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Curso Profissional de Técnico Auxiliar

Protésico

1 º Ano

Disciplina: SSHOT

Módulo III: Saúde e Higiene no Trabalho


(35 horas)
Professora: Maria José Teles
ESCOLA SECUNDÁRIA DA LIXA
Curso Profissional de Técnico Auxiliar Protésico SSHOT – Módulo III

Conceitos Básicos

Trabalho: é uma atividade que o indivíduo desempenha para satisfazer as suas necessidades
de sobrevivência e que, por meio dele, desenvolve as suas capacidades físicas e intelectuais.
Podemos dizer que o trabalho influi positivamente na saúde, pois favorece o desenvolvimento
pessoal, mas, por outro lado, tem uma influência negativa quando se desenvolve em condições
que podem afetar a integridade do indivíduo.

Saúde do Trabalho: Organização Mundial de Saúde define a saúde como um estado de bem
estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença.

Higiene do Trabalho: Conjunto de metodologias indispensáveis à prevenção das doenças


profissionais. Na vertente higiene estudam-se os contaminantes do ambiente, como sejam o
ruído, vibrações, radiações, calor, poeiras, vapores tóxicos...

Acidente de Trabalho – Segundo o n.º 1 do artigo 6º da lei n.º 100/97, de 13 de Setembro, “ é


acidente de trabalho o acidente que se verifique no local e tempo de trabalho e produza direta
ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na
capacidade de trabalho, permanente ou temporária...”

Se esta ocorrência não provocar lesões ou danos além dos resultantes da perturbação
da atividade designa-se por “Incidente de Trabalho”

Doença profissional – São doenças provocadas por agentes nocivos a que os trabalhadores
estão habitualmente ou continuamente expostos no local e no tempo de trabalho, provocando
lesões que só tornam visíveis ao fim de algum tempo.

As doenças profissionais distinguem-se dos acidentes de trabalho por terem uma origem 2
discreta (embora previsível) e por poderem corresponder a uma evolução mais ou menos lenta
e progressiva, enquanto os acidentes de trabalho são identificados como eventos súbitos e
violentos.

Higiene e Segurança no Trabalho


A postura de trabalho - Conforme a atividade profissional desempenhada, o trabalhador tem de
adotar determinada posição do seu corpo, para a poder desempenhar. Mas, em qualquer caso,
deve evitar posições que, além de não serem adequadas, ainda fazem aumentar a fadiga (fig.
1).

Figura 1

Num posto de trabalho bem adaptado, não se põe este tipo de problema.

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Infelizmente, a realidade quotidiana de muitas fábricas, oficinas ou escritórios, mostra-nos que


os trabalhadores são colocados perante maquinaria ou mobiliário cujas dimensões não são as
mais indicadas.

A fig. 2 mostra-nos posições de trabalho incorretas. Quando se está com as costas curvadas,
os músculos dorsais deformam-se. A respiração e o funcionamento dos órgãos digestivos
fazem-se com dificuldade.

Em contrapartida, a fig. 3 mostra-nos uma postura correta, natural, em que há pouca fadiga dos
músculos dorsais. Os discos vertebrais não ficam deformados. A respiração e o funcionamento
dos órgãos digestivos faz-se sem dificuldade.

Trabalho de pé
Ao trabalhar em pé, o corpo deve estar numa posição direita e natural; para isso, sempre que
necessário, a altura da superfície de trabalho deve ser adaptada à estatura do trabalhador, tal
como na fig. 4. 3

Figura 4

Figura 5 Figura 6

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É que o trabalho efetuado numa superfície de trabalho muito elevada provoca dores nos
ombros, na nuca e nos braços.

Por outro lado, sempre que a superfície de trabalho é muito baixa, deve ser elevada tal como
na fig. 5 ou, então, deve ser posto à disposição do trabalhador um tamborete oscilante,
regulável em altura, como na fig. 6.

Um trabalho que obriga uma pessoa a trabalhar em pé durante todo o dia exige grandes
esforços, principalmente das pernas, que incham. Isto deve-se ao facto do sangue se
concentrar nas pernas. Os músculos não se movem suficientemente para enviar o sangue de
volta para o coração em quantidade necessária. O coração recebe menos sangue para
trabalhar do que normalmente e as pessoas sentem-se cansadas e indiferentes.

Os trabalhos que requerem uma grande força muscular, mobilidade e um grande alcance,
devem muitas vezes ser feitos de pé, como por exemplo quando se trabalha com certos tipos
de máquinas.

Figura 7

Devem-se evitar todas as posições de trabalho inclinadas. Ao inclinar o corpo para a frente ou
para o lado, temos que fazer esforço com os músculos das pernas, das costas e dos ombros
para manter a posição. Os músculos das costas ficam em tensão, e quando a pessoa se
endireita de novo sente-se rígida e endurecida. Para se poder estar de pé, debruçado, ao
mesmo tempo que se trabalha, é preciso adaptar a altura da posição às alavancas, aos
materiais de trabalho, e às ferramentas usadas de modo a estas estarem ao alcance. Deve
haver lugar suficiente para os pés para dar possibilidades de mudar a posição de trabalho e de
distribuir os esforços. Evitem roupa de trabalho apertada que possa tomar-se um obstáculo
ou impedir movimentos físicos necessários durante o trabalho.

Figura 8

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Figura 9

Para as pessoas que devem trabalhar em pé durante muito tempo, recomenda-se:

1 - Sempre que possível, executar o trabalho por momentos em posição sentada;

2 - Sentar-se durante as interrupções do trabalho;

3 - Durante os intervalos maiores, pôr as pernas numa posição elevada.

Trabalhos sentados

Trabalhos ligeiros
Os trabalhos que não requerem um grande esforço muscular e que se podem executar
dentro de uma área limitada devem ser feitos sentados. A área de trabalho deve estar toda ao
alcance, sem haver necessidade de fazer esforço. 5
Para trabalhar sentado numa boa posição, deve haver possibilidade de estar sentado
direito, em frente e perto do lugar em que se realiza o trabalho. A mesa e a cadeira de trabalho
devem ser desenhadas de modo a que a superfície sobre a qual se trabalha esteja ao nível dos
cotovelos quando a pessoa está sentada e erguida com os ombros descontraídos.
Quando se faz um trabalho de precisão, deve haver um apoio ajustável para os
cotovelos, os antebraços ou as mãos.

Figura 10

O desenho da cadeira de trabalho deve satisfazer certas normas básicas. A cadeira


escolhida deve estar adaptada ao trabalho em questão e à altura da mesa de trabalho. A altura

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da cadeira deve ser ajustável.

Ergonomia

A Ergonomia é a ciência que estuda a interação entre os seres humanos e outros


elementos de um sistema. Aplica teorias, princípios, dados e métodos tendo como objetivo
otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. Esta é a definição
adotada pela Associação Internacional de Ergonomia em 2000.
Os Ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos
ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e
limitações das pessoas.
"O lazer é um conjunto ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre
vontade, seja para repousar, divertir-se, recrear-se ou entreter-se, ou ainda para desenvolver a
sua formação ou informação desinteressada, sua participação social voluntária ou soa livre
capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais,
familiares ou sociais. "
A palavra lazer deriva do Latim: licere, ser lícito, ser permitido.

Postura Corporal Correta

A coluna vertebral não é retilínea, mas é formada no seu conjunto pelas vértebras,
sacro e cóccix apresentando-se como um "estojo" ósseo que contém no interior a medula
espinal. É sem dúvida o órgão de suporte mais sensível às condições de postura do corpo
humano e ás variadíssimas solicitações e esforços a que ele está sujeito na atividade física. O
segredo fundamental para conservar uma coluna saudável é manter uma postura correta,
qualquer que seja a atividade que realizarmos. 6

Características da coluna:
 A flexibilidade (determinada pela mobilidade das vértebras);
A estabilidade (dada pela estrutura ligamentar e osteomuscular);
 A proteção da medula espinal;
 A manutenção da posição ereta;
 O suporte do peso corporal;
 A ligação das 5 regiões (cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix).

A coluna apresenta 3 tipos de posições viciosas:


 Cifose - curvatura para a frente
 Lordose - curvatura para trás
 Escoliose - inclinação lateral

A coluna vertebral pode efetuar movimentos de flexão, extensão, flexão lateral, rotação
e circundação, dependendo da forma das apófises articulares de cada região.
Na região Cervical e Lombar, como os discos intervertebrais são mais espessos, são
permitidos movimentos amplos e como as facetas articulares não são verticais (mas postero-
supero-Iaterais), podem realizar-se movimentos de flexão, extensão e flexão lateral, não sendo
possível a rotação.
Na região Torácica, o único movimento que se realiza é o de rotação. A existência de
costelas e a orientação superior das superfícies articulares das apófises transversas
impossibilitam a realização de flexão lateral. A extensão é inviabilizada pelo facto das apófises
espinhosas estarem muito juntas.

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Os indivíduos destros apresentam uma convexidade torácica para a direita e


convexidade cervical e lombar para a esquerda. Enquanto que os indivíduos sinistros
apresentam uma convexidade torácica para a esquerda e convexidade cervical e lombar para a
direita.

Aspetos a evitar para que não hajam problemas na coluna vertebral:


 Sedentarismo
 Obesidade
 Andar de saltos altos
 Torções do pescoço (p.e. quando atendemos o telefone)
 Carregar peso excessivo e sempre no mesmo lado (p.e. sacos)
 Trabalhar sempre na mesma posição
 Fazer trabalhos com uma postura incorreta (p.e. limpezas)
 Abaixar-se e Levantar-se incorretamente
 Repetição sistemática de movimentos incorretos

Postura Corporal Correta Sentado


O estar sentado provoca mais pressão na base da coluna do que na posição vertical.
As pessoas que passam a maior parte do tempo sentadas são mais vulneráveis a
dores e problemas de costas a longo prazo. E está hoje completamente demonstrado que os
principais problemas de postura corporal de pessoas que trabalham sentadas estão
relacionados com a postura da coluna, particularmente da região lombar e cervical. As que
apresentam atos involuntários, como por exemplo, o cruzar de pernas, bloqueiam as
articulações sendo instável para os vários segmentos do corpo.
7
Assim a posição correta é feita com o apoio dos pés no chão, altura da cadeira ou
assento acima do chão e não deve ser superior ao comprimento inferior da perna. Se o
assento for utilizado por vários indivíduos de diferentes estaturas deve ser regulável para cada
um e a superfície do assento deve ser horizontal, ou ligeiramente inclinada 5 graus para trás'.

