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PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ESCOLAR: UMA

ANÁLISE DA PRÁTICA DOCENTE SOB O OLHAR DOS


EDUCANDOS.

Sandra Mara de Lara 1- PUCPR


Pura Lúcia Oliver Martins2- PUCPR

Eixo – Didática
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo

O estudo focaliza a prática pedagógica de professores do Ensino Fundamental II pela visão dos
alunos. Tem como objetivo geral, analisar a presença/ausência dos pressupostos progressistas
da educação na prática pedagógica dos professores de educação básica, pela visão dos alunos
tendo em vista contribuir com a formação de professores. A metodologia de investigação é de
abordagem qualitativa. Os instrumentos de coleta de dados foram questionários
semiestruturados e análise documental. O campo de investigação são escolas públicas e
particulares envolvendo 16 professores de diferentes áreas do conhecimento e 387 alunos. Os
autores que servem de base teórica para o estudo são Saviani (2007), Mizukami (1986); Martins
(1998;1989); Paulo Freire (1980, 1991, 1996). O estudo revela (i) a influência dos pressupostos
progressistas da educação trabalhados na formação inicial dos professores estão presentes nos
discursos desses professores, muito mais que nas suas práticas; (ii) Pelo olhar dos alunos o bom
professor valoriza o diálogo, o respeito, o compromisso com a aprendizagem; (iii) os alunos
indicam formas que poderiam ser adotas por seus professores que expressam os princípios das
abordagens progressistas; (iv) paradoxalmente a prática pedagógica dos professores expressam
forte influência da abordagem tradicional cujo eixo de ensino está na transmissão-assimilação
dos conteúdos. Além da relação professor-aluno manifestar o autoritarismo na relação unilateral
que se estabelece tendo o professor como o centro do processo. Em conclusão, o estudo mostra
que a influência das abordagens progressistas da educação trabalhadas na formação inicial dos
professores está muito presente no discurso destes enquanto as mudanças na prática ainda ficam
no imaginário do aluno ao descrever como faria se fosse professor.
Palavras-chave: Formação Inicial e Continuada de Professores. Perspectiva Progressista.
Educação Básica.

1
Graduação em Pedagogia. PUCPR. (2016). Mestranda em Educação PUCPR. (2017). Atua na área de Educação
com ênfase em formação de professores, processos formativos, qualidade na Educação Básica, projeto e
aprendizagem. E-mail: jugalu9@hotmail.com.
2
Professora Doutora, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). E-mail: pura.oliver@gmail.com

ISSN 2176-1396
17164

Introdução

O presente estudo focaliza a prática pedagógica de professores do Ensino Fundamental


II pela visão dos alunos com o objetivo de analisar a presença/ausência dos pressupostos
progressistas da educação na prática pedagógica dos professores de educação básica tendo em
vista contribuir com a formação de professores.
Estudo realizado no PIBIC (CARVALHO, 2014) mostrou que a bibliografia utilizada
nos cursos de formação inicial de professores para o ensino fundamental, se inscrevem na
perspectiva progressista de educação. Isso indica que nesse início de século, a formação inicial
de professores para a educação básica, pelo menos teoricamente se faz numa dimensão mais
crítica procurando preparar os professores capazes de analisar criticamente suas práticas, tendo
em vista a sua transformação.
Nessa perspectiva, investigar a prática pedagógica dos professores de educação básica,
pela visão dos alunos, tendo em vista verifica como a formação inicial recebida na perspectiva
progressista da educação se expressa nas suas práticas, foi o desfio colocado para este estudo.
Para realização deste estudo, dadas as características do objeto e os objetivos da
pesquisa, optamos pela abordagem qualitativa de pesquisa a qual tem o ambiente natural como
fonte direta para obtenção dos dados e o investigador com um papel fundamental tendo como
sujeitos professores e alunos de escola pública e particular da cidade de Curitiba. Tendo como
sujeitos da pesquisa, dezesseis professores de várias áreas do conhecimento que atuam no
ensino fundamental II e trezentos e oitenta e sete alunos dessa etapa do ensino, foram realizadas
entrevistas com professores e uma atividade de redação com os alunos a partir da frase “se eu
fosse o professor. . . ” e questionários semiestruturado para os professores.

Prática pedagógica dos professores da educação básica: olhar dos educandos

Para encaminhar as reflexões acerca da prática pedagógica dos professores de educação


básica, pela visão dos alunos, tendo em vista verificar como a formação inicial recebida na
perspectiva progressista da educação se expressa nas suas práticas, inicialmente apresento
suscintamente a prática pedagógica e a formação inicial dos professores descrita por eles com
base nos dados levantados por meio de questionário semi-estruturado. Em seguida traço a
formação inicial dos professores e os pressupostos da abordagem progressista. Dando
continuidade, pela ótica dos alunos, apresento a prática pedagógica desses professores
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caracterizada pelos alunos, levantando os pressupostos progressistas nela presentes. Finlizo, à


guisa de conclusão sistematizando algumas considerações finais.

