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EMPRESA E EMPREGADOR DOMESTICO: CONCEITO PREVIDENCIARIO.

FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. RECEITAS DA UNIÃO.


RECEITAS DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: DAS EMPRESAS, DO
EMPREGADOR DOMÉSTICO, DO PRODUTOR RURAL, DO CLUBE DE
FUTEBOL PROFISSIONAL, SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE
PROGNÓSTICOS E RECEITAS DE OUTRAS FONTES.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: artigos 10, 11, 15 a 19 e 22 a 27 da Lei n°


8.212/91 (Lei de Custeio) e artigos 12, 194 a 197, 200 a 205 e 211 a
213 do Decreto n° 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social).
Artigo 195 da Constituição Federal.

Sumário
1. EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: CONCEITO PREVIDENCIÁRIO 3

1.1. EMPRESA 3

1.2. E M P R E G A D O R DOMÉSTICO 4

2. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL 4

3. O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 5

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4. FINANCIAMENTO DIRETO E INDIRETO 6

5. REGIME CONTRIBUTIVO 6

6. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO CUSTEIO 6

6.1. EQUIDADE NA F O R M A DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 6

6.2. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO 7

7. LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL 7

8. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL 8

9. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL NO ÂMBITO FEDERAL 8

10. CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO 9

11. CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS 10

12. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL C O M DESTINAÇÃO ESPECIAL 10

13. EMPRESAS EM DÉBITO C O M A SEGURIDADE SOCIAL 11

14. COMPETÊNCIA RESIDUAL 11

15. PRINCÍPIO DA PREEXISTÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO OU DA CONTRAPARTIDA 11

16. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 12

17. IMUNIDADE 12

18. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL 13

19. PROGRESSIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 14

20. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS 14

21. VEDAÇÃO DE ANISTIA OU ISENÇÃO 14

22. CUMULATIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES 15

23. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS DA FOLHA DE PGTO (DESONERAÇÕES) 15

24. VEDAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE APOSENTADORIAS 15

25. FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 16

26. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS 16

26.1. NOÇÕES INICIAIS 16

26.2. CONTRIBUIÇÃO BÁSICA 16

26.3. ALÍQUOTAS SAT/GILRAT (SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO) 17

26.4. SERVIÇOS PRESTADOS POR COOPERADOS ATRAVÉS DA COOPERATIVA DE T R A B A L H O 17

26.5. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 18

26.6. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS 18

26.6.1. Produtor rural (pessoa jurídica) 18

26.6.2. Clubes de futebol 19

26.6.3. Empresas optantes pelo Simples Nacional 20

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27. CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO 21
28. CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL 21
29. RECEITA PROVENIENTE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS 22

30. OUTRAS RECEITAS 22

31. QUESTÕES COMENTADAS 23

32. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 45

33. GABARITO 52

1. E M P R E S A E E M P R E G A D O R DOMÉSTICO: CONCEITO PREVIDENCIÁRIO

1.1. EMPRESA

0 legislador conceitua empresa como firma individual ou sociedade que


assume o risco da atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou
não, a ela equiparando-se os órgãos e as entidades da administração pública
direta ou indireta.

Ainda de acordo com a legislação previdenciária, equipara-se a


empresa para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias:

1 - o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe presta


serviços;

II - a cooperativa, conforme definida nos artigos 1.093 a 1096 do Código


Civil;

III - a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade,


inclusive o condomínio;

IV - a missão diplomática e a repartição consular de carreiras


estrangeiras;

V - o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO);

VI - o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de


construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta
serviços.

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Observem que, de acordo com o nosso estudo, uma empresa de trabalho
temporário, os Municípios, uma instituição financeira, uma agroindústria, uma
entidade beneficente e até mesmo uma embaixada enquadram-se no conceito
de empresa. Portanto, para facilitar a compreensão do tema, basta verificar
que, para fins previdenciários, o conceito de empresa é amplíssimo.

1.2. EMPREGADOR DOMÉSTICO

Empregador doméstico é a pessoa, a família ou a entidade familiar que


admite empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem
finalidade lucrativa.

Detalhe importante do empregador doméstico diz respeito ao seu


enquadramento legal: não é segurado do INSS, mas também não é
equiparado à empresa. Em relação às questões dos concursos, devemos
lembrar que o tratamento dispensado ao empregador doméstico, na forma da
lei, é diferenciado quando comparado com o das empresas. Por exemplo: o
empregador doméstico está dispensado de apresentar a GFIP (obrigação
acessória comum às empresas) e a base de cálculo da sua contribuição é o
salário-de-contribuição (com observância de limite máximo) do empregado
doméstico a seu serviço, e não o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas, como ocorre com as empresas, cuja contribuição não observa
limite máximo.

2. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL

De acordo com a Constituição Federal, os recursos necessários para


custear as despesas da seguridade social (benefícios previdenciários,
assistência social e saúde) vêm das seguintes fontes:

> Orçamentos Fiscais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

> Contribuições sociais incidentes sobre a folha de salários dos

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trabalhadores, de responsabilidade dos trabalhadores e das
empresas;

> Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS;

> Contribuição Social Sobre o Lucro - CSLL;

> Contribuição sobre a Renda Líquida de Concursos de Prognósticos;

> Contribuição do importador ou equiparado.

A Constituição Federal determina que essas receitas devam cobrir


indistintamente todas as despesas afins da seguridade social, a exceção da
contribuição sobre a folha de salários (empresas e trabalhadores), restrita ao
pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social,
conforme estabelece o artigo 167, XI, da CF, que veda a utilização dos recursos
provenientes das contribuições sociais da empresa, incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos do trabalho, e do trabalhador
previstas no art. 195, I, a, e II, da CF, para a realização de despesas
distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201, da CF.

3. O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

O financiamento da seguridade social envolve o poder púbico e a


participação da sociedade de forma direta e indireta, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e de contribuições sociais.

Segundo o princípio da solidariedade, não apenas os segurados do


sistema, mas a sociedade como um todo concorre para o seu custeio.

O regime de financiamento da seguridade social brasileira é o de


repartição simples com pacto intergeracional e não de capitalização (poupança)
individual.

Os contribuintes de hoje serão os beneficiários no futuro, enquanto que os

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beneficiários atuais já foram contribuintes no passado.

Isto explica a possibilidade de trabalhador, mesmo sem carência, receber


benefício, desde que atendidas outras condições estabelecidas em lei, como por
exemplo, no caso de acidente do trabalho ocorrido com um empregado no seu
primeiro dia de trabalho, ou também da contribuição do aposentado, desde que
volte a exercer atividade remunerada.

4. FINANCIAMENTO D I R E T O E INDIRETO

O financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto. O


financiamento direto é aquele em que os recursos são provenientes das
contribuições sociais, cuja finalidade específica é o custeio exclusivo da
seguridade social. O financiamento indireto ocorre mediante receitas
orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuja
finalidade, a princípio, é a cobertura das despesas gerais decorrentes das
atividades estatais, tais como, educação e segurança pública, dentre outras.

5. REGIME CONTRIBUTIVO

A fruição das prestações da Previdência Social está condicionada ao


pagamento de contribuições sociais, ou seja, o recolhimento das contribuições é
condição indispensável para o acesso às prestações. Na saúde e na assistência
social não há necessidade de contribuição específica dos beneficiados.

6. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO CUSTEIO

6.1. EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO

As contribuições devem estar relacionadas com as possibilidades de cada


contribuinte.

Portanto, buscando uma justa participação no custeio da Seguridade


Social, apenas aqueles que estiverem em iguais condições contributivas é que
terão que contribuir da mesma forma, ou seja, as pessoas devem contribuir
para com a Previdência de acordo com as suas possibilidades.

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6.2. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO

O financiamento da Seguridade deve buscar várias fontes de custeio,


vedada a aquisição de recursos através de fonte única, sob pena de esgotá-la.

O custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, e da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo as principais
receitas:

> Os orçamentos públicos;

> As contribuições dos empregadores e empresas, incidindo sobre:


folha de salários, receita ou faturamento e lucro;

> As contribuições dos trabalhadores e demais segurados da


previdência social;

> A receita proveniente de concursos de prognósticos (loteria);

> A do importador ou equiparado.

7. LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL

0 art. 195 da Constituição Federal dispõe sobre as regras gerais do


financiamento da seguridade social, estipulando as fontes de recursos por meio
dos quais é mantido o sistema de seguridade social. Tradicionalmente, esse
dispositivo é muito cobrado nas provas das entidades organizadoras
dos concursos públicos. Eis o inteiro teor desse artigo:

Art. 195, CFA seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União> dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:

da leiincidentes sobre:

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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem
vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência socialnão


incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime
geral de previdência social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele


equiparar.

8. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL

Os principais instrumentos normativos infraconstitucionais sobre o


financiamento da Seguridade Social são a Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991,
que dispõe sobre a organização da Seguridade Social e institui o respectivo
plano de custeio e o Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999 (Regulamento da
Previdência Social).

9. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL NO Â M B I T O FEDERAL

De acordo com o artigo 11, da lei 8.212/91 (Custeio) c/c o artigo 195 do
Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social), no âmbito federal, o
orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:

I - receitas da União (orçamentárias);

II - receitas das seguintes contribuições sociais (tributárias):

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a) das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou
creditada aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo
sem vínculo empregatício;

b) dos empregadores domésticos, incidentes sobre o salário-de-


contribuição dos empregados domésticos a seu serviço;

c) dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário-de-contribuição;

d) das associações desportivas que mantêm equipe de futebol


profissional, incidentes sobre a receita bruta decorrente dos espetáculos
desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer
modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer
forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos,
publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;

e) incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da


produção rural;

f) das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o


lucro; e

g) incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

III - receitas de outras fontes (excluídas às receitas orçamentárias e


tributárias).

1 0 . CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO

A seguridade social também é indiretamente financiada pelo Estado, que


destina parcela de seu orçamento para tal finalidade (financiamento indireto).
Como já afirmamos anteriormente, os recursos orçamentários destinam-se, a
princípio, ao custeio das despesas gerais do Estado.

A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de


forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
Porém, em face da autonomia financeira dos entes federativos, as receitas

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dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando
o orçamento da União (Art. 195, § Io e § 2 o , CF).

A União participa do financiamento da seguridade social mediante


recursos adicionais de seu orçamento fiscal, fixados obrigatoriamente na
lei orçamentária anual.

Estes recursos se encontram no orçamento da seguridade social,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público e é assegurada a destinação de recursos, além do pagamento dos
encargos previdenciários, para as ações de saúde e assistência social.

O déficit do sistema de financiamento que atinge os segurados deve ser


coberto com recursos do Tesouro Nacional, pois além dos recursos previstos no
orçamento, a União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências
financeiras oriundas do pagamento dos benefícios de prestação continuada da
previdência social.

1 1 . CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS, D I S T R I T O FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS

As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à


seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o
orçamento da União (Art. 195, § I o , CF).

Além dos recursos dos Entes Públicos, outra forma de financiamento é


através das contribuições sociais. As contribuições sociais são consideradas pela
maioria dos doutrinadores e pelo STF como modalidade de tributo, distintas dos
impostos, taxas, contribuições de melhoria e dos empréstimos compulsórios,
tendo como principal peculiaridade a destinação específica de seu
produto à seguridade social.

1 2 . RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL COM DESTINAÇÃO ESPECIAL

Em regra as receitas da seguridade não tem destinação vinculada,


compondo como um todo o orçamento da seguridade. Na elaboração do
orçamento da seguridade é que há a distribuição do montante dos recursos, até

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então indiscriminados, conforme a área na qual se dará sua aplicação,
garantindo-se a cada uma delas (previdência, saúde e assistência social) a
gestão dos seus respectivos recursos (CF, art. 195, § 2 o ).

1 3 . E M P R E S A S EM D É B I T O COM A SEGURIDADE SOCIAL

A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social sofre


diversas restrições. Entre elas, temos as seguintes proibições: contratar com o
poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios do poder
público (art. 195, § 3 o , da Constituição Federal). Isto se justifica pelo fato de
não ser razoável uma empresa em débito com o poder público receber recursos
originários dos cofres públicos.

1 4 . COMPETÊNCIA RESIDUAL

A Constituição Federal não é exaustiva das fontes de custeio da


Seguridade Social, tendo em vista que o art. 195, § 4 o , determina que possam
ser instituídas outras fontes para o custeio, observado o art. 154, I, CF
(competência residual para a criação de novas contribuições não previstas na
CF).

Este artigo determina que somente através de lei complementar possa


ser criada uma nova contribuição social sem previsão expressa na Constituição.
Todavia, ao contrário, caso a contribuição já esteja prevista na CF, bastará uma
lei ordinária para a sua criação.

15. PRINCÍPIO DA PREEXISTÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO OU DA


CONTRAPARTIDA

Conforme a Constituição Federal, para garantir a solvabilidade do sistema,


evitando assim um desequilíbrio no sistema securitário, nenhum benefício ou
serviço da seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem que
haja lei estabelecendo previamente sua fonte de custeio (CF, art. 195, § 5 o ).

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1 6 . PRINCÍPIO DA A N T E R I O R I D A D E NONAGESIMAL

Conforme o art. 195 § 6 o , CF, da Constituição Federal, as contribuições


sociais só poderão ser exigidas decorridos noventa dias da data da publicação
da lei que as houver instituído ou modificado.

Segundo este princípio conhecido como anterioridade nonagesimal ou


noventena, é necessário o interstício de noventa dias para se efetuar alguma
modificação quanto à exigibilidade das contribuições sociais, não apenas para
seu aumento ou criação.

Este princípio (noventena) não se confunde com o da anterioridade


comum, estabelecido no art. 150, III, b, da CF que proíbe a cobrança dos
tributos em geral (exemplo: imposto) no mesmo exercício financeiro da
publicação da lei que os instituiu ou aumentou, vale dizer, nesse caso, a
exigência só poderá ocorrer a partir do ano seguinte a sua instituição, o que
não ocorre com as contribuições sociais, que podem ser exigidas dentro do
mesmo exercício financeiro (ano civil), desde que observado o período de
noventa dias.

1 7 . IMUNIDADE

A Constituição Federal estabelece no art. 195, § 7 o , da Constituição


Federal, que são isentas de contribuição para a Seguridade Social as entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em
lei. Na verdade, trata-se de uma imunidade.

O STF já pacificou o entendimento que, quando a própria Carta


Constitucional exclui alguma hipótese da incidência tributária é caso de
imunidade e não de isenção, mesmo quando ela não faça uso expressamente
deste termo, entretanto este distinção só é relevante quando a organizadora do

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concurso fizer essa distinção, caso contrário tanto faz considerarmos como
isenção, conforme consta do texto constitucional ou imunidade.

Para as provas de concursos é fundamental considerarmos que, nem


todas as entidades beneficentes de assistência social são isentas (imunes) em
relação ao pagamento de contribuições previdenciárias, mas apenas as
entidades que cumpram as exigências estabelecidas em lei.

A lei que estabelece os requisitos básicos e essenciais deve ser


complementar, cabendo à lei ordinária competência para os requisitos
meramente formais, conforme entendimento do STF.

1 8 . CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL

A categoria dos segurados especiais é composta do produtor rural, do


parceiro rural, do meeiro rural, do arrendatário rural e do pescador artesanal e
assemelhados. Segundo o art. 195, § 8 o , da Constituição Federal, o segurado
especial contribui para a seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da sua produção.

Ao contrário do que muitos pensam, nessa hipótese, a CF não estabelece


uma isenção para o segurado especial, mas apenas determina que o fato
gerador dessa contribuição seja a comercialização da sua produção. É evidente
que, se não houver comercialização, também não haverá recolhimento de
contribuição, como ocorre, na prática, com quase todos os segurados especiais.

O segurado especial contribui atualmente com o valor equivalente a 2%


da receita bruta da comercialização da sua produção, além de 0,1% dessa
mesma receita, a título de seguro de acidente do trabalho.

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1 9 . PROGRESSIVIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Atendendo ao princípio da equidade no custeio, o art. 195, § 9 o , da


Constituição Federal prevê a possibilidade de progressividade das alíquotas e
da base de cálculo das contribuições sociais, ou seja, podem ser estabelecidas
de forma diferenciada em função da atividade econômica ou da utilização
intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa e a condição estrutural
do mercado de trabalho.

Este dispositivo constitucional permite que sejam criados, através de lei,


mecanismos para estimular à contratação de trabalhadores e de favorecimento
as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de incentivo a certas
atividades econômicas consideradas estratégicas, como por exemplo, de
tecnologia da informação - TI.

2 0 . TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

O art. 195, § 10, da Constituição Federal, preceitua que União deve


transferir recursos para os demais entes federativos e os Estados para os
Municípios, destinados ao Sistema Único de Saúde, conforme preceitos
estabelecidos em lei.

