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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

CURSO DE DIREITO

JUSTIÇA RESTAURATIVA: APLICAÇÃO E EFEITOS NO DIREITO


PENAL

PROJETO DE PESQUISA

ADRIELE SANTOS ROCHA SÁ

SALVADOR-BA

2019
JUSTIÇA RESTAURATIVA: APLICAÇÃO E EFEITOS NO DIREITO
PENAL

Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de


projeto de pesquisa em direito, no Curso de
Graduação em Direito da Universidade Católica
do Salvador, Campus Pituaçu, como requisito
para obtenção de aprovação na referida disciplina
sob a orientação da professora Tatiana Mendes.

SALVADOR-BA

2019
SUMÁRIO

1. Sumário ..................................................................................... 3

2. Tema ......................................................................................... 4

3. Título ........................................................................................... 4

4. Problematização ........................................................................... 4

5. Hipóteses .................................................................................... 5

6. Objetivo Geral .............................................................................. 6

7. Objetivo Específico ....................................................................... 6

8. Justificativa .................................................................................... 7
9. Metodologia .................................................................................... 8

10. Marco Teórico ................................................................................. 9

11. Referência Bibliográfica ................................................................... 12

12. Sumário Provisório .......................................................................... 13

1. TEMA

Direito Penal, Constitucional, legislação especial - Lei 9099.95.

2. TÍTULO

Justiça Restaurativa, aplicação e seus efeitos nos juizados criminais.


3. PROBLEMATIZAÇÃO

1. Em vista do modelo atual do sistema punitivo do código penal, como a justiça


restaurativa pode ser empregada?

2. Qual a abrangência da justiça restaurativa no judiciário baiano e nos seus


juizados especiais criminais?

3. As medidas despenalizadoras são efetivas no Jecrim?

O Estado como o único legitimado para solucionar os conflitos posto, este não
deveria buscar melhores meios caminhos para resolvê-los, através, porém a fixação
destas práticas em decorrência do caráter legalista do sistema, que muitas vezes
descambando no cumprimento frio da lei, teria este o condão em contornar ou
modifica o pensamento dos juristas?

Com o objetivo de sanar os conflitos existentes entre a sociedade, as partes buscam


o Estado, único detentor do “poder jurisdicional” para conduzir e julgar os conflitos
existente, entretanto, será que as sentenças prolatadas é a forma mais humana
para a solução dos conflitos? De outro ponto, como a justiça restaurativa influência
nestas decisões.

Seria a autocomposição um método por meio do qual a justiça restaurativa pode ser
uma forma mais eficaz que conduzir soluções menos traumáticas para sanar os
conflitos?
Pensando nas inúmeros litígios, o Estado como o persecutor criminal, qual seria o
papel da vítima. Deve ela ser desconsiderada? Teria alguma mudança na justiça
com a participação das vítimas?

4. HIPÓTESES

1. Em vista do modelo atual do sistema punitivo do código penal, como a justiça


restaurativa pode ser empregada?

Tomando por base o código penal, juntamente com a lei 9099/95, onde explicita
formas mais abrandadas para solução dos conflitos. Em detrimento disso temos em
nosso modelo atual, a intermediação agressiva do Estado-Juiz para “solução” dos
conflitos.

Como é de conhecimento extensivo de todo homem médio, o art. 59 no seu inc. IV,
traz a possibilidade na utilização de outros meios que não sejam a privação da
liberdade.

Conforme preconiza Leonardo Sica em seu livro – Justiça Restaurativa e Mediação


Penal, traz como hipóteses solucionadora dos conflitos criminais a informalidade,
onde o autor do delito e a vítima busca através da mediação a composição dos
danos.

A mediação penal é um forte meio para a inserção da Justiça Restaurativa, onde as


partes poderá ter a solução dos entraves sem a necessidade da judicialização.

2. Qual a abrangência da justiça restaurativa no judiciário baiano e nos seus


juizados especiais criminais?
É notório a falta de aplicabilidade deste método solucionador de conflito. Sendo que
o judiciário ainda tem muitas limitações acerca da busca de outras formas de
resolutivas.

