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A encrenca mal começou

Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 16 de dezembro de 2008

Apesar das várias confissões de culpa com que eminentes jornalistas de esquerda reconheceram
o favorecimento indevido a Obama, o círculo de proteção não se desfez por completo depois
das eleições. Quando se noticiou a prisão do governador democrata de Illinois, Rod Blagojevich,
acusado de leiloar a vaga de Obama no Senado, o canal KHQA-TV simplesmente retirou do ar a
notícia que publicara um mês antes, segundo a qual o presidente eleito tinha uma reunião
marcada com Blagojevich para 6 de novembro, para discutir o nome do seu sucessor no Senado.
Claro: como Obama alegava que não sabia de nada das tretas de Blagojevich, era preciso criar
retroativamente uma impressão de que isso era verdade. O assessor de Obama, David Axelrod,
que no dia 23 dissera à FoxNews “Eu sei que ele (Obama) conversou com o governador sobre
vários nomes (de sucessores)”, também voltou atrás e assegurou que nunca soube de nada.

Similarmente, a mídia inteira está jurando que, no episódio Blagojevich, “Obama não está sendo
acusado”, quando o fato é que as ligações estreitas do governador de Illinois com o vigarista
Tony Rezko, financiador maior das campanhas de Obama e dele próprio, chamaram a atenção
da Justiça ao ponto de fazê-la intimar novas testemunhas no caso do negócio imobiliário ilícito
entre Rezko e Obama. Ao mesmo tempo, outro processo ligado ao caso, comprometendo
Obama profundamente, foi aberto na cidade de Harvey, Illinois, onde o analista de crédito
Kenneth J. Conner alega que foi demitido do Mutual Bank porque discordara das avaliações
imobiliárias montadas, com a cumplicidade do banco, para favorecer Rezko e Obama. Estes dois
fatos foram noticiados muito discretamente.

Forçada pelo desenrolar dos fatos a noticiar tardiamente aquilo que vinha escondendo, a CNN
finalmente reconheceu que existem os processos judiciais questionando a elegibilidade de
Obama (http://edition.cnn.com/video/#/video/politics/

2008/12/05/arena.obama.citizenship.cnn). Porém, num esforço hercúleo para abafar o impacto


do escândalo, deu a notícia em versão propositadamente atrasada, afirmando que desde a
publicação do atestado de nascimento do candidato pelo site da sua campanha, a acusação já
era “caso encerrado”. Isso é a exata inversão da realidade. A onda de processos começou
justamente após a publicação desse atestado, que não é uma certidão de nascimento, com o
nome do hospital e a assinatura do médico que assistiu o parto, e sim um documento eletrônico
para ser impresso pelo próprio usuário, sem validade nem mesmo para a emissão de um
passaporte ou de uma carteira de motorista. Longe de encerrar o caso, foi essa publicação que
o inaugurou. A inversão é tão óbvia que não pode ter sido um equívoco da CNN. Foi mentira
proposital.
A inocuidade legal do atestado não é um “argumento dos adversários”. É um simples fato da lei
americana. O próprio Governo do Havaí não aceita esse documento como prova de
nacionalidade. O site oficial do registro imobiliário do Governo havaiano (Department of
Hawaiian Home Lands, DHHL) explica a diferença entre a Certidão de Nascimento (Certificate of
Live Birth) e o mero atestado (Certification):

“Certidão de Nascimento (Certificate of Live Birth)… é um registro mais completo do seu


nascimento do que o Atestado (Certification) gerado por computador para impressão.
Apresentar a Certidão de Nascimento poupará tempo e dinheiro, pois o Atestado requer
verificação adicional pelo DHHL. Ao solicitar uma cópia autenticada ao Departamento de Saúde
(DOH, Department of Health), informe ao funcionário que você a está requerendo ‘para fins da
DHHL’ e que você precisa de uma cópia da Certidão de Nascimento original de nascimento, e
não do Atestado gerado por computador.” (V. http://hawaii.gov/

dhhl/applicants/Loaa%20Ka%20Aina%20Hoopulapula.pdf.)

Em suma: Obama não poderia comprar uma casa, um apartamento, um lote de terra, uma
kitchenette no Havaí só com aquele atestado que ele impingiu aos eleitores como prova cabal
da sua elegibilidade à Presidência dos EUA. Todos os candidatos à presidência sempre
apresentaram cópias de suas certidões originais. Obama poderia receber a sua em casa, pelo
correio, preenchendo um formulário de menos de uma página e pagando uma taxa de dez
dólares.

O detalhe mais interessante no caso é que o atestado não foi publicado originariamente pela
campanha de Obama, mas pelo site esquerdista DailyKos, de onde a campanha o copiou.
DailyKos tem entre seus colaboradores um especialista em computação gráfica, Jay McKinnon,
o qual publicou no mesmo site, a título de “brincadeira”, um formulário em branco do mesmo
tipo de documento e um atestado preenchido com o nome de I. B. Ahforgery, que soa
exatamente como “Eu Sou Falso”). DailyKos tinha, portanto, todos os meios técnicos de produzir
quantos atestados falsos quisesse (v. http://web.israelinsider.com/Articles/Politics/12956.htm).
Ao reproduzir e endossar o atestado eletrônico publicado por uma fonte tão suspeita, a
campanha de Obama agiu com extraordinária leviandade, contrastando com suas ulteriores
afetações de dignidade ofendida quando a autenticidade do documento foi posta em dúvida.

De maneira igualmente leviana age a mídia – mesmo conservadora – quando insinua que a
rejeição do processo “Leo C. Donofrio versus New Jersey Secretary of State Nina Mitchell Wells”
pela Suprema Corte prova a autenticidade do atestado de nascimento de Obama. Esse processo,
justamente, não punha em dúvida o atestado no mais mínimo que fosse, mas o tomava como
prova de que Obama, sendo filho de súdito britânico, tinha dupla nacionalidade. Os processos
que questionam a validade do atestado são os de Philip J. Berg e Alan Keyes, que nem estão
agendados ainda para discussão discussão entre os juízes.

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