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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações
legais.
ICMS/GO
ROTEIRO:
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
3. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA
4. RETORNO AO ENCOMENDANTE DO PRODUTO INDUSTRIALIZADO
5. ENCOMENDA REALIZADA POR PESSOA NÃO OBRIGADA À EMISSÃO DE
DOCUMENTOS FISCAIS
6. DISPOSIÇÕES QUANTO À NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS- OPERAÇÃO INTERNA
7. DISPOSIÇÕES QUANTO ISENÇÃO DO ICMS - OPERAÇÃO INTERESTADUAL
8. QUADRO ILUSTRATIVO
1. INTRODUÇÃO
Na presente matéria, será abordado o tratamento tributário em relação às operações de remessas de mercadorias para
industrialização por encomenda, às obrigações acessórias e às demais peculiaridades relativamente a esta operação.
2. CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
Primeiramente, para entendermos a operação de industrialização por encomenda, devemos compreender o conceito de
industrialização, vejamos:
I - transformação, o que, exercido sobre a matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de nova espécie;
II - beneficiamento, o que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização,
o acabamento ou a aparência do produto;
III - montagem, o que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto, ou unidade
autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;
V - renovação ou recondicionamento, o que, exercido sobre o produto usado ou parte remanescente de produto
deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização.
São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto, a
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Não se considera industrialização a atividade que, embora exercida por estabelecimento industrial, esteja conceituada
por lei complementar como prestação de serviço tributada pelos Municípios, observadas as ressalvas nela contidas
quanto à incidência do ICMS. De outra parte, não se considera industrializado o produto relacionado na TIPI com notação
“NT” (não-tributado).
Observando que, o tratamento tributário abordado nesta matéria aplicar-se também, no que couber, às remessas de
mercadorias para recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento,
galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos destinados ou não a
industrialização ou a comercialização. Neste caso, tratando-se de objetos não destinados a industrialização ou a
comercialização, não incide o ICMS, mas sim o ISS.
Na operação de remessa para industrialização por encomenda, existe previsão de não incidência do ICMS, de
mercadorias ou bens a serem industrializados, total ou parcialmente, em outro estabelecimento, por conta do remetente,
tratando-se da operação realizada dentro do Estado de Goiás, de acordo com art. 79, I, “q” do RICMS/GO.
Por sua vez, na operação de remessa para industrialização por encomenda interestadual, existe previsão de isenção do
ICMS, nos termos do art. 6º, IV, do Anexo IX do RICMS/GO.
Na remessa para industrialização por encomenda, será emitida Nota Fiscal, sem destaque do ICMS. A natureza da
operação será "Remessa para industrialização". O CFOP é o 5.901, em se tratando de operações internas, ou o 6.901,
tratando-se de operações interestaduais.
Com relação ao preço que constará na nota fiscal, relativamente aos insumos remetidos, serão definidos segundo os
seguintes critérios:
- o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no
mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;
- o preço FOB de estabelecimento comercial a vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente
seja comerciante.
No retorno de produtos industrializados por encomenda, será emitida pelo estabelecimento industrial uma única nota
fiscal, que deverá reportar-se à classificação fiscal do produto acabado, resultante da industrialização realizada.
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- 5.902, em operações internas, ou 6.902, em operações interestaduais, relativamente ao retorno dos insumos recebidos;
- 5.124, em operações internas, ou 6.124, em operações interestaduais, relativamente ao valor acrescido, cobrado pela
industrialização.
Na nota fiscal relativa ao retorno, deverão constar o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os
números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente da Nota Fiscal que acompanhou as mercadorias recebidas em
seu estabelecimento.
Esta nota fiscal deve conter ainda o valor das mercadorias recebidas para industrialização e o valor total cobrado do
autor da encomenda, destacando deste o valor das mercadorias empregadas.
Observando que, na referida nota fiscal deverá ocorrer à tributação do ICMS, aplicando a alíquota para o produto final,
que está retornando ao estabelecimento encomendante, sobre o valor total cobrado do autor da encomenda.
No caso de a encomenda ser efetuada por pessoa não obrigada à emissão de documentos fiscais, inclusive por
trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, poderá ser emitido por este/estes nota fiscal avulsa ou nota
fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial.
Devendo ser observado as normas gerais, supramencionadas no que tange a emissão de documento fiscal e tributação
do ICMS.
Base legal: artigo 295 e artigo 159, inciso III, do RICMS/GO e Instrução Normativa GSF nº 829/2006.
A não incidência do ICMS compreende a saída interna de mercadoria destinada à industrialização ou outro tratamento.
Bem como, quando da saída da mercadoria, por ordem do encomendante, efetuada pelo estabelecimento industrializador
com destino a outro, também industrializador,
Ressaltando que, a não incidência é condicionada quando da mercadoria destinada à industrialização ou outro
tratamento, desde que esta ou o produto resultante retorne ao estabelecimento de origem, dentro do prazo de 90
(noventa) dias, a contar da data da respectiva saída, prorrogável por igual período a critério do titular da delegacia fiscal
em cuja circunscrição se localize o estabelecimento do contribuinte remetente, admitindo-se, ainda, excepcionalmente,
uma segunda prorrogação.
Logo, decorrido o prazo acima, salvo prorrogação autorizada pelo fisco, sem que ocorra a transmissão da propriedade ou
o retorno das mercadorias ou bens ou dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, real ou simbólico será
exigido o imposto devido por ocasião da saída originária, sujeitando-se o recolhimento, mesmo espontâneo, à atualização
monetária e aos acréscimos moratórios.
No que tange ao crédito do imposto, haverá manutenção do crédito ao encomendante da mercadoria, o qual adquire
mercadoria com incidência do ICMS, e realiza operação de remessa para industrialização.
Base legal: art. 79, I, “q” e art. 79, § 3º, I, “a” do RICMS/GO.
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A isenção do ICMS compreende a saída interestadual de mercadoria destinada à industrialização ou outro tratamento.
Bem como, quando da saída da mercadoria, por ordem do encomendante, efetuada pelo estabelecimento industrializador
com destino a outro, também industrializador.
Ressaltando que, a isenção é condicionada quando da mercadoria destinada à industrialização ou outro tratamento,
desde que esta ou o produto resultante retorne ao estabelecimento de origem, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias,
contados da data da respectiva saída.
No entanto, o prazo aqui previsto pode, a critério do Departamento de Fiscalização da Diretoria da Receita Estadual, ser
prorrogado por igual período, admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação.
Ademais, o disposto neste inciso não se aplica à saída de sucata ou de produto primário de origem animal, vegetal ou
mineral, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de protocolos celebrados entre o Estado de Goiás e a
unidade federada envolvida na operação.
8. QUADRO ILUSTRATIVO
REMESSA E RETORNO PARA INDUSTRIALIZAÇÃO - Art. 79, 6º, IV do Anexo IX e Art. 33 do Anexo XII DO
RICMS/GO.
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