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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
PROGRAMA
Ações antrópicas
RESÍDUOS SÓLIDOS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Minimização
RECICLAGEM
Pilhas e Baterias
Lâmpadas de mercúrio
Óleos lubrificantes
Pneus inservíveis
Plásticos
PRINCIPAIS TRATAMENTOS
Tratamento Biológico
Tratamento Físico
DISPOSIÇÃO FINAL
Aterros industriais
COMPOSTAGEM
SUMÁRIO
1. INTERAÇÃO - MEIO AMBIENTE E ATIVIDADE INDUSTRIAL 7
1.1 Ações Antrópicas 7
1.2 Ecoeficiência e Sustentabilidade Ambiental 8
II. RESÍDUOS INDUSTRIAIS 11
2.1 Classificação e Fontes Geradoras 11
2.2 Situação dos Resíduos Sólidos no Brasil 13
2.3 Normas NBR 10004/04 14
2.3.1 NBR 10004/04 14
2.3.1.1 Definição de Resíduos Sólidos 14
2.3.1.2 Processo de Classificação 14
2.3.1.3 Laudo de Classificação 15
2.3.1.4 Classificação 15
2.3.1.5 Caracterização e Classificação de Resíduos Sólidos 17
2.3.2 NBR 10005/04 18
2.3.2.1 Extrato lixiviado de resíduos sólidos 18
2.3.2.2 Escolha da solução de extração 18
2.3.3 NBR 10006/04 19
3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 19
3.1 Estrutura Ambiental Brasileira 20
3.1.1 SISNAMA 21
3.1.1.1 Lei n.º 6.938/81 21
3.1.1.2 Decreto Federal nº 99.274/90 22
3.1.2 CONAMA 23
3.1.3 Nova Estrutura do MMA e órgãos vinculados 26
3.1.4 Responsabilização Legal: Impactos e Danos Ambientais 27
3.1.4.1 Lei Federal 6938/81 ‒ Política Nacional do Meio Ambiente 27
3.1.4.2 Constituição Federal de 1988 27
3.1.4.3 Lei Federal 9605/98 ‒ Lei dos Crimes Ambientais 33
3.1.4.4 Decreto Federal 3179/99 27
3.1.4.5 Lei 12305/2010 ‒ Política Nacional de Resíduos Sólidos 28
3.1.5 Principais Instrumentos Legais 29
3.1.5.1 Resolução CONAMA Nº 1, de 23 de janeiro de 1986 29
3.1.5.2 Resolução CONAMA Nº 237, de 19 de dezembro de 1997 29
3.1.5.3 Resolução CONAMA Nº 267, de 14 de setembro de 2000 30
3.1.5.4 Resolução CONAMA Nº 306, de 5 de julho de 2002 30
3.1.5.5 Resolução CONAMA Nº 307, de 5 de julho de 2002 31
3.1.5. 5.1 Resolução CONAMA Nº 348, de 16 de agosto de 2004 31
3.1.5.6 Resolução CONAMA Nº 313, de 29 de outubro de 2002 31
3.1.5.7 Resolução CONAMA Nº 334, de 3 de abril de 2003 32
3.1.5.8 Resolução CONAMA Nº 362 de 23 de junho de 2005 32
3.1.5.8.1 Resolução CONAMA No 450, de 06 de março de 2012 32
3.1.5.9 Resolução CONAMA Nº 401, de 05 de novembro de 2008 32
3.1.5.9.1 Resolução CONAMA no 424, de 22 de abril de 2010 32
3.1.5.10 Resolução CONAMA Nº 416, de 30 de setembro de 2009 32
3.1.5.11 Resolução CONAMA Nº 264, de 26 de agosto de 1999 32
3.1.5.12 Resolução CONAMA Nº 275 de 25 de abril de 2001 33
1
Desenvolvimento sustentável significa atender às necessidades da geração atual, sem comprometer o
Comentário
A busca de novas tecnologias em substituição as poluentes tem sido uma
forma eficaz de reduzir os problemas ambientais, mas na maioria das vezes
isto ocorre em resposta a pressões legais ou a outro risco eminente. É preciso
que se faça uma abordagem bem mais ampla e profunda incorporando à
gestão empresarial, ações que possam acompanhar todo o processo ‒ desde a
negociação com fornecedores para a aquisição de matéria-prima, até a
disposição final ou reciclagem dos produtos consumidos ‒ introduzindo uma
mudança organizacional consciente em prol da adequação ambiental da
empresa industrial. A preocupação de gerenciar a natureza de forma
equilibrada já era evidenciada por Francis Bacon, no final do ano de 1500:
Para comandar a natureza é preciso obedecê-la .
