Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
E. E. Duarte*
GEE – COPPE/UFRJ
Seminário Internacional de Missões de Paz, Segurança e Defesa
Novembro 2002
eeduarte@juntos.com
I. Resumo analítico.
O artigo oferece uma nova abordagem para operações de paz das Nações Unidas através de novas
respostas e perspectivas ao Relatório Brahimi. Primeiro, o artigo incrementa o entendimento sobre operações
de paz desenvolvendo um arcabouço conceitual baseado na teoria da guerra de Clausewitz e no conceito da
expedicionariedade. Segundo, o artigo detalha os elementos que compõe a conduta de operações de paz. Por
fim, o artigo apresenta recomendações efetivas para o desenvolvimento de melhores operações de paz a
partir do arcabouço desenvolvido e de uma perspectiva do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
*
Érico Esteves Duarte é mestrando em Estudos Estratégicos pela GEE/COPPE,
Universidade do Brasil - UFRJ. Orientado pelo Prf. Domício Proença Jr. Membro efetivo do Grupo
de Estudos Estratégicos (GEE). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília.
Sua temática de pesquisa é operações expedicionárias.
Participou e organizou vários exercícios de simulação de organismos internacionais para a defesa, destacando a
participação da simulação do Comitê do Atlântico Norte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) da
Universidade de Harvard de 1998 e a organização da simulação do Comitê para Desarmamento e Segurança
Internacional do América’s Model United Nations organizado pela Universidade de Brasília de 1999 e de 2000.
São sugeridas o desenvolvimento de capacidades, que compreendem uma estrutura efetiva de comando e
controle, de projeto de forças de paz, suas expectativas táticas e uma doutrina adequada.
II. Abstract.
The paper gives a new approach to Peace-Keeping Operations (PKO) through new answers and
perspectives to the Brahimi Report. First, it improves the understanding of PKO by a model of conceptual
background based in the theory of war of Clausewitz and the concept of expeditionarity. Second, it details
the elements of the conduct of PKO following the perspective of US Marine Corps. The paper concludes that
the current revision has been not able to reverse the contextual and disjointed biases of the UN PKO.. At last,
the paper presents effective recommendations for the development of the necessary capacities for better
PKO, which comprises: a effective structure for command and control, the peace forces planning and their
tactical scenarios, and a sound doctrine.
1 Ver Gali, Boutros-Boutros (1992) Agenda for Peace: Preventive Diplomacy, Peacemaking, and Peace-keeping. New
York: UNHQ.
O Agenda para Paz, entretanto, ofereceu uma orientação insuficiente para incremento
sensível das missões de paz em andamento, principalmente quanto à articulação das atividades de
peace-building (construção da paz). A partir de 1995, a Secretaria-Geral iniciou uma segunda fase
de revisão, a partir dos desdobramentos do documento Agenda para Paz.
2 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Comprehensive Review of the Whole Question of Peacekeeping Operations in All
Their Aspects. New York: Department of Peace Keeping Operations. pp. 10-11.
3 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Comprehensive Review of the Whole Question of Peacekeeping Operations in All
Their Aspects.op.cit. pp. 12-13.
4 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Comprehensive Review of the Whole Question of Peacekeeping Operations in All
Their Aspects. pp. 29-40.
5 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001).Ibdem. pp. 33-34.
2.6. Doutrina.9
O Relatório Brahimi critica o critério da Secretaria-Geral de estabelecer os planos de ação
tomando a melhor perspectiva da situação, o que leva a forças sub-dimensionadas.10
O enfoque da Secretaria-Geral deve buscar sempre o pior cenário possível para uma missão.
Conseqüentemente, as forças de paz devem ser maiores, mais bem equipadas e com real capacidade
de dissuasão do que apenas forças simbólicas.
6
Expectativas táticas são os cenários de conflito que a força deve estar preparada em termos de doutrina e de projeto de
força para atendimento das metas determinadas pela liderança política.
7
Regra de engajamento é a ingerência política sobre as atividades táticas, delimitando e especificando o uso da força
nas operações. Por exemplo, uma situação terrorista com e sem reféns possuem regras de engajamento bastante
distintas.
8 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. p. 9.
