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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CIV 361 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II

ADITIVOS

O texto apresentado a seguir é um resumo dos principais assuntos tratados no curso sobre "Tecnologia dos
Aditivos", realizado na Divisão de Edificações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
(IPT), no período de 21 a 25/03/83. Qualquer informação adicional pode ser obtida consultando-se a publicação
"Tecnologia de Aditivos" editada pelo IPT.

1)DEFINIÇÕES DO COMITÊ 11-A DA RILEM:

Considerando que existem no Brasil diferentes denominações para um aditivo de mesmo efeito nos
conglomerados de cimento Portland, apresentam-se a seguir as definições dos aditivos mais comuns, elaboradas pelo
Comitê 11-A da RILEM e que estão sendo adotadas nas comissões de Estudo do CB-18 da ABNT que analisam o
assunto.
Aditivo: todo produto que adicionado em pequena proporção em argamassas ou concretos, no momento da
mistura, tem a finalidade de modificar, no sentido favorável, as propriedades desse conglomerado, tanto no estado
fresco quanto no endurecido.
Aditivos impermeabilizantes: reduz a permeabilidade e absorção capilar de argamassas e concretos.
Aditivo redutor de água: reduz a quantidade de água unitária necessária a produzir um conglomerado de
determinada consistência. São também chamados plastificantes pois podem aumentar a fluidez de um conglomerado
quando se mantém fixa a relação água/cimento.
Aditivo retardador: retarda o tempo de pega do conglomerado.
Aditivo redutor-retardador: reduz a quantidade de água unitária necessária para produzir um concreto de
determinada consistência e retarda a pega do conglomerado.
Aditivo redutor-acelerador: reduz a quantidade de água necessária a produzir um concreto de determinada
consistência e acelera a pega e o desenvolvimento das reações iniciais do conglomerado.
Aditivo incorporador de ar: incorpora e estabiliza uma quantidade elevada de micro-bolhas no
conglomerado fresco, mantendo-as incorporadas após a pega e o endurecimento.
Aditivo super fluidificante: aumenta significativamente a fluidez do conglomerado fresco, mantida a
relação água/cimento. São também denominados redutores de água de alto poder, pois reduzem significativamente a
quantidade de água unitária necessária para produzir um conglomerado de determinada consistência.
Pó mineral plastificante: é um aditivo sólido, insolúvel em água, finamente divido, que aumenta a
viscosidade e a coesão das misturas no estado fresco, formando produtos mais homogêneos e menos sujeitos à
deformação quando desmoldados no estado fresco. Aumenta a compacidade de argamassas e concretos pobres. Ex.:
cal, pó calcário, argilas, etc.
Retentor de água: diminui a velocidade de perda de água por uma diminuição da exsudação das misturas
frescas.
Aditivo expansor: provoca uma expansão controlada durante o processo de hidratação do cimento nas
argamassas e concretos. Esta expansão pode ser inferior, igual ou superior à retração.

2)FATORES QUE ALTERAM OS EFEITOS DOS ADITIVOS NAS PASTAS, ARGAMASSAS E CONCRETOS:

Fatores intrínsecos:
- Teor de aditivo;
- Finura e composição do cimento;
- Forma dos grãos e granulometria dos agregados;
- Conteúdos dos agregados;
- Consumo de cimento;
- Relação água/cimento;
- Consistência do concreto fresco;
- Temperatura dos materiais e do concreto.
Fatores extrínsecos:
- Condições termohigrométricas do ambiente.
- Forma de adição do aditivo.
- Energia e duração da mistura.
- Energia e duração do adensamento.
- Idade do concreto.
Todo estudo de avaliação de aditivos é comparativo e, portanto, deve levar em conta esses fatores,
considerando-os na própria avaliação experimental a ser efetuada, ou então, fixando-os em condições de laboratório
ou em condições o mais semelhantes às da obra.

3)ADITIVOS ACELERADORES:

São empregados para acelerar a velocidade das reações de hidratação do cimento e são divididos em
aceleradores de pega (reduzem o tempo de pega) e aceleradores de endurecimento (aumentam a resistência
mecânica inicial).
Os aceleradores de pega têm seu uso limitado a aplicações específicas como no lançamento de argamassa
para revestimento de paredes verticais ou de galerias. Os aceleradores de pega comumente utilizados são a base de
silicato e carbonato de sódio e carbonato de potássio.
O silicato de sódio provoca a precipitação do silicato de cálcio hidratado, aumentando a relação sólido-
líquido na pasta de cimento, já a ação aceleradora dos carbonatos alcalinos é devida à precipitação do CaCO3 e,
conseqüentemente, à diminuição do efeito de retardamento da hidratação do C3A por parte do gesso, que é menos
eficiente na ausência de Ca(OH)2.
A adição de carbonatos alcalinos provoca não só uma redução sensível nos tempos de início e fim de pega,
mas também nas resistências à compressão e à flexão, tanto nas primeiras idades como em períodos longos.
Uma alternativa ao emprego de aditivos aceleradores de pega seria o emprego de clínquer sem adição de
gesso, no entanto, não existiria a possibilidade, oferecida pelo aditivo, de controlar a duração da pega conforme se
necessite.
Como acelerador de endurecimento, o aditivo mais empregado tem sido o cloreto de cálcio. Outros cloretos
solúveis em água têm sido empregados como, por exemplo, o de sódio, quando se deseja excluir o íon Ca2+.
A presença de cloretos no concreto armado, sobretudo no protendido, favorece a corrosão da armadura. O
ACI recomenda que o teor de cloretos não ultrapasse não ultrapasse os valores tabelados abaixo:

Máximo teor de Cl- (ACl)


Concreto protendido 0,60%
Concreto armado em presença de meio úmido e marítimo 0,10%
Concreto armado em ambiente úmido 0,15%
Concreto armado -
Concreto simples -

É importante notar que os materiais utilizados na composição do concreto podem conter cloretos e os
limites acima são especificados em função do total de cloretos e não apenas em função da dosagem do aditivo. O
exemplo abaixo esclarece a situação:
Materiais Cl- (%) Kg/m2 Cl- (g)
Aditivo 0,01 3 0,3
Cimento 0,03 300 90
Agregado 0,01 1900 190
Água - 200 -
Total 280,3

0,2803 kg de Cl - = 0,1%
300 kg de cimento

O cloreto de cálcio influi nas reações de hidratação dos 4 principais compostos do cimento Portland,
acelerando-as. No entanto, a sua influência mais marcante é sobre a hidratação do C3S que, conforme visto, é o
composto responsável pela resistência mecânica nas primeiras idades. O cloreto de cálcio aumenta a superfície
específica do C3S hidratado favorecendo o desenvolvimento das reações de hidratação.
Com relação ao concreto aditivado com cloreto de cálcio, as principais alterações verificadas são:
- Redução na velocidade e capacidade de exsudação;
- Diminuição do tempo de pega;
- Diminuição da segregação;
- Favorece a retração (maior grau de hidratação do C3S);
- Redução da água de amassamento para uma determinada trabalhabilidade;
- Aumenta a deformação lenta;
O efeito mais evidente do cloreto de cálcio é o aumento da resistência mecânica dos concretos preparados
com diversos tipos de cimento. A figura 1 ilustra este fato, que é semelhante ao encontrado numa pasta de C3S. Em
todos os casos pode-se observar um aumento da resistência nas primeiras idades, que diminui gradativamente nas
idades mais avançadas.