Prática pedagógicas/ formação inicial de professores da educação básica

Para efeito das análises do objeto deste estudo, considero importante apresentar
suscintamente a concepção de prática pedagógica e a formação inicial dos professores descrita
por eles como também as determinações da LDB 9394/96 acerca da formação de professores.
Na LDB 9394/96, a formação dos professores é tratada no título “Dos profissionais da
educação” em apenas seis artigos. Nesses seis artigos, a lei pretende definir os fundamentos,
delimitar os níveis e o lócus da formação e relacioná-las aos requisitos da valorização do
magistério, e ainda formular uma definição capaz de atender ao contexto histórico e social em
que a educação escolar é oferecida.
Nessa perspectiva, observa-se uma tendência de valorização do resgate das práticas
pedagógicas que contribuam, efetivamente, para a consciência crítica dos professores, para que
possam ser elementos da transformação social, priorizando os saberes da prática docente. A
propósito, Nóvoa (1992) lembra que

A formação de professores deve ser concebida como uma das componentes da


mudança, em conexão estreita com outros setores e áreas de intervenção, e não como
uma espécie de condição prévia da mudança. A formação não se faz antes da mudança,
faz-se durante, produz-se nesse esforço de inovação e de procura dos melhores
percursos para a transformação da escola. É esta perspectiva ecológica de mudança
interativa dos profissionais e dos contextos que dá um novo sentido às práticas de
formação de professores centradas na escola (NÓVOA, 1992, p. 28).

É relevante pontuar que a metodologia e a abordagem utilizada pelo professor formador


são prontamente assimiladas e transferidas para a prática dos alunos, futuros professores, que
na sua vivência na instituição, incialmente tomam como referência para atuar em sala de aula.
Conforme aponta Freire (1996):

Por isso é que, na formação dos professores, o fomento fundamental é o da reflexão


crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se
pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão
crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática
(FREIRE, 1996, p. 39).

Entendemos que cabe ao professor investir em sua formação pedagógica, compreender


os processos educativos, pois a atitude do professor no que diz respeito ao planejamento, ao
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currículo, a avaliação, no processo de ensino e aprendizagem é fundamental. De acordo com


Mizukami (1986)

Evidenciam-se atualmente, no cenário brasileiro, investimentos quanto à elaboração,


implementação e acompanhamento de políticas públicas educacionais voltadas à
formação de professores. Evidencia-se, igualmente, que a ênfase em boa parte das
propostas e experiências atuais recai sobre os processos de formação inicial e
continuada de professores do ensino infantil, fundamental e médio, considerando
diferentes contextos e modalidades de ensino. Docência no ensino superior é ainda
território que apresenta iniciativas tímidas comparada às demais (MIZUKAMI, 1986,
p. 23).

As transformações sociais, associadas `a complexidade da dimensão educativa, fazem


com que a profissão docente seja alvo de um conjunto de tarefas. Segundo Marcelo Garcia
(1999)3, que vale-se dos escritos de Sharron Feiman (1983), podem ser diferenciadas quatro
níveis ou etapas na formação de professores, sendo elas: (i) fase de pré-treino: são as
experiências prévias que os futuros docentes vivenciaram; (ii) fase de formação inicial: é a etapa
de formação que ocorre em uma instituição especifica para tal fim; (iii) fase de iniciação: são
os primeiros momentos de prática efetiva da profissão docente; (iv) fase de formação
permanente: são atividades que dizem respeito a promoção de constante desenvolvimento
profissional e da sua prática de ensino.
Essas fases são consideradas por nós como um norte, tanto para os professores quanto
para as instituições formadoras de professores, a fim de que o processo formativo se torne mais
rico e mais significativo para os futuros profissionais A docência significa ensinar, instruir e,
em seu sentido formal, está relacionada ao trabalho dos professores, mas, na realidade que este
desempenha um papel que vai muito além de ministrar aulas, de acordo com Veiga (2008). A
prática pedagógica entendida, segundo Gimeno Sacristán (1999, p. 74) “[. . . ] toda a bagagem
cultural consolidada acercada atividade educativa, que denominamos propriamente como
prática ou cultura sobre a prática”.
Prática pedagógica é tudo que é feito para o ensino e desenvolvimento dos alunos no
seu processo de aprendizagem, ou seja, como o professor vai fazer o trabalho em sala de aula,
como ele trabalhará com o planejamento dos conteúdos para melhorar o desempenho no ensino
aprendizagem de seus alunos. A professora Orquidea, ao descrever como é a relação professor
aluno conhecimento no seu trabalho, relata:

