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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE

BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO E
PROCEDIMENTOS PADRÃO DE
HIGIENE OPERACIONAL NA
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 3.0

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CURSO DE

BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO E
PROCEDIMENTOS PADRÃO DE
HIGIENE OPERACIONAL NA
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
INTRODUÇÂO À QUALIDADE DOS ALIMENTOS
1 DEFININDO QUALIDADE
2 FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

MÓDULO II
3 QUALIDADE E HIGIENE DOS ALIMENTOS
4 LEGISLAÇÃO ALIMENTAR (CODEX ALIMENTARIUS)
4.1 COMITÊS DE ASSUNTOS GERAIS
4.2 COMITÊS DE PRODUTOS
4.3 FORÇAS TAREFAS
4.4 COMITÊS REGIONAIS DE COORDENAÇÃO
5 BENEFÍCIOS DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS
6 HIGIENE DOS ALIMENTOS
7 PERIGOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS
7.1 PERIGOS BIOLÓGICOS
7.1.1 Bactérias
7.1.2 Vírus
7.1.3 Parasitos Patogênicos e Protozoários
7.2 PERIGOS QUÍMICOS
7.2.1 Toxinas Naturais
7.2.2 Micotoxinas
7.2.3 Sustâncias Químicas Usadas Durante o Processamento de Alimentos
7.3 PERIGOS FÍSICOS

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MÓDULO III
8CONCEITO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)
9 REQUISITOS BÁSICOS PARA A QUALIDADE DOS ALIMENTOS
9.1 PRINCÍPIOS GERAIS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS E
PRODUÇÃO
9.1.1 Produção Primária
9.1.2 Recebimento das Matérias-Primas
9.1.3 Armazenamento de Matérias-Primas
9.1.4 Produção
9.1.5 Prevenção da Contaminação Cruzada
9.1.6 Embalagem
9.1.7 Documentação e Registro
9.1.8 Armazenamento e Transporte do Produto Acabado
9.1.9 Controle de Produtos Acabados
9.2 REQUISITOS GERAIS PARA ESTABELECIMENTOS PRODUTORES DE
ALIMENTOS
9.2.1 Localização
9.2.2 Vias de Acesso Interno
9.2.3 Edifícios e Instalações
9.2.3.1 Construção civil
9.2.3.2 Iluminação e instalações elétricas
9.2.4 Instalações Sanitárias e Vestiários
9.2.5 Instalações para Lavagem das Mãos nas Áreas de Produção
9.2.6 Armazenamento para Lixos e Materiais não Comestíveis
9.2.7 Devolução de Produtos
9.2.8 Equipamentos e Utensílios
9.2.9 Controle Integrado de Pragas
9.2.10 Abastecimento de Água Potável
9.2.11 Efluentes e Águas Residuais
9.3 REQUISITOS DE HIGIENE DO ESTABELECIMENTO
9.4 HIGIENE PESSOAL

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MÓDULO IV
10 IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE BPF
10.1 INTRODUÇÃO
10.2 PASSOS DETERMINANTES PARA IMPLEMENTAÇÃO DE BPF
10.3 EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DO MANUAL DE BPF
10.3.1 Identificação da Empresa
10.3.2 Documentação da Empresa
10.3.3 Recursos Humanos
10.3.4 Localização
10.3.5 Vias de Acesso Externo
10.3.6 Edificação/Estrutura
10.3.6.1 Construção civil
10.3.6.2 Iluminação e instalações elétricas
10.4 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS
10.5 ARMAZENAMENTO PARA LIXO E MATERIAIS NÃO COMESTÍVEIS
10.6 DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS
10.7 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS
10.8 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
10.9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
10.10 EFLUENTES E ÁGUAS RESIDUAIS
10.11 REQUISITOS DE HIGIENE DO ESTABELECIMENTO
10.12 RECEBIMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS
10.13 ARMAZENAMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS
10.14 PRODUÇÃO
10.15 PREVENÇÃO À CONTAMINAÇÃO CRUZADA
10.16 EMBALAGEM
10.17 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO
10.18 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DO PRODUTO ACABADO
10.19 CONTROLE DE PRODUTOS ACABADOS
ANEXO - LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS BPF EM ESTABELECIMENTOS DE
ALIMENTOS (CHECK-LIST)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