2 1 . VEDAÇÃO DE ANISTIA OU ISENÇÃO

O parágrafo 11, do art. 195, da Constituição Federal, proibiu a concessão


de perdão das contribuições previdenciárias através de lei em montante
superior aquele que for estabelecido em lei complementar, objetivando,
com isso, o não comprometimento do equilíbrio financeiro da Previdência Social.

Portanto, nada impede que haja perdão até o teto (limite máximo) a ser
estabelecido em lei complementar.

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22. C U M U L A T I V I D A D E DAS CONTRIBUIÇÕES

A teor do artigo 195, parágrafo 12, da Constituição Federal, as


contribuições sociais incidentes sobre o faturamento das empresas e do
importador serão não-cumulativas, de acordo com o que dispuser lei específica.

A União não pode fazer uso das receitas oriundas das contribuições sobre
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a
pessoas físicas pela prestação de serviços para pagamento de despesas com
seu regime previdenciário próprio (previdência dos servidores públicos, p. ex.),
com o quadro funcional ou com a administração geral do INSS e demais
entidades constantes no art. 18 da Lei 8.212/91.

As contribuições das empresas sobre a receita ou faturamento e o lucro


podem ser utilizadas com tal finalidade, desde que assegurados os recursos
necessários para as áreas de saúde e assistência social.

23. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS DA F O L H A DE P G T O (DESONERAÇÕES)

A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais haverá


substituição gradual, total ou parcial, da contribuição das empresas incidente
sobre a folha de salários, pela incidente sobre a receita ou o faturamento, que
também serão não-cumulativas.

24. V E D A Ç Ã O DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE A P O S E N T A D O R I A S

A Constituição Federal (art. 195, inciso II, segunda parte) veda a


incidência de contribuições sociais sobre aposentadoria e pensões concedidas
pelo regime geral da previdência social. Não há vedação semelhante para
os aposentados e pensionistas dos regimes previdenciários próprios
(art.40, CF), como os servidores federais ocupantes de cargo efetivo, que
poderão ter seus proventos tributados normalmente.

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2 5 . FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Em regra, constitui fato gerador da obrigação previdenciária principal,


tanto em relação ao segurado de qualquer categoria, como em relação à
empresa ou equiparado à empresa, ou ainda em relação ao empregador
doméstico, o exercício de atividade remunerada.

Notem que este fato gerador (atividade remunerada) aplica-se


exclusivamente as contribuições para o custeio específico da previdência social
e não para as contribuições destinadas a seguridade social (faturamento, lucro).

No caso das contribuições previdenciárias, ocorre uma operação casada


onde o mesmo fato gerador (atividade remunerada) gera contribuições do
contratante (empresa) e do contratado (trabalhador). Na prática, caso um
empregado receba uma remuneração mensal de R$ 1.000,00 da empresa
tomadora do seu serviço, este valor representará a base de cálculo sobre a qual
vai incidir a alíquota de 20% da contribuição básica da empresa e de 8% da
contribuição do empregado.

Essa regra do fato gerador das contribuições previdenciárias (atividade


remunerada) poderá ser excepcionada nos termos da legislação vigente, como
por exemplo, no caso das contribuições substitutivas incidentes sobre a
comercialização do produtor rural, cuja finalidade é desonerar (substituir) as
contribuições sobre a folha de pagamento, conforme iremos analisar mais
adiante.

2 6 . CONTRIBUIÇÃO DAS E M P R E S A S

26.1. NOÇÕES INICIAIS

Conforme foi observado acima, a empresa é obrigada a recolher


especificamente para o custeio da Previdência Social contribuições que recaem
sobre o exercício de atividade remunerada (exemplo: a folha de salários).

Vamos analisar essas contribuições sociais previdenciárias a cargo da


empresa ou do equiparado, observadas as disposições específicas da legislação
previdenciária acerca do tema.

26.2. CONTRIBUIÇÃO BÁSICA

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Corresponde a alíquota de 20% Incidente sobre o total das
remunerações pagas, devidas ou creditadas, no decorrer do mês, a segurados
que lhes prestem serviços (pessoas físicas: empregados, avulsos, contribuintes
individuais), a qualquer título.

26.3. ALÍQUOTAS SAT/GILRAT (SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO)

Destina-se ao financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau


de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho (benefícios de natureza acidentária).

As alíquotas variam de acordo com o grau de risco de acidentes e


moléstias ocupacionais, na seguinte proporção:

a) 1% - grau leve;

b) 2% - grau médio;

c) 3% - grau grave.

Caso o segurado exerça atividade em condições especiais que possam


ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e
cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua
saúde e integridade física, além da contribuição acima, é devida pela empresa
ou equiparado a contribuição adicional destinada ao financiamento das
aposentadorias especiais, sendo aplicados os percentuais de 12% (doze por
cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento) sobre a remuneração paga,
devida ou creditada ao segurado empregado e trabalhador avulso, conforme o
tempo exigido para a aposentadoria especial seja de 15 (quinze), 20 (vinte) ou
25 (vinte e cinco) anos, respectivamente.

26.4. SERVIÇOS PRESTADOS POR COOPERADOS ATRAVÉS DA


COOPERATIVA DE TRABALHO

Corresponde a alíquota de 15 % sobre o valor bruto da nota fiscal ou


fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são
prestados por cooperados, por intermédio das cooperativas de trabalho.

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Cuidado para não confundir, o contribuinte de direito escolhido pelo
legislador, nesse caso, é a empresa contratante dos cooperados através
da cooperativa de trabalho, e não a própria cooperativa. Entretanto, caso a
cooperativa possua outros trabalhadores não cooperados que lhe prestaram
serviços remunerados (exemplo: empregados), deverá recolher a sua
contribuição básica de 20% como empresa sobre o total das remunerações
desses trabalhadores.

26.5. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Estas entidades devem recolher um adicional de 2,5% sobre a folha de


salário de seus empregados e também sobre a remuneração paga aos
contribuintes individuais.

26.6. CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS

Essas contribuições têm por finalidade afastar a incidência das


contribuições sobre a folha de pagamento (trabalho remunerado) substituindo-
as por outros fatos geradores, como ocorre, por exemplo, com a receita
decorrente da comercialização da produção rural e da receita bruta dos
espetáculos esportivos.

Dessa forma, a intenção do poder público, através de opção política do


legislador, é incentivar o exercício de certas atividades, diminuindo o peso da
carga tributária.

26.6.1. Produtor rural (pessoa jurídica)

A contribuição é calculada com a aplicação de 2,5% sobre a receita


bruta da comercialização da produção rural do produtor rural pessoa
jurídica, inclusive da agroindústria e 0,1% da receita bruta proveniente da
comercialização dessa produção, para financiamento específico das
prestações por acidente do trabalho.

Não se aplica a substituição às agroindústrias de piscicultura, de


carcinicultura, de suinocultura e de avicultura, bem como às sociedades
cooperativas.

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Observem que, nesse caso, a contribuição da pessoa jurídica rural
incide sobre a comercialização da produção rural e não sobre as
remunerações dos empregados, daí serem consideradas como substitutivas
da folha de pagamento.

Portanto, é importante ratificar que não há substituição em relação às


contribuições a seu cargo, incidentes sobre o total das remunerações ou das
retribuições pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos
segurados contribuintes individuais.

26.6.2. Clubes de futebol

A contribuição dos Clubes de Futebol Profissional destinada à seguridade


social corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos
desportivos de que participe em todo território nacional, em qualquer
modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de
patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda
e transmissão de espetáculos desportivos.

Também nessa hipótese ocorre a substituição, porque não há


contribuição sobre a folha de pagamento (empregados), porém é
obrigatório que a associação desportiva mantenha equipe de futebol
profissional, filiada à federação de futebol do respectivo Estado, ainda que
mantenha outras modalidades desportivas, e que seja organizada na forma da
Lei n° 9.615, de 1998.

Cabe à entidade promotora do espetáculo, assim entendida como a


federação, a confederação ou a liga responsável pela organização do evento, a
responsabilidade de efetuar o desconto de 5 % da receita bruta decorrente dos
espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento à RFB, no prazo de até
2 dias úteis após a realização do evento.