3
As fases ou níveis da formação de professores são cunhados por Feiman, não há fontes bibliográficas no
documento atual (1983), porém, Marcelo Garcia (1999), as utiliza para conceitualizar os seus escritos sobre esse
tema.
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Considero os alunos como “colegas” de trabalho e que somos uma equipe, no seguinte
sentido: se eles alunos contribuem com o professor ambos podem saírem satisfeitos
de uma aula. No entanto, quando os alunos não colaboram para uma boa aula, ambos
saem insatisfeitos – o aluno tende a achar que a escola não acrescenta nada para sua
vida e o professor, fica coma sensação de não ter cumprido seu papel (professora
Orquídea escola A).

Quando se trata da formação inicial, em relação as disciplinas que abordam o processo


de ensino aprendizagem (didática e metodologia de ensino), as professoras relatam quais os
principais conteúdos trabalhados e como trabalhou a relação teoria e prática Assim elas se
expressam: “Práticas de ensino- Modelos de educação bancária-Escola nova, etc. Metodologias
do ensino aprendizagem. Teoria e prática foram trabalhadas de acordo com as expectativas,
uma vez que na teoria tudo se mostra diferente em termos práticos” (Professor Antúrio).
No que tange à formação inicial de professores para o ensino fundamental, a qualidade
desta formação constitui um dos fatores que interfere diretamente na qualidade do ensino,
oferecido nas escolas da rede pública e privada. A possibilidade de novas metodologias,
técnicas e materiais de apoio são um grande um desafio. Nesse sentido, é importante que o
aluno exercite o pensamento crítico e reflexivo, aprenda a comprometer-se, a assumir
responsabilidades, a utilizar diferentes recursos tecnológicos. Tudo isso pela vivência de uma
prática coerente com os pressupostos do ensino adotado nessa formação.
Nessa perspectiva colocamos aos professores da educação básica a pergunta: Nas
disciplinas pedagógicas do seu curso de graduação, Mestrado ou Doutorado quais os principais
autores que você estudo? Obtivemos várias respostas de autores todos de uma linha
progressista, assim como mostra o quadro abaixo:

Quadro 8:Os autores mais citados


Autor Ano Quantidade de
vezes em que foi
citado
Piaget 2016-2015-2014-2013-2009-2007-2000-1999-1989-1988 10
Paulo Freire 2014-2009-2007-2000-1999-1998-1989-1988 8
Dermeval Saviani 2015-2007-1998-1989-1988. 8
Vygotsky 2014-2013-2009-2007-2000-1999-1998- 8
Wallon 2015-2014-2013-2009 5
Pura Lúcia Oliver Martins 2015. 2
Sírio Possenti 2016-1999. 2
Iram Antunes 2016-1998. 2
Pierre Bourdieu 2013-2007. 2
Libâneo 2015-1989. 2
Edgar Morin 2014-2015. 2
Fonte: A autora.
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Com efeito, a partir a decada de 1980 e confirmada no início deste século, a formação
inicial de professores teve uma forte influência de abordagens mais progressista da educação
as quais passaram a valorizar as práticas desenvolvidas nas escolas de todos os níveis de ensino.
Em outros termos. , passou-se a valorizar a interlocução da universidade com as escolas de
ensino fundamental onde seus egressos atuam. A relação entre teoria / prática passou a ser vista
de forma articuladas de uma maneira que ambas sejam indissociáveis, formulando umas práxis
pedagógica.
Ao perguntar para os professores de educação básica quais foram as contribuições dos
principais autores estudados nas disciplinas pedagógicas durante sua formação inicial para a
sua prática pedagógica nas escola, em sua maioria estes se referem à visão crítica da educação
e à importância de analisar criticamente suas práticas. Assim eles se expressam: “Uma visão
crítica, social baseada no método dialético e numa visão socialista da construção do homem. E
permitam a busca das causas sociais do ser humano. Foi a minha base teórica para exercer a
prática em sala” (Professor Jacinto).
Para este professor, foi a partir da teoria, das pesquisas, dos conhecimentos destes
autores que tornou possível permear a prática pedagógica numa perspectiva crítica que o desafia
e estimula a pesquisar e desenvolver uma prática pedagógica tornando os alunos seres pensantes
e autônomos. Para os professores, sujeitos da pesquisa, a formação inicial desenvolveu neles
uma consciência crítica e a importância de formar seus alunos também como seres capazes de
refletir sobre a realidade e o mundo. Por outro lado, os professores indicam que a formação
pedagógica é continua e vai além da formação inicial, se estendendo pela vida profissional. Nas
palavras do professor Antúrio:

Os conhecimento e experiência adquiridos na formação inicial promovem a


construção primária do profissional do magistério, contudo o processo de formação
pedagógica se estende ao longo da carreira docente por meio das novas
práticas/teorias vivenciadas durante a prática profissional (Professor Antúrio).

