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Faculdade Processus
Portaria MEC nº 148 de 16/01/2006
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1. Aula introdutória:
- Fontes: Constituição Federal, Código Civil; legislações esparsas. Complementos: jurisprudências, súmulas,
doutrinas, periódicos e textos técnicos indicados. Atualizações: publicações jornalísticas (jornais, revistas) sobre
a matéria. Pelo menos um artigo será matéria de avaliação em prova. Fontes: Valor Econômico, Gazeta
Mercantil, Veja, Isto É, Época, Carta Capital, sites diversos (FGV etc.);
- Aula principiológica: Direito Empresarial e os Direitos Fundamentais. Material de apoio: The Corporation;
1
Especial agradecimento a Carolina Albuquerque, Alexandra J.K da Silva e Carlos Alves Fernandes, cujas participações foram
essenciais para a realização deste trabalho.
2
Todos os direitos autorais desta apostila reservados a SAMIRA OTTO.
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1. Direito empresarial:
Ramo jurídico que tem por objeto os meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesse entre
os que exploram atividade econômica de produção ou de circulação dos bens e serviços que atendem à
subsistência humana. Atividade econômica ligada a todos os setores da economia: primária, secundária e terciária.
Assim: compreendidas portanto, atividades comerciais, industriais, bancárias, securitárias etc.
O Direito empresarial, ramo do direito privado, é um conjunto de normas e princípios que regem a atividade
empresarial; não é propriamente um direito dos empresários, mas sim um direito para disciplinar a atividade
econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços, exercida profissionalmente pelo
empresário, por meio do estabelecimento, no interesse da coletividade. Traça no âmbito econômico-financeiro,
normas genéricas que atendem à livre iniciativa e aos intresses do consumidor (Maria Helena Diniz).
LEMBREM-SE:
Regime de Direito Público: princípio da supremacia e da indisponibilidade do interesse púbico.
Regime de Direito Privado: ressaltam o princípio da autonomia privada e igualdade. Possibilidade de compartilhar
interesse, num cenário jurídico de condições equilibradas. Com limites fixados em lei, delineado pela ordem
positiva. O principio da autonomia da vontade significa que as pessoas podem dispor sobre seus interesses, por
meio de negociações com as demais. Tais negociações, contudo, geram efeitos jurídicos vinculantes, assim
estabelecidos pelo ordenamento jurídico. A autonomia da vontade, portanto, é limitada pela lei.
1.DEFINIÇÃO DE EMPRESA
Empresa: Atividade desenvolvida por quem explora atividade econômica organizada, para produção e/ou circulação
de bens e serviços (F. Semionato). “Empresa” não tem personalidade jurídica. É um ente abstrato. Então:
a. Atividade desenvolvida por quem desenvolve exploração econômica organizada para produção e ∕ ou circulação
de bens e serviços (≠ Semionato). É abstrata, pois é uma atividade. A grande motivação da empresa é o lucro.
b. Atividade ecônomica organizada desenvolvida pelo empresário; logo, não é sujeito de direito, não tendo
personalidade jurídica. Sujeito de direito é o empresário individual ou coletivo, titular da empresa. Portanto, a
empresa não é sujeita de direitos e obrigações. Não se confunde com o empresário (sujeito) nem com o
estabelecimento (coisa).
c. Não constitui pessoa jurídica, não pode ser vendida, não pode ser negociada; a negociação de uma empresa
(atividade) só será feita através do estabelecimento empresarial. E quem tem personalidade jurídica é o
empresário.
d. Empresa é a atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens
ou serviços, gerados mediante a organização de fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e
tecnologia) (Ulhoa).
e. A empresa, objeto do direito empresarial, é o exercício profissional da atividade econômica organizada.
f. A empresa é uma instituição jurídica despersonalizada, caracterizada pela atividade econômica organizada, ou
unitariamente estruturada, destinada à produção ou circulação de bens ou de serviços para o mercado ou à
intermediação deles no circuito econômico, pondo em funcionamento o estabelecimento a que se vincula, por
meio do empresário individual ou societário, ente personalizado, que a representa no mundo negocial.
1. Elemento subjetivo: o empresário (pessoa física ou jurídica), titular da empresa, aquele que desenvolve atividade
econômica organizada. É o profissional que exerce atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens ou serviços, sujeitando-o às disposições de lei referente à matéria mercantil. O art. 966, CC
define o empresário. Não se pode definir o empresário como aquele que exerce profissionalmente, e
habitualmente atividade econômica com fim lucrativo.
2. Elemento objetivo/patrimonial: abrange o estabelecimento empresarial (elementos materiais, lugar físico (ou
cibernético), onde o empresário desenvolve sua atividade); Pelo perfil patrimonial, a empresa teria um
patrimônio afetado a uma finalidade específica.
3. Elemento funcional: atividade econômica explorada (setores primário, secundário e terciário); Atividade
desenvolvida para alcançar um fim, organizando a força de trabalho e o capital necessário para a produção e
distribuição de bens ou serviços.
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2. DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO
Empresário (art. 966, CC): Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e ou
circulação de bens ou de serviços.
Profissionalidade
Doutrina Habitualidade Empresário não é apenas
Lucro aquele que exerce a
atividade de forma
O que define a profissional, habitual e com o
sociedade empresária intuito de lucro, pois existem
é a organização dos outras atividades assim.
fatores de produção
Elementos da Empresa: são fatores ou elementos de produção, ou seja, mão de obra, capital, insumos, tecnologia
etc. A empresa é a organização desses elementos. Conforme Fábio Ulhoa, a empresa é atividade organizada no
sentido de que nela se encontram articulados, pelo empresário (que a organiza), os quatro fatores (clássicos) de
produção: CAPITAL, MÃO DE OBRA, INSUMOS e TECNOLOGIA. Diante do exposto, podemos concluir que
somente se caracterizam como empresários aqueles que realizam suas atividades mediante a organização dos
fatores de produção.
Atividade Intelectual, Artística ou Científica (Art. 966, § único, CC): NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO, O
EXERCENTE DE PROFISSÃO INTELECTUAL, DE NATUREZA CIENTÍFICA, LITERÁRIA OU ARTÍSTICA,
MESMO QUE CONTRATE EMPREGADOS PARA AUXILIÁ-LO EM SEU TRABALHO. Estes profissionais
exploram, portanto, atividades econômicas civis, não sujeitas ao Direito Comercial. Entre eles se encontram os
profissionais liberais (advogado, médico, dentista, arquiteto etc.), os escritores e artistas de qualquer expressão
(plásticos, músicos, atores etc.), que apenas se submete ao regime geral da atividade econômica se inserir a sua
atividade específica numa organização empresarial. Caso contrário, mesmo que empregue terceiros, permanecerá
sujeito somente ao regime próprio de sua categoria profissional.
OBS: há uma exceção, prevista no Art. 966 do CC, em que o profissional intelectual se enquadra no conceito de
empresário. Trata-se da hipótese em que o exercício da profissão constitui elemento de empresa. Ex: se o
consultório ou clínica crescem demais e o médico que fundou o consultório, que depois virou a clínica, não for mais
procurado pelos clientes que confiam em seu trabalho, e o local crescer ainda mais e se tornar um hospital, aquele
profissional (médico) passará a ser um elemento de empresa.
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Atividade
PROCESSUS intelectual, artística ou científica: serão considerados empresários apenas se reunirem os
elementos/ fatores de produção. Portanto: PODEM SER EMPRESÁRIOS!
Quem exerce de atividade rural tem um tratamento específico. Se ele requerer sua inscrição no registro das
empresas (Junta Comercial), será considerado empresário e submeter-se-á às normas de Direito Comercial. Esta
deve ser a opção de agronegócio. Caso, porém, não requeira a inscrição neste registro, não se considera
empresário e seu regime será o do Direito Civil. Esta última deverá ser a opção predominante entre os titulares de
negócios rurais familiares. Desse modo, o produtor rural pode escolher entre ser empresário ou não. Isso foi feito
para proteger os pequenos proprietários rurais, pois a lei assegurará tratamente favorecido diferenciado e
simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto a inscrição e aos efeitos concorrentes.
PORTANTO, Produtor rural é a única exceção quanto à definição de empresário. Pode optar por sociedade
empresária OU sociedade simples...).
Assim:
EMPRESÁRIO: pessoa física/natural ou jurídica que exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços, por meio de um estabelecimento.
Empresário é o empreendedor que investe capital, congrega equipes, contrata força de trabalho, utiliza
equipamentos e administra fatores econômicos para criar riqueza no seu interesse e no da comunidade social, de
acordo com princípios éticos. O empresário pode ser pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, denomina-se
empresário individual, e no segundo, sociedade empresária.
Para a configuração jurídica do empresário individual ou da sociedade empresária é mister a concorrência de três
condições: (a) exercício de atividade econômica destinada à criação de riqueza, pela produção e circulação de bens
ou serviços; (b) atividade organizada por meio da coordenação dos fatores de produção (capital, mão de obra,
insumos e tecnologia) em medida e proporção variáveis, conforme a natureza e o objeto da “empresa”; (c) exercício
da atividade empresarial praticado profissionalmente em nome próprio e com animus lucrandi.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.
Art. 981 deste Código.
Art. 3º da LC nº 123, de 14-12-2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte).
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e
seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Art. 984 deste Código.
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Assim:
1. Empresário Individual: pessoa física e/ou natural que, registrando-se na junta comercial em nome próprio e
empregando capital, natureza e insumos, tecnologia e mão de obra, toma com animus lucrandi a iniciativa de
organizar, com profissinalidade, uma atividade econômica para produção ou circulação de bens ou serviços no
mercado. ( Arts. 966, 972, CC.)
2. Sociedade Empresária: é a unidade de pessoas naturais que visa a consecução de certos fins, reconhecida
pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações. É o empresário enquanto pessoa jurídica.
Importante: contrato social é a convenção por via da qual duas ou mais pessoas (naturais ou jurídicas) se obrigam
a conjugar seus esforços ou recursos para a consecução de um fim comum. Assim, com o registro do contrato
social surge a personalidade jurídica e a sociedade passa a ser pessoa jurídica, suscetível de direitos e obrigações,
tendo capacidade, inclusive contratual, legitimidade processual ativa e passiva e responsabilidade civil. Tem
responsabilidade civil contratual, extracontratual e delitual.
- Arts. 966, 982, CC.
- OBS1: Sociedade Simples (Cartório de Registro Civil): não é modalidade de sociedade empresária. É UMA
ORGANIZAÇÃO NÃO-EMPRESÁRIA. Será simples a sociedade que tiver por objeto atividades profissionais
regulamentadas, científicas, literárias, artísticas, a não ser que o exercício da profissão ou do ofício venha a constituir
elemento de empresa.
- OBS2: Sociedade Simples não é modalidade de sociedade empresária, mas tem interesse lucrativo!
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Arts. 1º a 5º deste Código.
Art. 117, X, da Lei nº 8.112, de 11-12-1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas
Federais).
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Arts. 997 a 1.038, 1.088 e 1.093 a 1.096 deste Código.
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- A personificação declara a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado a partir da inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro competente.
- Associação e fundação de direito privado não possuem interesse lucrativo.
- Registro Obrigatório: uma das obrigações do empresário, isto é, de quem exerce a atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços é a de inscrever-se no Registro das Empresas.
- Junta Comercial (lei de registro público de empresas mercantis): independente do objeto a que se dedicam
devem se registrar na Junta Comercial (registro de empresas mercantis e atividades afins) do estado em que são
sediadas (Lei 8.934/94) As juntas comerciais possuem competência estadual. O Departamento Nacional do
Registro do Comércio (DNCR) possui competência nacional. Os atos de registro de empresas praticados pela
junta comercial são a matrícula, o arquivamento e a autenticação.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que
passar o ato constitutivo.
Arts. 967, 985, 986, 998 e 1.150 deste Código.
Art. 114 da Lei nº 6.015, de 31-12-1973 (Lei dos Registros Públicos).