INTRODUÇÂO À QUALIDADE DOS ALIMENTOS

1 DEFININDO QUALIDADE

Atualmente a gestão da qualidade está sendo uma das maiores


preocupações das empresas, sejam elas voltadas para a qualidade de produtos ou
de serviços. A conscienciatização para a qualidade e o reconhecimento de sua
importância tornou a certificação de sistemas de gestão da qualidade indispensável
para as micro e pequenas empresas de todo o mundo.
Na indústria competitiva de produtos e serviços a qualidade vem se tornando
uma das grandes armas para se obter vantagens no mercado nos últimos anos.
Com o aumento da preocupação do consumidor em relação à qualidade dos
alimentos houve um aumento da competição entre as indústrias e intensificação das
atividades dos órgãos oficiais de inspeção.
A indústria competitiva de alimentos não pode mais considerar a garantia da
qualidade de seus produtos como uma função incidental, realizada como um
trabalho em tempo parcial, muitas vezes apenas para cumprir um protocolo. O
resultado é o aumento do interesse em gerência da qualidade na maioria das
indústrias e um reconhecimento crescente de sua importância estratégica.
Dentro deste contexto, o controle de qualidade nas indústrias competitivas
de alimentos não pode ser dependente do conceito ultrapassado de apenas
inspecionar os produtos acabados (produto pronto para uso). É normalmente aceito
que uma vez finalizado o produto, pouco ou nada pode ser feito para alterar sua
qualidade. A meta de uma indústria competitiva em termos de qualidade deve ser a
de fornecer um produto em que a qualidade seja estudada, entendida, elaborada,

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construída, mantida e comercializada, ao custo mais econômico e que possibilite
completa satisfação do consumidor.
Pode-se dizer que o controle de qualidade atuando apenas como supervisor
ou inspetor no sistema de produção foi útil em um tempo em que preço era igual a
custo mais lucro (P = C + L). Hoje, no mercado competitivo tem-se lucro igual a
preço menos custo (L = P - C). Daí a necessidade de melhoria constante da
produtividade operacional, o que pode ser conseguido com o sistema integrado de
controle de qualidade. Essa integração traz vantagens fundamentais para a
empresa, como a associação da qualidade com produtividade e competitividade.
O termo Qualidade vem do latim Qualitas e é utilizado em situações bem
distintas. Por exemplo, quando se fala da qualidade de vida das pessoas de um país
ou região, quando se fala da qualidade da água que se bebe ou do ar que se
respira, quando se fala da qualidade do serviço prestado por uma determinada
empresa, ou ainda quando se fala da qualidade de um produto. Como o termo tem
diversas utilizações, o seu significado nem sempre é de definição clara e objetiva.
No que diz respeito aos produtos e/ou serviços vendidos no mercado, há
várias definições para qualidade: “conformidade com as exigências dos clientes”,
“relação custo/benefício”, “adequação ao uso”, “valor acrescentado”; “produtos e/ou
serviços com efetividade”. Enfim, o termo é geralmente empregado para significar
“excelência” de um produto ou serviço.
A qualidade de um produto ou serviço pode ser vista de duas maneiras: a do
produtor e a do cliente. Do ponto de vista do produtor, a qualidade se associa à
elaboração de um produto que vá ao encontro das necessidades do cliente. Do
ponto de vista do cliente, a qualidade está associada ao valor e à utilidade
reconhecidas ao produto, estando em alguns casos ligada ao preço.
Para os consumidores, a qualidade não é unidimensional, ou seja, eles não
avaliam um produto tendo em conta apenas uma das suas características, mas
várias. Por exemplo, a sua dimensão, cor, durabilidade, design, funções que
desempenha, etc. Assim, a qualidade é um conceito multidimensional. Dada a
importância do tema “qualidade” no cenário empresarial, torna-se importante definir
de forma sintética seus principais conceitos.