Figura 1 - Influência do CaCl2 sobre a resistência mecânica à compressão do concreto


preparado com diversos tipos de cimento.
A figura 2 mostra que a adição de CaCl2 em teores superiores a 2% diminui a resistência à compressão e à
flexão da pasta de cimento, além de que esses teores são prejudiciais à estabilidade química das armaduras.

80 8

70 7
Resistência a compressão

Resisência à tração (MPa)

60 6

50 5
(MPa)

40 4

30 3

20 2

10 1

0 0
0 1 2 3 4 5

% de CaCl2
Resistência à compressão Resistência à tração

Figura 2 - Influência da porcentagem de adição de CaCl2 sobre a resistência mecânica à


compressão (Rc) e a flexão (Rf) da pasta de cimento

Com relação aos efeitos do CaCl2 sobre outros cimentos, verificou-se que ele acelera as reações de
hidratação e a resistência mecânica do cimento de alto forno e do cimento pozolânico, se bem que com menor
intensidade que os efeitos verificados no cimento Portland comum.
Vários outros produtos têm sido empregados para substituir o cloreto de cálcio como acelerador de
endurecimento, com a finalidade de eliminar os riscos de corrosão das armaduras. No entanto, nenhum apresenta
suas características, sobretudo seu baixo custo. Entre estes se destacam a trietanolamina N(CH2-CH2-OH)3 e o
formiato de cálcio Ca(HCOO)2, mas muitos outros sais podem ser empregados como, por exemplo, o nitrato de
cálcio Ca(NO3)2 , o fluoreto de sódio (NaF), o tiossulfato de potássio (K2S2O3), etc.
A alternativa ao emprego de um aditivo acelerador de endurecimento pode ser o emprego de um cimento
mais fino e mais rico em C3S, ou o aquecimento da mistura, expediente muito utilizado na indústria de pré-moldados
através da utilização de autoclaves.

4)ADITIVOS RETARDADORES:

Os aditivos retardadores são empregados quando se deseja manter o concreto plástico por um tempo mais
longo. Seu emprego assume particular importância em concretagens em temperaturas elevadas e quando se
necessita, transportar o concreto por longas distâncias.
O efeito de retardamento na pega é acompanhado de uma baixa resistência mecânica nas primeiras idades,
todavia, nas idades mais avançadas a resistência mecânica de um concreto com aditivo retardador, supera a de um
concreto sem aditivo.
Existem aditivos retardadores à base de produtos orgânicos e inorgânicos. Entre os produtos orgânicos, os
mais comumente utilizados são constituídos de carboidratos (açúcares), como os monossacarídeos e os
polissacarídeos, os ácidos hidroxicarboxílicos e dicarboxílicos. Os fosfatos, os boratos, os sais de chumbo e de zinco
destacam-se entre os produtos inorgânicos.
Apesar do mecanismo de ação retardante não estar muito claro, admite-se que os produtos orgânicos sejam
adsorvidos sobre a superfície dos grãos de cimento impedindo, por um certo tempo, o contato com a água.
Entre os produtos inorgânicos, os fosfatos e os boratos poderiam ser adsorvidos como os produtos
orgânicos, através do grupo oxidrila, enquanto os sais de chumbo e de zinco poderiam formar precipitados
insolúveis sobre os grânulos de cimento, retardando a sua hidratação.
Os concretos com aditivos retardadores podem estar sujeitos a uma retração mais acentuada, devido ao fato
de que ficam expostos a períodos mais longos de secagem, o que torna imprescindível uma cura cuidadosa, de modo
a evitar a secagem das mistura ainda não endurecida.
Uma alternativa ao emprego dos aditivos retardadores seria o emprego de cimentos com baixo teor de C3A
e C3S.

5)ADITIVOS PLASTIFICANTES:

Os aditivos plastificantes são aqueles que para uma mesma relação água/cimento aumentam a
trabalhabilidade da mistura (tornam o concreto mais plástico) ou que para uma mesma trabalhabilidade reduzem a
relação água/cimento e por essa razão são chamados de redutores de água.
O princípio de ação dos aditivos plastificantes é o de provocar a dispersão das partículas de cimento, o que
é explicado pela repulsão eletrostática dos grãos de cimento envolvidos pelo aditivo.

Figura 3 - Dispersão de grãos de cimento explicada pela teoria da repulsão eletrostática

Os aditivos plastificantes podem ter um efeito secundário sobre a velocidade de hidratação dos cimentos
que os classifica em três grupos - normal, retardador e acelerador - conforme modifiquem o tempo de pega e a
resistência mecânica nas primeiras idades.

Figura 4 - Influência dos aditivos plastificantes


sobre a resistência mecânica do concreto, quando
são adicionados para a mesma relação a/c.
A = normal;
B = acelerador;
C = retardador;
D = concreto sem aditivo com consistência mais
seca;
(A)

(B)
Figura 5 – Pasta de cimento sem aditivo (A) e com aditivo plastificante (B)

A figura 6 mostra o efeito dos aditivos plastificantes em concretos com diferentes consistências, onde
podemos observar que para concretos mais plásticos a ação plastificante dos aditivos é menos eficiente.
Figura 6 - Influência do aditivo plastificante
sobre a variação de consistência de um
concreto (mesma relação a/c)

Com base na natureza química dos produtos, os aditivos plastificantes podem ser classificados em três
grupos, cada um dos quais pode ter como componente principal o lignossulfonato, ácidos hidroxi-carboxílicos e
polímeros hidroxilados.
O lignosulfonato é um subproduto da extração da celulose da madeira acompanhado de açúcares e amido
que conferem ao produto características retardadoras. A retirada dos açúcares do lignossulfonato pode transformá-lo
em um aditivo plastificante-acelerador. Por outro lado, o lignossulfonato por si só incorpora um pouco de ar (2,0 a
3,0% do volume de concreto), que pode ser indesejável, neste caso deve ser adicionado um antiespumante, ou
desejável, no caso de se pretender a utilização de um incorporador de ar, o que torna necessário a adição de um
tensoativo, que elevaria o teor de ar incorporado até a faixa utilizável de cerca de 5,0%.
O lignossulfonato é um polímero, cuja unidade fundamental é:

O
OH
O
CH2 C CH CH CH2OH
OH SO3H

Sua cadeia molecular pode variar de algumas centenas até cerca de 100000 monômeros.
Os grupos sulfônicos (-SO3H) e hidroxílicos (-OH) são adsorvidos pelas partículas de cimento, em maior
intensidade pelo C3A hidratado, formando películas com inúmeras camadas moleculares que modificam o potencial
elétrico e aumenta a repulsão entre as partículas, e assim, a aglomeração é reduzida e a dispersão favorecida.
O lignossulfonato provoca uma diminuição na resistência mecânica nas primeiras idades, em virtude de
uma diminuição na velocidade de hidratação do cimento atribuída ao envolvimento do grão de cimento pelo aditivo,
mas nas idades posteriores esta perda é recuperada e há até um aumento na resistência mecânica devido à maior
dispersão das partículas, que provoca o aumento da superfície específica de contato dos grãos de cimento com a
água.
Figura 7 - Influência do lignossulfonato sobre a resistência
mecânica à compressão (Rc) e à flexão (Rf) de pasta de
cimento preparada com a mesma relação a/c. As curvas
tracejadas referem-se aos corpos de prova com aditivo
(0,2%).

