Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
PERGUNIE
E
RESPONDEREMOS
ON-LlNE
LI'Iro de renom&:
" CARTAS t\'. PRI$.l.O" (Frei Belto) . ......... ... ... ......... . .. .
Um documento canelenle :
"
O CONFRONTO ENTRE CA'reLICOS E COMUNISTAS NA tTAUA .. 86
• • •
NO 'IOXIMO NOMEIO I
x ---
.PERGUNTE E RESPONDEREMOS,
REDAÇAO DE PR ADl\onNISTRAçAO
Livraria :J\tllllllnn6.1'lA. Editora
Catn Posta.l 2.686 Rua. ft[édoo. 188-B (Ca8telo)
ZC.oo 20.000 Rio de JlUlclro (RJ)
20.000 RIo de JlUleln:l (RJ) Tel.: 224..ooM
PESSIMISMO OU OTIMISl\IO?
Em todo inicio de ano, costumam-se ouvir 'próEn6stlcos
n respeito do que será o ano entrante. Essas cprofecias» par-
tem nio só de astrologos e videntes, mas também de pensa-
dores abalizados. Ora a tônica das previsões têm sido BOm·
brla, fazendo eco a já volumosa bibliografia de futurólogos,
que em seus escritos antevéem os próxJmos anos ou decê-
nios. Não poucas são as causas de «estrangulamento» Jevan..
lado peJos estudiosos: a polulÇio c~te dos meios em·
blentes (cidades, mares, rIos . .. ), o progressivo exaurimento
das m.atérias-primas (entre as quais o petróleo e a madeira) ,
o impasse do sistema monetArio Internacional. a radicaliza-
ção das oposições Ideológicas, o crescente empobrecimento
das massas subdesenvolvidas, a ina,udlta prosperidade das
Indústrias de armàmentos e de drogas, a lnefte6cla do con-
trole intemaclonal que preservaria da defiagraçAo de guer-
ras. 8 explodo demográfica nOS continentes do TerceIro
Mundo e ainda as rivalidades e lutaa entre os homens, que
impedem à colaboração na procura de dissipar as ameaças
do porvlr. Quem lê a literatura futuróloga, que por seus
volumes e sua qualidade se vai Impondo cada vez maJa, não
pode deixar de ser levado, em primeira reaçáo, ao 'pessI.:.
mlsmo: dois terços de cada livro apresentam prospectivas
sombrias, às quais se seguem. pâgtnas de esperanca•... espe..
ra.n(:a. porém, condicionada por tantas variáveis que ela
parece utópica ou nllo pass[vel de realização. Dlr.!le-Ia que a
humanidade vai caminhando Incoerclvelmente para a sua
autodestruição; embora se percebam os fatores detenmnllt1-
tes desse quadro, não se vê como debelá-los, pois constituem
um emaranhado ou labirinto inextricãvel.
Procurando refletir de maneira objetiva e serena sobre
a situaçãO. Perguntamo-.nos: que dizer a propósito?
1) Sejamos reaUstas e sinceros. N~ é sem. funda-
mento sólido que os autores alardeiam os povos contemporâ-
neos. Talvez mesmo se possa. dizer que, humanamente fa-
lando, não há 'SoluCão ou salda à vista.
Não obstante, o cristão ainda tem uma palavra a pro-
ferir. Não 'pretende afinnar que possui o segredo mágico
para transtonnar a história e desviar o curso da mesma.
Mas ele leva em conta um dado novo no equaclonamento da
problemática: o que é lmposslvel aos homens, é sempre p0s-
sível a Deus . .. Eis, pois, como se colocaria o problemá numa
perspectiva cristã:
-..: OS males que ameacam 8 humanidade de nossos tem-
pos, têm a sua raiz não tanto no melo ambiente (poluJcio
- 49-
ecológica, esgotamento dos recursos naturais .. , ), mas, sim,
antes do mais, no próprio homem. No necessário confronto
entre o homem e o ambiente. deve-se dizer categoricamente
que 80 homem toca uma primazia de excelência e dignidade.
Embora em alguns casos o ambiente faça o homem, via de
regra é o homem quem faz o ambiente; sáo os homens OS
responsáveIs pejo meio vivencial: .Nós somos os tempos,
dizia S. Agostinho , Quais formos nós. tais serão os tempos~.