2. RESÍDUOS SÓLIDOS
Historicamente, os resíduos industriais, independente de sua classificação
são depositados inadequadamente, muitas vezes, sem segregação alguma
oferecendo riscos, principalmente quando perigosos. Para tanto, a gestão de
§ quanto à origem
a) resíduos sólidos urbanos: resíduos sólidos gerados por residências,
domicílios, estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços e os oriundos
dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, que por
sua natureza ou composição tenham as mesmas características dos gerados
nos domicílios;
b) resíduos sólidos industriais: resíduos sólidos oriundos dos processos
produtivos e instalações industriais, bem como os gerados nos serviços
públicos de saneamento básico, excetuando-se os relacionados na alínea c
do inciso I do art. 3o da Lei no 11.445, de 2007 (c) limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;);
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
1989 2000 2008
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 1989/2008.
resíduos dos grandes geradores pode ser tarifada e, portanto, se transformar em fonte de
receita adicional para sustentação econômica do sistema).
2.3.1.4 Classificação
§ IIB ‒ inertes
Anexos
*** O gerador de resíduos listados nos Anexos A e B pode demonstrar por meio de laudo
de classificação que seu resíduo em particular não apresenta nenhuma das características de
periculosidade especificadas nesta Norma.
*** Se o resíduo não estiver listado, o gerador deve determinar se o resíduo possui uma
característica perigosa.
3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
A legislação, acima de ser um instrumento de comando e controle,
contribui para a melhoria da qualidade ambiental. As restrições nos parâmetros
de lançamento, proibições do uso de substâncias tóxicas, por exemplo,
induzem as empresas a buscarem alternativas tecnológicas e gerenciais para
controlarem os impactos ambientais negativos e a melhorarem o desempenho
ambiental. Nesta mesma linha de pensamento, Carlos et al. (2003) afirmam
que a exigência do cumprimento da legislação proporciona a criação de uma
nova cultura empresarial pela educação ambiental, reduzindo e evitando multas
decorrentes da poluição, bem como redução de custos com seguros e riscos
de indenização a terceiros.
Conformidade com a legislação ambiental significa observar as normas
ambientais postas, que objetivam o desenvolvimento econômico e o meio
3.1.1 SISNAMA
1º. Os prazos para a concessão das licenças serão fixados pelo CONAMA,
observada a natureza técnica da atividade.
Art 33 Constitui infração, para os efeitos deste decreto, toda ação ou omissão
que importe na inobservância de preceitos nele estabelecidos ou na
desobediência às determinações de caráter normativo dos órgãos ou das
autoridades administrativas competentes.
3.1.2 CONAMA
Art 41 caput
A nova resolução cria duas seções. A seção II trata das condições e padrões
de lançamento de efluentes. As condições estabelecidas na seção III diz
respeito às condições e padrões para efluentes de sistemas de tratamento de
esgotos sanitários. Nesta última, questiona-se a não exigência de padrão de
nitrogênio amoniacal total. Estes é um problema antigo das concessionárias de
serviços de esgoto, cujo atendimento da legislação nunca ocorreu. O mesmo
tratamento não receberam as indústrias (seção II), cujo padrão a ser alcançado
deste parâmetro é de 20 mg N/L (Tabela I).