Sabe-se que o judiciário perquirir desenfreadamente o enquadramento do indivíduo


no estabelecimento penitenciário, ou seja, a privação de liberdade deixou de ser
uma exceção para virar regra.

Na realidade posta, os Estados brasileiros não oferece espaços adequados para


esta interação, onde a vítima e o algoz tenha um ambiente suscetível a solução dos
conflitos, com a reparação do dano ou a composição entre as partes. Sabe-se que,
o enfoque é na judicialização dos delitos.

Em contraponto disso, a mediação penal, na aplicabilidade da justiça restaurativa


tem ganhado força em casos de violência doméstica, onde por muitas vezes as
vítimas não querem que seja cerceado dos seus companheiros/companheiras a
liberdade, encontra na justiça restaurativa meios capazes de oferecer o fins que
esperam.

5. OBJETIVO GERAL

Retratar a Justiça restaurativa sob a análise do modelo atual da aplicação das


penas do direito penal.

6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Analisar a justiça restaurativa como método solucionador de conflitos, a qual tem
o intuito de reduzir prolação de sentenças traumatizadas. Sendo que em muitos
casos não se vê a função restaurativa da pena..

2. Demonstrar como o Estado tem aplicado as medidas punitivas na justiça


criminal, em face dos métodos inseridos na justiça restaurativa. E qual seria os
novos meios para a implantação.

3. Retratar o tratamentos fornecido pelo Estado as vítimas, onde tem negligenciado


a sua representatividade nas soluções dos conflitos. Outrossim, o Estado tem
direcionado o enfoque para o ré e na sua punição.

4. Trabalhar as medidas que estão em voga e as contribuições que podem ser


fornecidas pela justiça restaurativa.

7. JUSTIFICATIVA

Na busca da apuração da justiça penal, há uma iminente necessidade de oxigenar o


pensamento jurídico do ius puniendi. Partindo do pressuposto que o Direito Penal
deve ser aplicado como ultima ratio, não há lógica de interpretar que todas as
motivações delituosas precisam, em si, ter que conduzir o indivíduo ao cárcere.
Partindo do pressuposto de que o prestígio pelo cárcere não está ligada
concomitantemente a ressocialização.

A estrutura escolhida pelo Direito Penal, ainda é de sua maioria pela centralização
da punição por meio da cadeia, no entanto, como é sabido a função da pena vai
além da punitiva. Se tem vinculado também a função preventiva, e não menos
importante a função restaurativa, quem embora estuda tem pouca operação.

Em vista disso, tem-se a justiça restaurativa como método auxiliar para o


desafogamento das unidades penitenciárias e cerca os indivíduos envolvidos na
conscientização do que foi feito para solucionar o impasse.

Colocando por essa perspectiva a justiça restaurativa é pouco quista no meio


criminal, onde é preservado ainda a necessidade de punir. Em vista disto, é de
fundamental importância relembrar a eficiência do sistema judiciário em matéria
penal. Nesse contorno a manutenção para o caráter punitivo e repressivo da pena,
tem sua fixação em dois preceitos, os que acreditam na pena como solução e os
que acreditam no processo, muito embora tenham estes a ciência da fragilidade e
ineficácia do sistema, preferem a manutenção ao redirecionamento outros meios
solucionadores.

Não olvidando que a busca de outras medidas para solução de conflitos – justiça
restaurativa – não se reporta a exclusão ou a substituição do modelo atual.
Diferentemente disso, a busca é pela coexistência entre eles, a demonstração de
que é possível alinhar o conceito da justiça restaurativa com o de pena, haja vista
que em situações limítrofes requer a atuação do direito punitivo.