Postura Corporal Correta de Pé

A postura corporal de pé ou também designada por postura ereta é a postura em que


cada articulação suporta uma pressão exercida sobre a coluna vertebral e esta sobre a
superfície das articulações. Os músculos devem estar relaxados mantendo apenas uma
pequena tensão. A coluna vertebral deverá curvar-se naturalmente, nem muito direita nem
muito arqueada.
Deve-se manter um pé ligeiramente mais alto que o outro, descansando
alternadamente numa superfície mais baixa.

Aplicação no laboratório

Os requisitos mais importantes para o assento (cadeiras e outros equipamentos) são:


 Ser confortável durante um período de tempo considerável;
 Ser fisiologicamente satisfatório;
 Eliminar a necessidade de inclinar a coluna à frente;
 Ser apropriado para a atividade ou tarefa a executar;
 Permitir a natural mobilidade.

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Altura do assento

A altura e a inclinação do assento estão intimamente relacionadas entre si. Quanto à


altura, esta deve ser inferior ou igual à altura do popliteu (incluindo a espessura do calçado), a
fim de apoiar o pé no solo. No entanto, à medida que a altura do assento aumenta, a utilização
do apoio de costas tende a diminuir, até eventualmente deixar de existir, na posição de pé.
Uma solução é trabalhar na posição "sentado de pé. Trata-se, de elevar o plano de
trabalho para a altura ideal do trabalho de pé, dotando o posto de trabalho de um assento mais
alto, com apoio de costas. Esta solução permite ao indivíduo trabalhar confortavelmente
sentado, ou de pé, como desejar. A elevação do assento obriga a existência de um suporte
para os pés que assegure o indispensável apoio, quando na posição de sentado.
A adoção da solução "sentado de pé" obriga à definição da altura do plano de trabalho.
Repare-se que a altura deste depende apenas de dois fatores:
 A natureza do trabalho;
 As dimensões do indivíduo.

Profundidade do assento

Se for muito grande a borda frontal da cadeira irá pressionar a área logo atrás dos
joelhos interrompendo a circulação sanguínea nas pernas e pés.
Assentos com pouca profundidade ocasionam uma situação incómoda em que o
utilizador tem a sensação de estar a cair para a frente da cadeira, e no caso de ser muito raso
também faz com que haja falta de suporte da parte inferior das coxas.

8
Encosto

O apoio de costas inclinado entre 110 e 1200 transfere para o indivíduo uma parte
significativa do peso do corpo e reduz a tensão e fadiga nos discos e nos músculos. Este
objetivo pode ser conseguido através da inclinação posterior das costas da cadeira e a
inclinação do assento à frente.
Outro aspeto importante é a extensão vertical de apoio proporcionada pelas costas do
assento. Na realidade, quanto maior for a extensão vertical do apoio das costas, menor será o
esforço de sustentação do peso do tronco.

Apoio para braços

Suportam o peso e auxiliam o utilizador a sentar-se e levantar-se. Se a cadeira é usada


por exemplo num laboratório de prótese dentária envolvendo manipulação de instrumentos, o
apoio serve para apoiar os braços durante a execução de atividades.

Apoio para pés

A superfície de apoio deve ser fixa com um ângulo de 15° ou ajustável entre O a 30°.
A altura deve ser regulável entre 40 a 150mm para postos de trabalho sentados e de
300 a 450mm para postos de trabalho "sentado de pé".
A superfície mínima de apoio deve ter 400mm de largura e 300mm de
profundidade.

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Estofos

O objetivo de estofar os assentos é basicamente distribuir a pressão do peso do corpo.


Contudo quanto mais profundo e macio for maior é o grau de conforto, mas pode-se tornar em
desconforto com o peso excessivo do corpo erguendo as pontas da almofada e criando uma
pressão na parte inferior das coxas. Além disso quanto mais o corpo afunda na cadeira maior é
o esforço para se poder levantar.

Medidas Preventivas

Coletivas

Patologias diagnosticadas na coluna vertebral

A Cifose - evidencia-se pelos ombros caídos e pela acentuada curvatura da coluna.


A Lordose - evidencia-se pelo peito e barriga ficarem projetados para a frente. A escoliose
causada por posturas incorretas ao sentar apresentando um desvio da coluna para um dos
lados do corpo.

Para diagnosticar essas patologias recorre-se a determinados exames:


 Raio x
 Ressonância magnética
 Tomografia computorizada
 Mielografia
 Eletromiografia 9
O tratamento é depois efetuado com a ajuda de fármacos como analgésicos, anti-
inflamatórios, anti-depressivos, relaxantes musculares.

Individuais

Muitas vezes uma postura corporal incorreta pode dar um alívio temporário da dor, mas
a sua perpetuação é nefasta. A reeducação postural é uma forma eficaz de parar o ciclo vicioso
entre postura errada e dor. Pode ser efetuada por 3 formas:

1. Adaptação dos movimentos (Controlo Dinâmico)

Controlo dinâmico: levantar pesos junto ao corpo, flexionando os joelhos. Nunca


levantar pesos em excesso. Preferir empurrar a puxar cargas.

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2- Adaptação da postura (Controlo estático)

Controlo estático: Passa pela mudança frequente da postura, repouso em leito duro
com flexão dos joelhos, marcha frequente, levantar as pernas alternadamente quando em pé e
uma correta posição sentada, respeitando: assento inclinado até 5°, com "almofada" lombar,
apoio lateral e altura correta.

3- Aumento das resistências corporais (Cinesiterapia)

10

Cinesiterapia: pode-se aumentar as resistências corporais pela prática de exercício


físico regular e moderado. Há que fortalecer a musculatura dorsolombar (mais importante que a
abdominal). São aconselháveis exercícios isométricos, pois necessitam menos movimento ao
nível das áreas afetadas e aumentam a tonicidade, muito importante para músculos com
função postural.

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O que é um acidente de trabalho?


Um acidente de trabalho é todo aquele acontecimento que se desenrola no local de
trabalho, em que um indivíduo ou um grupo de indivíduos sejam simultaneamente vítimas e
agentes do acidente, sem que tenha havido intenção premeditada para a sua ocorrência, fruto
de uma disfuncionalidade da organização e resultante de uma sucessão de eventos. Sendo as
suas consequências geralmente lesões pessoais ou morte e/ou danos materiais.
Uma fatalidade que muitas vezes é o resultado de uma soma de erros e negligências
que poderiam ter sido evitadas.

Tipos de acidentes de trabalho:


 Acidentes mortais;
 Incapacidade permanente;
 Incapacidade temporária;
 Quedas de pessoas;
 Quedas de objetos;
 Choque ou pancada contra objetos;
 Entaladelas num objeto ou entre objetos;
 Esforços excessivos ou movimentos em falso;
 Exposição a/ou contacto com a corrente elétrica;
 Exposição a/ou contacto com substâncias nocivas ou radiações;
 Com máquinas;
 Meios de transporte e de manutenção;
 Outros materiais (recipientes sobre pressão, fornos, fornalhas, ferramentas. escadas,
andaimes, etc.); 11
 Materiais, substâncias e radiações (explosivos, poeiras, gases, fragmentos volantes,
radiações, etc.).

Tipos de lesões nos acidentes de trabalho:

 Fraturas;

 Luxações;

 Entorses e distensões;

 Traumatismos internos;

 Traumatismos superficiais;

 Amputações;

 Contusões e esmagamentos;

 Queimaduras;

 Envenenamentos agudos e intoxicações agudas;

 Asfixias;

 Efeitos nocivos da eletricidade;

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 Efeitos nocivos das radiações;

Causas dos acidentes de trabalho

 Falha humana;

 Ato inseguro e/ou condição perigosa;

 Acidente;

Aplicação no Laboratório

Num laboratório de prótese dentária podemos encontrar variados acidentes visto que
se trabalha com variados equipamentos, como bico de bunsan (que pode provocar
queimaduras), devido aos produtos inflamáveis e corrosivos (que podem provocar problemas
dermatológicos), e também devido a utilização de variadas máquinas que, sem uma prévia
formação, podem provocar lesões graves.

12

1. Recortadora de gesso; 2. Motor de polimento; 3. Recortadora; 4. Soldador com


várias pontas; 5. Micromotor.
Figura 11

Uns dos grandes problemas nos laboratórios de prótese dentária são os riscos
respiratórios, podendo causar vários tipos de doenças devido a inalação de ligas metálicas,
polímeros e monómeros de acrílico e gesso, partículas de sílica, amianto, por fundição e
polimento das ligas de berílio, etc.

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Medidas Preventivas

Para tentar minimizar o risco de acidentes deve-se ter em conta algumas medidas
preventivas:

Individuais:
 Uso de acessórios pessoais (óculos de proteção, luvas, máscara, bata);
 Boa higiene pessoal e também ao nível de instrumentos, assim como os
trabalhos;
 Uso de cabelo preso, no caso de ter cabelo comprido;
 Ter cuidado no manuseamento de produtos;
 Armazenamento imediato dos produtos após a sua utilização;
 Ter horas necessárias de descanso e uma correta alimentação, pois pode
dar origem a graves acidentes.

Coletivas:

 o
laboratório deve estar sempre limpo e arrumado;
 As instalações de condutas de gás e de ar devem estar sempre limpas e em
bom estado;
 Existência de uma organização de defesa contra fogos (extintores,
mantas, detetores de fugas de gás, etc.); 13
 Existência de armários próprios para cada tipo de produto;
 A instalação elétrica deve ser de boa qualidade e segura;
 O ar deve circular facilmente e rapidamente, tendo o laboratório várias
janelas;
 As saídas devem ser de fácil acesso.

