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Introdução
Entre os pontos de uma reta e os números reais existe uma correspondência biunívoca, isto é,
a cada ponto de reta corresponde um único número real e vice-versa.
Considerando uma reta horizontal x, orientada da esquerda para direita (eixo), e determinando
um ponto O dessa reta ( origem) e um segmento u, unitário e não-nulo, temos que dois números
inteiros e consecutivos determinam sempre nesse eixo um segmento de reta de comprimento u:
Plano cartesiano
A geometria analítica teve como principal idealizador o filósofo francês René Descartes ( 1596-
1650). Com o auxílio de um sistema de eixos associados a um plano, ele faz corresponder a
cada ponto do plano um par ordenado e vice-versa.
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Quando os eixos desse sistemas são perpendiculares na origem, essa correspondência
determina um sistema cartesiano ortogonal ( ou plano cartesiano). Assim, há uma reciprocidade
entre o estudo da geometria ( ponto, reta, circunferência) e da Álgebra ( relações, equações
etc.), podendo-se representar graficamente relações algébricas e expressar algebricamente
representações gráficas.
Exemplos:
Observação: Por convenção, os pontos localizados sobre os eixos não estão em nenhum
quadrante.
Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) e sendo dAB a distância entre eles, temos:
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Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo ABC, vem:
Como exemplo, vamos determinar a distância entre os pontos A(1, -1) e B(4, -5):
Razão de secção
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Dados os pontos A(xA, yA), B(xB, yB), C(xC, yC) de uma mesma reta , o ponto C
divide numa determinada razão, denominada razão de secção e indicada por:
Considerando os pontos A(2, 3), B(5, 6) e P(3, 4), a razão em que o ponto P divide
é:
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Se calculássemos rp usando as ordenadas dos pontos, obteríamos o mesmo resultado:
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se P = A, então rp =0
Ponto m�dio
Dados os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e P, que divide ao meio, temos:
Assim:
Baricentro de um tri�ngulo
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Observe o tri�ngulo da figura a seguir, em que M, N e P s�o os pontos m�dios dos lados
Esse ponto divide a mediana relativa a um lado em duas partes: a que vai do v�rtice at� o
baricentro tem o dobro da mediana da que vai do baricentro at� o ponto m�dio do lado.
Veja:
Sendo A(XA, YA), B(XB, YB) e C(XC, YC) v�rtices de um tri�ngulo, se N � ponto m�dio de
, temos:
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Mas:
Se três pontos, A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC), estão alinhados, então:
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Neste caso, as ordenadas são iguais:
yA = yB = yC
xA = xB = xC
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Pela figura, verificamos que os triângulos ABD e BCE são semelhantes. Então:
Desenvolvendo, vem:
Como:
então .
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Equações de uma reta
Equação geral
Podemos estabelecer a equação geral de uma reta a partir da condição de alinhamento de três
pontos.
Dada uma reta r, sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) pontos conhecidos e distintos de r e P(x,y) um
ponto genérico, também de r, estando A, B e P alinhados, podemos escrever:
ax + by + c = 0
Essa equação relaciona x e y para qualquer ponto P genérico da reta. Assim, dado o ponto
P(m, n):
se am + bn + c = 0, P é o ponto da reta;
se am + bn + c 0, P não é ponto da reta.
Acompanhe os exemplos:
Vamos considerar a equação geral da reta r que passa por A(1, 3) e B(2, 4).
Vamos verificar se os pontos P(-3, -1) e Q(1, 2) pertencem à reta r do exemplo anterior.
Substituindo as coordenadas de P em x - y + 2 = 0, temos:
-3 - (-1) + 2 = 0 -3 + 1 + 2 = 0
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Substituindo as coordenadas de Q em x - y + 2 = 0, obtemos:
1-2+2 0
Equação segmentária
Considere a reta r não paralela a nenhum dos eixos e que intercepta os eixos nos pontos P(p,
0) e Q(0, q), com :
Como exemplo, vamos determinar a equação segmentária da reta que passa por P(3, 0) e
Q(0, 2), conforme o gráfico:
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Equações paramétricas
São equações equivalentes à equação geral da reta, da forma x= f(t) e y= g(t), que relacionam
as coordenadas x e y dos pontos da reta com um parâmetro t.
Para obter a equação geral dessa reta a partir das paramétricas, basta eliminar o parâmetro t
das duas equações:
x=t+2 t = x -2
Equação Reduzida
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Isolando y na equação geral ax + by + c = 0, temos:
Fazendo , vem:
y = mx + q
Quando a reta for paralela ao eixo Oy, não existe a equação na forma reduzida.
Coeficiente angular
Assim:
Exemplos:
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Determinação do coeficiente angular
a) o ângulo é conhecido
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b) as coordenadas de dois pontos distintos da reta são conhecidas: A(xA, yA) e B(xB, yB)
Mas, m = tg Então:
Assim, o coeficiente angular da reta que passa, por exemplo, por A(2, -3) e B(-2, 5) é:
Se uma reta passa por dois pontos distintos A(XA, YA) e B(XB, YB), temos:
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Substituindo esses valores em , temos:
Seja r uma reta de coeficiente angular m. Sendo P(X0, Y0), P r, e Q(x,y) um ponto qualquer
de r(Q P), podemos escrever:
Como exemplo, vamos determinar a equação geral da reta r que passa por P(1, 2), sendo m=3.
Assim, temos X0=1 e Y0=2. Logo:
Assim, é mais conveniente usar a equação na forma reduzida, já que ela apresenta o y isolado.
A intersecção das retas r e s, quando existir, é o ponto P(x, y), comum a elas, que é a solução
do sistema formado pelas equações das duas retas.
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Substituindo esse valor em x -y = -1, temos:
1 - y = -1
y=2
Graficamente, temos:
Paralelismo
Duas retas, r e s, distintas e não-verticais, são paralelas se, e somente se, tiverem coeficientes
angulares iguais.
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Concorrência
Dadas as retas r: a1x +b1y + c1 = 0 e s: a2x + b2y + c2 = 0, elas serão concorrentes se tiverem
coeficientes angulares diferentes:
Perpendicularismo
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Ângulo entre duas retas
Sendo r e s duas retas não-verticais e não-perpendiculares entre si, pelo teorema do ângulo
externo , temos:
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Dependendo da posição das duas retas no plano, o ângulo pode ser agudo ou obtuso.
Logo:
Essa relação nos fornece o ângulo agudo entre r e s, pois . O ângulo obtuso
será o suplemento de .
Dados um ponto P(x1, y1) e uma reta r:ax + by + c = 0, a distância entre eles
(dpr)é dada por:
Bissetrizes
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Dadas as retas concorrentes r: a1x + b1y + c1 = 0 e s: a2x + b2y + c2 = 0, o que se interceptam
em um ponto Q, se P(x, y) é um ponto qualquer de uma das bissetrizes, P Q, então P equidista
de r e s:
Vejamos um exemplo:
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