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Não é tarde para buscar a verdade

Olavo de Carvalho

Jornal do Brasil, 18 de dezembro de 2008

Agora que Barack Hussein Obama está oficializado como presidente eleito, mais do que nunca
é de interesse vital, não só para os EUA, mas para toda a espécie humana, que a identidade do
personagem seja investigada e trazida à luz. O país (ainda) mais poderoso do mundo não pode
ser governado por um impostor que falsifica sua biografia e, como um ladrãozinho vulgar,
esconde todos os documentos essenciais aptos a esclarecê-la. Uma pesquisa recente da AOL
mostra que a maioria dos americanos pensa exatamente assim, apesar da pressão maciça da
mídia empenhada em dissuadi-los.

É inútil alegar que a eleição prova a confiança dos americanos em Obama: os eleitores foram
totalmente privados de informações sobre a questão da identidade, que só começou a ser
noticiada na grande mídia, muito discretamente, depois das eleições. Os americanos votaram
num símbolo, encarnado por um desconhecido. Agora querem saber em quem votaram.

Até o momento, a operação-abafa – a maior e mais cara de toda a história mundial – tem-se
baseado nas seguintes alegações:

1. Os interessados em desvendar o mistério Obama são doentes mentais e fanáticos direitistas


sem credibilidade. Pessoas respeitáveis – inclusive do campo conservador – não ligam a mínima
para as investigações ou as consideram mesmo lesivas ao debate político.

2. O anúncio microscópico publicado no Sunday Advertiser de 13 de agosto de 1961 prova que


Obama nasceu em Honolulu, que portanto seu atestado (certification) de nascimento é
autêntico.

3. Chiyome Fukino, diretora do Departamento de Saúde do Havaí, confirmou que o documento


confere com os registros originais arquivados naquela repartição.

A primeira alegação é puro argumento de autoridade: só vale como jogo de cena. As outras duas
são desconversas cínicas.

O anúncio só informa que os Obamas tiveram um filho: não diz onde ele nasceu. Para piorar,
nenhum dos vizinhos do casal se lembra de ter jamais visto a sra. Obama grávida ou com um
bebê (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=83851). Ademais, há provas
documentais de que, na data do nascimento do filho, a sra. Obama estudava e residia em
Seattle, Estado de Washington, a duas mil milhas de Honolulu.

Quanto à sra. Chiyome Fukino, o que ela declarou foi exatamente o seguinte: “Averigüei
pessoalmente e confirmo que o Departamento de Saúde do Estado do Havaí possui em registro
a certidão original do Senador Obama, de acordo com as regras e praxes (policies and
procedures) do Estado.” Nem uma palavra a mais. Ela não disse que os dados da certidão original
(certificate) conferem com os da certification. Sobretudo, não disse que Obama nasceu em
Honolulu – justamente o ponto que era preciso esclarecer, uma vez que as tais policies and
procedures permitem que o Estado do Havaí registre nascimentos ocorridos no exterior.

Vendidas pela mídia, inclusive brasileira, como provas definitivas, e omitidos os fatos que as
desmentem, essas duas alegações são fraudulentas até à medula. Fraudulenta é ainda a notícia
de que as dúvidas quanto à nacionalidade de Obama foram dirimidas pela Justiça. Dos treze
processos movidos no caso, nenhum foi examinado na sua matéria: os que foram rejeitados o
foram por motivo técnico, sob a alegação de que os autores, não tendo sofrido prejuízo pessoal
com a eleição de Obama, não possuíam legitimidade para processá-lo.

Muito mais sucesso teriam se, em vez de apegar-se à questão da nacionalidade, fossem direto
a um juiz criminal, acusando Obama de falsificar documentos. No caso da certification, não
conheço um só obamista que tenha ao menos lido por extenso as análises de Ron Polarik – mais
de duzentas páginas – em http://polarik.blogtownhall.com, que não deixam margem a dúvida
razoável. Mais patente ainda é a falsificação do alistamento militar: nem mesmo o Messias
ungido pode assinar em 1980 um formulário impresso em 2008 (v.
http://www.debbieschlussel.com/archives/2008/11/exclusive_did_n.html).

P. S. – Como eu escrevesse aqui que a certification não serve de prova de identidade nem mesmo
para se obter uma carteira de motorista, dezenas de almas santas procederam a “verificações
objetivas” e anunciaram que sou um mentiroso, que as certifications são aceitas em todos os
departamentos de trânsito dos EUA. Há pessoas que, se você não lhes explica tudo tim-tim-por-
tim-tim, não perdem a oportunidade de não entender nada e de brandir sua própria inépcia
como prova de que esmagaram você num debate. Eu nunca disse que as certifications são
rejeitadas: eu disse que, por si, não servem. E não servem porque todos os documentos
apresentados para carteira de motorista são obrigatoriamente sujeitos a verificação. Não sendo
a certification uma cópia do registro original, e sim um atestado de que o registro existe, só há
uma maneira de verificá-la: comparando seus dados com o registro – é este, não a certification,
o documento decisivo.

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