9
Doutrina é a constituição de princípios e padrões que proporcionem um enfoque metodológico e linguagens comuns
de toda força. Permite que os soldados de uma mesma força em combate convirjam suas ações por compartilharem uma
mesma perspectiva da situação.
10 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. p. 10.
11
Projeto de força é a adequação logística e organizacional da força em função de suas expectativas táticas e dos
recursos disponíveis.
12 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. pp. 14-28.
13 O United Nations Standby Arrangements System – UNSAS é a estrutura logística através do qual as operações de
paz são organizadas. Consta de listas de chamadas de tropas inscritas e material bélico depositado na base logística da
ONU em Brundisi na Itália.
14
O regime de prontidão é a gestão do ciclo de vida dos equipamentos e materiais e o fluxo de tropas e oficiais em uma
tábua de organização em função da urgência e do tamanho do contingente que se possa requerer para o emprego da
força. Prontidão tática é a disposição das tropas em condição de combate e prossegue até o fim da tarefa ou da
resistência das forças. Prontidão operacional é a dinâmica de disposição e preparação das unidades para entrar em ação
imediatamente à notificação, tendo todos os seus elementos constituintes adequados. O regime de prontidão operacional
não é um estado estático, depende de um ciclo de substituição. A prontidão estrutural constitui de uma gestão mais
complexa: é a disposição de tropas e equipamentos numa tábua de organização de pré-preparo que permita a rápida
fusão de tropas e equipamentos pré-dispostos em forças em prontidão operacional. Por último, existe a prontidão
mobilizacional que é a drenagem dos recursos nacionais em tropas e material bélico. Ver Proença Jr. e Diniz (1998)
Política de Defesa do Brasil. Brasília: Editora da UnB, pp.69-73.
15 Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. pp.7-8.
16 Ver Annan, Kofi (2000). Letter from Secretary-General to the President of the General Assembly and the President
of the Security Council. www.un.org/depst/dpko; Annan, Kofi (2001). Implementations of the recommendations of the
Special Committee on Peacekeeping Operations and the Panel on United Nations Peace Operations..
www.un.org/depst/dpko; e Annan, Kofi (2000). Report of Secretary-General on the Implementation of the Report of the
Panel on United Nations Peace Operations. www.un.org/depst/dpko.
17
Espera-se o desenvolvimento da missão de paz no Afeganistão para acompanhamento de novos aspectos adotados.
18
Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. p.viii.
19
Brahimi, Lakhdar (org.).(2001). Ibdem. p. 10.
20
“Peace-keeping can rightly be called the invention of the United Nations”
21 “
Particularly in what concerns Peace Keeping Operations, the distinction between Peace and War is
affected by very reasonable political and even expedient administrative constraints. So, by political
definition, peace operations are not war; cannot be described as war; and must always be approached in terms
that emphasize its differences from war. That is politically sound only to the extent that war is defined as an
act that is necessarily unilateral (as opposed to multilateral), guided by egotistical (as opposed to altruistic) or
aggressive (as opposed to peaceful) purposes, or associated with political agendas that are deemed
unacceptable (as opposed to those that are acceptable, i.e., self-defense). So, it is politically very clear that
Peace Operations, Peace Keeping Operations (PKO) in UN parlance, must be something else other than war.
Also administratively, and as a reflection of politically derived policies, a number of occurrences that are
undoubtedly wars must be described as something else, such as emergencies, security incidents, crisis, police
actions, or operations other than war in order to effectively and efficiently allow any given situation to be
properly recognized and so allow specific agreed-upon responses, resources and responsibilities can be
called into action. The political (and administrative) character and context of its own
characterization is all that lends of Peace Keeping Operations a distinctive denomination as
something other than peace and other than war. The fact that such boundaries are established, in
this context, arbitrarily, does not make them any less substantive or relevant. But we must neither
so deeply acknowledge policy, nor so inure ourselves to habit, nor yet so accustom ourselves to
expedients as to lose sight of what is essential in PKO. For to do so is to lose our capacity of
addressing the phenomenon of PKO itself.” Ver Proença Jr., Domício (2001). Some Standing
Theoretical Considerations on Peacekeeping Operation. Washington: III REDES – National
Defense University. pp. 4-5.