Observa-se que a influência das abordagens progressistas da educação se fazem presente


no discurso dos professores. Via de regra os sujeitos da pesquisa manifestam uma concepção
mais progressista da educação.
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Prática pedagógica do professor pela visão dos alunos

Para caracterização da prática pedagógica dos professores pela visão dos alunos tendo
em vista identificar a presença/ausência dos pressupostos progressistas na prática pedagógica
dos professores foram envolvidos 387 alunos que escreveram sua percepção sobre a prática do
professor a partir da frase:”Se eu fosse professor” A redação dos alunos possibilitou levantar
algumas indicações para a prática docente. Considero importante esclarecer o conceito de
prática pedagógica que estará norteando a sistematização dos dados levantados. Segundo Veiga
(2008, p. 17), [...] “a prática pedagógica é, na verdade, atividade teórico-prática, ou seja,
formalmente tem um lado ideal, teórico, idealizado enquanto formula anseios onde esta presente
e subjetividade humana, e um lado real, material, propriamente prático e objetivo” (VEIGA,
2008, p. 17).
Esse lado da prática pedagógica é constituído pela ação do professor em sala de aula,
destacamos as respostas dos alunos os quesitos mais solicitados por eles para a prática docente,
sendo eles: Respeito com os alunos; Interação professor aluno; respeito dos alunos com os
professores; professores que ouvem os alunos; aulas fora do espaço da sala de aula, professores
mais citados. No gráfico abaixo é demonstrado a incidencia de cada uma das categorias.

Grafico 3:A prática pedagógica pela ótica dos alunos

Fonte: a autora
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i. Respeito com os alunos:

A relação do professor com seus alunos é de fundamental importância para a Educação,


nessa categoria de análise quando os alunos se referem ao respeito do professor com os alunos,
eles comentam que esse ato parte dos docentes, com ações positivas como: não gritar na sala
de aula, explicar com paciência as dúvidas dos alunos. Algumas das respostam obtidas foram:
“A primeira coisa que mudaria se eu fosse professora o jeito de ensinar, tipo eles aumentam
demais o tom de voz com a gente (Aluno 2) ”; “Daria aula tranquila não ficaria gritando (Aluno
3) ”.
A atitude do professor gritar com o aluno ou faltar com respeito com este nos remete a
uma concepção mais tradicional da relação professor-aluno-conhecimento. A propósito,
Libâneo (1989) escreve:

No relacionamento do professor-aluno predomina autoridade do professor, que exige


atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer
das aulas. O professor transmite o conteúdo na forma de verdade a ser absorvida; em
consequência, a disciplina imposta é o meio mais eficaz para assegurar a atenção e o
silêncio (LIBÂNEO, 1989, p. 24).

Outra questão é explicar mais de uma vez e ter paciência, que muitas vezes o professor
responde em alguns momentos os questionamentos feitos pelos alunos em sala de aula de forma
irônica, ou algumas vezes responde que já explicou e o aluno deve prestar mais atenção a aula.
Nas palavras dos alunos: “Quero que os próximos professores sejam mais pacientes com os
alunos, tenho mais paciência (Aluno 6) ”; “Seria legal com os alunos, não metia bronca,
explicava quantas vezes pudesse e fosse necessário” (Aluno 10) ”.
A fala dos alunos indica a importância de os professores estimularem em seus alunos
para a aprendizagem e também a importância do respeito na relação pedagógica. Quando se
referem à Interação professor aluno estes manifestam uma visão de respeito mútuo,
reciprocidade para a devida apropriação da aprendizagem. Segundo eles, para que aconteça a
aprendizagem é importante o bom relacionamento entre o professor e aluno. A esse respeito, os
alunos manifestam: “tentaria além de professor ser amigo, acho que assim ficaria mais fácil de
ensiná-los, ter um bom diálogo, passar conteúdo de um jeito muito legal, mais divertido
(aluno15); ser professor é mais do que educar é se familiarizar com cada um dos alunos. A
aproximação seria algo que eu mudaria em sala” (Aluno 17). A esse respeito, Gadotti (1999)
escreve: “O educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor
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do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo
um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida” (GADOTTI, 1999, p.
2). Os alunos estão nos dizendo que querem mais atenção, eles precisam de professores que se
preocupem com eles, manifestam a vontade de ter professores com novos perfis: um professor
alegre, divertido, criativo em sala de aula.
Outra questão que os alunos trazem é a confiança no professor, para isso faz-se
necessário o diálogo, conforme Libâneo (1994) diz:

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também
ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a
expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas
e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor
(LIBÂNEO, 1989, p. 250).