No caso do contrato de patrocínio, a empresa ou entidade


patrocinadora, que é aquela que destina recursos à associação desportiva que
mantém equipe de futebol profissional a título de patrocínio, licenciamento de
uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de
espetáculos desportivos, tem o prazo de até o dia 20 do mês seguinte ao

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da celebração do contrato para efetuar o recolhimento de 5% da receita
bruta decorrente do contrato.

Para fins de aferição de base de cálculo, considera-se receita bruta:

I - a receita auferida, a qualquer título, nos espetáculos desportivos de


qualquer modalidade, devendo constar em boletins financeiros emitidos pelas
federações, confederações ou ligas, não sendo admitida qualquer dedução,
compreendendo toda e qualquer receita auferida no espetáculo, tal como a
venda de ingressos, recebimento de doações, sorteios, bingos, shows;

II - o valor recebido, a qualquer título, que possa caracterizar qualquer


forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos desportivos.

Como a substituição só incide sobre as contribuições decorrentes da folha


de pagamento (vínculo empregatício), a associação desportiva que mantém
clube de futebol profissional fica obrigada ao pagamento das seguintes
contribuições:

I - 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos a contribuintes


individuais que lhe prestem serviços;

II - 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou
recibo de serviços prestados por cooperados, por intermédio de
cooperativas de trabalho.

26.6.3. Empresas optantes pelo Simples Nacional

A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo


Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem na forma
estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar n° 123, de 2006
(Simples Nacional), em substituição às contribuições previdenciárias de que
tratam os artigos 22 e 22-A da Lei n° 8.212/91.

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2 7 . CONTRIBUIÇÃO DO E M P R E G A D O R DOMÉSTICO

A contribuição do empregador doméstico é de 12% sobre o salário-de-


contribuição do empregado doméstico a seu serviço, que é a remuneração
registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Notem que a base de cálculo dessa contribuição é o salário-de-


contribuição do empregado doméstico e não o total das remunerações
dos trabalhadores a seu serviço, como ocorre com a base de cálculo da
contribuição básica das empresas em geral. Isto significa que, no caso da
contribuição do empregador doméstico, deve ser observado o limite máximo
(teto) estabelecido pela Previdência Social.

2 8 . CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL

A categoria do segurado especial é composta do produtor rural, do


parceiro rural, do meeiro rural, do arrendatário rural e do pescador artesanal e
assemelhados.

Segundo disposição constitucional já analisada anteriormente, o segurado


especial contribui para a seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da sua produção (também incide
para o contribuinte individual como produtor rural). Essa contribuição funciona
da seguinte forma:

a) 2% da receita bruta da comercialização da sua produção;

b) 0,1% da receita bruta da comercialização da sua produção para


financiamento das prestações por acidente de trabalho.

O curioso é que essa contribuição compulsória não exerce nenhuma


influência no valor do benefício do segurado especial, por outras palavras, em
relação ao valor do benefício é irrelevante que este segurado comercialize ou
não o produto rural.

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Outro aspecto relevante é que o segurado especial também poderá
contribuir facultativamente como contribuinte individual, sendo que, somente
nesse caso, terá direito a percepção dos benefícios previdenciários calculados
de acordo com o valor da média das suas contribuições.

2 9 . RECEITA PROVENIENTE DA CONTRIBUIÇÃO S O B R E OS CONCURSOS DE


PROGNÓSTICOS

Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de


prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito
Educativo.

Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de


sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões
hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.

A renda líquida é o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados


ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com a administração,
conforme fixado em lei, que inclusive estipulará o valor dos direitos a serem
pagos às entidades desportivas pelo uso de suas denominações e símbolos.

Uma parcela de sua arrecadação tem por destino obrigatório o custeio do


Programa de Crédito Educativo, e o restante do produto apurado é vertido para
a seguridade em geral.

3 0 . OUTRAS RECEITAS

Também constituem receitas da Seguridade Social, todas aquelas que


não tenham natureza orçamentária ou natureza tributária, assim sendo,
todos os demais ingressos estarão enquadrados nas hipóteses abaixo:

a) as multas, a atualização monetária e ou juros moratórios;

b) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e


cobrança prestados a terceiros;

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c) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de
fornecimento ou arrendamento de bens;

d) as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

e) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

f) 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos da apreensão de


todo e qualquer bem de valor econômico em decorrência do tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins;

g) 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens


apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

h) outras receitas previstas em legislação específica.

3 1 . QUESTÕES COMENTADAS

01- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Sobre o


financiamento da seguridade social, assinale a opção incorreta.
a) A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras
formas, por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a
folha de salários.
b) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade revela, entre
outros, seu caráter solidário.
c) A seguridade social conta com orçamento próprio, que não se confunde com
o orçamento fiscal.

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d) O custeio da seguridade social também ocorre por meio de imposições
tributárias não vinculadas previamente a tal finalidade.
e) O financiamento da seguridade social também pode ensejar a instituição,
pela União, no exercício de sua competência residual, de contribuição
específica.

Comentários

O financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto.

O financiamento direto é aquele em que os recursos são


provenientes das contribuições sociais, como ocorre, por exemplo, em
relação às contribuições incidentes sobre a folha de pagamento, cuja finalidade
específica é o custeio exclusivo da seguridade social.

O financiamento indireto ocorre mediante receitas orçamentárias


da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuja finalidade, a
princípio, é a cobertura das despesas gerais decorrentes das atividades estatais,
tais como, educação e segurança pública, dentre outras.

Gabarito: A

02- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Nos termos da


legislação previdenciária em vigor, constituem obrigações da empresa,
exceto,
a) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição do
produtor rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre a
comercialização da produção, quando adquirir ou comercializar o produto rural
recebido em consignação, somente nos casos em que essas operações tiverem
sido realizadas diretamente com o produtor.
b) a arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição, e o
recolhimento da contribuição ao SEST e ao SENAT, devida pelo segurado
contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário (inclusive
o taxista) que lhe presta serviços.
c) o recolhimento das contribuições incidentes sobre a remuneração dos
segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais.
d) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição
incidente sobre a receita bruta decorrente de qualquer forma de patrocínio, de
licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e

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transmissão de espetáculos desportivos, devida pela associação desportiva que
mantém equipe de futebol profissional.
e) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição
incidente sobre a receita bruta da realização de evento desportivo, devida pela
associação desportiva que mantém equipe de
futebol profissional, quando se tratar de entidade promotora de espetáculo
desportivo.

Comentários

A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto, e pelo


recolhimento da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado
especial incidente sobre a comercialização da produção, quando adquirir ou
comercializar o produto rural recebido em consignação.

A responsabilidade da empresa adquirente, inclusive se agroindustrial,


consumidora, consignatária ou da cooperativa, ocorre na condição de sub-
rogada nas obrigações do produtor rural, pessoa física, e do segurado especial.

Assim sendo, vamos imaginar que um supermercado (empresa


adquirente) adquire produtos rurais de pessoa física (Cl ou especial) para fins
de revenda no varejo. O supermercado (intermediário) passa a ser o
responsável pelo recolhimento das contribuições do produtor rural (pessoa
física) incidentes sobre a comercialização da produção.

Entretanto, conforme o disposto no inciso III do art. 216 do RPS, essa


obrigação das empresas (sub-rogação), independente das operações terem
sido realizadas diretamente com o produtor ou com o intermediário
pessoa física.

Gabarito: A

03- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) Não se considera


empresa, nem a ela se equipara, para fins de custeio da Previdência
Social,
a) a firma individual que reúne elementos produtivos para a produção ou
circulação de bens ou de serviços e assume o risco de atividade econômica
urbana ou rural.
b) a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com
fins lucrativos ou não, ainda que tenha duração temporária.

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c) a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) que assuma o risco
de atividade econômica.
d) a cooperativa, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras
estrangeiras ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade.
e) aquele que admite empregado a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, no âmbito residencial de diretor de empresa.

Comentários

0 legislador conceitua empresa como firma individual ou sociedade que


assume o risco da atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou
não, a ela equiparando-se os órgãos e as entidades da administração pública
direta ou indireta.

Ainda de acordo com a legislação previdenciária, equipara-se a empresa


para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias:

1 - o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe presta


serviços;
II - a cooperativa, conforme definida nos arts. 1.093 a 1096 da Lei n°
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
III - a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade,
inclusive o condomínio;
IV - a missão diplomática e a repartição consular de carreiras
estrangeiras;
V - o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO);
VI - o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de
construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta
serviços.

Observem que, de acordo com o exposto, uma empresa de trabalho


temporário, os Municípios, uma instituição financeira, uma agroindústria, uma
entidade beneficente e até mesmo uma embaixada enquadram-se no conceito
de empresa.