Os aditivos à base dos ácidos hidroxi-carboxílicos (ácido glucômico, salicílico, cítrico, tartárico e múcico) e
dos seus sais têm sua ação plastificante baseada na adsorção das moléculas por parte das partículas de cimento por
meios de grupos -OH e -COOH.
Os produtos citados apresentam uma ação retardante além de plastificante; no entanto, podem ser
empregados na fabricação de aditivos plastificantes do tipo normal ou acelerador pela adição de cloreto ou formiato
de cálcio, ou de trietanolamina.
Os polímeros hidroxilados são obtidos pela hidrólise de carboidratos (açúcares) de massa molecular
elevada, como o amido e a dextrina e transformados em polímeros de massa molecular mais baixa contendo de 3 a
25 unidades glucosídicas.
As alternativas ao uso de aditivos plastificantes para melhorar a trabalhabilidade dos concretos implicam
em alterações nas suas composições, como por exemplo, mudar o agregado, reduzindo sua angulosidade, aumentar a
quantidade de água com o conseqüente aumento do consumo de cimento para não alterar as propriedades do
concreto endurecido, ou até mesmo empregar meios de adensamento mais eficientes mantendo inalterada a
consistência do concreto. Enfim, a viabilização de uma alternativa à utilização de um aditivo plastificante depende
de muitos fatores específicos de cada situação.

6)ADITIVOS SUPERFLUIDIFICANTES:

Os aditivos superfluidificantes têm uma ação sobre a consistência do concreto muito mais marcante do que
os aditivos plastificantes. A redução da relação água/cimento ocasionada por um plastificante é, em média, de 5%, já
para um superfluidificante, esta pode atingir de 20 a 40%. Por outro lado, a adição de um superfluidificante pode
transformar um concreto seco comum abatimento de 10 a 20 mm em um concreto fluido com abatimento superior a
200 mm.
A adição de aditivos plastificantes em teores elevados poderia reduzir a relação água/cimento até 20%, mas
como estes aditivos têm o efeito secundário de retardadores, mesmo depois de dias ou semanas o concreto não
estaria ainda endurecido. Como os produtos principais empregados na composição dos superfluidificantes são
polímeros sintetizados, que não apresentam o efeito retardante dos plastificantes, torna-se possível elevar a dosagem
destes, a teores altos (1 a 3 %), conseguindo desta maneira a alta plasticidade nas misturas em que são empregados.
Os polímeros empregados para a produção de superfluidificantes são os naftalenossulfatos condensados
com formaldeído (NSF) e a trimetil-metilamina sulfonada condensada com formaldeído (MSF).

SO3Na SO3Na SO3Na

CH2 CH2 CH2

NSF

N N
NH CH2 O CH2 NH NH CH2 O
N N N N

NH SO3N2 NH SO3N2
MSF

O efeito ocasionado pelos superfluidificantes é conseguido, tal como pelos plastificantes, através da
defloculação da pasta de cimento que se sucede à adsorção do polímero sobre os grânulos de cimento graças à
presença dos grupos sulfônicos (SO3H).
Os efeitos dos aditivos superfluidificantes sobre os concretos devem ser considerados de duas maneiras: em
concretos com mesma relação água/cimento e trabalhabilidade diferentes, e em concretos com mesma
trabalhabilidade e diferentes relações água/cimento. Em concretos com mesma trabalhabilidade, todas as
propriedades do concreto endurecido são significativamente melhoradas em presença de superfluidificantes pela
redução considerável na relação a/c. Por outro lado, para uma mesma relação a/c, o concreto fluido aditivado não
apresenta diferenças substanciais com relação ao conglomerado correspondente não aditivado, mas sensivelmente
menos trabalhável. Em geral, pode se dizer que o comportamento de um concreto fluido aditivado (abatimento de
200 - 220 mm), é aproximadamente equivalente ao de um concreto seco com um abatimento de 10 - 20 mm. No
entanto, a grande diferença entre esses dois concretos é a possibilidade da colocação do concreto aditivado na obra,
praticamente sem nenhum esforço de compactação, enquanto o concreto sem aditivo exigiria um sistema de
adensamento acurado, longo e dispendioso. Por outro lado, pode se dizer que o concreto com superfluidificante é
mais confiável do que o concreto correspondente pouco trabalhável, no sentido de que o primeiro é muito menos
dependente do sistema de adensamento.
A figura 8 mostra a dispersão dos resultados relativos à resistência mecânica de concretos com ou sem
aditivos e de diferentes consistências.

80
70
60
50
40
Abatimento = 220mm, a/c=0,35, Com aditivo
30
Abatimento = 220mm, a/c=0,56, Sem aditivo
20
Abatimento = 100mm, a/c=0,46, Sem aditivo
10
Abatimento = 10mm, a/c=0,33, Sem aditivo
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

Figura 8 - Influência da consistência sobre a dispersão dos resultados de resistência à compressão de concretos
comuns adensados por períodos diversos
Podemos observar que os concretos com superfluidificantes (abatimento de 210 - 220 mm) apresentam a
mesma resistência máxima dos concretos com abatimento de 10 mm. Todavia, os primeiros apresentam mais de
75% dos corpos de prova com resistência máxima, enquanto não mais do que 15% dos segundos atingem a
resistência máxima.
O emprego de concreto fluido com baixa relação água/cimento possibilita conciliar a exigência
freqüentemente conflitante do projetista que pretende estruturas resistentes, duradouras e homogêneas e da empresa
que é obrigada a superar dificuldades práticas consideráveis no canteiro de obras.
Uma das limitações à difusão dos superfluidificantes é representada pela perda da consistência inicial do
concreto fluido com aditivo superfluidificante. Tal fato é marcante quando se necessita transportar o concreto por
longa distância, particularmente em climas quentes. Já numa instalação de pré-fabricação pode se até tirar vantagem
desta perda de consistência, no caso do concreto ser curado a vapor, porque permite uma cura mais breve.
A multiplicidade de exigências e condições climáticas que podem apresentar-se nas condições práticas de
emprego, exige que se tenha alguns tipos de superfluidificantes para os quais a conservação de uma consistência
pode ser variada dentro de determinados limites. Assim, na figura 9 são mostrados os três tipos de aditivos:

Figura 9 - Consistência medida através


do abatimento do tronco de cone (Slump)
em função do tempo de mistura do
concreto com três tipos de aditivos
(A,B,C) superfluidificantes

A (retardador) é mais adequado a climas quentes e para transporte longo, o tipo C (acelerador) em climas
frios e em pré-fabricação, enquanto o B (normal) é mais adequado para condições intermediárias e para empresas
que preparam o concreto na obra. A conservação da consistência está relacionada com o efeito do aditivo
superfluidificante sobre a cinética das reações de hidratação, conseqüentemente em idades maiores não existe
nenhuma diferença substancial entre o cimento hidratado sem aditivo e aquele contendo um dos três aditivos.