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
Art. 18 do CC/1916.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
REGISTRO OBRIGATÓRIO:
Empresário Individual
Art. 967 e 1150, CC
- Juta Comercial;
- Lei de Registro Público de Empresas
Microempreendedor
Mercantis – Lei 8934/94;
Individual –MEI *
- Prefeituras Municipais - Portal do
LC 123/2006 e 128/2008
Microempreendedor *
Sociedade Empresária
Quem explora a socie-
dade do empresário
Art. 985 e 1150, CC
Cartório de Registro Civil
Sociedade Simples Lei 6015/73 (Lei de Registro Público)
As demais
Art. 997, 998, CC
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Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua
atividade.
Arts. 45 a 52, 982, 985, 986, 998, e 1.150 a 1.154 deste Código.
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts.
45 e 1.150).
Art. 967 deste Código.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes,
mencionará:
I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e
sede dos sócios, se jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária;
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Arts. 983, 999, 1.041 e 1.054 deste Código.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
Arts. 45, 967, 985, 986 e 1.150 a 1.154 deste Código.
§ 1º O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato, e, se algum sócio nele houver sido representado por
procurador, o da respectiva procuração, bem como, se for o caso, da prova de autorização da autoridade competente.
§ 2º Com todas as indicações enumeradas no artigo antecedente, será a inscrição tomada por termo no livro de registro próprio, e
obedecerá a número de ordem contínua para todas as sociedades inscritas.
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas
Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro,
se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
Arts. 45, 967, 985, 986 e 1.166 deste Código.
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre Registro Público de Empresas Mercantis.
Conseqüências da personificação:
Autonomia pessoal - dados do empresário (pessoa jurídica, px, “Pousada Paraíso Ltda”) são diferentes
dos dados dos sócios (px, João da Silva e José de Sousa).
Autonomia obrigacional (as obrigações a serem assumidas pelo empresário (“Pousada Paraíso Ltda”) são
do próprio empresário e não dos sócios (João da Silva e José de Sousa).
Autonomia processual: Quem é passível de compor o pólo ativo/passivo da ação é o empresário
(“Pousada Paraíso Ltda”) e não os sócios (João da Silva e José de Sousa). Mas o empresário é “presentado” pelos
sócios (Pontes de Miranda).
Autonomia patrimonial: os sócios (João da Silva e José de Sousa) deverão separar (transferência de
propriedade) os bens que serão do empresário (“Pousada Paraíso Ltda”), os quais não pertencerão mais aos seus
respectivos patrimônios pessoais. Assim, o patrimônio da pousada (pessoa jurídica) não se confunde com o
patrimônio dos sócios.
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Ato Declaratório ou Constitutivo: o registro obrigatório é um ato declaratório, pois o registro declara uma relação
jurídica que já era constituída anteriormente. Reconhece apenas uma situação pré-existente.
O empresário é a pessoa jurídica – ente moral, que nasce no momento do registro;
Sociedade Simples x Empresário: considerando as lacunas do direito e falhas de definição, na situação em
concreto levará em conta o que o investidor quer explorar: os custos, créditos, facilidade de mercado etc.
Jurisprudência e Doutrina:
Código Comercial de 1880: Tratava o empresário de maneira subjetiva. Influência da legislação francesa.
Regulamento nº 737 – Classificação dos Atos do Comércio.
2. Teoria da Empresa (atual): Não interessa mais a classificação das atividades, mas a forma de organização
(como a atividade é explorada). Influência da legislação italiana.
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Incoterms: 13 cláusulas contratuais – siglas em inglês, expedidas pela Câmara Internacional de Paris (organização
internacional de direito privado) para suprir lacunas da legislação empresarial, notadamente no mercado
internacional (comércio de importação e exportação, tradings).
- Definição: Elemento de identificação do empresário. O nome empresarial é o gênero, que possui 3 espécies:
(Classificação)
a) Firma Coletiva ou Razão Social : Modalidade de nome empresarial pela qual se identifica pelo menos o nome
de um dos sócios que compõe a sociedade empresária. Por definição legal deve aparecer pelo menos um nome civil
no nome empresarial (Ex: João da Silva Comércio e Cia Ltda). Se o termo “Cia” ao final do nome empresarial
significa que é um empresário com vários sócios. Se o termo “Cia” estiver no início do nome empresarial significa
que é uma sociedade anônima,px: “Cia de Distribuição de Alimentos Basol”). O nome civil que aparece no nome
empresarial identifica o sócio que responde de forma ilimitada (em regra é o sócio gerente). Morrendo esse sócio ou
saindo da sociedade, a legislação obriga que seja mudada a razão social. Na firma ou razão social tem que
aparecer o nome de alguém, se não aparecer será denominação social.
b) Firma individual: é o nome empresarial do empresário individual. O empresário individual, por exigência legal,
só pode adotar nome empresarial do tipo “firma”. Obrigatoriamente deverá incluir no nome empresarial o seu próprio
nome civil, por extenso ou abreviado.
c) Denominação Social: É a modalidade do nome empresarial que designa a natureza da atividade explorada
pelo empresário. A denominação, portanto, reflete o objeto social do empresário. (px: Hotel Paraíso Ltda.). Alguns
tipos de sociedades, por exigência legal, só podem adotar como nome empresarial o tipo “denominação. É o caso
das sociedades anônimas.
- Finalidades/Objetivos:
a) Originalidade / novidade: exige que o nome empresarial seja novo e diferenciado, não podendo ter sido antes
assentado, dentro de certa área geográfica, no órgão registrário competente, nem existir homógrafo ou homófono.
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b) Autenticidade / veridicidade: requer que a firma individual contenha nome do empresário, e a social, o
nome, pelo menos de um dos sócios da sociedade empresária, revelando tanto como firma ou denominação seus
sócios, sua responsabilidade, a atividade prevista no contrato social e a estrutura empresarial.
Direito personalíssimo. Direito de personalidade, que consiste no direito subjetivo do empresário individual ou
coletivo de defender sua identidade e individualização. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção
dos direitos de personalidade.
- Competência estadual
Junta Comercial - Vinculada aos Estados
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Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da
atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.
Estabelecimento empresarial, definido sob forma ampla, é o lugar onde o empresário exerce a atividade econômica.
1. Definição (Art. 1142, CC): complexo de bens (corpóreos e incorpóreos) organizados para exploração de atividade
empresária; para o exercício de empresa. Não tem personalidade jurídica. Complexo de bens de natureza variada,
materiais ou imateriais, reunidos e organizados pelo empresário individual ou pela sociedade empresária, por serem
necessários e úteis ao desenvolvimento e à exploração de sua atividade econômica. Poderá ser estabelecimento
empresarial FÍSICO ou VIRTUAL (e-commerce)
a. OBS: o estabelecimento empresarial pode ser vendido, e o nome empresarial e a empresa não podem ser
vendidos.
Bens Corpóreos: Bens móveis e imóveis. Ex: Balcões,
estoques, etc.
Bens Incorpóreos: Bens imateriais. Ex: Marcas, ponto
Constituição comercial, nome empresarial, etc.
- Universalidade de fato (art. 1142, CC; art. 90, CC): Agregado de bens que pode ser vendido em sua totalidade.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
AINDA:
- O estabelecimento não tem personalidade jurídica porque não é sujeito de direito, mas sim, objeto de direito.
Estabelecimento, então:
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por
sociedade empresária.
Arts. 79 a 103 deste Código.
Súm. nº 645 do STF.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam
compatíveis com a sua natureza.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende
do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Arts. 275 a 285 deste Código.
Art. 133 do CTN.
Art. 448 da CLT.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos
subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do
contrato.
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Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração
do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde
o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
Arts. 286 a 298 deste Código.
PONTO COMERCIAL:
- Espécie de fundo de comércio reduzido.
- É um imóvel estrategicamente localizado.
- Possui sobrevalor em função da localização, onde o empresário explora as atividades econômicas.
- Tem proteção legal. Exemplos:
Ação Renovatória (art. 51 e 52; 71, 72 e 75, CC) é a renovação compulsória do contrato de locação,
uma vez atendidos os critérios materiais e formais, definidos em lei. Critério formal: prazo para
ingressar com ação, tem que ser no último ano do contrato, 6 meses antes do seu término.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
Arts. 1.033 a 1.038 e 1.102 a 1.112 deste Código.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Art. 5º, V e X, da CF.
Arts. 11 a 21 deste Código.
Súm. nº 227 do STJ.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 94, § 1º, do CPC.
Art. 32 do CC/1916.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
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Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe
corresponderem.
Art. 94, § 1º, do CPC.
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio
especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
Art. 109, §§ 1º a 4º, da CF.
Art. 100, IV, do CPC.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
Súm. nº 363 do STF.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações
contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Art. 88, I, e parágrafo único, do CPC.
Art. 35 do CC/1916.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a
atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais
subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.
Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de
existir.
AULA 8. TRESPASSE(1)
COMPRA E VENDA DE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
( ART. 1146, CC)
2. “Trespasse”: NEGÓCIO JURÍDICO PELO QUAL O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E/OU COLETIVO VENDE
ESTABELECIMENTO A TERCEIRO QUE PAGARÁ O PREÇO CONVENCIONADO. Compra e venda de
estabelecimento empresarial, que envolve transação de bens. Essa compra e venda não pode confundir na
participação dos sócios no negócio.
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a. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos
quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária,
no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
b. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do
estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
c. “Passa-se o ponto”.
d. Não se confunde:
i. Cessão de quotas.
ii. Alienação de controle, pois não existe transferência de patrimônio, continua o mesmo empresário.
e. NO TRESPASSE, O ESTABELECIMENTO DEIXA DE INTEGRAR O PATRIMÔNIO DO ALIENANTE
(TRESPASSANTE) E PASSA A INTEGRAR O PATRIMÔNIO DO ADQUIRENTE (TRESPASSATÓRIO).
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre Registro Público de Empresas Mercantis.
3. Questão da Sucessão: (art. 1146, CC): A sucessão pressupõe a continuidade do negócio alienado.
- Consequências:
i. Sucessão do adquirente na responsabilidade pelas dívidas.
ii. Sub-rogação pessoal do adquirente nos contratos de exploração do estabelecimento, desde que não sejam intuitu
personae.
iii. Rescisão de contratos anteriores à transferência do estabelecimento por terceiros.
iv. Cessão de créditos relativos ao estabelecimento transferido.
a) Dívidas contratuais (negociais) (Art. 1146, CC): Referem-se a dívidas ordinárias, que dependem da vontade dos
contratantes para serem contraídas (dívidas ordinárias ou quirografárias). O adquirente do estabelecimento responde
pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de 1 ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação,
e, quanto aos outros, da data do vencimento. O empresário adquirente é responsável pelas dívidas contratuais
do alienante. O alienante responde de maneira solidária por um ano, a partir da publicação do trespasse.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Lei nº 8.934, de 18-11-1994, dispõe sobre Registro Público de Empresas Mercantis.
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Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende
do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Arts. 275 a 285 deste Código.
Art. 133 do CTN.
Art. 448 da CLT.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos
subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do
contrato.
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração
do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde
o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
Arts. 286 a 298 deste Código.
2) Dívidas não-contratuais ou não-negociais - dívidas que existem independentemente da vontade dos agentes; é a
própria legislação que as prevê. Dívida contabilizada ou não, o adquirente deverá pagar. Duas modalidades:
1. Dívida tributária (art. 133 do CTN): Não existe prazo prescricional de um ano sobre a
responsabilidade do alienante. O vendedor continua responsável até a liquidação
de toda a dívida tributária. Duas situações: Dívidas Fiscais:
Tributárias
Previdenciárias
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
( c.Arts. 111 e 166 da Lei nº 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Falências).
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses, a contar da data da alienação,
nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
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Adquirente = trespassatário
Vendedor = trespassante
2. Dívida trabalhista (art. 10 e 448, CLT) : A legislação não é exatamente clara. E a interpretação
dos dispositivos legais admite diferentes correntes na doutrina e na jurisprudência. Pelo menos três posições:
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Cláusula de proibição de concorrência: alienante não poderá, durante 5 anos subsequentes ao trespasse,
restabelecer-se em idêntico ou similar ramo de atividade, na mesma praça, salvo se houver autorização
expressa. Locador e nu-proprietário não poderão concorrer com locatário e usufrutuário do estabelecimento, durante o
prazo de vigência do contrato.