Mostra a importância da confiança no espaço escolar principalmente na relação


professor aluno e assim se manifestam: ”Bem, ele é aquela pessoa que você pode confiar, ele
sabe dar aula sem ter muita matéria, mesmo na explicação, ele brinca com os alunos, zoa e etc.
(Aluno 19)”; “Ela brincava com nós do jeito mais fácil e se eu fosse um professor eu iria seguir
os conselhos que ela me deu” (Aluno 22)”;”Faria de tudo para que o aluno aprendesse, eu acho
uma profissão bem legal por isso tem que valorizar seu professor porque ele quer vai fazer de
tudo para que você tenha um futuro melhor (Aluno 25)”. Abreu & Masseto (1990) afirmam
que:

É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de


personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos;
fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez
reflete valores e padrões da sociedade (ABREU, MASSETO, 1990, p.115).

Observa-se neste quesito o fato de se colocar no lugar do outro, na qual o aluno, muitas
vezes sente-se prejudicado por algumas situações, em não poder se expressar. O professor
quando interage com o aluno aceitando que ele possui conhecimentos prévios e que a aula pode
ser uma troca de conhecimentos, agrega e contribui para tornar seus alunos cidadãos críticos e
participantes.

ii. Respeito dos alunos com os professores

Um outro aspecto percebido pelos alunos é a questão do respeito dos alunos para com o
professor. Para eles, é necessário que haja um bom relacionamento para que o trabalho possa
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ocorrer de uma boa forma na sala de aula, e para que isso ocorra há que ter respeito para com
os professores. O desrespeito tanto de uma parte quanto de outra irá prejudicar a aprendizagem
de toda a sala de aula. Ao pautar a relação professor-aluno no medo da punição, o primeiro
pode levar seus aprendizes a três tipos de reações segundo Kamii (2000). (i) A primeira é o
cálculo de riscos, onde a criança punida repete o mesmo ato; (ii) A segunda reação por parte da
criança é uma conformidade cega, pois esta lhe gera segurança e respeitabilidade. (iii) A terceira
possibilidade é a revolta, comum em alguns adolescentes, que se envolvem em comportamentos
que vão desde a indisciplina até a delinquência.
O respeito é base de toda relação humana, a sala de aula é um espaço que não pode
dispensar essa virtude. Nessa categoria os alunos escrevem: “A primeira coisa que eu faria se
fosse professora (o) eu ensinaria mais os alunos, não deixava erguer a voz comigo, eu iria querer
respeito dos alunos (Aluno 28) ”; “Eu seria menos rígido e seria mais amigo dos alunos passaria
pouco conteúdo, mas eles entendessem o que é respeito eu ensinava os conteúdos (Aluno 30)
”. O professor sozinho não transforma a sala de aula, é uma relação de respeito mútuo
reciprocidade para a devida apropriação dos conteúdos.

iii. Professores que ouvem os alunos

O aluno, precisa falar, ser ouvido e reconhecido. Se o professor não ouvir, não fizer
essa interação e também não estabelecer um diálogo perde-se uma parte da aprendizagem. É
fundamental ouvir os alunos, seus saberes. Eles possuem curiosidade e conhecimentos prévios
que contribuem para o trabalho escolar, ver o aluno como sujeito. Haydt (1995), sobre a
importância do estabelecimento do diálogo:

Na relação professor-aluno, o diálogo é fundamental. A atitude dialógica no processo


ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma questão problematizada, para
desencadear diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os
conhecimentos prévios e as experiências, anteriores do aluno. Assim, ambos chegam
a uma síntese que elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a
discussão (HAYDT, 1995, p. 87).

Aquele professor que ouve o aluno, ensina que diálogo é um meio de expressar seus
conhecimentos, pois estes alunos serão os futuros adultos. Isso é importante tanto para a
convivência na sala de aula quanto para o convívio social. Neste quesito os alunos pedem para
serem ouvidos e assim relatam: Eu daria uma aula mais prática usando tipos de jogos, ouviria
a opinião dos alunos (Aluno 32); eu escutaria a proposta que meus alunos falariam, traria novos
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ideias, respeitaria os alunos (Aluno47). Nota-se que os alunos percebem na sala de aula, o que
eles querem são professores ousados, bem-humorados, reflexivos, interativos, que os ouçam.