Entendemos que operações de paz não são uma forma de uso da força distinta e diferente de
todas as outras. Discordamos, portanto, das conclusões efetuadas no Agenda para Paz e no
Relatório Brahimi. Operações de paz podem ser enquadradas dentro da teoria da guerra de
Clausewitz. Mais uma vez, temos Proença Jr. (2001) como definitivo.
Por um lado, forças de paz não são forças gratuitamente. Sua chegada, distinta de
qualquer outra (por exemplo, negociadores, diplomatas, ONGs e agências) implica na
possibilidade de uso da força. Também é irrelevante quais serão as regras específicas de
engajamento associadas às forças. Elas são organizadas e capazes ao combate, de novo,
sem atentar para quão efetivas elas devam ser, ou quais restrições devem ser aplicadas a
elas. Ao menos que se deseje admitir regras de engajamento de tal natureza que anulem a
existência de forças de paz, a chegada de forças de paz numa área específica é
inquestionavelmente um ato de força. Operações de paz são um ato de força contra
qualquer e todos outros aquele atos de força exercidos naquela área se não fosse pela
presença das forças de paz. (...) Mesmo observadores armados são um ato de força, e tal
observação não pode ser útil senão ajudar na intenção de compelir outros a comportarem-
se de formas particulares.
22
“On the one hand, Peace Forces (PF) are not forces gratuitously. Their arrival, as distinct from any other (e.g.
negotiators, diplomats, NGOs, agencies) implies the possibility to the use of force. It is altogether irrelevant what
specific rules of engagement (ROEs) will be attached to them. They are organized and capable of combat, again,
regardless of how effective they might, or what restriction one might wish to apply to them. Unless one is willing to
admit to ROEs of such a nature that they annul the existence of Peace Forces […}, the arrival of Peace Forces (PF) in a
given area is unequivocally an act of force. PKO are an act of force against any and all that would act with force in that
area if it were not for the presence of PF. […] Even armed observers are an act of force, and their observation cannot
help but have the intention of compelling others to behave in particular ways. (…) On the other hand, (...) [t]hey seek to
carry out the “UN’s will”, as expressed by the Security Council. It is irrelevant if such will is consented by all (and it is
conceivable that PKO could be used to ensure the materialization of that consent), or to most, or to many, or to few. It is
also irrelevant how one values such will, or assesses such goals. It does not matter that the identity against which the act
of force of sending peace forces is unknown (the “enemy”), or that such identity might vary over time or accounting to
circumstances, or even that one elects a given condition (e.g. “armed conflict”) as the “enemy”. At each moment and
place, a given set of real human beings will behave in undesirable ways, and PKO exist to compel them to do otherwise.
That methods other than force will be used is theoretically certain, but that force becomes a consideration after Peace
Forces arrive is undeniable.” Ver Proença Jr., Domício (2001). Some Standing Theoretical Considerations on
Peacekeeping Operation. Op.cit. pp. 13-14.
23
Para o quadro conceitual integral desenvolvido pelo autor para operações expedicionárias, ver Duarte, EE (2003).
Combate além do Horizonte: a Realidade Contemporânea das Operações Expedicionárias. Rio de Janeiro: GEE-
COPPE/UFRJ (dissertação de mestrado).
3.2. Conseqüências.
Operações de paz apresentam o mesmo elemento existente em qualquer operação bélica ao
longo da história, que é o uso da força ou sua ameaça como forma de constrangimento ao
comportamento de outrem à vontade do agente da força - guerra. Por isso, pode-se supor que certas
forças armadas nacionais possam não apenas contribuir para operações de paz através de tropas e
equipamento, mas oferecendo conhecimento experimentado e desenvolvido ao longo da história
militar. Pois, nesse ínterim, conduziram-se operações que não são essencialmente distintas das
conduzidas sob os auspícios das Nações Unidas.
Operações de paz são bélicas, por isso devem possuir estruturas militares, o que significa a
identificação e coligação de expectativas táticas, a elaboração e exercício de uma doutrina militar e
o desenvolvimento de um projeto de força. Sendo que todos esses matizes devem ser capazes de
atender às qualificações táticas e logísticas decorrentes de operações de paz serem operações
expedicionárias.