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Exceções à sucessão:
2. Alienação judicial (hasta pública) – art. 60, § único – Lei de Falências (Lei 11.101/2005): Não é sucessor
quando a legislação assim prevê.
3. Contrato personalíssimo – em caso de contratos personalíssimos firmados com o alienante, não há sucessão
do trespassatário, mas a rescisão – por justa causa (em até 90 dias) – art. 1148 CC.
Formalidades do Trespasse:
No trespasse existe
sucessão?
Sim.
Solidária ou Subsidiária?
Depende da natureza da
dívida.
1. Definição: É a pessoa física ou natural que exerce ela mesma atividade de empresário, reunindo os elementos de
empresa na exploração de atividade econômica (portanto ≠ de autônomo). É a pessoal natural que, registrando-se
na Junta em nome próprio e empregando capital, natureza e insumos, tecnologia e mão-de-obra, toma com animus
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lucrandi a iniciativa de organizar, com profissionalidade, uma atividade econômica para produção ou circulação de
bens ou serviços no mercado. É, portanto, o titular da empresa (sujeito de direitos), ou seja, é o agente de produção
e circulação de bens ou serviços por investir capital e por tomar iniciativa no empreendimento por ele dirigido, em
busca de lucro ou resultado econômico, assumindo os riscos inerentes à atividade empresarial que sozinho exerce
profissionalmente. RESPONSABILIDADE CIVIL ILIMITADA (regra geral).
a. Abriga a pessoa jurídica sob o próprio nome, através da firma individual: quando o empresário individual
registra a firma individual, nasce a natureza subsidiária, e também nasce a personalidade jurídica. O STJ afirma que
a firma individual não tem personalidade jurídica, porém, já se posicionou pela subsidiariedade.
b. Possui responsabilidade ilimitada e subsidiária: a pessoa natural que opta por ser empresário individual poderá
com o próprio patrimônio todas as obrigações e dívidas oriundas do exercício de empresa. Se não tiver patrimônio
afetado, terá que pagar com o patrimônio pessoal ilimitadamente. A natureza subsidiária significa que existe um
devedor principal, que é a firma individual, e a pessoa física/natural se beneficia dessa diferença, ou seja, os bens
pessoais não podem ser executados até que seja usado o patrimônio social, afetado para explorar a empresa.
c. Precisa de Registro na Junta do Comércio (Art. 968, CC), e efetivo exercício de empresa: o patrimônio que o
empresário individual registrar é o patrimônio que servirá de garantia mínima aos credores. Depois de executar
esses bens registrados, é que poderá ser executado os patrimônios pessoais do empresário individual. Registro
obrigatório, senão o empresário estará irregular.
Possui responsabilidade ilimitada e subsidiária (subsidiária é contrário da solidária, pois existe um devedor
principal).
Precisa de registro na Junta do Comércio (tem natureza declaratória e não constitutiva) – art. 968, CC , e
efetivo exercício de empresa.
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Arts. 1º a 5º deste Código.
Art. 117, X, da Lei nº 8.112, de 11-12-1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e Fundações Públicas Federais).
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Art. 102 da Lei nº 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Falências).
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto
capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
Arts. 3º a 5º, 1.634, V, 1.690, 1.747, I, deste Código.
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§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da
conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou
do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que
estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
Art. 976 deste Código.
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário,
nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§ 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente.
§ 2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes
nomeados.
- Validade dos atos jurídicos em geral (Art. 166, CC): nem toda pessoa física ou natural pode ser empresário
individual. Somente se tiver OBJETO LÍCITO, CAPACIDADE JURÍDICA, FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM
LEI.
- Critérios do Direito Empresarial (Art. 972, CC): para que o empresário individual possa iniciar e exercer atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, precisará ter capacidade para exercer
direitos e assumir deveres ou obrigações, ou seja, ser maior de 18 anos ou emancipado e não padecer de alguma
insuficiência somática ou psíquica que lhe retire ou reduza o discernimento, tornando-o absoluta ou relativamente
incapaz.
i. Sem impedimentos legais (IN 97/2003).
ii. Plena capacidade de exercício.
OBS: o menor não pode abrir firma individual através de assistente ou representante. A legislação autoriza, em caso
de incapacidade superveniente, o que demandará autorização judicial (por exemplo, morte do empresário individual;
se o menor for sucessor poderá até herdar a firma individual);
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Ter plena capacidade de exercício: portanto, nem o menor assistido, nem o menor
representado, podem abrir firma individual!
- Menores de 16 anos;
- Enfermo ou deficiente mental, etc.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Arts.1.517 e 1.860, parágrafo único, deste Código.
Arts. 1º e 13 da Lei nº 9.307, de 23-9-1996 (Lei da Arbitragem).
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial,
ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Art. 148, parágrafo único, e, do ECA.
II – pelo casamento;
Art.1.511 e seguintes deste Código.
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
Arts. 1.635, 1.763 e 1.778 deste Código.
Art. 9º do CC/1916.
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva.
Arts. 22 a 39 deste Código.
Arts. 1.159 e 1.169 do CPC.
Arts. 77 a 88 da Lei nº 6.015, de 31-12-1973 (Lei dos Registros Públicos).
Súm. nº 331 do STF.
Art. 10 do CC/1916.
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Todo empresário individual tem responsabilidade ilimitada? Não, no caso do empresário individual incapaz a
legislação condiciona e limita a sua responsabilidade através da reserva legal (§ 2º do art. 974, CC).
- Reserva legal; Art. 974, §2º, CC: os bens que o incapaz já possuía antes de assumir a sucessão de uma
empresa individual, não respondem necessariamente pelas dívidas contraídas por esse empresário. Desse modo,
esses bens devem constar expressamente no alvará que autoriza a sucessão, ou seja, há necessidade do registro.
Existe a reserva legal, mas para que tenha eficácia em relação a terceiros, ela tem que estar devidamente
expressa e registrada na junta do comércio. É a única exceção de responsabilidade ilimitada do empresário
individual, visto que a regra é a responsabilidade ilimitada.
Responsabilidade (art. 975, CC): Casos em que o representante ou tutor estiver impedido de
exercer atividades de empresário individual.
Os bens pessoais que integram do patrimônio do menor (antes de se tornar empresário individual e desde que
devidamente expressos e registrados como reserva legal na junta do comércio), não respondem pelas obrigações
contraídas durante o exercício da firma individual.
Inimputabilidade Penal: não poderá tomar iniciativa na criação de firma individual devido o menor ser inimputável,
pois não tem imputabilidade penal; proteção do mercado.Possibilidades:
- Crime falimentar.
- Eca, art. 112. Prevê medidas sócio-educativas, substitutivas.
- Casos de admissibilidade do exercício da empresa por incapaz (Maria Helena Diniz): PODERÁ SUCEDER,
eventualmente, através de seu assistente ou representante legal, caso o juiz autorize.
iii. Superveniência de incapacidade e consequente interdição.
iv. Sucessão inter vivos ou causa mortis.
v. Empresário incapaz (interdito, sucessor ou herdeiro menor) pode continuar empreendimento, por meio de
representação legal, havendo prévia autorização judicial, concedida mediante alvará e inscrita e averbada na
Registro Público de Empresa Mercantil.
AULA 11
Empresário individual (2).
(CC: Arts. 972 e ss)
Não é permitido no regime de comunhão universal e de separação obrigatória de bens. Nos demais casos, a
legislação não proíbe:
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão
universal de bens, ou no da separação obrigatória.
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Regime de Comunhão Universal (art. 1667 – 1671, CC): Há a possibilidade de reservar patrimônio pelo
regime de comunhão universal. Poderia desvirtuar o casamento.
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas
passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 262 do CC/1916.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I – os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
Art. 1.848 deste Código.
Súm. nº 49 do STF.
II – os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva:
III – as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV – as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
Súm. nº 49 do STF.
V – os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Art. 499 deste Código.
Art. 39 da Lei nº 9.610, de 19-2-1998 (Lei de Direitos Autorais).
Art. 263 do CC/1916.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam
durante o casamento.
Art. 265 do CC/1916.
Regime de Separação Legal (art. 1641, CC): Três casos: maiores de 60 anos; menores de 16 anos; e
viúvos que se casem antes de formalizar a herança (art. 1523 e 1524, CC).
2. O empresário individual casado (Art. 978, CC) não precisa de autorização do cônjuge em qualquer regime de
casamento. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens,
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alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. Bens que ele separou para
explorar o comércio. O que não assinou tem a seguridade da meação. Não entra bens particulares.
a. Pode alienar ou gravar de ônus real (hipoteca etc.), independentemente do regime de bens, é possível alienar
ou gravar de ônus real, sem autorização do cônjuge.
b. É Exceção ao Art. 1647, I, CC;
c. Proteção a meação do cônjuge: Art. 3º, da Lei 4121/64. É POSSÍVEL RESGUARDAR O CÔNJUGE QUE NÃO
PARTICIPOU DA NEGOCIAÇÃO. A Súmula STJ 251, que dispõe que a meação só responde pelo ato ilícito quando
o credor, na execução fiscal, provar que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal. É possível que perca
a meação, caso seja comprovado que o casal usufruiu do negócio.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Art. 1.647 deste Código.
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações
antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Arts. 538, 544, 1.653 a 1.657 deste Código.
Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a
terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação
absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
Arts. 978, 1.420 e 1.642, I, deste Código.
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
Arts. 818 a 839 e 897 a 900 deste Código.
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Arts. 538 a 564, 1.642, IV, e 1.649 deste Código.
Arts. 235 e 242 do CC/1916.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 236 do CC/1916.
AULA 12
Prepostos e a responsabilidade do empresário.
(CC: Arts. 1178 e ss; 932, III)
Preposto (Art. 1169 -1178, CC). Definição: é quem está a frente da empresa, quem executa atos em nome do
empresário. Preposto não é só quem tem contrato estável de trabalho, mas pode ser qualquer funcionário.
1. Classificação:
i. Gerente: aquele que está presente na empresa, está na frente da empresa, contrato de confiança, chefia, toma
decisões. Não existe definição única nos contratos de prepostos. O limite da responsabilidade do preposto se
diferencia de acordo com cada contrato. O preposto pode realizar qualquer atividade necessária a realizar as
competências/atividades para as quais ele foi contratado. O preposto tem contrato típico de preposto, tendo
amplitude de competências. O preposto, via de regra, tem competência para realizar todas as atividades
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necessárias ao cargo/função para o qual fora contratado, desde que não sejam expressamente proibidas. Ele só
não tem autorização de fazer o que a lei expressamente proíbe. Ex: compra e venda de imóvel, gravação de ônus
real (hipoteca, venda com reserva de domínio).
- Poderes genéricos
- Exceção: Art. 661, parágrafo 1º, CC.
ii. Contabilista: Art. 1177, CC. Culpa e dolo ainda que haja dolo e má fé não exime a responsabilidade do empresário
frente ao terceiro, objetivamente com direito a ação de regresso.
3. Teoria da Aparência (Art. 1178, caput CC): por não existir um contrato expresso limitando as atividades do
preposto, os tribunais brasileiros têm entendido, em sua ampla maioria, que o empresário responde pelos atos do
preposto realizados fora do estabelecimento empresarial. O limite vai até onde o contrato exprime, porém, o
empresário responde ao terceiro de boa fé com direito a ação de regresso.
- Teoria da aparência: São elementos fáticos capazes de induzir uma idéia sobre o vinculo do preposto com o
empresário. Preposto pode ser pessoa jurídica? SIM.
- Os preponentes são responsáveis pelos atos de qualquer preposto em relação à atividade da empresa ainda que
não autorizados por escrito.
- Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, o CC diz que o empresário só responderá por atos
autorizados por escrito. Esse parágrafo, contudo, deve ser interpretado de forma restritiva ex vi a teoria da
aparência, de acordo com o entendimento dos tribunais brasileiros. Contudo, no mundo entre empresários,
prevalece outra teoria: ultra vires societatis, que limita a responsabilidade do empresário pelos atos do preposto.