Portanto, as letras "a", "b", "c", "d" enquadram-se no conceito de


empresa e equiparados.

A letra "e" traz a figura da pessoa, família ou entidade familiar que admite
empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem finalidade
lucrativa.

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O empregador doméstico não é segurado do INSS, mas também não é
equiparado à empresa. O tratamento dispensado ao empregador doméstico,
na forma da lei, é diferenciado quando comparado com o das empresas. Por
exemplo: o empregador doméstico está dispensado de apresentar a GFIP
(obrigação acessória comum às empresas), e a base de cálculo da sua
contribuição é o salário-de-contribuição (com observância de limite máximo) do
empregado doméstico a seu serviço, e não o total das remunerações pagas,
devidas ou creditadas, como ocorre com as empresas.

Gabarito: E

04- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É vedada a


utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais do
empregador incidentes sobre a folha de salários para a realização de
despesas distintas das enumeradas na Constituição. Entre essas, veda-
se a aplicação de recursos dessa origem
a) na cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada.
b) na proteção à maternidade, especialmente à gestante, nos termos da
legislação pertinente.
c) no aporte de recursos à entidade de previdência, tendo em vista as
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.
d) na proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, como
previsto na legislação respectiva.
e) no pagamento de salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda.

Comentários

A Constituição Federal determina que as receitas da seguridade social


devam cobrir indistintamente todas as despesas afins da seguridade social, a
exceção da contribuição sobre a folha de salários (empresas e trabalhadores),
restrita ao pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, conforme estabelece o artigo 167, XI, da CF, que veda a utilização dos
recursos provenientes das contribuições sociais da empresa, incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos do trabalho, e do trabalhador previstas
no art. 195, I, a, e II, da CF, para a realização de despesas distintas do
pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
art. 201, da CF:

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I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados


de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou


companheiro e dependentes.

Face ao exposto, a letra u c " é a única hipótese que não se enquadra nos
benefícios do RGPS do art. 201, CF.

Gabarito: C

05 - (analista técnico de políticas sociais ESAF 2012) Segundo a


legislação da previdência, com relação à arrecadação e ao recolhimento
das contribuições, a empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do:
a) pescador artesanal que presta serviço na filial.
b) segurado empregado a seu serviço.
c) contribuinte individual, independente da prestação de serviço.
d) segurado facultativo que transita no prédio da empresa.
e) segurado especial rural que negocia com a empresa.

Comentários

A legislação previdenciária estabelece que a empresa é responsável pelo


recolhimento das contribuições sociais previdenciárias a seu cargo, como por
exemplo, no caso da contribuição da folha de pagamento (20% sobre o total
das remunerações dos trabalhadores a seu serviço).

Entretanto, a empresa também é responsável pela arrecadação, mediante


desconto na remuneração paga, devida ou creditada, e pelo recolhimento da
contribuição dos segurados empregado e trabalhador avulso a seu
serviço.

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Assim, a empresa tem que descontar da remuneração e recolher em
nome do segurado os percentuais de 8%, 9% ou 11% incidentes sobre o
salário-de-contribuição do trabalhador.

Gabarito: B

06 - (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) A respeito do


financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição
Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção
correta.
a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode
contratar com o poder público federal.
b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na
Constituição Federal.
c) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto
legislativo.
d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a
publicação da lei.
e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades
beneficentes de utilidade pública distrital e municipal.

Comentários

A letra "a" está errada porque de acordo com o preceito contido no artigo
195, § 3 o , da CF, a pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade
social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público
nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. Na situação
concreta, uma empresa em débito com a seguridade social não poderia sequer
ser habilitada em licitação pública. A intenção do legislador constituinte foi
"forçar" a empresa devedora a quitar seus débitos com a Fazenda Pública, a fim
de receber recursos provenientes dos cofres públicos, já que seria contraditório
receber recursos estando em débito com o poder público.

A letra "b" está errada porque, a teor do artigo 195, § 4 o , da CF, qualquer
outra fonte de custeio que não esteja expressamente prevista na própria
Constituição só poderá ser criada mediante lei complementar, cujo quórum
para aprovação exige maioria absoluta, diferentemente da lei ordinária que
exige apenas maioria simples. Em resumo, caso a contribuição social já esteja
prevista expressamente na Constituição Federal, bastará uma lei ordinária para
a sua criação, como por exemplo, a contribuição do importador (art. 195, IV,

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CF). Todavia, em se tratando de uma nova contribuição social, sem previsão
expressa na CF, será necessária uma lei complementar.

A letra "c" está errada porque conforme dispõe o artigo 195, § 5 o , da


Constituição Federal, nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá
ser criado, majorado ou estendido sem que haja uma lei estabelecendo a
correspondente fonte de custeio total. O decreto legislativo, dentre as normas
previstas no artigo 59, da CF, não possui a mesma força normativa da lei, cuja
origem depende de processo legislativo.

A letra "e" está errada porque, conforme o artigo 195, § 7 o , da CF, só


estarão isentas apenas as entidades beneficentes que atendam às exigências
estabelecidas em lei, e não todas as entidades como diz a alternativa dessa
questão. Portanto, cuidado com essa pegadinha no concurso, não basta ser
entidade beneficente para fazer jus a isenção, é necessário também o
cumprimento das condições estabelecidas em lei complementar (normas
gerais), de acordo com o entendimento do STF.

A alternativa correta é a letra "d" porque relativamente às contribuições


sociais aplica-se o principio da anterioridade nonagesimal ou noventena,
o
previsto no artigo 195, § 6 , da CF. Esse princípio determina que essas
contribuições só possam ser exigidas depois de decorridos noventa dias da
data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, ainda
que ocorra no mesmo ano, não se lhes aplicando o princípio da anterioridade
pura do artigo 150, III, "b", da CF que determina a cobrança dos tributos em
geral somente no exercício financeiro (ano civil) seguinte a sua instituição.

Gabarito: D

07 - (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) Além das


contribuições sociais, a seguridade social conta com outras receitas.
Não constituem outras receitas da seguridade social:
a) as multas.
b) receitas patrimoniais.
c) doações.
d) juros moratórios.
e) sessenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Comentários

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No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das
receitas da União, constituídas de recursos adicionais do Orçamento Fiscal
(natureza orçamentária), de receitas das contribuições sociais das empresas e
dos trabalhadores (natureza tributária), e das receitas de outras fontes.

0 artigo 27, da Lei 8.212/ 91, enumera as outras receitas (outras fontes)
da Seguridade Social:

II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e


cobrança prestados a terceiros;

III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de


fornecimento ou arrendamento de bens;

IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

VI - 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma


do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal;

VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens
apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

VIII - outras receitas previstas em legislação específica.

Prezados alunos, percebam que essas outras fontes não possuem


natureza orçamentária e nem tributária, não sendo necessário que se decore
cada uma delas em relação às provas dos concursos, bastando apenas esse
simples entendimento.

A única alternativa que não corresponde a essas receitas é a letra "e",


tendo em vista que o percentual estabelecido na lei em relação aos leilões é de
40% e não de 60%.

Gabarito: E

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08 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) À luz do texto
constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da
Seguridade Social:
I. financiada por toda sociedade.
II. de forma direta e indireta.
III. por meio de verbas orçamentárias entre outras.
IV. financiamento definido por lei.
a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente I está correto.
c) Somente I e II estão corretos.
d) Todos estão corretos.
e) Somente III e IV estão corretos.

Comentários

Conforme preceito contido no artigo 195, caput, da Constituição Federal,


o financiamento da seguridade social depende de toda sociedade, podendo ser
direto ou indireto, sempre nos termos da lei. O financiamento direto é aquele
em que os recursos são provenientes das contribuições sociais (exemplo: sobre
a receita ou faturamento das empresas). O financiamento indireto ocorre
mediante receitas orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

Face ao exposto, todos os itens (I a IV) estão corretos.

Gabarito: D

09 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) Além das inúmeras


contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há
possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social?
Assinale a assertiva que responde incorretamente à pergunta
formulada.
a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já
existente.
b) O rol de contribuições sociais não é taxativo.
c) Há previsão constitucional de competência residual.
d) A diversidade da base de financiamento permite outras contribuições sociais.
e) A União pode instituir outras contribuições sociais.

Comentários

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A letra "b" responde corretamente a pergunta porque o rol das
contribuições previsto na CF não impede a criação de novas contribuições.

