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As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na
sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve
em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e
abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã. Olhos de ressaca
MACHADO DE ASSIS. Olhos de ressaca. In: Dom Casmurro.8 ed. São Paulo. Ática. 1978. p. 133-4
1 - Do ponto de vista do narrador, que personagem reage de modo aparentemente diferente dos demais?
Capitu
2 - Em uma das passagens abaixo, o narrador - Bentinho - insinua que Capitu dissimulava seus sentimentos. Aponte-a.
"Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala."
2. O Livro Iracema de José de Alencar faz parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à
trilogia são:
a) Guarani e Cortiço
xb) Guarani e Ubirajara.
c) Navios Negreiros e Ubirajara.
d) Os Lusíadas e Guaiapó
6. No livro Iracema, o índio criado por Alencar está descrito nas afirmações abaixo, EXCETO
a) "Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho,..." (cap. II)
b)"...de estranha raça e longes terras." ( cap.III ).
xc) "...preguiçoso e não dado a caça e a luta" ( cap.III ).
b) "mas o hóspede de Tupã é sagrado; ninguém o ofenderá"; (cap. XI)
7. Sobre a personagem Iracema é incorreto afirmar que
a) Iracema (lábios de mel) – Índia tabajara, responsável por preparar o licor da jurema, bebida que provoca alucinações
em seus guerreiros.
xb) Gosta de Martim, colonizador português, mas não se envolve de fato com ele em virtude de seguir a rigidez de sua
tradição.
b) Apaixona-se por Martim, colonizador português, com quem perde a sua virgindade, quebrando a tradição da jurema.
c) Iracema representa o amor e a abnegação, morrendo em favor da colonização europeia.
Machado de Assis
Pergunta 1 de 10
(ACAFE SC/2017)
Em relação à obra Esaú e Jacó, de Machado de Assis, marque com V as citações verdadeiras e com F as falsas.
( ) Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”.
( ) ‘Confeitaria do Custódio’. Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra designação. Um nome, o
próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração histórica, ódio nem amor, nada que chamasse a
atenção dos dois regimes, e conseguintemente que pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a
vida do proprietário e dos empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de
uma palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas.
( ) Aires quis aquietar-lhe o coração. Nada se mudaria; o regime, sim, era possível, mas também se muda de roupa
sem trocar de pele. Comércio é preciso. Os bancos são indispensáveis. No sábado, ou quando muito na segunda-feira,
tudo voltaria ao que era na véspera, menos a constituição.
( ) Entre a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira parte do livro. O principal
deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo, por causa da moléstia que apanhei.
A sequência correta é:
F-V-V–Fx
V-F-V-F
V-F-F-V
F-V-F–V
Machado de Assis
Pergunta 7 de 10
(UNIRG TO/2016)
Leia a passagem a seguir, retirada de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
“– “Morto! morto!” dizia consigo.
E a imaginação dela, como as cegonhas que um ilustre viajante viu desferirem o voo desde o Ilisso às ribas africanas,
sem embargo das ruínas e dos tempos, – a imaginação dessa senhora também voou por sobre os destroços presentes
até às ribas de uma África juvenil… Deixá-la ir; lá iremos mais tarde; lá iremos quando eu me restituir aos primeiros
anos. Agora, quero morrer tranquilamente, metodicamente, ouvindo os soluços das damas, as falas baixas dos homens,
a chuva que tamborila nas folhas de tinhorão da chácara, e o som estrídulo de uma navalha que um amolador está
afiando lá fora, à porta de um correeiro. Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que podia
parecer. De certo ponto em diante chegou a ser deliciosa. A vida estrebuchava-me no peito, com uns ímpetos de vaga
marinha, esvaía-se-me a consciência, eu descia à imobilidade física e moral, e o corpo fazia-se-me planta, e pedra e
lodo, e coisa nenhuma.
Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma ideia grandiosa e útil, a causa da
minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o
por si mesmo.”