Um grupo de homens penetrados de ódio constitui um am·
blente infernal, como também um núcleo de pessoas impreg-
nadas de amor à verdade e ao bem dâ origem a um am·
blente de construção e auta.ree.llzação. O centro da situação
de impasse, portanto, é o homem, e não as coisas.
2) Assim colocado o problema, reconheçamos que não
parece haver escola, filosofia ou ciência que possa sanar o
homem: o desenfreio das palxóes, o egoísmo, a cobiça, os
ressentimentos acumulados do tais que parece simplório
esperar a renovação da humanidade a partir da mesma. O
Impasse só encontrará solução na irrupeão de valor novo,
transcendental, ou do Senhor Deus, na história dos homens.
Allê.s, dizia muito apropriadamente Gabriel MareeI que o
homem não f: problema, mas é mistério. Sim, enquanto o
problema tem a solução no reto equaclonamento dos seus
componentes, o mistério tem solução fora de si; ora é esta
segunda perspectiva que caracteriza o homem.
Vê-se assim Que a angústia da hwnanidade contemporâ-
nea nAo está fadada ao desegpero. ExIste no horl2onte um
aceno de esperan~a e otimismo. Este, porém, só será. efi·
ciente se os bomens lhe abrirem cs olhos e se decidlrem a
uma conversão_
Embora esta atirmatlva possa provocar um sorriso de
descrédito, ela se torna, paR o cristão ou para o homem de
fé, um 8utfntico programa .. . Programa que cada disclpulo
de Cristo hê. de executar em sua próprla vida, a fim de que,
por ondas concêntricas, a mensagem da Boa-Nova vã criando
novos ambientes nos lares, nas oficinas, nos escritórios, nas
escolas, nos clubeS. .. Ademal!J o cristão está consciente de
que o Senhor Deus se serve de todo esfo1'QO sincero, por
mais lnsIgn1tlcante Que pa~, para transformar o mundo;
Ele sabe multiplicar o valor das pequenas coisas (gestos e
atitudes), dando·lhes eficiência que ultrapassa e. da labuta
humana,
~, pois, esta a hora importante e decisiva ·dos crlstãos,
aos quais 03 sinais dos tempos pedem pungentemente que
sejam não. mais, não menos do que autêntloos crlstãoal
-- 5 0 -
" PERGUNTE E RESPONDEREMOS J)
• • •
Coment:4rio: SaiJe..se que a data da solenidade de Pás-
coa, baseada em Indicações bíblicas, não é igualmente cal-
culada por todos os cristãos, de modo que católicos e orto-
doxos orientais cclebram aquela festa em dias diversos. Além
- 51-
4 ~ PERC_UNTE E nF.SPONDEREMOS ~ 218/1978
1. Breve hisf6rico
Mandava 3 Lei de Mojsés qUe todos os onos os judeus
celebrassem a sua Páscoa a 14 de Abib (mais tarde, Nlsü) ,
que era o primeiro mês do ano (supondo-se (Iue o ano come-
Casse com a primavera); Abib ou Nisii con..~spo ndia, pois, u
março-abril, O 14~ dia era o da Lua cheia. Nessa data, os
Israelitas imolavam o col·deiro pascal à tardinha, e o comiam
após o pôr do sol. Já que os judeus contavam os dia..co de
ocaso n ocaso, com o ocaso COml.~Vll novo dia; c,·a, pois,
nas primeiras horas de 15 de Nisã que os filhos de Isral!1
consumiam o cordei ro pascal.
NO dia 15 ele Nisã comeQO.va também a festa. dos ÁZi·
mos, que durava sete dias; nessa ocaslüo nlio tlcvla ficar nas
casas parcela alguma de pão leved~do e dz fermento.
"No primeIro mês. no d4lclmo quarto dIa. pela lalde olerecelels a
P4acoa ao Senhor. E no dia décImo quinto des~e mês lar! lugar . les'a
do. A:r.lmo. em honre do Senhor; durenle tlle dIas como/eis ázimos. O
primeiro di••er' p.ra vó. de tanlo convocaçao. NIO la'lll nenhum tra-
balho •• ",U. Oferecereis ao Senhor um Utrl'lelo pala logo d urante selo
dias .eguldos. No .'limo dia haver' eonvocaçlo ~anla . Nlo la relll nenhum
trabalho sarvll"' (L.v 23, 5-8),
-54-
A DATA DA PASCOA 7
-55-
8 ~PERGUNTE E RESPONDEREMOS:. 218/1978
-57-
lO .PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 218/ 1978
2. A ,ituação presente
Já em 1918, por ocaslã«l da reforma da Liturgia romana,
fez-se ouvir entre os católicos o desejo de chegar a uma
data única e Clxa da celebração de Páscoa. Durante o Con-
cílio do Vaticano TI a tese tol de novo proferida e estudada.