4. Teoria Ultra vires societatis (Art. 1105, parágrafo único, III, CC): Exceção a responsabilidade do empresário pelos atos do
preposto:
- Quando há limitação expressa dos atos do preposto devidamente registrada na junta do comércio;
- Quando a atividade praticada pelo preposto é estranha ao objeto social do empresário. Portanto, quando o
preposto realiza operação estranha aos negócios do empresário, este não responderá pelos atos do preposto.
Contudo, não é essa teoria que tem prevalecido nos tribunais brasileiros:
STJ
448471/2003 MG
772687/2005 MG – Fundamenta.
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Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.
Seção IIIDo Contabilista e outros Auxiliares
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração,
produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos
culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Arts. 275 a 285 deste Código.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à
atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes
conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
AULA 13
Escrituração mercantil.
(CC: Arts 1149 e ss.)
Escrituração mercantil representa a exigência legal feita ao empresário para proceder aos registros obrigatórios dos
livros mercantis. Os livros têm natureza de documento público embora as informações sejam sigilosas.
1. Conceito: é o processo metódico e sistemático, pelo qual, em livros próprios, se lançam cronologicamente as
contas e todas as operações de um estabelecimento empresarial, fazendo um balanço geral de seu ativo e passivo,
demonstrativo do histórico integral da empresa. A escrituração é necessária por ser instrumento de defesa do
empresário individual e coletivo e por possibilitar uma avaliação das decisões administrativas e fiscais tomadas com
base nela.
2. Funções: Lei 11638/2006 – Lei das alterações contábeis do Brasil. Tal registro visa atender aos seguintes objetivos:
a. Gerencial: controlar, fiscalizar; envolve as questões administrativas da companhia. Por ser imprescindível
para que o empresário ou administrador possa controlar e avaliar o empreendimento feito, registrando todas as suas
atividades, os negócios efetuados, as obrigações assumidas, os créditos concedidos, as dívidas contraídas, os
valores recebidos e despendidos, e, com base nela, tomar decisões administrativas, financeiras e empresariais.
b. Documental: a legislação confere a natureza de documento público aos livros obrigatórios. Poderá haver
pena pelo descumprimento do registro e da regularidade desses livros mercantis. Visto que, pelo critério uniforme,
constitui pelas suas informações, um registro demonstrativo dos resultados da “empresa” para os sócios,
interessados na repartição de lucros, ou terceiros (investidores, credores, órgão público).
c. Fiscal: com base nessa documentação que é realizada pelo empresário, é que é feita a incidência dos
tributos. Por conter, nos lançamentos, dados informativos sobre a atividade econômica do empresário, que
possibilitam a fiscalização da incidência e o recolhimento de tributos.
3. Modalidades: vale ressaltar que livros empresariais são registros, contábeis ou não, nos quais o empresário faz o
assento de suas operações, elaborando, sistematicamente, suas contas, ou os fatos do seu empreendimento.
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a. Livros obrigatórios (Art. 1180, CC): reclamados por lei e que devem ser escriturados, sob pena de sanção
criminal, administrativa e processual.
i. Comum : LIVRO DIÁRIO é o livro comum a todo empresário, que é complementado por outros livros obrigatórios,
dependendo da natureza do negócio explorado pelo empresário.
1. IMPORTANTE: o livro diário pode ser substituído por fichas, balanços e balancetes mecanizados.
Ainda: no livro diário também poderá constar:
o Balanço patrimonial: soma do capital do empresário menos as dívidas.
o Balanço de resultado econômico: tudo que o empresário ganhou e perdeu no exercício.
o Inventário: estoques do empresário durante o exercício.
ii. Especiais: por exemplo, livro de duplicatas, atas de assembléia, registro de debêntures, livro de entrada e saída de
mercadorias, etc.
ENTÃO:
Obrigatórios e Balanço Patrimonial: Soma dos ativos e passivos
podem constar Balanço de Resultado Econômico: Resultado dos lucros e perdas do exercício
noLivro Diário Inventário: Resultado dos estoques
b. Livros facultativos (Art. 1180, CC): são os livros fiscais (livro de registro de apuração do IPI); livros trabalhistas ou
previdenciários (livro de registro de empregados; livro de inspeção do trabalho).
i. Livros auxiliares: não são obrigatórios, mas apesar de não serem obrigatórios, eles podem ser registrados na junta
do comércio. Serão documentos passíveis de prova nas transações.
4. Regularidades:
a. Requisitos intrínsecos (Art. 1183, CC): A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens
b. Requisitos extrínsecos:
i. Registro na junta do comércio.
ii. Assinatura de contador.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração
mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado
econômico.
Art. 1.179, § 1º, deste Código.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano,
sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
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a. Arts. 1190 e 1191, CC: O registro obrigatório na junta do comércio desses livros obrigatórios ou facultativos
não são para gerar publicidade, mas sim para dar autenticidade a esses livros, e é de caráter imprescindível
o registro desses livros. Não fica cópia na Junta do Comércio, visto que as informações contidas nesses livros são
sigilosas, pois nelas consta toda estratégia do empresário. Desse modo, tem natureza de documento público,
entretanto possuem caráter de sigilo.
b. Súmula 439 STF (restritos aos pontos da discussão): anexos internos da empresa como sendo extensão do
domicílio do empresário, ele não pode ser invadido. Só pode invadir com mandado judicial.
ENTÃO:
Não existe acesso público às informações dos livros mercantis,que têm natureza confidencial. O registro, portanto,
tem natureza confidencial. Não se aplica o princípio da publicidade para os livros mercantis!
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar
diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas
em lei.
cArt. 6º, I, d, da Lei nº 10.593, de 6-12-2002, que dispõe sobre as atribuições dos ocupantes de cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal
do Brasil.
cArt. 11, § 4º, II, da Lei nº 11.457, de 16-3-2007 (Lei da Super-Receita).
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões
relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
cArt. 6º, I, d, da Lei nº 10.593, de 6-12-2002, que dispõe sobre as atribuições dos ocupantes de cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal
do Brasil.
cArt. 11, § 4º, II, da Lei nº 11.457, de 16-3-2007 (Lei da Super-Receita).
§ 1º O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer
das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas
por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2º Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.
- Civil: presunção relativa (“juris tantum”) de prova; confissão; revelia (Art. 380 a 382, CPC): a não apresentação dos
livros é motivo de prova contra o próprio empresário; a presunção é contra ele.
- Administrativa: multas e sanções, devido à resistência da apresentação dos livros.
- Penal: tipifica crime falimentar (Art. 178, LF): o empresário que não tenha os livros registrados ou mantidos em de
acordo com a legislação, ou seja, a falta de regularidade ou inexistência do livro já tipifica o crime de falência criminosa.
Se ele tiver o livro e não quiser apresentar vai para o procedimento judicial.
Ainda:
a. CP, Art. 172: duplicata simulada.
b. Lei 1521/51 – Art. 3º, X, crime contra a economia popular.
c. Crimes contra ordem tributária, econômica e relação de consumo (lei 8137/1990, art. 1);
d. CDC – Art. 61 e seguintes – infrações penais.
e. Lei de Falências 11101/05, Art. 178.
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Exibição dos livros: se o empresário se nega a mostrar os livros, procedimento judicial, ou o empresário mostra o livro
na frente do juiz ou o juiz manda que o empresário entregue os livros necessários.
a. Parcial (regra) (Art. 382, CPC): juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e documentos,
extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como reproduções autenticadas.
b. Integral (casos específicos) (Art. 381, CPC; Art. 1191, CC): exibição integral dos livros; sucessão de empresa,
falecimento, encerramento, falência. Arrecadação integral dos livros. Funciona sob sigilo.
Art. 380. A escrituração contábil é indivisível; se dos fatos que resultam dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e
outros lhe são contrários, ambos serão considerados em conjunto como unidade.
Arts. 354 e 373, parágrafo único, deste Código.
Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos livros comerciais e dos documentos do arquivo:
I – na liquidação de sociedade;
II – na sucessão por morte de sócio;
III – quando e como determinar a lei.
Art. 845 deste Código.
Art. 382. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao
litígio, bem como reproduções autenticadas.
Art. 845 deste Código.
Súm. nº 260 do STF.
8. Exceções ao sigilo: Autoridades administrativas: administração pública tem acesso direto aos livros. Não
precisa de autorização judicial.
- Art. 1193, CC: as restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não
se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos
estritos das respectivas leis especiais.
- Art. 195, CTN: sobre a competência da administração pública ter acesso aos livros.
- Art. 33, §2º, Lei 8212/91 (INSS).
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades
fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
cArt. 6º, I, d, da Lei nº 10.593, de 6-12-2002, que dispõe sobre as atribuições dos ocupantes de cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal
do Brasil.
cArt. 11, § 4º, II, da Lei nº 11.457, de 16-3-2007 (Lei da Super-Receita).
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou
da obrigação destes de exibi-los.
cSúm. nº 260 do STF.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Súm. nº 439 do STF.
Art. 33. Ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições
sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do artigo 11, bem como as contribuições incidentes a título de substituição; e à
Secretaria da Receita Federal – SRF compete arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais previstas
nas alíneas d e e do parágrafo único do artigo 11, cabendo a ambos os órgãos, na esfera de sua competência, promover a respectiva
cobrança e aplicar as sanções previstas legalmente.
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Adendo:
SISTEMAS DE CONTABILIDADE:
USA: GAAP
Princípios Geralmente Aceitos de Contabilidade
AULA 14
Estatuto das microempresas (ME) e Empresas de pequeno Porte (EPP)
(Lei Complementar 123/2006 e 128/2008- MEI)
1. Definição:
Problemas de terminologia
Quem pode ser
Podem ser enquadrados: Empresário Individual enquadrado como ME e
Sociedade Empresária EPP
Empresário
Sociedade Simples (não é sociedade empresária! Portanto: sociedades que não são empresárias podem
ser ME e EPP
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a. Observação: o SEBRAE define microempresa ou empresa de pequeno porte pelo número de funcionários; o BNDS
define um valor total bruto anual para que possam fazer financiamentos etc. Diferentes definições, o que importa é o
que a LC 123/06 fala.
b. Importante: não são obrigadas a manter livros diários. Tem o livro próprio, simplificado, denominado de
“relatório mensal” (escrituração mercantil) onde contém as informações da empresa; não são obrigados a
se cadastrar na junta comercial. Não são obrigados a emitir nota fiscal, exceto para pessoa jurídica.
2. Classificação (Art. 3º, LC 123/2006): empresário individual (pessoa física ou jurídica), sociedade empresária e
sociedade simples podem ser microempresas ou empresas de pequeno porte.
a. Microempresas: faturamento bruto anual de até R$ 240.000,00.
b. Empresas de pequeno porte: faturamento bruto anual de até R$ 2.400.000,00.
Pequeno empresário (Art. 68, LC 123/2006): faturamento bruto anual (ano-calendário) de até R$ 36.000,00. Só o
empresário individual é MEI, devidamente registrado. O pequeno empresário, praticamente, passou a ser o MEI.
o Microempreendedor individual – MEI (LC 128/2008): Art. 18A da LC 123/2006. Regulamentação de um dispositivo
que já existia. Tratamento fiscal. Não são obrigados a manter livros diários, mas fazem relatórios mensais, onde
constarão as operações que efetua; não precisarão apresentar os relatórios mensais na junta do comércio, mas é
obrigado a ter; não são obrigados a emitir nota fiscal, exceto para pessoa jurídica. RESPONSABILIDADE
ILIMITADA.
3. Facilidades:
a. Burocráticas (Art. 70, LC 123/2006): o privilégio burocrático se refere aos documentos que são exigidos
normalmente de outros empresários, que não são exigidos das ME e MEI. Por exemplo, livros mercantis que não
são obrigatórios, não exigência de CND, seguro etc.
b. Comerciais (Art. 42 - 44, LC 123/2006): acesso a crédito privilegiado.
c. Tributárias (simples nacional, não confundir com sociedade simples): pacote unificado para o pagamento de alguns
tributos (arrecadação unificada); tributação específica. É o tratamento fiscal diferenciado que as ME e EPP
possuem.
d. Previdenciárias (Art. 12 e 55, LC 123/2006):
e. Trabalhistas (Art. 51, LC 123/2006): não são os livros para controle de férias coletivas ou de hora extra,
obrigatórios.
f. Juizado especial (Art. 74, LC 123/2006): os microempresários tem legitimidade ativa de ações no juizado especial.