O art. 16 inciso II apresenta as condições de lançamento de efluentes. Em
relação aos padrões definidos na resolução 357/2005 houve poucas
alterações, referindo basicamente aos compostos orgânicos (benzeno,
estireno, etilbenzeno, tolueno e xileno).
4. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual a
administração pública, por intermédio do órgão ambiental competente, analisa
a proposta apresentada para o empreendimento e o legitima, considerando as
disposições legais e regulamentares aplicáveis e sua interdependência com o
meio ambiente, emitindo a respectiva licença.
É o ato administrativo pelo qual se estabelecem as condições, restrições
e as medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
operar empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Licenciar uma atividade significa avaliar os processos tecnológicos em
conjunto com os parâmetros ambientais e sócio-econômicos, fixando medidas
de controle, levando-se em conta os objetivos, critérios e normas para
conservação, defesa e melhoria do ambiente e, especialmente, as diretrizes de
planejamento e ordenamento territorial do Estado.
4.1 Competências
O Conselho Nacional de Meio Ambiente ‒ CONAMA, através da
Resolução CONAMA n.0 237/97, editou as normas gerais de licenciamento
ambiental para todo o território nacional, estabelecendo os níveis de
competência federal, estadual e municipal, de acordo com extensão do impacto
ambiental. Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único
nível de competência, conforme estabelecido a seguir:
§ Competência Federal
Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis ‒ IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento
ambiental, de empreendimentos e atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:
§ Competência Municipal
Compete ao órgão ambiental municipal, ouvido os órgãos competentes
da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento
§ Licença Prévia ‒ LP
É a primeira etapa do licenciamento, em que o órgão licenciador avalia a
localização e a concepção do empreendimento, atestando a sua viabilidade
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos para as próximas fases.
A LP funciona como um alicerce para a edificação de todo o empreendimento.
Nesta etapa, são definidos todos os aspectos referentes ao controle ambiental
da empresa. De início o órgão licenciador determina, se a área sugerida para a
instalação da empresa é tecnicamente adequada. Este estudo de viabilidade é
baseado no Zoneamento Municipal. Nesta etapa podem ser requeridos estudos
ambientais complementares, tais como EIA/RIMA e RCA (Relatório de Controle
Ambiental), quando estes forem necessários. O órgão licenciador, com base
nestes estudos, define as condições nas quais a atividade deverá se enquadrar
a fim de cumprir as normas ambientais vigentes. O anexo I apresenta uma
relação de atividades que devem realizar Estudo de Impacto Ambiental durante
o licenciamento.
§ Licença de Instalação ‒ LI
Uma vez detalhado o projeto inicial e definidas as medidas de proteção
ambiental, deve ser requerida a Licença de Instalação (LI), cuja concessão
autoriza o início da construção do empreendimento e a instalação dos
equipamentos. A execução do projeto deve ser feita conforme o modelo
§ Licença de Operação ‒ LO
A Licença de Operação autoriza o funcionamento do empreendimento. Essa
deve ser requerida quando a empresa estiver edificada e após a verificação da
eficácia das medidas de controle ambiental estabelecidas nas condicionantes
das licenças anteriores. Nas restrições da LO, estão determinados os métodos
de controle e as condições de operação.
4.4 Documentação
Comentário
5. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
A prioridade no gerenciamento de resíduos sólidos industriais deve
obedecer a seguinte hierarquia, conforme mostra a Figura 6.
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($)$*$+&'!
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5.1.1 Minimização
2 Reciclar significa refazer o ciclo; trazer de volta à origem, sob a forma de matérias-primas, materiais que se degradam
facilmente ou que podem ser reprocessados, mantendo suas características básicas, na intimidade deste conceito está
implícita a importância do ato de planejamento de produto.
6. RECICLAGEM
Quadro 5. Principais efeitos à saúde dos metais presentes nas pilhas e baterias
Fonte: ASTDR (2002); U.S. EPA (2002); WHO (2002) apud Reidler e Günther (2004).
