Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Disciplina: Economia
Nome: Jéssica Tinôco Gomes Data entrega: 17/05
Atividade: Análise de reportagem com conceitos de microeconomia.
Vendas no comércio caem em março e têm pior resultado para o mês em 14 anos
O comércio varejista brasileiro recuou pelo segundo mês consecutivo, com queda de 1,9% em
março em comparação com fevereiro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11). Foi pior resultado para o mês em 14 anos, desde março de
2003, quando a queda foi de 2,5%.
Nos primeiros três meses de 2017, o comércio acumula queda de 3%. Nos últimos 12 meses a
queda foi de 5,3%. Em relação a março de 2016, o varejo nacional recuou 4%, em termos de volume
de vendas, 24ª taxa negativa consecutiva nessa comparação.
Já a receita nominal de vendas apresentou, em março de 2017, queda de 2% em comparação ao
mesmo período de 2016, alta de 0,5% no acumulado no ano e alta de 3,5% nos últimos 12 meses.
Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, destaca que o
desemprego influenciou o resultado ruim. "A desocupação é a maior desde 2012, como mostram os
dados da Pnad. A renda diminuiu".
"Outro fator que contribuiu foi a Páscoa, que gera mais vendas ao comércio na comparação
com o ano passado. Em 2016, a Páscoa foi em março. Este ano foi em abril", contou Juliana.
De acordo com Roberto Olinto, diretor do IBGE, os números de janeiro foram uma exceção em relação
à conjuntura econômica por causa do 13º salário e outros benefícios, já que em dezembro os
consumidores seguraram os gastos. "Janeiro foi um suspiro na crise em comparação aos números dos
dois meses seguintes", destacou.
"Injetando o valor disponibilizado pelo FGTS na economia e com a expectativa de que cerca de
30% desse valor seja destinado ao consumo, vamos observar se melhoras vão surgir", destacou Olinto.
Atividades
Quatro atividades registraram taxas negativas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de
perfumaria e cosméticos e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação,
registraram -0,5%, tecidos, vestuário e calçados com -1% e hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo com -6,2%.
"Alguns estudos apontam que ocorreu uma queda menor no setor de tecidos, vestuário e
calçados. Coincidiu com a liberação do FGTS, que pode ter ajudado, alem de promoções no comércio",
destacou Juliana.
Já para o setor de hiper e supermercados, Juliana afirma que ele é muito sensível a renda. "Os
consumidores trocam os produtos mais caros por marcas menos conhecidas", explicou.
Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (6,1%) livros, jornais, revistas e papelarias (5,6%),
combustíveis e lubrificantes (1,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,9%) tiveram
resultados positivos.
A alta de 5,6% na venda de livros, jornais, revistas e papelarias aconteceu por causa da volta às
aulas, mas apesar do resultado, o setor regitrou queda de -13,2% nos últimos 12 meses.
Regiões
As vendas no varejo recuaram em 16 das 27 unidades da federação, com as maiores variações
negativas observadas em Goiás (-13,3%), São Paulo (-5,9%), Acre (-2,5%) e Mato Grosso do Sul (-
2,4%).
Na comparação com março de 2016, 17 das 27 unidades da federação apresentaram resultado
negativo no volume de vendas, com destaque para Goiás (-17%), Distrito Federal (-10,3%), Roraima (-
9,5%), São Paulo e Espírito Santo, ambas com -8,9%.
Por outro lado, dez estados registraram resultados positivos: Santa Catarina (15,2%), Alagoas
(5,8%), Tocantins (5,6%), e Paraná (3,5%).
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos,
partes e peças e de material de construção, voltou a registrar variação negativa para o volume de vendas
sobre o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal (-2%), após quatro meses seguidos de
resultados positivos.
Em comparação com março de 2016, o comércio varejista ampliado apresentou recuo de 2,7%
para o volume de vendas (34ª taxa negativa consecutiva) e de -1,2% para receita nominal. Nas taxas
acumuladas, os resultados foram -2,5% no ano e -7,1% nos últimos 12 meses para o volume de vendas,
enquanto para receita nominal as taxas ficaram em -0,1% e -0,5%, respectivamente.
Fonte: G1
Link: http://g1.globo.com/economia/noticia/vendas-no-comercio-caem-em-marco-de-2017-
diz-ibge.ghtml
Data de publicação: 11/05/2017
Data Acesso: 15/05/2017 às 17:46.