Vestuário

Proteção do Tronco

O tronco é protegido através de batas ou outro tipo de vestuário, que pode ser
confecionado em diferentes tecidos.
O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos
órgãos de movimento.
Em certos casos, podem-se utilizar aventais contra a projeção de líquidos ( corrosivos
ou não) ou contra radiação.
Há uma grande variedade de tecidos cuja utilização é condicionada pelo tipo de agente
agressor. São utilizáveis as fibras naturais ( algodão e lã) ou os sintéticos ( poliéster ou
poliamidas ).
A lã resiste melhor do que o algodão a elevadas temperaturas podendo ambos ser
impregnados com substâncias incombustíveis. A sua resistência a produtos químicos é
limitada, sendo preferentemente substituídos por fibras sintéticas, embora estas, apresentem

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geralmente maior inflamabilidade.


Existe um outro tipo de proteção do tronco que consiste em aventais de plástico.

• BATAS

Figura 12
 Todo o vestuário é confecionado segundo padrões de elevado rigor de produção e

qualidade.
 l33% de algodão, 67% de poliéster.
 Facilidade de manuseamento na lavagem e passagem a ferro.
 Todas as peças são embaladas individualmente.

BATA UNISEXO 14

 Bolsos de chapa.
 Bolsos no peito.
 Dois modelos.
o Abertura à frente, punhos com botão e cinto traseiro- 3 cores branco, azul e
verde.
o Abertura traseira com punhos em malha- cor branca.

Figura 13

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BATA DE SENHORA

 Abertura à frente;

 Corte cintado;

 Bolsos de chapa;

 Bolso no peito;

 Cor- branco;

 Dois modelos: - Manga comprida e punhos com botão; - Manga curta;

AVENTAIS DE PLÁSTICO

 Aventais de corte simples;

 Com peito e fitas para atar atrás;

 Resguardam totalmente o utilizador duma forma cómoda, simples e higiénica;

 Dimensão: 80x125cm;

 Composição: polietileno de 20 µm 15

 Várias cores;

COVERALL

Figura 14
 Fatos-macaco de trabalho;
 Uso único;
 Composição – polipropileno de 40 g/m2
 Com carapuço;
 Com elásticos no carapuço, punhos e tornozelo;
 Com fecho éclair a toda a altura do tronco;

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 Com elástico no cós, na parte das costas;


 Cor- branco;
 Macios, práticos e confortáveis;

Proteção dos pés

A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir,
de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos.
Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos (de
borracha ou matéria plástica) revestidos com biqueiras de aço.
A sola é um componente muito importante do calçado de proteção e é constituída
principalmente de neopreno, poliuretano ou então de elastómero de acrilonitrilo.
Existem também coberturas para sapatos, que são capas de proteção para sapatos.

SAPATOS DE PROTEÇÃO

16

Figura 15

 Estes sapatos são fabricados de acordo com as normas BS EN ISSO 9002:1994


 Cumprem com requisitos da norma europeia harmonizada BS EN 347-1:1993 e estão
acreditados pelo British Standards Institution.
 Em pele.
 Rebordo acolchoado no calcanhar.
 Forro anti-micótico.
 Palmilha amovível lavável na máquina até 40ºC.
 Sola em poliuretano branco, com caraterísticas anti-estáticas.
 Anti-deslizantes.
 Resistentes à abrasão.
 Cor- branco.

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CAPAS DE PROTEÇÃO PARA SAPATOS

Figura 16
 De um só uso.
 Em plástico: qualidade corrente.
 Em não tecido:
o Qualidade superior.
o Muito resistentes.
o Sola anti-derrapante com elástico central.
o Ajustam-se a qualquer tipo e tamanho de calçado.

SOCAS ESTERILIZADAS

 Forma anatómica
 Modelo sem furos.
 Número gravado no tacão para melhor visualização.
 Anti-estáticas.
17
 Laváveis.
 Esterilizáveis até 140°C.
 100% livre de clorofluocarbonetos.
 Resistentes à água com sabão e ácidos.

Proteção de cabeça

A cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos


pesados, pancadas ou projeção de partículas.
A proteção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacetes ou barretes de proteção.
Estes barretes de proteção são utilizados em casos de sujidade provocada por poeiras ou o
risco de queda de líquidos corrosivos.

TOUCA REDONDA

 Tamanho único.
 Ajustam-se à cabeça com um elástico muito suave e de uso confortável.
 Em não tecido de 50 g/m2 e extensão para cabelo de 16 g/m2.
 De uso único.

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Figura 17

 Modelo muito adequado tanto para homem como para mulher e para cabelos

compridos.
 Proteção total como se pode ver na fotografia.
 Os cabelos compridos podem ser totalmente recolhidos.
 Esterilizáveis.

TIPO ASTRONAUTA (461-005)

 Envolve toda a cabeça e pescoço, ficando só o rosto destapado.


 Aperta com 2 fitas.
 Em não tecido de 40g/m2.
18
 Esterilizável.

 Tamanho grande de 26 cm de altura, com 24 cm de diâmetro.


 Tamanho médio de 17 cm de altura, com 24 cm de diâmetro.

Figura 18

Proteção das mãos

Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na
indústria e nos laboratórios. Daí a necessidade da sua proteção.
O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo,
contudo, de subestimar a sua proteção.
Para cada situação existem luvas de diferentes materiais.

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LUVAS

VINIL
 Ambidextras.
 Alta sensibilidade na ponta dos dedos.
 Muito confortáveis.
 De um só uso
 Não esterilizadas.
 Apresentadas em caixas dispenser.
Figura 19
BORRACHA NATURAL- LÁTEX Figura 19
 Utilizada em trabalhos húmidos e em presença de ácidos ou bases.
 É contraindicada, para óleos, gorduras ou solventes
 Ambidextras.
 Alta sensibilidade.
 Pré-empoadas
 De um só uso.
 Não esterilizadas.
 Apresentadas em caixas dispenser.
Figura 20
Proteção das vias respiratórias
19

A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude


da existência de agentes químicos agressivos, tais como, gases, vapores, neblinas, fibras,
poeiras,

Existem diferentes tipos de poeiras, vapores e gases que provocam diferentes tipos de
patologias:

POEIRAS
 poeiras inertes - não produzem alteraçõeS fisiológicas significativas, embora

possam ficar retidas nos pulmões.


 poeiras fibrogénicas - como a sílica, a silicose e o amianto que
provocam reações químicas ao nível dos alvéolos pulmonares ( ex:pneumoconiose)
 poeiras alergizantes - atuam sobre o sistema respiratório e também ao nível da pele
 poeiras tóxicas- como o metal que provoca lesões em um ou mais órgãos viscerais
(ex: cancro ou alterações do sistema nervoso ).

GASES E VAPORES

 irritantes- como o amoníaco que produz inflamação sobre os tecidos de


revestimento e epiteliais como a pele, mucosas das vias respiratórias e conjuntiva
ocular.
 asfixiantes - como o monóxido de carbono e os cianetos que interferem no processo
de absorção do oxigénio nó sangue.

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Curso Profissional de Técnico Auxiliar Protésico SSHOT – Módulo III

 narcóticos- como a acetona que produz efeitos anestésicos após terem sido
absorvidos pelo sangue.
 Tóxicos- como os hidrocarbonetos halogenados que podem causar lesões em vários
órgãos ( ex: fígado e rins)

MÁSCARAS

MÁSCARAS DESCARTÁVEIS

 Uso único.
 Polipropileno de 200 g/m2.
 Cor: branco
 Com elástico para fixação à cabeça: de 30 cm.
 Somente indicadas para poeiras.
 Com adaptador moldável ao nariz, para um melhor ajuste ao rosto. Figura 21
 Não protege contra substâncias insalubres e tóxicas como vapores de tinta.

MÁSCARA BICO-DE-PATO

 Dupla proteção concebida para o contacto com ambientes quentes e húmidos.


 Camadas exteriores em polipropileno que fazem um forro suave e evitam a perda de
fibras.
 Cantos selados que evitam possíveis aberturas nos ângulos. 20
 A presença da válvula que facilita a ejeção da máscara de ar quente e sujo.
 Bandas de fixação em borracha sintética livre de látex.
 Ajuste de nariz em alumínio.
 O seu design permite um ótimo ajuste a todo o tipo de rosto.
 Embaladas individualmente para uma total garantia de higiene.

Figura 22

Proteção dos olhos

Os olhos constituem umam das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes
podem atingir a maior gravidade.
As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a
diferentes causas:
 ações mecânicas -através de poeiras
 ações óticas - através de luz sensível
 ações químicas - através de produtos corrosivos
 ações térmicas - através de temperaturas extremas
Os olhos devem ser protegidos por óculos que se devem ajustar corretamente e não devem
limitar excessivamente o campo de visão.

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ÓCULOS

 Desenhados com protetores de topo e laterais, que protegem os olhos de qualquer


ângulo.
 Lentes feitas de policarbonato de qualidade ótica.
 Conferem total proteção aos raios ultravioletas (99,9%).
 Podem ser colocados por cima dos óculos de prescrição.
 Proporcionam um vasto campo de visão e uma excelente qualidade ótica.
 Muito leves assegurando um máximo conforto .
 Não devem ser utilizados por períodos que ultrapassem as 24 horas.
 Podem ser lavados com água e sabão neutro. O uso de lixívia ou outra
substância química, pode desencadear opacidade das lentes.

Figura 23 21

TRANSPARENTES

Apresentamos dois modelos:


 Normal.
 Com hastes reguláveis em comprimento.
 Podem ser esterilizados por Óxido de Etileno.

ESCUROS

 Indicados para quando também é importante proteger os olhos da luz intensa.

AMARELOS

 A cor amarela aumenta a perceção e o contraste em ambientes com pouca luz.

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VISEIRA DE PROTECÇÃO

Para proteção total do rosto.


