11).[grifo nosso] [NBC TA 200(R1)]

Letra D) ERRADA. Esse nível de exigência é relativo. Veja:

5. Como base para a opinião do auditor, as NBCs TA exigem que ele obtenha segurança
razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um
nível elevado de segurança. [...][grifo nosso] [NBC TA 200(R1)]

Letra E) ERRADA. A opinião do auditor tem natureza persuasiva e não conclusiva. Veja:

5. [...] Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há


limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das
evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é
persuasiva e não conclusiva (ver itens A28 a A52). [...][grifo nosso] [NBC TA 200(R1)]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

18. (VUNESP – Analista Legislativo (CMSJC)/Contador – 2018) A auditoria independente


a) observa as normas escritas por especialistas internos da entidade auditada, que são
considerados parte da equipe de trabalho.
b) aumenta a credibilidade das demonstrações contábeis.
c) atua conforme as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade auditada.
d) atua em conjunto com a administração da entidade para o cumprimento dos seus objetivos,
garantindo a sua viabilidade futura.
e) implementa os controles internos necessários pelo fato de ser um trabalho contínuo.
Coment ários:

Questão aborda o objetivo precípuo da auditoria independente (externa), segundo a NBC TA


200(R1). Veja:

3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis


por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]

Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa
mental para ajudá-los na memorização.

Portanto, alternativa correta é B.


Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

19. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013) Com relação aos conceitos gerais sobre auditoria, julgue
o item subsequente.
A função precípua da auditoria é a detecção de fraudes com base nos registros contábeis e na
documentação existente na entidade. A obtenção de informações de terceiros e o caráter
preventivo das ações realizadas pela auditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação.
Comentários:
Item errado. A função, ou simplesmente, objetivo precípuo da auditoria (externa ou
independente) é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários, segundo a NBC TA 200 (R1). Veja:
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa
mental para ajudá-los na memorização.

Em relação à auditoria interna, a sua função (objetivo) precípua é assistir à administração da


entidade no cumprimento de seus objetivos, segundo a NBC TI 01. Veja:
12.1.1.4 – A atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque
técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado
da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da
gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-
conformidades apontadas nos relatórios. [...] [grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Por fim, segundo a NBC TA 240, “a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração”. Percebe-se
que o item misturou a função da auditoria com sua responsabilidade.

Portanto, item errado.

20. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Ciências Contábeis / Fiscalização -


2016) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
São princípios inerentes ao trabalho de asseguração do auditor a integridade, a objetividade, o
sigilo e o comportamento profissional.
Comentários:
Item certo. Esses princípios estão em conformidade com as normas de auditoria. Segundo item
A15, da NBC TA 200(R1), “os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o
auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no
Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de
qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:”
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

(e) Comportamento (ou conduta) profissional.

Portanto, item certo.

21. (CESPE – Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Ciências Contábeis / Fiscalização -


2016) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma classe de
transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de
uma transação, saldo contábil ou divulgação.
Comentários:
Item errado. Houve inversão de conceitos entre risco inerente e risco de controle. Segundo a
NBC TA 200(R1), “risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O
risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção”. O
risco de distorção relevante engloba o controle interno. Veja:
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das
afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação
sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.[grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Portanto, item errado.