Figura 10 - Influência do tipo de aditivo


superfluidificante sobre a evolução da
resistência mecânica de um concreto:
A - abatimento de 200 mm e superfluidificante
retardador;
B - abatimento de 200 mm e superfluidificante
normal;
C - abatimento de 200 mm e superfluidificante
acelerador;
D - abatimento de 100 mm sem
superfluidificante

Outro aspecto a ser controlado, durante o emprego de concretos fluidos contendo superfluidificantes, diz
respeito à segregação e a exsudação, pois tem se admitido que um concreto fluido não segrega, o que não é verdade,
uma vez que o tipo e o consumo de cimento e a distribuição granulométrica do agregado são fatores preponderantes
a serem considerados na prevenção contra a segregação e a exsudação dos concretos. Em vista disso, propôs-se
definir como reoplásticos aqueles concretos que além de serem fluidos são também coesivos, plásticos e não
segregáveis e reservar o termo fluido para aqueles que apresentam apenas boas propriedades de fluidez. Em
princípio, um concreto com superfluidificante, seria reoplástico se além de ser fluido (abatimento 200 mm)
apresentasse também a mesma segregação e capacidade de exsudação do concreto correspondente sem aditivo seco
(abatimento de 10 - 20 mm).

7)ADITIVOS INCORPORADORES DE AR:

A principal função de um aditivo incorporador de ar é conferir ao concreto uma estabilidade frente à ação
do ciclo gelo-degelo, pela formação de microbolhas de ar homogeneamente dispersas na massa. A dimensão, o
espaçamento e o número de microbolhas são fatores essenciais que governam a resistência do concreto ao gelo.
A utilização de aditivo incorporador de ar em nosso país justifica-se em razão de seus efeitos secundários
sobre o concreto, quais sejam: melhoria na trabalhabilidade e aumento da coesão do concreto fresco, além da
diminuição da massa específica.
A melhoria na resistência do concreto frente à ação do gelo consegue-se em função da difusão da água dos
poros capilares, onde o gelo está se formando, para as microbolhas de ar dispersas no seio do concreto, aliviando
assim a pressão hidráulica provocada pelo aumento de volume da água ao congelar-se. Quando se verifica o degelo,
a água líquida, por sucção capilar, transfere-se da microbolha (φ 100 - 500mm) aos poros capilares (de diâmetros
bem menores) próximos.
Cada microbolha de ar tem uma esfera de ação (φ de 200 - 300mm), conseqüentemente, para que todo o
concreto seja protegido da ação do gelo é necessário que as microbolhas sejam uniformemente distribuídas e que as
esferas de ação de cada microbolha superponham-se. Caso contrário, se existe algumas zona do concreto (C na
figura 11) que esteja muito distante da microbolha, a pressão hidráulica, gerada eventualmente pelo gelo formado,
pode chegar a valores muito elevados antes que a água sob pressão atinja uma microbolha, fissurando o concreto.

Figura 11 - Zona de concreto protegida da ação do gelo (B) e zona não protegida (C) por estar
muito distante das microbolhas (A). No primeiro caso o espaçamento é menor do que no segundo

A eficácia da incorporação de ar ao concreto pode ser avaliada pelo "fator de durabilidade" definido na
norma ASTM C-666-71, através da equação:
n⋅e
f .d =
300
Onde:
- n é igual a 300 ou é o n° de ciclos de gelo e degelo em correspondência ao qual o concreto
conserva ainda 60% do módulo de deformação inicial.
- e é a % do módulo inicial após n ciclos.
Figura 12 - Influência do espaçamento
(distância entre bolhas) sobre a durabilidade do
concreto. As duas curvas delimitam os pontos
experimentais encontrados

O volume ideal de ar a ser incorporado ao concreto, dependerá da dosagem do concreto a das características
dos materiais constituintes. Assim, a figura 13 mostra que os concretos mais magros requerem em geral um volume
maior de ar, e que uma quantidade de ar superior a 5 % do volume do concreto não melhora a durabilidade e
provoca uma queda acentuada da resistência mecânica (figura 14).

Figura 13 - Influência do volume de


ar incorporado sobre o fator de
durabilidade de concretos preparados
com 200 kgf/m3 e 400 kgf/m3 de
cimento

Figura 14 – Influência do volume de ar do concreto


sobre a diminuição da resistência mecânica
Para uma dada composição granulométrica do agregado, o volume de ar a ser incorporado ao concreto
diminui a medida que aumenta o diâmetro máximo do agregado, uma vez que as microbolhas só se formam na pasta
de cimento e o consumo de cimento decresce neste caso.

Tabela 1 - Volume de ar incorporado segundo a Recomendação do ACI


Dimensão máxima do agregado (mm) Volume de ar incorporado (%)
10 8
12,5 7
20 6
25 5
40 4,5
50 4
70 3,5
150 3

O excesso de material finíssimo da areia diminui o ar incorporado, enquanto a fração entre 0,3 e 0,6 mm,
como também um agregado anguloso e rugoso favorecem a incorporação de ar. Também o tipo de cimento pode
influenciar a incorporação de ar, assim cimentos mais finos levam geralmente a um volume menor de ar para uma
mesma dosagem de aditivos.
O tempo de mistura, de transporte e de adensamento influenciam, ao lado das condições ambientais, a
quantidade de ar efetivamente incorporada ao concreto. Por isso, na prática, a percentagem de aditivo deve ser
avaliada experimentalmente a fim de que o concreto acabado tenha o volume de ar incorporado desejado.
O aditivo incorporador de ar provoca um aumento na trabalhabilidade e na coesão do concreto. Este efeito é
muito explorado nos concretos magros (com menos de 200 kg/m3 de cimento), onde mantendo-se a trabalhabilidade
constante, a redução na quantidade de água que se consegue pode anular completamente o efeito negativo da massa
específica menor sobre a resistência mecânica.
Os incorporadores de ar ocasionam também uma redução na exsudação no concreto fresco e uma
diminuição na permeabilidade do concreto endurecido.
Os produtos químicos empregados como matérias-primas básicas na produção de incorporadores de ar são:
ácido abiético, sais de ácidos graxos (ácido oleico ou cáprico), alquil-arilsulfonatos, alquilsulfonatos, sais de
alquilamônio, alquilfenóis etoxilados.