Com base na obra de Machado de Assis, preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Tanto Dom Casmurro quanto Memórias Póstumas de Brás Cubas têm em comum o fato de serem livros narrados
em primeira pessoa. Além disso, ambos os personagens pertencem à elite carioca do século XIX.
( ) O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas encerra-se com um capítulo todo feito de negativas, no qual o
narrador enumera uma série de faltas de que sofreu em vida, entre elas o fato de não ter tido filhos e, assim, não ter
transmitido a ninguém a herança de nossa miséria.
( ) Há um consenso entre os críticos quanto a Dom Casmurro ser um romance baseado nas memórias sinceras de um
homem traído.
( ) Machado atuou em diversas áreas das Letras brasileiras. O autor escreveu romances, contos, crítica literária;
porém, deixou de lado o teatro e a poesia.
F–V–V–F
V–V–V–F
V–V–F–Fx
F–F–V–V
V–F–F–V
Pergunta 9 de 10
(Fac. Direito de Franca SP/2016)
As mulheres na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, não aparecem sob a forma idealizada,
castas e ingênuas, mas muitas vezes, ambiciosas, sedutoras, adúlteras e até mesmo torpes. Sarcasticamente são
caracterizadas pelo narrador, com representações florais, que, em alguns casos, mais ofendem que exaltam. Assim,
identifique, abaixo, as correspondências que não se comprovam.
Eugênia, a flor da moita, cujo apelido se deve ao fato de ser filha espúria, concebida em situação clandestina, a partir
de um beijo furtivo entre D. Eusébia e Dr. Vilaça.
Eulália, Nhã-Loló, a flor do pântano, assim referida pelo ambiente social em que vivia, de família pobre e de
costumes e afinidades sociais duvidosos, cujo pai era viciado em brigas de galo.
Marcela, a flor das graças, pela beleza e sedução com que envolveu o narrador e pela paixão verdadeiramente sempre
devotada a ele. x
Venância, o lírio do vale, era filha do Cotrim e sobrinha de Brás Cubas, e o designativo de seu nome remete à flor das
damas de seu tempo.
Exercícios de
interpretação de textos
resolvidos
Exponho nesse blog atividades de interpretação de textos que já estão em domínio público. Espero que
essas atividades tenham utilidade para educadores de forma geral, que nem sempre têm tempo para
elaborar atividades para seus alunos.
sábado, 20 de agosto de 2011
Estava Cirino fazendo o inventário da sua roupa e já começava a anoitecer, quando Pereira novamente a ele se
chegou.
- Doutor, disse o mineiro, pode agora mecê entrar para ver a pequena. Está com o pulso que nem um fio, mas não
tem febre de qualidade nenhuma.
- Assim é bem melhor, respondeu Cirino.
E, arranjando precipitadamente o que havia tirado da canastra, fechou-a e pôs-se de pé.
Antes de sair da sala, deteve Pereira o hóspede com ar de quem precisava tocar em assunto de gravidade e ao
mesmo tempo de difícil explicação.
Afinal começou meio hesitante:
- Sr. Cirino, eu cá sou homem muito bom de gênio, muito amigo de todos, muito acomodado e que tenho o
coração perto da boca, como vosmecê deve ter visto...
- Por certo, concordou o outro.
- Pois bem, mas... tenho um grande defeito; sou muito desconfiado. Vai o doutor entrar no interior da minha casa
e... deve postar-se como...
- Oh, Sr. Pereira! Atalhou Cirino com animação, mas sem grande estranheza, pois conhecia o zelo com que os
homens do sertão guardam da vista dos profanos os seus aposentos domésticos, posso gabar-me de ter sido
recebido no seio de muita família honesta e sei proceder como devo.
Expandiu-se um tanto o rosto do mineiro.
- Vejo, disse ele com algum acanhamento, que o doutor não é nenhum pé-rapado, mas nunca é bom facilitar... E
já que não há outro remédio, vou dizer-lhe todos os meus segredos... não metem vergonha a ninguém, com o favor
de Deus; mas negócios da minha casa não gosto de bater língua... Minha filha Nocência fez 18 anos pelo Natal, e é
rapariga que pela feição parece moça de cidade, muito ariscazinha de modos, mas bonita e boa deveras... Coitada,
foi criada sem mãe, e aqui nestes fundões.