* Esses metais estão incluídos na Lista TOP 20 da USEPA, entre as 20
substâncias mais perigosas à saúde e ao ambiente: Cd, Cr, Hg, Pb (CERCLA
2002).
CAPÍTULO II
ALCALINO-MANGANÊS
I - conter até 0,0005% em peso de mercúrio quando for do tipo listado no inciso
III do art. 2o desta resolução;
II - conter até 0,002% em peso de cádmio quando for do tipo listado no inciso III
do art. 2o desta resolução;
III - conter até 2,0% em peso de mercúrio quando for do tipo listado nos incisos
V, VI e VII do art. 2o desta resolução.
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
Art. 21. Para cumprimento do disposto nos arts. 4o, art. 5o e caput do art. 6o,
será dado um prazo de até 24 meses, a contar da publicação desta resolução.
Comentário
6.2.2.1 Esmagamento
As lâmpadas usadas são introduzidas em processadores especiais para
esmagamento, onde os materiais constituintes são separados por
peneiramento, separação eletrostática e ciclonagem, em cinco constituintes
distintos:
§ terminais de alumínio;
§ pinos de latão (presença de Pb);
§ componentes ferro-metálicos;
§ vidro, poeira fosforosa rica em Hg;
§ isolamento baquelítico
No início do processo, as lâmpadas são implodidas e/ou quebradas em
pequenos fragmentos, por meio de um processador (britador e/ou moinho). Isto
permite separar a poeira de fósforo contendo mercúrio dos outros elementos
constituintes. As partículas esmagadas restantes são, posteriormente,
conduzidas a um ciclone por um sistema de exaustão, onde as partículas
maiores, tais como vidro quebrado, terminais de alumínio e pinos de latão são
separadas e ejetadas do ciclone e separadas por diferença gravimétrica e por
6.2.4 Legislação
6.3.1 Legislação
Art. 6º
6.4.2 Legislação
6.4.2.1 Resolução CONAMA Nº 416, de 30 de setembro de 2009
Dispõe sobre degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sobre sua
destinação ambientalmente adequada (Revoga 258/1999)
Art. 3o A partir da entrada em vigor desta resolução, para cada pneu novo
comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou
importadoras deverão dar destinação adequada a um pneu inservível.
Art. 4o Os fabricantes, importadores, reformadores e os destinadores de pneus
inservíveis deverão se inscrever no Cadastro Técnico Federal-CTF, junto ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-
IBAMA.
Art. 7o Os fabricantes e importadores de pneus novos deverão elaborar um
plano de gerenciamento de coleta, armazenamento e destinação de pneus
inservíveis (PGP), no prazo de 6 meses a partir da publicação desta
Resolução, o qual deverá ser amplamente divulgado e disponibilizado aos
órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA.
Art. 8o Os fabricantes e os importadores de pneus novos, de forma
compartilhada ou isoladamente, deverão implementar pontos de coleta de
pneus usados, podendo envolver os pontos de comercialização de pneus, os
municípios, borracheiros e outros.
1o Os fabricantes e os importadores de pneus novos deverão implantar, nos
municípios acima de 100.000 (cem mil) habitantes, pelo menos um ponto de
coleta no prazo máximo de até 01 (um) ano, a partir da publicação desta
Resolução.
Art. 10. O armazenamento temporário de pneus deve garantir as condições
necessárias à prevenção dos danos ambientais e de saúde pública.
Parágrafo único. Fica vedado o armazenamento de pneus a céu aberto.