OBS:
o Art. 17, LC 123/2006: os empresários que não podem optar pelo Simples.
o Art. 3º, §4º, LC 123/2006: os empresários que não podem ser enquadrados como microempresas e/ou empresas de
pequeno porte. Por exemplo, organização financeira, mesmo que atenda o faturamento bruto anual.
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Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de
2002 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo
Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo.
AULA 15
Direito Societário. Elementos essenciais (1).
(CC: Arts. 981-985)
1. Sociedade (art. 981): celebram contratos (instituto jurídico) de sociedade, as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir com bens e serviços para o exercício de atividade econômica e a partilha entre si, dos
resultados. Realização de um ou mais negócios determinados. Há um contrato de congregação de vontades
paralelas ou convergentes, ou seja, dirigidas no mesmo sentido para obtenção de um objetivo comum. O contrato
de sociedade será o meio pelo qual os sócios, contribuindo com bens ou serviços, atingem o resultado almejado
para realização de um ou mais negócios determinados.
2. Sociedade empresária (art. 982): Considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de
atividade típica de empresário sujeito a registro, e simples, as demais (quanto às demais: px, constituídas por
prestadores de serviço autônomo ou por profissionais liberais).
- As sociedades empresárias se diferem das simples pelo objeto social e não pelo simples fato do intuito
lucrativo.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício
de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Arts. 44 a 69 e 966 deste Código.
Art. 1.363 do CC/1916.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Arts. 997 a 1.038, 1.088 e 1.093 a 1.096 deste Código.
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1. Elementos Essenciais:
- Elementos comuns a todo o tipo de negócio jurídico: Art. 104, CC:
i. Capacidade das partes: capacidade das partes.
ii. Objeto lícito: é licito a sociedade entre marido e mulher, desde que não tenham se casado no regime da comunhão
universal de bens, ou no da separação obrigatória e outras exceções.
iii. Forma prescrita ou não defesa em lei: Obs: empresário individual: a) não ter impedimentos, b) registro obrigatório
(Art. 967, 972, CC).
2. Elementos específicos:
i. Pluralidades das partes: mesmo com dois sócios, haverá pluralidade das partes. Não há possibilidade de
sociedade unipessoal para o direito brasileiro. Exceção:
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- Subsidiária integral(art. 251, LSA); é uma S.A., o capital é 100% de um único sócio, pessoa jurídica, que também
é uma sociedade. O sócio pode ser uma S.A., ou ainda outra modalidade de sociedade px, Ltda, etc.
- Empresa pública: há casos em que um único ente do governo é detentor de todo o capital social da sociedade;
px, Caixa Econômica Federal, é uma Sociedade Anônina, onde a União detém todas as ações.
Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista sociedade brasileira.
§ lº A sociedade que subscrever em bens o capital de subsidiária integral deverá aprovar o laudo de avaliação de que trata o artigo 8º,
respondendo nos termos do § 6º do artigo 8º e do artigo 10 e seu parágrafo único.
§ 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral mediante aquisição, por sociedade brasileira, de todas as suas ações, ou nos
termos do artigo 252.
ii) “Affectio Societatis”: É a relação de confiança existente entre os sócios no momento da constituição da sociedade.
Representa o interesse (a intenção) consciente e racional da divisão de obrigações e lucros. A confiança dos sócios nos
demais sócios.
A affectio societatis também denominada animus contrahendi societatis é a disposição do contraente em participar
de uma sociedade, contribuindo ativamente na realização do objetivo e buscando lucro. (LGF).
O fato de existir ou deixar de existir pode levar o sócio a deixar a sociedade (direito de retirada), levando consigo a
indenização relativa á liquidação de sua parte - quota/ ou ação; pode ser um dos casos de dissolução parcial.
OBS: Partilha dos resultados – affectio societatis – pode ser objeto de dissolução de sociedades já que a
participação do sócio é mais importante do que o capital que ele aporta. Dependendo da sociedade, a legislação
não autoriza a retirada de um sócio com seu capital. Portanto:
A affectio societatis é essencial na sociedade de pessoas, não tendo, regra geral, grande importância na
sociedade de capital.
- Importante: Posição do STJ sobre a existência da affectio societatis na sociedade anônina de capital fechado,
familiar.
iii) Ato Constitutivo: Ato que dá origem e dispõe as regras de funcionamento das sociedades.
- Contrato Social (elementos obrigatórios – art. 997, CC): Origina a criação da sociedade. Dispõe sobre as regras
da organização. Elementos obrigatórios são cláusulas obrigatórias.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes,
mencionará:
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I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e
sede dos sócios, se jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária;
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Arts. 983, 999, 1.041 e 1.054 deste Código.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
- Estatuto Social: È o ato constitutivo das sociedades institucionais. Possui regulamentação mais rígida e os sócios
não dispõem do mesmo nível de autonomia de vontade conferida às sociedades contratuais. O Estatuto social,
assim como o contrato social, dispõe sobre as regras da organização societária, tendo em vista as prescrições de lei
específica, institucional. É o caso típico das Sociedades Anônimas (S.A); ainda as Sociedades Cooperativas, que
são sociedades simples, também são constituídas através de estatuto social.
Regra: Sociedade estatutária é mais rígida (os sócios não podem dispor das cláusulas como quiserem, já no
contrato social, a flexibilidade é maior.
Sociedade de capital:
S.A. e comandita por
ações = estatuto.
As demais são
sociedades
contratuais =
contrato social
Objeto refere-se à
atividade explorada
≠
Objetivo é auferir
lucro...
v) Capital Social: Patrimônio inicial. É o primeiro patrimônio indispensável e constituído para exploração da atividade
econômica.
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- Definição: É o valor mínimo afetado para realização das atividades da empresa, constituído pelo aporte de cada
um dos sócios. Pode ser constituído em dinheiro, bens móveis ou imóveis desde que passiveis de avaliação em
moeda nacional. Tem que estar expresso no contrato e na forma de como será dividido
Capital Social ≠
Patrimônio Social
(que corresponde à
soma de todos os
ativos da sociedade,
inclusive o capital
social).
- Funções: a) garantia mínima aos fornecedores pelas primeiras obrigações assumidas. Se a sociedade se torna
insolvente, o capital social passa a não valer nada. b) padrão de referência às negociações e operações realizadas
pela sociedade...
- Fração mínima:
Quotas/ Cotas e Ações: São frações mínimas do capital social em relação à sociedade. Cada cota corresponde a
direitos e obrigações mínimas do seu titular. Uma quota (ou uma ação), por corresponder à fração mínima do capital
social não pode ser dividida entre sócios. Isso significa que uma mesma quota (ou ação) não pode ter mais de
um titular perante a sociedade. Assim, de acordo com o Código Civil, uma quota (ou ação) pode pertencer a mais
de um sócio (sob a forma de condomínio, px), mas em relação à sociedade haverá um único titular.
Finalmente, a forma de divisão do capital social em quotas (ou ações), assim como a sua distribuição em relação
aos sócios, deve ser descrita no contrato social. Ex: 50.000 cotas de R$ 1,00 cada e cada sócio terá tantas cotas.
As cotas podem ter valores diferentes para os sócios.
- As quotas e as ações são Indivisíveis (art. 1056, CC e 28 LSA).
Obs: As cotas podem ter valores diferentes, mas, na prática costumam ter o mesmo valor, para facilidade de cálculo
da participação dos sócios.
Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo
seguinte.
§ 1º No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo
inventariante do espólio de sócio falecido.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à
sua integralização.
Arts. 275 a 285 deste Código.
- Natureza Jurídica: Dupla: a) patrimonial ou de direito real: porque confere aos sócios o direito de receber os lucros
provenientes; e b) obrigacional: porque confere aos sócios o direito de participação nas deliberações sociais da
sociedade (px, direito de voto). As cotas e ações não têm a mesma natureza documental. Ações: Livre negociabilidade;
as cotas, não (dependem de autorização dos sócios). Ações correspondem a título autônomo (próprio); já as cotas não
são autônomas porque advém do contrato social. Diferentes modalidades de ações; as cotas não possuem diferentes
formas de classificação.
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Então: com a dissolução, termina a empresa, ou seja, a atividade. Com a liquidação, elimina-se o vínculo. Com a
baixa registrada, desaparece a pessoa jurídica.
Resumo:
1 Sociedade X Terceiros
2 Sociedade X Sócios Qual é a responsabilidade dos
3 Sócios X Terceiros sócios que estou trabalhando?
4 Sócios X Sócios
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Responsabilidade:
1. Subsidiária X solidária
2. Limitada X ilimitada
Natureza da responsabilidade civil
3. Direta X indireta
►A natureza da responsabilidade civil e suas possibilidades de combinações deverão ser analisadas em cada uma
das 4 (quatro) relações jurídicas supracitadas, que envolvem uma sociedade.
AULA 16
Sociedades. Classificação.
a) SOCIEDADES SIMPLES:
1. Sociedades simples propriamente dita (art. 997 a 1038, CC): Regras da Sociedade Simples – é
a base para suprir as lacunas dos demais tipos societários.
2. Cooperativas (art. 1093 a 1096, CC e Lei 5.764/71- Lei das Cooperativas): Será sempre
Sociedade Simples (CCB art.982, Parágrafo Único). A cooperativa pode optar em seu estatuto por ter
responsabilidade limitada ou ilimitada (a regra geral é de que não pode ser mista).
Ou Ainda:
1. Sociedades simples puras: É a sociedade simples propriamente dita. Este é o modelo previsto
no CCB art. 997 até o art. 1038. Possui responsabilidade ilimitada! (art. 1023).
P/ Maria
Helena 2. Sociedades simples impuras: Todas as demais variações e combinações que a legislação vai
Diniz permitir na hora de abrir a sociedade (CCB art. 983). Aqui também estão incluídas as Cooperativas.
b) SOCIEDADES EMPRESÁRIAS:
3. Sociedade em comandita por ações (art. 1090 a 1092 e Lei 6404/76 - LSA): Será sempre sociedade
empresária – Típica sociedade de capital.
5. Sociedade anônima (art. 1088 a 1089, CC e Lei 6404/76 – LSA): Será sempre sociedade empresária (CCB
art. 982 Parágrafo Único)– Típica sociedade de capital.
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço
de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
Art. 1º da Lei nº 6.404, de 15-12-1976 (Lei das Sociedades por Ações).
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições deste Código.
Lei nº 6.404, de 15-12-1976 (Lei das Sociedades por Ações).
Maior ou
menor
liberdade
das partes
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Ainda:
a)Subsidiária: quando existe benefício de ordem (aplica-se o artigo 1024 CCB)
b) Solidária: quando não há benefício de ordem.
Ainda:
a) Direta
b) Indireta
5. Quanto à regularidade: A sociedade que não for registrada funcionará de forma irregular:
a) Sociedades regulares
b) Sociedades não-regulares: São as que não têm registro. A sociedade em conta de participação não precisa
de registro para ser regular. Se mesmo assim estiver registra não adquire personalidade jurídica. A sociedade
comum tem responsabilidade ilimitada, solidária e direta para o tratante. Portanto, para o tratante não há benefício
de ordem (cai na prova).