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O saber profundo é formado por Sistema, Variabilidade, Conhecimento e
Psicologia. Sistema é um conjunto de funções ou atividades em um organismo que
trabalham em prol do objetivo do organismo. O objetivo do sistema deve ser
estabelecido por aqueles que o gerenciam, enquanto o objetivo do administrador do
sistema é aperfeiçoar o seu funcionamento como um todo.
Variabilidade é a qualidade do que é variável e está presente nos produtos e
serviços. Devemos entender o que um processo é capaz de fazer e compreender as
incertezas em relação aos dados estatísticos. Conhecimento é a informação sobre
um assunto ou objeto, obtida por experiência ou estudo e que está na mente de uma
pessoa. Não há conhecimento sem teoria.
Psicologia é o estudo científico de como as mentes humanas funcionam e
como influenciam o comportamento. As pessoas aprendem de maneiras diferentes,
com velocidades diferentes e nascem precisando se relacionar com outras,
necessitando ser amadas e estimadas por outros.
A qualidade pode ser definida como a combinação de características de
produtos e serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção,
por meio das quais produtos e serviços obedecerão aos requisitos atendendo as
necessidades dos clientes e a ausência de defeitos. Controle da qualidade, garantia
da qualidade e gestão da qualidade são conceitos relacionados com o de qualidade
na indústria e serviços:

 Gestão da qualidade é o processo de conceber, controlar e melhorar os


processos da empresa, quer sejam processos de gestão, de produção, de
marketing, de gestão de pessoal, de faturação, de cobrança ou outros. A gestão da
qualidade envolve a concepção dos processos e dos produtos/serviços, envolve a
melhoria dos processos e o controle de qualidade;
 Garantia da qualidade são as ações tomadas para redução de defeitos;
 Controle da qualidade são as ações relacionadas com a medição da
qualidade, para diagnosticar se os requisitos estão sendo respeitados e se os
objetivos da empresa estão sendo atingidos.

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O tema qualidade de alimentos tem despertado bastante interesse na
indústria alimentícia, visando oferecer um produto seguro à saúde coletiva e, ao
mesmo tempo, contemplar as exigências de comercialização, principalmente as de
exportação, nas quais os critérios são mais rigorosos.
O aumento da preocupação com relação à segurança alimentar, por parte
das entidades governamentais brasileiras, também ocorre em nível mundial.
Portanto, sabe-se que muitos agentes de natureza biológica, física e/ou química
podem vir a causar doenças nos seres humanos e nos animais, gerando prejuízo à
saúde pública, em países de qualquer nível de desenvolvimento econômico.
A competitividade brasileira esteve sempre baseada nas riquezas naturais e
no setor agropecuário, se especializando no setor de alimentos e no agronegócio.
Com a globalização da economia é exigido um processo de reestruturação e
adaptação das normas de produção e reorganização da indústria. Com a
globalização do mercado internacional ocorreu uma maior diversidade de produtos
disponíveis, decorrentes da abertura dos mercados, logo, os consumidores se
tornaram cada vez mais exigentes com a qualidade dos produtos que compravam.
A garantia da qualidade e da segurança na alimentação é, atualmente,
direito dos consumidores em todo o mundo. Por isso, cada vez mais as
organizações públicas e também as empresas do setor de alimentos têm buscado
assegurar a qualidade de seus produtos e serviços.

2 FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

Várias ferramentas de gestão da qualidade têm sido criadas e utilizadas na


expectativa de atender a quesitos de idoneidade em respeito ao consumidor. Até os
anos 60 a segurança e qualidade de um alimento eram dadas pelo controle de
qualidade feito por meio de amostragens e análises, considerando parâmetros
definidos para o produto final.
Diversos autores estudaram as razões que levaram ao sucesso das
empresas japonesas, no que diz respeito à qualidade, as quais alegam como razão