Cumpre ainda salientar os avanços e o caminhar para aceitação na aplicação do


sistema da justiça restaurativa, visto que a quebra do paradigma punitivo ainda tem
muita força, dificultando a inserção para um modelo alternativo.
8. METODOLOGIA

A presente pesquisa vai analisar o objeto em estudo, tendo como referencial a


funcionalidade da norma no plano social da busca da justiça. É caracterizada pelo
método dedutivo, visando pensar nos problemas a partir de uma premissa
verdadeira, lei ou teoria, submetendo-se a uma segunda premissa, que será
utilizada para dar forma a pesquisa no que se refere ao procedimento teórico.

Em consonância ao modelo escolhido, a pesquisa terá por base literatura


especializada, onde está contrasta o modelo real e o modelo ideal. Além de
fundamentar nas medidas alternativas à prisão que estão alocadas no Código
Penal.

Não obstante, será imprescindível a análise da lei 9.099/95 a fim de estreitar o


relacionamento solucionar de conflitos estabelecido.

O procedimento metodológico será através de pesquisas bibliográficas, análise da


aplicação das normas e o resultado prático de sua eficácia para o alcance do
modelo ideal para a efetividade da justiça restaurativa no âmbito penal. Partindo do
pressuposto que uma sociedade/comunidade devidamente organizada almeja
atingir valores explícitos e implícitos, ao qual a ética e a moral tende a convergir
para a garantia social devidamente justa.

9. MARCO TEÓRICO

A justiça criminal tem como principal objetivo apaziguar os meios sociais entre os
indivíduos, através da limitação junto ao Estado punitivo. A representação hoje da
justiça criminal está aliançada a punição.
O Bittencourt retrata a convicção dos juristas da época, a qual fomentava
pretensiosamente que a prisão como o método eficaz para a modificação da
conduta do indivíduo. Contudo, a visão otimista perdeu força, vez que a função
ressocializadora não tinha efetividade, pois como não é desconhecido, a pena
privativa de liberdade tinha em seu arcabouço a transgressão aos direitos
individuais do apenado não que seja muito diferente nos dias de hoje.

Quando a prisão se converteu na principal resposta penológica,


especialmente a partir do século XIX, acreditou-se que poderia ser
um meio adequado para conseguir a reforma do delinquente.
Durante muitos anos imperou um ambiente otimista, predominante a
firme convcção de que a prisão poderia ser um instrumento idôneo
para realizar todas as finalidade da pena e que, dentro de certas
condições, seria possível reabilitar o delinquente. (BITENCOURT,
2017, 602/603)

Assim, a sociedade tinha como regra a imputação de castigos físicos para


“correções” dos seus delitos, sendo que não raras as vezes as aplicações das
medidas corretivas à época resultava na morte do indivíduo. Por meio do princípio
da humanidade da pena aliançado ao princípio da proporcionalidade, os quais por
um lado defende a preservação da integridade física, psíquica e moral do indivíduo
tem a proporcionalidade no arbitramento da pena, afim de dosar a justa punição sob
o efeito da ofensividade causada.

Por conseguinte Flávio Gomes ao traduzir a obra de Ferrajoli indica um dos aspecto
inerente às penas. A prevenção tem como escopo redirecionar a visão do apenado
para que este não mais delinquir, assim, acarreta na restauração do caráter do
indivíduo concomitantemente a proteção social. É nítido a falha no processo da
privativa de liberdade como meio de represar a delinquência.

A pena privativa de liberdade, que na época moderna tem


constituído a alternativa mais importante frente às penas ferozes e o
principal veículo do processo de mitigação e de racionalização das
penas, já não parece, por sua vez, idônea - enquanto não pertinente
ou desnecessária - para satisfazer nenhuma das duas razões que
justificam a sanção penal: nem a prevenção dos delitos, dado o
caráter criminógeno das prisões destinadas de fato, como nos dias
de hoje é unanimemente reconhecido, a funcionar como escolas de
delinqüência e de recrutamento da criminalidade organizada; nem a
prevenção das vinganças privadas, satisfeita na atual sociedade dos
mass media bem mais pela rapidez do processo e pela publicidade
das condenações do que pela expiação da prisão. (FERRAJOLI,
2002, 330).