iv. As aulas fora do espaço da sala de aula

A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um espaço
importante, mas que se combina com outros espaços para ampliar as possibilidades de ensino e
aprendizagem, o laboratório de informática é fundamental para os alunos ficarem
familiarizados com novas tecnologias, novas formas de pesquisas. De acordo com Queiroz et
al (2011):

O professor ao utilizar um ambiente não formal, necessita fazer primeiramente o


planejamento da prática, estabelecendo os objetivos e metas a serem alcançadas com
a visita. “O planejamento é um dos primeiros passos a ser dado, e deve ser criterioso”.
Deve-se ainda, levar em consideração as perspectivas da turma, e ligar a visita aos
temas trabalhados na escola. A função do professor é motivar seus alunos,
possibilitando uma postura investigativa, conduzindo as observações dos estudantes
aos conteúdos escolares trabalhados na escola (QUEIROZ et. Al, 2011, p. 20).

Tudo o que não é o processo formal de ensino e aprendizagem que tem lugar na sala de
aula também educa. O jeito que as pessoas se relacionam, as atitudes que os adultos têm com
as crianças, a relação com as famílias e com a comunidade, o funcionamento geral da escola,
como ocorre o intervalo de recreio, o uso da quadra ou do pátio interno. E essa foi uma das
categorias citadas pelos alunos, que eles também pudessem ter aula em outros espaços,
realizassem passeios a museus, enfim espaços culturais etc. Os alunos referem-se assim: “Eu
faria várias provas para os alunos terem notas, algumas atividades práticas como aulas no Pátio”
(Aluno 51); “Bem eu tentaria inovar toda aula, até mesmo brincar de vez em quando, arrumaria
jeitos diferentes de fazer os alunos aprenderem tipo, perguntas espontâneas, charadas,
brincadeiras até que valessem algum prêmio como uma nota bônus ou um doce tentaria fazer
aulas mais ao ar livre, tentaria fazer com que os alunos aprendessem sem perceber Eu ensinaria
de outras formas, não só falando, mas mostrando, fazendo os passeios, levaria a informática
uma vez por semana, ao final do ano antes das férias faria um passeio com os alunos. Levaria
ao laboratório de ciências” (Aluno 58).
O professor quando utiliza outros espaços para realizar atividades variadas proporciona
a apreensão e reflexão de conteúdo. A diversificação de atividades e de recursos didáticos na
prática educativa contribui para a motivação dos estudantes.
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v. Professores mais citados

Não basta cuidar apenas do discurso, é preciso cuidar dos atos e das atitudes na sala de
aula. O professor trabalha para que o aluno aprenda e melhore a sua própria vida. Quando o
docente prepara sua aula é fundamental fazer uma reflexão sobre o conteúdo que vai ensinar se
perguntando: o que de útil esse conteúdo pode ter para esse aluno? Como usarão esses
conhecimentos? O professor de hoje é um permanente aprendiz e precisa a cada momento, a
cada oportunidade ler, reciclar-se, reaprender, conversar com seus colegas, para que o espaço
de sala de aula se transforme em um espaço dinâmico onde permanentemente ele aprenda a
ensinar e o seu aluno aprenda a aprender. Essas considerações nos levam a refletir sobre a
importância do professor se reinventar todos os dias, centrando a prática pedagógica no aluno.
Nesta parte da redação dos alunos destaca-se a indicação de bons professores pela visão
destes. Os professores citados têm em comum atitudes em sala de aula que valorizam o aluno
como ser único que aprende de uma forma diferente e vive em um contexto próprio. Os alunos
se identificam com esses professores e os tomam como modelo. Os alunos relatam: se eu fosse
uma professora, eu seria de matemática, para mim um dos melhores professores que eu acho é
a professora Gérbera de matemática porque ela se esforça, ela quer aprender junto com a gente
ela mostra gostar de ser a nossa professora (Aluno 68); um professor que gostei muito, foi o
Cravo que conseguiu equilibrar as duas coisas (Aluno 71).
Conhecer a realidade do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e estes
alunos estão inseridos. Compreender o aluno de forma integral, buscando identificar suas
necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social, cultural,
conhecendo os interesses, anseios e/ou o projeto de vida dos seus alunos e apoiá-los a alcançar
seus objetivos. Nas palavras da aluna 88:

A primeira coisa que eu faria se fosse professora (o) eu ensinaria mais alunos, não
deixava erguer a voz comigo, tipo a professora Orquídea, ela é uma pessoa muito legal
e para ela eu tiro chapéu, ela sim nos ensina direito, aprendi várias coisas com ela, o
ensino que dá é um dos melhores que já vi em toda minha vida. Estou indo mal nos
meus estudos, mas por ela vou melhorar só para eu ter aula com ela o ano que vem
(Aluno 88).