A partlr de 1964, o S. Padre Paulo VI encarregou o Secre-
tariado Romano para 8 União d«ls Cristãos de estabelecer os
contatos necessários com o Conselho Mundial das Igrejas I a
Clm de sondar a opinião dos cristãos não católicos a respeito.
Em 1970 registrou-se Importante encontro de católicos, orto-
doxos, anglicanos e protestantes para estudarem a questão.
Uma vu terminada a fase consultiva, o S. Padre prece--
deu a nova etapa, que seria a das propostas concretas a
'Alaembl6la que reune crlstlos protestantes e ortodoxos de diversa!
d.nomlneç6es.
-58 -
A DATA DA PÁSCOA 11
- 59
12 cPERCUNTE E RESPONDEREMOS, 218/ 1978
-El-
14 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 218/1978
perigo da perda de çonllan;a por parte doa tl61a em IIUI dirigentes ecle·
aJAIUcos. li precllo manter firme a dletlnçlo entre a PAscoa hebraica o
8 PAlcoa crllta.
BlblJogr.n. :
R. Hell, "VerlO 11 Concilio (1,110 Chl' " Ortodosse. Tr. deald.rlo e
to.JtII", om " LI. CNIUA Ca.tollca", n9 3049, 2/07/1977, pp. 53-50.
Idem, "~U8 flcarea di una dali comuna dalle Pesque", Ib. n' 3D57,
5/11/~9n, pp. 2e&-271.
H. Leclaf'Cq, "Piquei", am "'DI.ctlonnelra d'Archéologle chrétlanna el
Ulurgle", por Cabrol o Leclorcq, I. XIII/li, col,. 1521-1574.
N~to M. e .nla.Soul.l, "'La calendri., chr,UI.n". Paris 1959.
R. Etchoe.,ey, "Pour une Pique oloCuménlquo". em "Le Documenta·
tlon Cathotlque" n9 17HI, 1/0=,1917, pp. 4391.
- 62-
MolS uma odlçlo da Blblla:
• • •
Oomentário: No segundo semestre de 1m foi doada' às
escolas. oficiais do Estado do RIo de Janeiro a quantia de
um milhão de exemplares de um livro intitulado cO mais im-
portante l! o Amor. (dornvante abreviadamente: MIA). Na
capo. de frente lê-se: cEdlç.iio Ilustrada do Novo Testamento
vivo:t ou também : cEdlção sublinhada do Novo Testamento:t.
Tra ta-se de uma versão do Novo Testamento baseada nos
princípios de tradução da famosa Biblia em inglês cThe
Living Blble:t: a versão brasileira foi publicada pela Liga
BibJlca Mundial em convênio com 8 Secretaria de Educação
e CUltura da Estado do Rio de Janeiro. Logo em suas pri-
meiras páginas traz uma carta de apresentação assinada peja
Sra. Secretária de Educação e CUlturn do Estado do Rio de
Janeiro, Profa. Myrthes de Luca Wenzel. A seguir, vem uma
Intl'oducão em que oito perguntas são formuladas,. .. per-
guntas cujas respostas são textos do Novo Testamento adrede
indicados. Esses textos aparecém no corpo do livro sublinha-
dos como sendo te"tos·chav~. El·los: lJo 1,8; Rm 2,11-15;
Jo 3,16; Rm 3,215; AI 2,38; Mt 16,245; 1Cor 13,1-13; Jo 11,255;
Lc 9,24s. Tais textos Coram selecionados para canstltulrem
um roteiro de doutrinação. .. Ainda nas páginas preliminares
elo texto bíblico encontra-se uma série de outras perguntas,
-63 -
16 .PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 218/1978
1. Interpretação tendenciosa
1. O texto não é propriamente uma. traduc:ão do Novo
Testamento (tão fiel quanto uma tradução o pode ser), mas
em muitos pontos vem ao ser uma interpretaçâo e paráfrase
do texto blbllco Inspirada pela teologia protestante e ten·
dente a «catequizar. o leitor segundo a. mensagem do pro·
testantismo. Para começar a se convencer disto, é suficiente
que o estudioso note a freqüência com que ao pé das pAgi-
nas do livro se encontram as observacÕes «Subentendido» e
«Literalmente.. Assim citamos à guisa de exemplos!