A prisão, em vez de conter a delinquência, tem-lhe servido de


estímulo, convertendo em um instrumento que oportuniza toda
espécie de desumanidade. Não traz nenhum benefício ao apenado;
ao contrário, possibilita toda a sorte de vícios e degradações.
(BITENCOURT, 2017, 608).

Em igualdade de pensamento Bitencourt assevera o malefício da prisão, além que


ela não necessariamente auxilie não restauração do apenado.

Não obstante, o que se tem é um aumento descomunal na população carcerária, o


que traz a confirmativa de uma crise no sistema penal que é intensamente aplicado,
pois não seria ele a ultima ratio?

A partir do momento que tem-se diagnosticado falhas no sistema penal vigente, o


qual tem sua fundamentação no paradigma punitivo-retributivo que traz o uso da
pena como resposta mais aceitável e prevalecente ao Sistema Estatal. Porém, além
da falha sobrestada há ainda no declínio das medidas alternativas, que por sua vez
nos apresenta a efetividade desejada.

As medidas alternativas, vem com o fulcro de enxugar a caracterização, porém o


que se tem é um enfeite do Estado Juiz para serem administradas sem aguardar
retorno da sua eficácia. Sua ineficácia tem eco na má aplicação e na desunião com
o sistema punitivo.

O papel da criminologia tradicional, ao longo da história do direito


penal Moderno, foi justificar as práticas punitivas sob a perspectiva
do saldo humanismo representado pelo discurso ressocializador. A
criminologia etiológica encorpou-se, subliminar e invisivelmente,
como discurso orientador das fases legislativa, judicial e executiva,
fixando a noção da pena clínica e correcional. (CARVALHO, 2011,
133)
Outrossim, no que se pese a falha na aplicabilidade das medidas alternativas,
importa ao seu turno remodelar o Direito Penal com o aprofundamento da justiça
restaurativa. Entende-se que seu método/teoria visa o manejo para que os
protagonista do conflito meios incentivadores sociais, por meio do diálogo
oportunizando a reconciliação entre as parte. Resta assim, evidente que a escolha
da justiça restaurativa, vista a fazer justiça através da reparação ao dano causado, o
qual se entende como conduta delituosa.

Em reflexão do termo utilizado a pouco “reconciliação”, importa estabelecer que não


é o fazer as pazes, e sim um reconhecimento pelo autor do delito do dano causado
à vítima pela sua conduta ativa em contraponto a isso, buscar meios minimizadores
de retração das consequências.

A mediação situa-se em outro nível: pretende abater esse


sentimento punitivo, reconhecendo essa tentativa como uma etapa
fundamental para a evolução da vida comunitária, cuja harmonia é
mais ameaçada do que preservada pelas tendências irracionais
alimentadas pela “necessidade de castigo”. (SICA, 2017,121).

Veja a justiça restaurativa vai além de envolver as partes importante, leia-se, autor
do fato e a vítima, para solucionar impasse, busca aprimorar a prática-restaurativa,
afastando por sua vez a concepção moralmente reprovadora ou individualista da
responsabilização tradicional.

Frisa-se ainda que a preocupação é em relação aos envolvidos, porém não


olvida-se o retrato da vítima não poderá sobrepujar a essência da justiça
restaurativa que está centrada na neutralização dos danos, sendo assim, qualquer
lastro de vingança não será contabilizado. Muito embora exista a preocupação pela
condição das partes ela limitar-se-á no objetivo na restauração.

Pensar a justiça restaurativa como uma forma para solucionar conflitos,


desobrigando a medidas extremas que o sistema penal atual propõe não é algo
inviável. Porém, muitos doutrinadores se opõe veementemente, a maior indagação
feita por estes é que a mediação penal, por seu turno não agrega as garantias
processuais, além de obstaculizar a aplicabilidade da legalidade penal.