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deste, em especial um fator humano: o compromisso por parte de todos os
colaboradores da empresa com a qualidade dos produtos e/ou serviços, bem como
a satisfação do consumidor em longo prazo, em detrimento do compromisso com os
resultados em curto prazo.
A crescente preocupação que o tema qualidade de alimentos tem
despertado é notória e, concomitantemente, várias ferramentas de gestão da
qualidade têm sido criadas e utilizadas na expectativa de atender a quesitos de
idoneidade em respeito ao consumidor.
Para oferecer um produto seguro e, ao mesmo tempo, contemplar as
exigências de comercialização, principalmente as de exportação, nas quais os
critérios são bem mais rigorosos. Além destes pontos, há também a diminuição de
custos, gerada pela redução de perdas e otimização da produção, dentre outros
benefícios.
Das ferramentas disponíveis podemos citar o Método 5S, TQM
(Gerenciamento da Qualidade Total), Gerenciamento da Qualidade (Série ISO), as
BPF (Boas Práticas de Fabricação), PPHO (Procedimentos Padrão de Higiene
Operacional) e o Sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle). Este último tem sido amplamente recomendado por órgãos de fiscalização
e utilizado em toda cadeia produtiva de alimentos, por ter como filosofia a
prevenção, racionalidade e especificidade para controle dos riscos que um alimento
possa oferecer, principalmente, no que diz respeito à qualidade sanitária.
Isto se justifica, pois por mais que sejam aplicados métodos de controle os
microrganismos estão tornando-se cada vez mais resistentes e muitos que já eram
considerados sob controle voltam na definição de emergentes e representam
principalmente um perigo para crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas, como
portadores do vírus HIV, pacientes em tratamento com corticoides, etc.
As ferramentas de gestão da qualidade como 5S e de garantia da qualidade
(BPF, PPHO) são indispensáveis como pré-requisitos para a implantação do sistema
APPCC e a série ISO 9000 é uma ferramenta de controle de processos e gestão da
qualidade, por isso, necessita do sistema APPCC como complemento para a
segurança sanitária.

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FIGURA 1

FONT TE: Disponívvel em:


<http://w
www.saovicen
nte.sp.gov.brr/atendimentto/procon/Imagens/alimentos.gif>.
Acessso em: 15/077/2009

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Um sistema de gestão deve ser formado pelos planos e pelos procedimentos
operacionais. Esses documentos definem como fazer, quando fazer e onde fazer, o
que foi estabelecido nos procedimentos gerenciais, tornando-os operacionais. As
evidências objetivas necessárias à validação do sistema de gestão são
estabelecidas por meio dos registros das ações empreendidas e dos resultados
alcançados. Em resumo, um sistema de gestão deve estar fundamentado em
normas consistentes e flexíveis e apoiado em uma estrutura que contemple:

Política e diretrizes claras;


Procedimentos gerenciais consistentes;
Procedimentos operacionais documentados;
Padrões e indicadores para as variáveis críticas;
Planos operacionais e registro dos resultados alcançados.

Desenvolvimentos recentes na área de garantia de qualidade têm enfatizado


a prevenção de defeitos por meio da efetiva identificação e eliminação de riscos, em
detrimento do controle centrado nos produtos acabados, permitindo o emprego de
programas de qualidade. Para que os produtos cheguem ao consumidor mantendo
as suas características, têm que ser adequadamente processados, transportados e
estocados. Portanto, a introdução de um produto no mercado envolve tecnologia e
cuidados especiais, desde a produção até o consumidor final.
Ao se implantar um Sistema da Qualidade é necessário desenvolver
estratégias para a sobrevivência e a prosperidade, utilizando criatividade para a
diferenciação, redução de custos e aumento da qualidade, baseando-se em
motivação e conhecimento dos colaboradores. Faz-se imprescindível, portanto, a
liderança no convencimento dos colaboradores a aceitarem os objetivos comuns do
grupo e fazer tudo para atingi-los, privilegiando o trabalho em equipe com senso de
responsabilidade.
Se os objetivos do trabalho forem claramente explicados, o senso de
responsabilidade das pessoas aumentará na proporção da liberdade permitida na
escolha dos meios e métodos para atingir aqueles objetivos. Entendemos como
método toda a sequência lógica de procedimentos ou operações para se realizar