 Com faixa de espuma na zona da testa para maior conforto.
 Fita elástica para uma fixação superior.
 Não distorce a visão em nenhum sentido.
 Pode ser usada simultaneamente com óculos de prescrição, e até mesmo com
máscaras para uma maior proteção.

Figura 24

MÉTODO DE PREVENÇÃO

Como já foi dito anteriormente, para se trabalhar num laboratório tem que se seguir
algumas regras de segurança para proteção individual ou mesmo do próprio laboratório. Estas
regras são impostas quando se encontram sinais obrigatórios de cor azul, afixados nos 22
diferentes locais de trabalho.
Para que se possam prevenir e assegurar a saúde de cada trabalhador nunca se deve
esquecer a utilização dos materiais adequados a cada situação ou Iugar. Estes materiais são:

 BATA
 LUVAS
 ÓCULOS
 SAPATOS ADEQUADOS
 MÁSCARAS

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Saúde

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), “A saúde é um Bem-estar Físico,


Mental e Social”.

MEDICINA DO TRABALHO

A Medicina do Trabalho tem como objetivo a prevenção da ocorrência de alterações na


saúde que sejam causadas ou agravadas pelo exercício de uma atividade profissional.

Outro objetivo é conceber e implementar programas de promoção de saúde nos locais de


trabalho.

As principais atividades da medicina do trabalho são:

• conhecer os postos de trabalho, estabelecendo, para cada um, os fatores de risco a


ter em conta, e adequar os exames médicos dos trabalhadores
• realizar os exames médicos de admissão, periódicos e de regresso ao trabalho, e
analisar os exames complementares de diagnóstico necessários à avaliação do estado
de saúde do trabalhador
• colaborar na análise dos postos de trabalho
• colaborar na escolha dos meios de proteção individual mais adequados ao
trabalhador;
• incentivar os trabalhadores a adotarem boas práticas de trabalho;
• coordenar a formação na área dos primeiros-socorros e as estratégias de emergência
em caso de acidente ou indisposição;
• estabelecer medidas gerais de prevenção da saúde, nomeadamente, vacinação,
educação para a saúde, nutrição e reabilitação. 23

Os postos de trabalho são ocupados por pessoas com determinadas características genéticas
e hábitos, que lhes conferem suscetibilidades diferentes aos fatores nocivos do trabalho.

O exame médico de cada trabalhador é, portanto, fundamental para a prevenção da doença


profissional a nível individual, contribuindo para a saúde da população ativa e, por reflexo, na
saúde de toda a comunidade.

É fundamental, a vigilância da saúde do trabalhador, de modo a possibilitar uma intervenção


atempada no posto de trabalho, quer implementando meios de prevenção, quer mudando de
postos de trabalho o trabalhador mais sensível.

Por outro lado, os programas de vigilância da saúde permitem fornecer dados para as
estatísticas das doenças relacionadas com o trabalho, que, por seu lado, podem contribuir para
o desenvolvimento de estratégias gerais de prevenção de riscos profissionais.

EXAMES DE SAÚDE

Os empregadores devem promover a realização de exames de saúde, tendo em vista a


verificação da aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da sua profissão, bem
como a repercussão do trabalho e das suas condições na saúde do trabalhador. Sem prejuízo
do disposto em legislação especial devem ser realizados os seguintes exames de saúde:

Exame de admissão: antes do início da prestação de trabalho ou, quando a urgência


da admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;

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Nas atividades que envolvam géneros alimentícios, os exames têm


obrigatoriamente que ocorrer antes da admissão (avaliação de doenças transmissíveis).

Exames periódicos: anuais para os menores de 18 anos e para os maiores de 50


anos e de dois em dois anos para os restantes trabalhadores.

Exames ocasionais: sempre que haja alterações substanciais nos meios utilizados, no
ambiente e na organização do trabalho suscetíveis de repercussão nociva na saúde do
trabalhador, bem como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30
dias por motivo de acidente ou de doença.

Exames complementares: para formular uma opinião mais precisa sobre o estado de
saúde ou doença.

DOENÇA PROFISSIONAL
As Doenças Profissionais são aquelas que surgem como consequência da ação dos
fatores nocivos aos quais os trabalhadores estão expostos no local de trabalho. Por outras
palavras, são consequência direta da atividade profissional.

Os grandes grupos de doenças profissionais são:

· Doenças provocadas por agentes químicos (causadas por chumbo, mercúrio);

· Doenças do aparelho respiratório;

· Doenças cutâneas;

· Doenças provocadas por agentes físicos (causadas por ruído, radiações,


vibrações);
24
· Doenças infeciosas e parasitárias (causadas por bactérias, vírus, parasitas e fungos);

· Tumores;

· Manifestações alérgicas das mucosas

Promoção da Saúde

No local de trabalho, as ações de promoção da saúde tem uma grande importância, pois
constituem uma oportunidade de influenciar os trabalhadores no sentido de melhorarem os
seus comportamentos em relação à sua saúde. Por outro lado esta influência chega ao
agregado familiar e, consequentemente, reflete-se num estilo de vida com mais qualidade de
toda a comunidade.

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O que origina um acidente???

Teoria da Casualidade dos acidentes de Trabalho

Figura 25 25

1. Meio em que somos criados; ambiente social e cultural em que vivemos (ex: os povos
nórdicos, são diferentes dos sul americanos);
2. Algo que herdamos ou adquirimos; algo genético; alguma incapacidade (ex: daltonismo);
3. Ato Inseguro é o ato levado a cabo por um trabalhador, conscientemente que viola ou não
cumpre na totalidade as normas de segurança);
Condição Perigosa é uma condição existente no local de trabalho que coloca em perigo o
trabalhador (ex: empilhador com os pneus carecas);

4. Incidente é um acontecimento não planeado; possui potencial para levar à ocorrência de um


acidente;
5. Acidente de Trabalho verifica-se no local e tempo de trabalho e produz, direta ou indiretamente,
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho
ou de ganho ou morte;

ACIDENTES DE TRABALHO

Por ano, no Mundo, milhões de trabalhadores sofrem acidentes de trabalho que lhes
produzem lesões de diversa gravidade e até mesmo a morte. Cada um desses acidentes deixa
um rasto de dor física e psíquica, perda de
capacidade para o trabalho, preocupação e sofrimento
da família do acidentado e custos económicos para a
empresa e a sociedade em geral.

O primeiro passo, para evitar os acidentes, é


saber o que são, em que consistem e saber

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caracterizar as ações, que possam surgir no nosso dia-a-dia, suscetíveis de desencadear um


acidente de trabalho. Só assim será possível tomar medidas preventivas.

CARACTERIZAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

(Lei 100/97 de 13 de Setembro)

É acidente de trabalho o acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e


produza, directa ou indirectamente, lesão corporal, perturbação funcional, perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária, ou morte.

É também considerado acidente de trabalho, o ocorrido:

 No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de


representante dos trabalhadores, nos termos da lei;

 Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificando na execução de serviços


determinados pela entidade empregadora por esta consentidos;

 No trajecto de ida e de regresso para o local de trabalho, quando for utilizado meio 26
e transporte fornecido pela entidade empregadora, ou quando o acidente seja consequência de
particular perigo do percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco
do mesmo percurso – acidente de trajeto (acidente in itinere);

 Na execução de serviços, espontaneamente prestados e de que possa resultar


proveito económico para entidade empregadora;

 No local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistência ou


tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins;

 No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou fora


do local de trabalho quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal
frequência;

 Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal


concebidas por lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em
curso.

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ACIDENTES DE TRABALHO NÃO INDEMNIZÁVEIS

Descaracterização do acidente de trabalho

(Lei n.º 100/97 de 13/09, art.º 7.º)

Em determinados casos, o acidente deixa de se considerar de trabalho, não dando


lugar à reparação.

Exemplo:

 O que for dolosamente (intencional) provocado pelo sinistrado ou provier do seu acto
ou omissão;

 O que provier, exclusivamente, de negligência grosseira do sinistrado (falta grave e


indesculpável do sinistrado);
 O que resultar da privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado
salvo se tal privação derivar da própria prestação do Trabalho, for independente da vontade do
sinistrado ou se a entidade empregadora ou o seu representante, conhecendo o estado do
sinistrado, consentir na prestação;

 O que provier de caso de força maior (atos inevitáveis da Mãe Natureza).

27
CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

1 - Causas estruturais ou organizacionais

- falta de habilitações técnicas

- mau ritmo de trabalho

- falta de organização das equipas de trabalho

2- Causas materiais

- Insalubridade- ruído, iluminação, vibrações, poeiras, gases, vapores, fumos, vírus,


bactérias, fungos, etc

- Deficiente proteção das máquinas e ferramentas

- Perigos inerentes à profissão

- Ausência de medidas de segurança

- Ausência de vigilância

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3- Causas fortuitas

- catástrofes da natureza (ex: sismos, …)

TELEFONES A UTILIZAR EM CASO DE EMERGÊNCIA:

JUNTO A ESTE SINAL DEVEM CONSTAR OS SEGUINTES


NÚMEROS:

S.O.S.
NÚMERO NACIONAL DE SOCORRO TEL. 112

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS TEL.

POLÍCIA (GNR)
TEL.

HOSPITAL
TEL.

FARMÁCIA
TEL.

INTOXICAÇÕES
TEL. 808 250 143 28

A PREVENÇÃO é fundamental…
“… Qualquer atividade humana
representa um risco…”
“…Vivemos rodeados de riscos…”

. RAZÕES
HUMANITÁRIAS
. RAZÕES ECONÓMICAS
. RAZÕES LEGAIS
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O que é um risco?

“É a probabilidade de ocorrência de situações que podem comprometer a saúde das


pessoas.”

“É a probabilidade de um trabalhador sofrer um dano provocado por um acontecimento


perigoso.”

Ex: contacto/exposição a um produto químico

O que é um perigo?

Fonte ou situação com um potencial para o dano em termos de lesões ou ferimentos para
o corpo humano, ou de danos para a saúde, para o património, para o ambiente do local
de trabalho, ou uma combinação destes.