O regime de garantias caracteriza-se pela estrita legalidade


consubstanciada nos axiomas: nulla poena, nulla culpa sine iudicio e
nullum poena sine crimine, nullum crimine sine legge, os quais,
aparentemente, seriam contrariados pela mediação, uma vez que
esta possibilitaria tanto a “pena sem culpa”, quanto o “crime sem
pena”. Jesús Maria Silva-Sánchez refuta com veemência a mediação
em matéria penal, com argumentos que valem ser observados,
porquanto sintetizam o coro geral dentro do mundo jurídico contra a
informalização da justiça. (SICA, 2017, 121).

Outra crítica constantemente enaltecida pelos defensores da justiça convencional,


parte do pressuposto que a justiça restaurativa, por sua vez não restaura o
indivíduo, ela é tão somente uma medida que obstrui a aplicação dos modelos
“efetivos” para correção.

No entanto, falar sobre a eficácia da função restaurativa, é forçoso reconhecer que o


modelo atual não desempenha este papel, a proposta feita é aplicação da lei sem
reserva. Assim, nada mais urgente que uma reforma, no que tange a aplicação das
penas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ACHUTTI, Daniel Silva. Justiça restaurativa e abolicionismo penal: contribuições


para um novo modelo de administração de conflitos no Brasil. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral 1. 23. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
CARVALHO, Salo. Antimanual de criminologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2011.

FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2002.

SICA, Leonardo. Justiça restaurativa e mediação penal: o novo modelo de justiça


criminal e de gestão do crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

SLAKMON, C., R. DE Vitto, e R. Gomes Pinto, org., 2005. Justiça Restaurativa


(Brasília – DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD).

SUMÁRIO PROVISÓRIO PARA O TCC

SUMÁRIO. 1. INTRODUÇÃO. 2. PREMISSAS DIREITO PENAL. 2.1


FUNDAMENTOS A PENA ADOTADO PELO BRASIL. 3.SURGIMENTO DA
JUSTIÇA RESTAURATIVA. 3.1 DEFINIÇÃO DO CONCEITO. 3.2 PRINCÍPIOS DA
JUSTIÇA RESTAURATIVA. 4. ABOLICIONISMO PENAL. 4.1 RELAÇÃO DO
ABOLICIONISMO PENAL E A JUSTIÇA RESTAURATIVA. 5. PRINCIPAIS
PRÁTICAS DA JUSTIÇA RESTAURATIVA. 6. PESSOA DA VÍTIMA. 6.1.
INTERAÇÃO DA VÍTIMA COM O PROCESSO 7. OBSTÁCULOS PARA INSERÇÃO
DA JUSTIÇA RESTAURATIVA. CONCLUSÃO. BIBLIOGRAFIA.

1. INTRODUÇÃO

Escrever após a conclusão dos dois primeiros capítulos, e depois de mostrar a Caio.
2. PREMISSAS DIREITO PENAL

A função do Direito Penal está vinculada a harmonização social,


onde tem como fundamento assegurar o exercício da força pretendido pelo Estado,
a fim de afastar condutas desconexas com a estrutura social pensada.

Em vista da conjuntura em que o Direito Penal está alinhado,


nota-se que dentre as normas do Sistema Jurídico Brasileiro, este carrega a máxima
do sistema, razão pela qual é conhecido como ultima ratio. Na mesma direção
segue a definição de um dos principais penalista da modernidade “ uma das
principais características do moderno Direito Penal é seu caráter fragmentário, no
sentido de que representa a ultima ratio do sistema para proteção daqueles bens e
interesse de maior importância para o indivíduo e sociedade à qual pertence”.

Para tanto, o Direito Penal tem como fulcro principal garantir tutela
aos Bens Jurídicos de grande importância. Em reflexos disso, a escolha de quais
dentre inúmeros bens jurídicos que devam ser tutelados pela norma penal, a
escolha comporta naqueles que traga um impacto substancial ao indivíduo, razão
pela qual a norma penal se insere no cuidados de algumas condutas.

