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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

Núcleo de Educação a Distância

Anatomia
CRIAÇÃO E
DESENVOLVIMENTODE
do
Desenvolvimento
NOVAS EMPRESAS
Humano
ALEXANDRE SALGADO
NOME PROFESSOR

SEMESTRE 1

1
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Educação a Distância

Créditos e Copyright

SANTANA, Angélica Barbosa Neres

Curso de Educação Física: Anatomia do


Desenvolvimento Humana. Profª Drª Angélica Barbosa
Neres Santana: Semestre 1. Santos: UNIMES VIRTUAL.
UNIMES, 2018, 116p.

1. Educação Física 2. Anatomia do Desenvolvimento


Humano

CDD 371.009

Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas
aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste
curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou
formato.

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PLANO DE ENSINO

Curso: Bacharelado em Educação Física


Componente curricular: Anatomia do Desenvolvimento Humano
Semestre: 2º
Carga horária total: 80 horas

EMENTA:
Desenvolvimento anatômico do corpo humano referente à origem dos órgãos
e a formação dos sistemas. Desenvolvimento embriológico, morfologia e funções
gerais do processo da organogênese. Órgãos que compõem os sistemas na fase
adulta. Alterações morfofuncionais relacionadas à prática de atividades físicas

OBJETIVO GERAL:
Introduzir e capacitar o aluno ao entendimento dos fundamentos do
desenvolvimento anatômico do corpo humano, a fim de lhe propiciar conhecimento e
o deixar apto para a compreensão dos ensinamentos seguintes da área do curso de
Educação Física.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Unidade I – Embriologia da 1ª a 8ª semana


Objetivo da Unidade
Discorrer sobre o desenvolvimento do corpo humano a partir do
desenvolvimento do zigoto, processo de proliferação celular e implantação.

Unidade II – Embriologia e o processo de organogênese


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia do desenvolvimento dos órgãos.

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Unidade III – Embriologia do 3º ao 9º mês


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia da formação do feto e o impacto do comportamento
materno em todo processo do desenvolvimento do embrião e consequências pós-
natal.

Unidade IV – Sistema Nervoso


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia dos componentes do sistema nervoso e suas
funcionalidades.

Unidade V – Sistema Cardiovascular


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia dos componentes do sistema cardiovascular e suas
funcionalidades.

Unidade VI – Sistema Respiratório


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia dos componentes do sistema respiratório e suas
funcionalidades.

Unidade VII – Sistema Digestório


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia dos componentes do sistema digestório e suas
funcionalidades.

Unidade VIII – Sistema Genital, Reprodutor e Urinário


Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia e a funcionalidade dos componentes dos sistemas
genital, reprodutor e urinário.

Unidade IX – Sistema Tegumentar

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Objetivo da Unidade
Apresentar a morfologia dos componentes do sistema tegumentar e suas
funcionalidades.

Unidade X – Ósseo e Muscular


Objetivo da Unidade
Aprofundar no conhecimento anatômico em relação a morfologia dos
componentes dos sistemas ósseo e muscular.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Unidade I
- Embriologia – Desenvolvimento na 1ª a 2ª semana
- Embriologia – Desenvolvimento na 3ª semana
- Embriologia – Desenvolvimento na 4ª a 8ª semana

Unidade II
- Organogênese I – Formação do sistema ocular e auditivo
- Organogênese II – Formação do sistema nervoso central e periférico
- Organogênese III – Formação do sistema cardiovascular
- Organogênese IV – Formação do sistema respiratório
- Organogênese V – Formação do sistema digestório
- Organogênese VI – Formação do sistema genital/reprodutor e sistema
urinário
- Organogênese VII – Formação do sistema esquelético e muscular
- Organogênese VIII – Formação do sistema tegumentar

Unidade III
- Embriologia – Desenvolvimento do 3º ao 9º mês
- Embriologia – Comportamento materno

Unidade IV

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- Sistema Nervoso I – Sistema Central e Periférico


- Sistema Nervoso II – Cérebro
- Sistema Nervoso III - Diencéfalo e Telencéfalo
- Sistema Nervoso IV – Tronco Encefálico
- Sistema Nervoso V - Cerebelo
- Sistema Nervoso VI – Sistema nervoso Periférico

Unidade V
- Sistema Cardiovascular I – Coração e Inervações
- Sistema Cardiovascular II – Parte interna do Coração

Unidade VI
- Sistema Respiratório I – Trato superior
- Sistema Respiratório II – Trato Inferior
- Sistema Respiratório III – Pulmões

Unidade VII
- Sistema Digestório I – Boca, Faringe e Esôfago
- Sistema Digestório II – Estomago e Intestino

Unidade VII
- Sistema Genital e Reprodutor
- Sistema Urinário

Unidade IX
- Sistema Tegumentar

Unidade X
- Sistema Ósseo I – Esqueleto ósseo
- Sistema Ósseo II – Principais tipos ósseos
- Sistema Muscular

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed.
Phorte, 2009.
MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de
Janeiro Ed Elsevier, 2012.
NETTER, F. H. Atlas De Anatomia Humana. 5ª edição, Rio de Janeiro,
Elsevier, 2011.
TORTORA G.J. GRABOWSKI S.R. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ª
edição, 2002.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
LYNN S, L. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeutas. 3ª edição,
Guanabara, 2003.
MIRANDA, E. Bases da Anatomia e Cinesiologia. 7ª edição, Sprint, 2008
WEINCK, J. Anatomia aplicada ao esporte. 18ª edição, Manole, 2013.
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 23ª edição, Guanabara, 2013.
MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas.
UFRGS – Porto Alegre, Ed. do autor, 2013.

METODOLOGIA:
Este componente curricular está dividido em unidades temáticas que serão
desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto,
vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por
sugestão de leitura de textos, de sites, de vídeos, de atividades diversificadas,
reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do
processo ensino/aprendizagem.

AVALIAÇÃO:

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A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido


e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial,
de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.

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Sumário
Aula 1- Embriologia – 1ª a 2ª semana. ..................................................................... 10
Aula 2 - Embriologia - 3ª semana. ............................................................................ 13
Aula 3 – Embriologia - 4ª a 8ª semana. .................................................................... 18
Aula 4 - Embriologia – Organogênese I. .................................................................. 21
Aula 5 – Embriologia - Organogênese II. ................................................................. 23
Aula 6 – Embriologia - Organogênese III. ................................................................ 26
Aula 7 – Embriologia - Organogênese IV. ................................................................ 29
Aula 8 – Embriologia - Organogênese V. ................................................................. 31
Aula 9 – Embriologia - Organogênese VI. ................................................................ 33
Aula 10 – Embriologia - Organogênese VII. ............................................................. 36
Aula 11 – Embriologia - Organogênese VIII. ............................................................ 39
Aula 12 – Embriologia - 3º ao 9º mês. ...................................................................... 42
Aula 13 - Embriologia – Comportamento materno.................................................... 44
Aula 14 - Anatomia – Sistema Nervoso I. ................................................................ 47
Aula 15 - Anatomia – Sistema Nervoso II. ................................................................ 50
Aula 16 - Anatomia – Sistema Nervoso III ................................................................ 55
Aula 17 - Anatomia - Sistema Nervoso IV ................................................................ 63
Aula 18 - Anatomia – Sistema Nervoso V. ............................................................... 69
Aula 19 - Anatomia – Sistema Nervoso VI ............................................................... 71
Aula 20 - Anatomia - Sistema Cardiovascular I. ....................................................... 77
Aula 21 - Anatomia - Sistema Cardiovascular II. ...................................................... 82
Aula 22 - Anatomia - Sistema Respiratório I............................................................ 85
Aula 23 - Anatomia - Sistema Respiratório II............................................................ 90
Aula 24 - Anatomia - Sistema respiratório III. ........................................................... 93
Aula 25 - Anatomia - Sistema Digestório I. ............................................................... 97
Aula 26 - Anatomia - Sistema Digestório II. ............................................................ 102
Aula 27 - Anatomia - Sistema Genital e Reprodutor. .............................................. 106
Aula 28 - Anatomia - Sistema Urinário. .................................................................. 109
Aula 29 - Anatomia - Sistema Tegumentar. ........................................................... 113
Aula 30 - Anatomia - Sistema Ósseo I. .................................................................. 115
Aula 31 - Iniciação das crianças escolares na natação. ......................................... 118

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Aula 32 - Anatomia - Sistema Muscular. ................................................................ 123

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Aula 1- Embriologia – 1ª a 2ª semana.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos iniciar nossos estudos sobre a anatomia do


desenvolvimento do corpo humano, a qual iremos estudar em duas partes, a
primeira será o desenvolvimento do corpo humana na fase do pré-natal e a segunda
será direcionado ao estudo dos órgãos que compõem o corpo humano.
O desenvolvimento humano possui três diferentes estágios durante o
crescimento pré-natal: o óvulo fertilizado (óvulos) ou zigoto, o embrião e o feto.
O período do zigoto compreende as duas primeiras semanas após a
fertilização. É caracterizado pela rápida divisão celular (mitose) e crescente
complexidade – fase conhecida como clivagem ou segmentação. Conforme a
divisão celular ocorre, o agrupamento de células tem uma aparência de fruta
silvestre e chamado de mórula, formando o blastocisto, que tema a aparência de
um disco com cavidades.
Durante a segunda semana após a fertilização, os blastócitos começam a se
implantar na parede do útero e diversas camadas celulares se tornam diferenciadas.
Embora a diferenciação de cada camada celular seja importante, a camada de maior
interesse é a que desenvolve no embrião.
O blastocisto consiste em uma camada superficial, o trofoblasto (ou
trofoectoderma), e em um pequeno grupo interno de células, o embrioblasto (ou
massa celular interna). O trofoblasto deriva parte da placenta (throfe, em grego,
significa nutrição), e o embrioblasto origina o embrião propriamente dito e alguns
anexos embrionários. Ao final da segunda semana, o embrião é claramente
diferenciado. As outras camadas celulares são vitais para o princípio da nutrição do
embrião desenvolvido e para o desenvolvimento do cordão umbilical e da placenta.
O embrião precoce, no entanto, não pode se desenvolver mais intensamente, a
menos que seja implantado com sucesso nas paredes uterinas, processo
denominado implantação.

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O processo de clivagem é semelhante nos em diferentes espécies que de


serem vivos, como é mostrado na figura 1.

Figura 1. Processo de clivagem em diferentes espécies.


Fonte:https://www.colegioweb.com.br/embriologia.html

Em síntese a segunda semana de desenvolvimento pré-natal é a fase da


diferenciação e implantação, a qual:
 7º dia
o Blastócitos: blastodisco e cavidade da blástula;
 8º dia
o Implantação do blastocisto no útero, diferenciação de placa
embrionária e cavidade amniótica;

 12º - 14º dia - o blastócito é implantado no útero e diferenciado em:


o Membrana amniótica;
o Cavidade amniótica;
o Embrião;

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o Vesícula umbilical;
o Placenta;
o Umbigo.

Referência:
MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –
Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.
MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de
Janeiro Ed Elsevier, 2012.
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.