Ex: toxicidade de um produto químico

O que é a prevenção?

Ações para eliminar ou minimizar os riscos, em todas as fases de uma


organização, desde o seu projeto, isto é minimizar a probabilidade de que um
acidente aconteça ou as suas consequências, se acaso ele se verificar. 29

PRINCIPAIS TIPOS DE RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO

Cerca de dois terços da vida do Homem é passada no exercício de uma atividade profissional,
por isso as condições do seu posto de trabalho têm reflexos importantes no seu estado de
saúde, na sua integridade física e comprometem a sua produtividade.

Todos os trabalhadores terem direito a um local de trabalho saudável e seguro.

Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas
diárias.

As situações de risco no local de trabalho podem estar relacionadas com:

- equipamentos e métodos de trabalho utilizados (acidentes de trabalho, posturas incorretas),

- ar ambiente no local de trabalho (poluição química, biológica ou física)

- a própria organização do trabalho (relações humanas, ritmo de trabalho, monotonia).

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Principais Tipos de Riscos (segundo a O.I.T.)

Mecânicos

Físicos

Químicos

Biológicos

Ergonómicos

Psicossociais

Elétricos

Incêndio

RISCOS FÍSICOS

São gerados pelos agentes que tem a capacidade de modificar as características físicas do
meio ambiente.

EXS:

Ruído 30

Iluminação

Temperaturas extremas

Vibrações

Radiações

Sendo que todos estes fatores interferem diretamente no desempenho de cada trabalhador e
na produtividade, de seguida, destacam-se alguns deles.

Ruído

Diariamente, milhões de trabalhadores europeus são expostos ao ruído e a todos os riscos


inerentes a essa exposição nos seus locais de trabalho. Embora se trate de um problema mais
claramente associado à indústria de transformação e à construção civil, o ruído pode ser igual-
mente problemático noutros ambientes de trabalho, como por exemplo: centrais telefónicas,
escolas, orquestras, cafés, cabeleireiros, etc.

Um em cada cinco trabalhadores europeus tem de erguer a voz para se fazer ouvir, e 7% dos
trabalhadores europeus sofrem de dificuldades auditivas relacionadas com o trabalho. A perda
de audição é a doença profissional mais comum na União Europeia. É uma doença irreversível.

O ruído é um som indesejado; a sua intensidade (“volume”) é medida em decibéis (dB).

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A exposição ao ruído pode originar uma série de riscos para a saúde e a segurança dos
trabalhadores.

 Perda de audição; Efeitos fisiológicos; Stresse relacionado com o trabalho; Aumento


do risco de acidentes.

Iluminação

A qual sendo insuficiente, excessiva ou inadequada pode originar acidentes, afecções


ou lesões oculares.

Os locais de trabalho de trabalho devem dispor, se possível, de iluminação natural


adequada. Nos locais em que seja possível, deve existir uma iluminação artificial adequada,
complementar ou exclusiva, que garanta idênticas condições de segurança e de saúde para os
trabalhadores.

Uma iluminação adequada permite:

- Diminuição dos acidentes;

- Melhoria da qualidade e maior rendimento

- Melhor ordem e limpeza no local de trabalho;

- Maior motivação;

Tipos de iluminação

Direta; Indireta; Semi-direta; Semi-indireta; Combinada


31
Regras para uma boa iluminação

- Quando se planeia a iluminação de um local de trabalho, deve ter-se em conta que a


direção da luz tem que ser correta, não causando portanto encandeamento.

- O nível de iluminação exigido depende, entre outros, dos seguintes fatores:

- natureza ou tipo de trabalho

- Capacidade que as superfícies à volta têm de refletir a luz:

- da forma e da capacidade de reflexão do material ou dos objetos com os


quais se trabalha;

- da facilidade em que o objeto se diferencia (faz contraste) da superfície onde


se encontra

- visão do trabalhador

Uma boa iluminação exige paredes com cores claras e tetos brancos

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Temperaturas extremas

Temperatura e Humidade têm efeitos interdependentes e são muito importantes em


qualquer ambiente de trabalho

Frio ou calor em excesso, ou uma mudança brusca de temperatura na passagem de


um ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa, é prejudicial à saúde e bem-estar do
trabalhador.

Na avaliação do ambiente térmico consideram-se os seguintes fatores: temperatura do


ar; humidade relativa do ar; velocidade do ar; calor radiante (produzido por fontes de calor do
ambiente.

Conforto térmico  satisfação com o ambiente que envolve a pessoa (nem quente nem
frio).

Stresse térmico  está relacionado com o desconforto do trabalhador em caso de


exposição a ambientes de temperaturas extremas.

O calor provoca desgaste e fadiga excessivos, tonturas, desmaios, mal estar


generalizado, taquicardia, dificuldades de concentração, consumo anormal de alimentos.

Por seu lado, o frio leva por vezes ao choque térmico, queimaduras e
ulcerações nas extremidades (frieiras), alteração da circulação sanguínea.

RISCO QUÍMICO 32

São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contacto ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Tais riscos podem apresentar-se nos seguintes estados:

Líquido;

Gasoso;

Sólido;

Partículas suspensas no ar (sólidas: poeiras e fumos; líquidas: neblinas


e névoas)

Nos nossos dias os produtos químicos têm aplicações muito diversificadas, pelo que a sua
utilização é muito vasta. São numerosos os produtos químicos usados na atualidade.

Os acidentes ou incidentes que têm origem no manuseamento de produtos químicos são


frequentes, ocorrendo não só nas atividades ligadas ao sector químico, mas também em
variados locais de trabalho, como oficinas, lavandarias, cabeleireiros indústria têxtil,
metalomecânica, laboratório de prótese dentária.

As substâncias químicas perigosas podem, através de reações químicas, provocar incêndios


ou contribuir para o agravamento dos mesmos. Merecem cuidados especiais quanto ao seu

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manuseamento e armazenamento, pois podem comportar riscos graves para o homem e/ou o
ambiente. Exemplos: Acetona, Álcool etílico, Tintas, Vernizes, Colas, Diluentes,
Desengordurantes, etc.

Considerando a importância que a utilização de produtos químicos assume na sociedade


moderna, e também os efeitos dessa utilização na saúde humana e no ambiente, é muito
importante que se cumpram regras.

As substâncias classificadas como perigosas agrupam-se em categorias, a que


corresponde um símbolo e um conjunto de indicações.

- Explosivas;

- Comburentes;

- Extremamente inflamáveis;

- Facilmente inflamáveis;

- Inflamáveis;

33
- Muito tóxicas;

- Tóxicas;

- Nocivas;

- Irritantes;

- Corrosivas;

- Perigosas para o ambiente;

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Para a sua Segurança:

- Dar prioridade, sempre que possível aos produtos menos perigosos e utilizá-los na
quantidade estritamente necessária;

- Ler sempre o rótulo e a ficha de segurança dos mesmos e respeitar as indicações;

- Usar os EPI adequados, como aventais, luvas, máscaras, entre outros.

-Preparar os produtos químicos em locais com boa ventilação;

- Vigilância médica;

- Estar devidamente informado sobre os riscos a que está exposto;

- Afastar os produtos inflamáveis ou explosivos do calor;

- Para cuidar do ambiente elimine os recipientes dos produtos, colocando-os nos locais
apropriados;

RISCO BIOLÓGICO

Os agentes biológicos são seres vivos de dimensões microscópicas, bem como todas as
substâncias derivadas dos mesmos que, estando presentes nos locais de trabalho, podem 34
provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores em situações de exposição por parte
destes.

Os agentes biológicos estão presentes em todo o meio que nos rodeia


e coabitam com todos os seres vivos. Todavia, apenas uma pequena
porção destes microrganismos, que abundam na natureza, provocam
doença no ser humano. Os microrganismos patogénicos conseguem
vencer as defesas do organismo humano e infectar os tecidos da
pessoa saudável. A patogenia é a capacidade de desencadear uma
doença.

O QUE SÃO?

São microorganismos (bactérias, vírus, fungos), incluindo os geneticamente modificados, as


culturas de células e os endoparasitas humanos, suscetíveis de provocar infeções, alergias ou
intoxicações.

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Identificam-se três tipos de vias de entrada dos agentes biológicos no organismo:

 Via respiratória - É a principal via de entrada dos agentes biológicos mas também
a mais dissimulada, nomeadamente, por inalação de aerossóis;
 Via cutâneo-mucosa - Lesão na pele (picada, corte acidental) ou através das
mucosas;
 Via digestiva - sempre que não são cumpridas as medidas de higiene individual
antes da ingestão de alimentos (ex. lavagem de mãos), ou são cometidos erros
técnicos .

35
MEDIDAS DE PREVENÇÃO GERAIS

Exemplos:

- Proibição de comer, beber ou fumar nos locais de trabalho

- Rigorosa higiene dos locais de trabalho

- Ventilação adequada e controlo da qualidade do ar

- Boas práticas de higiene pessoal

- Uso de vestuário de proteção individual

- Instalações sanitárias e vestiários adequados

- Vigilância da saúde

- Vacinação

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PREVENÇÃO MÉDICA

Vigilância da saúde

Com o intuito de avaliar o estado imunitário e o tipo de sensibilidade alérgica.

Vacinação

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS TRABALHADORES

Aos trabalhadores deve ser assegurada formação e informação


adequada sobre:

• Riscos potenciais para a sua saúde;


• Precauções a tomar para evitar a exposição aos riscos existentes;
• Normas de higiene;
• Utilização dos equipamentos e do vestuário de proteção;
• Medidas de atuação em caso de incidentes.

36
Microrganismos:

- Fungos

- Bactérias;

- Vírus

- Parasitas

Vírus:

Doenças Transmissíveis:

SIDA - Síndrome da imunodeficiência adquirida é o conjunto de


sintomas e infeções em seres humanos resultantes do dano
específico do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH ou HIV segundo a terminologia
anglo-saxónica). A transmissão da infeção pelo HIV pode ocorrer
através de contacto sexual, contacto com sangue, produtos
hemáticos e outros líquidos orgânicos, durante o parto e através
do leite materno. O HIV não pode ser transmitido, absolutamente,
por toque casual, beijos, espirros, tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos
tocados por seropositivos.

