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Nova Lima
2019
1ª PARTE
CESAR ROBERTO BITECOURT LIVRO “TRATADO DE DIREITO PENAL”.
CONCEITUAR O QUE É TEORIA RESTRITIVA, EXTENSIVA E A DOMINIO FINAL DO
FATO.
Conceito Extensivo de Autor: Para Bitencourt, o conceito extensivo tem como
fundamento dogmático a ideia básica da teoria da equivalência das condições,
na qual não se distingue a autoria da participação. Todo que contribui de alguma
forma para o resultado é considerado um autor. No entanto não se ignora a
existência dos preceitos legais que disciplinavam a participação no delito,
deixando claro que esta deveria ser tratada diferentemente da autoria, na qual
esse tratamento diferenciado para os partícipes deveria ser visto como
constitutivo de "causas de restrição ou limitação da punibilidade". Objetivamente,
não era possível estabelecer uma distinção entre autoria e participação, ante a
equivalência das condições. Por isso o conceito extensivo de autor vem se unido
a teoria subjetiva da participação, que seria um complemento necessário
daquela. Segundo essa teoria, é autor quem realiza uma contribuição causal ao
fato, seja qual for seu conteúdo, com "vontade de autor", enquanto é partícipe
quem, ao fazê-lo possui unicamente "vontade de partícipe". O autor quer o fato
como "próprio"; enquanto o partícipe quer o fato como "alheio".
2ª PARTE
TEORIA DO DOMINIO FINAL DO FATO. Livro do Damásio, explicação da teoria do
domínio final do fato.
Teoria do Domínio Final do Fato: Autor é quem tem o domínio final do fato,
quem domina finalmente o decurso do crime e decide sobre sua prática,
interrupção e circunstâncias (se, como, onde, quando, etc). E uma teoria que se
assenta em princípios relacionados à conduta e não ao resultado. Agindo no
exercício desse controle, distingui-sedo participe, que não tem o domínio do fato,
apenas cooperando, induzindo, incitando etc. Exigi-se apreciação caso a caso
em face da descrição do crime. A teoria do domínio do fato, que é uma tese que
complementa a doutrina restritiva formal-objetiva, aplicando critério misto.
A teoria do domínio final do fato sé é aplicável aos crimes dolosos, sejam
matérias, formais ou de mera conduta. Nos culposos, inexiste distinção entre
autoria e participação: é autor todo aquele que, mediante qualquer conduta,
produz um resultado típico, deixando de observar o cuidado objetivo necessário.
3ª PARTE
Rogério Greco e sua teoria do domínio funcional do fato.
Teoria do Domínio Funcional do Fato: A teoria do domínio funcional do fato,
adotada por grande número de doutrinadores, resolve o problema com
argumentos das teorias objetiva e subjetiva, acrescentando, ainda, um dado
extremamente importante, qual seja, a chamada divisão de tarefas.
Quando nos referimos ao domínio final do fato, não estamos querendo dizer que
o agente deve ter o poder de evitar a prática da infração penal a qualquer custo,
mas, sim, que, com relação à parte do plano criminoso que lhe foi atribuída, sobre
esta deverá ter o domínio funcional. O domínio será, portanto, sobre as funções
que lhe foram confiadas e que têm uma importância fundamental no
cometimento da infração penal.
A teoria do domínio do fato tem aplicação nos delitos dolosos, não sendo cabível,
contudo, quando a infração penal tiver a natureza culposa.
4ª PARTE
Livro do Zaffaroni, Manual de direito penal brasileiro.