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determinada tarefa ou atingir determinado objetivo. As ferramentas são técnicas
usadas nas atividades de controle para descobrir problemas, organizar as
informações, gerar ideias, analisar causas, agir, efetuar melhorias e estabelecer
controles.
A gestão da qualidade total (TQM - Total Quality Management) é uma
estratégia de administração orientada a criar consciência de qualidade em todos os
processos organizacionais. O TQM tem sido amplamente utilizado em indústria,
educação, governo e serviços. Chama-se total porque o seu objetivo é a implicação
não só da empresa inteira, mas também a organização estendida: fornecedores,
distribuidores e demais parceiros de negócios.
O TQM é composto de estágios tais como: planejamento, organização,
controle, liderança. Tanto qualidade quanto manutenção são qualificadas de total,
porque cada empregado participa e é diretamente responsável pela realização dos
objetivos da empresa. Toyota (Japão) foi a primeira a empregar o TQM. No TQM os
funcionários possuem uma maior gama de qualificações. Então a comunicação
organizacional (em todos os níveis) torna-se uma peça-chave da estrutura da
empresa.
O método “5S” é o ponto de partida e um requisito básico para o controle da
qualidade, uma vez que proporciona vários benefícios ao setor. A ordem, a limpeza,
o asseio e a autodisciplina são essenciais para a produtividade. Porém, este
programa implantado sozinho não assegura o Sistema da Qualidade eficiente. É
necessário haver melhorias contínuas, treinamentos e conscientização do pessoal
quanto à filosofia da qualidade.
O Método 5S foi base da implantação do Sistema de Qualidade Total nas
empresas. Surgiu no Japão, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra
Mundial, quando o país vivia a chamada crise de competitividade. Este programa
tem aplicabilidade em diversos tipos de empresas e órgãos, inclusive em
residências, pois traz benefícios a todos que convivem no local, melhora o ambiente,
as condições de trabalho, saúde, higiene e traz eficiência e qualidade.
Baseado em sua própria elaboração, o Método 5S visa combater eventuais
perdas e desperdícios nas empresas e indústrias; educar a população e o pessoal
envolvido diretamente com o método para aprimorar e manter o Sistema de

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Qualidade na produção. É importante a alteração no comportamento e atitudes do
pessoal. A conscientização dos integrantes da importância dos conceitos e de como
eles devem ser usados facilita a implantação do programa.
Cada fase é intimamente ligada à outra, sendo também um “pré-requisito”
para a consolidação da fase seguinte. Uma vez iniciado o processo, fica mais fácil
dar continuidade à implantação do método 5S. Consequentemente haverá
consolidação do Sistema da Qualidade e melhoria do desempenho geral no setor. O
nome 5S provém de cinco palavras do idioma japonês, iniciadas com a letra "S" e
que designam cada um dos princípios a serem adotados:

1º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO (Organização, utilização, liberação da área);


2º S - SEITON - SENSO DE ORGANIZAÇÃO (Ordem, arrumação);
3º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA (Limpeza);
4º S – SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE OU MELHORIA CONTÍNUA (Padronização,
asseio, saúde);
5º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTODISCIPLINA (Disciplina, autodisciplina).

Alguns dos objetivos desse programa são:


- Melhoria do ambiente de trabalho;
- Prevenção de acidentes;
- Incentivo à criatividade;
- Redução de custos;
- Eliminação de desperdício;
- Desenvolvimento do trabalho em equipe;
- Melhoria das relações humanas;
- Melhoria da qualidade de produtos e serviços.

Deste modo, o 5S auxiliará na reorganização da empresa, facilitará a


identificação de materiais no descarte de itens obsoletos e melhoria na qualidade de
vida e ambiente de trabalho para os membros da equipe. Com o aumento do

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comércio internacional de produtos e serviços surgiu a necessidade de se ter um
conjunto de normas de aplicação mundial em todos os setores da indústria.
Isto fez com que em 1987 surgisse a série de normas que ficou conhecida
como a ISO 9000. A família de normas ISO-9000 representa um consenso
internacional das boas práticas de gestão com o propósito de assegurar que a
empresa possa continuamente entregar os produtos ou serviços que atendam às
exigências de qualidade do cliente.
A sigla ISO significa “International Organization for Standardization”, ou seja,
Organização Internacional de Normalização. É uma organização sem fins lucrativos,
fundada em 1946, com sede em Genebra, Suíça, que mantém acordos com 130
países. O trabalho técnico da ISO é conduzido por comitês técnicos. No Brasil, o
comitê técnico responsável pelas normas da série NBR ISO 9000 é o CB 25, da
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas, uma entidade privada, também
sem fins lucrativos, que representa o sistema ISO 9000 no Brasil.
Foi elaborada por meio de um consenso internacional sobre as práticas que
uma empresa pode tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade do
cliente. A ISO 9000 não fixa metas a serem atingidas pelas empresas a serem
certificadas, a própria empresa é quem estabelece as metas a serem atingidas. Sua
missão é promover o desenvolvimento da normalização de produtos e serviços,
utilizando determinadas normas, para que a qualidade dos produtos seja sempre
melhorada com o intuito de facilitar a troca internacional de mercadorias e serviços.
As normas da série ISO 9000 se aplicam a qualquer negócio,
independentemente do seu tipo ou dimensão, possuindo requisitos fundamentais
para a obtenção da qualidade dos processos empresariais. A verificação dos
mesmos, por intermédio de auditorias externas, garante a continuidade e a melhoria
do sistema de gestão da qualidade.
Os requisitos exigidos pela norma ISO 9000 auxiliam numa maior
capacitação dos colaboradores, melhoria dos processos internos, monitoramento do
ambiente de trabalho, verificação da satisfação dos clientes, colaboradores,
fornecedores e entre outros pontos, que proporcionam maior organização e
produtividade que podem ser identificados facilmente pelos clientes.