Medidas preventivas: regras de higiene, esterilização de todo o material.

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Hepatite B - O vírus existe no sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno de
doentes ou portadores assintomáticos. A transmissão pode ocorrer por via sexual, percutânea
(picada de agulha; por meio de material cortante contaminado) ou perinatal. São ainda
frequentes casos de transmissão por agulhas de tatuagem, piercing ou acupunctura em
estabelecimentos não licenciados. O vírus é muito mais resistente e de transmissão mais fácil
que o HIV, e persiste mais tempo nesses instrumentos, mas é destruído pela lavagem
cuidadosa e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e
temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente por pelo menos uma semana.

Medidas Preventivas: utensílios esterilizados; realização de vacinação.

Riscos Ergonómicos

Ergonomia - A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem (VIEIRA,2000;


IIDA, 2000). Foi definida como “o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e
necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados
com o máximo de conforto, segurança e eficiência”(LAVILLE, 1977).

“Leis que regem o Trabalho”, “Ciência que estuda as condições de trabalho, quanto ao esforço
realizado pelos trabalhadores para executar as suas tarefas do dia-a-dia”

Ergonomia… conjunto de parâmetros que devem ser estudados e implantados de forma a


permitir, a adaptação das condições de trabalho às características psicológicas e fisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar: 37

- máximo de conforto

- segurança

- desempenho eficiente

Os riscos ergonómicos são maioritariamente decorrentes da organização e da gestão das


situações de trabalho. Assim, pode-se identificar como fatores de risco ergonómico aos quais
os trabalhadores se encontram expostos:

• as posturas adotadas;

• o esforço físico intenso;

• a manipulação das cargas;

• os movimentos repetitivos;

• as atividades monótonas;

Nos fatores de risco ergonómico, nomeadamente a movimentação manual de cargas, as


posturas adotadas e os movimentos altamente repetitivos, apresentam elevada correlação
com distúrbios físicos como os problemas músculo-esqueléticos. Trata-se de “lesões ou
doenças que afetam os sistemas músculo-esquelético, nervoso periférico ou neuro-vascular

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que são ocasionadas ou agravadas pela exposição ocupacional a riscos ergonómicos. Como:
cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, patologias dos membros superiores, patologias dos
membros inferiores, entre outras.

Estes problemas são ainda agravados quando os fatores de risco enumerados são conjugados
com ritmos de trabalho intenso, trabalho repetitivo e monótono, fadiga e fatores psicossociais,
como seja a pressão e o stresse no trabalho.

A prevenção destas perturbações remete para a importância de analisar a situação real


do trabalho, o contexto específico no qual o trabalhador desempenha a sua atividade e
as diversas variáveis intervenientes.

Porém, podemos considerar algumas medidas preventivas específicas como seja:

• limitação das cargas a transportar;

• adoção de posturas adequadas ao nível da movimentação manual de cargas;

• rotatividade de tarefas repetitivas;

• gestão do tempo de trabalho ;

• ações ergonómicas nos postos de trabalho;

• ações de formação e informação dos trabalhadores.

38

Assim:

Lesões Músculo-Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho

As lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho são estados patológicos do


sistema músculo-esquelético que surgem em consequência do efeito cumulativo do
desequilibro entre as solicitações mecânicas repetidas do trabalho e as capacidades de
adaptação da zona do corpo atingida, ao longo do período em que o tempo para a recuperação
da fadiga é insuficiente.

Há provas evidentes de que certos fatores relacionados com o trabalho estão associados ao
elevado risco dos trabalhadores apresentarem lesões no seu sistema músculo-esquelético.

Como:

- a adoção e a manutenção de posturas de trabalho incorretas;

- a execução de gestos repetitivos e estereotipados;

- os ritmos de trabalho intensos realizados com cadência imposta;

- a utilização das mãos com esforço;

- o manuseamento de cargas pesadas;

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- a pressão mecânica direta sobre certas zonas do corpo;

- a exposição a vibrações;

- a exposição a ambientes de trabalho frios, entre outros.

O desenvolvimento de lesões do sistema músculo-esquelético não é alheio, igualmente, a


causas indiretas, como os fatores psicossociais, relacionados com a organização dos postos
de trabalho e com as políticas laborais, a existência de pausas insuficientes, a monotonia das
funções, e outros constrangimentos inerentes aos processos de trabalho, aos equipamentos e
à organização do trabalho.

Sintomas normalmente associados a este tipo de patologias são:

- o desconforto;

- o formigueiro ou a dor;

- a rigidez articular;

- a fadiga;

- a perda de força;
39
- a perda de coordenação;

- o inchaço na zona lesada;

- a descoloração da pele;

- a ocorrência de diferenças de temperatura corporal.

RISCOS ELÉTRICOS

PREVENÇÃO DOS RISCOS PROFISSIONAIS NOS TRABALHOS COM ELECTRICIDADE

A instalação elétrica não pode comportar riscos de incêndio ou de explosão e deve-se


assegurar que a sua utilização não constitua fator de risco para os trabalhadores, por
contacto direto e indireto – curto circuito, choque elétrico, incêndio.

OS RISCOS DA ELECTRICIDADE:

A eletricidade é a poderosa força que permite a iluminação, o aquecimento, o arrefecimento, o


funcionamento dos nossos eletrodomésticos e na indústria é ela que intervém em praticamente
todo o processo de fabrico.

Como poderosa força que é, temos de a respeitar. Uma primeira regra genérica consiste em
evitar contactos físicos com ela, pois não se vê, apenas se sente e às vezes demasiado tarde.

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A passagem da corrente elétrica através do


corpo humano pode produzir queimaduras (de difícil
cicatrização), desmaios, paralisias, paragem
respiratória ou cardíaca e a morte.

“Com aquela idade poderia usar outro


penteado!...”

Constatam-se, com frequência, situações que revelam falta de formação e informação acerca
dos problemas que a energia elétrica pode causar ao homem. O amadorismo impera em
muitos sectores e é com frequência que se veem situações como:

- montagem de instalações elétricas por pessoal não qualificado;

- eletricistas que se gabam de “aguentar um choque”;

- sobrecarga das linhas;

- material de má qualidade.

A eletricidade é um recurso muito versátil e solicitado, mas com alguns riscos 40


associados.

A capacidade de reconhecer estes riscos ajuda a prevenir acidentes


relacionados com a atividade profissional e a tomar as decisões mais
acertadas

Se os seus riscos forem ignorados, poderão resultar acidentes muito graves.

CONCEITOS BÁSICOS DE ELECTRICIDADE

Um circuito elétrico é um caminho fechado percorrido por uma corrente de eletrões que
constitui a corrente elétrica.

O circuito elétrico é sempre constituído por:

- Gerador (ex. pilha) – aparelho que transforma a energia mecânica ou química em


energia elétrica.

- Cablagem (fios, ligações, interruptores, …)

- Consumidores de corrente (lâmpadas, secadores,..)

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GRANDEZAS ELÉCTRICAS

TENSÃO (U)

A primeira grandeza elétrica é a diferença de potencial ou tensão (U) e exprime-se em volt


(V). É a diferença de potencial entre dois pontos que faz com que haja movimento de cargas
elétricas. A tensão elétrica está associada à maior ou menor capacidade que o gerador tem em
transformar certa forma de energia em energia elétrica.

Um relâmpago Bateria de automóvel Tomada de corrente nas


nossas casas (220V)
(1 milhão de volts) (12 V)

41

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CORRENTE ELÉCTRICA NO CORPO HUMANO:

A corrente elétrica interfere diretamente sobre os vasos sanguíneos e sobre as células


nervosas, podendo, também, provocar alterações permanentes no sistema cardiovascular, na
atividade cerebral e no sistema nervoso central. Consequentemente, o aparelho auditivo e
visual pode ser afetado.

Os efeitos mais frequentes e mais graves que a corrente elétrica produz no corpo humano e
que contribuem para definir limites de perigosidade são:

- Limiar da perceção (representa o valor mínimo da corrente sentida por uma pessoa e
apenas representa a sensação de formigueiro)

- Tetanização (os músculos ficam contraídos, o que provoca o “agarrar” ao condutor, e


não voltam ao seu estado normal sem que cesse a passagem de corrente; a corrente de
tetanização também é chamada “corrente de não largar”; geralmente, nesta situação, as
vítimas perdem a consciência);

- Paragem respiratória e asfixia (Se o caminho percorrido pela corrente elétrica incluir o
tronco e se a corrente tiver um valor suficiente, os músculos do tronco contraem-se de tal forma

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que poderão originar uma paragem da respiração. Se esta paragem respiratória for
permanente conduz à asfixia);

- Queimaduras (Localizam-se nas zonas do corpo descobertas (por exemplo, as mãos)


nos acidentes provocados por alta tensão, podem ser múltiplas e profundas, levando à necrose
(destruição) dos tecidos, inclusive do osso, conduzindo a eventual amputação).

- Fibrilação ventricular (É uma corrente elétrica de valor apreciável passando pela


região cardíaca podendo causar perturbações das fibras nervosas do coração com
consequente falta de coordenação das suas fibras musculares, as quais podem sofrer
contrações individualizadas);

A passagem da corrente elétrica através do corpo humano pode ainda produzir


queimaduras graves. Este tipo de queimaduras apresenta a particularidade de ser de difícil
cicatrização e ocorre quando as intensidades da corrente são elevadas.

Para além das queimaduras dos pontos de contacto, podem surgir outras mais profundas
(queimaduras eletrotérmicas - ligadas à libertação de calor) ao longo do trajeto da corrente
elétrica, ao nível das massas musculares, dos tendões, etc.