Art. 11. Com o objetivo de aprimorar o processo de coleta e destinação dos
pneus inservíveis em todo o país, os fabricantes e importadores de pneus
novos devem:
I - divulgar amplamente a localização dos pontos de coleta e das centrais de
armazenamento de pneus inservíveis;
II - incentivar os consumidores a entregar os pneus usados nos pontos de
coleta e nas centrais de armazenamento ou pontos de comercialização;
III - promover estudos e pesquisas para o desenvolvimento das técnicas de
reutilização e reciclagem, bem como da cadeia de coleta e destinação
adequada e segura de pneus inservíveis; e
IV - desenvolver ações para a articulação dos diferentes agentes da cadeia de
coleta e destinação adequada e segura de pneus inservíveis.
Art 12 Parágrafo único. A simples transformação dos pneus inservíveis em
lascas de borracha não é considerada destinação final de pneus inservíveis.
Art. 15. É vedada a disposição final de pneus no meio ambiente, tais como o
abandono ou lançamento em corpos de água, terrenos baldios ou alagadiços, a
disposição em aterros sanitários e a queima a céu aberto.
6.5 Plásticos
Os plásticos são produzidos a partir de resinas sintéticas por reações de
polimerização. Dividem-se em: termoplásticos e termofixos.
Os utensílios de plásticos esgotam sua vida útil muitas vezes, sem que
estes polímeros tenham suas características físico-químicas sejam alteradas. A
reciclagem é a alternativa mais adequada para o gerenciamento deste tipo de
Fonte:
Fonte: Adaptado
Adaptado de
de Spinacé
Spinacé e
e De
De Paoli,
Paoli, 2005.
2005.
O Brasil ainda não faz a reciclagem energética. Países que adotam essa
modalidade, como a Áustria e a Suécia, além de criar novas matrizes
energéticas, conseguem reduzir em até 90% o volume de seus resíduos, índice
relevante para cidades com problemas de espaço para a construção de
aterros. Na Suíça e na Dinamarca, a recuperação energética é superior a 70%
do total de plásticos destinados a reciclagem. A principal desvantagem desse
tipo de reciclagem é o custo elevado das instalações, dos sistemas de controle
de emissões e operacional, somado à exigência de mão-de-obra qualificada
como forma de garantir o perfeito funcionamento dos equipamentos.
utilizado como matéria prima básica para bombonas, fibras têxteis, tubos e
conexões, calçados, eletrodomésticos, além de baldes, utensílios domésticos e
outros produtos. É possível utilizar os flocos de garrafa PET na fabricação de
resinas alquídicas, usadas na produção de tintas e também resinas
insaturadas, para produção de adesivos e resinas poliéster.
6.5.3 Legislação
Resolução CONAMA Nº 275 de 25 de abril de 2001
Estabelece código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado
na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva.
Art.1o Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a
ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva.
7. PRINCIPAIS TRATAMENTOS
O tratamento é voltado principalmente para o processamento de resíduos
perigosos com o objetivo de redução ou eliminação de periculosidade; a
imobilização de componentes perigosos, fixando-os em materiais insolúveis e,
a redução de volume para a disposição. Tratar resíduo significa transformá-lo
de tal maneira que, possa ser reutilizado ou disposto em condições mais
seguras e ambientalmente aceitáveis. Os principais objetivos do tratamento
são:
§ conversão dos constituintes tóxicos em formas menos perigosas ou
insolúveis;
§ alteração da estrutura química facilitando sua incorporação ao ambiente;
§ destruição dos compostos tóxicos;
§ separação de frações tóxicas, reduzindo volume e periculosidade.
Os diversos tratamentos podem ocorrer a partir de reações químicas,
físicas, biológicas e/ou térmicos, subdividindo-se em:
§ Químicos: visa remover elementos em geral, dissolvidos ou em soluções
coloidais utilizando substâncias químicas.
§ Físicos: o tratamento de resíduos industriais perigosos inclui operações de
clarificação, filtração, adsorção, absorção e/ou flotação, além de secagem e
estabilização/solidificação.
§ Biológicos: no tratamento biológico culturas adaptadas de microrganismos
são colocadas em contato com a matéria orgânica dissolvida e em
determinadas condições de temperatura, pH e oxigênio esta é decomposta
pelas bactérias resultando gás carbônico e água.