- Ora muito bem, continuou Pereira caindo aos poucos na habitual garrulice, quando vi a menina tomar corpo,
tratei logo de casá-la.
- Ah! É casada? Perguntou Cirino.
- Isto é, é e não é. A coisa está apalavrada. Por aqui costuma labutar no costeio do gado para são Paulo um
homem de mão-cheia, que talvez o Sr. Conheça... o Manecão Doca...
(...)
- Esta obrigação de casar as mulheres é o diabo!... Se não tomam estado, ficam jururus e fanadinhas...; se casam
podem cair nas mãos de algum marido malvado... E depois, as histórias!... Ih, meu Deus, mulheres numa casa, é
coisa de meter medo... São redomas de vidro que tudo pode quebrar... Enfim, minha filha, enquanto solteira, honrou
o nome de meus pais... O Manecão que se agüente, quando a tiver por sua... Com gente de saia não há que fiar...
Cruz! Botam famílias inteira a perder, enquanto o demo esfrega um olho.
Esta opinião injuriosa sobre as mulheres é, em geral, corrente nos sertões e traz como conseqüência imediata e
prática, além da rigorosa clausura em que são mantidas, não só o casamento convencionado entre parentes muito
chegados para filhos de menor idade, mas sobretudo os numerosos crimes cometidos, mal se suspeita possibilidade
de qualquer intriga amorosa entre pessoa da família e algum estranho.
(...)
- Sr. Pereira, replicou Cirino com calma, já lhe disse e torno a dizer que, como médico, estou há muito tempo
acostumado a lidar com famílias e a respeitá-las. É este meu dever, e até hoje, graças a Deus, a minha fama é boa...
Quanto às mulheres, não tenho as suas opiniões, nem as acho razoáveis nem de justiça. Entretanto, é inútil
discutirmos porque sei que falou-me com toda franqueza, e também com franqueza quero responder. No meu
parecer, as mulheres são tão boas como nós, se não melhores: não há, pois, motivo para tanto desconfiar delas e ter
os homens em tão boa conta... Enfim, essas suas idéias podem quadrar-lhe à vontade, e é costume meu antigo a
ninguém contrariar, para viver bem com todos e deles merecer o tratamento que julgo ter direito a receber. Cuide
cada qual de si, olhe Deus para todos nós, e ninguém queira arvorar-se em palmatória do mundo.
Tal profissão de fé, expedida em tom dogmático e superior, pareceu impressionar agradavelmente a Pereira, que
fora aplaudido com expressivo movimento de cabeça a sensatez dos conceitos e a fluência da frase.
02. Por que Cirino não estranhou as desconfianças e recomendações de Pereira ao adentrar na casa do pequeno
proprietário de terra?
a) Porque ele já conhecia os costumes da região.
b) Porque já tinha sido avisado pelos outros.
c) Porque ele também era uma pessoa desconfiada.
d) Porque ele não tinha mesmo uma boa reputação.
06. “Esta opinião injuriosa sobre as mulheres é, em geral corrente nos nossos sertões”, esse comentário foi feito pelo
a) Cirino b) Pereira c) Narrador d) Manecão
07. Segundo o texto, são conseqüências da visão preconceituosa e machista dos sertanejos com relação às
mulheres, exceto
a) Elas são mantidas presas.
b) Os casamentos são convencionados.
c) Elas ficam ariscas.
d) Crimes são cometidos.
08. “... e é costume meu antigo a ninguém contrariar..., através desse trecho, conclui-se que Cirino
a) é uma pessoa indiferente.
b) é uma pessoa egoísta.
c) é uma pessoa acomodada.
d) é uma pessoa sensata.
Introdução
“O Guarani” é um romance escrito por José de Alencar, feito em folhetim no jornal “Diário do
Rio de Janeiro” e publicado em 1857. Faz parte da trilogia indianista do autor, junto com
“Iracema” e “Ubirajara”, ou seja, pertence à primeira geração do romantismo, contando com uma
escrita muito descritiva e idealista.