Os efeitos fisiológicos da corrente elétrica variam em função da intensidade da corrente e


do tempo de passagem pelo corpo humano.
42
Com base nestes dois parâmetros têm sido elaborados vários quadros, dos quais se
apresenta um que, apesar de incompleto, constitui uma síntese dos efeitos fisiológicos
provocados pela corrente elétrica:

Intensidade da
Efeitos
corrente
fisiológicos
(em mA)

0,5 Formigueiro percetível pela língua

1 Formigueiro percetível pelos dedos

Formigueiro progressivo e começo de contração


1 a 10
muscular

Contração muscular impedindo a vítima de se libertar


10 a 20
do condutor (limiar da libertação)

Aumento da contração muscular, dispneia, paragem


20 a 50 respiratória e, se não houver corte de corrente, morte
por asfixia

50 Possibilidade, depois de alguns segundos, de

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fibrilação ventricular (limiar da fibrilação)

> 50 Morte

Além do tempo da passagem da corrente elétrica através do corpo humano e da


intensidade da corrente que o atravessa, há outros fatores que também influem nos efeitos
fisiológicos provocados pela corrente elétrica. São eles:

* A frequência: à medida que esta aumenta, o perigo mortal diminui, embora subsista o
perigo de queimaduras;
* O percurso: o acidente é mais grave quando a trajetória da corrente atravessa o
coração ou faz o percurso mão direita/pé esquerdo ou entre mãos;
* A capacidade de reação da pessoa que pode ser influenciada pela idade, saúde,
predisposição, fadiga, sede... Uma pessoa ébria ou que sofra de problemas cardiopulmonares
oferece menos resistência ao choque elétrico.

MEDIDAS DE SEGURANÇA:

É usual classificar estas medidas em:

- medidas informativas;

- medidas de proteção.

43
Medidas informativas

São aquelas que, de algum modo, avisam e fazem conhecer a existência dos riscos da
eletricidade.

Podem citar-se:

- Sinais de proibição, precaução ou informação;

- Formação do pessoal;

- Normas de segurança bem definidas.

Medidas de proteção
São aquelas cujo objetivo é proteger o indivíduo dos riscos da eletricidade.

Podem ser divididas em:

Pessoais;

Nas instalações;

Outras medidas.

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REGRAS DE UTILIZAÇÃO DA ELECTRICIDADE

- Usar materiais e equipamentos certificados;

- Antes de utilizar um aparelho elétrico verifique previamente se os mesmos estão em bom


estado;

- Para utilizar um aparelho ou instalação elétrica manipule apenas os órgãos de comando


previsíveis para o efeito;

- Abstenha-se de usar aparelhos elétricos se estiverem molhados ou se por ventura tenha as


mãos ou os pés molhados;

- No caso de avaria ou incidente, corte a corrente;

- Em caso de avaria ou qualquer outra anomalia que ultrapasse a sua competência, chame de
imediato um eletricista. Não utilize, e evite que outros o façam, até que estejam devidamente
reparados;

- Evite a “bricolage” e só após adquirir conhecimentos suficientes para medir os riscos;

- Evite abrir material protegido e respeite qualquer sinal ou impedimento destinado a proteger o
utilizador do contacto com um fio ou uma peça sobre tensão.

- Assegurar que todo o equipamento é sujeito a ações de manutenção adequadas às suas


condições de funcionamento.
44
- Não se esqueça que as tensões elétricas superior a 50 volts são perigosas;

- Não puxar pelo fio para desligar o aparelho;

- Não ligar muitos aparelhos à mesma tomada de corrente;

- Nunca limpar ou manusear os equipamentos elétricos sem anteriormente os desligar da


corrente. ·

- Sinalizar todos os equipamentos elétricos e componentes elétricas que estejam avariados ou


em mau funcionamento e comunicar ao responsável;

- Cortar a eletricidade sempre antes de mudar uma lâmpada.

TERMINOLOGIA DOS ACIDENTES ELÉCTRICOS

A eletrização, que para alguns autores pressupõe um acidente elétrico mortal,


abrange, para outros, todos os acidentes elétricos resultantes de contacto com a corrente
elétrica, quer originem ou não a morte;
A eletrocussão é a designação dada ao acidente elétrico mortal;

A primeira é consequência quer de contactos diretos, quer indiretos.


* Contacto direto - contacto das pessoas com as partes ativas dos materiais e dos

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equipamentos;
* Parte ativa - condutores ativos e peças condutoras de uma instalação elétrica
suscetíveis de estarem em tensão em serviço normal;
* Condutores ativos - condutores afetos à transmissão de energia elétrica (inclui os
condutores de fase e neutro, no caso da corrente alternada);
* Contacto indireto - contactos de pessoas com massas ou elementos condutores
postos acidentalmente sob tensão;
* Massa - todo o elemento metálico de um material elétrico suscetível de ser tocado e,
normalmente, isolado das partes ativas, mas podendo ser posto acidentalmente sob tensão;
Elemento condutor - elemento metálico estranho à instalação elétrica suscetível de propagar
um potencial.

TIPOS DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA

Uma corrente elétrica pode ser a causa direta de ferimentos, se passar através do corpo
humano, ou seja, se uma pessoa sofrer um “choque elétrico”.

No entanto devido aos efeitos de dissipação de calor de uma corrente elétrica, de que
podem causar incêndios, explosões, queimaduras, cegueira, etc… pode, ainda afirmar-se que
a corrente elétrica é também a causa indireta de acidentes.

Choque elétrico
45
Pode definir-se risco de contacto com a corrente elétrica como a probabilidade de
circulação de uma corrente elétrica através do corpo humano.

Para que exista possibilidade de circulação de corrente elétrica é necessário:

- que exista um circuito elétrico;

- que o circuito esteja fechado ou possa fechar-se;

- que no circuito exista uma diferença de potencial.

Para além disso, é também necessário:

- que o corpo humano seja condutor;

- que o corpo humano faça parte do circuito;

- que a diferença de potencial entre os pontos de entrada e de saída da corrente


elétrica no corpo seja maior que zero.

As consequências do contacto de qualquer parte do corpo humano com a corrente


elétrica dependem de alguns parâmetros dessa mesma corrente e de algumas das
características do próprio corpo.

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Estes efeitos dependem fundamentalmente dos seguintes fatores:

- Tipo de corrente;

- Intensidade de corrente;

- Tempo de contacto;

- Percurso da corrente;

- Resistência do corpo (humidade da pele)

Incêndio e Explosão

O aquecimento, provocado por correntes de intensidade excessiva – sobreintensidades –


pode provocar o início do processo de ignição de materiais e dar origem a incêndios e
explosões.

As origens das sobreintensidades podem ser divididas em 4 grupos:

- sobrecargas: aumento, para além do limite admissível, da corrente que percorre o


condutor;
46
- Curto-circuito: Ligação acidental entre pontos do mesmo circuito que se encontra a
tensões diferentes e entre os quais a impedância tem um valor muito pequeno;

- Defeito de isolamento: Ligação acidental, por falha do isolamento, entre dois pontos
que podem não pertencer ao mesmo circuito;

- Resistência de contacto: resultante de uma ligação elétrica através de um contacto


defeituoso.

Outros fatores a ter em consideração e que podem provocar a ignição de materiais são a
inadequada ventilação ou arrefecimento de equipamento e ainda, as faíscas elétricas
provocadas quer por equipamento em funcionamento quer por eletricidade estática.

A explosão dar-se-á se houver matérias explosivas no ambiente.


Este tipo de acidente acontece, normalmente, devido a curto-
circuitos.

Recorda-se que, habitualmente, o isolamento de condutores é


facilmente inflamável.

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Os incêndios de origem elétrica dão-se quando a intensidade da corrente nos


materiais e equipamentos é superior à que eles suportam e os sistemas de proteção das
instalações não são os mais adequados ou estão mal regulados.

Importa referir que muito do material utilizado no isolamento dos condutores é


facilmente inflamável.

INCÊNDIO

O incêndio, sem dúvida, é um terrível e temível adversário para o ser humano, devendo ser
evitado ao máximo o seu aparecimento.

A prevenção pode definir-se como sendo um conjunto de medidas que têm como
objetivo evitar a ocorrência simultânea das condições que dão origem a um incêndio, tais
como:

- cumprimento de regras básicas na colocação das instalações elétricas, de gás e de


aquecimento em conformidade com as normas,

- a proibição de fumar ou foguear em locais perigosos,

- a ventilação de locais que apresentam concentrações de vapores perigosas, etc.

O combate é um conjunto de medidas técnicas adotadas para extinguir um incêndio que


já ocorreu, como por exemplo: 47

– dispersão do combustível;

– abafamento (colocar uma tampa na frigideira que pegou fogo; lançar areia sobre um
material em combustão);

– arrefecimento (água);

– inibição (pó químico).

Um fogo não pode ocorrer sem a conjugação simultânea de três elementos:

– Combustível (material que arde);

– Comburente (oxigénio do ar);

– Energia de ativação (fontes de energia que, ao manifestarem-se em forma de calor,


provocam a inflamação dos combustíveis, tais como: lume, chispas mecânicas, soldaduras,
etc.).

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Se falta algum destes elementos, a combustão não será possível. Cada um destes elementos
representa-se como um dos lados de um triângulo. A esta representação simplificada, chama-
se triângulo do fogo.

Os produtos próprios resultantes da combustão são: – fumo; – chama; – calor; – gases.

Os combustíveis podem apresentar-se sob o estado:

sólido: madeira, carvão, outros materiais orgânicos, metais, papel, cartão, etc.

líquido: gasolina, petróleos, álcoois, óleos, etc.

gasoso: metano, gás natural, acetileno, propano, butano, hidrogénio, etc.

48
Os fogos são classificados em 4 classes, que são definidas pela natureza do combustível. Esta
classificação é muito útil, no combate ao incêndio, para a escolha do agente extintor mais
adequado.

Classe A

– Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, em que a combustão se faz


normalmente com a formação de brasas (por exemplo: madeira, carvão, papel, etc.).

Classe B

– Fogos de líquidos ou sólidos liquidificáveis (por exemplo: gasolina, éteres, álcoois, ceras,
parafina, etc.).

Classe C

– Fogos de gases (por exemplo: propano, butano, acetileno, metano, etc.).