22. (CESPE – Perito Criminal (PC PE)/Ciências Contábeis / Área 8 - 2016) Acerca de
auditoria de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
a) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados das
demonstrações contábeis.
b) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de governança da
administração das entidades auditadas.
c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente
determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade.
d) Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor obtém
evidência de que o risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente baixos.
e) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstrações é o
principal objetivo da auditoria.
Comentários:
Questão aborda aspectos gerais de auditoria, segundo a NBC TA 200(R1).
Analisando cada alternativa:
a) O trabalho do auditor deve restringir-se a segmentos específicos e determinados das
demonstrações contábeis. Alternativa errada, porque não é obrigatório (“dever”) que o trabalho
do auditor se restrinja a segmentos específicos e determinados das demonstrações contábeis.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Depende da situação para que isso aconteça. O erro está na palavra “deve”(obrigação) ao invés
de “pode”(opção).
b) São as normas de contabilidade que estabelecem as responsabilidades de governança da
administração das entidades auditadas. Alternativa errada, porque essas normas não impõem
responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às
leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades, segundo inteligência do item 4,
da NBC TA 200(R1). Veja:
4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua
administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBCs TA não
impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não
se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. [...] [grifo
nosso]
c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente
determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade. Alternativa errada, porque a
materialidade só será obrigatória se avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a
auditoria e de distorções não corrigidas sobre as demonstrações contábeis forem relevantes.
Veja:
6. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da
auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de
distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis (NBC TA 320 –
Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria, e NBC TA 450 – Avaliação das
Distorções Identificadas durante a Auditoria). Em geral, as distorções, inclusive as omissões,
são consideradas relevantes se for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas
influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em
consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o auditor
tem das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou
natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos. [...] [grifo nosso]
d) Um grau elevado de segurança, ou asseguração razoável, ocorre quando o auditor
obtém evidência de que o risco de auditoria por reduzido a níveis aceitavelmente baixos.
Alternativa correta, porque está em conformidade com a inteligência do item 5, da NBC TA
200(R1). Veja:
5. Como base para a opinião do auditor, as NBCs TA exigem que ele obtenha segurança
razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de


auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de
auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante). Contudo, asseguração razoável não
é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais
resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas
conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver itens A28 a A52). [grifo nosso]

e) A identificação das fraudes cometidas na fase de elaboração dessas demonstrações é


o principal objetivo da auditoria. Alternativa errada, porque o principal objetivo da auditoria é
aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, consoante
inteligência do item 3 da NBC TA 200 (R1). Veja:
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa
mental para ajudá-los na memorização.

Portanto, alternativa correta é D.


Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

23. (CESPE – Especialista em Gestão de Telecomunicações


(TELEBRAS)/Auditoria/Analista Superior - 2015) No que diz respeito aos conceitos e às
classificações aplicados à auditoria, julgue o item a seguir.
Auditoria é um processo sistemático em que o auditor procura avaliar se as evidências
encontradas produzem informação convergente com os critérios preestabelecidos e se essas
evidências são competentes e suficientes para lhe permitir fundamentar sua opinião.
Comentários:
Item certo. Conceit o de auditoria alinhado ao disposto no item 3, da NBC TA 200(R1).
Veja:
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso
da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as
demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. [...] [grifo nosso]
Esse, certamente, é um dos dispositivos que mais aparece em provas. Segue mapa mental
para ajudá-los na memorização.

Portanto, item certo.

24. (FCC – Analista Legislativo (ALESE)/Contabilidade/Apoio Técnico Administrativo -


2018) A NBC TA 200, que estabelece os objetivos gerais do auditor independente e a condução
da auditoria em conformidade com normas de auditoria, definiu alguns termos e expressões de
relevância para interpretação destas Normas. De acordo com a referida NBC TA 200,
a) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
b) asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações econômico-financeiras
da entidade, a interpretação de dados desta natureza, flexibilizada pelo ceticismo profissional.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

c) risco de distorção relevante é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções.
d) risco de detecção é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria.
e) ceticismo profissional é postura do auditor que reflete a maneira de processar,
cautelosamente, informação expressa em termos financeiros, a respeito de eventos econômicos
positivos ocorridos em períodos passados, relativamente a uma entidade específica.
Comentários:
Questão aborda conceitos expressos no item 13, da NBC TA 200(R1).
Analisando cada alternativa:
Letra A) CORRETO. Ela está alinhada a norma supracitada. Veja:
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados
atribuídos a seguir:
[...]
(c) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de
auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
[...]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Letra B) ERRAD A. Segundo a norma supracitada, “Asseguração ra zoável é, no


contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um nível alto, mas não
absoluto, de segurança”. As normas de auditoria exigem que o auditor obtenha
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro. Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança
porque há limitações inerentes em uma auditoria.
Letra C) ERRAD A. Essa é a definição de risco de auditoria. Veja m apa mental
acima.
Letra D) ERRADA. Essa é a definição de risco inerente. Veja mapa mental
acima.
Letra E) ERRADA. Segundo a norma supracitada, “Ceticismo profissional é a
postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam
indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das
evidências de auditoria”.
Portanto, alternativa correta é A.