É uma obra muito importante, e ganhou muitas adaptações depois de sua publicação, como
filmes, ópera, histórias em quadrinhos e literatura de cordel. Sua temática principal mostra os
conflitos e a aproximação entre a cultura indígena e a cultura branca.
Resumo
A família de D. Antônio conta com sua esposa, D. Lauriana, uma bela dama paulista, e seus dois
filhos: D. Diogo de Mariz, que queria seguir os passos do pai, e D. Cecília, uma moça muito
meiga, chamada carinhosamente de Ceci. Além deles, havia ainda D. Isabel, filha que D. Antônio
teve fora do casamento com uma índia local, e que era tratada como uma sobrinha pela família.
Na fazenda da família, Antônio acaba conhecendo Peri, um índio da tribo dos Goitacases, que
logo faz amizade com o fidalgo e se apaixona por Ceci depois de salvá-la de um ataque. Depois
desse ato de bravura, Peri começa a morar com a família e faz todas as vontades da moça que
ama. Porém, ele não era o único que estava apaixonado por Ceci, pois Álvaro Sá, amigo da
família, também amava a moça, lhe dando muitos presentes.
Cecília não tinha o menor interesse por Álvaro e o evitava a todo custo, porém Isabel estava
apaixonada pelo homem, que não a enxergava por estar cego com seu amor por Ceci.
Assim, na obra temos um conjunto de amores não correspondidos, que formam diversos
conflitos entre os personagens durante todo “O Guarani”.
Em meio a isso, a família é ameaçada por Loredano, que queria incendiar a fazenda de Antônio,
roubar sua fortuna e sua filha. Porém, Peri consegue evitar o incêndio, e todos descobrem a
traição de Loredano, que acaba sendo preso e queimado numa fogueira.
Além disso, Diogo acaba matando sem intenção uma índia da tribo Aimoré, e com isso, desperta
a raiva de toda a tribo, que decide atacar a fazenda e tentar matar todos que estivessem lá.
Peri, ao ver que Ceci estava em perigo, decide fazer um grande sacrifício para salvá-la. Ele toma
um veneno e vai para o combate com os Aimoré. A ideia de Peri era a seguinte: como os Aimorés
eram antropófagos (comiam seus inimigos para adquirirem força e coragem), ele iria ser morto e
comido pelos índios, que iriam morrer por causa do veneno que Peri havia tomado e que estaria
na sua carne.
Porém, Álvaro consegue saber dos planos de Peri e salva o índio, se machucando na batalha
contra a outra tribo. Ao ver o amado quase morrendo, Isabel tenta se matar, mas acaba vendo
que poderia salvar Álvaro. Porém, o homem não deixa que ela o salve, e ambos morrem juntos.
Em meio a tudo isso, Cecília descobre sobre o envenenamento de Peri, e pede a ele que viva,
pois não queria perdê-lo. Assim, o índio consegue fazer um antídoto feito de ervas e sobrevive.
Com o ataque ainda acontecendo, Antônio batiza Peri como cristão e pede que ele fuja com
Ceci. Quando o índio está levando a moça desacordada em seus braços, vê que Antônio explode
sua casa, matando todos que estavam dentro dela.
Durante vários dias, o casal foge sem um destino certo, e no meio do caminho, acabam sendo
tomados de surpresa por uma tempestade, que se transforma em um dilúvio.
Eles se abrigam no topo de uma palmeira, e Peri conta para Ceci a lenda indígena
de Tamandaré e sua esposa, que se salvaram de um dilúvio abrigando-se na copa de uma
palmeira desprendida da terra e comendo seus frutos até que puderam descer, povoando toda a
Terra com seus descendentes.
Depois que Peri conta essa história, as águas começam a subir, e Ceci se desespera, pois
acredita que aquela é a hora em que vai morrer.
No meio da enchente, com uma força incrível, Peri consegue arrancar a palmeira e fazer dela
uma canoa, para que possam continuar pelo rio.