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Aula 2 - Embriologia - 3ª semana.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre os principais processos que ocorrem no


desenvolvimento do embrião na terceira semana de gestação.

Após uma implantação bem-sucedida, o principal evento da terceira semana é


a gastrulação, um processo que envolve movimentos celulares que estabelecem as
três camadas germinativas no embrião, desenvolve-se como um disco e mais tarde
dobra-se e fecha-se em um corpo cilíndrico.

A concentração de células do epiblasto estabelece uma linha mediana e


caudal, a linha primitiva. Na sua extremidade cranial, há um maior acúmulo de
células, o nó primitivo (ou nó de Hensen). Com o aparecimento da linha primitiva,
são identificados o eixo anteroposterior (craniocaudal) e o eixo direito-esquerdo do
embrião.

As primeiras células a migrarem originam o mesoderma extraembrionário.


Outras células substituem as células do hipoblasto que revestiram a blastocele e
constituem o endoderma. As células da linha primitiva que se espalham lateral e
cranialmente entre o epiblasto e o endoderma estabelecem o mesoderma. O
epiblasto é agora chamado de ectoderma. Assim, na terceira semana, o embrião é
um disco tridérmico, isto é, com três camadas germinativas: o ectoderma, o
mesoderma e o endoderma.

Ectoderma: revestimento epitelial externo (epiderme e seus anexos - pelos, unhas,


glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e glândulas mamárias); epitélio da
cavidade oral e anal; glândulas salivares parótidas; esmalte dentário; sistema
nervoso e órgãos dos sentidos; medula da adrenal; meato auditivo externo, e epitélio
da parte terminal da uretra masculina.

Mesoderma: endotélio e mesotélio; tecido conjuntivo (inclusive tecido adiposo,


cartilagem, osso, tecido hematopóetico e sangue); tecido muscular.

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 mesoderma dos arcos branquiais: crânio; tecido conjuntivo e músculos da


cabeça e do pescoço; tecido linfoide do timo e das tonsilas palatinas;
dentina;

 mesoderma paraxial (somitos): esqueleto (parte do crânio - osso occipital,


coluna vertebral e costelas); tecido conjuntivo e músculos do tronco;
músculos dos membros;

 mesoderma intermediário: sistema urinário (rins e ureteres) e sistema


genital/reprodutor;

 mesoderma lateral somático: folheto parietal das membranas serosas da


pleura, do pericárdio e do peritônio; tecido conjuntivo dos membros, e
derme da pele do abdômen;

 mesoderma lateral esplâncnico: folheto visceral das membranas serosas


da pleura, do pericárdio e do peritônio; células do sangue; sistema
cardiovascular; tecido conjuntivo e músculos das vísceras;

 notocorda: núcleo pulposo das vértebras.

Endoderma: revestimento epitelial interno (do sistema digestório – da faringe ao


reto, do sistema respiratório, da bexiga, da uretra e da vagina); anexos do trato
digestório (glândulas salivares submandibulares e sublinguais; fígado, vesícula biliar
e pâncreas); glândulas do sistema respiratório; tuba auditiva e cavidade timpânica;
tonsilas palatinas e células epiteliais reticulares do timo; tireoide e paratireoides.

O processo notocordal¸ que se origina a notocorda, se inicia com as células


do nó primitivo migram ao nível do mesoderma, em sentido cranial e formam uma
massa compacta de células mesodérmicas, a placa precordal. A placa neural sofre
um alongamento e um estreitamento por extensão convergente e dobra-se por
invaginação. A elevação das bordas laterais (pregas neurais) ao longo do seu eixo
longitudinal e mediano (sulco neural) decorre da mudança na forma das células de
colunar para a piramidal, com a constrição do ápice pelo deslizamento dos

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filamentos de actina. Como as células estão unidas por junções de adesão, a placa
curva-se. O alongamento do embrião força as extremidades da placa neural no
sentido longitudinal, o que impulsiona o seu dobramento. As pregas neurais
encontram-se e fundem-se no tubo neural, que se separa da lâmina ectodérmica,
graças à expressão diferencial das moléculas de adesão celular. O ectoderma de
revestimento é refeito sobre o tubo neural, internalizando-o. O processo de
dobramento da placa neural em tubo neural descrito é denominado de neurulação,
ocorre do meio para as extremidades, como se houvesse dois zíperes fechando em
sentidos opostos. Entretanto, na região cranial, há geralmente dois sítios adicionais
de fechamento. As extremidades, denominadas neuróporos, são obliteradas por
último. O neuróporo anterior fecha-se no 25º dia, e o posterior, no 27º dia (Figuras
1).

Figura 1: Corte transversal do embrião – aproximação das pregas neurais para sua
posterior fusão e formação do tubo neural

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Fonte: MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de
Janeiro Ed Elsevier, 2012.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 3 – Embriologia - 4ª a 8ª semana.


Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre os principais processos que ocorrem no


desenvolvimento do embrião durante a quarta semana de gestação, o qual inicia o
processo de organogênese.

Na quarta semana, o embrião dobra-se nos planos longitudinal e transversal,


tornando-se curvado e tubular, com o ectoderma revestindo a superfície externa, e o
endoderma, a interna. O dobramento no plano longitudinal do corpo faz com que a
porção mais cranial do tubo neural se projete para frente e para baixo, e assim, o
encéfalo será a estrutura mais cranial do embrião, e as áreas que originarão a boca
e o coração são trazidas ventralmente, passando a ocupar a posição que possuem
no adulto. O dobramento do embrião é acompanhado pela expansão do saco
amniótico, que passa a envolver todo o embrião, como um balão. A expansão do
saco amniótico contribui para que as extremidades dos folhetos embrionários se
fusionem na linha média, o que origina uma parte do saco vitelino, formando o
intestino médio. O restante do saco vitelino atrofia e é incorporado ao pedúnculo do
embrião, o qual será o cordão umbilical.

Entre a quarta e a oitava semanas, a maioria dos órgãos se estabelece a


partir dos três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderme) que é
chamado de organogênese.

Na quarta semana, a faringe primitiva é delimitada e o primeiro par de arcos


branquiais (também denominado arcos mandibulares), forma os processos
mandibulares e, da sua porção dorsal, crescendo em sentido cranial, os processos
maxilares O posterior crescimento da mandíbula, que ocorre até os 10 anos, é em
virtude da ossificação endocondral a partir de um centro de cartilagem estabelecido
no mesênquima do côndilo mandibular, no quinto mês.

Do quarto e sexto pares de arcos, originam-se as cartilagens da laringe: a


epiglote e as cartilagens tireoide, aritenoides, cricoide, cuneiforme e corniculata. A
epiglote é derivada da eminência hipobranquial, uma região resultante da
proliferação do mesênquima do terceiro e do quarto pares de arcos branquiais. A

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porção originada do quarto par de arcos branquiais é responsável pela epiglote,


enquanto aquela do terceiro par resulta na parte faríngea da língua. O primeiro par
de bolsas faríngeas aprofunda-se e origina as tubas auditivas e as cavidades
timpânicas.

Entre os processos maxilares e os processos nasais laterais, há inicialmente


uma fenda, o sulco nasolacrimal e a sua extremidade cranial se expande no saco
lacrimal. Na quarta semana, os processos mandibulares fusionam-se. Entre a sexta
e a oitava semanas, os processos maxilares aumentam em tamanho e crescem para
o plano mediano, aproximando os placoides do cristalino e os processos nasais
medianos. Os processos maxilares fusionam-se com os processos mandibulares e
com os processos nasais laterais e medianos. (Figura 1)

Os processos mandibulares são responsáveis pela mandíbula, pela parte


inferior das bochechas, pelo lábio inferior e pelo queixo. Os processos maxilares
formam a maxila, os ossos zigomáticos, a porção escamosa dos ossos temporais,
as regiões superiores das bochechas e o lábio superior. O processo frontonasal
origina a testa e parte do dorso do nariz. Os processos nasais laterais formam as
asas do nariz. A fusão dos processos nasais medianos resulta no restante do dorso
e na ponta do nariz e no septo nasal. A língua começa a se formar no final da quarta
semana. As papilas linguais circunvaladas e foliadas aparecem ao final da oitava
semana

Figura 1: Representação da formação da face

Fonte: MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS


– Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.

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A tireoide forma-se a partir de um divertículo do endoderma do assoalho da


faringe primitiva, entre o primeiro e o segundo pares de bolsas faríngeas. O palato é
proveniente do mesoderma das proeminências nasais medianas e das
proeminências maxilares. O segmento intermaxilar, resultante da união das
proeminências nasais medianas, contribui para o processo palatino mediano, que
será responsável pela parte anterior do palato. Os processos palatinos laterais
crescem um em direção ao outro e fusionam-se na 10ª semana, separando as
cavidades nasal e oral. O septo nasal cresce inferiormente e funde-se com o palato.
Osso desenvolve-se no palato anterior, na porção pré-maxilar da maxila, que contém
os dentes incisivos, e estende-se para os processos palatinos laterais, formando o
palato duro. As porções posteriores dos processos palatinos laterais não se
ossificam e constituem o palato mole e a úvula.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 4 - Embriologia – Organogênese I.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre a formação do sistema ocular e


auditivo.

No início do desenvolvimento embrionário, o prosencéfalo constitui um único


campo óptico, que posteriormente é dividido em dois. Duas vesículas são projetadas
do prosencéfalo lateramente: são as vesículas ópticas. Quando o prosencéfalo
divide-se em telencéfalo e em diencéfalo, elas permanecem em comunicação com
o diencéfalo. As vesículas ópticas contatam o ectoderme de revestimento
suprajacente e induzem sua transformação nos placoides do cristalino, os quais
se invaginam nas vesículas do cristalino e, posteriormente, se diferenciam nos
cristalinos. Os placoides e as vesículas do cristalino, por sua vez, agem sobre as
vesículas ópticas. Elas se invaginam e adquirem uma forma de cálice, com parede
dupla. Esse cálice óptico se transforma na retina, sendo a camada mais interna
(próxima à vesícula encefálica) a camada pigmentar e a mais externa a camada
sensorial, com os fotorreceptores.

Na quarta semana, por indução da notocorda, do mesoderma paraxial e do


rombencéfalo, ocorre um espessamento do ectoderma de revestimento nos
placoides óticos. Eles se invaginam para o mesênquima subjacente e terminam por
se separar do ectoderma como vesículas auditivas (vesículas óticas ou otocistos).
Estas se diferenciam no labirinto membranoso, composto por: ductos semicirculares,
utrículo, sáculo, ducto e saco endolinfáticos e ducto coclear. O órgão espiral (ou de
Corti), cujas células pilosas são receptoras dos sons, diferencia-se da parede do
ducto coclear. O mesênquima é induzido pelas vesículas óticas e transforma-se em
cartilagem e posteriormente em tecido ósseo, formando o labirinto ósseo,
constituído por: vestíbulo, canais semicirculares e cóclea. O labirinto membranoso
e o labirinto ósseo compõem a orelha interna.