8)ADITIVOS IMPERMEABILIZANTES:

Os aditivos impermeabilizantes são produtos hidrofugantes que impedem a passagem da água através do
concreto quando a pressão aplicada é pequena, como no caso de uma chuva ou na ascensão capilar da água.
Os produtos hidrofugantes mais utilizados são à base de ácidos graxos, entre os quais o caprílico, cáprico,
estereático, oleico e de emulsão de cera ou de betume. São adicionados à mistura durante o amassamento e agem,
em tese, sobre a natureza da superfície do concreto endurecido. A figura 15 mostra o ângulo de contato (θ), formado
por uma gota de água com um concreto aditivado ou não com um hidrofugante. A molhagem menor do concreto,
isto é, um aumento do ângulo q, leva a um aumento da pressão (P) que deve ser aplicada para fazer passar a água
através dos poros capilares (figura 16).
A influência do ângulo de contato (θ) sobre a pressão (P) pode ser utilizada na equação seguinte, deduzida
por Washburn:
− 2γ cos θ
P= , onde γ e ν são respectivamente a tensão superficial da água (72 dine/cm2) e o raio dos poros
ν
capilares. Assumindo para este último o valor de 0,5 µm, tem-se:
2 × 72 × cos θ
P=− −4
= −288 × 10 −4 ( dine / cm 2 )
0,5 × 10
ou
288 × 10 −4 × cos θ
P=− = −28,8 cos θ m.c.a.
10 5
Obs.: 1 dine/cm2 = 10-5 m.c.a.
Se q é de 60° para o concreto não aditivado e de 120° para o que não contém hidrofugante, P torna-se igual
a -14m no primeiro caso e a 14m no segundo caso.
Figura 15 - Ângulo de contato da água com um concreto aditivado (A) ou não (B) com um hidrofugante

A B

Figura 16 - Influência dos aditivos hidrofugantes sobre a ascensão capilar da água.


A) superfície do concreto não aditivado: a água não ascende no poro capilar (P é negativo);
B) superfície de concreto aditivado com hidrofugante: a água deve ser empurrada (P é positivo)
para entrar no poro capilar

O efeito impermeabilizante dos aditivos hidrofugantes é muito pequeno e vai se perdendo com o tempo,
pois é praticamente impossível o revestimento com o hidrofugante de todos os sólidos presentes no concreto, uma
vez que a hidratação do cimento se processa ao longo do tempo, novas áreas de produtos hidratados vão se
formando sem o revestimento protetor. Pela mesma razão, a superfície nova que se cria pela formação de fissuras
por causa da retração não pode ser revestida com hidrofugante adicionado no momento do amassamento da mistura.
Isto nos mostra que para termos um concreto impermeável é necessário reduzir a porosidade capilar e impedir a
fissuração do material. A figura 17 mostra a correlação entre a permeabilidade e a porosidade capilar e coloca em
evidência como por porosidade capilar nula a permeabilidade da pasta de cimento não é nula, mas, assume um valor
(cerca de 10-4 cm/s) que é devido aos poros do gel de cimento. Do ponto de vista prático, para reduzir a
permeabilidade do concreto é necessário que se tenha uma pasta com um coeficiente de permeabilidade igual à do
agregado empregado, um sistema de adensamento adequado que permita a perfeita ligação pasta-agregado e um
estudo da fissuração do material que leve em conta a retração diferencial da pasta de cimento e do concreto.
Em geral, um concreto impermeável (coeficiente de Darcy = 10-9 a 10-12) pode ser obtido quando se
emprega um concreto com baixa relação a/c, bem compactado e bem curado.
Figura 17 - Influência da porosidade capilar sobre a
permeabilidade da pasta de cimento

9)ADITIVOS DE SUPERFÍCIE: DESMOLDANTE E DE CURA.

São assim chamados porque não são adicionados à mistura no momento do amassamento, são aplicados na
superfície do concreto fresco e, portanto estão excluídos nesta definição os produtos aplicados como revestimento
do concreto já endurecido. Compreendem então, os agentes desmoldantes e de cura.
Os desmoldantes têm a função de facilitar o deslocamento da fôrma do concreto endurecido, favorecendo o
acabamento da superfície do concreto e um número maior de reutilizações da fôrma. São constituídos de misturas de
óleos minerais e vegetais além de um agente tensoativo, geralmente constituído de produtos sintetizados como, por
exemplo, os alquil-arilsulfonatos ou alquilfenol-etoxilados, cuja função é facilitar a dispersão do óleo sobre a
superfície da fôrma, obtendo-se assim uma película fina e uniforme. É muito comum o emprego de óleos minerais
normais ou mesmo óleos lubrificantes recuperados como desmoldante. A aplicação do óleo sem uniformidade, além
de provocar manchas e arrancamento devido ao retardamento no endurecimento do concreto nas regiões onde o
desmoldante está em excesso, é uma das causas de formação de bolhas na superfície do concreto.
Quando se emprega fôrmas metálicas deve-se ater ao fato de que os óleos minerais, virgens ou recuperados,
favorecem o enferrujamento destas, uma vez que possuem baixo ph.
A obtenção de uma superfície aparente de bom aspecto irá depender do desmoldante, da composição do
concreto, dos cuidados dispensados ao lançamento, adensamento e cura do concreto e do tipo de fôrma empregado.
Os aditivos de cura são aplicados sobre a superfície exposta do concreto; particularmente nas obras onde a
relação superfície exposta/volume é muito grande, como por exemplo, em pavimentações a sua função é de impedir
a evaporação da água contida no concreto, propiciando assim, condições adequadas para seu endurecimento.
Os aditivos de cura são constituídos de substâncias tais como ceras, resinas, borrachas, dissolvidas em um
solvente muito volátil. Logo após a aplicação do agente de cura sobre o concreto fresco, a evaporação do solvente
provoca a formação de uma película que protege o concreto da evaporação da água de amassamento.
A evaporação da água de amassamento do concreto pode provocar sérios danos. Ao evaporar, a água deixa
uma série de canais capilares que se constituiriam num meio de penetração de agentes agressivos ao concreto. Além
disso, o escape da água do concreto pode afetar o processo de endurecimento, no caso de faltar água necessária à
hidratação do cimento. Finalmente, a evaporação da água provocaria a fissuração do concreto em conseqüência à
retração hidráulica ou de secagem.
Os fatores relatados acima justificam plenamente os cuidados que devem ser dispensados à cura do
concreto. A melhor cura é realizada mantendo o concreto sob água, molhando-o constantemente com jato de água,
neste caso é importante que a superfície não resulte seca entre uma molhagem e outra. Outro processo de cura
eficiente consiste em proteger a superfície do concreto com sacos de aniagem ou colchão de areia, mantidos
permanentemente úmidos. Estas técnicas têm o inconveniente de serem trabalhosas e só serem permitidas quando o
concreto iniciar o endurecimento, o que torna elevado o risco de fissuração por retração hidráulica quando o
ambiente é seco. Neste caso, é necessário proteger a superfície livre do concreto com um agente de cura aspergido
logo após o acabamento superficial.
O tempo de ação do agente de cura está ligado à estabilidade da película formada, assim, a dilatação
térmica do concreto e da película como também a ação mecânica (impacto, abrasão, etc.) associada ao tráfego, não
garante uma ação protetora por mais do que alguns dias. Portanto, quando são necessários períodos de cura
prolongados, deve-se renovar a película ou continuar a cura com outro processo.
No caso de juntas de concretagem ou de aplicação de revestimentos ao concreto, a película de cura pode
prejudicar a aderência ao concreto fresco ou do revestimento ao concreto já endurecido, conseqüentemente é
conveniente consultar o fabricante sobre as possibilidades de remoção da película.
No que diz respeito à perda de água da pasta de cimento é importante ressaltar que esta pode se dar não só
por evaporação, mas também por uma transferência de água para agregados não saturados, ou para a fôrma de
madeira porosa, ou para o material de base do concreto. Portanto, qualquer técnica de cura dispensada ao concreto
não exclui a saturação dos agregados, das fôrmas de madeira porosa ou de qualquer outro material em contato com o
concreto lançado.