6. Sociedades públicas e privadas: A terminologia adequada para sociedade pública seria sociedade de economia
mista ou empresa pública. Mesmo tendo dinheiro público na constituição do capital social, trata-se de pessoa
jurídica de direito privado.
a) Empresa Pública – 100% do capital social é constituído por dinheiro público. Pode ser constituída sob
qualquer uma das estruturas societárias, px, S.A, Ltda, Sociedade em come coletivo etc;
b) Sociedade de Economia Mista: parte do capital social é constituída por dinheiro público e a outra parte, por
dinheiro privado; o governo terá obrigatoriamente a maioria do capital social votante. Esta modalidade adotará
obrigatoriamente a forma de Sociedade Anônima. (LSA)
Atenção:
3. Confusão terminológica entre atividade econômica com ou sem finalidade lucrativa;
4. Confusão entre sociedades que possuem organização empresária e sociedade simples;
5. Confusão entre sociedades que possuem personalidade jurídica de direito privado e de direito público;
6. Sociedades constituídas com dinheiro público podem explorar atividade econômica com finalidade lucrativa e,
portanto, constituírem-se sociedades empresárias: empresas públicas e sociedades de economia mista;
7. Sociedades de direito privado podem ter finalidade lucrativa, mas não se consubstanciarem como sociedades
empresárias, casos de sociedades de profissionais liberais que têm a forma de sociedade simples;
8. Não se confundem sociedades com finalidade lucrativa, mas que não são empresárias (sociedades simples, px.
profissionais liberais), com organizações sem finalidade lucrativa, mas que podem ter lucro e que podem ser
pessoas de direito público ou privado (Associações ou fundações, px);
9. Exemplos de organizações sem finalidade lucrativa, de direito privado: Organizações do terceiro setor: Associações,
fundações etc
10. Exemplos de organizações sem finalidade lucrativa, de direito público: organizações constituídas com capital público
também sob forma de Associações, fundações; eventualmente constituídas sob forma de Organizações Sociais
(OS), OSCIPS, PIPS etc
11. Confusão com instituições/organizações públicas da Administração Indireta (pessoa jurídica de Direito Público)
Agências reguladoras, agências executivas, autarquias, conselhos profissionais etc.
AULA 17
SOCIEDADES DESPERSONALIZADAS (1)
Classificação:
1. Sociedade de fato:
Informais, não têm documentação alguma;
2. Sociedade irregular:
Existe, tem contrato, mas não foi devidamente registrada;
Px, sociedade limitada com participação estrangeira, sem autorização do executivo.
Características:
Responsabilidade ilimitada, solidária (os credores podem executar todos os sócios), direta (os bens do sócio
realizador respondem diretamente, ou seja, não há benefício de ordem).
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de
ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
A prova da existência da sociedade por terceiros pode ser exercida de qualquer forma permitida em lei. Os sócios
apenas de forma escrita; px, por documentos.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da
sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Patrimônio especial - não tem capital social – administrado sob a forma de condomínio.
Ainda (penalidades):
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Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste
Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Arts. 45, 967, 985, 997 a 1.038 e 1.051 deste Código.
Art. 12, § 2º, do CPC.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros
podem prová-la de qualquer modo.
Art. 1.366 do CC/1916.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes,
que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art.
1.024, aquele que contratou pela sociedade.
Arts. 275 a 285 e 1.016 deste Código.
Arts. 592, II, e 596 do CPC.
Art. 1.398 do CC/1916.
AULA 18
Sociedades despersonalizadas (II).
Características:
- 2 tipos de sócios:
Sócio ostensivo/empreendedor: atua em nome próprio;
Sócio oculto/participante/investidor: Responde só para o ostensivo;
Responsabilidade mista:
Responsabilidade do sócio ostensivo (ilimitada perante terceiros) X oculto (que não responde perante terceiros);
Patrimônio Especial: dissolução sob a forma de prestação de contas (CPC: arts. 914-916)
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em
seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos
do contrato social.
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de
direito.
Art. 12, § 2º, do CPC.
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Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não
confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações
do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Arts. 275 a 285 deste Código.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação
relativa aos negócios sociais.
§ 1º A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.
§ 2º A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito
quirografário.
§ 3º Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do
falido.
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade
simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
Arts. 914 a 919 do CPC.
JOINT-VENTURE:
- Possui conceituação ampla: pode ser definido como mera associação ou parceria de empresários, para realização
de um empreendimento comum e via de regra por prazo determinado ou temporário;
- A legislação brasileira trata de diversos institutos que podem ser considerados como modalidades de Joint
ventures: px, os Consórcios (arts. 278-279, LSA); a sociedade em conta de participação; a sociedade de propósito
específico (SPE)
Consórcios:
- para que tenha validade e eficácia perante terceiros é obrigatório o registro, mesmo assim, não possui
personalidade jurídica; a sociedades mantém a sua autonomia empresarial;
- Não há presunção responsabilidade solidária: Exceções: CDC (art. 28, § 3º), Lei 8666/93 (art. 33, § 4ª ou 5ª), Lei
de defesa da concorrência, 8884/94, art. 17
Obs.:
Não têm capital social: sociedades em comum, sociedades em conta de participação. As cooperativas podem ter
capital social variável, ou mesmo, nem ter capital social.
SOCIEDADES COLIGADAS:
1) Controladora: (CCB artigo 1099
2) Filiada: possui participação acima de 10%, mas não controla;
3)De simples participação – menos de 10% de participação (capital especulativo).
AULA 21
Sociedades personificadas: Sociedade Simples (1).
(CC: Arts. 997 a 1038)
A Sociedade Simples é a típica sociedade de pessoas; pode adotar denominação (Cooperativas, px.), ou razão
social. No art. 997, VIII, leia-se solidariamente e não subsidiariamente.
Definição: É definida por exclusão (CC art. 982): a sociedade que não é sociedade empresária é sociedade
simples.
- funciona como base para suprir lacunas nas outras modalidades de sociedade.
- visa fim econômico ou lucrativo;
- deve ser registrada, Registro Civil das Pessoas Jurídicas, no Cartório de Títulos e documentos;
- explora seu objeto social sem empresarialidade e sem a organização profissional dos fatores de produção;
- Tem autonomia patrimonial e atuam em nome próprio, pois sua existência é distinta da dos sócios, de modo que
os débitos destes não são da sociedade e vice versa;
- Capital e fim lucrativo não constituem elementos essenciais, por não se agregarem à atividade empresarial;
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- Pode ser sociedade simples: Sociedade em nome coletivo, comandita simples e sociedade limitada.
Sociedade pessoal, contratual;
Cláusulas essenciais (art. 997, CC): unanimidade (deliberação por unanimidade); As demais cláusulas:
deliberação por maioria absolutado capital social (art. 1010, CC). Maioria absoluta refere-se à participação no capital
social. Exceção é a Cooperativa, pois cada pessoa terá um voto independentemente da sua participação no capital
social;
Registro: Cartório de Registro Civil (o capital social – aumento ou redução – depende de autorização de
todos os sócios).
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes,
mencionará:
I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e
sede dos sócios, se jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária;
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Arts. 983, 999, 1.041 e 1.054 deste Código.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão
tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Art. 1.394 do CC/1916.
§ 1º Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital.
§ 2º Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz.
§ 3º Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação
que a aprove graças a seu voto.
Arts. 402 a 405 e 1.072 deste Código.
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Responsabilidade: Ilimitada, Subsidiária: (subsidiária dos sócios em relação a terceiros: o que significa que
credores deverão executar primeiramente os bens sociais da sociedade para só depois tocar os bens pessoais dos
sócios- benefícios de ordem). As dívidas que ultrapassarem o valor do patrimônio social serão pagas pelos
sócios com seus bens pessoais.
R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
A B A B
30.000,00 20.000,00 30.000,00 20.000,00
A responsabilidade dos sócios é ilimitada, Sociedade não terá capital para cobrir os
portanto os sócios deverão pagar o excedente. 20.000,00 de diferença. Na teoria, quem perde
é o credor.
O art. 1023 – subsidiariamente. “A” só será
obrigado a pagar 60% da dívida e “B” só será
obrigado a pagar 40% da sua participação no
capital social.
- Art. 997, VIII: Onde consta “solidariamente” deve-se ler “Subsidiariamente”. Enunciado n. 61 CEJ. Versus o Art. 1023,
CC: Cada um participa na medida de sua proporção do capital social, então a regra geral é de responsabilidade
subsidiária, e a exceção será solidária.
Indeterminada: Legislação prevê a dissolução e os sócios podem sair a qualquer momento, desde que
notifique os demais sócios com 60 dias antes de sua saída. (CC art. 1029).
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Determinada: O sócio só pode sair por justa causa, e através de autorização judicial. (CC art. 1029)
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele,
cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas.
Art. 1.381 do CC/1916.
- Contribuição dos Sócios: Quando sua participação for com serviço, a sua participação nos lucros (se o contrato
não prever de forma diferente) será a participação média dos demais (art. 1007). Cooperativa também está
dispensada de capital social.
A sociedade simples admite a participação dos sócios com bens (móveis ou imóveis), e/ou serviços;
OBS: a Sociedade Cooperativa é dispensada de ter capital inicial, por ser modalidade de sociedade simples que
admite participação exclusiva em serviço. É uma sociedade estatutária, que explora uma atividade econômica ou
não.
Participação
do sócio
somente com
serviço – só
na Sociedade
Simples.
Sócio Remisso (art. 1004, CC): Aquele que não pagou a sua parte na sociedade para realização do capital social.
- É o sócio inadimplente com a sociedade;
- Opção dos demais sócios (por maioria absoluta do capital social). Quando a sociedade notifica para realizar o
pagamento e ele não o faz em até 30 dias, ele passará a ser sócio remisso.
1. Exclusão do remisso e redução do capital social (Mesmo que o contrato fale do prazo, apenas será considerado
em mora após a notificação – chamada notificação ex persona);
2. Integralização pelos demais sócios (reorganização interna): Os sócios irão comprar a parte do sócio remisso.
OBS: Há possibilidade de indenização por perdas e danos do remisso (art. 1004, CC)
Pagamento ao remisso (art. 1031, § 1º e 2º, CC): Pagamento de sua parte já paga (restituição).
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada
pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.
§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo,
ou estipulação contratual em contrário
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de
fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe
a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1º do art. 1.031.
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AULA 22
Sociedades Simples (2)
(CC: Arts. 997 a 1038)
Cessão de Quotas: É a transferência das quotas. Não há alteração da titularidade do estabelecimento. Muda a
propriedade da participação dos sócios na sociedade. Essa é a primeira diferença em relação ao Trespasse: a
natureza da operação, do negócio jurídico.
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais
sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
Art. 1.388 do CC/1916.
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário,
perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Arts. 275 a 285 e 1.057 deste Código.
2. Do Cessionário (adquirente): Art. 1025 e 1032, CC. O cessionário é obrigado por todas as obrigações da
sociedade, inclusive provenientes do período anterior ao seu ingresso.
Responsabilidade:
- Responde na proporção ao número de quotas que tiver, pelas dívidas da sociedade, inclusive as anteriores ao
ingresso.
- Mesmo que mude de ramo a responsabilidade continua a mesma.
- Não há sucessão empresarial na cessão de quotas porque o empresário continua sendo o mesmo, ou seja,
continua sendo a mesma sociedade empresária; a mudança dos sócios foi interna corporis.
- Se no contrato constar limitação da responsabilidade por parte do cessionário, este poderá entrar com ação
regressiva, mas não o exime da responsabilidade perante terceiros.
Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão.
Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais
anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo,
enquanto não se requerer a averbação.
Art. 1.086 deste Código.
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Penhora das Quotas por dívida pessoal dos sócios (art. 1026, CC):
Caput: participação dos lucros;
§ único: liquidação das quotas ((na forma do art. 1.031, CC)
- Credor de dívida pessoal poderá penhorar as quotas do sócio devedor.
-Liquidação das quotas – realização de todas as quotas pertencentes ao sócio devedor.
-Se os demais sócios não autorizarem, o credor não terá direito de entrar na sociedade (doutrina majoritária).
-STJ: demais sócios têm direito de preferência na aquisição das quotas do sócio devedor terceiros poderiam
ingressar na sociedade (adjudicação das quotas pelo credor).
Ainda:
- Para a maioria dos autores não se aplica o instituto da penhora para autorizar a entrada de terceiros na sociedade,
sem o consentimento dos demais sócios.
- Doutrina: O termo liquidação restringe-se à entrada de terceiro credor na sociedade.
- 100% dos sócios têm que autorizar a entrada de um terceiro na sociedade, considerando a importância da affectio
societatis nas sociedades simples.
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este
couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na
forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.
Art. 1.030 deste Código.
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante
efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da
resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
Arts. 1.036 a 1.038, 1.077, 1.086 e 1.114 deste Código.
§ 1º O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.
Arts. 1.004, parágrafo único, e 1.026, parágrafo único, deste Código.