Os ossículos da orelha média são provenientes do primeiro e do segundo


arcos branquiais, e as tubas auditivas e as cavidades timpânicas, do primeiro par

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de bolsas faríngeas. A orelha externa consiste no meato acústico externo, na


camada externa da membrana timpânica e no pavilhão auditivo. Os meatos
acústicos externos derivam do primeiro par de sulcos branquiais. As membranas
timpânicas diferenciam-se da camada de ectoderma do primeiro par de sulcos
branquiais e de endoderma do primeiro par de bolsas faríngeas, com mesoderma
interposto. Os pavilhões auditivos surgem, na sexta semana, da modelagem de
seis tubérculos de mesênquima. Inicialmente as orelhas estão posicionadas em nível
do pescoço, mas, à medida que a mandíbula se desenvolve, ascendem para o lado
da cabeça, na altura dos olhos.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 5 – Embriologia - Organogênese II.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre o desenvolvimento do sistema nervo


central e periférico.

O tubo neural derivará o sistema nervoso central, qual o neuroepitélio


apresenta inicialmente somente uma camada, constituída por um tipo de célula
glial. Ela é uma célula-tronco capaz de gerar tanto células da glia como neurônios.

No início da diferenciação dos neuroblastos, não há prolongamentos, mas logo


desenvolvem dois processos citoplasmáticos opostos, tornando-se bipolares.
Posteriormente um dos processos é substituído por vários dendritos e o outro se
alonga no axônio, resultando em neurônios multipolares.

Na quarta semana de desenvolvimento, a porção anterior do tubo neural


expande-se e origina nas três vesículas encefálicas: prosencéfalo, mesencéfalo e
rombencéfalo. Essa expansão é promovida pela pressão de fluido contra as
paredes. O tubo neural curva-se entre o mesencéfalo e o rombencéfalo (flexura
cefálica) e entre o rombencéfalo e o restante do tubo neural (flexura cervical),
adquirindo a forma de um C na sua extremidade cefálica. Na quinta semana, o
prosencéfalo deriva o telencéfalo e o diencéfalo. O mesencéfalo continua como
tal. O rombencéfalo divide-se em metencéfalo e mielencéfalo também chamados
como o conjunto mesencéfalo. O telencéfalo expande-se lateralmente e dará origem
aos hemisférios cerebrais. Do terceiro ao oitavo mês, surgem sulcos e giros, o
que aumenta a área do córtex cerebral sem aumento de volume da massa cefálica.
(Figura 1)

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Figura 1: Representação da formação da face.

P: prosencéfalo, M: mesencéfalo, R: rombencéfalo, T: telencéfalo, D: diencéfalo, MT:


metencéfalo e MI: mielencéfalo.

Fonte: MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS


– Porto Alegre, Ed. Do autor, 2013.

O hipotálamo, o tálamo e o epitálamo surgem como três saliências das


paredes laterais do diencéfalo. Em relação ao tálamo, o hipotálamo é ventral, e o
epitálamo, dorsal. O hipotálamo tem núcleos que regulam as funções viscerais,
como o sono, a homeostasia, a temperatura corporal, a atividade cardíaca, a
ingestão de alimento e de líquido e o comportamento emocional e sexual. Ele
também comanda respostas corporais por intermédio da secreção de hormônios
pela hipófise. O tálamo possui núcleos que recebem informações visuais, auditivas
e táteis, de dor e temperatura e que as enviam para o córtex cerebral.
Desempenha um papel importante na manutenção da consciência e na aquisição do
conhecimento (cognição). O epitálamo tem funções associadas ao hipotálamo. Ele
possui núcleos relacionados à mastigação e à deglutição.

As paredes do metencéfalo originarão o cerebelo e a ponte, assim como o


cérebro, o cerebelo também apresenta um córtex de substância cinzenta, a
substância branca interna e, no interior desta, núcleos de substância cinzenta. A
substância cinzenta periférica (constituída pelas camadas molecular, de Purkinje e

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granular) resulta da migração dos neuroblastos da zona intermediária para a zona


marginal. Os núcleos cerebelares derivam de células da zona intermediária que
permanecem em suas posições originais.

O mielencéfalo originará o bulbo. Seus dois núcleos principais são: o centro


cardiovascular, que regula o ritmo e a força dos batimentos cardíacos e o diâmetro
dos vasos sanguíneos, e o centro respiratório de ritmicidade, que regula a
frequência da respiração. O conjunto do mesencéfalo, ponte e bulbo denomina-se
tronco encefálico.

O sistema nervoso periférico é originado das células da crista neural.


Essas células desprendem-se do neuroepitélio da placa neural (na região cranial) ou
do tubo neural (no tronco) e formam uma lâmina dorsal contínua, por cima do tubo
neural, que logo se divide em duas faixas longitudinais e se segmentam.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 6 – Embriologia - Organogênese III.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar a respeito dos principais desenvolvimentos


embrionário sobre o sistema cardiovascular.

Mesmo em formação, o sistema cardiovascular permite a circulação


sanguínea entre o embrião e as partes em anexo, suprindo a necessidade de
nutrientes e oxigênio e promovendo a eliminação de catabólitos (excreção). Na
terceira semana de desenvolvimento, os vasos sanguíneos começam a se
organizar no mesoderma extraembrionário do saco vitelino, do córion e do
pedúnculo do embrião e no mesoderma intraembrionário (exceto o mesoderma
precordal e a notocorda). Eles surgem a partir da confluência de ilhotas sanguíneas,
com células denominadas hemangioblastos. As células periféricas na ilhota se
diferenciam nas células endoteliais, e as células internas, nas hemácias.

Os vasos sanguíneos formam-se por três mecanismos principais: pela


coalescência dos angioblastos (precursores das células endoteliais) in situ (ex.:
aorta dorsal); pela migração dos angioblastos de outros sítios (ex.: endocárdio), e
pela ramificação de vasos já existentes (ex.: vasos do sistema nervoso). No
tronco e nas extremidades, o mesoderma local torna-se associado com o
revestimento endotelial para constituir a parede vascular. Na cabeça e em muitas
áreas do sistema arco aórtico, o mesênquima derivado da crista neural contribui
para o tecido conjuntivo e o músculo liso do vaso.

Nas primeiras seis semanas, os eritrócitos em circulação são principalmente


derivados do saco vitelino. Entretanto são células primitivas: grandes e nucleadas. A
hematopoese intraembrionário inicia, no fim da quarta semana. Células-tronco
hematopoéticas migram, através do sangue, para o saco vitelino, a placenta e o
fígado. Da sexta à oitava semana, o fígado substitui o saco vitelino como principal
fonte de hemácias. Os eritrócitos do fígado são anucleados, com uma vida curta (50
a 70 dias) e com hemoglobina fetal, que tem uma afinidade maior pelo oxigênio do
que a forma adulta.

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No fim do período embrionário, células-tronco hematopoéticas do fígado


colonizam o baço, e do terceiro ao quinto mês, esses dois órgãos são os principais
sítios de hematopoese. Posteriormente o baço se trona componente do sistema
linfático.

O fígado continua a produzir eritrócitos até o início do período neonatal


(recém-nascido), mas sua contribuição começa a declinar no sexto mês, quando a
medula óssea assume a atividade hematopoética. A medula óssea produz
eritrócitos anucleados, com hemoglobina do tipo adulto.

O coração é gerado a partir de dois tubos endocárdicos, originados como


os vasos, no mesoderma lateral esplâncnico da região cranial. Esses tubos se
fundem com a aproximação das extremidades dos folhetos embrionários no
dobramento do embrião no plano transversal. O dobramento no plano longitudinal
leva a área cardiogênica.

O tubo cardíaco primitivo sofre uma série de dilatações, sendo identificadas


quatro cavidades cardíacas primitivas: bulbo cardíaco, ventrículo primitivo, átrio
primitivo e seio venoso, no sentido anteroposterior. O revestimento endotelial do
tubo cardíaco será o endocárdio, e o mesoderma ao redor, o tecido subendocárdio,
o miocárdio e o epicárdio (ou, sendo que esse último é produzido pela proliferação
e migração de células mesoteliais do seio venoso. O coração primitivo começa a
bater por volta do 22º dia. As contrações musculares têm origem no próprio músculo
cardíaco e ocorrem em ondas peristálticas do seio venoso para o bulbo cardíaco.

Na oitava semana, as veias cardinais anteriores conectam-se por uma


anastomose que desvia o sangue da veia cardinal anterior esquerda para a direita.
Esse vaso anastomótico se torna a veia branquiocefálica esquerda quando a
porção caudal da veia cardinal anterior esquerda se degenera. A veia cardinal
comum esquerda fará parte do seio coronário. A veia cardinal anterior direita e a
veia cardinal comum se transformam na veia cava superior, que, assim como o
seio coronário, desembocará no átrio direito. As veias cardinais anteriores também
se diferenciam nas veias jugulares internas. As veias cardinais posteriores

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contribuem para a formação da veia cava inferior e originarão a maioria das veias
das cavidades torácica e abdominal.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 7 – Embriologia - Organogênese IV.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre o desenvolvimento embrionário das


principais partes que compõem o sistema respiratório.

O nariz é formado pelo processo frontonasal e pelos processos nasais


laterais e medianos. O processo frontonasal origina parte do dorso do nariz, e os
processos nasais laterais derivam as asas do nariz. O restante do dorso e a ponta
do nariz e ainda o septo nasal resultam da fusão das proeminências nasais
medianas. O epitélio olfatório diferencia-se dos placoides nasais,
espessamentos do ectoderma oriundo da borda neural anterior, presentes no
processo frontonasal. Os placoides invaginam-se, constituindo as cavidades nasais.

Alguns dos sinusoides aéreos paranasais surgem na vida fetal, enquanto


outros não aparecem até o nascimento. Inicialmente a cavidade nasal e a cavidade
oral estão em comunicação, mas, na sexta semana, começa a separação com o
estabelecimento do palato a partir do processo palatino mediano e dos processos
palatinos laterais. Na quarta semana, há uma invaginação do endoderma na
extremidade caudal dá para o mesoderma lateral esplâncnico subjacente, formando
o tubo laringotraqueal (ou divertículo respiratório). Ele se aprofunda caudalmente,
em posição ventral ao intestino primitivo e dará surgimento à laringe, à traqueia e,
ao se ramificar, à árvore brônquica. O endoderma diferencia-se no epitélio de
revestimento e nas glândulas, e o mesoderma lateral esplâncnico origina o tecido
conjuntivo (inclusive a cartilagem), a musculatura lisa e os capilares do sistema
respiratório.

Durante a quarta e a quinta semanas, a proliferação do mesênquima do


quarto e do sexto pares de arcos branquiais ao redor do sulco laringotraqueal
converte-o na glote. O mesênquima que envolve o orifício da laringe, proveniente
desses arcos branquiais, diferencia-se nas cartilagens tireoide. Similar ao esôfago,
a laringe sofre uma oclusão temporária, sendo recanalizada da nona à 10ª semana,

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quando um par de dobras laterais e recessos formam a base estrutural para as


cordas vocais e os ventrículos da laringe.

