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DELMIRO GOUVEIA/AL
2019
JOSÉ ALBECKSY SANTOS OLIVEIRA RU: 1328650
DELMIRO GOUVEIA/AL
2019
RESUMO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................05
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................26
REFERÊNCIAS .......................................................................................................29
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1 INTRODUÇÃO
Diante do que foi dito em relação aos desafios que o professor enfrenta na
ministração das aulas de Arte, alguns questionamentos surgem para tentar explicar
ou propor algum tipo de solução para atais desafios, que vão desde a falta de
especialização do profissional docente, até a falta de recursos na escola. Assim, a
principal indagação é: será possível a realização de aulas de artes visuais
prazerosas e produtivas na escola básica diante dos desafios já elencados?
A principal motivação para que este projeto viesse a ser produzido foi às
especificidades que trazem tanto na forma como os alunos da educação apreendem
os conteúdos, quanto na forma das mesmas se expressarem. A criança e o
adolescente ao se manifestar artisticamente durante o período das aulas
desenvolvem o seu cognitivo e melhoram sua autoestima, influenciando na sua
aprendizagem de um modo positivo. Saber estas informações é suficiente para que
o professor possa elaborar um plano de aula que vise desenvolver isto em seus
alunos.
porque se torna anto das pesquisas universitárias, que por sua vez, tem de dar uma
resposta à sociedade, incluindo as escolas, mediante pesquisa e extensão.
Para a realização deste trabalho, tomaram-se por objetivo geral analisar quais
são os principais desafios enfrentados pelos professores de arte na escola básica,
sendo que por objetivos específicos discutir a importância das aulas de artes visuais
na educação básica. Traçar um panorama histórico a respeito da base legal do
ensino de artes no Brasil. Constatar quais foram os avanços e os retrocessos
obtidos a partir desta base legal e suas mudanças.
Contudo, o autor segue alertando que este tipo de pesquisa apresenta certas
desvantagens como, por exemplo, equívocos nos dados coletados nas fontes
consultadas, o que aumenta consideravelmente as chances de erros na pesquisa
atual.
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Nas escolas normais, não voltadas apenas para o ensino de artes, durante o
período do Estado Novo, o padrão de ensino se dava mediante o desenho
padronizado e geométrico, e o aluno não tinha a expressão artística como
ferramenta acessível, ou seja, as escolas de artes representaram um avanço para
aquele padrão de escola vigente.
Este tipo de canto foi paulatinamente substituído pela educação musical com
a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira em 1961, momento que a
comunidade escolar estava preocupada no desenvolvimento educacional global do
aluno. Neste sentido, o educando passa a ser visto como alguém que era
participativo no processo de ensino e aprendizagem, o que ia de encontro ao modelo
passivo e técnico ao qual o aluno era alvo até então.
Durante tal período, além destas discrepâncias entre teoria e prática, o ensino
ainda estava atrelado a ideias que permeavam entre o tradicional e o tecnicista,
sendo que os professores, com a formação de curto prazo que tinham eram
obrigados a trabalhar com seus alunos todas as atividades que constavam no
currículo da disciplina de educação artística. Até então o que de fato importava não
era o conhecimento e o aprendizado dos alunos, pois, mesmo incapacitados como
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Os dados obtidos neste período serviram para diversas discussões que foram
promissoras e se confirmaram com a elaboração, no ano de 1997 dos parâmetros
curriculares nacionais para o ensino de artes, os PCNs, que entre outros aspectos,
considerou a arte como sendo de suma importância na formação do aluno enquanto
sujeito da sociedade.
Portanto, a arte vem sendo para além de uma disciplina ministrada ao longo
da vida do aluno, uma forma de o mesmo adquirir conhecimentos sobre outras
culturas e outros tempos, por que a arte faz a conexão entre outras disciplinas,
ajudando a esclarecer dúvidas que estas possam deixar. Não foi de proposito que a
arte por muito tempo foi considerada como um ponto de partida para a ministração
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No capítulo seguinte, o que será abordado é a lei 13.278 que foi publicada em
2016, a qual modifica a própria LDB e inclui as artes visuais, dança teatro e música
nos diferentes níveis da educação básica e a Base Nacional Comum Curricular que
surgiu no sentido de colocar o aluno como sujeito de seu próprio aprendizado. Essas
bases legais atuais têm gerado diversas discussões no meio pedagógico e será
abordada no capítulo II desta monografia, acompanhada do embasamento teórico
necessário ao seu entendimento.
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A LDB também traz em seu corpo como deve ser constituída a disciplina de
artes na educação básica, que, como já se sabe, tornou-se obrigatório nas escolas,
sobretudo, pela importância que esta área já provou ter na formação cultural, social
e pessoal do homem. Portanto, a LDB (9.394/2005) em seu Art. 26, § 2º aponta que
“constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação
básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (LDB, 2005 p.
16). Para o ensino fundamental e médio o referido documento aponta mais
especificamente no Art. 26, a proposta curricular para estas etapas do ensino:
Em 2016 o artigo 26 tem uma breve alteração e passa a firmar que “as artes
visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o
componente curricular”. Ou seja, o ensino de arte passa a ter agora nestes quatro
pilares sua base de ensino. As expressões regionais também passam a serem
pautadas nestes pilares.
Antes disso, a própria lei já previa que a arte fosse trabalhada dentro do
ambiente escolar, respeitando-se ainda, as expressões regionais e a valorização da
cultura dos alunos, no entanto, faltava algo para dar consistência á disciplina dentro
da grade curricular das modalidades de ensino abarcadas pela nova lei. Assim, a
mesma foi positiva no sentido de mostrar outros rumos os quais podem ser dados
para as aulas de artes, que agora tem novas possibilidades que permitem aos
alunos aprenderem tanto dentro da sala de aula, quanto fora dela.