§ Físico-químicos: são os processos térmicos, incluem a incineração, a
pirólise e outros. Trata-se de processos em a temperatura elevada modifica
as características físicas e químicas do resíduo.
Os tratamentos de resíduos podem ser realizados, alternativamente, em
locais distintos:
§ junto à própria fonte geradora;
§ em outra instalação que tenha interesse em utilizar o material recuperado;
§ em instalações especializadas em tratamento.
Para tirar partido dos efeitos sinérgicos que se pode alcançar tratando
resíduos de diversas categorias, em um mesmo local, foi desenvolvido o
polêmico que tem requerido maior rigor no controle das operações de queima
de resíduos.
dioxina em níveis três vezes maiores do que o nível permitido, ou seja, 5 ppt
TEQ na gordura do leite.
Como as dioxinas são geradas em quase todas as atividades de nossa
sociedade, e é claro também no lixo, alguns autores consideram que a
incineração de lixo, com combustão eficiente é um método eficiente de
controlar dioxinas. Uma investigação na Suécia na década de 90 mostrou que
os aterros não controlados oferecem riscos potenciais de emissão de dioxinas,
devido à ocorrência de focos de incêndio não controlados. Um único incêndio
descontrolado pode resultar em emissão de dioxina em níveis superiores aos
de uma unidade de incineração, durante todo o seu tempo de operação.
7.1.2 Pirólise
7.1.3 Incineração
A incineração é um método de tratamento que se utiliza da decomposição
térmica a uma temperatura superior a 1200 oC na presença de oxigênio
alterando a natureza física, química e biológica dos resíduos tratados. No
processo ocorre a oxidação dos compostos orgânicos por combustão
controlada até produtos simples, mineralizados, como dióxido de carbono e
água. O processo objetiva:
§ Destruir os resíduos, inertizando-os na forma de cinzas;
§ Reduzir drasticamente o volume de resíduo;
§ Gerar energia, considerando resíduos combustíveis.
Plasma térmico tem sido utilizado no mundo inteiro nos últimos 30 anos
em diversos processos industriais, incluindo desde metalurgia (aquecimento de
panelas, lingotamento contínuo, produção de ferro-ligas e outros) à produção
de novos materiais (como zircônia, sílica ultra-pura, compósitos), e mais
recentemente para o tratamento de resíduos potencialmente perigosos
7.1.3.5 Legislação
Resolução CONAMA Nº 316, de 29 de outubro de 2002.
Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de
tratamento térmico de resíduos.
Art. 1º Disciplinar os processos de tratamento térmico de resíduos e
cadáveres, estabelecendo procedimentos operacionais, limites de emissão e
critérios de desempenho, controle, tratamento e disposição final de efluentes,
de modo a minimizar os impactos ao meio ambiente e à saúde pública,
resultantes destas atividades.
1º Excetuam-se da disciplina desta Resolução:
a) os rejeitos radioativos, os quais deverão seguir a normatização específica da
Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN;
b) o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de produção de
clínquer, o qual deverá seguir a Resolução CONAMA específica nº 264, de 26
de agosto de 1999, salvo a disposição sobre dioxinas e furanos, que deverá
obedecer esta Resolução.
2º O estudo da dispersão das emissões atmosféricas do sistema de
tratamento deverá, necessariamente, alicerçar a decisão quanto à sua
localização.
Relação de Anexos
7.1.4.1 Legislação
7.2.1 Landfarming
Os constituintes do resíduo, a ser tratado são biodegradados,
destoxificados, transformados e imobilizados pela atividade microbiana aeróbia
do solo reduzindo assim, os riscos de contaminação ambiental. As
propriedades físicas e químicas do mesmo interferem no processo de
tratamento.