O desenvolvimento dos pulmões pode ser dividido em 5 diferentes estágios


que se estende pós nascimento, sendo eles:

1 - Estágio embrionário (da 4ª a 7ª semana): abrange o surgimento do


divertículo respiratório até os segmentos broncopulmonares;

2 - Estágio pseudoglandular (da 8ª à 16ª semana): sua denominação deve-


se à aparência de glândula do pulmão nesse período; há o crescimento dos ductos
nos segmentos broncopulmonares;

3 - Estágio canalicular (17ª à 26ª semana): ocorre a formação dos


bronquíolos respiratórios e o aumento da vascularização;

4 - Estágio de saco terminal (26ª semana ao nascimento): os sacos


alveolares organizam-se nas extremidades dos bronquíolos respiratórios, e o epitélio
dos alvéolos diferencia-se nos pneumócitos do tipo I e nos pneumócitos do tipo II;

5 - Estágio pós-natal (do nascimento até os 8 anos): há inicialmente um


aumento de tecido conjuntivo entre os sacos alveolares, mas depois há uma
diminuição, favorecendo as trocas gasosas.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


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Aula 8 – Embriologia - Organogênese V.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar a respeito das principais fases do


desenvolvimento dos órgãos que compõem o sistema digestório.

No fechamento do embrião em disco para um tubo, as extremidades do


endoderma aproximam-se e incorporam a parte dorsal da vesícula vitelina, formando
o intestino primitivo.

O intestino primitivo é dividido em: anterior, médio e posterior. O intestino


anterior origina a faringe, o esôfago, o estômago, a primeira porção do intestino
delgado (o duodeno), o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. O intestino médio
deriva o resto do intestino delgado (o jejuno e o íleo) e parte do intestino grosso
(ceco, apêndice, cólon ascendente e metade ou 2/3 do cólon transverso). O
intestino posterior forma a última porção do intestino grosso (metade ou o terço
distal do cólon transverso, cólon descendente, sigmoide, reto e a porção superior do
canal anal). O endoderma do intestino primitivo origina o epitélio de revestimento
do trato digestório (da faringe aos 2/3 superiores do canal anal) e dos seus anexos
(glândulas sublinguais e submandibulares, fígado, vesícula biliar e pâncreas).
O mesoderma lateral esplâncnico deriva o tecido conjuntivo, o músculo liso e o
revestimento epitelial do peritônio visceral. O mesoderma lateral somático é
responsável pelo peritônio parietal e pela derme do abdômen.

O estômago é resultado de uma dilatação da região caudal do intestino


anterior, inicialmente a dilatação é uniforme, e o órgão, na quinta semana, tem um
aspecto fusiforme. Entretanto um crescimento mais rápido da parede dorsal do que
da ventral provoca a grande curvatura. Ele sofre rotação de 90º no sentido horário e
uma inclinação, ficando praticamente transversal ao eixo longitudinal do corpo, com
a parede convexa dorsal posicionada no lado esquerdo do corpo e a parede
côncava ventral no lado direito.

O fígado desenvolve-se bastante devido à produção de células do sangue a


partir da sexta semana. No terceiro mês, os hepatócitos começam a produzir bile,

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que é drenada para a vesícula biliar, onde é armazenada, e posteriormente é


liberada para o intestino delgado. À medida que o período fetal progride, o fígado é
ativo em armazenar glicogênio e na síntese de ureia a partir dos metabólitos
nitrogenados.

O pâncreas é formado da fusão de dois brotos: o dorsal (maior) e o ventral


(menor). O broto dorsal cresce diretamente do intestino anterior, e o ventral, do
divertículo hepático, embora de uma população de células endodérmicas diferente
daquela precursora do fígado e da vesícula biliar.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

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Aula 9 – Embriologia - Organogênese VI.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre os principais fatores no


desenvolvimento do sistema urinário junto ao sistema reprodutor/genital.

O mesoderma intermediário origina acúmulos segmentados, que se


canalizam, formando os túbulos nefrogênicos. À medida que se estabelecem os
túbulos mais caudais, os mais craniais vão degenerando. Surgem três sistemas
renais sucessivos, com sobreposição cronológica: o pronefro (no início da quarta
semana), o mesonefro (no fim da quarta semana) e o metanefro (na quinta
semana).

O metanefro é constituído por duas porções distintas: o broto uretérico (ou


divertículo metanéfrico) e o blastema metanéfrico. O broto uretérico é um
divertículo do ducto mesonéfrico, próximo da abertura na cloaca, o qual derivará o
ureter, a pelve renal, os cálices e os tubos coletores. O blastema metanéfrico é
a massa de mesoderma intermediário ao redor da extremidade distal do broto
uretérico, onde se diferenciam os néfrons. À medida que os tubos coletores vão se
ramificando, organizam-se ao lado aglomerados de células do blastema, que se
transformam em pequenas vesículas e posteriormente em túbulos em forma de S. A
extremidade proximal dos túbulos envolve o glomérulo, ramificação da aorta,
originando a cápsula de Bowman, enquanto a extremidade distal conflui no tubo
coletor. A partir desse primórdio, diferencia-se o néfron, constituído por: corpúsculo
renal, túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo distal.

Os rins, que inicialmente se estabeleceram na região pélvica, localizar-se-ão


no abdômen com o crescimento da parte caudal do embrião em direção oposta e
com o alongamento do ureter. Novos ramos da aorta passam a nutrir os rins, e os
ramos inferiores regridem. Os rins também rotam 90º durante a subida, sendo que a
pelve renal muda de uma posição anterior para uma medial. Os rins atingem sua
posição adulta em torno da nona semana, quando também inicia a filtração
glomerular.

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O seio urogenital, resultante da divisão da cloaca entre a quarta e a sétima


semana, formará a bexiga e a uretra. Portanto, o epitélio desses órgãos é de
origem endodérmica, com exceção do epitélio da parte terminal da uretra
masculina que é derivado do ectoderma superficial. O tecido conjuntivo e o tecido
muscular são provenientes do mesoderma lateral esplâncnico adjacente.
Inicialmente a bexiga

No sexo masculino, em um grupo de células somáticas da gônada em


desenvolvimento, há a expressão do fator determinante testicular pelo gene SRY
(sex determining region of the Y chromosome), localizado no braço curto do
cromossomo Y. Esse fator promove a diferenciação das células dos cordões sexuais
primários em células de Sertoli.

Na sexta semana, os gonócitos entram nos cordões sexuais primários e,


pela oitava semana, as células de Sertoli diferenciam-se neles. Essas células
induzem a migração de células mesenquimais dos mesonefros para entre os
cordões, onde se transformam em células endoteliais; estimulam a diferenciação das
células de Leydig a partir das células mesenquimais, e produzem AMH (hormônio
antimülleriano), uma glicoproteína da família do TGF-β, que promove a regressão
dos primórdios dos ductos genitais femininos.

As porções externas dos cordões sexuais formam os cordões seminíferos,


com as células de Sertoli e os gonócitos. Nos anos pré-puberdade há a
diferenciação dos gonócitos nas espermatogônias e, na adolescência, com a
espermatogênese, os cordões seminíferos serão os túbulos seminíferos.

As células de Leydig devem surgir de precursores na própria crista gonadal,


provenientes dos mesonefros e são reconhecidas na oitava semana. Da nona à 14ª
semana, há secreção dos andrógenos (testosterona e androstenediona),
contribuindo para a diferenciação dos ductos genitais masculinos e a da genitália
externa. Gradualmente degeneram após a 17ª semana. Na puberdade, com a
secreção de LH pela hipófise, células mesenquimais presentes no tecido intersticial
diferenciar-se-ão nas células de Leydig, e será retomada a síntese de testosterona.

O hormônio antimülleriano (AMH), produzido pelas células de Sertoli, inibe


o crescimento dos ductos paramesonéfricos (antigamente denominados ductos de

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Müller), responsáveis pelo trato reprodutor feminino. Sob a influência da


testosterona secretada pelas células de Leydig, os ductos mesonéfricos (ou ductos
de Wolff) progridem e originam os epidídimos, os ductos deferentes e as vesículas
seminais.

No sexo feminino (sem SRY), os cordões sexuais primários, situados na


medula, degeneram, e uma nova migração de células do epitélio celomático para o
mesênquima do córtex origina os cordões sexuais secundários. Os gonócitos são
incorporados neles e diferenciam-se em oogônias. Essas células proliferam através
de mitoses e sofrem interfase, resultando nos oócitos primários, que são
circundados pelas células foliculares, originadas do epitélio celomático. A
fragmentação dos cordões sexuais produz os folículos primordiais. O tecido
conjuntivo e os vasos sanguíneos da zona medular são derivados do mesonefro. Os
ovários estão formados da 13ª à 17ª semana.

No feto feminino, os ductos mesonéfricos desaparecerão devido à falta de


testosterona, e os ductos paramesonéfricos originarão as tubas uterinas, o útero e
a vagina, portanto, o epitélio vaginal é de origem endodérmica. O hímen é
constituído de duas lâminas de epitélio (uma oriunda do primórdio uterovaginal e
outra do seio urogenital) com tecido conjuntivo, derivado do mesoderma, interposto.
O desenvolvimento completo do trato reprodutor feminino depende dos hormônios
estrogênicos secretados pelos ovários do feto.

As genitálias externas masculina e feminina são indiferenciadas até o terceiro


mês, consistindo de tubérculo genital, pregas urogenitais e pregas labioescrotais.

Referência:

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Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

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Aula 10 – Embriologia - Organogênese VII.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre o desenvolvimento do embrião em


relação ao sistema esquelético e muscular.

A segmentação craniocaudal do mesoderma paraxial resulta nos somitos. No


somito recém-formado, surge uma cavidade central que é ocupada por uma
população de células dispostas frouxamente. Essas células e outras da parede
ventromedial do somito constituem o esclerótomo e migram em torno da notocorda
e do tubo neural para formar a coluna vertebral.

As células da porção ventral do esclerótomo, estimuladas por substâncias da


notocorda, formam o corpo da vértebra, enquanto a porção dorsal do esclerótomo,
sob a indução do tubo neural, origina o arco vertebral. A metade cranial do
primeiro esclerótomo fusiona-se com o osso occipital do crânio. A metade caudal do
primeiro esclerótomo e a metade cranial do segundo esclerótomo compõem a
primeira vértebra cervical e assim segue. A metade caudal do oitavo esclerótomo
será parte da primeira vértebra torácica. O espaço entre duas vértebras é
preenchido por células que se originam da porção cranial do corpo vertebral e
formarão o anel fibroso e pela notocorda, que derivará o núcleo pulposo. O anel
fibroso e o núcleo pulposo constituem os discos intervertebrais. As vértebras,
inicialmente de tecido mesenquimal, sofrem condrificação na sexta semana e
ossificação da sétima semana de desenvolvimento até por volta dos 25 anos de
vida.