A letra "c" responde corretamente a pergunta porque a competência


residual (criação de novas contribuições) está expressamente previsto na CF.

A letra "d" responde corretamente a pergunta porque o princípio da


diversidade tem como diretriz a criação de várias fontes de custeio da
seguridade social.

A letra "e" responde corretamente a pergunta porque a CF autoriza a


criação de outras contribuições além das previstas no seu próprio texto, desde
que seja por lei complementar.

A única alternativa que responde incorretamente a pergunta é a letra "a"


porque, de acordo com o entendimento do STF, as contribuições sociais podem
ter o mesmo fato gerador de impostos já existentes, por serem espécies
distintas de tributos. Entretanto, as contribuições sociais não podem ter o
mesmo fato gerador de outra contribuição social, por serem tributos da
mesma espécie.

Gabarito: A

10 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) A respeito da


natureza jurídica da contribuição social, analise as assertivas abaixo
relativas às espécies tributárias, indicando a correta.
a) Imposto
b) Taxa
c) Contribuição Parafiscal
d) Empréstimo Compulsório
e) Contribuição de Melhoria

Comentários

Tributo é o gênero, do qual são espécies: os impostos (art. 16, CTN), as


taxas (art. 77, CTN), as contribuições de melhoria (art. 81, CTN), os
empréstimos compulsórios (art. 148, CF) e as contribuições parafiscais (art.
149, CF).

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Os tributos em geral, de acordo com a sua finalidade, podem ser
classificados como fiscais, extrafiscais e parafiscais. Os fiscais visam apenas a
arrecadação (exemplo: imposto de renda), os extrafiscais, embora arrecadem,
têm função reguladora (exemplo: imposto de importação), e os parafiscais
não destinam recursos para os cofres públicos, possuindo outros objetivos
específicos vinculados a sua arrecadação (exemplo: contribuições
previdenciárias).

De acordo com o artigo 149, da CF, as contribuições parafiscais dividem-


se em: contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas. Com base nesse
dispositivo constitucional, constata-se que as contribuições sociais estão
inseridas no âmbito das contribuições parafiscais ou especiais.

Gabarito: C

11. (analista judiciário execução de mandados TRF 2a Região FCC


2012) Eucléia, recém-casada, contratou Mirtes para laborar em sua
residência na qualidade de empregada doméstica. Eucléia procedeu ao
devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro mês de
labor, ficou com dúvidas sobre a alíquota de recolhimento da
contribuição previdenciária devida em razão do contrato de trabalho da
referida empregada doméstica e ligou para sua irmã, Julia, que é
advogada. Julia lhe respondeu que a contribuição do empregador
doméstico é de
(A) 20% do salário mínimo.
(B) 20% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(C) 8% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(D) 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(E) 11% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.

Comentários

A contribuição previdenciária do empregador doméstico é de 12% sobre


o salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.

A base de cálculo dessa contribuição é o salário-de-contribuição do


empregado doméstico e não o total da sua remuneração, como ocorre com a
contribuição básica das empresas em geral.

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Isto significa que, tanto no caso da contribuição do empregador
doméstico, como também na contribuição do empregado doméstico, deve
ser observado o limite máximo (teto) estabelecido pela Previdência Social,
atualmente fixado em R$ 4.159,00, mesmo que o empregado doméstico receba
remuneração acima desse valor.

Gabarito: D

12. (juiz do trabalho I a Região FCC 2012) Poderão ter alíquotas ou


bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da
utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho, as contribuições sociais
destinadas à seguridade social devidas
(A) por empresas ou por seus trabalhadores, com ou sem vínculo empregatício.
(B) por empresas ou por seus trabalhadores com vínculo empregatício.
(C) por empresas, quaisquer segurados da previdência social, apostadores de
concursos de prognósticos e importadores de bens ou serviços.
(D) por empresas, exclusivamente incidentes sobre a folha de pagamentos.
(E) por empresas, incidentes sobre a folha de pagamentos, receita ou
faturamento ou lucro.

Comentários

Atendendo ao princípio da equidade no custeio, o artigo 195, § 9 o , da CF,


estabelece que as contribuições sociais do empregador, da empresa e da
entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de
salários e demais rendimentos do trabalho, sobre a receita ou o
faturamento e sobre o lucro poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de
mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do
mercado de trabalho.

Ao prever a possibilidade de estabelecimento das alíquotas e da


base de cálculo das contribuições sociais de forma diferenciada
(progressividade) em quatro hipóteses apenas para as empresas, esse
dispositivo constitucional permite que sejam criados, através de
lei, mecanismos para estimular à contratação de trabalhadores e de
favorecimento as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de
incentivo a certas atividades econômicas consideradas estratégicas, como por
exemplo, de tecnologia da informação - TI.

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Gabarito: E

13. (juiz do trabalho 4 a Região FCC 2012) Recursos provenientes de


contribuições sociais de seguridade incidentes sobre a folha de
pagamentos das empresas podem ser utilizados para a realização de
despesas com
(A) auxílios ou subvenções a instituições privadas de assistência à saúde,
inclusive com fins lucrativos.
(B) benefício básico do programa bolsa-família, destinado a unidades familiares
em situação de extrema pobreza.
(C) ações e serviços públicos do Sistema Único de Saúde.
(D) benefício de prestação continuada de um salário mínimo devido a idoso que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la
provida por sua família.
(E) salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do
microempreendedor individual.

Comentários

O artigo 167, XI, da CF veda a utilização dos recursos provenientes das


contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, e também das
contribuições sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social de que trata o art. 195, I, a, e II, da CF, para a realização de despesas
distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201, da CF.

Portanto, a CF proíbe de forma expressa a utilização desses recursos para


cobrir outras despesas que não sejam o pagamento de
benefícios do regime geral de previdência social - RGPS, mesmo que
essas despesas estejam relacionadas com outras áreas da seguridade social,
tais como a saúde e a assistência social.

A única alternativa que traz benefícios do Regime Geral (salário-


maternidade) é a letra "E", as demais tratam de benefícios e serviços da saúde
e da assistência social.

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Gabarito: E

14. (juiz do trabalho 11 a Região FCC 2012) Quanto ao custeio da


seguridade social, é INCORRETO afirmar:
(A) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos dos orçamentos da União,
Estados, Distrito Federal e dos municípios.
(B) As contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada não poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em
razão da atividade econômica ou da condição estrutural do mercado de
trabalho, em razão do princípio da isonomia.
(C) As entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei são isentas de contribuição para a seguridade social.
(D) A concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais do
empregador incidente sobre a folha de salários é vedada, para débitos em
montante superior ao fixado em lei complementar.
(E) A seguridade social também será financiada por recursos provenientes das
contribuições sociais do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar.

Comentários

A letra "B" está incorreta porque o artigo 195, § 9 o , da CF, estabelece


que as contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho, sobre a receita ou o faturamento e sobre o lucro
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade
econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho.

Gabarito: B

15. (juiz do trabalho 20 a Região FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos


pela indústria empregadora, no mês, a todos os empregados e avulsos
incidem as seguintes alíquotas, a título de contribuição previdenciária:
(A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do
trabalho na atividade preponderante da empresa.
(B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente
do trabalho na atividade preponderante da empresa.

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(C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente
do trabalho na atividade preponderante da empresa.
(D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da
empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos
de contribuição.
(E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa
ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de
contribuição.

Comentários

A contribuição previdenciária básica das empresas em geral corresponde a


alíquota de 20% incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas, no decorrer do mês, a segurados que lhes prestem serviços
(empregados e avulsos).

Além dessa contribuição, a legislação previdenciária impõe as empresas


outra contribuição destinada exclusivamente ao financiamento dos benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho - GILRAT (benefícios de natureza
acidentária).

As alíquotas variam de acordo com o grau de risco de acidentes e


moléstias ocupacionais, conforme a atividade preponderante da empresa, na
seguinte proporção:

a) 1% - grau leve;

b) 2% - grau médio;

c) 3% - grau grave.

Caso o segurado exerça atividade em condições especiais que possam


ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e
cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua
saúde e integridade física, além dessas contribuições, é devida pela empresa ou
equiparada uma contribuição adicional.

