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Olavo de Carvalho
Apesar das várias confissões de culpa com que eminentes jornalistas de esquerda reconheceram
o favorecimento indevido a Obama, o círculo de proteção não se desfez por completo depois
das eleições. Quando se noticiou a prisão do governador democrata de Illinois, Rod Blagojevich,
acusado de leiloar a vaga de Obama no Senado, o canal KHQA-TV simplesmente retirou do ar a
notícia que publicara um mês antes, segundo a qual o presidente eleito tinha uma reunião
marcada com Blagojevich para 6 de novembro, para discutir o nome do seu sucessor no Senado.
Claro: como Obama alegava que não sabia de nada das tretas de Blagojevich, era preciso criar
retroativamente uma impressão de que isso era verdade. O assessor de Obama, David Axelrod,
que no dia 23 dissera à FoxNews “Eu sei que ele (Obama) conversou com o governador sobre
vários nomes (de sucessores)”, também voltou atrás e assegurou que nunca soube de nada.
Similarmente, a mídia inteira está jurando que, no episódio Blagojevich, “Obama não está sendo
acusado”, quando o fato é que as ligações estreitas do governador de Illinois com o vigarista
Tony Rezko, financiador maior das campanhas de Obama e dele próprio, chamaram a atenção
da Justiça ao ponto de fazê-la intimar novas testemunhas no caso do negócio imobiliário ilícito
entre Rezko e Obama. Ao mesmo tempo, outro processo ligado ao caso, comprometendo
Obama profundamente, foi aberto na cidade de Harvey, Illinois, onde o analista de crédito
Kenneth J. Conner alega que foi demitido do Mutual Bank porque discordara das avaliações
imobiliárias montadas, com a cumplicidade do banco, para favorecer Rezko e Obama. Estes dois
fatos foram noticiados muito discretamente.
Forçada pelo desenrolar dos fatos a noticiar tardiamente aquilo que vinha escondendo, a CNN
finalmente reconheceu que existem os processos judiciais questionando a elegibilidade de
Obama (http://edition.cnn.com/video/#/video/politics/
dhhl/applicants/Loaa%20Ka%20Aina%20Hoopulapula.pdf.)
Em suma: Obama não poderia comprar uma casa, um apartamento, um lote de terra, uma
kitchenette no Havaí só com aquele atestado que ele impingiu aos eleitores como prova cabal
da sua elegibilidade à Presidência dos EUA. Todos os candidatos à presidência sempre
apresentaram cópias de suas certidões originais. Obama poderia receber a sua em casa, pelo
correio, preenchendo um formulário de menos de uma página e pagando uma taxa de dez
dólares.
O detalhe mais interessante no caso é que o atestado não foi publicado originariamente pela
campanha de Obama, mas pelo site esquerdista DailyKos, de onde a campanha o copiou.
DailyKos tem entre seus colaboradores um especialista em computação gráfica, Jay McKinnon,
o qual publicou no mesmo site, a título de “brincadeira”, um formulário em branco do mesmo
tipo de documento e um atestado preenchido com o nome de I. B. Ahforgery, que soa
exatamente como “Eu Sou Falso”). DailyKos tinha, portanto, todos os meios técnicos de produzir
quantos atestados falsos quisesse (v. http://web.israelinsider.com/Articles/Politics/12956.htm).
Ao reproduzir e endossar o atestado eletrônico publicado por uma fonte tão suspeita, a
campanha de Obama agiu com extraordinária leviandade, contrastando com suas ulteriores
afetações de dignidade ofendida quando a autenticidade do documento foi posta em dúvida.
De maneira igualmente leviana age a mídia – mesmo conservadora – quando insinua que a
rejeição do processo “Leo C. Donofrio versus New Jersey Secretary of State Nina Mitchell Wells”
pela Suprema Corte prova a autenticidade do atestado de nascimento de Obama. Esse processo,
justamente, não punha em dúvida o atestado no mais mínimo que fosse, mas o tomava como
prova de que Obama, sendo filho de súdito britânico, tinha dupla nacionalidade. Os processos
que questionam a validade do atestado são os de Philip J. Berg e Alan Keyes, que nem estão
agendados ainda para discussão discussão entre os juízes.