Além do esclerótomo, o somito apresenta o dermomiótomo, posicionado


dorsalmente. Ele se separa em dermátomo (mais dorsal) e miótomo (mais ventral).
O dermátomo origina a derme (o tecido conjuntivo) da pele do pescoço e do
tronco, e o miótomo, a musculatura do tronco e dos membros. O miótomo
divide-se em epímero (dorsal) e hipômero (ventral). O epímero diferencia-se nos
músculos extensores da coluna vertebral. Pela origem segmentada, cada músculo
derivado de um miótomo faz conexão com duas vértebras vizinhas, o que facilita o

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movimento da coluna vertebral. O hipômero segmenta-se em três camadas


musculares ventrolaterais, localizadas na região torácica e na região abdominal.
No tórax, são formados os músculos intercostais internos e externos e o músculo
transverso. No abdômen, originam os músculos oblíquos externo e interno e o
músculo transverso. Há ainda a migração de células do hipômero para a parede
ventral do corpo, que organizam uma coluna de musculatura longitudinal, a qual, na
região cervical, forma o escaleno, o gênio-hióideo e a musculatura infra-hióidea, e no
abdômen, será o músculo reto abdominal.

Os nervos espinhais surgem do tubo neural no mesmo nível dos miótomos


que inervam. Os nervos dividem-se em um ramo dorsal para o epímero e um ramo
ventral para o hipômero. O primeiro nervo espinhal localiza-se entre a base do
crânio e a primeira vértebra cervical. O oitavo nervo espinhal situa-se entre a sétima
vértebra cervical e a primeira vértebra torácica. Os tendões que se inserem nos
músculos extensores da coluna vertebral, provenientes do epímero, enquanto os
tendões da musculatura do hipômero surgem do mesoderma lateral somático. As
costelas desenvolvem-se de zonas de condensação no mesênquima, laterais às
vértebras torácicas. Devido ao rearranjo dos somitos ao formar as vértebras, a parte
proximal da costela surge da região central do esclerótomo, enquanto a parte distal
é derivada da porção lateral do somito cranial. Os processos costais tornam-se
cartilaginosos e iniciam a ossificação na sexta semana. Na união entre o processo
costal e a vértebra, estabelece-se a articulação sinovial.

O esterno forma-se a partir de duas áreas de condensação do mesoderma


lateral, posicionadas ventrolateralmente, entre as costelas. Elas se tornam barras
cartilaginosas e vão se fundindo craniocaudalmente e com as extremidades ventrais
das sete primeiras costelas. A ossificação começa no manúbrio e nas esternébras
(corpo do esterno) durante a vida fetal, mas o centro de ossificação do processo
xifoide aparece na infância. As clavículas são os primeiros ossos a se
estabelecerem. Elas surgem da crista neural e sofrem ossificação intramembranosa
a partir da sétima semana. Mais tarde, surge cartilagem nas extremidades. Assim
como a coluna vertebral, a base do crânio (ossos esfenoide e etmoide, porções

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petrosa e mastoide dos temporais e a maior parte do occipital) origina-se dos


somitos e sofre ossificação endocondral.

Os membros começam a se desenvolver na quarta semana, sendo que os


superiores iniciam a sua formação antes dos inferiores. Inicialmente os
primórdios dos membros são brotos de mesoderma lateral somático, revestidos pelo
ectoderma.

Referência:

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Aula 11 – Embriologia - Organogênese VIII.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar a respeito do sistema tegumentar – pele, e


também sobre o desenvolvimento das glândulas mamarias no período de
amamentação.

A pele é composta da epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso


queratinizado, da derme, de tecido conjuntivo. A epiderme e seus anexos, como
por exemplo, cabelos, pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e
mamárias que se originam do ectoderma, enquanto a derme diferencia-se do
mesoderma subjacente ao ectoderma, sendo a maior parte do dermátomo dos
somitos. A derme dos membros e do abdômen é proveniente do mesoderma lateral
somático. Na face e em partes do pescoço, a derme descende da crista neural
cefálica e é, portanto, de origem ectodérmica. Há uma indução recíproca entre o
ectoderma e o mesoderma subjacente para a formação da epiderme e de seus
anexos e da derme

No segundo mês de desenvolvimento, a epiderme consiste de uma camada


basal, cujas células sofrem mitoses, e de uma camada superficial de células
pavimentosas, denominada periderme, a qual permite a passagem de água e
eletrólitos para o líquido amniótico. No terceiro mês, as células provenientes da
camada basal compõem uma camada intermediária. Durante o sexto mês, com a
apoptose e a descamação das células da periderme e a diferenciação das demais
camadas, a epiderme apresenta os seguintes estratos: basal (ou germinativo), onde
as células proliferam; espinhoso, assim designado por causa do aspecto produzido
pelas interdigitações e pelos desmossomos que unem as células; granuloso, com o
acúmulo de grânulos de querato-hialina nas células, e córneo, com células mortas,
ricas em queratina. Pela presença da queratina, essas células da epiderme são
chamadas queratinócitos. A queratinização faz com que a epiderme se torne uma
barreira impermeável e protetora. Neste momento da gestação, isso é importante
porque a urina começa a se acumular no líquido amniótico.

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No fim do primeiro trimestre, são encontradas, na epiderme, as células de


Langerhans, que são células apresentadoras de antígenos; as células de Merkel,
que são mecanorreceptores, e os melanócitos, que convertem o aminoácido
tirosina em melanina. Esse pigmento é depositado nos queratinócitos, protegendo o
material genético da radiação ultravioleta. Os precursores das células de
Langerhans são provenientes da medula óssea, e as células de Merkel e os
melanoblastos, da crista neural. A morfologia e a distribuição dos pelos também
estão relacionadas com a derme subjacente à epiderme.

O embrião com quatro meses exibe cílios, sobrancelhas, cabelos e finos


pelos. Esses pelos retêm o verniz caseoso (ou vernix caseosa), uma mistura de
sebo e de células descamadas, que protege a pele da exposição ao líquido
amniótico. Eles caem pouco antes do nascimento e são substituídos por pelos
definitivos, mais grossos, denominados velos (do latim vellus, lã grosseira). Na sexta
semana, duas faixas de espessamento do ectoderma estendem-se ao longo das
paredes ventrolaterais. São as linhas mamárias, que posteriormente se
fragmentam nos placoides que se diferenciarão nas glândulas mamárias. Como as
outras glândulas da pele, essas glândulas também são formadas pelo ectoderma em
resposta às influências indutivas do mesoderma.

Enquanto os ductos lactíferos desenvolvem-se nos embriões do sexo


feminino, eles regridem naqueles do sexo masculino pelo efeito da testosterona
mediado pelos receptores a esse hormônio presentes no mesênquima. A contínua
proliferação dos ductos lactíferos e o acúmulo de tecido adiposo subjacente a eles
são promovidos pelos níveis crescentes de estrógeno na puberdade. O efeito desse
hormônio nos ductos é mediado pelo tecido conjuntivo.

Com a gravidez, a progesterona, a prolactina e o lactogênio placentário


estimulam o desenvolvimento dos alvéolos na extremidade dos ductos. A prolactina,
produzida pela hipófise, faz com que as células dos alvéolos mamários secretem as
proteínas e os lipídios do leite. Em resposta à sucção, oxitocina é liberada pela
hipófise. Ela causa a contração das células mioepiteliais que circundam os alvéolos.
O leite é ejetado. Quando a mãe parar de amamentar seu filho, a síntese de

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prolactina é reduzida, e a produção de leite cessa. As glândulas mamárias retornam


ao estado morfológico de não gravidez.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 12 – Embriologia - 3º ao 9º mês.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos estudar sobre o final do período embrionário e o início


do período fetal até o nascimento.

No fim do período embrionário, na oitava semana, o embrião adquire um


aspecto humano, então passa a ser denominado, ao iniciar o terceiro mês (na nona
semana), de feto. O desenvolvimento durante o período fetal está relacionado com a
diferenciação dos tecidos e órgãos que surgiram durante o período embrionário e
com o crescimento do corpo, diminuindo a diferença entre a cabeça e o corpo. No
fim do primeiro trimestre, o comprimento vértice-nádega do feto é igual ao da largura
da palma da mão. No fim do segundo trimestre, é equivalente à palma da mão.

Durante o período do 3º ao 9º mês o desenvolvimento do embrião em feto


passar por diversos processos de desenvolvimento que nós podemos pontuar as
principais diferenciações e ações que se destacam em cada período:

3 mês: crescimento do corpo; ossificação; definição da genitália; produção de urina;


o feto começa a se mover, mas a mãe não sente devido ao seu pequeno tamanho.

4 mês: crescimento do corpo; ossificação; nos ovários, há a formação dos folículos


primordiais; presença dos cabelos, cílios, lanugo e verniz caseoso; o feto chupa o
dedo.

5 mês: os movimentos do feto são reconhecidos pela mãe; surgimento do tecido


adiposo multilocular, especializado na produção de calor, o que ajudará a manter a
temperatura corporal do recém-nascido.

6 mês: formação do tecido adiposo unilocular, com consequente ganho de peso;


produção de surfactante; eritropoese no baço; reabertura das pálpebras.

7 mês: o sistema nervoso central amadureceu até o estágio no qual ele pode dirigir
os movimentos rítmicos da respiração e controlar a temperatura do corpo;
eritropoese começa a ocorrer na medula óssea; devido ao formato do útero e ao

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peso do feto, ele fica de cabeça para baixo; começa a descida dos testículos para o
escroto.

8 mês: orientação espontânea à luz.

9 mês: aperta a mão firmemente; perda do lanugo.

O nascimento tende de ocorrer após 266 dias (38 semanas) da fertilização. O


hipotálamo do feto dá início ao trabalho de parto pela secreção do hormônio
liberador de corticotrofina, o qual estimula a hipófise anterior a produzir
adrenocorticotrofina. Esse hormônio provoca a secreção de cortisol pelo córtex da
adrenal. O cortisol está envolvido na síntese de estrógenos.

O aumento de estrógeno estimula a liberação de oxitocina pela hipófise


posterior e a síntese de prostaglandinas pela decídua. Essas substâncias provocam
a contratilidade do miométrio. As contrações uterinas, inicialmente espaçadas,
forçam um cone de âmnio, com o córion liso que o envolve, para dentro do canal
cervical, o qual responde com uma lenta dilatação. O tampão mucoso que fechava o
canal cervical desprende-se. A membrana amniocoriônica rompe-se, e o líquido
amniótico extravasa pela vagina (estouro da bolsa). As contrações do útero tornam-
se mais fortes, e os músculos abdominais também se contraem, ajudando na
expulsão do bebê, da placenta e das demais membranas anexas. A placenta é
separada no nível da decídua basal, e as contrações uterinas comprimem as
artérias, impedindo a perda excessiva de sangue.

Referência:

MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –


Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.

MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de


Janeiro Ed Elsevier, 2012.

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

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Aula 13 - Embriologia – Comportamento materno.