Assim, temos o final de “O Guarani”: Peri e Cecília acabam repetindo a lenda de Tamandaré e
sua esposa, ao cruzarem as águas com a canoa feita da palmeira que Peri arrancou da terra.
No livro “O Guarani”, os nomes dizem muitas coisas para o leitor. Devemos nos atentar aos
nomes de Ceci e de Peri, protagonistas da história, e portanto, muito importantes durante todo o
enredo.
O nome de Peri vem da palavra tupi antiga piripiri, nome de uma espécie de junco, planta que
cresce em áreas de alagamento, o que pode ser relacionado com o final do livro, em que há
a enchente que ameaça o casal.
Já o nome de Ceci vem do termo sasy, também do tupi antigo, que significa “a dor dele”. Esse
nome é muito simbólico, pois mostra toda a dor de Peri ao ver que seu amor por Cecília não é
correspondido, apesar de tudo o que ele faz pela moça.
Personagens Principais
Peri
Índio muito bravo e valente, é o protagonista e herói de “O Guarani”. É muito apaixonado por
Ceci e faz de tudo para salvá-la e salvar sua família.
Cecília (Ceci)
D. Antônio de Mariz
Fidalgo português, se instala com sua família no interior do Rio de Janeiro. É marido de Lauriana
e pai de Ceci, Diogo e Isabel.
D. Lauriana
D. Diogo
Filho de Antônio, deseja seguir os passos do pai. Acaba matando uma índia Aimoré, o que causa
um ataque à fazenda da família.
Isabel
Filha que Antônio teve fora do casamento, é tratada como uma sobrinha pela família e é
apaixonada por Álvaro.
Álvaro de Sá
Amigo de longa data da família, é perdidamente apaixonado por Ceci, e tenta fazer de tudo para
que a moça corresponda seu amor.
Loredano
Empregado da fazenda de Antônio, é o vilão da história, e tenta raptar Ceci e roubar seu chefe.
Porém, acaba sendo derrotado no final, levado para a prisão e queimado numa fogueira.
Exercícios
EXERCÍCIO 1
(FUVEST)
“Assim, o amor se transformava tão co
EXERCÍCIOS SOBRE OBRAS LITERÁRIAS
1.Ao ler Helena, de Machado de Assis, como um romance de intriga familiar, indique o
fato que instaura o conflito do enredo que impulsiona a ação.
RESPOSTA:
Estácio e a suposta irmã, Helena, estão apaixonados, e a possibilidade de
incesto os coloca em conflito. Ele, porque não pode declarar o seu amor, pois
pensa que são irmãos; ela, porque embora o ame não conta a verdade, pois
não quer perder os privilégios de sua ascensão social.
2. (VUNESP) Leia a “Advertência”, escrita por Machado de Assis para apresentar uma
das edições de seu romance Helena, e responda à questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros, que não
alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso
do que o tempo me fez depois, correspondendo assim história do meu espírito,
naquele ano de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era
particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente
páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro
que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu
tempo.
Desse texto de Machado de Assis, subentende-se que
(A) um livro deve ser lido apenas na época que foi e escrito.
(B) livros escritos por jovens são romanescos e ingênuos.
(C) cada livro está intimamente ligado ao contexto em que é produzido.
(D) um autor não deve ser responsabilizado pelo que escreveu na juventude.
(E) as ideias expressas em um livro reproduzem a classe social de seu autor.
3. Era uma moça de dezesseis a dezessete anos, delgada sem magreza, estatura um
pouco acima de mediana, talhe elegante e atitudes modestas. A face, de um moreno
pêssego, tinha a mesma imperceptível penugem da fruta de que tirava a cor; naquela
ocasião tingiam-na uns longes cor-de-rosa, a princípio mais rubros, natural efeito do
abalo. As linhas puras e severas do rosto parecia que as traçara a arte religiosa. Se os
cabelos, castanhos como os olhos, em vez de dispostos em duas grossas tranças lhe
caíssem espalhadamente sobre os ombros, e se os próprios olhos alçassem as pupilas
ao céu, disséreis um daqueles anjos adolescentes que traziam a Israel as mensagens
do Senhor. Não exigiria a arte maior correção e harmonia de feições, e a sociedade
bem podia contentar-se com a polidez de maneiras e a gravidade do aspecto. Uma só
coisa pareceu menos aprazível ao irmão: eram os olhos, ou antes o olhar, cuja
expressão de curiosidade sonsa e suspeitosa reserva foi o único senão que lhe achou,
e não era pequeno. MACHADO DE ASSIS, J. M. Helena. São Paulo: FTD, 1992. p. 26.