§ 2º A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em
contrário.
Administrador (da sociedade simples): A administração pode ser feita tanto por sócio quanto por não sócio. O
administrador pode ser pessoa natural (física) ou pessoa jurídica (este não é pacífico entre os doutrinadores). A
legislação não apresenta nenhuma restrição expressa à participação de PJ na administração de sociedades
simples.
Art. 1.019. São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa,
reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios.
Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio.
Art. 1.383 do CC/1916.
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2. Definido em ato apartado (art. 1012, CC): Regra geral é de que o administrador é definido em ato
apartado.Pode ser destituído a qualquer tempo por maioria absoluta do capital social.
OBS: Quando pela lei ou contrato social, competir aos sócios, a decisão será por maioria absoluta do capital (art.
1010, CC).
Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que
praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade.
Arts. 275 a 285 deste Código.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão
tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Art. 1.394 do CC/1916.
§ 1º Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital.
§ 2º Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir, decidirá o juiz.
§ 3º Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação
que a aprove graças a seu voto.
Arts. 402 a 405 e 1.072 deste Código.
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo
objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.
Art. 1.383, caput, do CC/1916.
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes
hipóteses:
I – se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;
II – provando-se que era conhecida do terceiro;
III – tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
Responsabilidade do Administrador: Mesmo agindo com culpa, o administrador pode ser executado em seu
patrimônio pessoal
Ato ultravires: Limites da responsabilidade da sociedade (art. 1015, CC): a sociedade não responderá pelos atos
negociais do sócios que extrapole sua competência; e também pela alienação de imóveis, quando não constituir
objeto social da empresa
Art. 1011, CC: Cuidado e Diligência de todo homem probo e ativo: O art. 1011 trata da responsabilidade
geral do administrador. O administrador deve desenvolver a atividade como se estivesse administrando um negócio
próprio. Atribuição de lealdade do administrador.
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo
costuma empregar na administração de seus próprios negócios.
§ 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que
temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a
economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé
pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
Art. 1.066, § 1º, deste Código.
§ 2º Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato.
Arts. 653 a 691 deste Código.
Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios.
§ 1º Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro,
cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos.
Art. 1.386, I, do CC/1916.
§ 2º Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava
agindo em desacordo com a maioria.
Arts. 402 a 405 deste Código.
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo
objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir.
Art. 1.383, caput, do CC/1916.
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes
hipóteses:
I – se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;
II – provando-se que era conhecida do terceiro;
III – tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros,
terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá.
Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte
na correspondente deliberação.
Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de
suas funções.
Arts. 275 a 285, 990 e 1.070 deste Código.
A sociedade vai continuar, mas um ou alguns sócios saem; ou porque ela o(s) expulsa, ou porque o sócio, ou alguns
sócios, decidem sair nos casos em que o contrato ou a lei assim os autoriza.
- Sócio remisso (art. 1004, CC): Sócio que subscreveu a sociedade e não realizou sua quota.
- Falência do sócio (quando empresário) – CC Parág. Ùnico do art. 1030);
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Basta que os demais sócios apresentem a comprovação da falência do sócio falido na Junta Comercial para que se
promova a alteração contratual. É exclusão de pleno direito.
- Sócio cuja quota tenha sido liquidada na forma do art. 1026, CC: Na penhora de quota do sócio em razão de
dívida pessoal, os sócios podem se antecipar e excluir o sócio devedor, já fazendo a liquidação da sociedade.
- Morte do sócio (art. 1028, CC): Não há previsão de sucessão para os herdeiros. Se o contrato não fizer nenhuma
menção, os herdeiros não farão parte na sociedade, apenas se estiver em contrato.
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de
fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe
a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1º do art. 1.031.
Arts. 1.030 e 1.058 deste Código.
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este
couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na
forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.
Art. 1.030 deste Código.
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I – se o contrato dispuser diferentemente;
II – se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
Arts. 1.033 a 1.038 deste Código.
III – se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da
maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente.
Art. 1.085 deste Código.
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos
do parágrafo único do art. 1.026.
Judicial: Depende de alvará que autorize promover as alterações contratuais. (CC art. 1030 caput):
- Por falta grave no cumprimento de suas obrigações: Não há definição de “falta grave” na legislação (que são
as situações outras que não constam do código). O juiz analisará.
- Por incapacidade superveniente: O sócio será representado ou assistido, mas ele não tem mais capacidade civil
plena de exercício, então os demais sócios não estão obrigados a mantê-lo na sociedade. Os sócios podem pedir a
exclusão do outro incapaz no judiciário.
3. Sócio dissidente (art. 1077, CC e art. 137, LSA – restritiva): Sócio que não concorda com a decisão da maioria;
cada sociedade terá suas condições específicas, autorizando ou não o direito de retirada do sócio dissidente.
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que
dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes
vigente, o disposto no art. 1.031.
Arts. 1.013 a 1.122 deste Código.
4. Affectio Societatis (enunciado nº 67, CEJ): Ele não é elemento único para exclusão do sócio.
OBS: Não se aplica quebra de affectio societatis como justificativa para a exclusão do sócio. No entanto, o sócio
pode alegar quebra da affectio societatis para fazer uso do direito de retirada.
Sociedades Estáveis: O sócio tem direito de retirada restrito. Exemplo típico: Sociedade Simples com prazo
determinado; também as sociedades de capitais, px, a S.A. Art. 137 LSA.
Sociedade Instável: O sócio tem maior possibilidade de retirada. O sócio pode sair a qualquer tempo desde que
obedeça ao prazo de 60 dias. A retirada refere-se a influência (alteração do capital social). Exemplo típico:
Sociedade Simples com prazo indeterminado.
OBS: Segundo Fábio Ulhoa, as sociedades estáveis seriam as que têm aplicação supletiva das S.A.‟s. As
sociedades instáveis seriam aquelas sociedades limitadas que têm como aplicação supletiva as normas das
sociedades simples.
Quem define sobre a aplicação das regras de sociedades simples ou sociedades anônimas na sociedade limitada é
o contrato social. Se o contrato silenciar, o código civil define que haverá aplicação supletiva das regras de
sociedade simples (CC art. 1053)
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ATENÇÃO:
Não confundir o instituto jurídico do „direito de retirada‟ do sócio com o instituto da „livre negociabilidade de
quotas‟(ou ações);
No caso das sociedades de capitais, a livre negociabilidade de quotas (ou das ações) NÃO EQUIVALE AO
INSTITUTO JURÍDICO DO „DIREITO DE RETIRADA‟ porque no caso da livre negociabilidade, não há a
obrigatoriedade da sociedade adquirir as quotas (ou ações) do sócio, indenizando-o pela parte liquidada. Já no
caso do direito de retirada a sociedade é obrigada a adquirir (portanto, a indenizar) as quotas (ou ações) do sócio
dissidente. Este último caso é que é considerado como „dissolução parcial‟ ( ou resolução parcial) da sociedade, já
que no caso da cessão de cotas (ou ações) não haverá liquidação parcial mas apenas a transferência da
titularidade da participação social.
Assim, o direito de retirada dos sócios, no caso das sociedades de capitais, deve ser interpretado de forma restrita
(art. 137 LSA); a lei dificulta a retirada do sócio para proteger a existência da própria sociedade já que nos casos em
que o sócio tem o direito de retirada poderá colocar em risco o capital social da sociedade e, portanto, sua própria
existência.
Por isso, não se pode dizer que há liberdade de retirada do sócio em sociedade de capitais; o que há é a liberdade
para livre negociação de quotas e não a liberdade de „retirada‟, já que, conforme dito, a livre negociação das cotas
(ou ações) não pode ser considerada uma modalidade de dissolução parcial nos termos da legislação.
- O direito de retirada é livremente exercido nas sociedades de pessoas, com prazo indeterminado, onde os sócios
podem se retirar a qualquer momento, sem justa causa, e a sociedade é obrigada a indenizar o valor de suas
quotas, nos termos do art. 1031 CC. Na sociedade de capitais isso não acontece!
LEMBRETE: Nas sociedades estáveis, px, sociedade simples de prazo determinado, OU AINDA SOCIEDADE DE
CAPITAIS, é mais difícil de sair. As instáveis, px, sociedade simples com prazo indeterminado, ( sociedade de
pessoa), há maior flexibilidade para se retirar.
AULA 23
Sociedades empresárias : LTDA (1)
(CC: Arts. 1052 a 1089)
Natureza Jurídica: O que é mais importante, a figura do sócio ou a sua participação no capital social? Pessoas?
Capital? Pessoas e Capital? No caso da Ltda é difícil dizer. Exige 75% para negociação das quotas. Os autores que
a consideram hibrida partem do princípio de que o contrato social possui dispositivos ora com perfil de sociedade de
pessoas, ora com perfil de sociedade de capitais.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima
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Sociedade Mista ou Híbrida (Doutrina): Há autores que consideram a natureza jurídica da Ltda como híbrida ou
mista, (Rubens Requião, px), tendo em vista que há dispositivos que se assemelham mais ás regras típicas de
sociedades de pessoas e outras que se aproximam mais das sociedades de capitais.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Arts. 997 a 1.038 e 1.158 deste Código.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
Arts. 1.088 e 1.089 deste Código.
Lei nº 6.404, de 15-12-1976 (Lei das Sociedades por Ações).
PORTANTO:
Tudo vai depender de como está no contrato. Se o contrato condiciona a cessão ou alienação de quotas ao prévio
consentimento dos demais sócios, está conferindo uma natureza personalística a sociedade. Do mesmo modo se
estabelece, que, em caso de morte de sócio, que se proceda a liquidação de cotas, com a conseqüente dissolução
parcial da sociedade. Se no contrato não condicionar a cessão ou alienação de quotas a audiência previa dos
demais sócios, bem como se estabelece, em caso de morte, a transferência das sua quotas aos respectivos
sucessores, está conferindo natureza capitalista. Se o contrato for omisso? Segundo art 1057 1028 CC, o sócio
pode ceder sua quota parcial ou total, a quem seja sócio, independente da audiência dos outros, ou a estranho, se
não houver oposição de titulares de mais de ¼ do capital social (75%). Em caso de morte, liquidar-se-á sua quota,
salvo, se o contrato dispuser diferentemente. Ou seja, no caso de morte o artigo 1028 referente a sociedade
simples, mas aplicável subsidiariamente as sociedades limitadas – prevê que, na omissão do contrato, a morte de
sócio acarretará a dissolução parcial da sociedade, com a liquidação da quota pertencente ao de cujus. Tem uma
feição personalística, protegendo os sócios quanto a entrada de estranhos.
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Responsabilidade pelas obrigações sociais (art. 1052, CC) – solidária e limitada até o montante do capital
social: O que exceder o capital social de dívida (se o capital estiver integralizado) será prejuízo do credor.
Caso o capital não tenha sido totalmente integralizado, respondem os dois sócios solidariamente pela diferença não
integralizada.
R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
A B A B
30.000,00 20.000,00 30.000,00 20.000,00
A responsabilidade dos sócios é ilimitada, Sociedade não terá capital para cobrir os
portanto os sócios deverão pagar o excedente. 20.000,00 de diferença. Na teoria, quem perde
é o credor.
O art. 1023 – subsidiariamente. “A” só será
obrigado a pagar 60% da dívida e “B” só será
obrigado a pagar 40% da sua participação no
capital social.
Demais características:
- Nome empresarial: Comandita por Ações e Ltda são as duas que podem optar pelo nome empresarial razão ou
denominação.
- Firma ou denominação
- “Ltda” obrigatória (Ltda é obrigatório, mas poderá ser abreviado ou por extenso).
Ainda:
- Vedada a participação de sócio só com serviços (art. 1055, § 2º, CC):
- Sociedade simples é a única que admite só serviço. Cooperativa (modalidade de sociedade simples) em que 100% dos
sócios entram só com serviço, por isso ela não é obrigada a ter capital social.
- Na Ltda é proibido o sócio participar somente serviço, todo mundo tem que entrar com bens na constituição do capital
social.
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da
data do registro da sociedade.
Arts. 275 a 285 deste Código.