Olá Alunos!
Na aula de hoje iremos estudar sobre a ingestão de energia e nutrientes, e
comportamento maternos que influenciam no desenvolvimento do feto.
A nutrição pré-natal está relacionada a fatores externos como o
comportamento maternos, e fatores internos relacionado a placenta e feto. Fatores
de placenta estão relacionados à circulação e ao transporte de nutrientes a partir da
placenta para o feto. Problemas com a circulação da placenta podem resultar em
fornecimento inadequado de nutrientes disponíveis para o feto em desenvolvimento,
uma vez que haja os nutrientes necessários presentes.
A disponibilidade de nutrientes está relacionada diretamente com alimentação
materna e outros fatores, que se associam ao peso no nascimento. Estudos
mostram que meninos recém-nascidos são, em média, um pouco mais pesados que
as recém-nascidas. Crianças nascidas de mulheres de realidade socioeconômica
menos privilegiadas são mais leves que aquelas com maior nível socioeconômico.
Muitas as variáveis que afetam de forma significativa o peso ao nascer se interagem
entre si, por exemplo, o status nutricional, adequação de energia, ingestão de
nutrientes, nível socioeconômico materno, ganho de peso materno durante a
gravidez e fatores genéticos e ambientais.
Embora um fornecimento adequado de nutrientes possa está disponível para
o feto, complicações no metabolismo fetal podem influenciar na utilização apropriada
do nutriente. O histórico do status nutricional da mãe, como o caso de ter
subnutrição crônica, pode influenciar a função da placenta e posteriormente, o
estado nutricional do feto, até mesmo quando a ingestão materna de energia e
nutrientes durante a gravidez for adequada.
O uso materno de tabaco e o consumo abusivo de álcool e outras substâncias
tem associação direta com o crescimento do feto e também com o mal
desenvolvimento.
Em mães fumantes é observado o retardamento do crescimento intrauterino
sem alteração da duração gestacional, ou seja, crianças de mães fumantes tem
restrições no crescimento fetal que afeta nos déficits de peso e comprimento no feto.

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A relação entre o fumo e desenvolvimento fetal está relacionado com a dosagem do


consumo, quanto maior o consumo maior será as consequências no
desenvolvimento do feto, e o efeito é não só das substancias absorvidas no fumo,
mas também no estado hipóxia que é gerado ao fumar.
O consumo de álcool não somente contribui para a restrição do crescimento
fetal como também pode afetar o feto ao longo da gravidez, como observado casos
de desenvolvimento facial anormal que ocorre durante o período embrionário e o
funcionamento debilitado do sistema nervoso central, incluindo microcefalia
(tamanho pequeno anormal da cabeça e do cérebro). O crescimento pós-natal
dessas crianças é comumente reduzido, e problemas de deficiência mental e
alteração de comportamento estão associados com a presença de álcool durante o
desenvolvimento fetal.
O consumo de cafeína, em forma de café em grandes quantidades, é também
associado do com baixo peso ao nascer. Mesmo havendo poucos estudos que
observam a relação de consumo materno de substancias ilícitas, como cocaína e
heroína, e o desenvolvimento fetal é evidente que o efeito é semelhante
minimamente sobre o peso e comprimento no nascimento.
Atualmente na literatura científica há um consenso de que a prática e a
manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez “não-
complicada” proporcionam inúmeros benefícios para a saúde da mulher e
consequentemente para o desenvolvimento fetal.
Apesar de ainda existirem poucos estudos nesta área, exercícios resistidos de
intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade
muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas
ao peso do feto ao nascer. Consequentemente, a mulher passa a suportar melhor o
aumento de peso e atenua as alterações posturais decorrentes desse período.
A atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e
na manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional.
Os estudos também mostram que a manutenção da prática regular de exercícios
físicos ou esporte apresenta fatores protetores sobre a saúde mental e emocional da
mulher durante e depois da gravidez. Além disso, existem dados sugestivos de que

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a prática de exercício físico durante a gravidez exerce proteção contra a depressão


pós-parto.
A prática de exercícios acarreta riscos potenciais para o feto em situações em
que a intensidade do exercício seja muito alta, criando um estado de hipóxia para o
feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e em situações de
hipertermia da gestante. Esses fatores podem gerar estresse fetal, restrição de
crescimento intrauterino e prematuridade. Com isso exercícios resistidos e aeróbios
que ultrapasse os limites de 50% da carga máxima da mãe, não são recomendados,
e há contraindicação de prática de exercício em casos de complicações na gravidez,
hipertensão, anemia, obesidade mórbida e histórico de sedentarismo extremo.

Referência:
MONTANARI T. Embriologia – Texto, atlas e roteiro de aula práticas. UFRGS –
Porto Alegre, Ed. do Autor, 2013.
MOORE K.L, PERSAUD T.V.N, TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. Rio de
Janeiro Ed Elsevier, 2012.
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.

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Aula 14 - Anatomia – Sistema Nervoso I.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos iniciar nossa segunda parte da disciplina. Após


estudarmos sobre o desenvolvimento dos órgãos no período pré-natal, iremos agora
iniciar o estudo anatômico dos órgãos na fase adulta.

O sistema nervo é comporto pelo sistema nervoso central (SNC) e periférico

(SNP) a partir de critérios anatômicos e funcionais como é descrito no


fluxograma abaixo;

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial


(cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se
localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central
situado dentro do crânio (Figura 1), e a medula é localizada dentro do canal
vertebral, da onde se originam os nervos e gânglios (encéfalo e medula) que
compõem o sistema nervo periférico (Figura 2).

Figura 1: Ossos do crânio.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 2: Relação dos nervos com as vertebras.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

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Aula 15 - Anatomia – Sistema Nervoso II.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iniciaremos nossos estudos sobre a anatomia do sistema


nervoso central, e começaremos pelo cérebro.

Para melhor entendermos a composição do sistema nervo é necessário que


façamos a identificação de todas as suas partes como é mostrado na Figura1.

Figura 1: Identificação das partes que contém o sistema nervoso central (sem a
identificação da medula).

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e


esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura
longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras
comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois
hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e

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esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.


(Figura 2)

Figura 2: Telencéfalo – Vista superior.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Cada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três


faces: Súpero-lateral (convexa); Medial (plana); e inferior ou base do cérebro
(irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do
crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. Cada parte do cérebro tem sua
função específica em relação ao processamento e armazenamento de informação.
(Figura 3)

Lobo Frontal Lobo Temporal Lobo Parietal

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Lobo Occipital Lobo da Ínsula

Figura 3: Telencéfalo – Vista lateral, inferior e sópero-lateral.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O cérebro é composto por uma massa cefálica que é estruturada em giros e


sulcos, que fazer com que caiba dentro do crânio toda a quantidade de cérebros,
como seus neurônios que o ser humano tem. Contudo, a partir das figuras abaixo,
iremos ver os principais sulcos e giros.

Figura 4: Cérebro – Face súpero-lateral.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Figura 4: Cérebro – Lobo da ínsula.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 5: Divisão do corpo caloso e fórnix. Cérebro – face ínfero-media.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 16 - Anatomia – Sistema Nervoso III

Olá Alunos!

Na aula de hoje iremos continuar nosso estudo sobre o cérebro, a partir da


anatomia dos componentes do diencéfalo e telencéfalo.

O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao


prosencéfalo, quando visto o desenvolvimento do sistema nervoso no embrião. O
cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade
craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior
de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo,
epitálamo e o subtálamo que é localizado abaixo do tálamo, possuindo um núcleo
subtalâmico, o qual lesionado provoca uma síndrome conhecido como
hemibalismo, caracterizado por movimentos normais das extremidades. (Figura 1 e
2)

Figura 1: Diencéfalo – Vista ínfero-medial.

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Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Figura 2: Diencéfalo – vista lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

O tálamo compõe 80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas


pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância
branca em seu interior. (Figura 3)

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Figura 3: Tálamo.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica,
e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo
denominada de metatálamo. (Figura 4)

Figura 4: Metatálamo.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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O tálamo pode ser dividido em diferentes núcleos que alguns transmitem


impulsos para as áreas sensórias do cérebro, como os núcleos medial transmite
impulsos auditivos, o lateral transmite impulsos visuais e ventral posterior
transmite impulsos para o paladar e para as sensações somáticas, como as de
tato, pressão, vibração, calor, frio e dor. (Figura 5)

Figura 5: Núcleos do tálamo.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O tálamo tem funções relacionadas com a sensibilidade, motricidade,


comportamentos emocionas e ativação do cérebro sobre o mecanismo de vigília
e estado de alerta. No entanto, das suas funções a que mais se destaca é o tálamo
ser como uma estação intermediária do encéfalo e medula espinhal para as áreas
sensitivas do cérebro. Nele ocorre a classificação da informação, a partir da
sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do
cérebro para que haja uma interpretação mais precisa.

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O hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada


abaixo do tálamo e apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face
inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos
mamilares. (Figura 6 e 7)

Figura 6: Hipotálamo

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Figura 7: Hipotálamo – vista medial.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Os impulsos de neurônios no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até


neurônios localizados na medula espinhal para músculos e glândulas por todo o
corpo. O hipotálamo tem como funções:

 Controle do sistema nervoso autônomo;

 Regulação da temperatura corporal;

 Regulação do comportamento emocional;

 Regulação do sono e da vigília;

 Regulação da ingestão de alimentos;

 Regulação da ingestão de água;

 Regulação da diurese;

 Regulação do sistema endócrino;

 Geração e regulação de ritmos circadianos.

O Epitálamo é composto por trígono da Habênula, corpo pineal e comissura


posterior. A função do epitálamo está relacionada com a regulação do
comportamento emocional, pertencente ao sistema límbico. (Figura 8 e 9)

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Figura 7: Epitálamo

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Figura 9: Epitálamo – vista medial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

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Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 17 - Anatomia - Sistema Nervoso IV

Olá Alunos!

Na aula de hoje estudaremos a anatomia da composição do tronco encefálico


e as principais funções de cada parte

O tronco encefálico se divide em: bulbo, mesencéfalo e a ponte situada entre


ambos. (Figura 1)

Bulbo Ponte Mesencéafo

Figura 1: Composiçao do tronco encefálico – vista medial

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O bulbo, também conhecido como centro vital, tem como principal função o
centro respiratório, que regula o ritmo da respiração e também o centro
vasomotor e o do vômito. Pela função de controlar a respiração, o bulbo é um
órgão muito importante, que impõe a necessidade de preocupação com lesões e
com uso de drogas, pela sua alta sensibilidade a substâncias químicas como os
narcóticos. Em situações de consumo de alta dosagem, essas substâncias podem
levar o indivíduo à morte pela parada respiratória. (Figura 2 e 3)

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Figura 2: Bulbo

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Figura 3: Bulbo – Tronco encefálico - vista póstero-lateral.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo


respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo
respiratório. (Figura 4 e 5)

Figura 4: Ponte

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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Figura 5: Ponte – Tronco encefálico - vista anterior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

O mesencéfalo é composto por colículos e corpos geniculados, tendo com


principais funções a visão, audição e os movimentos dos olhos e do corpo. (Figura
6 e 7)

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Figura 6: Mesencéfalo

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Figura 7: Mesencéfalo – vista póstero-lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

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Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 18 - Anatomia – Sistema Nervoso V.

Olá, Alunos!

Na aula de hoje, estudaremos a anatomia do cerebelo e suas principais


funções.