10)ADITIVOS EXPANSIVOS PARA ANCORAGEM DE EQUIPAMENTOS E RESTAURAÇÃO DE


ESTRURAS DEGRADADAS:

Os aditivos expansivos são geralmente pré-misturados ao cimento Portland comum, constituindo assim os
chamados cimentos expansivos. A função do aditivo expansivo é a de provocar uma expansão que, se empregada
adequadamente, pode reduzir ou mesmo eliminar os inconvenientes provocados pela retração, e, em particular, a
fissuração. Conforme seja a grandeza da expansão, se comparável ou nitidamente superior à da retração, os cimentos
são denominados respectivamente, retração compensada ou expansivos autocompressíveis.
O emprego de cimentos expansivos não elimina a retração hidráulica, uma vez que esta é inevitável quando
há evaporação da água do interior do concreto, mas sim ameniza ou mesmo elimina as conseqüências da retração, ou
seja, as fissuras. A duração da retração é teoricamente ilimitada e depende de fatores intrínsecos, inerentes à
composição do concreto, e principalmente das condições ambientais, extremamente variáveis e incontroláveis, já a
expansão termina comumente no prazo de alguns dias, ou algumas semanas no máximo (figura 18).

Figura 18 - Evolução da expansão e da retração com o tempo


Seria ideal que se conseguisse produzir expansões ao longo do tempo para que se pudesse ir
contrabalanceando os efeitos da retração à medida que esta fosse se verificando, como mostra a figura 19, mas como
isto é impossível, haja visto os fatores que influem na retração e também a consideração de que a retração e
expansão são fenômenos cronologicamente sucessivos (figura 20), a solução é preceder a retração máxima de uma
expansão comparável ou superior, criando-se um estado de compressão dentro do concreto endurecido, que será
progressivamente removido, em parte ou totalmente, pelas solicitações sucessivas de tração geradas pela retração.

Figura 19 - Compensação ideal da retração


com um processo expansivo

Figura 20 - Expansão (em ambiente úmido)


seguida de retração (em ambiente seco) em
um cimento expansivo

Existem duas classes de cimentos expansivos, conforme a expansão seja ocasionada pela formação de
etringita, 3CaO · Al2O3 · 3CaSO4 · 32H2O · (C3A · 3CS · H32), ou pela formação de hidróxido de cálcio, CA(OH2),
ou de magnésio Mg(OH)2, por hidratação dos óxidos correspondentes. É curioso notar que estes fenômenos
químicos que causam expansão são os mesmos causadores da degradação do cimento e agora são para limitar a
fissuração por retração do concreto e, portanto para melhorar a durabilidade, seja da armadura, seja do próprio
concreto. Este paradoxo aparente pode ser esclarecido se examinarmos as condições em que se verificam os
fenômenos expansivos. Antes de tudo, a expansão que se verifica nos concretos com cimentos expansivos está
homogeneamente distribuída por todo o material, enquanto a que se dá durante a degradação limita-se a alguns
pontos, ou de algumas zonas, como por exemplo, o ataque da água do mar ao concreto só provoca a degradação da
camada superficial, permanecendo o interior sem nenhuma solicitação.
Em segundo lugar, a duração e sobretudo a intensidade do fenômeno expansivo estão compreendidos
dentro de certos limites bem controlados nas misturas contendo cimentos expansivos. Como já citado, a expansão
dos cimentos pode durar de alguns dias a algumas semanas, já no caso da degradação há a renovação constante do
agente agressivo e conseqüentemente o fenômeno de expansão tem duração ilimitada. Com relação à intensidade do
fenômeno expansivo, nos cimentos de retração compensada ela varia de 0,03% a 0,10% e nos cimentos expansivos
autocompressíveis a expansão pode superar a 0,25%. As solicitações de compressão geradas são respectivamente de
0,2 a 0,7 MPa para os concretos com cimentos de retração compensada e até 7MPa para aqueles com cimentos
expansivos auto-compressíveis. No caso da degradação estes valores são bem mais elevados.
Finalmente, a diferença mais importante entre a expansão destrutiva da degradação e a expansão útil para
eliminar as fissuras de retração consiste no fato de que somente no segundo caso estão presentes contrastes sob a
forma de confinamento e atrito de armaduras adequadamente distribuídas que permitem criar no concreto o estado
de compressão que será depois parcial ou totalmente removido pela retração que se segue.
A adição de aditivo expansivo pode ser feita na fábrica de cimento para produzir o cimento expansivo, ou
pode ser misturado na betoneira, juntamente com os outros materiais componentes do concreto, no momento do
amassamento da mistura. O fato de adotar uma das alternativas depende fundamentalmente das Normas sobre
aglomerantes vigentes em cada país, no entanto, vale dizer que a expansão não depende somente do teor de aditivo,
mas também da composição e da qualidade do concreto (agregados, a/c, consumo de cimento e agregados, etc.),
conseqüentemente o fato de se ter um cimento não oferece nenhuma garantia de constância de expansão.
Em ambos os casos a expansão deve gerar um estado de compressão. Assim é que, um concreto armado, a
força que comprime o concreto deve igualar a força de tração que age sobre a armadura. Indicando por Ac a seção de
concreto e As a seção de armadura dispostos simetricamente, temos:
σ c × Ac = As × σ s
onde σc e σs são respectivamente a solicitação unitária de compressão e de tração. Substituindo σs por εS × ES ,
onde εS é o alongamento da armadura e ES é o módulo de elasticidade do aço, a equação anterior torna-se:

σ c = As × ε s × E s A
c

Para valores iguais de Ac, As, e Es a expansão (ε), e, portanto a solicitação de compressão (σc), pode variar
dentro dos limites anteriormente indicados com a variação do teor de aditivo expansivo.
Para que a expansão possa solicitar o concreto à compressão e o aço à tração é necessário que ela comece
após o início do endurecimento do concreto, isto é, quando o concreto aderindo às barras da armadura, está apto a
transmitir a estes a solicitação de tração. Por esta razão, toda expansão que se verifica antes do endurecimento não
causa nenhum efeito favorável.
Como já foi referido, utilizam-se basicamente dois tipos de reação para produção de expansão nos cimentos
expansivos. A primeira reação baseia-se na produção de etringita, C3A · 3CS · H32 por hidratação de misturas
contendo aluminatos ou sulfoaluminatos, com sulfato de cálcio e eventualmente cal. A segunda baseia-se na
conversão de óxido de cálcio no hidróxido correspondente, com possibilidade de substituir parte do cálcio pelo
magnésio. A produção de etringita pode ser realizada com um dos seguintes processos:

a) C4A3S + 6CaO + 8CaSO4 + 96H2O → 3(C3A · 3CS · H32)


b) C3A + 3(CaSO4 · 2H2O + 26H2O) → C3A · 3CS · H32
c) CA + 3(CaSO4 · 2H2O) + 2CaO + 26H2O → C3A · 3CS · H32
d)C4AH13 + 3(CaSO4 · 2H2O) + 14H2O → C3A · 3CS · H32

O C4A3S é empregado sob a forma de mistura de CaO e CaSO4, obtido pela calcinação de calcário, bauxita
e gesso. Esta mistura adicionada ao cimento Portland num teor de 10-15%, dá lugar a cimentos expansivos ou
cimentos de retração controlada que nos Estados Unidos são denominados tipo K. Pode ser utilizado juntamente
com este cimento um aditivo retardador a base de ácido cítrico para reduzir a perda acentuada de trabalhabilidade e
poder utilizar ao máximo a expansão útil, reduzindo a formação de etringita antes do lançamento em obra.
Quando a formação de etringita se baseia na reação (b) pode ser utilizado um clínquer com elevado teor de
C3A juntamente com gesso, ou mistura-se o C3A com o cimento Portland comum para produzir cimentos de
retração compensada conhecidos nos Estados Unidos como cimentos do tipo S.
O emprego de cimento aluminoso, rico em CA, juntamente com gesso, para produzir a etringita, com base
na reação (c) é utilizado na União Soviética. O cimento expansivo contendo cimento aluminoso, gesso e cimento
Portland é denominado tipo M, ao qual também se deve o cimento expansivo à base de C4AH13 e gesso para
produzir etringita com base na reação (d). Existem ainda muitas outras reações das citadas, que podem dar origem à
formação de etringita, mas o importante é que, para a utilização efetiva destes cimentos, possa-se controlar a cinética
de formação de etringita para controlar adequadamente os processos de expansão e endurecimento.
Os cimentos expansivos que se baseiam na hidratação do óxido de cálcio através da reação CaO + H2O →
Ca(OH)2, são obtidos empregando-se um clínquer de cimento Portland muito rico em cal livre. A cal que resta livre
neste clínquer é pouca reativa, devido a alta temperatura a que foi submetida e por esta razão a expansão resultante
do processo de hidratação será lento, o que é conveniente em se tratando de concreto expansivo.
Qualquer que seja o agente expansivo adicionado ao cimento Portland, é necessário, para utilizar a
expansão de modo vantajoso, que esta se dê com o maior intervalo de tempo possível após o início do
endurecimento do cimento, de modo a criar uma solicitação de compressão no concreto e de tração na armadura.
TEOR MAIS COMUM
EM MASSA, EM MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO SUBSTÂNCIAS EFEITO
RELAÇÃO À MASSA PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
ADITIVOS RECOMENDADO MAIS COMUM MAIS COMUNS COLATERAL
DE CIMENTO AÇÃO

- Na SiO2 precipita
o silicato de cálcio
hidratado e
- argamassa de pega - reduz sensivelmente
- Silicato de aumenta a relação - devem ser
rápida. a resistência à
sódio. sólido/líquido na adicionados junto
- trabalhos de compressão.
Aceleradores de - pó (carbonatos) - Carbonato de pasta de cimento. com os materiais
recuperação em 0,1 a 1,0 - endurecimento mais
pega - líquidos (silicatos) sódio. - Carbonatos alca- secos, preferencial-
condições lento.
- Carbonato de linos provocam a mente pulverizados
desfavoráveis. - aumenta o risco de
potássio. precipitação do na mistura seca.
- concreto projetado. eflorescência.
CaCO3 e aceleram a
hidratação do C3A e
do C3S.

- pode ser
- aumenta as adicionado à moa-
resistências inicias . gem do clínquer para
- reduz a segregação. aumentar as resistên-
- reduz a exsudação. cias iniciais.
- agem favorecendo - favorece a corrosão - quanto maior a
- cloreto de cálcio
Aceleradores de - desforma rápida. e alterando os das armaduras. temperatura menos
- líquido (CaCl2).
pega e de - artefatos de 0,5 a 2 % produtos de - aumenta a retração acelera, age como
- escamas - cloreto de sódio
endurecimento cimento. hidratação do C3A, por secagem e a retardante do concre-
(NaCl).
C4AF e C3S. retração plástica . to em auto-clave.
- aumenta o risco de - deve ser
eflorescência. adicionado à mistura
- reduz as resistências com a primeira água
finais. de amassamento.
TEOR MAIS COMUM
EM MASSA, EM MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO SUBSTÂNCIAS EFEITO
ADITIVOS RELAÇÃO À MASSA PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
RECOMENDADO MAIS COMUM MAIS COMUNS COLATERAL
DE CIMENTO AÇÃO
- retarda a hidratação
0,01% a 0,05% - trietanolamina do C3S em teores
acima de 0,06%.
- tem pouco efeito
- Formiato de - aumentam as resis-
em cimentos de
cálcio. - Atuam preponde- tências iniciais.
baixo teor de C3S.
- nitrato de cálcio. rantemente sobre a - reduzem as resistên-
1,0 a 3,0 % - São geralmente mo
- fluoreto de sódio. hidratação do C3A cias finais.
ídos com o clínquer
- tiossulfato de e do C3S. - aumentam o risco de
para aumentar as
potássio. eflorescência.
resistências iniciais.
- renovar o produto
após 10 dias quando
- a evaporação do períodos de cura
solvente propicia a prolongados são
- ceras formação de uma necessários ou
- locais onde a cura - dificulta aderência de
Agentes - borrachas dissol- película contínua desejados.
úmida com água é - líquido chapisco e
de cura vidas em solvente que impede a - lavar com jato forte
impraticável. argamassas.
volátil. evaporação de antes de aplicar
água de chapisco ou
amassamento. argamassa.
- a aplicação deve
ser uniforme.
- a aplicação deve
ser uniforme.
- a evaporação do - enferrujamento das
- aconselhável
solvente propicia a formas metálicas .
misturar com agente
- óleos minerais. formação de uma - formação de bolhas
- concreto aparente tensoativado para
- óleos película contínua na superfície do com-
Desmoldantes - reaproveitamento - líquido reduzir formação de
lubrificantes. que impede a ponente de concreto.
de formas. bolhas na superfície.
- óleos vegetais. evaporação de - dificultam a
- aplicar à forma
água de aderência com
pouco antes de
amassamento. chapisco e argamassas
lançar o concreto
TEOR MAIS COMUM
EM MASSA, EM MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO SUBSTÂNCIAS EFEITO
ADITIVOS RELAÇÃO À MASSA PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
RECOMENDADO MAIS COMUM MAIS COMUNS COLATERAL
DE CIMENTO AÇÃO

- todos reduzem a
tensão superficial - quando se deseja
da água. o efeito de retar-
- os lignossulfona- dador, os lignossul-
- retarda a pega e o
tos são adsorvidos fonatos devem ser
- maioria dos endurecimento.
- lignossulfonato + aos produtos de hi- adicionados à mistu-
Redutor de água trabalhos onde é - incorpora ar.
açúcar. dratação do C3A e ra após a pré- mistu-
(plastificante) desejado retardar a - líquido - 0,2a 1,0 - aumenta a retração
- ácidos hidroxi- modificam o po- ra na qual o C3A já
retardador pega e o endureci- por secagem quando é
carboxílicos. tencial elétrico das tenha sido parcial-
mento. mantida a mesma
partículas. mente hidratado e
relação a/c.
- as partículas de consequentemente o
cimento adsorvem aditivo possa agir
os ácidos hidroxi- sobre oC3S.
carboxílicos.