Por possuir operações de paz todos esses elementos que defendemos, é que nos
aprofundamos numa força armada nacional expedicionária com experiência e capacidade mais
24 Visco, Eugene (2000). “Peace Support: Introductory Remarks” in Woodcock, Alexander (ed.). Analysis for Peace
Operations. Toronto, The Lester B. Pearson Canadian International Peace-keeping Training Centre. p. 231.
25 O USMC lista como MOTTW: evacuação de não combatentes (NEO); assistência humanitária a vitimas de guerras e
desastres; peace-keeping tradicional (monitoração e implementação de acordos existentes); peace enforcement;
operações de contra-terrorismo, contra tráfico de drogas e de segurança; e treinamento de pessoal para missões
constabulares. Ver (1998) MCDP.3 – Expeditionary Operations. Quantico: HQ/USMC. pp. 110-111.
26 Uma falta importante de nosso estudo é uma análise do material doutrinário e tático de Ssmall Wars do USMC, que
certamente constará em versões futuras deste artigo.
27 Hayden , H. T. (1995). Warfigthing. London: Greenhill Books. p. 19.
Assim, o primeiro elemento importante para os sucessos tático e estratégico segundo o
USMC é a velocidade relativa superior ao inimigo em todas as atividades da força. Segundo, a
orientação pelo inimigo e oportunismo através da busca do seu centro de gravidade, ou seja, aquele
componente do seu sistema que sustenta todas as suas atividades militares. O centro de gravidade
não é necessariamente o ponto mais fraco da força inimiga, mas geralmente ele possui
vulnerabilidades críticas que são os pontos sobre os quais todo o esforço da força deve estar
focado.28
O USMC determina três requisitos para uma força operar dessa forma: estrutura
descentralizada; entendimento da guerra como um fenômeno caótico, fluído e complexo e
capacidade de operar e explorar tal ambiente; e limitação de padrões, fórmulas e regramentos que
permitam a rápida identificação do ciclo OODA dessa força pelo inimigo. As tropas assimilam e
exercitam essas características através da familiaridade e confiança mútua, do treinamento e da
educação para operarem através de três referências mentais.29
Primeiro, a orientação da força pela intenção do comandante. O líder sênior apenas
especifica claramente a missão tática e a intenção por trás dela, sendo que fica responsável ao líder
subordinado a elaboração da forma de execução da missão, assim como as adequações necessárias
no caso de volatilidade da situação.30
Segundo, a convergência de todo o poder combatente da força através da determinação pelo
comandante da unidade incumbida do curso de ação principal de toda a força. A partir daí, essa
unidade receberá prioridade no apoio de qualquer tipo (inteligência, logística e de armas
combinadas). O esforço principal da operação é mantido até o seu fim ou com o estabelecimento de
novo esforço principal.31
As unidades da força devem ser capazes de identificar as vulnerabilidades criticas do
inimigo através da técnica de superfícies e lacunas ou busca por pontos fortes e vulneráveis para
tomada de precauções antecipadas e criação e exploração de optempos. Essa é principalmente uma
atividade de julgamento do líder e faz parte da sua função contínua de planejamento e tomada de
decisão, inclusive tendo consciência que esses elementos são mutáveis.32
33 Para evolução doutrinária, ver Hayden , H. T. (1995) Warfigthing. pp. 16-18. Para evolução histórica, ver Millet,
Allan (1980) Semper Fidelis. New York: Free Press (2a ed.,1990).
34 Millet, Allan (1980) Semper Fidelis. op.cit.. p.547, e pp. 609 e 618.
35
Hayden , H. T. (1995). Warfigthing. p.19.
36
Krulak, Charles (1995). Operational Maneuver From de Sea.. Washington: Secretary of Navy. pp. 1-3.
37
Krulak, Charles (1995). Operational Maneuver From de Sea. op.cit. p. 4.
38
Estes, Kenneth (1956) The Marine’s Officer Guide. Annapolis: Naval Institute Press (5a. edição, 1996) pp.50-51.
39
(1998) MCRP.5-12 – Organization of US Marine Corps. Quantico: USMC Headquartes. p .1.
40
(1998) MCDP.3 – Expeditionary Operations. op.cit. p. 102.