§ 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
- Responsabilidade solidária dos sócios pela avaliação dos bens que compõem o capital social (art. 1055, CC): Os
sócios são responsáveis por até 5 anos (a contar da data do registro da sociedade) pela avaliação dos bens (caso seja
informado valor errado).
O sócio que entra depois, também responde solidariamente, pelas avaliações já efetuadas do capital
social.(entendimento majoritário)
Cessão das Quotas (art. 1057, CC): 75% (quórum de deliberação) pode ser alterado, de acordo com o que prevê o
Código Civil.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de
audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Art. 1.081, § 2º, deste Código.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da
averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.
AULA 24
Sociedade de Responsabilidade Limitada – LTDA (2).Conclusão.
(CC: Arts. 1052 a 1089)
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c) Art. 1085, CC – artigo específico da sociedade Ltda: causa de resolução parcial (da exclusão do sócio por justa
causa e extrajudicial). Os sócios, por maioria absoluta do capital social, podem decidir pela expulsão de sócio
(minoritário) que coloque em risco a sociedade.
O art. 1085 - Exclusão por justa causa na modalidade extrajudicial. Formalidades:
1) Para que haja a possibilidade dessa modalidade de exclusão, o contrato social precisa dispor expressamente.
2) É necessário marcar assembléia específica para a tal deliberação, de modo que seja assegurada a ampla defesa
do sócio.
Obs: Não confundir o art. 1085 :JUSTA CAUSA, com o art. 1030, CC: FALTA GRAVE, (sociedade simples) que é
só por decisão judicial. A falta grave pode ser aplicada à Ltda também, mas não é o caso.
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender
que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da
sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa.
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o
acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.
1. Unanimidade: administrado quando a sociedade não estiver totalmente integralizada (1ª parte do art. 1061,
CC – o capital social precisa estar 100% integralizado.
Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores não sócios, a designação deles dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios,
enquanto o capital não estiver integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização.
Art. 1071,
V, VI para alteração do contrato social – Demanda de ¾ do capital social.
I + incorporação, fusão, dissolução ou cessação da liquidação da sociedade;
Art. 1076, I
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3. 2/3:
destituição do administrador sócio nomeado no contrato social se totalmente integralizada – Art. 1063, § 1º e art.
1061, 2ª parte.
Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado
no contrato ou em ato separado, não houver recondução.
§ 1º Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas
correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição contratual diversa.
§ 2º A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado
nos dez dias seguintes ao da ocorrência.
§ 3º A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da
comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e publicação.
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender
que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da
sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa.
Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o
acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato:
I – a aprovação das contas da administração;
II – a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III – a destituição dos administradores;
IV – o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V – a modificação do contrato social;
VI – a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;
5. Maioria simples (mais da metade dos sócios presentes) – Art. 1071, I, VII + art. 1076, III
aprovação das contas dos administradores e demais assuntos genéricos pautados quando a lei não determinar
quórum qualificado.
Atenção aos minoritários: principais cláusulas a observar:
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AULA 25
Sociedades menores
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e
ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Arts. 275 a 285 e 1.157 deste Código.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção
posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente.
Arts. 997 a 1.038 deste Código.
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social.
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos
que tenham os necessários poderes.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor.
Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
I – a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
II – tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da
publicação do ato dilatório.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela
declaração da falência.
Arts. 1.051 e 1.087 deste Código.
Lei nº 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Falências).
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
Arts. 275 a 285 e 1.157 deste Código.
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.
Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que forem compatíveis com as
deste Capítulo.
Arts. 1.039 a 1.044 deste Código.
Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo.
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Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o
comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio
comanditado.
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais.
Arts. 653 a 691 deste Código.
Art. 1.048. Somente após averbada a modificação do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a diminuição da quota do comanditário,
em conseqüência de ter sido reduzido o capital social, sempre sem prejuízo dos credores preexistentes.
Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço.
Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode o comanditário receber quaisquer lucros, antes de
reintegrado aquele.
Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que
designarão quem os represente.
Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade:
I – por qualquer das causas previstas no art. 1.044;
II – quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio.
Parágrafo único. Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório para praticar, durante o período
referido no inciso II e sem assumir a condição de sócio, os atos de administração.
AULA 26
Dissolução das sociedades empresárias contratuais
2. Classificação:
a) Judicial; b) Extrajudicial; c) Pleno jure
2. Dissolução integral.
- conseqüências entre cessão de cotas e dissolução parcial da sociedade
- publicação da sociedade em liquidação : redução dos direitos da pessoa jurídica (limite de atuação do
liquidante) e expressão “em liquidação” no nome empresarial;
- Causas da Dissolução:
a) Vontade dos sócios
b) Decurso do prazo de duração
c) Falência
d) Unipessoalidade
e) Impossibilidade de realização do objeto social
f) extinção da autorização de funcionamento
3. Dissolução Parcial.
- princípio da continuidade da sociedade
- além da vontade comum dos sócios:
a) Exercício de retirada
b) expulsão
c) Morte do sócio
d) liquidação da cota por pedido do credor do sócio.
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AULA 27
Sociedades de Capital (1).
(Lei 6.404/76 – Lei de SA)
- Sociedade de capital;
- Onde menos interessa a figura do sócio;
- Ato constitutivo: Estatuto Social;
- Institucional, pois as partes não possuem facilidades para alterar seu estatuto.
- É muito regulamentada;
- Seu capital é dividido em ações.
Legislação:
- Lei 6.404/76 – LSA
- Lei 6.385/76 – Valores Mobiliários: Lei que cria a CVM (que faz a fiscalização e controle).
Características:
o Nome empresarial: S.A. ou Cia – Denominação: Será sempre denominação. Não existe razão
social ou firma para S/A. Cia é sinônimo de S/A, mas seu nome não admite Cia no final, apenas no início do nome.
A designação S/A pode ser no início, no meio ou no fim do nome.
o Sociedade de capital, estatutária, institucional: Institucional: tem lei específica que regulamenta;
Estatutária: em função do Estatuto Social; Capital: interessa a contribuição do sócio mais do que a pessoa do sócio.
o Capital social dividido em ações: A natureza jurídica das ações é similar às quotas: patrimonial e
obrigacional. Quem adquire ações da companhia é acionista (majoritário ou minoritário).
Acionista Majoritário: Elege a maior parte dos Administradores. Detém mais de 50% do capital social (pode ser mais
de um acionista – grupo). Quando não houver acordo (formal registrado na Junta Comercial) de acionistas,
chamado de “Acordo de Acionistas”, pode haver dificuldade na identificação do majoritário, notadamente quando
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capital social da Companhia é muito pulverizado. Um dos aspectos para definição do majoritário será a identificação
dos acionistas que definiram as principais decisões da companhia nos últimos 3 exercícios.
Acionista Minoritário: É todo o resto. Quem compra pequenos lotes de ações. Quem não é majoritário é minoritário.
Ações – Classificação: As ações podem ser negociadas no mercado, geralmente em bolsas de valores. São os
valores mobiliários da companhia. Confere caráter de sócio a quem as compra.
a) Modalidades – tendo em vista benefícios aos sócios: Só será sócio quem comprar ações da companhia.
a.1) Ordinárias / Comuns: São as ações básicas das S/As. Os direitos e deveres dos sócios são praticamente os
mesmos. Confere direito de voto a seu titular.
a.2) Preferenciais: Nem sempre confere direito de voto (constará do Estatuto). Só entra com o valor que ele pagar,
mas tem privilégios (recebimento de lucros antes dos demais ou até mesmo um “plus”, mas depende do Estatuto da
companhia). Limite de emissão de ações: não pode ultrapassar 50% do valor do capital social.
a.3) Fruição ou Gozo: É um adiantamento das ações (que são antecipadamente pagas). O sócio vai usufruir dos
dividendos antecipados pela companhia; é uma espécide „resgate‟ de ações que o sócio teria o direito de resgatar
(liquidar ou receber) futuramente. Não possuem o “plus” como nas preferenciais.
b) Forma de Circulação: Como serão negociadas. Forma de transferência da propriedade das ações.
b.1) Nominativas: O titular da ação é o próprio sócio. Há registro no livro específico de registro de ações da
Comapnhia; a ação é representada por uma cártula que conferirá a propriedade ao sócio; haverá um „papel‟ dizendo
que aquelas ações de “A” a “B” são de fulano e ele responde por elas.
b.2) Escriturais: Não tem papel. A prova da propriedade é o depósito das ações e o banco depositátio autorizado
(pela Cia e CVM) é o responsável. Via de regra são negociadas via on-line diretamente com as instituições
intermediadoras autorizadas.
Depende da Companhia: As diferentes classes de ações são atribuídas e referem-se a ações preferenciais, via
de regra, e não às ordinárias. Não existem ações ordinárias de diferentes classes nas Cias de capital aberto. Pode
haver diferentes classes de ações ordinárias nas Cias de capital fechado. As ordinárias conferem os mesmos
direitos aos seus titulares. O Estatuto define como serão as ações.
Responsabilidade dos Sócios: Nas S/A‟s os sócios também têm responsabilidade limitada, mas limitada até o
valor das ações subscritas ou adquiridas.
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Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço
de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
-12-1976 (Lei das Sociedades por Ações).
Classificação:
- Sociedades de capital aberto: São S/A‟s que têm autorização da CVM para negociar títulos mobiliários (Ex: emissão
de debêntures) em bolsas de valores ou mercado de balcão “organizado”. IMPORTANTE!
- Sociedades de capital fechado: Não têm autorização para negociar títulos mobiliários no mercado. A subscrição é
particular. As ações são integralizadas ou subscritas por um número fechado de sócios. Não negociam ações na bolsa.
Negociam entre si.
MERCADO DE CAPITAIS:
Mercado Primário (underwriting): Primeiro momento da captação de recursos. Mercado de balcão organizado.
Mercado Secundário: É o „segundo‟ momento da negociação dos títulos emitidos pela companhia; é a renegociação
das ações e outros papeis. A maior parte destas negociações ocorre em Bolsas de valores.
Capital autorizado: Diz respeito à possibilidade do aumento do capital social. Pode ser por subscrição pública ou
privada.
1. Procedimentos Preliminares (art. 80-81, LSA): Fase formal. Exigências iniciais que os sócios precisam realizar
para abrir uma S/A.
Subscrição total: Pressupõe a existência do estatuto da sociedade, com todas as cláusulas e regras que irão
definir o funcionamento da companhia. O capital social deverá estar subscrito por pelo menos dois sócios.
Integralização mínima: Regra geral – com comprovação mínima do depósito - (10%).
Depósito: Comprovação mínima do depósito em dinheiro, em nome da sociedade,em conta própria e específica.
Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
I – subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
II – realização, como entrada, de dez por cento, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
III – depósito, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do
capital realizado em dinheiro.
Parágrafo único. O disposto no nº II não se aplica às companhias para as quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social.
Depósito da Entrada
Art. 81. O depósito referido no nº III do artigo 80 deverá ser feito pelo fundador no prazo de cinco dias contados do recebimento das
quantias, em nome do subscritor e a favor da sociedade em organização, que só poderá levantá-lo após haver adquirido personalidade
jurídica.
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Parágrafo único. Caso a companhia não se constitua dentro de seis meses da data do depósito, o banco restituirá as quantias depositadas
diretamente aos subscritores.
2. Constituição Propriamente Dita:
Subscrição do capital social pode ser: “pública” (ou sucessiva); ou particular (simultânea). IMPORTANTE!
3. Procedimentos Finais / Complementares: envolve reunião da assembléia fundadora, que acontece no final do
procedimento burocrático.
Registro do ato constitutivo e demais documentos exigidos.
OBS:
Valores Mobiliários: Só será sócio quem comprar ações. Os outros papéis somente tornam o comprador um credor
da sociedade.
1. Ações;
2. Debêntures;
3. Partes benéficas;
4. Bônus de subscrição;
5. Comercial papers, etc.
AULA 28
Sociedades Anônimas (2).
1. Estrutura societária.
- Assembléia geral
- Conselho de Administração
- Diretoria
- Conselho Fiscal
AULA 29
Sociedades Anônimas (3).
2.Reestruturação societária.
– Fusão, cisão, incorporação
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