Classe D

– Fogos de metais (por exemplo: sódio, potássio, magnésio, alumínio, etc.).

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O conhecimento das causas de inflamação permite preveni-las e, por consequência, suprimir


um bom número delas pelo

Os principais agentes extintores utilizados são:

– água;

– dióxido de carbono (CO2);

– pós químicos;

– espumas.

Aplica-se aos locais de trabalho.

Objetivo é…

chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos ou situações de risco ou que
possam estar na origem de perigos.

49
FORMAS DE SINALIZAÇÃO- Existem várias formas de sinalização universais e que se
complementam entre si:

1 - Sinais coloridos  (pictogramas ou luminosos) para assinalar riscos ou dar indicações;

2 - Sinais acústicos  habitualmente para assinalar situações de alarme e de evacuação;

3 - Comunicação verbal;

4 - Sinais gestuais  para que, quando a comunicação de viva voz não seja possível, se
possam dar as indicações necessárias.

SINAIS COLORIDOS (PICTOGRAMAS)

Sinal de Proibição: proíbe um comportamento suscetível de provocar ou expor a um perigo

Sinal de Aviso: adverte sobre um perigo ou um risco

Sinal de Obrigação: impõe um comportamento determinado

Sinal de Salvamento ou de Socorro: dá indicações de saídas de emergência ou meios de


socorro/salvamento

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»»»»» Cor de Segurança: cor a que é atribuído determinado significado

A forma geométrica e o significado dos sinais de segurança, bem como a combinação das
formas e das cores e seu significado nos sinais estão indicados no quadro abaixo:

Cor/Forma Significado/Finalidade Indicações

Sinal de proibição Atitudes perigosas


Vermelho
Perigo – Alarme Stop, pausa, dispositivos corte de emergência,
evacuação
Material e equipamento de combate
(redonda)
a incêndios Identificação e localização

Amarelo ou
Atenção, precaução
alaranjado Sinal de aviso/perigo
Verificação
(triangular)

Azul
Comportamento ou acção específica
Sinal de obrigação 50
Obrigação de usar equip. de protecção individual
(redonda)

Sinal de salvamento ou de socorro/


emergência
Verde Portas, saídas, vias, material, postos, locais
específicos

Situação de segurança
(rectangular ou
quadrada) Regresso à normalidade

Informações adicionais

DOENÇAS PROFISSIONAIS

Define-se Doença Profissional como as doenças que surgem como consequência da ação
dos fatores nocivos aos quais os trabalhadores estão expostos no local de trabalho. Isto é,
surgem como consequência direta da atividade profissional.

Atendendo às exigências e especificidades da profissão de técnico protésico pode afirmar-se


que no seu exercício desenvolvem-se numerosas doenças profissionais, podendo manifestar-

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se através de perturbações, por exemplo do sistema circulatório, respiratório, músculo-


esquelético, imunitário, cutânea.

Alergias

A alergia é uma resposta imunológica, ou seja, do sistema imunitário, excessiva e inapropriada


de pessoas sensíveis a uma determinada substância – alérgeneo.

Podemos considerar várias manifestações alérgicas, que podem aparecer de forma isolada ou
combinadas. Estas manifestações são de ordem:

- Cutânea (urticária, eczema, angiodema)

- Respiratória (rinite alérgica, aspergilose, crise de asma)

- Ocular (conjutivite, eczema das pálpebras, blefarite)

- Digestivas (edema da glote e sintomas diversos).

Tipos de reação alérgica

Considerando o tempo que decorre entre o contacto com a substância da origem da


alergia e o aparecimento dos sintomas, as reações podem dividir-se em três categorias:

Imediata (alguns minutos)

Semi-retardada (algumas horas)


51
Retardada (alguns dias)

Podem-se distinguir dois tipos de alergias:

- alergia inata ou idiossincrasia- existe desde o nascimento e manifesta-se desde o primeiro


contacto com esse produto. (p.ex. alergia manifestada desde a primeira aplicação de
coloração)

- alergia adquirida por “sensibilização” – desenvolvida pelo contacto com um produto, que
até aí se tolerava bem.(p. ex. uma alergia manifestada por um cliente que até ao momento
nunca se tinha manifestado.

Patologia Cutânea (dermatose)

Eczema de Contacto

Trata-se de um processo inflamatório pruriginoso,


inicialmente limitado à
zona de contacto com o agente causal e que
resulta de um efeito irritativo,
alérgico ou fotossensibilizante.
O eczema de contacto irritativo é extremamente

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comum e resulta da atuação de agentes irritantes da natureza química ou física sobre o


revestimento cutâneo-mucoso. Os alcalizantes, os detergentes são as causas mais frequente
incriminadas e as lesões predominam sobre as mãos, como acontece nas donas de casa e em
algumas dermatoses profissionais.

A identificação e a remoção da substância em causa, infelizmente nem sempre


possível, é essencial para a resolução do eczema. A proteção das mãos com
luvas impermeáveis é muitas vezes suficiente em certas atividades mas não é bem tolerada
quando usada durante muito tempo e dificulta a agilidade manual para trabalhos mais
minuciosos.

Patologias Respiratórias

Asma profissional

Distúrbio respiratório diretamente relacionado com a inalação de vapores, gases, poeiras,


aerossóis ou outras substâncias potencialmente tóxicas no local de trabalho.

Pode desencadear sintomas de asma pela primeira vez num trabalhador previamente
saudável, ou pode agravar um quadro de asma pré-existente pela exposição a diferentes
substâncias no local de trabalho.

A asma é uma das mais comuns doenças respiratórias de origem profissional nos países 52
industrializados, correspondendo a pelo menos 1 em cada 10 casos de asma do adulto.

Silicose

A silicose é a formação permanente de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de
pó de sílica (quartzo).

A silicose, a doença profissional mais antiga que se conhece, desenvolve-se em pessoas que
inalaram pó de sílica durante muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a
areia, sendo por isso frequente a exposição entre os mineiros do metal, os cortadores de
arenito e de granito, os operários das fundições e os oleiros.

Os sintomas aparecem, geralmente, após 20 ou 30 anos de exposição ao pó. No entanto, nos


trabalhos em que se utilizam jatos de areia, na construção de túneis e no fabrico de sabões
abrasivos que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, os sintomas podem surgir em
menos de 10 anos.

Quando se inala, o pó de sílica entra nos pulmões e as células depuradoras, como os


macrófagos, engolem-no. As enzimas libertados pelas células depuradoras causam a formação
de tecido cicatricial nos pulmões. No princípio, as zonas cicatrizadas são pequenas
protuberâncias redondas (silicose nodular simples), mas, finalmente, reúnem-se em grandes
massas (conglomerados silicóticos). Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do
oxigénio para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem elasticidade e requer-se
mais esforço para respirar.

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Pulmão com silicose

Sintomas e diagnóstico

Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade em respirar, mas têm tosse e
expetoração devido à irritação das grandes vias aéreas, no processo denominado bronquite. A
silicose conglomerada pode causar tosse, produção de expetoração e dispneia. No princípio, a
dispneia verifica-se só durante os momentos de atividade, mas por fim manifesta-se também
durante o repouso. A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de trabalhar
com sílica. O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo e pode causar
insuficiência cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para a morte. Além disso, os indivíduos
com silicose expostos ao microrganismo causador da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis)
são três vezes mais propensos a desenvolver a tuberculose do que aqueles que não estão
afetados pela silicose.
A silicose diagnostica-se com uma radiografia ao tórax que mostra o padrão típico de cicatrizes
e nódulos. 53

Prevenção

O controlo da produção do pó no local de trabalho pode ajudar a prevenir a silicose. Quando


esta não pode ser controlada, como poderá ser o caso da indústria de jatos de areia, os
trabalhadores devem usar máscaras que forneçam ar exterior limpo ou que filtrem
completamente as partículas. Essa proteção pode não estar ao alcance de todos os
trabalhadores numa zona poeirenta (por exemplo, pintores e soldadores) e, nesse caso,
sempre que seja possível, devem utilizar-se abrasivos diferentes da areia.

Os trabalhadores expostos ao pó da sílica devem fazer radiografias ao tórax com regularidade,


todos os 6 meses os que trabalham com jatos de areia e todos os 2 a 5 anos os restantes, de
modo que seja possível detetar qualquer problema o mais cedo possível. Se a radiografia
revelar silicose, o médico, provavelmente, aconselhará o trabalhador a evitar a exposição
constante à sílica.

Tratamento

A silicose é incurável. No entanto, pode deter-se a evolução da doença, interrompendo a


exposição à sílica desde os primeiros sintomas. Uma pessoa com dificuldade em respirar pode
sentir alívio com o tratamento utilizado para a doença pulmonar crónica obstrutiva, como são
os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as secreções das vias aéreas. Dado
que os indivíduos que sofrem de silicose têm um alto risco de contrair tuberculose, devem
submeter-se periodicamente a revisões médicas que incluam a prova cutânea para a
tuberculose

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Sinais de Proibição Sinais de Aviso

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Sinais de Obrigação Sinais de Salvamento ou de Emergência

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Notícia TVI –

2007-06-19 15:57

Lesões músculo-esqueléticas

Má postura na origem do problema

O rol de profissionais que acabam por desenvolver lesões em


consequência do trabalho que executam é enorme.

[ Última atualização às 15:57 do dia 19/06/2007 ]

Grande parte das lesões dos ossos e dos músculos são provocadas por
muitas horas de posturas incorretas e repetitivas durante o trabalho.

De acordo com o professor da Escola Nacional de Saúde Pública, António


Sousa Uva, dores nas cruzes, lombalgias, dores no pescoço, na coluna e
articulações inchadas são realidades familiares a costureiras, trabalhadores
da construção civil, dentistas, mecânicos, cabeleireiros, empregados fabris.

O rol de profissionais que acabam por desenvolver lesões em


consequência do trabalho que executam é enorme. No entanto, o problema
pode ser evitado, adaptando-se cada trabalho à posição mais correta.
55

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