Nesta modalidade tivemos 26 professores citados 87 vezes em três escolas aqui


denominadas ABC. Na escola A foram distribuídos duzentos e vinte sete questionários e do
total de professores citados foram 18, sendo que a professora de matemática a Gérbera recebeu
treze citações na fala da aluna: “Então eu não quero ser professora, mas se fosse para ser seria
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igual a professora de matemática, porque ela é legal e conversa com a gente como se fosse uma
amiga, eu não mudaria nada a professora exemplar é a Gérbera” (Aluno 65).
Outra professora da Escola A que foi citada pelos alunos como sendo um exemplo é a
professora Orquídea, ela foi citada quatro vezes, mas nas observações realizadas é a única
professora que cumpre todas as reivindicações dos alunos ou seja: respeito com os alunos;
Interação professor aluno; respeito dos alunos com os professores; professores que ouvem os
alunos; aulas fora do espaço da sala de aula.
A professora Orquídea estabelece uma relação mais dialógica com seus alunos,
reconhecendo seus conhecimentos prévios e legitimando a sua capacidade de contribuição com
seu próprio processo de desenvolvimento. Em conjunto com seus alunos, estimula para que
reconheçam o que precisam fazer para alcançar seus objetivos individuais e coletivos. “Eu daria
uma aula mais prática usando tipos de jogos, ouviria a opinião dos alunos. Um professor que
eu admiro é a professora Orquídea” (Aluno 91).
Na Escola B foram distribuídos oitenta e cinco questionários sendo que apenas cinco
professores foram citados como exemplo, a maioria dos alunos não citaram professores como
exemplo. E lá o professor que se destaca é o professor de matemática o Lírio, ele leciona aos
oitenta alunos questionados e foi citado seis vezes, ao escrever sobre o professor Lírio assim se
manifestam: “Eu iria ser que nem o professor Lírio de matemática brincalhão, parceiro, mas
seria na matéria. Eu ia ser legal é uma boa profissão eu acho” (Aluno 96);
Já a escola C que foram questionados setenta e cinco alunos não houve muitas
referências aos professores como exemplo a ser seguidos, dos três professores citados um se
destaca com três citações, o professor de história Gerânio: “Meu exemplo de professor seria o
professor Ronam, ele é muito paciente mesmo com vários alunos na sala de aula você se sente
especial, ele trata cada aluno de um jeito especial, além de ensinar bem” (Aluno 361).
Existem alunos com grande potencial, e professores qualificados. E são estes
professores que fazem toda a diferença na vida dos alunos: “Daria bastante atividades
diferenciadas, apresentaria o conteúdo usando a linguagem do dia a dia, para ficar mais fácil e
interessante de aprender assim como meu professor, Ronam, que ensina o conteúdo de uma
forma que faz a gente gostar da matéria e aprender mais facilmente” (Aluno 350).
Ser mediador, facilitador e articulador do conhecimento, provocando o aluno a aprender
a partir de seus próprios questionamentos e conhecimentos. Durante a distribuição do
questionário notamos que hoje os alunos querem uma interação maior com o professor, motivar
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os alunos para o novo provocando experiências, e quanto mais experiências eles viverem mais
estarão preparados para enfrentar o dia a dia, como cidadão críticos e pensantes.
Na perspectiva dos alunos, a relação entre professor e aluno é fundamentada no diálogo
onde o professor procura estimular os alunos para se sentirem parte da aula, para que se
interessarem pelos conteúdos que são fundamentais para o pleno desenvovimento da aula. O
professor disponibiliza e media todo o conteúdo ao aluno e este por sua vez procura questionar,
refletir e inferir. O aluno indica a importância do professor mediador que estimula a
participação ativa do aluno no processo de ensino aprendizagem.

Prática pedagógica vista pelo aluno– indicadores progressistas

Ao se colocarem no lugar do professor, os alunos sinalizam o perfil de professor que