A gravidade dos meios que o Estado emprega na repressão do


delito, a drástica intervenção nos direitos mais elementares e, por isso mesmo
fundamentais da pessoa, o caráter de ultima ratio que esta intervenção deve ter,
impõem necessariamente a busca de um princípio que controle o poder punitivo
estatal e que confirme sua aplicação em limites que excluam toda arbitrariedade e
excesso do poder punitivo.1

Neste ínterim, cabe elucidar a definição do que se entende por Bem


Jurídico, assim, veja o preconiza o doutrinador Bitencourt em sua obra.

O conceito de bem jurídico desempenha uma função essencial de crítica ao


Direito Penal: por um lado, funciona como fio condutor para fundamentação
e limitação da criação e formulação dos tipos penais; por outro lado, auxilia
na aplicação do tipos penais descritos na Parte Especial, orientando a sua
interpretação e o limite do âmbito da punibilidade.

Não obstante, Nucci relembra importante fundamentação da escolha


pelos bens a serem tutelados pelo Direito Penal, veja que o critério estabelecido,

1
Francisco Munõz Conde e Mercedez Garcia Arán, Lecciones de Derecho Penal, Sevilla (1991, p.74)
apud Bitencourt, Cezar Roberto, Tratado de direito penal: parte geral1 (2017, p.52).
impossibilita a atuação de qualquer outro ramo a fim de solucionar as celeumas
enfrentados pela norma penal.

Conceituar e valorar o bem jurídico serve, indiscutivelmente, de critério para


o legislador, seja para criar tipos penais incriminadores, como também para
não criar e até eliminar alguns existentes. Em termos harmônicos `a
dignidade humana, o critério é limitador, em primeiro lugar. O Estado não
pode nem deve aventurar-se pela proibição penal a situação cujo bem
jurídico em jogo não comporta a aplicação da pena, sanção mais grave
existente no ordenamento.

Diante de todas as razões expostas, tem-se que o Direito penal


como a norma que busca a proteção dos bens jurídicos mais elementares. Veja, por
não se tratar de fatos que possam ser tutelados por outras áreas do Direito, reforça
a singularidade dos aspectos jurídicos tratada pela norma penal.

O direito penal possui a função de atuar, no cenário jurídico, quanda se


chega à última opção (ultima ratio), vale dizer, nenhum outro ramo do direito
conseguiu resolver determinado problema ou certa lesão a bem jurídico
tutelado.2

Razão pela qual, o Direito penal tão somente irá trabalhar em cima
daquilo que está previsto na lei penal, ou seja, a fim de trazer segurança para norma
e limitação ao Estado a influência da norma incriminadora recairá para condutas
definidas como criminosas.

Por esse motivo, a constituição em seu artigo 5º, inciso II, anuncia o
princípio da legalidade, a qual visa estabelecer frente ao Estado limitação ao poder
de punir, assim, sua finalidade cría para o Estado uma linha que não poderá ser
ultrapassada, sob pena de desobediência a norma maior.

ACHAR UMA REFERÊNCIA BOA

FALAR DA LIGAÇÃO

CONCLUIR ABRINDO ESPAÇO PARA O OUTRO TÓPICO

2.1 FUNDAMENTOS A PENA ADOTADO PELO BRASIL.

O cenário em que foi pensado o Direito Penal, além de falar do seu


aspecto social, no que tange a manifestação da vontade do Estado sobre condutas

2
Nucci, Guilherme de Souza, Curso de direito penal: parte geral (2017, p.63).
que sucedem a aplicação da norma penal, remete ainda, a consequência lógica do
arbitramento da pena.

Em virtude da norma penal ser instrumento de controle social


limitado e legitimado por meio do consenso alcançado entre os cidadãos de uma
determinada sociedade3, e como já dito, com o fulcro de afirmar a importância do
seu não descumprimento, é inerente a ela à medida sancionadora.

Assim como preceitua o artigo 1º do Código Penal “Não há crime sem


lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”, a pena não é alheia
ao tipo penal

3
Bittencourt (p. 44)

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