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Numa breve análise desta lei observa-se que a expressão regional tem
grande valia dentro do espaço escolar, cabendo ao professor oferecer o melhor ao
aluno, para que este venha não apenas a ter na disciplina de arte um passatempo,
mas, que tome gosto pelos conteúdos abordados e com isso, aprenda. Ferraz e
Fusari (1993, p. 49) dizem que “A principal tarefa do professor de arte é auxiliar o
desenvolvimento das percepções e observações dos alunos”.
Os PCN para o ensino de arte (1997) propõem que a arte possa desenvolver
o pensamento artístico do aluno, ampliando sentimentos de sensibilidade,
imaginação e acuidade visual. Segundo o documento, a educação artística é o meio
de o aluno colocar em prática e de modo sistematizado as suas experiências,
desenvolvendo como característica principal, o seu lado humano e reflexivo. Ainda
segundo os PCN (1997, p. 15):
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Na escola atual, mesmo com todos os avanços da base legal, da base escolar
e também do modo de se ensinar e ver a arte observa-se que ainda falta espaço
para a arte na escola. Os PCN, a LDB e demais leis que regem o ensino desta
disciplina ao avançarem, abriram grandes possiblidades para que esta disciplina se
tornasse sólida, mas, não se vê tantos avanços, pelo menos na prática. A arte tem
um tempo reduzido nas turmas de ensino fundamental e médio, tempo este que não
é suficiente para o docente ministrar uma aula com qualidade. Na prática, essa
realidade se contradiz com a proposta do PCN/Arte (1997, p.35), que está
relacionada com a escolha de métodos pelo professor, bem como, com os recursos
didáticos para suas aulas. Assim:
Nas aulas de arte o professor também passa a orientar seus alunos para
questões políticas, sociais, culturais, etc. por isso, o desenvolvimento de atividades
individuais e coletivas e que envolvam teatro, dança música e artes visuais
contribuem diretamente para estas questões. O professor deve ter as técnicas
necessárias para que possa por em prática os exercícios inerentes a cada um
destes eixos da arte, utilizando dinâmicas em grupo, pesquisas fora da escola, etc.
comunidade onde está inserido. Este incentivo ofertado pelo professor além fazer
com que o aluno aprenda mais, o faz refletir sobre o papel da arte em sua vida. O
ensino da arte ainda contribui para a boa formação do homem e tanto as
experiências que o aluno tem durante a aula, quanto o próprio fazer artístico são
atos inerentes a esta contribuição.
global do aluno, ao passo que explicita que isso não se dá de maneira linear e de
um modo que é complexo. Portanto a criação de um documento que tenha esta
dimensão exige que uma visão holística e pluralista seja também seja gestada. A
BNCC considera que os alunos são os sujeitos da aprendizagem e que por assim
ser, a prática educativa deve ter no educando sua visão, tornando este ativo em seu
próprio processo de aprendizado, sendo o professor o mediado que vai garantir que
isso possa ocorrer de modo sistematizado e organizado.
Para o ensino de arte sabe-se que atualmente o mesmo está centrado nas
seguintes linguagens: Artes visuais, a Dança, música e Teatro. Esses pilares são
referentes ao ensino fundamental e se articulam para dar possibilidades aos alunos
de aprenderem a ler, produzir, construir, internalizar e pensar sobre as diversas
formas artísticas. Neste sentido, a arte enquanto componente curricular vai contribuir
com a interação dos alunos de modo crítico e favorecer o diálogo entre as mais
diversas formas de cultura existentes.
Essa visão de que a arte produzida na escola pode e deve ser valorizada
representa um grande avanço para a disciplina de arte dentro da escola, pois, até
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então, além de se ter alunos que fosse valorizado, nem suas produções, a arte tinha
um espaço que servia apenas para complementar o cronograma da escola. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação de 1996 e as leis que foram se estabelecendo a
posteriori desta, avançaram nas discussões relacionadas ao fazer artístico do aluno
na escola, mas, o avanço trazido pela BNCC está voltado para o aluno enquanto um
sujeito que é o agente principal do seu próprio desenvolvimento, além de preza pela
divulgação do trabalho que este aluno produzir. Fica claro, pois, que a divulgação da
arte que é produzida na escola é de suma importância para o incentivo do
desenvolvimento dos educandos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema que foi abordado nesta pesquisa bibliográfica era algo que estava
causando bastante inquietação, pois a minha própria experiência com o ensino de
arte não foi das mais positivas, sendo a maior parte destas aulas justamente
ofertadas de qualquer jeito pelo professor, e não se aprendia quase nada dentro
ambiente escolar. Na maioria das vezes, as notas eram atribuídas por uma ou outra
ajuda nas ornamentações das festas escolares pela turma, ou mesmo, a aprovação
na disciplina se dava pela frequência nas aulas. No ensino médio a experiência foi
ainda pior, período em que praticamente não tinha professor para ministrar as aulas
de arte.
Concluo esta monografia com a ideia de que o professor precisa romper com
esta concepção compartimentada do ensino de artes. É preciso fazer a diferença
para mais alunos tenham sua oportunidade de aprender tolhidas. Além disso, o
professor deve inovar sua prática de ensino. A própria base legal vigente foi
formulada para fomentar os múltiplos jeitos de fazer arte.
REFERÊNCIAS
Gil, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. -
6. Ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13278.htm acesso em
24 de Abril de 2019
HTTPS://www.webartigos.com/artigos/historia-da-arte-educacao-ou-historia-do-
ensino-de-arte-no-brasil/104656/ acesso em 18 de abril de 2019