41
(1997) MCDP.1 – Warfihting. p.4.
42
(1997) MCDP.1 – Warfihting. p. 23.
43
(1997) MCDP.1 – Warfihting. pp. 33-36. Ver ainda (1998) MCDP.3 – Expeditionary Operations.
44
(1997) MCDP.1 – Warfihting. pp. 2-3.
45
Ver (1997) MCDP. 5 – Planning; (1996)e MCDP.6 - Command e (1998) MCRP. 5-12 – Organization of US Marine
Corps.
4.8. Doutrina.
O enfoque adotado para o planejamento e condução das operações de paz, segundo o
Relatório Brahimi, deve ser revisto, passando a tomar o pior cenário possível.
O USMC possui uma estrutura doutrinária bem mais sistematizada e ampla. Apresenta um
enfoque metodológico e a identificação de princípios e padrões comuns de todas as atividades da
força materializadas em nove manuais: Strategy (Estratégia - MCDP 1-1), Campaing (Campanha -
MCDP 1-2), Tactics (Tática - MCDP 1-3), Intelligence (Inteligência - MCDP 2), Expeditionary
Operations (Operações Expedicionárias - MCDP 3), Logistics (Logística - MCDP 4), Planning
(Planejamento - MCDP 5), Command (Comando - MCDP 6); sendo todos orientados e unificados
pelo manual conceitual MCDP 1 Warfighting (Guerrear).
O processo de desenvolvimento doutrinário é constante e deve ser amplo, abrangendo todas
as atividades de uma força, pois é através dele que as diferentes partes da organização usam a
mesma linguagem e possuem as mesmas perspectivas em relação aos diversos aspectos das diversas
tarefas.50
46
(1996) MCDP.6 – Command. Op.cit. p. 46.
47
È a composição ou atualização das forças tendo em vista as metas políticas e expectativas táticas através da
implementação de programas de modernização. Proença Jr. e Diniz (1998) Política de Defesa do Brasil. p. 128.
48
É a revisão do planejamento para a defesa “em acordo com as metas políticas, a realidade do cenário político interno,
do cenário político internacional, do estado de arte bélico e da dinâmica da história contemporânea”. Proença Jr. e Diniz
(1998) Política de Defesa do Brasil. p. 104.
49
As atuais expectativas táticas e atividades do USMC são: condução de campanha terrestre em combinação da US
Army; assalto anfíbio; incursão anfíbia; decepção através de objetivo limitado; reforço, assalto e inspeção marítima;
operações militares em terreno urbano com função constabular; operações de segurança; evacuação de civis ou militares
feridos (Non Combatent Evacuation - NEO); ajuda humanitária para vítimas de guerra e desastres; operações de
treinamento militar e apoio civil; demonstração de força; recuperação de aeronave e pessoal (Tactical Recovery of
Aircraft and Personnel (TRAP); operações de inteligência, contra-inteligência, reconhecimento e guerra eletrônica. Ver
Clancy, Tom (1996) Marine. New York: Berkley Books. pp. 240-245.e Estes, Kenneth (1956) The Marine’s Officer
Guide op.cit. pp. 49-57.
50
(1997) MCDP.1 – Warfihting. p.56.
51
Flexibilidade de re-arranjo organizacional em meio as operações para uma disposição tática mais capaz e de serem
reforçadas por outras unidades maiores ou integradas a outras forças armadas.
52
Movimento da força entre o teatro de operações aliado para um inimigo através de vetores aéreos de longa distancia e
grupos anfíbios e avançados.
53
Movimento da força dentro de um teatro de operações através de helicópteros de grande capacidade de carga e
autonomia e pouca dependência em carros e blindados.
54
Ver (1998) MCRP.5-12 – Organization of US Marine Corps. op.cit..
55
(1998) MCDP.3 – Expeditionary Operations. op.cit. pp. 109-110.
56
Operações de paz são previstas e descritas no documento doutrinário superior das forças armadas americanas (1995)
Joint Publication 3-07 – Joint Doctrine for Military Operations than War . Washington: Joint Chiefs of Staff. Faz ainda
considerações de planejamento necessário para execução efetiva. Oferece elementos para outros manuais para táticas,
técnicas e procedimentos.