Gabarito: A

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16. (juiz do trabalho 20 a Região FCC 2012) A seguridade social será
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais:
(A) do empregador doméstico, da empresa e da entidade a ela equiparada,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício.
(B) do empregador e da entidade a ele equiparado na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, somente
com vínculo empregatício.
(C) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem
vínculo empregatício.
(D) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, somente
com vínculo empregatício.
(E) do empregador e da empresa, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
jurídica que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

Comentários

A letra "A" está errada porque o art. 195, inciso I, da CF, faz referência as
contribuições sociais do empregador em geral, sem restringi-la apenas ao
empregador doméstico.

A letra "B" está errada porque além de não citar a empresa como sujeito
passivo das contribuições, juntamente com o empregador e entidade
equiparada conforme transcrição literal do texto da Constituição, afirma
também que as contribuições só incidem sobre rendimentos das pessoas físicas
com vínculo empregatício.

A letra "C" está certa, de acordo com a transcrição literal do art. 195,
inciso I, alínea a, da CF.

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A letra "D" está errada ao afirmar que as contribuições sociais só podem
incidir sobre os rendimentos das pessoas físicas que tenham vínculo
empregatício.

A letra "E" está errada porque não inseriu a entidade equipara à empresa
como sujeito passivo e por afirmar que a base de cálculo das contribuições
sociais sejam os rendimentos pagos à pessoa jurídica. Vale ressaltar que essa
hipótese é absurda.

Gabarito: C

17. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Entre as fontes de


financiamento da Seguridade Social encontra-se
(A) a contribuição de melhoria.
(B) o imposto de renda.
(C) o imposto sobre circulação de mercadorias.
(D) a contribuição do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
(E) a contribuição social sobre a folha de salários.

Comentários

A letra "A" está errada porque a contribuição de melhoria é um tributo


vinculado cuja finalidade é o ressarcimento ao Estado pela valorização de
imóvel particular em decorrência de obras públicas.

A letra "B" e "C" estão erradas porque os impostos são tributos não
vinculados cujo objetivo é custear as despesas gerais do Estado e não
especificamente a seguridade social.

A letra "D" está errada porque o FGTS, além de outros objetivos, é


destinado especificamente ao trabalhador nas hipóteses previstas em lei;

A letra "E" está certa, conforme o disposto no art. 195, I, a, da CF, uma
das contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social
é a do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício.

Gabarito: E

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18. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) João montou seu próprio
negócio em 2010, obteve receita bruta, no ano-calendário anterior, de
R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e é optante do Simples Nacional. João
não pretende receber aposentadoria por tempo de contribuição. Nessa
situação, a contribuição previdenciária a ser recolhida por João é de
(A) 20% (vinte por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(B) 11% (onze por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(C) 8% (oito por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(D) 9% (nove por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(E) 5% (cinco por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.

Comentários

A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo


Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
contribuem na forma estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar n°
123, de 2006 (Simples Nacional), em substituição às contribuições
previdenciárias de que tratam os artigos 22 e 22-A da Lei n° 8.212/91.

O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta


própria e que se legaliza como pequeno empresário. Atualmente, é necessário
faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra
empresa como sócio ou titular.

Portanto, pelo enunciado da questão, João é um MEI. O MEI é


considerado segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social -
RGPS na condição de contribuinte individual. De acordo com o art. 21, da Lei
8.212/91, como regra, a alíquota de contribuição dos segurados contribuinte
individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-
de-contribuição.

Entretanto, o § 2 o , do art. 21, da Lei 8.212/91, com redação dada pela


Lei n° 12.470/2011, preceitua que, no caso de opção pela exclusão do
direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a
alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do
salário de contribuição será de 5% (cinco por cento) no caso do
microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 (SIMPLES).

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Gabarito: E

19. (anal judiciário TRF 5 a Região FCC 2012) Considerando as normas


constitucionais que tratam do financiamento da Seguridade Social, os
benefícios ou os serviços que são por ela prestados poderão ser
criados, majorados ou estendidos
(A) sem que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total.
(B) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total.
(C) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, apenas
para os benefícios e os serviços prestados pela previdência social.
(D) sem que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, exceto
para os serviços de assistência à saúde, cuja criação, majoração ou extensão
dependem da previsão de fonte de custeio total.
(E) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, apenas
para os benefícios e serviços prestados pela assistência social.

Comentários

As letras "A" e "D" estão erradas porque o princípio da contrapartida,


previsto no artigo 195, § 5 o , da CF, veda a criação, majoração ou extensão das
prestações da seguridade sem a correspondente fonte de custeio total.

A letra "B" está certa por corresponder literalmente ao princípio da


preexistência do custeio em relação ao benefício (contrapartida), previsto no
art. 195, § 5°, da CF.

As letras "C" e "E" estão erradas porque a exigência de custeio prévio


aplica-se a todas as áreas da seguridade social (saúde, previdência social e
assistência social).

Gabarito: B

20. (procurador do Estado MT FCC 2011) Em relação ao financiamento


da Seguridade Social, é correto afirmar:
(A) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, mediante recursos provenientes apenas da União e dos Estados e, em
certos casos, também de contribuições sociais.

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(B) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto de
receitas, provenientes da União, dos Estados, das contribuições sociais e de
receitas de outras fontes.
(C) Constituem contribuições sociais, as das empresas, incidentes sobre a
remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, com exceção das
microempresas.
(D) Entre as contribuições sociais encontramos as dos empregadores
domésticos.
(E) Figuram também entre as contribuições sociais as incidentes sobre a receita
de concursos de prognósticos e do imposto de importação.

Comentários

A letra "A" está errada porque o DF e os Municípios não foram citados.


Além disso, o financiamento direto é proveniente das contribuições sociais.

A letra "B" está errada porque, no âmbito federal, as receitas estaduais


não integram o orçamento da seguridade social.

A letra "C" está errada porque, embora de forma diferenciada, quando


optantes pelo SIMPLES, as ME também recolhem contribuições sociais.

A letra "D" está certa porque o art. 11, da Lei 8.212/91, estabelece o
seguinte:

No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das


seguintes receitas:

I - receitas da União;

II - receitas das contribuições sociais;

III - receitas de outras fontes.

Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:

a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada


aos segurados a seu serviço;

c) as dos empregadores domésticos;

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c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-
contribuição;

d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;

e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

U
A letra E" está errada porque o imposto de importação está previsto no
art. 153 da CF dentro da competência da União. Essa espécie tributária
(imposto) distingue-se da contribuição social do importador prevista no art.
195, inciso IV, da CF.

Gabarito: D

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3 2 . QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

01- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Sobre o


financiamento da seguridade social, assinale a opção incorreta.
a) A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras
formas, por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a
folha de salários.
b) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade revela, entre
outros, seu caráter solidário.
c) A seguridade social conta com orçamento próprio, que não se confunde com
o orçamento fiscal.
d) O custeio da seguridade social também ocorre por meio de imposições
tributárias não vinculadas previamente a tal finalidade.
e) O financiamento da seguridade social também pode ensejar a instituição,
pela União, no exercício de sua competência residual, de contribuição
específica.

02- (auditor fiscal da Receita Federal ESAF 2012) Nos termos da


legislação previdenciária em vigor, constituem obrigações da empresa,
exceto,
a) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição do
produtor rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre a
comercialização da produção, quando adquirir ou comercializar o produto rural
recebido em consignação, somente nos casos em que essas operações tiverem
sido realizadas diretamente com o produtor.
b) a arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição, e o
recolhimento da contribuição ao SEST e ao SENAT, devida pelo segurado
contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário (inclusive
o taxista) que lhe presta serviços.
c) o recolhimento das contribuições incidentes sobre a remuneração dos
segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais.
d) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição
incidente sobre a receita bruta decorrente de qualquer forma de patrocínio, de

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licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e
transmissão de espetáculos desportivos, devida pela associação desportiva que
mantém equipe de futebol profissional.
e) a arrecadação, mediante desconto, e o recolhimento da contribuição
incidente sobre a receita bruta da realização de evento desportivo, devida pela
associação desportiva que mantém equipe de
futebol profissional, quando se tratar de entidade promotora de espetáculo
desportivo.

03- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) Não se considera


empresa, nem a ela se equipara, para fins de custeio da Previdência
Social,
a) a firma individual que reúne elementos produtivos para a produção ou
circulação de bens ou de serviços e assume o risco de atividade econômica
urbana ou rural.
b) a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com
fins lucrativos ou não, ainda que tenha duração temporária.
c) a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) que assuma o risco
de atividade econômica.
d) a cooperativa, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras
estrangeiras ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade.
e) aquele que admite empregado a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, no âmbito residencial de diretor de empresa.