SubeDteJLdl~ pp. 1, 2, 3, 4, 8, 9, lO, 11.. . Isto quer
dizer que no texto em pauta se encontram aditamentos que
não constam do orIginal grego e que se devem ao Intérprete.
IJteralmente: pp. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. 9.. . Isto Quer
dizer que o texto original, tido como obscuro ou insuficien-
temente claro, nio foi traduzido como tal. mas Interpretado
segundo o modo de ver do tradut'Or.
Chama a atenção também o fato de que, no fim de
cada epístola do Novo Testaroonto, o tradutor acrescentou
sempre (exceto em Hb) uma conclusão semelhante â da!>
cartas modernas. AssIm veja-se
p. 317 (Tg): .Afetuosamente ... l1agoll
'ÍI.
à p. 264 (Et): cOom eatlma. . " Paulo»
à p. 269 (F1): cOQm. estima.. . . Pauloll
P. S. Saúdem por mim a. todos os erÍAt.õ.os da.i; 0l!I
Irmãos que estio comIgo enviam lembranças tam-
bém .•• »
à p. 287 (lTm): «Com toda. a. estlma. ... Paulo»
à p. 291 (2Tm): ccAdeus, Pauloll.
-64-
«o MAIS IMPORTANTE É O AMOR- 17
Le 2,7 (fA) : "E ela d.u • IUl o seu filho prlmClgênllCl, enl.rKOU-o e
o dellou numa manjedoura porque nao havia lugar pera eles na hospedaria".
Le 2,7 (U': '''E eis deu l luz o seu IlltIo primogênito, envolveu-o
com leblas e I'IIcUnou-o nums manjedoura, porque nlo havia um lugar PI"
eles na sais". .
2. Roteiro ccfequ'tlco
Os nove textos selecionados como passagens fundamen-
tais do Novo Testamento e sublinhados na edlcão do «Novo
Testamento Ilustrado. constituem genuino compêndio de dou-
trinação protestantej insinuam a doutrlna tuterana da «sola
fides, ou da Cé-confiança que salva o cristão, sem que haja
!;ilusão aos sacramentos e à Igreja. Suscitam, pois, uma ple-
dada subjetivista.
-68-
..o MAIS IMPORTANTE ~ O AMOR:. 21
-69 -
Mal. um Credo religlo.o orientai:
a crença baha'j
-73 -
26 .. PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 218/ 1978
-74 -
A CRENCA" BAHA'I
- 76 -
____________~A~CREN~~CA~B~A~H~A~'I____________~~
Ora tal esquema, relativista e eclético, é muito Uusórlo;
não resiste a sereno exame da lógica.
- 78 -
A CRENCA BAHA'I 31
-80-
A CRENCA SARA'! 33
Qua ·os lílllmoa lempoa ou a ClUlma hora bevlat çh.gldO" {cL t .lo 2.18;
1 Pdr 4,1 n. "Úlllmo", rKI c.so, nAo slgnlllc. poslçlo n. ordem cronolOglcl
(nlo Inalnul, portanto, proximidade do rim do mundo), m.. dallgna 1M ,...
d.nnltffa da hlltórla reUllo... do DAnaro hum.*,: apõs a vinda de Cristo
nlo l i espera mele nenhuma ravelaçAo alicia' de Caus aOI homana nem
algum novo estatuto da •• I".çlo. A hlat6rl. do mundo podar. alnd. pro-
tr.lr.... por ml16nloa . .. ; o Santlor Ooua, por6m, nlo mudar' a....nelalmanle
o. melo. da SllvaçJo outorgados medlan" I pregacao e I cruz da Cdlto.
-B~ -
Uno da renome:
"cartas da prisão" 1
Frei a.tlo
Tem sIdo grandemente dIvulgado em português. como
também eI}l Italiano, francês, alemão, sueco, holandês e
espanhol, o livro que contém as cartas de Frei Betto (Car-
los Alberto LlbAnlo Chrlsto), escritas na prisão, desde feve-
reiro 1972 até 25 de setembro de 1973. F'reJ Betto, junta-
mente com três outros jovens dominicanos (FreI Ivo Les-
baupln, Frei Fernando de Brito e Frei Tito de Alencar
Lima), foi preso e condenado à' prisão por ter favorecido a
fuga, do pais, de alguns jovens impllcados nos movimentos
estudantis que se seguiram a 1964. Frei Betto passou por
alto cárceres em quatro anos, sendo que dois anos entre
presos pol1Ucos e dois anos entre presos comuns.