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A ISO série 9000 compreende um conjunto de cinco normas (ISO 9000 a
ISO 9004). Deve ser enfatizado, entretanto, que as normas ISO série 9000 são
normas que dizem respeito apenas ao sistema de gestão da qualidade de uma
empresa e não às especificações dos produtos fabricados por esta empresa. Ou
seja, o fato de um produto ser fabricado por um processo certificado segundo as
normas ISO 9000 não significa que este produto terá maior ou menor qualidade que
um outro similar. Significa apenas que todos os produtos fabricados segundo este
processo apresentarão as mesmas características e o mesmo padrão de qualidade.
As normas ISO 9000 não conferem qualidade extra a um produto (ou
serviço), garantem apenas que o produto (ou serviço) apresentará sempre as
mesmas características. As normas individuais da série ISO 9000 podem ser
divididas em dois tipos:

a) Diretrizes para seleção e uso das normas (ISO 9000) e para a


implementação de um sistema de gestão de qualidade (ISO 9004).
b) Normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003). Chamadas assim
por se tratarem de modelos para contratos entre fornecedor (que é a
empresa em questão) e cliente.

As normas NBR ISO série 9000 compõem um conjunto de normas técnicas


que tratam exclusivamente de gestão da qualidade, na sua expressão mais geral e
sistêmica. Sua adoção passou a ser reconhecida pelo mercado como um “atestado
de garantia da qualidade”, e o consumidor final, cada vez mais atento aos aspectos
de qualidade e segurança, tende a identificar e privilegiar as organizações que
dispõem de certificação, por considerar esse fato como um sinônimo de seriedade e
confiabilidade.
A NBR ISO 9001 faz parte da nova família de normas da série 9000
publicada no Brasil em dezembro de 2000, que é composta por três normas, com
objetivos e propósitos distintos, conforme apresentado a seguir:
 NBR ISO 9000: Define os principais conceitos utilizados nas normas da série
NBR ISO 9000;

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 NBR ISO 9001: Define os requisitos básicos para a implantação de um
sistema de gestão da qualidade. Essa é a norma de certificação;
 NBR ISO 9004: Fornece diretrizes para a melhoria do desempenho de um
sistema de gestão da qualidade e determina a extensão de cada um de seus
elementos.

Em dezembro de 2000 a “série ISO 9000” foi totalmente revisada; além das
alterações em sua estrutura, agora temos apenas uma norma sujeita à certificação,
a ISO 9001, a qual trouxe o enfoque de gerenciamento de processos. Sendo assim,
a família de normas ISO 9000:1994 (9001, 9002 e 9003) foi cancelada e substituída
pela série de normas ABNT NBR ISO 9000:2000, que é composta de três normas
ABNT ISO 9000:2000, ABNT ISO 9001:2000 e ABNT ISO 9004:2000.
É importante destacar que a norma ISO 9001 sofreu uma revisão conhecida
no mercado como “versão 2000”. Até dezembro de 2003, os sistemas de gestão da
qualidade ainda podiam ter como base as normas ISO 9001, 9002 e 9003 de 1994,
mas, a partir desta data, todas as certificações foram convertidas para a ISO versão
2000. Hoje, portanto, só há um padrão para certificação de sistemas de gestão da
qualidade, a norma ISO 9001.

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