04- (analista tributário da Receita Federal ESAF 2012) É vedada a


utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais do
empregador incidentes sobre a folha de salários para a realização de
despesas distintas das enumeradas na Constituição. Entre essas, veda-
se a aplicação de recursos dessa origem
a) na cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada.
b) na proteção à maternidade, especialmente à gestante, nos termos da
legislação pertinente.
c) no aporte de recursos à entidade de previdência, tendo em vista as
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.
d) na proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, como
previsto na legislação respectiva.
e) no pagamento de salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda.

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05 - (analista técnico de políticas sociais ESAF 2012) Segundo a
legislação da previdência, com relação à arrecadação e ao recolhimento
das contribuições, a empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do:
a) pescador artesanal que presta serviço na filial.
b) segurado empregado a seu serviço.
c) contribuinte individual, independente da prestação de serviço.
d) segurado facultativo que transita no prédio da empresa.
e) segurado especial rural que negocia com a empresa.

06 - (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) A respeito do


financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição
Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção
correta.
a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode
contratar com o poder público federal.
b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na
Constituição Federal.
c) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto
legislativo.
d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a
publicação da lei.
e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades
beneficentes de utilidade pública distrital e municipal.

07 - (auditor fiscal da receita federal ESAF 2009) Além das


contribuições sociais, a seguridade social conta com outras receitas.
Não constituem outras receitas da seguridade social:
a) as multas.
b) receitas patrimoniais.
c) doações.
d) juros moratórios.
e) sessenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.

08 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) À luz do texto


constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da
Seguridade Social:

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I. financiada por toda sociedade.
II. de forma direta e indireta.
III. por meio de verbas orçamentárias entre outras.
IV. financiamento definido por lei.
a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente I está correto.
c) Somente I e II estão corretos.
d) Todos estão corretos.
e) Somente III e IV estão corretos.

09 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) Além das inúmeras


contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há
possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social?
Assinale a assertiva que responde incorretamente à pergunta
formulada.
a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já
existente.
b) O rol de contribuições sociais não é taxativo.
c) Há previsão constitucional de competência residual.
d) A diversidade da base de financiamento permite outras contribuições sociais.
e) A União pode instituir outras contribuições sociais.

10 - (assistente técnico administrativo ESAF 2009) A respeito da


natureza jurídica da contribuição social, analise as assertivas abaixo
relativas às espécies tributárias, indicando a correta.
a) Imposto
b) Taxa
c) Contribuição Parafiscal
d) Empréstimo Compulsório
e) Contribuição de Melhoria

11. (analista judiciário execução de mandados TRF 2 a Região FCC


2012) Eucléia, recém-casada, contratou Mirtes para laborar em sua
residência na qualidade de empregada doméstica. Eucléia procedeu ao
devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro mês de
labor, ficou com dúvidas sobre a alíquota de recolhimento da
contribuição previdenciária devida em razão do contrato de trabalho da
referida empregada doméstica e ligou para sua irmã, Julia, que é

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advogada. Julia lhe respondeu que a contribuição do empregador
doméstico é de
(A) 20% do salário mínimo.
(B) 20% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(C) 8% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(D) 12% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
(E) 11% do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.

12. (juiz do trabalho I a Região FCC 2012) Poderão ter alíquotas ou


bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da
utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da
condição estrutural do mercado de trabalho, as contribuições sociais
destinadas à seguridade social devidas
(A) por empresas ou por seus trabalhadores, com ou sem vínculo empregatício.
(B) por empresas ou por seus trabalhadores com vínculo empregatício.
(C) por empresas, quaisquer segurados da previdência social, apostadores de
concursos de prognósticos e importadores de bens ou serviços.
(D) por empresas, exclusivamente incidentes sobre a folha de pagamentos.
(E) por empresas, incidentes sobre a folha de pagamentos, receita ou
faturamento ou lucro.

13. (juiz do trabalho 4 a Região FCC 2012) Recursos provenientes de


contribuições sociais de seguridade incidentes sobre a folha de
pagamentos das empresas podem ser utilizados para a realização de
despesas com
(A) auxílios ou subvenções a instituições privadas de assistência à saúde,
inclusive com fins lucrativos.
(B) benefício básico do programa bolsa-família, destinado a unidades familiares
em situação de extrema pobreza.
(C) ações e serviços públicos do Sistema Único de Saúde.
(D) benefício de prestação continuada de um salário mínimo devido a idoso que
comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la
provida por sua família.
(E) salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do
microempreendedor individual.

14. (juiz do trabalho 11 a Região FCC 2012) Quanto ao custeio da


seguridade social, é INCORRETO afirmar:

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(A) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos dos orçamentos da União,
Estados, Distrito Federal e dos municípios.
(B) As contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada não poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em
razão da atividade econômica ou da condição estrutural do mercado de
trabalho, em razão do princípio da isonomia.
(C) As entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei são isentas de contribuição para a seguridade social.
(D) A concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais do
empregador incidente sobre a folha de salários é vedada, para débitos em
montante superior ao fixado em lei complementar.
(E) A seguridade social também será financiada por recursos provenientes das
contribuições sociais do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar.

15. (juiz do trabalho 20 a Região FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos


pela indústria empregadora, no mês, a todos os empregados e avulsos
incidem as seguintes alíquotas, a título de contribuição previdenciária:
(A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do
trabalho na atividade preponderante da empresa.
(B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente
do trabalho na atividade preponderante da empresa.
(C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente
do trabalho na atividade preponderante da empresa.
(D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da
empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos
de contribuição.
(E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa
ensejar a concessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de
contribuição.

16. (juiz do trabalho 20 a Região FCC 2012) A seguridade social será


financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais:
(A) do empregador doméstico, da empresa e da entidade a ela equiparada,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados,

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a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício.
(B) do empregador e da entidade a ele equiparado na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, somente
com vínculo empregatício.
(C) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem
vínculo empregatício.
(D) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, somente
com vínculo empregatício.
(E) do empregador e da empresa, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
jurídica que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

17. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Entre as fontes de


financiamento da Seguridade Social encontra-se
(A) a contribuição de melhoria.
(B) o imposto de renda.
(C) o imposto sobre circulação de mercadorias.
(D) a contribuição do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
(E) a contribuição social sobre a folha de salários.

18. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) João montou seu próprio
negócio em 2010, obteve receita bruta, no ano-calendário anterior, de
R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e é optante do Simples Nacional. João
não pretende receber aposentadoria por tempo de contribuição. Nessa
situação, a contribuição previdenciária a ser recolhida por João é de
(A) 20% (vinte por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(B) 11% (onze por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(C) 8% (oito por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(D) 9% (nove por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.
(E) 5% (cinco por cento) do limite mínimo do salário de contribuição.

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19. (anal judiciário TRF 5 a Região FCC 2012) Considerando as normas
constitucionais que tratam do financiamento da Seguridade Social, os
benefícios ou os serviços que são por ela prestados poderão ser
criados, majorados ou estendidos
(A) sem que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total.
(B) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total.
(C) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, apenas
para os benefícios e os serviços prestados pela previdência social.
(D) sem que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, exceto
para os serviços de assistência à saúde, cuja criação, majoração ou extensão
dependem da previsão de fonte de custeio total.
(E) desde que haja a previsão da correspondente fonte de custeio total, apenas
para os benefícios e serviços prestados pela assistência social.

20. (procurador do Estado MT FCC 2011) Em relação ao financiamento


da Seguridade Social, é correto afirmar:
(A) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, mediante recursos provenientes apenas da União e dos Estados e, em
certos casos, também de contribuições sociais.
(B) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto de
receitas, provenientes da União, dos Estados, das contribuições sociais e de
receitas de outras fontes.
(C) Constituem contribuições sociais, as das empresas, incidentes sobre a
remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, com exceção das
microempresas.
(D) Entre as contribuições sociais encontramos as dos empregadores
domésticos.
(E) Figuram também entre as contribuições sociais as incidentes sobre a receita
de concursos de prognósticos e do imposto de importação.

3 3 . GABARITO

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01 - A

02 - A

03 - E

04 - C

05 - B

06 - D

07 - E

08 - D

09 - A

10 - C

11 - D

12 - E

13 - E

14 - B

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15 - A

16 - C

17 - E

18 - E

19 - B

20 - D

Até a p r ó x i m a aula e bons estudos a todos.

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