O livro merece alguns cOplentArlos que abaixo propore-
mos, certos de que qualquer renexlo sobre o mesmo é
tareta dific11 e delicadaj hA, sim, vArlos aspectos nas Cartas
de Frei Betto, que devem ser tratados cada qual _de per si.
para se evitarem as generalizações Indevidas.
1. _cartas da Prisão:.o vem a ser o retrato da alma
de um prisioneiro que tem a consciência de estar inocente
e se revela entusiasmado por seu Ideal (cf. p. 119). Em-
polga-o o desejo de colaborar na construção de uma socie-
dade mais justa e fraterna, que ele apregoa invocando o
Evangelho.
A pessoa humana que se manifesta através de tais mis-
sivas, ê a de um bom filho, irmão e amigo, so Uclto por
todos com quem se relaciona. Não perde o Animo apesar
das viclssltudes da sua vida de pl'isioneiro; mas aceita o
sofrimento com aparente serenidade - ' o que lhe perrnUe
escrever páginas interessantes sobre história, psicologia,
cultura geral ...
O sofrimento parece ter avivado no autor a consciência
do valor da pobreza voluntariamente abraçada por amor a
Cristo: _Quem passa peJa prisão aprende que não existem
trabalhos humilhantes; existem , sim, relações humanas huml-
lhanteb (p. 184). O jejum torna a mente mais lúcida, como
I Editor. ClvlUuçlo BraaUelr•• 2' edlçlo. Rio de Janeiro HI77.
- 82-
.CARTAS DA PRISAO~ 35
- 83-
36 .. PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 218/1918
-86-
COMUNISTAS E CATóLICOS NA ITALIA 39
-----=~~~~~~~=-----
o verdadeiro destin.at6rio 'CIa corta: o episcopado italfano
A imprensa italiano, nôa sem razão, consagrou coment6rios à
corta e interrogou'se a respeito do mel ma. Ela pergunta a s1 m.sma
elpetialment. qual lerÓl o reação dos autoridades compet.nhn do
19r.la diante do que le considero UMa no ...o mão estendido pelo
Partido Comunida 001 catóricos italianas.
A imprensa obser ... au com muito acerlo que essa corto do Sr.
8erlingue" dirigida o Uni bispo que dera ocasiõo à mesmo mediante
interpelocão públieo editado há mais d. um ano (atraso este que
deu lugor a numerosos comentários, que percebiam no mesmo uma
no"'o manifestaçõo do tática comunista), lem , na verdade, ~omo des·
tina tório o episcopado ito tia no. Toca, partanta, o esle tomar posic:õo
reflelida e responsó .... I, principalmente no que diz: respeita aos as-
pectos concrelOs c mais especificoment. italianos do iniciati... a comu-
nbto • das lual possiveis conseqüincios.
-87-
40 cPERCUNTE E RESPONDEREMOS, 218/1918
-88 -
COMUNISTAS E CATóLICOS NA ITÁLIA 41
- 8V -
42 .. PERGUNTE E RESPONDEREMOS) 218/1978
- 90 -
COMUNISTAS E CATóLICOS NA ITÁLIA 43
• • •
AOS AMIGOS DE PR
- 92 ._
1, . Poftd,,.ndo qUI' c:o.mcw"lo crl,11 • O marllhmo nlo .a co.
,,. cln_ entre li, • "'lmb"'e faz 'Iolotl para que • euttu,.. emll I' mlntenh_
plrm...ntemenle aII,tI, tIOl ,alortl OlluMe. o. OeUl • di ttlftlClndlnele
lolueltlllu.11.
12 . A ....mbl". " do p.rec.r d. Clue I hurnlnldld. deve se, pr..
p.r8d1 par. ,lver sob no,•• 11,,1,1", do poder 1I01lUco • par. . . n-dICI'1
~I Ir'Nllormaç6es do convlvlo lOell' qUI es'lo lurgtndo em conteqOlncl1 da
P'09""'" pen.lr~ di Iblca em ••10,.. .empre mil, ftWIIlro." de
eullurI I da vld, dOI hlllMnl.