7.1.6.3 Compósitos
8. DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
Seleção de Áreas
§ o nível da água do lençol freático na sua cota mais elevada deverá observar
uma distância mínima de 1,5 m da base do aterro (NBR 10157/1987), as
legislações estaduais podem estabelecer critérios mais restritivos
(recomendável: mínimo 2 m, RS ‒ 2,5 m, RJ ‒ 3 m);
Sistema de cobertura
Plano de fechamento
Após o encerramento do aterro, o confinamento do resíduo deve ser
garantido a partir de:
§ impermeabilização superior, a fim de impedir a entrada de águas pluviais;
§ inclinação suficiente para evitar o acumulo de águas pluviais que podem
resultar na erosão do aterro;
§ cobertura vegetal (gramado);
§ manutenção de rotina mesmo após o encerramento;
§ monitoramento da rede piezométrica por no mínimo 20 anos;
§ plano para uso futuro.
9. COMPOSTAGEM
A matéria orgânica quando não tratada ou disposta no solo corretamente
torna-se a principal fonte de poluição dos resíduos domésticos, pois geram
efluentes líquidos (chorume) e gasosos (biogás) que poluem corpos hídricos e
a atmosfera, respectivamente. A compostagem é uma das mais difundidas
práticas de tratamento dos resíduos orgânicos. É um processo natural de
decomposição biológica de materiais orgânicos (compostos com C e H na
estrutura química), de origem vegetal ou animal, pela ação de microrganismos.
A compostagem promove a transformação de materiais, como palhada,
restos de alimentos, borra de café, cascas de árvores e estrume em um
produto orgânico utilizável na agricultura. Este processo envolve
transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas
por milhões de microorganismos do solo, principalmente fungos e bactérias,
que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais
e carbono. É um modo de fornecer as condições adequadas aos
microorganismos para que eles degradem a matéria orgânica e disponibilizem
nutrientes para as plantas.
A compostagem pode ser aeróbia ou anaeróbia, em função da presença
ou não de oxigênio. Na decomposição anaeróbia, a decomposição é realizada
por microrganismos que podem viver em ambientes sem presença de oxigênio,
11. CONCLUSÃO
Nesse universo, gerenciar os resíduos sólidos de forma a garantir a
qualidade de vida da população, não somente é fundamental para o ambiente,
como é condição de atendimento das demandas sociais, de maneira
adequada. A gestão de resíduos sólidos é muito mais do que uma questão
essencialmente técnica, mas parte de um processo, onde homem deve agir
como agente transformador do meio e ao mesmo tempo, ser responsável em
frear a degradação do planeta, desenvolvendo caminhos de qualidade,
sobretudo através da melhoria de condições de vida a todas as espécies. Em
decorrência de ações de controle cada vez mais restritivas, custos com
tratamento e disposição final mais cara, o gerador é incentivado a promover a
não geração e a minimização dos resíduos. Por este motivo a política de
diminuição da geração na fonte vem sendo largamente difundida e praticada no
mundo inteiro, estando diretamente relacionada com outras práticas adotadas
pelas empresas, tais como: aumento de produtividade e qualidade total. Dentro
desta visão preventiva devemos estar atentos no gerenciamento de resíduos,
especialmente os perigosos, pois:
EPA (2002). Fact Sheet: Metal Recovery Technologies for the Metal
Finishing Industry. Disponível em:
http://es.epa.gov/techinfo/facts/michigan/michfs20.html. Acesso em: 09/12/2002.
Acesso em 16/04/2004.
REMCO ENGINEERING (2002). Water recycling cost. Disponível em:
http://www.remco.com/cost-cmp.htm. Acesso em: 21/05/2002.
Reis, V. (2004). Porto Alegre lança estudo do uso do lixo na geração
de energia elétrica. Disponível em http://www.e-
cliponline.com.br/gomateria.asp?cod=14950&nome=Abrelpe&cliente=Abrelpe%20&u=&t=Abrel
pe. Acesso em 22.09.04.
Revista Bio (2006). Grupo Schincariol Embalagens degradáveis Revista
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