O cerebelo é a parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio, pelo


controle dos tônus muscular, dos movimentos voluntários e aprendizagem
motora. Dependemos do cerebelo para andar, correr, pular, andar de bicicleta,
entre outras atividades. (Figura 1)

Figura 1: Cerebelo – vista medial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

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O cerebelo é divido em 3 diferentes lobos, o rostral (anterior), o flóculo – nodular e


o caudal (posterior), os quais são limitados a partir de fissuras. Cada lobo contém
diversos sulcos que são apresentados como lâminas e denominadas como folhas
do cerebelo. (Figura 2)

Figura 2: Cerebelo – vista superior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 19 - Anatomia – Sistema Nervoso VI

Olá, Alunos!

Na aula de hoje, estudaremos a anatomia do sistema nervo parassimpático

O Sistema nervoso periférico é formado por nervos cranianos e espinhas, e


gânglios.

Os nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de


nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em
algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal.
(Figura 1)

Figura 1: Nervos cranianos.

Fonte:auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema- nervoso. Acesso 17/12/2018.

Os nervos motores se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, a


partir das fibras corticonucleares. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes
originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar

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gânglios ou situados em órgãos periféricos dos sentidos. Conforme a


funcionalidade, os nervos cranianos podem ser classificados em motores,
sensitivos e mistos. (Figura 2)

Os nervos motores são responsáveis pela movimentação dos olhos, da língua e


acessoriamente dos músculos látero-posteriores do pescoço.

 III – Nervo Oculomotor

 IV – Nervo Troclear

 VI – Nervo Abducente

 XI – Nervo Acessório

 XII – Nervo Hipoglosso

Os nervos sensitivos estão ligados aos órgãos dos sentidos e, por isso, são
chamados também de nervos sensoriais relacionados à sensibilidade geral do corpo,
como exemplo; dor e temperatura.

 I – Nervo Olfatório

 II – Nervo Óptico

 VIII – Nervo Vestibulococlear

Dos nervos mistos (motores e sensitivos) são atualmente conhecidos apenas 4, os


nervos restantes (5) ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica
periférica do sistema autônomo.

Misto Vegetativos

 V – Trigêmeo  III – Nervo Oculomotor

 VII – Nervo Facial  VII – Nervo Facial

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 IX – Nervo Glossofaríngeo  IX – Nervo Glossofaríngeo

 X – Nervo Vago  X – Nervo Vago

 XI – Nervo Acessório

Figura 2: Nervos cranianos e suas terminações.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

Os nervos espinhais são os que fazem conexão com a medula espinhal e


responsáveis pela inervação do troco, dos membros superiores e partes da cabeça.
São considerados 31 pares de nervos, sem contar com os nervos coccígeos
vestigiais. (Figura 3)

 8 pares de nervos cervicais

 12 pares de nervos torácicos

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 5 pares de nervos lombares

 5 pares de nervos sacrais

 1 pares de nervos coccígeos

Figura 3: Nervos espinhais.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Os nervos espinhais são formados pela união das raízes dorsal (sensitiva) e
ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e
lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. (Figura 4)

Figura 4: Raiz dorsal e ventral.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 20 - Anatomia - Sistema Cardiovascular I.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iniciaremos nossos estudos sobre a anatomia com sistema


cardiovascular em relação morfologia do coração e sua principal inervação.

O coração tem formato de cone e, aproximadamente, 12cm de comprimento,


9cm de largura, na parte mais ampla e 6cm de espessura. O coração fica sobre o
diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, porém cerca de 2/3 fica à
esquerda da linha média.

A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo


e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base,
dirigida para trás, para cima e para a direita. (Figura 1)

Figura 1: Posição do coração no movimento de inspiração (a) e expiração (b).

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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O coração possui uma membrana de revestimento e proteção chamada


pericárdio. Essa membrana possui duas partes: a fibroso (superficial) e a seroso
(membrana interna), e é responsável por restringir a movimentação, mas permitindo
as oscilações nas contrações rápidas e vigorosas e mantendo o coração em sua
posição mediastino. (Figura 2)

A B

Figura 2: Pericárdio fibroso (A) e seroso (B).

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos.


Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras
inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. (Figura 3)

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Figura 3: Partes internas do coração.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

O coração é formado por duas camadas, o miocárdio e o endocárdio. O miocárdio


é a camada média e a mais espessa, composto de músculo estriado cardíaco, o
responsável pela contração do coração que impulsiona o sangue para o interior dos
vasos sanguíneos. O endocárdio é a camada mais interna é fina composto por
tecido conjuntivo, sua superfície lisa permite que o sangue corra facilmente sobre

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ela. (Figura 4)

Figura 4: Camadas que compõem o coração.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém


de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só
encontrado no coração e que se localiza no seu interior.

A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é,


simpático (acelera os batimentos cardíacos) e parassimpático (desacelera os
batimentos cardíacos).

A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos


batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica intrínseca e rítmica, a
partir do nodo sinoatrial (SA) e nodo atrioventricular (AV), que se origina em uma

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rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas


(marca passo cardíaco), por serem autoexcitáveis.

Figura 3: Sistema elétrico do coração.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 21 - Anatomia - Sistema Cardiovascular II.

Olá Alunos!
Na aula de hoje finalizaremos nossos estudos sobre a anatomia com
sistema cardiovascular em relação às partes internas do coração.
O coração possui dois átrios e dois ventrículos. O átrio direito forma a
borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de
três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. A parede
posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido à presença de
cristas musculares, chamados músculos pectinados. O sangue passa do átrio
direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada
por três folhetos – válvulas ou cúspides).
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e
anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias
pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através
da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O
seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas,
chamadas trabéculas carnosas. No óstio atrioventricular direito existe um aparelho
denominado valva tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do
ventrículo para o átrio direito. Cada lâmina da valva é denominada cúspide
(anterior, posterior e septal).
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular
esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por
duas laminas denominadas cúspides - bicúspides (anterior e posterior). O
ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função
do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A
parede ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa
diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação
sistêmica. Figura (1 e 2)

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Figura 1: Valva da sístole ventricular.


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 2: Valva da diástole ventricular.


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 22 - Anatomia - Sistema Respiratório I.

Olá Alunos!

Na aula de hoje iniciaremos nossos estudos a respeito da anatomia do


sistema respiratório.

O sistema respiratório pode ser dividido em 2 diferentes tratos (vias), o


inferior e o superior. O trato respiratório superior é formado por órgãos
localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e
parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos
localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões. Fazem também parte do trato inferior, as
camadas da pleura e os músculos que formam a cavidade torácica.

O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los, o
ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome
conjunto de vias aeríferas. As vias aeríferas podem ser divididas em: nariz,
faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte


exterior denominada nariz externo e a abertura que apresenta interiormente
conhecida por cavidade nasal. O ar entra no trato respiratório através de duas
aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e
esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória e que, juntos com os pelos
do interior das narinas, filtram as impurezas do ar. O septo nasal separa essas duas
cavidades. Além disso, a cavidade nasal contém células receptoras para o olfato.
(Figura 1)

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Figura 1: Nariz.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

A faringe é um tubo situado logo atrás das cavidades nasais e logo à frente
das vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e
revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e
alimento. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe
e laringofaringe.

Nasofaringe (porção superior) tem comunicação com duas coanas, dois


óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A orofaringe (porção
intermediária) localiza atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o
nível do hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de
passagem tanto para o ar como para o alimento. A laringofaringe estende-se para
baixo a partir do osso hioide, e se conecta com o esôfago (canal do alimento) e
anteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a
laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória. (Figura 2 e 3)

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Figura 2: Faringe – vista lateral.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 3: Faringe – vista posterior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se


situa na linha mediana do pescoço, e é uma estrutura formada quase que
completamente por cartilagem. Tem funções importes em relação ao sistema
respiratório e digestório, pois atua como passagem de ar durante a respiração e
impede (a partir da movimentação da epiglote) que alimentos (objetos ingeridos)
entrem na via respiratória. Além disso, também é responsável por produzir som; por
essa razão a laringe também é conhecida com a caixa da voz. (Figura 4)

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Figura 4: Laringe – vista anterior das cartilagens.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 23 - Anatomia - Sistema Respiratório II.

Olá Alunos!

Na aula de hoje, continuaremos nossos estudos a respeito da anatomia do


sistema respiratório, iniciando o trato respiratório inferior.

A traqueia é um órgão no formato de tubo formado por aproximadamente 20 anéis


cartilagíneos incompletos (cartilagens traqueais) que faz continuação à laringe,
penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Internamente é
forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a
expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Inferiormente a traqueia se bifurca,
dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. (Figura 1)

Figura 1: Traqueia – vista anterior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões. O


brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo.
Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada hilo. Ao atingirem
os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios
lobares. Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares.

Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores


denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e
não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a
minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em
estruturas microscópicas chamados alvéolos (parecidos com uvas, nos cachos). Os
alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é a troca de
gases através da membrana capilar alvéolo-pulmonar. (Figura 2)

Figura 2: Brônquios, bronquíolos e alvéolos.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

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Aula 24 - Anatomia - Sistema respiratório III.

Olá Alunos!

Na aula de hoje, finalizaremos nossos estudos a respeito da anatomia


do sistema respiratório.

Os pulmões se estendem do diafragma até um pouco acima das


clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais
largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto, pois o diafragma é mais
alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma
concavidade que é a incisura cardíaca. Cada pulmão tem uma forma que lembra
uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces.

 Face costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa,


voltada para a superfície interna da cavidade torácica.

 Face diafragmática (face inferior): é a face côncava que


assenta sobre a cúpula diafragmática.

 Face mediastínica (face medial): é a face que possui uma


região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a
região denominada hilo ou raiz do pulmão.

Os pulmões possuem morfologias diferentes entre os lados direito e


esquerdo. O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por
duas fissuras e o pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo
inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do
pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do
desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão. (Figura 1 e 2)

Pulmão Direito Pulmão Esquerdo

Lobo superior: apical, anterior e Lobo superior: apicoposterior,

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posterior anterior, lingular superior e lingular

lobo médio: medial e lateral Lobo inferior: apical (superior),


basal anterior, basal posterior, basal
medial e basal lateral

Lobo inferior: apical (superior),


basal anterior, basal posterior, basal
medial e basal lateral

Figura 1: Segmento pulmonares– vista anterior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 2: Segmento pulmonares– vista posterior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

A superfície externa de cada pulmão e a parede interna da caixa


torácica são revestidas por uma membrana serosa dupla, chamada pleura. A
membrana na superfície externa de cada pulmão é denominada pleura visceral, e a
que reveste a parede da cavidade torácica é chamada pleura parietal. Entre as
pleuras há uma cavidade que contém um líquido lubrificante, que auxilia no
deslizamento durante a respiração. (Figura 3)

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Figura 3: Pleura e cavidade pleural.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 25 - Anatomia - Sistema Digestório I.

Olá Alunos!
Na aula de hoje iniciaremos nossos estudos sobre a anatomia do
sistema digestório.
O sistema digestório é composto pelo trato digestório e pelos órgãos. O
trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus. As
estruturas do trato digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso, reto e ânus.
Os órgãos do sistema digestório são os dentes, a língua, as glândulas
salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes fazem a quebra física
do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos
produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e
auxiliam na decomposição química do alimento. (Figura 1)

Figura 1: Sistema Digestório.


Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso
17/12/2018.

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A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas


bochechas, pelos palatos duro e mole e pela língua. O palato mole se estende,
posteriormente, na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de
letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal.

Figura 2: Boca – vista látero-medial.


Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso
17/12/2018.

A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da boca e a língua, na linha
mediana que forma uma prega vertical nítida, o frênulo da língua. Na língua há
papilas linguais , que dão a essa região uma aspereza característica. Os tipos de
papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples. Elas são
responsáveis, principalmente, pela percepção do gosto dos alimentos. (Figura 3)

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Figura 3: Língua.
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso
17/12/2018.

A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago, caracterizada por


suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem
externamente. Por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio
liso, que facilita a rápida passagem do alimento. (Figura 4). A deglutição é o
movimento do alimento para a boca, qual é dividido em 3 estágio;
 Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da
faringe.
 Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o
esôfago.
 Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para
o estômago.

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Figura 3: Faringe.
Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso
17/12/2018.

O esôfago é formado por três porções; cervical, torácica e abdominal. A


porção cervical está em contato íntimo com a traqueia, a torácica passa por trás do
brônquio esquerdo e a abdominal repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado,
formando nele a impressão esofágica. (Figura 4)

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Figura 1: Esôfago
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.

Referência:
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 26 - Anatomia - Sistema Digestório II.

Olá Alunos!
Na aula de hoje finalizaremos nossos estudos sobre a anatomia do
sistema digestório.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos
alimentos que permanecem nele (temporariamente), necessita ser um reservatório
entre o esôfago e o intestino delgado. Ele é dividido em 4 principais partes: cárdia,
fundo, corpo e piloro. (Figura 1)

Figura 1: Estômago – partes e estruturas.


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.

O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior (margem


esquerda do estômago) e a curvatura menor (margem direita do estômago). Para

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impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula conhecida como
cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada
por estar próximo ao coração. E para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino
delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular,
um esfíncter chamado piloro. (Figura 2)

Figura 2: Estômago – partes internas.


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.

O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se


do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do
intestino grosso. (Figura 3)

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Figura 2: Intestino delgado


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.

O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecun), colo


(cólun) (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. O
intestino grosso apresenta diferenças em relação ao intestino delgado em relação ao
calibre, às tênias, os haustos e os apêndices epiploicos. (Figura 3)

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Figura 3: Intestino delgado.


Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso
17/12/2018.

Referência:
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 27 - Anatomia - Sistema Genital e Reprodutor.

Olá Alunos!

Na aula de hoje estudaremos a anatomia do sistema reprodutor/genital.

Na espécie humana são encontradas diferenças anatômicas sexuais


importantes para a procriação da espécie. Os órgãos do sistema genital masculino
são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente,
ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula
bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o
escroto e o pênis. Os testículos produzem esperma e secretam hormônios
(testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na
maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as secreções
das glândulas sexuais acessórias. (Figura 1)

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Figura 1: Órgão genital masculino – vista látero-medial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Os órgãos femininos se encontram quase totalmente internos (interior da


pelve) quando comparados com o do sexo masculino e consistem dos ovários, tubas
uterinas (ovidutos), útero e vagina. Há apenas como parte externa, os lábios. Os
órgãos genitais femininos são responsáveis da produção dos óvulos, e depois da
fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o
desenvolvimento até o nascimento do novo ser. (Figura 2 e 3)

Figura 2: Órgão genital feminino.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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Figura 3: Órgão genital feminino – vista látero-medial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

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Aula 28 - Anatomia - Sistema Urinário.

Olá Alunos!

Na aula de hoje estudaremos a anatomia do sistema urinário.

O sistema urinário é um aparelho que pode ser dividido em órgãos


secretores – que produzem a urina – e órgãos excretores – que são encarregados
de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Os órgãos urinários
compreendem dois rins, que produzem a urina, dois ureteres (ductos), que
possuem a exclusiva função de transportar a urina para a bexiga, onde fica retida
por algum tempo até a uretra expelir a urina do corpo. (Figura 1)

Figura 1: Sistema urinário – estrutura e composição.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de


gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons.

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O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim.


(Figura 2)

Figura 2: Néfron.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Os ureteres são dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. A
bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento
da urina. É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens, situa-se diretamente
anterior ao reto e, nas mulheres, está à frente da vagina e abaixo do útero. (Figura
3 e 4)

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Figura 3: Bexiga masculina.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

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Figura 4: Bexiga feminina.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.

A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo. A


uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. As uretras
masculinas e a femininas se diferenciam; na mulher, ela tem como característica ser
curta e faz parte exclusivamente do sistema urinário. A uretra masculina se estende
do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na
extremidade do pênis e também existe uma abertura mínima em forma de fenda
para o ducto ejaculatório.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 29 - Anatomia - Sistema Tegumentar.

Olá Alunos,

Na aula de hoje iremos estudar sobre a anatomia do sistema tegumentar que


é conhecido como pele.

A pele (tegumento) cobre a superfície do corpo com as funções de proteção,


regulação de temperatura e sensibilidade. Como a pele é um órgão que está
presente em todo o corpo, ela acaba sendo o maior órgão do corpo humano. A pele
é composta pela epiderme - camada superficial, e derme - camada de tecido
conectivo profunda (Figura 1)

Figura 1: Pele

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

A epiderme (cutícula) não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, e


varia de espessura em diferentes partes. O epitélio estratificado da epiderme é
composto de várias camadas (superficiais para profundas) denominadas de acordo
com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e
posição. A derme ou pele verdadeira é rígida, porém flexível e elástica.

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A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras


elásticas e nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em
duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar. (Figura 2)

Figura 2: Pele – estrutura e composição.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

O tecido subcutâneo (sobre a derme) não é considerado como pertencente à


pele e por isso é chamada de tela ou tecido subcutâneo ou hipoderme. Ele é
composto, principalmente, por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo e possui
duas funções principais: controle de temperatura e fixação da pele às estruturas
subjacentes.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

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Aula 30 - Anatomia - Sistema Ósseo I.

Olá Alunos,

Na aula de hoje, iniciaremos nossos estudos sobre a anatomia do sistema


ósseo.

O sistema esquelético é dividido em axial – composto pelos ossos da cabeça,


pescoço e do tronco, e apendicular – composto pelos membros superiores e
inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das
cinturas escapular e pélvica. (Figura 1)

Figura 1: Sistema ósseo.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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Os ossos podem ser divididos em dois tipos, os compactos (diáfise)


possuem a caraterística mais rígida não havendo possibilidade de flexibilidade, e os
esponjosos possuem uma rigidez, porém são passiveis de ter alguma elasticidade.
A diferença entre os dois está na concentração de substância sólida e a
quantidade e tamanho dos espaços que contém internamente. No entanto, todo
osso esponjoso tem uma camada de osso compacto ao entorno.

Nos ossos podemos identificar camadas, o periósteo e o endósteo.


O periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que
reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente em toda a superfície
externa do osso, exceto na cartilagem articular. Protege o osso, serve como ponto
de fixação para os músculos e contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso
subjacente. O endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso,
revestido por tecido conjuntivo. (Figura 1)

Figura 2: Estrutura do osso.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

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Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed,
2003

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Aula 31 - Iniciação das crianças escolares na natação.

Olá Alunos,

Na aula de hoje, finalizaremos nossos estudos sobre a anatomia do sistema


ósseo.

No sistema ósseo, há ossos de diferentes tamanhos e formas. A classificação


de cada um deles é feita, a partir do de sua forma:

Tipo de osso Descrição Exemplo

Ossos Longos Tem o comprimento


maior que a largura
Fêmur
e são constituídos
por um corpo e
duas extremidades.
Eles são um pouco
encurvados, o que
lhes garante maior
resistência. O osso
um pouco
encurvado absorve
o estresse
mecânico do peso
do corpo em vários
pontos, de tal forma
que há melhor
distribuição do
mesmo.

Ossos Curtos São parecidos com Ossos do Carpo


um cubo, tendo

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seus comprimentos
praticamente iguais
às suas larguras.
Eles são compostos
por osso esponjoso,
exceto na
superfície, onde há
fina camada de
tecido ósseo
compacto.

Ossos Laminares São ossos finos e Frontal e Parietal.


(Planos) compostos por duas
lâminas paralelas
de tecido ósseo
compacto, com
camada de osso
esponjoso entre
elas. Os ossos
planos garantem
considerável
proteção e geram
grandes áreas para
inserção de
músculo

Ossos Alongados São ossos longos, Costelas


porém achatados e
não apresentam
canal central

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Ossos Pneumáticos São osso ocos, com Esfenoide.


cavidades cheias de
ar e revestidas por
mucosa (seios),
apresentando
pequeno peso em
relação ao seu
volume

Apresentam formas Vértebras.


complexas e não
Ossos Irregulares
podem ser
agrupados em
nenhuma das
categorias prévias.
Eles há quantidades
variáveis de osso
esponjoso e de
osso compacto.

Ossos Sesamoides Estão presentes no Patela


interior de alguns
tendões em que há
considerável fricção,
tensão e estresse
físico, como as
palmas e plantas.
Eles podem variar
de tamanho e
número, de pessoa
para pessoa, não
são sempre
completamente

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ossificados,
normalmente,
medem apenas
alguns milímetros
de diâmetro.
Exceções das
patelas

Ossos Suturais São pequenos


ossos localizados
dentro de
articulações,
chamadas de
suturas, entre
alguns ossos do
crânio. Seu número
varia muito de
pessoa para
pessoa.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

A disposição do tecido ósseo compacto e esponjoso em um osso longo é


responsável por sua resistência. Os ossos longos contêm locais de crescimento e
remodelação e estruturas associadas às articulações que são divididas em 3
principais partes: diáfise, epífise e metáfise. (Figura 1)

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Figura 1: Osso longo – estrutura.

Fonte: auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso. Acesso 17/12/2018.

Referência:

MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,


2009.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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Aula 32 - Anatomia - Sistema Muscular.

Olá Alunos!
Na aula de hoje estudaremos a anatomia do sistema muscular.
Semelhante aos ossos, os músculos também possuem diferentes tamanhos e
formas e são classificados a partir de sua forma. No entanto, no sistema muscular,
os critérios de classificação não são apenas em relação à forma, mas a outras
características como a situação e disposição da fibra.
A classificação em relação à forma estabelece 3 diferentes tipos:
 Longos: são encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais
são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo:
Bíceps braquial
 Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes
das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.
 Curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos têm pouca
amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da
mão.
A classificação em relação à situação considera 2 diferentes tipos:
 Superficiais ou Cutâneos: presentes abaixo da pele e apresentam, no
mínimo, uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão
localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotênar).
Exemplo: Platisma.
 Profundos ou Subaponeuróticos: são músculos que não apresentam
inserções na camada profunda da derme e, na maioria das vezes, se inserem
em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador
quadrado

A classificação em relação à disposição das fibras, podemos dividir em 3


diferentes tipos:
 Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.
 Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.
 Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.

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Referência:
MALINA R. M. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo, Ed. Phorte,
2009.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2003

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