04. Mostrada neste trecho como um anjo, Helena revela-se, mais tarde, uma jovem
manipuladora, que não hesita em levar adiante a farsa de ser filha do Conselheiro
visando à posição da herdeira.
08. Uma vez provado que Helena não é, afinal, a irmã biológica de Estácio, o rapaz
está livre para tomá-la como esposa; o casamento só não acontece devido à morte de
Helena.
16. Como se pode ver no texto 2, apesar de Helena ser uma obra da fase romântica
de Machado de Assis, nela já se encontra a linguagem econômica em adjetivos,
comedida, com termos menos carregados de emoção, que irá caracterizar a produção
realista do autor.
32. Com a forma verbal “disséreis” (linha 8) – segunda pessoa do plural do pretérito
mais-que-perfeito do indicativo do verbo dizer –, o narrador dirige-se aos leitores, o
que é um recurso comum na prosa de Machado de Assis.
64.Na sentença “As linhas puras e severas do rosto parecia que as traçara a arte
religiosa” (linha 5), ocorre um desvio de concordância, pois o verbo parecer deveria
estar flexionado no plural para concordar com o sujeito “as linhas puras e severas do
rosto”. Isso constitui um exemplo da liberdade formal dos românticos.
RESPOSTA: 02+ 32 = 34
4. (VUNESP) Leia a “Advertência”, escrita por Machado de Assis para apresentar uma
das edições de seu romance Helena, e responda à questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros, que não
alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso
do que o tempo me fez depois, correspondendo assim história do meu espírito,
naquele ano de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era
particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente
páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro
que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu
tempo.
Ao criticar Helena, o autor deixa implícita uma crítica a um movimento literário que o
antecede. Esse movimento é o
(A) Barroco a caracterizado pelo uso frequente de antíteses es e sinestesias.
(B) Romantismo, comumente associado a uma emotividade exacerbada.
(C) Arcadismo, marcado por um ideário iluminista e retomada dos clássicos.
(D) Simbolismo, voltado para a representação subjetiva da realidade.
(E) Parnasianismo, geralmente te criticado pelo uso de uma linguagem artificial.
5. (VUNESP) Leia a “Advertência”, escrita por Machado de Assis para apresentar uma
das edições de seu romance Helena, e responda à questão.
Esta nova edição de Helena sai com várias emendas de linguagem e outros, que não
alteram a feição do livro. Ele é o mesmo da data em que o compus e imprimi, diverso
do que o tempo me fez depois, correspondendo assim história do meu espírito,
naquele ano de 1876.
Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era
particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente
páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro
que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu
tempo.
Com essa apresentação de Helena, Machado de Assis aponta características
divergentes do todo de sua produção literária, a qual se inscreve no Realismo
brasileiro, inaugurado com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, em
1881. São elementos marcantes de seu estilo:
(A) o bom-humor, a objetividade e o uso de uma linguagem popular.
(B) O sarcasmo a ironia e a análise psicológica das personagens.
(C) O pessimismo, o subjetivismo e a exploração exagerada do tema “morte”.
(D) a critica da realidade, a metalinguagem e a exaltação do homem brasileiro.
(E) a objetividade, a espontaneidade da linguagem e a defesa dos interesses
nacionais.
TEXTO PARA
INTERPRETAÇÃO 78 – O
MULATO (Fragmento)
Nível Médio
By admin 3 de fevereiro de 2014 15 Comments
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