13 . A ___ mbltl. recomenda conal.,,'. p,HcuPlçfo COft'I • qvafldade
gt.....'5nl • ",m.lie. dOi IMlos ulillladOl COfRO ..lculos de comunlcaçlo
dia dmraat cllflcl.. , ...Im como ... tla o. rapo..'"'' P'" Illcele. IM
tecnoJogla aplicada recentemenle " edUClçIo, com delrlmuto do "pftllo
critico dOI! educandos.
Sintetizando, pode·se dizer que loram Iréll as cateoorlu d, '.mu
qUI eonatltulram I' 16nlCI9 das 8xposlç6es e dos dlâlog~ subseqüentes:
1) A Inl.llg&nela hum.ne e .UI elpacldada de a!'rMnd., I "rellde
obleUv.. Foram elCplanada, e discutidas v6rl.s du teorias modarnlt que
reduzem o acuma do Intalecto li nagem • obJetlvldade do pensemento.
Prlnclp.tmenle o neoposltlvl.mo e a Fllasolla da LInguageM. no. ultlmos
lempOl, IAm procurado lençar o de5crédllo ,obre o valOf dO conhecimento
humano, de lei modo qua • ciência l i IImlterla l lógica di con.truçla de
IreM' e santençe•. - A orientação predominante e ollclal do Congresso
101 a de reafirmar o valor de Inteligência humlna, assim como a poulblll a
dade de chegaram OI homens à verdade objetiva, rnlill:llanle a correçêo
paciente e paulaUn. dOI .. u. erros clantlflco. 8 mOSÓllcol.
2) Uao e &bUlO di t6cnk:l. Com freqüência. expOl1l0res e debele--
dores abordavam os problema. resultame. de de.enfread o racurao ecs
°
potante. In.trumentos da têcnlca moderna : melo ambiente la POlui cada
vez mil., a educaçlo te lorna Impassoal, oa povos panam a .nr ~Vilr
narlo. por col..s ou por numero •. e nlo por homens .. Alêm disto. a
' lUa de êllca axpllca que dl,lll selim a. mall prÓsperas Ind!)ltrla. contem-
porAn..,: 8 dos armamentos, que Dllmenfam a vlolêncla e l i guerr.. , e
a d.1 droga •• que dallpe rlo nallzam o ser humano. - Frente 11 orobl.méllca.
OI congrenlsles houveram por bem tambrar OI Impresclndlvell vator.. da
'tlel ou da con.c16ncla moral. sem 11 qual a ciência se pode tornar Instru-
mento da lulcldlo pera a humanidade. E: sobre uma conduta "lca harmo-
nlo. a • bela Ql,le la podem fundamentar a ..peranca e ° ollmlsmo dos
homene de nossos lampM. A fl,l!urologla . tio cultivada nOI dlal atuals,
dalxlrt enllo da ter core. 110 ,ombrla,.
3) ClOnell, 16cnlce • vato'., 'ren,c.ndant.I.. A refer6ncla a oeua
e li penpecUv.. da lê 8e fIzerem pra. enle. mais de ume vez. e com
ênf•••. duranta as .e.,&" do Congresllo. Ol,·,.-Ia que OI problemas con-
. Idetldos com acume e objetividade levavam a Impanu tais que s.
percebia • inépcia do homem e fHOIvt-to. petoe ~r6prlo •• exclusivo. re-
cl,lrao!l da cl6ncia e da tlllcnlca. Era enllo palenle a necasaldad. de nlo
s6 edmlllr valores tr.nacendenlals. mas lambém da incll,ll-IOI na colmovlslo
que o Congrasso de Filosofia poderia • haveria de propor 801 leus obser·
vldores e Inlerloculores .
Na verdade, a IV Semana InternaCional de FllololJa 101 grandiosa
(como, alhll. forlm tamb4m ai precedenles) tanlo pelo numero a o preparo
Intaleelual de aeus participante. e seus tama. como também pala cordlall·
dada que reinou entre lodos os conqresslalas . lOS quais CuritibA, a Cldad.
Esperançe, olereel.
sorriso humano t
° emblenta aCOlhedor da seus pinheiros e de eeu
Eallvlo 8eltencourt 0 .$ . 6 .
UMA BELA IDADE
" COMPLETAREI 72 ANOS NA PRÓXIMA PAIMAVI!AA. ISTO QUER
DIZER QUE JÁ HÁ MUITO FAço PARTE DO QUE SE CHAMA 'A TERCEIRA
IDADE'. De MAIS A MAIS QUE DESDE CEDO FUI REDUZIDA A INVALIDEZ
EM VIRTUDE DE LONGA ENFERMIDADE.