atende seus interesses e os colocam como referência de bom professor. No perfil do bom
professor levantado a partir do mais citados por eles, verificamos uma marca de professor
exigente e ao mesmo tempo aberto ao diálogo tanto relacionado com a disciplina que leciona
quanto as relações afetivas. É o professor que ouve o aluno, responde às dúvidas explicando
várias vezes, é paciente e não grita com a turma, trata todos com respeito. Também é um
professor alegre e que gosta de ensinar. Quando trabalhamos com os professores mais citados
pelos alunos como sendo uma referência de um bom professor, temos elementos da prática
pedagógica valorizado pelos alunos e presentas nas práticas desses professores. Um aspecto
fundamental é a abertura ao diálogo com valorização de todos os alunos. Assim eles se
expressam: “Se eu fosse uma professora eu seria de Matemática. Para mim uma das melhores
professoras que eu acho porque ela se esforça para ensinar, ela quer aprender junto com a gente,
ela mostra gostar de ser a nossa professora” (Aluno 303).
Outro aspecto destacado pelos alunos é o processo de ensino com atividades lúdicas
relacionadas com o conteúdo. O professor equilibra bom humor, brincadeiras com exigências
pedagógicas. Assim nos alunos escrevem: “O Professor de Ciências consegue ser brincalhão e
explicar bem a matéria. Gostaria de ser como ele. Legal, sabe dar aula, explica super bem. Ele
é aquela pessoa que você pode confiar. Mesmo durante a explicação ele brinca com os alunos”
(Aluno 59).
Nesses exemplos seguidos por muitos alunos verificamos uma concepção de educação
e ensino orientando a prática desses professores que indicam pontos dos pressupostos
progressistas da educação. Ao mesmo tempo, esses alunos explicitam práticas de professores
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com ênfase na transmissão-assimilação de conteúdos tendo como foco a aprendizagem dos


conteúdos transmitidos que são avaliados, inclusive por arguição. Nas palavras dos alunos: “O
professor de Geografia aplica prova oral. Para mim a prova oral é uma maneira de armazenar
os conteúdos na nossa cabeça” (Aluno 77).
Nas suas escritas indicam possibilidades de ensino diferentes daquelas que observam
com seus professores. Falam de metodologias diferentes, novas formas de avaliação,
preocupação com a motivação dos alunos. Assim eles se expressam:

Se eu fosse o professor, tentaria inovar toda aula, até mesmo brincar de vez em
quando. Arrumaria jeito diferentes de fazer os alunos aprenderem tipo: perguntas
espontâneas, charadas, brincadeiras até que valessem algum prêmio (como uma nota
bônus ou um doce), tentaria fazer aulas mais ao ar livre, tentaria fazer com que os
alunos aprendessem sem perceber (Aluno 45).

Eu conversaria com os alunos que são mais quietos. Tiraria o privilégio de alguns
alunos bagunceiros. Faria atividades em grupo, mas também gritaria quando
precisasse. Iria colocar minha sala com atividades na parede (desenhos, tabuadas).
Ajudaria alunos com dificuldades de aprender e nunca brigaria sem motivos. Para
mim professor chato não é aquele que briga quando é preciso. É aquele que não liga
para os alunos. E se eu fosse professora, eu nunca seria assim (Aluno 76).

A prática pedagógica dos professores vista pelos alunos traz uma riqueza de
informações que indicam a presença, ainda que inicial de pressupostos progressistas, quer seja
ocorrendo na prática, quer seja no desejo dos alunos por uma prática diferente. Observamos
uma valorização do diálogo e do respeito na relação professor-aluno-conhecimento.

Considerações Finais

Analisar a presença/ausência dos pressupostos progressistas da educação na prática


pedagógica dos professores de educação básica, pela visão dos alunos, foi o desafio que
coloquei para o desenvolvimento desta pesquisa. É relevante pontuar que para os professores,
sujeitos da pesquisa a metodologia e a abordagem utilizada pelo professor formador na sua
formação inicial, são prontamente assimiladas e utilizadas nas suas práticas pedagógicas.
Tomam como referência dos professores que marcaram sua formação.
O estudo mostrou que as influências dos pressupostos progressistas da educação
trabalhados na formação inicial dos professores estão presentes nos discursos desses
professores, muito mais que nas suas práticas. Contudo, há indicadores de mudanças também
nas práticas. Por outro lado, os alunos ao manifestarem sua concepção de bom professor,
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valorizam o diálogo, o respeito, o compromisso com a aprendizagem dos alunos. Estes indicam
formas que poderiam ser adotas por seus professores.
Observei também que ainda é muito forte a influência da abordagem tradicional cujo
eixo de ensino está na transmissão-assimilação dos conteúdos. Além da relação professor-aluno
manifestara autoritarismo e relação unilateral tendo o professor como o centro do processo.
Hoje não é só o conhecimento, mas a habilidade e a atuação do professor em sala de
aula é que faz a diferença. Dessa forma, a pesquisa veio em busca de caracterizar a prática
pedagógica dos professores o 6º aos 9º. anos do Ensino Fundamental tendo em vista levantar a
presença/ausência dos pressupostos progressistas presentes na formação inicial de professores
desde a década de 1980.
Dos 387 alunos questionados resultou em 87 professores citados como exemplo a serem
seguidos que compreendem ser necessário haver uma comunicação e um novo jeito de ensinar,
que considera a sala de aula como um ambiente onde a aprendizagem acontece para ambos
alunos e professores.
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