- adsorsão dos
compostos
- carbohidratos - reduz as resistências - a cura deve ser
orgânicos sobre os
- calda de cimento (açúcares). iniciais. prolongada e
grãos de cimento
para injeção de - ácidos hidroxi- - aumenta as cuidadosa.
impedindo a
bainhas de cabos de carboxílicos e di- resistências finais. - devem ser adicio-
Retardadores - líquido - 0,5% a 2,0% hidratação.
protensão. carboxílicos. - aumenta a retração nados à mistura
- formação de
- cimentação de - fosfatos. por secagem e a junto com a pri-
precipitados
poços petrolíferos. - sais de chumbo. retração plástica até meira água de
salinos insolúveis
- sais de zinco. 50% de hidratação do amassamento.
sobre os grãos de
cimento.
cimento.
TEOR MAIS COMUM
EM MASSA, EM MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO SUBSTÂNCIAS EFEITO
ADITIVOS RELAÇÃO À MASSA PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
RECOMENDADO MAIS COMUM MAIS COMUNS COLATERAL
DE CIMENTO AÇÃO

- lignossulfonato - todos reduzem a - apresenta deforma- - devem ser


purificado tensão superficial ção lenta. preferencialmente
- lignossulfonato + da água. - retarda a pega e o adicionados à
- maioria dos agente desareante. - os lignossulfona- endurecimento. mistura após pré-
trabalhos de - lignossulfonato + tos são adsorvidos - incorpora ar . misturados com
concretagem onde fosfato tributil. aos produtos de - aumenta a retração materiais com parte
Redutor de água não é desejado - líquido - ácidos hidroxi- hidratação do C3A por secagem quando é da água de
- 0,2 a 0,5 %
(plastificante) acelerar nem retardar - pó carboxílicos tais e modificam o mantida a mesma amassamento.
a pega e o como: glucônico, potencial elétrico relação a/c, nas - retardam o início
endurecimento. salicílico, málico, das partículas. primeiras idades. de pega dos
cítrico, tartárico, - as partículas de - aumenta a resistência cimentos de alto
múcico. cimento adsorvem à compresão nas forno e pozolânicos
- polímero hidroxi- os ácidos hidroxi- idades avançadas ≥ 90 (teor de C3A mais
lado. carboxílicos. dias. baixo).

- todos reduzem a
tensão superficial
- lignossulfonato + da água.
CaCl2. - os lignossulfona - devem ser
- maioria dos
- lignossulfonato + tos são adsorvidos - incorpora ar. preferencialmente
trabalhos de
formiato de cálcio. aos produtos de - favorece a corrosão adicionados à
Redutor de água concretagem onde é - líquido
- 0,2 a 1,0 % - lignossulfonato + hidratação do C3A das armaduras. mistura junto com a
(plastificante) desejado acelerar a - pó
trietanolamina. e modificam o - concentra calor de primeira parte da
acelerador pega e o
- ácidos hidroxi- potencial elétrico hidratação. água de
endurecimento
carboxílicos + das partículas. amassamento.
CaCl2. - as partículas de
cimento adsorvem
os ácidos hidroxi-
carboxílicos.
TEOR MAIS COMUM
MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO EM MASSA, EM SUBSTÂNCIAS EFEITO
ADITIVOS PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
RECOMENDADO MAIS COMUM RELAÇÃO À MASSA MAIS COMUNS COLATERAL
AÇÃO
DE CIMENTO

- ácido esteárico.
- ácido cáprico.
- ácido oleico.
- emulsão de cera.
- o efeito hidrofu-
- fundações em - emulsão betumi- - agem sobre a
gante é reduzido
locais úmidos. nosa. natureza da
Impermeabili- - pastoso - reduzem as com o tempo.
- caixas d′água e - 0,05% a 3,0% - ácido cáprico. superfície do
zantes - líquido resistências mecânicas - adicionar no mo-
reservatórios. - estearato de cál- conglomerado.
mento do amassa
- alicerces. cio. - são hidrófugos.
mento.
- estearato de alu-
mínio.
- resina hidrocar-
bonada.

- evitar mistura,
- resina vinsol(ani-
transporte e adensa-
ônico).
mento prolongado
- ácido adiabético.
- reduz a massa es- pois haverá perda do
- ácido oleico.
pecífica. ar incorporado.
- ácido cáprico. - propicia a
- reduz as resistências - adicionar à mistura
- fundações em - alquil-arilsulfo- formação de
Incorporadores para consumo elevado. junto com a primeira
locais úmidos. - líquido - 0,04% a 0,1% natos. microbolhas de ar,
de ar - aumenta a água de amassamen-
- barragens. - alquil-sulfonatos. homogeneamente
trabalhabilidade. to.
- alquil-fenois eto- distribuídas.
- reduz a absorção - recomendáveis
xilados (não iôni-
capilar. para concretos de
co).
baixo consumo de
- sais de alquil--
cimento.
amônio.
TEOR MAIS COMUM
MECANISMO
USO ESTADO FÍSICO EM MASSA, EM SUBSTÂNCIAS EFEITO
ADITIVOS PRINCIPAL DE OBSERVAÇÕES
RECOMENDADO MAIS COMUM RELAÇÃO À MASSA MAIS COMUNS COLATERAL
AÇÃO
DE CIMENTO
- adicionar à mis-
tura momentos antes
do lançamento.
- naftalenos-sulfo-
- evitar materiais
natos condensados - são adsorvidos
com temperaturas
com formaldeído. pelas partículas de - perdem o efeito em
Superfluidifi- - concreto auto- elevadas, princi-
- trimetil-melami- cimento e através pouco tempo ( ≥ 45
cantes (redutores adensável. palmente o cimento.
- líquido - 1,0% a 3,0% na sulfonadacon- de cargas elétricas min.).
de água de - concetos - garante a fluidez,
densada com for- opostas aumentam - retardam a
elevado efeito) impermeáveis. mas não a reoplas-
maldeído. a fluidez e hidratação.
ticidade do concreto.
- lignossulfonato dispersão.
- recomendável para
puro.
concretos de alto
consumo de
cimento.

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