25. (FGV – Auditor do Ministério Público (MPE AL) - 2018) O planejamento da auditoria
governamental deve considerar os riscos da auditoria, que representa a possibilidade de o
profissional emitir uma opinião tecnicamente inadequada.
Em relação à classificação do risco de auditoria, assinale a afirmativa correta.
a) O risco de planejamento é a possibilidade de o erro acontecer devido às falhas no
planejamento.
b) O risco inerente é a possibilidade de o erro acontecer em face de não existir controle.
c) O risco de controle é a possibilidade de o erro não ser detectado pelo profissional de auditoria
governamental.
d) O risco de detecção é a possibilidade de o erro acontecer e não ser detectado, em face das
limitações dos controles existentes.
e) O risco de resultado é a possibilidade de não se obter o resultado esperado, devido a fatores
externos.
Comentários:

Questão aborda conceitos relacionados ao risco de auditoria. Segundo a NBC TA


200(R1):
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados
atribuídos a seguir:
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

[...]
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de
detecção.
[...]
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor
para redu zir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem
uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto
com outras distorções.
[...]
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis
contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois
componentes, descritos a seguir no nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da
consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma
afirmação sobre uma classe de transação, sa ldo contábil ou divulgação e que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, não
seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da
entidade. [grifo nosso]
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Os riscos são avaliados em duas dimensõ es, uma antes e outra após a aplicação
de controles, conforme a seguir (BRASIL, 2009):
• Risco inerente: é o risco do negócio, do processo ou da atividade,
independente dos controles internos administrativos adotados .
• Risco residual: é o risco que remane sce após a mitigação por controles
internos.
No mesmo sentido, a NBASP 200/ISSAI 200 define Risco de Auditoria, bem como
os seus componentes da seguinte forma:
51. Em geral, o risco da auditoria depende dos seguintes componentes:
O risco de distorção rele vante, que se compõe do risco inerente e do risco de
controle:
a) Risco inerente – a suscetibilidade da informação do objeto a uma
distorção relevante, pressupondo que não haja controles relacionados ;
b) Risco de controle – o risco de que uma distorção rel evante possa ocorrer e
não ser prevenida ou detectada e corrigida, tempestivamente, pelos controles
relacionados.
Se relevante para o objeto, algum risco de controle sempre existirá em
decorrência das limitações inerentes ao desenho e à operação do control e
interno.
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e de
detecção.
Aula 05
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

c) Risco de detecção – o risco de que o auditor não detecte uma distorção


relevante.[grifo nosso]
Portanto, alternativa correta é B .
Em relação às demais alternativas: não há previsão normativa de risco de
planejamento e de resultado, tornado as alternativas “a” e “e” erradas. Já as
alternativas “c” e “d” estão com os conceitos invertidos.
5 Referências Bibliográficas
BRASIL. Conceitos, Tipos e Características de Auditoria de Segurança da Informação.
Disponível em: <http://www.diegomacedo.com.br/conceito-tipos-e-caracteristicas-de-
auditoria-de-seguranca-da-informacao/>, Diego Macêdo - Analista de T.I. Acesso em 03
de janeiro de 2019.

_______. Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA – de Auditoria Independente de


Informação Contábil Histórica. NBC TA 200 (R1) – OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR
INDEPENDENTE E A CONDUÇÃO DA AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM
NORMAS DE AUDITORIA. Disponível em:
<http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)&arqu
ivo=NBCTA200(R1).doc>. Acesso em 03 de janeiro de 2019.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8ªedição. São


Paulo: Atlas, 2012.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo:
Atlas, 2016.

S-ar putea să vă placă și